• Nenhum resultado encontrado

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento C(2018) 8612 final.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento C(2018) 8612 final."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Conselho da União Europeia

Bruxelas, 20 de dezembro de 2018 (OR. en)

15831/18

EF 354

ECOFIN 1250 DELACT 194

NOTA DE ENVIO

de: Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Diretor

data de receção: 17 de dezembro de 2018

para: Jeppe TRANHOLM-MIKKELSEN, Secretário-Geral do Conselho da União Europeia

n.° doc. Com.: C(2018) 8612 final

Assunto: REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 17.12.2018 que complementa a Diretiva 2004/109/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação sobre a especificação de um formato eletrónico único de comunicação de informações

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento C(2018) 8612 final.

Anexo: C(2018) 8612 final

(2)

COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas, 17.12.2018 C(2018) 8612 final

REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO

de 17.12.2018

que complementa a Diretiva 2004/109/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação sobre a especificação de um formato

eletrónico único de comunicação de informações

(Texto relevante para efeitos do EEE)

(3)

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 1. CONTEXTODOATODELEGADO

A Diretiva 2013/50/UE, que altera a Diretiva Transparência (2004/109/CE), exige que todos os relatórios financeiros anuais sejam elaborados num formato eletrónico único de comunicação de informações a partir de 1 de janeiro de 2020.

A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) está mandatada pela Diretiva Transparência para desenvolver um projeto de normas técnicas de regulamentação (NTR) para especificar tal formato eletrónico de comunicação de informações. O texto de apoio apresenta o projeto de NTR da ESMA relativo à especificação de um formato eletrónico único europeu (ESEF).

O formato proposto pela ESMA utiliza a linguagem de marcação de hipertexto extensível (eXtensible HyperText Markup Language - XHTML) para a representação para leitura humana dos relatórios financeiros anuais. O formato XHTML é não proprietário e de utilização livre, podendo ser aberto sem qualquer software especializado. De modo a facilitar a acessibilidade, a análise e a comparabilidade das demonstrações financeiras consolidadas elaboradas segundo as normas internacionais de relato financeiro (IFRS), a ESMA propõe a introdução de marcações de linguagem extensível de relato financeiro (eXtensible Business Reporting Language - XBRL), que tornarão os elementos aí divulgados de leitura automática. Tal permite, por exemplo, a análise de grandes quantidades de informação financeira sem o extenso e oneroso processamento manual, além de permitir aos utilizadores comparar a informação numérica das demonstrações financeiras entre os emitentes. Tal facilitará o processo de automatização da recolha de dados para a elaboração de relatórios financeiros. Deste modo, são significativamente reduzidos os entraves decorrentes da linguagem na qual as demonstrações financeiras são elaboradas. Além disso, a informação no formato XBRL de leitura automática pode ser facilmente convertida noutros formatos, tais como SQL ou Excel, evitando assim a onerosa reintrodução manual.

O formato XBRL está consolidado e em utilização em várias jurisdições, sendo atualmente a única linguagem de marcação adequada para marcar as demonstrações financeiras. As marcações de XBRL devem ser incorporadas no formato XHTML utilizando as especificações Inline XBRL.

A Comissão está habilitada a adotar normas técnicas de regulamentação nos termos dos artigos 10.°

a 14.° do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 (o Regulamento que cria a ESMA).

2. CONSULTASANTERIORESÀADOÇÃODOATO

A ESMA realizou uma consulta pública sobre o projeto de normas técnicas de regulamentação (NTR)1. O documento de consulta da ESMA sobre os «projetos de normas técnicas de regulamentação relativas ao formato eletrónico único europeu (ESEF)» foi publicado em 25 de setembro de 2015 e o período de consulta terminou em 18 de janeiro de 2016. A ESMA recebeu 161 respostas de organismos de contabilidade e auditores, técnicos, autoridades de regulamentação, mecanismos oficialmente nomeados, institutos de estatística, prestadores de serviços, utilizadores e organismos representativos destes grupos. Um pouco mais de metade das respostas (88) basearam-

1 Pormenores disponíveis no sítio Web da ESMA — www.esma.europa.eu

(4)

se num modelo comum, incluíram exatamente a mesma redação e não responderam especificamente às questões constantes do documento de consulta.

O documento de consulta incluía 19 questões relativas ao projeto de NTR. A síntese das respostas recebidas publicada pela ESMA em 21 de dezembro de 2016 inclui, para cada questão, um resumo dos principais comentários recebidos e as respostas da ESMA.

Além disso, a ESMA solicitou o parecer do Grupo de Interessados do Setor dos Valores Mobiliários e dos Mercados criado nos termos do artigo 37.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 que cria a ESMA. O pessoal da ESMA realizou uma apresentação oral ao referido grupo durante a reunião realizada em 22 de setembro de 2015. A síntese das respostas recebidas inclui orientações desse grupo e a respetiva resposta da ESMA.

A ESMA efetuou duas análises de custos-benefícios (ACB). A primeira ACB (ACB de 2015) foi publicada em conjunto com o documento de consulta. A ACB de 2015 baseou-se num inquérito dirigido aos emitentes europeus. No entanto, esse inquérito obteve uma taxa de resposta reduzida e os respetivos resultados pareceram estar em contradição com a informação disponível de outras fontes. Como resultado, a ESMA decidiu efetuar uma ACB adicional (ACB de 2016) que visava obter estimativas mais realistas dos custos efetivos incorridos pelos emitentes na implementação das NTR relativas ao Grupo de Interessados do Setor dos Valores Mobiliários e dos Mercados. A ACB de 2016 incluiu um inquérito especificamente dirigido às empresas que já tinham elaborado demonstrações financeiras utilizando os formatos XBRL ou Inline XBRL, uma vez que estavam numa melhor posição para fornecer estimativas de custos do que os emitentes não familiarizados com tal tecnologia. Paralelamente, foi realizado um inquérito relativo aos intermediários que prestam os serviços ou fornecem os produtos informáticos, bem como foi desenvolvido um modelo de referência para estimar o esforço necessário para um emitente elaborar as respetivas demonstrações financeiras consolidadas utilizando o formato Inline XBRL. De acordo com a ACB de 2016, os custos implícitos nesta NTR relativos aos mecanismos oficialmente nomeados e à ESMA ascenderiam no total a cerca de 41,7 milhões de EUR na fase inicial, enquanto os custos recorrentes situar-se-iam na ordem dos 3,4 milhões de EUR por ano. Estima-se que os custos implícitos para os emitentes no seu todo sejam entre 43,5 milhões de EUR e 68,9 milhões de EUR no primeiro ano de depósito. Os custos recorrentes subsequentes situar-se-iam na ordem dos 12,7 milhões de EUR a 24,4 milhões de EUR anualmente.

3. ELEMENTOSJURÍDICOSDOATODELEGADO

O presente ato delegado baseia-se no artigo 4.º, n.º 7, da Diretiva Transparência.

O presente ato delegado inclui as seguintes disposições:

A obrigação de os emitentes elaborarem os relatórios financeiros anuais no formato XHTML;

A obrigação de os emitentes depositarem demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS para marcá-las, utilizando a linguagem de marcação XBRL, em conformidade com a taxonomia e as especificações desenvolvidas nos anexos;

A medida em que os conteúdos dos relatórios financeiros anuais deverão ser marcados com o formato XBRL, a qual é proporcional aos custos e benefícios

(5)

previstos para as partes interessadas relevantes e gradual ao longo do tempo (2020 para a etiquetagem pormenorizada das demonstrações financeiras principais e 2022 para a etiquetagem por blocos das notas);

Disposições relacionadas com a marcação de partes dos relatórios financeiros anuais de um emitente distintas das demonstrações financeiras consolidadas, a qual é permitida caso o Estado-Membro de constituição do emitente em questão disponibilize uma taxonomia para o efeito;

Disposições que proíbem a marcação de relatórios financeiros anuais por emitentes constituídos em países terceiros utilizando os PCGA do país terceiro;

A taxonomia a ser utilizada é especificada nos anexos, baseada na taxonomia das IFRS desenvolvida pela Fundação IFRS.

(6)

REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO

de 17.12.2018

que complementa a Diretiva 2004/109/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação sobre a especificação de um formato eletrónico

único de comunicação de informações

(Texto relevante para efeitos do EEE)

A COMISSÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

Tendo em conta a Diretiva 2004/109/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de dezembro de 2004, relativa à harmonização dos requisitos de transparência no que se refere às informações respeitantes aos emitentes cujos valores mobiliários estão admitidos à negociação num mercado regulamentado e que altera a Diretiva 2001/34/CE2, nomeadamente o artigo 4.º, n.º 7,

Considerando o seguinte:

(1) A Diretiva 2004/109/CE exige que os emitentes cujos valores mobiliários sejam admitidos à negociação num mercado regulamentado tornem públicos os respetivos relatórios financeiros anuais.

(2) Os emitentes devem elaborar os respetivos relatórios financeiros anuais na íntegra no formato de linguagem de marcação de hipertexto extensível (eXtensible HyperText Markup Language - XHTML). O formato XHTML não exige mecanismos específicos para ser apresentado num formato para leitura humana. Como formato eletrónico de comunicação de informações não proprietário, o formato XHTML é livremente utilizável.

(3) O Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho3 exige que as sociedades regidas pela legislação de um Estado-Membro cujos valores mobiliários sejam admitidos à negociação num mercado regulamentado em qualquer Estado-Membro elaborem as respetivas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de contabilidade, comummente designadas por normas internacionais de relato financeiro («IFRS»), adotadas de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002. A Decisão 2008/961/CE da Comissão4 prevê que um emitente de um país terceiro cotado na

2 JO L 390 de 31.12.2004, p. 38.

3 Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho de 2002, relativo à aplicação das normas internacionais de contabilidade (JO L 243 de 11.9.2002, p. 1).

4 Decisão da Comissão, de 12 de dezembro de 2008, relativa à utilização pelos emitentes de valores mobiliários de países terceiros das normas nacionais de contabilidade de determinados países terceiros e das normas

(7)

União poderá também elaborar as respetivas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS conforme emitidas pelo Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade («IASB»).

(4) A adoção e a utilização das IFRS visam garantir um elevado nível de transparência e comparabilidade das demonstrações financeiras. De modo a facilitar ainda mais a respetiva acessibilidade, análise e comparabilidade, as demonstrações financeiras consolidadas dos relatórios financeiros anuais elaboradas segundo as IFRS adotadas de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 ou com as IFRS emitidas pelo IASB (ambas a seguir referidas como demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS) devem ser marcadas utilizando a linguagem extensível de relato financeiro (eXtensible Business Reporting Language - XBRL). O formato XBRL é de leitura automática e permite o consumo automatizado de uma grande quantidade de informação. O formato XBRL está consolidado e em utilização em várias jurisdições, sendo atualmente a única linguagem de marcação adequada para marcar as demonstrações financeiras.

(5) Uma análise de custos-benefícios efetuada pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) corroborou a utilização do formato Inline XBRL para a incorporação de marcações de XBRL em documentos no formato XHTML. Por conseguinte, deve ser utilizada tecnologia de Inline XBRL.

(6) A utilização de linguagem de marcação XBRL envolve a aplicação de uma taxonomia para converter texto para leitura humana em informação de leitura automática. A taxonomia das IFRS disponibilizada pela Fundação IFRS consiste numa taxonomia consolidada desenvolvida para marcar as divulgações segundo as IFRS. A utilização da taxonomia das IFRS facilita a comparabilidade das marcações de demonstrações financeiras elaboradas segundo as IFRS a nível mundial. Por conseguinte, a taxonomia principal a ser utilizada para o formato eletrónico único de comunicação de informações deve basear-se na taxonomia das IFRS e ser uma extensão da mesma.

(7) De modo a ter em conta qualquer futura adoção das IFRS de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002, alterações às especificações de XBRL ou outros desenvolvimentos técnicos, ou a alargar os requisitos legais para marcação da informação nos relatórios financeiros anuais, as disposições do presente regulamento devem ser atualizadas periodicamente com base no projeto das normas técnicas de regulamentação elaboradas pela ESMA.

(8) A taxonomia para utilização da linguagem de marcação XBRL está acessível na forma de um conjunto de ficheiros eletrónicos no formato XBRL («ficheiros de taxonomia no formato XBRL»), que fornecem uma representação estruturada dos elementos que constituem substancialmente a taxonomia principal. A hierarquia dos elementos e o respetivo tipo de dados adequado devem ser disponibilizados aos emitentes num formato para leitura humana simples no presente regulamento. De modo a facilitar a acessibilidade, a análise e a comparabilidade dos relatórios financeiros anuais na prática, é altamente importante que os emitentes utilizem ficheiros de taxonomia no formato XBRL que estejam em conformidade com todos os requisitos legais e técnicos pertinentes. Para facilitar a consecução deste objetivo, a ESMA deve publicar os ficheiros de taxonomia no formato XBRL no seu sítio Web num formato de leitura automática e livremente descarregável.

internacionais de relato financeiro para efeitos de elaboração das respetivas demonstrações financeiras consolidadas (JO L 340 de 19.12.2008, p. 112).

(8)

(9) Por motivos de transparência, acessibilidade, análise e comparabilidade, nos casos em que a legislação dos Estados-Membros permita ou exija a marcação de quaisquer partes dos relatórios financeiros anuais distintas das demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS constantes dos mesmos, os emitentes devem, na marcação de tais partes, utilizar a linguagem de marcação XBRL e a taxonomia adequada prevista para o efeito pelo Estado- Membro no qual foram constituídos.

(10) Por motivos de transparência, acessibilidade, análise e comparabilidade, os emitentes devem ser livres de marcar as divulgações nas respetivas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS tão pormenorizadamente quanto tecnicamente possível. Pelos mesmos motivos, devem ser igualmente estabelecidas normas obrigatórias para a granularidade mínima das marcações. No que diz respeito às demonstrações financeiras principais das demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS, deve ser aplicável uma norma de etiquetagem pormenorizada através da qual tais demonstrações financeiras principais são integralmente marcadas. No que diz respeito às notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS, deve ser aplicável uma norma de etiquetagem por blocos caso secções inteiras dessas notas sejam marcadas utilizando elementos de taxonomia únicos. O requisito de etiquetagem por blocos, porém, não deve limitar a discrição dos emitentes para marcar as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS com um nível mais elevado de granularidade.

(11) De modo a facilitar a implementação efetiva de um formato eletrónico único de comunicação de informações, devem ser estabelecidas disposições pormenorizadas relativas à utilização de tecnologia de Inline XBRL. Para auxiliar os emitentes e as empresas de software no desenvolvimento de software utilizado para a elaboração dos relatórios financeiros anuais em conformidade com os requisitos legais previstos no presente regulamento, a ESMA deve fornecer orientações relativas aos problemas comuns relacionados com a criação de documentos de exemplo no formato Inline XBRL.

(12) Conforme previsto no artigo 4.º, n.º 7, da Diretiva 2004/109/CE, o presente regulamento deve ser aplicável aos relatórios financeiros anuais que incluam demonstrações financeiras para os exercícios com início em ou após 1 de janeiro de 2020. De modo a facilitar a correta implementação do relato financeiro num formato de leitura automática e, em especial, permitir aos emitentes um período de tempo razoável para se adaptarem à utilização da tecnologia XBRL, a marcação obrigatória das notas anexas às demonstrações financeiras deve ser aplicável apenas em relação às demonstrações financeiras anuais para os exercícios financeiros com início em ou após 1 de janeiro de 2022.

(13) O presente regulamento tem por base os projetos de normas técnicas de regulamentação apresentados pela ESMA à Comissão.

(14) No desenvolvimento do projeto de normas técnicas de regulamentação nas quais se baseia o presente regulamento, a ESMA cooperou regular e estreitamente com a Autoridade Bancária Europeia e a Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma, de modo a ter em conta as características específicas dos setores bancário, de intermediação financeira e dos seguros, para garantir a coerência transetorial do trabalho e a adoção de posições comuns.

(15) A ESMA conduziu consultas públicas abertas sobre os projetos de normas técnicas de regulamentação que servem de base ao presente regulamento, analisou os seus potenciais custos e benefícios, solicitou o parecer do Grupo de Interessados do Setor dos Valores

(9)

Mobiliários e dos Mercados criado em conformidade com o artigo 37.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho5 e realizou testes no terreno, ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º Objeto

O presente regulamento especifica o formato eletrónico único de comunicação de informações, conforme referido no artigo 4.º, n.º 7, da Diretiva 2004/109/CE, a ser utilizado para a elaboração dos relatórios financeiros anuais pelos emitentes.

Artigo 2.º Definições

Para efeitos do presente regulamento, entende-se por:

(1) «Taxonomia principal», o conjunto combinado dos elementos de taxonomia estabelecidos no anexo VI e o seguinte conjunto de ligações:

(a) base de ligações de apresentação, que agrupa os elementos de taxonomia,

(b) base de ligações de cálculo, que expressa as relações aritméticas entre os elementos de taxonomia,

(c) base de ligações de legenda, que descreve o significado de cada elemento de taxonomia,

(d) base de ligações de definição, que reflete as relações dimensionais dos elementos de taxonomia principal;

(2) «Taxonomia de extensão», o conjunto combinado dos elementos de taxonomia e o seguinte conjunto de ligações, ambos criados pelo emitente:

(a) base de ligações de apresentação, que agrupa os elementos de taxonomia,

(b) base de ligações de cálculo, que expressa as relações aritméticas entre os elementos de taxonomia,

(c) base de ligações de legenda, que descreve o significado de cada elemento de taxonomia,

(d) base de ligações de definição, que garante a validade dimensional do documento de exemplo resultante em linguagem extensível de relato financeiro (XBRL) em relação à taxonomia de extensão;

5 Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, que cria uma Autoridade Europeia de Supervisão (Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados), altera a Decisão n.º 716/2009/CE e revoga a Decisão 2009/77/CE da Comissão (JO L 331 de 15.12.2010, p. 84).

(10)

(3) «Demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS», as demonstrações financeiras consolidadas elaboradas segundo as IFRS adotadas de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 ou segundo as IFRS conforme referidas no artigo 1.º, primeiro parágrafo, alínea a), da Decisão 2008/961/CE.

Artigo 3.º

Formato eletrónico único de comunicação de informações

Os emitentes devem elaborar os respetivos relatórios financeiros anuais na íntegra no formato XHTML.

Artigo 4.º

Marcação das demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS

1. Nos casos em que os relatórios financeiros anuais incluam as demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS, os emitentes devem marcar tais demonstrações financeiras consolidadas.

2. No mínimo, os emitentes devem marcar as divulgações especificadas no anexo II nos casos em que tais divulgações estejam presentes nas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS em questão.

3. Os emitentes podem marcar divulgações apresentadas nas demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS distintas das referidas no n.º 2.

4. Para as marcações referidas nos n.os 1, 2 e 3, os emitentes devem utilizar a linguagem de marcação XBRL e uma taxonomia na qual os elementos devem ser os definidos na taxonomia principal. Caso, de acordo com o anexo IV, ponto 4, não seja adequada a utilização de elementos na taxonomia principal, os emitentes devem criar elementos de taxonomia de extensão conforme previsto no anexo IV.

Artigo 5.º

Marcação de outras partes dos relatórios financeiros anuais

1. Os emitentes constituídos nos Estados-Membros podem marcar todas as partes dos respetivos relatórios financeiros anuais distintas das previstas no artigo 4.º, caso utilizem a linguagem de marcação XBRL e uma taxonomia específica para essas partes e tal taxonomia esteja prevista no Estado-Membro no qual foram constituídos.

2. Os emitentes constituídos em países terceiros não devem marcar quaisquer partes dos respetivos relatórios financeiros anuais distintas das demonstrações financeiras consolidadas segundo as IFRS.

Artigo 6.º

Regras comuns relativas às marcações

Para as marcações efetuadas de acordo com os artigos 4.º e 5.º, os emitentes devem cumprir o seguinte:

(11)

(a) Incorporação das marcações nos relatórios financeiros anuais dos emitentes no formato XHTML utilizando as especificações Inline XBRL constantes do anexo III;

(b) Requisitos relativos às regras de marcação e depósito constantes do anexo IV.

Artigo 7.º

Ficheiros de taxonomia no formato XBRL

A ESMA pode publicar ficheiros de taxonomia no formato XBRL de leitura automática e descarregáveis com base na taxonomia principal. Tais ficheiros devem cumprir os critérios estabelecidos no anexo V.

Artigo 8.º

Entrada em vigor e aplicação

O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é aplicável aos relatórios financeiros anuais que incluam as demonstrações financeiras relativas aos exercícios financeiros com início em ou após 1 de janeiro de 2020.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em 17.12.2018

Pela Comissão O Presidente

Jean-Claude JUNCKER

Referências

Documentos relacionados

que altera o Regulamento Delegado (UE) 2017/654 que completa o Regulamento (UE) 2016/1628 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à aceitação de homologações concedidas

Na sequência da adoção pelo CEN/CENELEC das normas pertinentes ao abrigo do pedido M/533, a Comissão adotou, em 13 de agosto de 2019, o Regulamento Delegado da Comissão

(1) Os Estados-Membros devem promover uma utilização mais ampla do euro nas relações com países terceiros no domínio da energia, nomeadamente em contratos

de 13.9.2021, que altera o Regulamento Delegado (UE) 2020/592 no respeitante a determinadas derrogações de caráter temporário ao Regulamento (UE) n.º 1308/2013 do Parlamento Europeu

preços (o “maximum”) — que coincidiam de qualquer forma com o senso comum jacobino, embora outras de suas exigên­ cias viessem a se mostrar problemáticas. Uma nova

(8) No que se refere aos pormenores de identificação da furan-2(5H)-ona (n.º FL: 10.066), a Autoridade fornece, no seu parecer, elementos adicionais relativos à identidade e à

(1) O reconhecimento e aceitação, pelas partes, de que o contrato pode estar sujeito ao exercício, pela autoridade de resolução, de poderes de suspensão ou restrição dos

As deficiências incluem: (1) inexistência de uma estratégia nacional em matéria de ABC/CFT; (2) insuficiências nos pedidos de cooperação internacional em