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FRUGIVORIA EM MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA) E EFEITOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES INGERIDAS

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Anhanguera Educacional S.A.

Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br pic.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e

Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A.

Jairo Alves Junior

Professor Orientador:

Esp. Isac Silveira Batista Junior Curso:

Ciências Biológicas

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA UNIDADE LEME

Trabalho apresentado no Evento Interno de Iniciação Científica - 2009.

RESUMO

Os morcegos frugívoros são componentes fundamentais na regeneração e manutenção de florestas tropicais promovendo a mobilidade das sementes dos frutos de que se alimentam.

Muito se discute sobre os efeitos sobre a taxa e velocidade da germinação, quando esta passa pelo trato digestivo do animal.

O objetivo deste trabalho foi examinar a dieta das espécies de morcegos frugívoros capturados na Fazenda Bela Vista de Leme/SP, testando a importância dos quirópteros na dispersão de sementes e sua eficiência na germinação das espécies de plantas de que se alimentam na área. Para isso, os morcegos foram capturados e suas fezes recolhidas, as sementes contidas em suas fezes foram identificadas posteriormente foram realizados testes para as análises de taxas de germinação, que foram efetuados para duas espécies de morcegos, C. perspicillata e A. lituratus, que se apresentaram dominantes na área.

Também foi definido o item alimentar que demonstrou maior consumo entre as duas espécies, Cecropia pachystachya, para a realização desta análise. Foram montadas caixas de germinação onde se analisou a porcentagem da germinação das sementes ingeridas, comparado com a germinação de sementes colhidas na área, encontrando nas sementes ingeridas por C. perspicillata e A. lituratus grande significância em relação à porcentagem apresentada pelas sementes do tratamento controle. Em relação ao Índice de Velocidade de Germinação (IVG), somente A.

lituratus apresenta em seus resultados diferença significativa.

Com os resultados obtidos pode-se concluir que a passagem das sementes pelo trato digestivo dos morcegos sofre influências na germinação gerando benefícios promovidos pela dispersão das sementes.

Palavras-Chave: frugivoria; morcegos; dispersão de sementes;

germinação.

A NUÁRIO DA P RODUÇÃO DE I NICIAÇÃO C IENTÍFICA D ISCENTE

Vol. XII, Nº. 14, Ano 2009

FRUGIVORIA EM MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA)

E EFEITOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES INGERIDAS

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1. INTRODUÇÃO

Segundo estudos de Cole e Wilson (1996) e Nowac (1991) os morcegos (Ordem Chiroptera) apresentam grande importância ecológica devido à sua alta diversidade e sua abundância em regiões tropicais, o que tornam este grupo um interessante objeto de estudos.

Diversos trabalhos vêm sendo desenvolvidos para que haja melhor conhecimento sobre este grupo de mamíferos, alguns como: sistemática, fisiologia, distribuição geográfica, levantamento de espécies e ecologia (BERNARD, 2002; CHARLES- DOMINIQUE, 1986; EMMONS; FEER, 1997; HEITHAUS et. al., 1975; LIM et al., 2003).

Informações em relação à ecologia alimentar de morcegos são extremamente importantes para que haja compreensão dos mecanismos de partilha de recursos naturais que regulam as relações tróficas e que são responsáveis, nas regiões tropicais, pela alta diversidade deste grupo (HEITHAUS et. al., 1975; MARINHO-FILHO, 1991; MULLER; REIS, 1992;

PEDRO; TADDEI, 1997; TERBORGH, 1986; WILLIG et al., 1993).

Segundo trabalho realizado por Emmons e Feer (1997) uma parcela considerável das comunidades de morcegos em ambientes neotropicais é formada por espécies frugívoras, havendo para o Brasil informações específicas sobre a dieta frugívora de algumas espécies (GALETTI; MORELLATO, 1994; MARINHO-FILHO, 1991; MULLER;

REIS, 1992; PEDRO; PASSOS, 1995; PEDRO; TADDEI, 1997; REIS; GUILLAUMET, 1983;

UIEDA; VASCONCELLOS-NETO, 1985; WILLIG et al., 1993; ZORTÉA; CHIARELLO, 1994).

Charles-Dominique (1986) e Gorchov et al. (1993), afirmam que as espécies de morcegos frugívoros contribuem através da dispersão de sementes para o estabelecimento de muitas espécies de plantas pioneiras, auxiliando assim os mecanismos de regeneração e sucessão secundária em áreas tropicais.

A dispersão de sementes realizada pela fauna pode facilitar para que haja sucesso reprodutivo em espécies vegetais superiores, que muitas vezes, depende de a semente encontrar um local propício para sua germinação e estabelecimento (FENNER, 1985).

Encontram-se diversos mecanismos existentes para a dispersão de sementes por animais, dentre estes mecanismos há um grande número de espécies de vegetais que apresentam sementes que são adaptadas à endozoocoria (dispersão com passagem pelo sistema digestório), estas apresentam frutos com alguma característica que os torna atrativos, tais como odor e cor (PIJL, 1972; FENNER, 1985).

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A distância de dispersão, que pode permitir que as plântulas se estabeleçam longe da planta-mãe, aliada a estes processos podem aumentar sua probabilidade de sobrevivência (KUNZ, 1982).

Nas florestas tropicais as espécies zoocóricas (quando animais são responsáveis pela dispersão) podem ser dominantes, com 50 a 90% das árvores e arbustos que podem apresentar esta síndrome (FLEMING, 1979; HOWE; SMALLWOOD, 1982), sendo a síndrome mais significativa a endozoocoria, com aproximadamente 75% de ocorrência (WENNY; LEVEY, 1998). Dentre os estudos que foram realizados grande parte das pesquisas foram realizadas, principalmente, em grupos de aves e mamíferos, tais como Estrada e Coates-Estrada (1991), Bustamante et al. (1992), Figueiredo e Perin (1995), Graham et al. (1995), entre outros.

Em relação ao estudo da dispersão endozoocórica, estudos com aves e morcegos apresentam maior dificuldade devido a larga escala de dispersão, apesar de um dos maiores obstáculos para o estudo da dispersão endozoocórica ser a dificuldade da coleta e estimativas das chuvas de sementes (LEVEY; SARGENT, 2000). É de grande importância a dispersão de sementes realizada por estes grupos, contribuindo assim para a manutenção de florestas e para a recuperação de áreas que sofreram ação antrópica e ocasionam a fragmentação de habitats, fenômeno comum em áreas tropicais ocasionado pelo avanço da agricultura e pastagens (GALINDO-GONZÁLEZ et al., 2000; GARCIA et al., 2000).

De acordo com Mello (2006) as principais interações entre animais e plantas envolvem a teoria da dispersão de sementes e esta se enquadra na categoria de interações ecológicas do mutualismo.

O atual artigo apresenta dividido em seções. A primeira parte sendo esta introdução, a seção 2 apresentando os objetivos da pesquisa. A metodologia utilizada na realização da pesquisa é relatada na seção 3. As informações relacionadas ao desenvolvimento da pesquisa são mostradas na seção 4. A forma de abordar os experimentos, os resultados e as discussões são descritos na seção 5. Por fim, as considerações finais estão são apresentadas na seção 6.

2. OBJETIVO

Conhecer a diversidade de espécies de quirópteros da área, identificar as espécies vegetais cujos frutos servem de alimento para as principais espécies de morcegos frugívoros onde estes promovem as dispersões de suas sementes e verificar a eficiência do morcego

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frugívoro como possível indutor de germinação de sementes. Levando-se em consideração a necessidade de informações básicas sobre o comportamento forrageador dos morcegos frugívoros e sua influência nos processos de dispersão e germinação de sementes de espécies pioneiras tropicais.

3. METODOLOGIA

Área de estudo

Para a concretização do trabalho foi realizado um esforço de 110 horas de trabalho de campo, divididos mensalmente durante os meses de março a outubro/2009.

As capturas de quirópteros e coleta de fezes foram realizadas na Fazenda Escola Bela Vista de Leme (22º11’16.24”S e 47º26’55.70”W), no município de Leme/SP.

Coletas amostrais de quirópteros

De acordo com Pedro e Taddei (1997) o método mais eficiente para a captura de morcegos de espécies frugívoras é através do uso de rede de neblina. Sendo assim, as coletas amostrais com quirópteros foram realizadas com a utilização de 3 redes-de-neblina, respectivamente, com medidas de 9 x 2,5 m, dispostas em possíveis corredores de vôo ou próximas a árvores em frutificação.

Seguindo os estudos de Erkert (1982) e Uieda (1992), que demonstram que o fator abiótico (luar) tem influência sobre as atividades noturnas dos morcegos, as coletas foram realizadas preferencialmente em noites com lua em quarto minguante, quando apresenta noite mais escura por causa da ausência do luar. As coletas iniciaram-se ao pôr-do-sol, com duração de 4 horas. As redes foram vistoriadas a cada 30 minutos e os morcegos capturados foram retirados da rede e transportados em sacos de algodão individuais, para identificação das espécies, coleta de informações biológicas (sexo, estágio reprodutivo, estágio de desenvolvimento) e coleta das fezes do animal. Duas metodologias foram empregadas para a coleta das fezes:

• a permanência dos indivíduos nos sacos de algodão por aproximadamente 50 minutos. Segundo estudos realizados por Morrinson (1980) a passagem do alimento pelo sistema digestório dos quirópteros frugívoros levam, normalmente, de 15-35 minutos sendo assim o tempo adotado foi dado como suficiente para que os animais defecassem no saco de algodão.

• utilização de uma lona plástica estendida abaixo da rede neblina que possibilita a coleta das fezes eliminadas pelos morcegos no momento da captura.

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Todas as fezes foram recolhidas dos sacos de algodão e da lona plástica e acondicionadas em potes plásticos ou envelopes de papel manteiga, os quais foram individualizados para a análise de identificação.

A identificação das sementes extraídas das amostras fecais se deu por comparação com o gabarito realizado no início da pesquisa.

Também foram realizadas buscas ativas destes animais em possíveis abrigos diurnos, como edificações abandonadas e/ou fechadas.

Para identificação dos morcegos foi utilizado o livro especializado Morcegos do Brasil (REIS et al., 2006).

Identificação de infrutescências como fonte de alimento de morcegos

No desenvolvimento inicial do presente trabalho foram realizadas coletas de infrutescências que foram encontradas através de busca ativa por árvores em frutificação, estas foram acondicionadas, identificadas (a partir do livro especializado Árvores Brasileiras - Manual De Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas de Brasil Vol.

I e II (LORENZI, 1998; LORENZI, 1999)) e extraídas as suas sementes para serem utilizadas como gabarito para a identificação das sementes coletadas das amostras fecais.

As plantas utilizadas como fonte de alimento por morcegos foram identificadas a partir da extração das sementes contidas em suas fezes.

Com o auxílio de um gabarito de sementes já identificadas montado no início da pesquisa foi realizada uma comparação com as sementes retirada das fezes para que assim fosse possível realizar a classificação da família, gênero e espécies vegetais consumidas.

Análise de germinação de sementes

Foram montadas cinco caixas de germinação “gerbox”, para a montagem dos mesmos foi utilizado o substrato encontrado na área para que não houvesse a influência de adubos, muitas vezes encontrados em terras vegetais comerciais.

O uso da água sanitária poderia ser empregado para a eliminação da ação de fungos que costumam ocorrer no ambiente em que as sementes ficam expostas. Contudo, alguns elementos benéficos para a germinação podem também ser eliminados, portanto essa prática foi descartada.

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O número de sementes germinadas foi registrado diariamente até o fim do experimento. As sementes consideradas germinadas foram aquelas que apresentaram a emissão de no mínimo 2 mm de radícula (LIMA E BORGES; RENA, 1993).

No cálculo do índice de velocidade de germinação (IVG) foi empregada a seguinte fórmula de Maguire (1962):

IVG = G1/N1 + G2/N2 + ... + Gn/Nn;

onde:

IVG = índice de velocidade de germinação;

G1, G2, Gn = número de sementes germinadas computadas na primeira contagem, na segunda contagem e na última contagem;

N1, N2, Nn = número de dias de semeadura à primeira, segunda e última contagem.

Foram considerados morcegos frugívoros aqueles que apresentaram uma dieta constituída basicamente de frutos. As amostras das fezes que continha uma única espécie de semente foram consideradas como uma única amostra, enquanto aquelas que apresentaram duas ou mais sementes de espécies diferentes consideradas como duas ou mais amostras. Assim, o número de amostras para o cálculo da dieta é considerado pelo total das amostras produzidas por cada espécie de morcego. É importante ressaltar que esta técnica de análise de fezes, embora de uso comum em estudos sobre alimentação de morcegos frugívoros (BERNARD, 2002, PEDRO; TADDEI, 1997, SIPINSKI; REIS, 1995, entre outros), é limitada para caracterizar a totalidade da dieta desses animais, uma vez que muitos frutos com sementes grandes que não atravessam o tubo digestivo podem também ser consumidos (GALETTI; MORELLATO, 1994, ZORTÉA; CHIARELLO, 1994).

4. DESENVOLVIMENTO

De acordo com Fenton et al. (1999) os morcegos, devido à sua grande variedade e abundância de espécies nas regiões tropicais, são considerados como bioindicadores de grande potencial em níveis de destruição de habitats e também são considerados, em estudos sobre diversidade, ótimos instrumentos.

A ordem Chiroptera tem sido classicamente dividida em duas subordens:

Megachiroptera e Microchiroptera. A primeira é encontrada exclusivamente no Velho Mundo e compreende uma única família (Pteropodidae) com 42 gêneros e 185 espécies, enquanto a segunda está amplamente distribuída por todo o globo, envolvendo 17

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famílias, 157 gêneros e 928 espécies. No Brasil, são conhecidas aproximadamente 165 espécies, distribuídas em 9 famílias e 64 gêneros.

Os membros da ordem Chiroptera representam 40 - 50% das espécies de mamíferos, influenciando significativamente na riqueza de espécies e na diversidade de mamíferos de ecossistemas florestais. A diversidade trófica chega a ser ainda mais surpreendente, visto que a ordem apresenta quase os mesmos aspectos de hábitos alimentares presentes em todas as ordens de mamíferos, com representantes piscívoros, carnívoros, insetívoros, frugívoros, nectarívoros e hematófagos, enfatizando a importância destes animais em muitos processos ecológicos, como no controle de insetos, dispersão de sementes e polinização das flores.

Aproximadamente 29% das espécies de morcegos conhecidas são, parcialmente ou totalmente, frugívoras e são apontadas na literatura como sendo cruciais na manutenção de áreas naturais e na recuperação de áreas degradadas.

5. RESULTADOS

Para melhor compreensão dos resultados encontrados, os registros são apresentados em forma de tabelas e gráficos.

Frugivoria

Tabela 1 – Registros quirópterofaunísticos encontrados na Fazenda Bela Vista em Leme/SP, classificados por família/subfamília/espécie com sua respectiva guilda.

Família/subfamília/espécie Guilda

Família Phyllostomidae Subfamília Carollinae

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Frugívoro

Subfamília Stenodermatinae

Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Frugívoro

Platyrrhynus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro

Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro

Subfamília Glossophaginae

Anoura caudifer (E. Geoffroy, 1818) Nectarívoro

Glossophaga soricina (Pallas, 1766) Nectarívoro/Frugívoro

Família Molossidae

Molossus molossus (Pallas, 1766) Insetívoro

A pesquisa revelou que espécies de morcegos frugívoros apresentam-se dominantes na área em 71%.

Foram capturados 215 indivíduos de 7 espécies diferentes de morcegos. Dentre estas espécies, 5 são consideradas como frugívoras que são: Carollia perspicillata, Artibeus

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lituratus, Platyrrhynus lineatus, Sturnira lilium e Glossophaga soricina. As outras duas espécies também capturadas Anoura caudifer e Molossus molossus apresentam respectivamente o hábito alimentar nectarívoro e insetívoro.

Esta proporção de captura apresentada pode ter relação com a presença de maior diversidade de espécies pertencentes a esta família em regiões neotropicais, podendo ser facilmente amostradas pela metodologia empregada. Sendo assim, a importância deste grupo é enfatizada na dispersão de sementes pela área, auxiliando assim na manutenção dos remanescentes florestais. A dominância das espécies frugívoras, além de ser uma característica própria destas espécies, pode estar relacionada à presença de frutos bastante comuns em habitats fragmentados.

Carollia perspicillata é uma espécie frugívora normalmente encontradas em florestas secundárias, presentes nas bordas dos fragmentos florestais forrageando principalmente ao nível de sub-bosque, são conhecidos na literatura pela preferência alimentar por frutos do gênero Piper, Cecropia e Solanum, respectivamente, enfatizando sua importância na recuperação de áreas degradas, já que seus frutos preferidos são de plantas pioneiras no processo de sucessão ecológica.

Já as espécies Artibeus lituratus, Platyrrhynus lineatus e Sturnira lilium, consomem principalmente frutos de Cecropia spp. e Ficus spp., são também plantas pioneiras e estão presentes nas bordas dos remanescentes estudados, ocupando o estrato médio da floresta.

Anoura Caudifer e Glossophaga soricina, por ser primariamente nectarívora, é uma espécie versátil, podendo ocorrer em diversos tipos de ambientes, tais como florestas, savanas e áreas urbanas, sua dieta é bastante variada, sendo composta por frutos, néctar, partes florais, pólen e insetos. Por ser uma espécie comum e por visitar uma grande variedade de plantas, esta espécie é considerada como um dos mais importantes polinizadores de nossas florestas.

Os morcegos da família Molossidae caracterizam-se por apresentar “cauda espessa e livre”, isto é, a cauda ultrapassa a borda distal do uropatágio (membrana interfemural) e projeta-se livremente em pelo menos um terço de seu comprimento total.

Apresentam asas longas e estreitas, esta característica morfológica corresponde a adaptação ao vôo rápido e manobrável. Apresentam pelo curto, com aspecto aveludado, com coloração que varia de diversas tonalidades de castanho ao enegrecido. O focinho é largo e de aspecto truncado. Os lábios podem apresentar pregas ou sulcos diminutivos em algumas espécies. As orelhas são largas, mas variáveis em tamanho e forma. Em molossídeos, geralmente há dimorfismo sexual em relação ao tamanho do corpo, com os

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machos maiores que as fêmeas. São morcegos exclusivamente insetívoros sendo relativamente de importância menor no trabalho realizado.

Como característica da espécie Molossus molossus pode-se citar crânio com crista sagital geralmente desenvolvida, palato raso não em domo, incisivos superiores triangulares não “caniniformes”. (GREGORIN; TADDEI, 2002).

O baixo valor de riqueza de espécies encontrado pode ser reflexo de que os morcegos frugívoros deslocam-se principalmente em função da disponibilidade de alimento e o período de frutificação de muitas plantas quiropterocóricas segue certa sazonalidade. A fenologia das plantas da área não foi estudada, pois o período para a concretização do projeto não seria suficiente para a realização do mesmo.

Já as espécies de outras guildas alimentares deveriam ter sido encontradas durante a busca ativa em abrigos diurnos, no entanto, sabe-se que o tamanho das colônias varia mensalmente, indicando a ocorrência de movimentos freqüentes entre abrigos e uma baixa fidelidade para as espécies mais comuns.

Tabela 2 – Relação das espécies de filostomídeos e das espécies vegetais utilizadas como recurso alimentar.

Família Espécie vegetal Espécies de quirópteros

Urticaceae Cecropia pachystachya Carollia perspicillata; Artibeus lituratus Moraceae Ficus guaranítica Carollia perspicillata; Artibeus lituratus;

Glossophaga soricina; Platyrrhinus lineatus;

Sturnira lilium

Solanaceae Solanum paniculatum Carollia perspicillata; Glossophaga soricina;

Sturnira lillium

Piperaceae Piper amalago Carollia perspicillata; Sturnira lilium;

Piperaceae Piper aduncum Carollia perspicillata; Artibeus lituratus;

Sturnira lilium

Rosaceae Rubus brasiliensis Carollia perspicillata; Artibeus lituratus;

Sturnira lilium

Malvaceae Mutingia calabura Artibeus lituratus; Glossophaga soricina

Foram coletadas 123 amostras fecais de cinco espécies diferentes de morcegos, das quais 112 continham sementes. Nas fezes colhidas foram encontrados 2 itens que foram divididos em: sementes e insetos. A análise das amostras evidenciou a utilização de frutos de 7 espécies diferentes de plantas.

Nas fezes das espécies de morcego C. perspicillata e S. lilium também foram encontrados restos de insetos. Estes registros devem-se ao fato de que os insetos representam uma importante fonte de proteína, complementando o baixo valor nutricional apresentado por alguns frutos já que estes animais não poderiam sobreviver dispondo apenas de recursos compostos principalmente de carboidratos (FLEMING, 1979).

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C. perspicillata e A. lituratus foram as espécies frugívoras mais abundantes na área de estudo, a predominância e coexistência destas duas espécies tem sido comum em diversas localidades (MIKICH, 2002; PASSOS et al., 2003; TAVOLONI, 2005). Sendo estas 2 espécies de morcegos encontradas em maior abundância foi discutido a importância de se realizar os estudos de germinação de sementes somente com a espécie vegetal consumida em maior abundância por estes quirópteros.

Das 112 amostras fecais, 69% pertencem a sementes colhidas nas fezes de C.

perspicillata e A. lituratus.

Tabela 3 – Relação das espécies de filostomídeos e a porcentagem das famílias vegetais utilizadas como recurso alimentar.

Espécies de

quirópteros Urticaceae Moraceae Solanaceae Piperaceae Rosaceae Malvaceae Carollia

perspicillata

47,3% 5,2% 21% 18,4% 7,8% - Artibeus

lituratus

60,5% 7,8% - 26,3% 2,6% 7,8%

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Figura 1 – Porcentagem de famílias de plantas consumidas por C. perspicillata e A. lituratus com base nas sementes encontradas nas amostras fecais.

No total, C. perspicillata e A. lituratus utilizaram 5 recursos alimentares vegetais diferentes na área de estudo, sendo que se alimentaram principalmente de frutos da espécie Cecropia pachystachya pertencente a família Urticaceae, apresentando respectivamente, 40,30% e 60,50% da dieta alimentar destes animais. Também foram resgistrados muitas vezes fezes de consistência mais pastosa que representa o consumo de frutos com sementes grandes, mas estes dados não foram contabilizados.

Os resultados conferem com o registro de diversos autores que citam estas espécies como especialistas em frutos da família Urticaceae (FLEMING, 1986; MULLER;

REIS, 1992; PASSOS et al., 2003). As duas espécies foram registradas na área durante todo o período de estudo.

Germinação de Sementes e Índice de Velocidade de Germinação (IVG)

As sementes de C. pachystachya apresentaram germinaram a partir do 4º dia e cessaram a germinação no 12º dia (Figura 2). A análise de germinação ainda se prolongou por mais 7 dias, apresentando a finalização da germinação.

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Figura 2 – Número de sementes germinadas acumuladas de Cecropia pachystachya e o tempo de germinação (dias) das sementes encontradas nas amostras fecais de Carollia perspicillata e Artibeus lituratus e as de

sementes da espécie vegetal sem que tenha passado pelo trato digestório do animal (controle).

Tabela 4 – Porcentagem de germinação e Índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de C. pachystachya.

Tratamento Porcentagem de Germinação IVG

Controle 65,0 7,15

Carollia perspicillata 83,3 8,14

Artibeus lituratus 82,6 11,75

As porcentagens de germinação apresentadas por Carollia perspicillata e Artibeus lituratus apresentaram diferença significativa em realção as sementes do tratamento controle. No entanto, na análise IVG, as sementes encontradas nas fezes da espécie Carollia perspicillata não diferiram significativamente das sementes do tratamento controle.

Já as sementes ingeridas por Artibeus lituratus proporcionaram resultados significativamente superiores em relação aos do tratamento controle.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dominância de morcegos frugívoros na área de estudo demonstra a importância desta guilda nas comunidades de morcegos nos remanescentes florestais. O reflexo dos resultados também pode estar ligado com a seletividade do método de coleta (PEDRO;

TADDEI, 1997).

O baixo número de espécies vegetais frutíferas pode estar associado à área que apresenta alto grau de degradação influenciado pela monocultura agropastoril adotada no local.

Número de dias

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A presença de Cecropia pachystachya complementando a dieta espécies Carollia perspicillata e Artibeus lituratus já foram relatadas em outras localidades do Brasil por diversos autores (GALETTI; MORELLATO, 1994; ZORTÉA; CHIARELLO, 1994; GARCIA et al., 2000; PASSOS; GRACIOLLI, 2004).

Na ánalise de germinação de sementes, outros autores como Vázquez-Yanes e Orozco-Segovia (1986), Godínez-Alvarez e Valiente-Baunet (1998) em seus trabalhos em relação a porcentagem de germinação das sementes ingeridas por morcegos, não encontraram diferenças significativas. Em estudos realizados por Figueiredo e Perin (1995) nos testes de germinação com sementes excretadas por morcegos observou-se um aumento na porcentagem de germinação apenas em testes realizados em laboratório. Já essse aumento não foi significativo em outros testes realizados diretamente no solo, em ambiente natural, diferentemente do trabalho aqui apresentado.

Morrison (1980), Fleming (1988) e Charles-Dominique (1991) relatam que o trânsito intestinal, das duas espécies estudadas, ocorre entre 20 a 40 minutos. Os resultados aqui apresentados pela espécie Artibeus lituratus pode estar ligado a um atraso na evacuação. Permanecendo as sementes por mais tempo no trato digestivo do animal estas podem sofrer maior influência do trato digestivo alterando assim o resultado nos testes de geminação de sementes.

Os resultados obtidos da espécie Carollia perspicillata não implica que o morcegos não seja um bom dispersor. Considerando que o animal defeca centenas de sementes por noite e em diversos locais, aliado ao resultado obtido de 83,3% das sementes germinadas, isto representa que mais da metade das sementes ingeridas tem a probabilidade de germinar. Concluindo assim, que a relação morcego-planta pode também estar associada a outros fatores ecológicos e fisiológicos.

Os dois morcegos estudados exercem um papel importante quanto a dispersão de sementes, seja pela mobilidade ou pela sua influência na germinação. Consideramos assim, que os morcegos são fundamentais pela regeneração de florestas tropicais e na reestruturação de ecossistemas.

Por fim, observamos que os pequenos remanescentes florestais estudados estão relativamente preservados, apresentando ainda baixa riqueza de espécies de morcegos e vegetais. Aconselhamos também que haja uma determinação para a implantação de estratégias ambientais que irá beneficiar a área estudada tanto na flora quanto na fauna.

O período descrito para realização do trabalho contemplou diferentes estações climáticas durante o ano, o que viabilizou chegar às conclusões apresentadas.

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Os resultados alcançados com o desenvolvimento da pesquisa apresentaram um grande avanço satisfatório, vale ressaltar que já vem sendo realizados estudos de recuperação do ambiente em fazendas circunvizinhas que poderão ter grande contribuição para com o estudo presente. Assim, consideramos de grande importância os pequenos remanescentes florestais estudados que apresentam grande potencial para a conservação das espécies quiropterocóricas, sugerindo a possibilidade do aumento na abundância e colonização por novas espécies, de acordo com o avanço da vegetação.

Os resultados apontam para a real necessidade de recuperação da área.

REFERÊNCIAS

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