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ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE IMPLANTAÇÃO DE UM FORNO, TIPO TÚNEL, EM UMA INDÚSTRIA CERAMISTA

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ANÁLISE DA VIABILIDADE

ECONÔMICO-FINANCEIRA DE

IMPLANTAÇÃO DE UM FORNO, TIPO

TÚNEL, EM UMA INDÚSTRIA

CERAMISTA

Rochelly Sirremes Pinto (UFERSA )

rochellykarillo@hotmail.com fabio Roberto Abreu Junior (UFERSA ) f_jwnyor@hotmail.com RAIMUNDO ALBERTO REGO JUNIOR (UFERSA ) albertojuniorpdf@hotmail.com

As indústrias de cerâmicas tem sido cenário de um intenso crescimento. E isso é atribuído, principalmente, ao aumento populacional e expansão do consumo dos produtos desse setor. No Brasil e em particularmente no estado do Rio Grande do Norrte, esse segmento representa um papel importante como agentes ativos no desenvolvimento econômico dessas regiões, principalmente por promover a geração de emprego e renda para as famílias mais carentes. Dada a importância do setor percebe-se que essas empresas apresentam-se como um local bastante apropriado para ser utilizado como focos de estudos e pesquisas. Nesse contexto, o presente trabalho tem como principal objetivo o de avaliar a viabilidade econômico-financeira de um investimento para a implantação de um forno, tipo túnel, em uma indústria de cerâmica localizada no interior do Estado do Rio Grande do Norte. Com base nos resultados, verificaram-se os benefícios e os ganhos de produtividade oriundos desse investimento, além de comprovar a importância da utilização de ferramentas práticas para avaliar o grau de risco e as incertezas trazidas com essas decisões.

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2 1. Introdução

A forte concorrência do mercado e as incertezas do mundo atual levam os gestores das organizações a tomarem todo o tipo de decisões a fim de atingir os maiores resultados e conseqüentemente lucros maiores. Cada vez mais se fazem úteis ferramentas que venham a auxiliar esse processo e determinar a situação atual da organização, buscando com isso fazer projeções futuras e previsões de que investimentos podem ser mais adequados para se fazer para a realidade existente.

É nesse ambiente de intensa competitividade que surge a necessidade de avaliar criteriosamente as decisões de origem econômico-financeira, principalmente, no que se refere aos investimentos. A fim de facilitar as ações por parte dos gestores e investidores e projetar cenários que busquem o melhor retorno financeiro possível, tendo em vista o capital aplicado. A falta ou o mau planejamento de ações sobre a substituição de um equipamento ou compra de novas máquinas, por exemplo, podem comprometer o futuro da organização. De modo que decisões desse tipo são arriscadas possibilitando a geração tanto de benefícios, como de malefícios, neste último caso eles provocam danos irreversíveis e condicionam a empresa ao fracasso.

Com isso, as técnicas oferecidas pela Engenharia econômica surgem como uma alternativa viável para o estudo quantitativo e determinístico dessas situações. Ou seja, elas constituem um conjunto de informações instrumentais de extrema relevância para ações de gerência. Dentre os métodos de análise mais utilizados temos: O Valor Presente Líquido (VPL); o

payback e a Taxa Interna de Retorno (TIR).

O Valor Presente Líquido (VPL) é uma ferramenta utilizada para calcular a atratividade de um investimento por meio de uma equação matemático-financeira que estabelece o valor presente de pagamentos futuros. O payback é mais indicado em ambientes de riscos maiores, pois considera o tempo de retorno do valor investido. Ele calcula o tempo exato necessário para a empresa recuperar o investimento inicial, baseado nos fluxos de caixa. Por ultimo, a Taxa Interna de Retorno (TIR) refere-se a uma taxa que equilibra o valor presente de um ou mais pagamentos (saídas de caixa) com o valor presente de um ou mais recebimentos (entradas de caixa).

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3 túnel no sistema produtivo de uma manufatura industrial do setor cerâmico, mediante os riscos e incertezas do investimento?

Afora a corrente introdução, o artigo é estruturado primeiramente pela metodologia desempenhada durante o desenvolvimento, e em um segundo momento, a abordagem teórica que possibilitou a sustentação conceitual/operacional do tema, onde são explicitados os conceitos e características referentes às técnicas utilizadas. Posteriormente segue-se a exposição do estudo de caso em uma indústria do segmento de cerâmica, onde foi possível a análise e pesquisa do objetivo proposto, bem como as discussões e resultados obtidos a partir de sua avaliação. Por fim, algumas considerações serão feitas a cerca destes resultados, as limitações da pesquisa e recomendações para futuros trabalhos.

2. Metodologia

A metodologia aplicada foi composta, inicialmente, mediante as pesquisas bibliográficas, que, conforme Gil (2002, p. 44), são desenvolvidas com base em material já elaborado, constituído, principalmente de livros e artigos. Esse levantamento buscou publicações inerentes e peculiares ao campo da Engenharia Econômica e da Engenharia de Produção que contemplassem conceitos e técnicas aplicáveis para mensurar quantitativamente a viabilidade econômica de investimentos dentro do contexto das operações industriais.

Com base na estrutura teórica necessária realizou-se um estudo de caso. Segundo Yin (2001), o estudo de caso, como método de pesquisa, é de suma importância para aliarmos a prática com a teoria, sendo um dos métodos mais adequados para avaliar os complexos fenômenos organizacionais.

O próximo passo foi à coleta de dados e informações acerca do processo e operações da manufatura. Para isso foram realizadas visitas constantes às instalações da empresa para análise mais intrínseca do processo produtivo, nas quais foram elaboradas entrevistas, análises das informações fornecidas pela gerência da organização e medições dentro do processo produtivo com o intuito de catalogar as informações importantes e necessárias para o desenvolvimento do estudo pretendido.

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4 no prazo e atendimento dos pedidos do consumidor final. Sendo, na maioria das vezes, a produção insuficiente para atender a demanda do mercado.

A empresa se mostrou apropriada e condizente com o estudo, fornecendo dados fundamentais a respeito do processo, mas deveras dispersos e necessitando de estudos. E com isso Foram efetuadas diversas medições de volume, produção, tempo e operações, para servir de base dos cálculos necessários.

3. Fundamentação Teórica 3.1. Engenharia Econômica

Um dos maiores desafios para os engenheiros, investidores ou gestores é a tomada de decisões, principalmente, quando estão relacionadas ao fator econômico-financeiro nos quais a rentabilidade é um dos fatores primordiais a ser mensurado. Com isso surge a necessidade e importância de conhecer as técnicas e características que norteiam a engenharia econômica. Esta por sua vez tem como principal função o de analisar economicamente todas as decisões sobre os investimentos (Filho e Kopittke, 2000).

Investimento, por sua vez, refere-se a toda aplicação realizada pela empresa com intuito de obter lucro ou retorno. As decisões de investimento devem ser tomadas com base em informações cuidadosamente analisadas, pois comprometem os recursos de uma empresa por longo do tempo e seu retorno efetivo pode ser somente estimado no presente, o que gera incertezas (HOJI, 2001).

Na literatura são apontados diversos métodos usados para avaliar os investimentos. Dentre eles um torna-se bastante evidente: o fluxo de caixa, que se baseia em detectar as entradas e saídas de caixa para um determinado projeto, tornando-se um instrumento fundamental para a decisão de investir ou não, bem como para a gestão financeira da empresa.

O Fluxo de Caixa é a principal ferramenta para estimar o valor de uma empresa, medir a rentabilidade de um projeto de investimento, planejar as operações ou estabelecer a capacidade de pagamento de uma dívida (Samanez, 2009).

Além do fluxo de caixa existem outras ferramentas bastante difundidas para mensurar a viabilidade de uma aplicação de capital. Estas, por sua vez serão detalhadas a seguir.

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5 O método do Valor Presente Liquido (VPL) refere-se a uma ferramenta que tem como finalidade medir o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo projeto ao longo de sua vida útil (Samanez, 2009).

Essa ferramenta analisa o valor do dinheiro no tempo, sendo bastante utilizado para avaliar propostas de investimento de capital. Para realizar o calculo do VPL é necessário o estabelecer o valor da Taxa mínima de atratividade, que é utilizada como taxa de descontos no fluxo de caixa livre. A equação usada para esse cálculo é:

Onde: FC: Fluxo de caixa;

i: Taxa mínima de atratividade; t: período;

(0 n): conjunto de períodos.

Através da aplicação da técnica do VPL que quando o valor da VPL é positivo (VPL>0) ocorre à criação de um valor e quando a VPL é negativo (VPL<0) acontece à destruição do valor. De acordo com Kappel (2003) salienta que a escolha por projetos com VPL negativo nem sempre significa prejuízo, pois o lucro não é sinônimo de dinheiro e sim um valor econômico.

3.2.2. Taxa Interna de Retorno – TIR

De acordo com Samanez (2009), a TIR é a taxa de retorno do investimento, que objetiva encontrar uma taxa intrínseca de rendimento. Esse método calcula a taxa de juros que anula o valor presente liquido para um determinado fluxo de caixa.

Essa técnica representa a taxa de desconto que iguala num único momento, os fluxos de entrada com fluxos de saída de caixa, produzindo um valor presente líquido igual a zero (Gitman, 2001).

Ela é matematicamente representada pela seguinte equação:

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6 t=[0, n] - o conjunto de períodos do projeto;

* R = TIR do projeto.

É importante destacar algumas condições importantes na aplicação e utilização da taxa interna de retorno. Tais como: quando a TIR é maior que o custo do capital investido, o projeto apresenta-se economicamente viável. Já quando a TIR é menor que esse capital o projeto torna-se inviável, não sendo interessante para a empresa.

Entretanto Bruni (2008) ressalta que o maior problema no uso da TIR consiste na avaliação de projetos de investimento complexos, quando existe a inversão de sinais do fluxo de caixa mais de uma vez, pois isso implicará em mais de uma TIR.

3.2.3. Tempo de recuperação do investimento – payback

O payback refere-se ao tempo necessário para a recuperação do retorno inicial realizado (Bruni 2008). Ele preocupa-se em determinar o tempo de recuperação do capital investido. Para isso mede o número de períodos necessários para que o somatório das parcelas anuais seja igual ao capital aplicado inicialmente.

Para Assaf Neto (2006) refere-se à determinação do tempo necessário para que o dispêndio de capital (valor do investimento) seja recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa (fluxos de caixa) promovidos pelo investimento.

Ainda segundo Bruni (2008) esse método apresenta-se de duas maneiras distintas: o simples e o descontado. No primeiro caso é desconsiderado o custo de capital da empresa. Já no descontado é considerada a taxa mínima de atratividade da operação.

O payback simples refere-se a uma representação do tempo de retorno de um investimento, sendo a taxa de desconto desse investimento é desconsiderada. Já o descontado considera o valor do dinheiro no tempo no cálculo de recuperação do investimento (Kappel, 2003).

Atualmente as organizações dão prioridade aos investimentos que sejam pagáveis num menor tempo possível, daí vem à relevância desse índice. Pois os ganhos vinculados ao rápido retorno representam mais competitividade ao negocio, colaborando diretamente para o sucesso da empresa.

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7 As indústrias de fabricação de cerâmicas são representativas e importantes para o desenvolvimento econômico das regiões onde atuam. Como são geralmente microempresas familiares ou de associações elas contribuem significativamente para geração de emprego e renda nas áreas mais carentes.

Esse segmento da indústria é um dos mais importantes para o estado do Rio Grande do Norte, tendo em vista o vasto desenvolvimento econômico que ele proporciona a região. O fator determinante para a localização dessas empresas é principalmente a disponibilidade de matéria – prima, ou seja, a proximidade em que se encontram as jazidas.

No entanto, apesar de sua importância e dos benefícios trazidos por esse setor a maioria não consegue utilizar as novas técnicas de gestão e as novas tecnologias propostas, ficando as margens dos avanços administrativos e tecnológicos. Com isso, as faltas de melhorias nos processos de produção iram impactar na qualidade do produto e conseqüentemente nas vendas e comercialização com os consumidores finais.

Os produtos cerâmicos são caracterizados por possuírem um processo de produção simples, em sua totalidade, e isso além de desvalorizar a cultura técnica ocasiona um grave erro no que diz respeito às empresas desse setor. Pois estas precisam ser versáteis e efetuar todas as fases de processamento até chegar ao produto final, sendo que cada uma dessas etapas poderá influenciar diretamente na etapa posterior.

4. Estudo de caso

4.1. Caracterização da empresa

O Estudo de caso foi desenvolvido em uma empresa do setor ceramista, localizada no Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma indústria de pequeno porte que atua no setor cerâmico, fabricando diversos produtos. Seu quadro de funcionários é composto por 45 pessoas, sendo 30 ligados diretamente a produção. E uma produção media mensal de aproximadamente 470 milheiros.

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8 a mistura com a água e posteriormente a laminação 2. A próxima etapa é a extrusão, seguida do corte. A prensagem acontece somente para alguns produtos (telhas). Para finalizar os produtos são levados a secagem natural, queima/ cozimento, esfriamento e por ultimo, a entrega aos clientes.

Figura 1 - Fluxograma do processo produtivo

Fonte: Autores (2012)

Esse processo apresenta inúmeros problemas. Mas é no processo de queima onde se encontram os maiores gargalos da produção, frente à demanda. A planta produtiva conta com seis fornos de queima do tipo intermitente paulistinhas. Cada um possui uma capacidade individual para queima de 15.000, totalizando 90.000 peças no geral.

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9 O tipo de forno utilizado pela empresa é conhecido como “paulistinha”. Ele é muito utilizado para a queima de telhas, mas pode ser considerado um forno pouco econômico e difícil de trabalhar. Dentre as principais características destes fornos pode-se citar:

• Maior consumo específico, atribuído à grande quantidade de calor utilizada para aquecer a estrutura do forno a cada queima e à perda de calor pelos gases de exaustão na chaminé; • Aquecimento irregular, com a existência de pontos mais frios e mais quentes no interior do forno;

• Necessidade de maior número de operadores; • Dificuldade para automação da produção;

• Concepção simples e construção mais fácil e rápida.

Com base nessas informações e dado o objetivo do trabalho, a proposta foi implantar um tipo de forno diferente, tipo túnel. Para isso foi apresentada duas alternativas: a primeira sugere a adição de um forno túnel de 13 toneladas. Já a segunda foi à substituição de três dos seis fornos existentes por outro, tipo túnel, de 60 toneladas.

Para isso é necessário um investimento que possibilite a execução do projeto. E um estudo detalhado que viabilize tal empreitada tomando como base e foco os fatores econômico-financeiros do empreendimento.

4.2. Coleta e tratamento dos dados

A operacionalização desta etapa deu-se, inicialmente, através do levantamento e mensuração dos dados de base econômica para a empresa: os gastos. De modo que a estruturação e detalhamento dos custos são imprescindíveis para o estudo econômico-financeiro e para o gerenciamento na tomada de decisões.

Inicialmente foram calculados e tabelados os dados provindos das finanças da empresa, tais como: os custos variáveis, despesas variáveis, custos e despesas fixas, preço unitário e faturamento bruto de todos os produtos. A Tabela 1, abaixo, apresenta esses resultados.

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11 Telhinha branca R$ 168,24 R$ 2.335,05 R$ 513,63 R$ 6.363,63 Total R$ 82.690,66 R$ 4.631,34 R$ 3.000,00 R$ 28.680,00 R$ 284.862,19 Fonte: Autores (2012)

Com base nos referidos dados foi possível traçar o perfil econômico da empresa atual. E com isso formular o Fluxo de Caixa Livre atual, mostrado na Figura 2, abaixo.

Figura 2 - Fluxo de Caixa Livre atual

Fonte: Autores (2012)

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12 Tabela 2 - Comparação entre os tipos de fornos

Forno Paulistinha Forno Túnel

Combustível Lenha Lenha

Mão de obra 4 pessoas 4 pessoas

Tempo de queima 24-72 horas 22-40 horas

Taxa máxima de falhas 15% 5%

Consumo de Combustível 2,5m³ 1,0m³

Capacidade média de queima 15.000 unidades 10.400 - 44828 unidades

Fonte: Autores (2012)

Conforme mencionado anteriormente, para efeito de avaliação, serão traçados duas situações diferentes: A primeira seria a adição de um forno de 13 toneladas. Já a segunda seria a substituição de 3 dos seis fornos existentes, tipo paulistinha, por 1 forno tipo túnel.

5. Resultados

De posse dos dados foi possível estabelecer dois cenários distintos para efeito de estudo e comparação dos investimentos. O procedimento foi semelhante para ambos os casos. Primeiramente foi construído o fluxo de caixa, estabelecida a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE resumida, calculado o Valor Presente Líquido, a Taxa Interna de Retorno e

payback

1° Cenário: Adição de um forno túnel de capacidade para 13 toneladas.

Tabela 3: Demonstração do Resultado do Exercício – DRE resumida - 1° Cenário Receita/Faturamento Bruto (RB) R$ 334.609,90 (-) Deduções/Impostos sobre Vendas (DIV) 40.521,26 (=) Receita/Faturamento Líquido (RL) 294.088,64

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13

(-) Gastos Fixos do Período (GFP) 31.968,32

(=)

Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda

(LAIR) 163.977,25

Anual 4.015.318,74

Fonte: Autores (2012)

Figura 3: Fluxo de Caixa Livre - 1° Cenário

Fonte: Autores (2012)

Considerando o Custo de Oportunidade de Capital igual a 10% temos:

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14 VPL1 R$ 1.751.988,08 VPL2 R$ 3.381.067,32 VPL= R$ 7.440.621,24 > 0 TIR= 4928% > 0 Payback = 1 ano

2° Cenário: Substituição de três fornos antigos por um de 60 toneladas

Tabela 4 - Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Resumida - 2° Cenário Receita/Faturamento Bruto (RB) R$ 278.328,86 (-) Deduções/Impostos sobre Vendas (DIV) 33.705,62 (=) Receita/Faturamento Líquido (RL) 244.623,24

(-) Custos dos Produtos Vendidos (CPV) 81.267,52 (=) Margem de Contribuição Total (MCT) 163.355,72

(-) Gastos Fixos do Período (GFP) 31.968,32

(=)

Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda

(LAIR) 131.387,40

Anual 3.339.946,32

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15 Figura 4 - Fluxo de Caixa Livre - 2° Cenário

Fonte: Autores (2012)

Considerando o Custo de Oportunidade de Capital igual a 10% temos:

n R$ 0 -R$ 60.000,00 1 1.580.108,82 2 1.580.107,82 3 1.580.106,82 4 1.580.105,82 5 1.600.104,82 VPL1 R$ 1.376.462,56 VPL2 R$ 2.682.336,80 VPL= R$ 5.942.267,18 > 0 TIR= 2634% > 0 Payback = 1 ano

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16 da taxa da TIR é maior do que o valor da taxa do Custo de Oportunidade de Capital, ou seja, o retorno sobre o capital inicial aplicado é superior as expectativas do proprietário. Além disso, o tempo de retorno do investimento é de apenas um ano, nos dois casos. Portanto, mediante os valores resultantes das técnicas aplicadas, o projeto seria atrativo, ou seja, economicamente viável.

6. Considerações finais

A utilização das técnicas oferecidas pela engenharia econômica para o estudo e avaliação da viabilidade dos investimentos é de extrema importância no campo do gerenciamento e no processo de tomada de decisões. Com isso, percebe-se que escolhas errôneas geram perdas irreparáveis e condenam o sucesso de toda a organização.

O principal objetivo deste trabalho foi o de avaliar a viabilidade econômico-financeira do projeto de implantação de um forno para ser instalado no processo de queima/cozimento dos produtos em uma indústria de cerâmica. Primeiramente foi realizado um estudo bibliográfico sobre a engenharia econômica e um levantamento da situação financeira da empresa.

Em seguida, foi proposta a metodologia com o intuito de compreender os processos organizacionais necessários para o desenvolvimento das atividades estudadas. A medição e estruturação do grupo dos gastos tornaram-se indispensáveis para a pesquisa, de modo que a estratificação dos custos é o alicerce necessário para uma análise econômico-financeiro e para a tomada de decisão gerencial.

A análise dos resultados mostrou que o projeto é bastante viável para a cerâmica no sentido econômico, visto que os ganhos de produtividade e de faturamento se elevam significativamente em ambos os casos.

Com base na avaliação da atratividade do investimento, verifica-se o alto retorno para os acionistas, proprietários ou investidores. De modo que os valores da VPL e TIR foram VPL= R$ 7.440.621,24 e TIR= 4928%, para a primeira situação e VPL= R$ 5.942.267,18 e TIR= 2634% para a segunda, respectivamente. Demonstrando assim altos índices de lucro

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17 No entanto, compreende-se que os investimentos englobam diferentes aspectos. No primeiro deve-se ver se vale a pena no sentido ambiental, pois aumentará consideravelmente o consumo de lenha e conseqüentemente o impacto ambiental. No segundo caso, a substituição dos fornos gerará um gasto extra, com a desativação e construção, mas que reduzirá o montante produzido, entretanto reduzirá bastante os gastos gerando um lucro maior.

Aconselha-se que as empresas passem a utilizar os métodos e análise econômica, a fim de evitar a tomada de decisões de investimentos erradas e baseada somente em intuições sobre o mercado, por parte dos gestores responsáveis.

É válido mencionar que a avaliação do investimento realizada nesta pesquisa possui algumas limitações. No entanto, essas limitações não tornam a análise inválida, visto que foram utilizados os dados exatos fornecidos pela cerâmica.

Por ultimo, espera-se que o estudo contribua significativamente como referência e base para fins acadêmicos, que sirva como um modelo útil para futuros profissionais e empresários que almejem um planejamento detalhado antes de realizar qualquer investimento e que além de tudo auxilie na gestão da empresa em questão, servindo como exemplo para outras organizações.

Referencias

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 2 ª. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

BRUNI, A. L.. Avaliação de investimentos: com modelagem financeira no Excel. São Paulo: Atlas, 2008. 522 p.

FILHO, Nelson C.; KOPITTKE, Bruno H. Análise de Investimentos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.

GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo/SP: Atlas, 2002.

GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira: Essencial. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001, 610 p.

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18 KAPPEL, R. S.. Análise de Investimento para Abertura de Pontos de Venda no Setor Supermercadista: O caso de uma pequena empresa familiar. 2003. 132 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Econômicas, UFRGS, Porto Alegre, 2003.

SAMANEZ, C. P.. Engenharia Econômica. São Paulo: Pearson, 2009. 224 p.

SARAIVA JÚNIOR, A. F.. Notas de Aula da Disciplina Engenharia Econômica. UFERSA, Mossoró, ministrada em Maio. 2012.

Referências

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