CONCURSO
FUNSAUDE-NUTRIÇÃO
Professora: Ms. Alane Nogueira BezerraEspecialista em Diabetes – HUWC/UFC
Especialista em Nutrição Clínica e Funcional
Especialista em Prescrição Fitoterápica na prática Clínica e Esportiva Mestre em Nutrição e Saúde - UECE
Doutoranda em Ciências Médicas - UFC Professora de Nutrição
Professora da Equipe MS
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Deverá integrar métodos antropométricos, bioquímicos e clínicos, conforme indicações e
contraindicações de cada método.
Considerar grau de edema e ascite;
Observar sinais específicos de deficiências nutricionais: dermatites por carência de zinco ou
ácidos graxos essenciais, pelagra, queilose e queilites.
Albumina, pré-albumina, transferrina, proteína carreadora de retinol, contagem de linfócitos
totais: uso com cautela, pois podem refletir o grau da disfunção hepática e não a
desnutrição. Independente do estado nutricional, na reação de fase aguda provoca queda nos níveis séricos das proteínas de fase aguda.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Marcadores bioquímicos:
Aumento excessivo de bilirrubina sérica: produção excessiva ou
captação hepática prejudicada;
ALT e AST: indicam lesão celular;
GGT e FA: avaliação da capacidade de excreção do fígado, sendo
associada a alterações hepatobiliares.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Marcadores bioquímicos:
ALT > AST: lesão mais extensa e menos profunda;
AST > ALT: maior gravidade e profundidade da lesão.
Métodos antropométricos: protocolo padrão, exceto nos casos de
ascite e edema periférico, quando se deve dar preferência para dobras cutâneas (tricipital, bicipital e subescapular), CB e CMB.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Marcadores bioquímicos:
O índice de risco nutricional (IRN) pode ser obtido por meio da
multiplicação da concentração da albumina plasmática pela razão entre o peso atual e o usual, usando-se a seguinte equação:
IRN = [1,519 x albumina plasmática (g/dL)] + 41,7 x (peso atual/peso usual) IRN > 100: ausência de desnutrição, ou seja, o paciente é bem nutrido;
IRN = 97,5 a 100: o paciente apresenta grau leve de desnutrição;
IRN = 83,5 a 97,4: o paciente apresenta grau moderado de desnutrição; IRN < 83,5: o paciente apresenta grau grave de desnutrição.
TERAPIA NUTRICIONAL
Objetivos:
Melhorar a palatabilidade e favorecer a aceitação da dieta; controlar o quadro de má digestão e má absorção quando
instalados para melhorar o aproveitamento dos nutrientes;
suprir substratos energéticos suficientes para atender às necessidades orgânicas e favorecer ganho de peso;
Prover substratos energéticos e proteicos suficientes para controlar o catabolismo proteico muscular e visceral;
TERAPIA NUTRICIONAL
Objetivos:
Garantir o quantitativo de aminoácidos adequados para manter o balanço nitrogenado e a síntese de proteínas de fase aguda;
suprir o organismo com o quantitativo de aminoácidos adequado para normalização da função e regeneração hepática sem
precipitar a encefalopatia;
Melhorar a qualidade de vida e tentar minimizar a progressão do dano hepatocelular e consequentemente da doença hepática
TERAPIA NUTRICIONAL
Não se recomenda utilizar a fórmula de Harris e Benedict para
determinar as necessidades energéticas dos pacientes com cirrose ou insuficiência hepática.
Sugere-se a subtração de 5% do peso corporal quando a ascite
for leve, 10% quando for moderada e 15% quando a ascite for grave.
A Ascite eleva o GER em aproximadamente 10%.
É recomendada uma redução adicional de 5% do peso corporal
TERAPIA NUTRICIONAL
Cirrose:
Lipídios: <30% do VET
Carboidratos: 50-65% do VET Proteína: 1,3-1,8g/kg/dia
TERAPIA NUTRICIONAL
Probióticos e simbióticos para os pacientes com Doenças
Hepáticas Crônicas:
Manutenção da integridade da barreira mucosa com consequente
prevenção de infecções principalmente após procedimentos cirúrgicos.
Prevenção e tratamento da Encefalopatia Hepática em função do
controle da disbiose com a redução do crescimento de bactérias patogênicas e da produção endógena de amônia e etanol.
TERAPIA NUTRICIONAL
Probióticos e simbióticos para os pacientes com Doenças
Hepáticas Crônicas:
Redução dos níveis plasmáticos de amônia e bilirrubina
favorecendo a redução do risco de complicações.
Redução da inflamação e melhora da função hepática com
redução das transaminases (Mais evidentes na Doença Alcoólica do Fígado e na cirrose de origem viral).
Apresentar potencial terapêutico para a esteatose e para a NASH
TERAPIA NUTRICIONAL
Encefalopatia:
Surge quando o fígado se torna incapaz de eliminar ou transformar de produtos tóxicos
provenientes da alimentação e do próprio fígado pela destruição das suas células.
A amônia livre favorece o transporte dos AAA para dentro do SNC Desequilíbrio de AACR e AAA: forte correlação com encefalopatia. ↓ Função dos hepatócitos
TERAPIA NUTRICIONAL
Encefalopatia:
AACR: potencializam a detoxificação da amônia (compete com a AAA na barreira
hematoencefálica), minimiza o catabolismo proteico por ser fonte energética.
Administração proteica – proporção de AACR e AAA (2:1)
Utilização de AACR (Isoleucina, leucina, valina) reserva-se a pacientes com grau de
encefalopatia mais avançado e com atrofia muscular mais acentuada (alto custo).
TERAPIA NUTRICIONAL
Encefalopatia:
Alimentos ricos em AACR: Maçã, mamão, manga, goiaba, brócolis,
couve-flor, pepino, abóbora, rabanete, cebola, soja, lentilha, feijão, grão-de-bico, leite de ovelha, leite de cabra e extrato solúvel de soja, miúdos de carneiro, peixe, camarão, lagosta.
AAA: fenilalalanina, tirosina, triptofano.
Alimentos ricos em AAA: Queijo, Gema de ovo, Carne de vaca, de
TERAPIA NUTRICIONAL
Indicação de TNO, TNE e TNP:
VO ≥ 65% de adequação às necessidades energéticas e
proteicas: suplementação oral individualizada;
VO ≤ 60% de adequação às necessidades energéticas e proteicas
ou perda ponderal significativa (>5% em três meses; ≥10% em seis meses): TN com fórmulas hipercalóricas e hiperproteicas;
A passagem de sonda está contraindicada somente nos pacientes
com varizes esofágicas ativas ou com risco de sangramento importante;
TERAPIA NUTRICIONAL
Indicação de TNO, TNE e TNP:
TNP: indicada na cirrose hepática nos pacientes com desnutrição
moderada e grave que não conseguem ser alimentados por VO ou NE (hemorragia gastrointestinal, falência intestinal, alterações
hemodinâmicas); quando jejum for maior que 72h; no pós-operatório de transplante hepático (como segunda opção após NE);
NE: Deve-se selecionar fórmula preferencialmente com densidade
calórica maior que 1kcal/mL, com todos os aminoácidos essenciais, com teor de sódio menor ou igual a 40mEq/dia;
TERAPIA NUTRICIONAL
Indicação de TNO, TNE e TNP:
No caso de ascite, a dieta deverá ser hipercalórica e na
encefalopatia hepática, a fórmula deverá ser enriquecida com aminoácidos de cadeia ramificada (AACR).
(ISGH - 2016) Sobre a Terapia Nutricional (TN) nas Doenças Hepáticas Crônicas (DHC), analise as afirmativas abaixo:
I. A desnutrição é altamente prevalente nos pacientes portadores de DHC, independente da etiologia, mas está correlacionada diretamente com o estágio clínico da doença;
II. A via de escolha para suplementação nutricional deve ser sempre a parenteral; III. A TN está indicada nos desnutridos moderados ou graves e nos bem nutridos nos períodos de descompensação da doença;
IV. A nutrição via oral reduz o risco de complicações, como encefalopatia hepática, infecções e também o risco de mortalidade pós-operatória.
(ISGH - 2016) Estão corretas:
A) Apenas as afirmativas I, II e III; B) Apenas as afirmativas I e III; C) Apenas as afirmativas II e IV; D)Apenas as afirmativas I, II e IV.
(CETREDE - 2018) A encefalopatia hepática é uma perturbação pela qual a função cerebral se deteriora
devido a altas quantidades de substâncias tóxicas presentes no sangue que deveriam ter sido eliminadas pelo fígado e causada por distúrbios que afetam o fígado. Entre eles, estão os que reduzem a função hepática (como cirrose ou hepatite) e doenças nas quais a circulação sanguínea não penetra no fígado. Sobre a terapia
nutricional na encefalopatia hepática, é INCORRETO afirmar que
a) são aminoácidos de cadeia ramificada: leucina, valina e isoleucina.
b) se o paciente estiver usando nutrição enteral ou parenteral, são indicadas fórmulas ricas em aminoácidos aromáticos (AACA).
c) a proteína deve ser dividida nas refeições ao longo do dia. d) se deve usar preferencialmente proteína vegetal.
e) pode ser usada suplementação oral com aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) caso haja intolerância à proteína da dieta.
(IBFC - 2019) A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é um
espectro de doença hepática, que varia desde esteatose até esteato-hepatite e cirrose. Sobre algumas recomendações para o tratamento não medicamentoso para DHGNA, assinale a alternativa correta.
a) Manter a massa corporal e ingerir alimentos ricos em vitamina A
b) Perda de massa corporal em pessoas com excesso de peso de 10 a 15% (para melhora de necrose e inflamação perda de 20%)
c) Perda de massa corporal em pessoas com excesso de peso de 3 a 5% (para melhora de necrose e inflamação perda de 10%)
(COMPERVE - 2020) Em pacientes com Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
(DHGNA), é comum encontrar um quadro evolutivo que se inicia com esteatose hepática e pode progredir para esteatohepatite não alcoólica, cirrose e carcinoma hepatocelular. Para esses pacientes, o tratamento nutricional fundamenta-se em
A) contemplar uma dieta normocalórica, hiperproteica, normoglicídica e normolipídica. B) restringir as recomendações de energia para 20 kcal/kg/dia ou menos.
C) reduzir rapidamente o peso a fim de contribuir para total reversão do quadro histológico.
(UFS - 2017) O termo hepatopatia crônica descreve a presença de doença crônica do fígado,
independente da etiologia, com grau leve a moderado de fibrose, incluindo cirrose compensada ou descompensada. As doenças hepáticas crônicas podem cursar frequentemente com alterações no metabolismo dos aminoácidos e são caracterizadas por níveis:
(A) Mais baixos de aminoácidos de cadeia aromática e de cadeia ramificada.
(B) Mais baixos de aminoácidos de cadeia aromática e níveis baixos de aminoácidos aromáticos e metionina circulantes.
(C) Elevados de metionina e lisina, circulantes.
(D) Mais baixos de aminoácidos de cadeia ramificada e níveis elevados de aminoácidos aromáticos e metionina circulantes.
(UFS - 2017) Na doença hepática associada à colestase a prescrição de lipídios na dieta deverá basear-se em:
(A) Acréscimo de triglicerídeo de cadeia longa. (B) Redução de ácido araquidônico.
(C) Acréscimo de triglicerídeo de cadeia média. (D) Acréscimo de ácido docosaexaenoico.