Revestimento de argamassa aplicado com
projeção mecânica contínua:
a influência da técnica de execução na resistência
de aderência à tração
Kátia Cristina Zanelatto Mestranda, Escola Politécnica, USP – Brasil
Mércia Maria Bottura Barros Professora Doutora, Escola Politécnica, USP - Brasil
Fernando Henrique Sabbatini Professor Doutor, Escola Politécnica, USP - Brasil
Renata Monte Doutoranda, Escola Politécnica, USP - Brasil
Universidade de São Paulo - Escola Politécnica Departamento de Engenharia de Construção Civil
Introdução
Brasil
Execução dos revestimentos com projeção mecânica contínua
Necessidade de industrialização: potencial para difusão Cultura de produção de argamassa no canteiro Danos no equipamento e paralisação da produção Baixa produtividade
Aumento dos custos dos revestimentos
Argamassa com
propriedades reológicas inadequadas
Introdução
Argamassa com propriedades adequadas
Permitem alterações na técnica de execução
Lançamento
manual Projeção mecânica
Aplicação com desempenadeira
Espalhamento com régua
Introdução
Argamassa com propriedades adequadas
Alterações na técnica de execução
Sarrafeamento Raspagem
Introdução
Argamassa com propriedades adequadas
Problemática
Condições
canteiro
Propriedades
da argamassa
Técnica de
execução
Não avaliadas sistemicamente quanto a
influência no comportamento dos
revestimentos
Interferência na facilidade para execução
do revestimento
Objetivo
Avaliar a influência de algumas
variáveis relativas à execução de
revestimento de fachada com
projeção mecânica contínua de
argamassa, na resistência de
aderência à tração do revestimento ao
substrato
Metodologia
Visitas a canteiros
de obra
Identificação e
seleção das variáveis
Principais características Variáveis definidas
Condição de umidade do substrato Seco
Umedecido 24 horas antes
Teor de umidade da argamassa 22 % 25 % 28 %
Intervalo de tempo entre demãos Úmido sobre úmido
Úmido sobre seco
Forma de aplicação da argamassa
Lançamento manual Desempenadeira Projeção mecânica
Técnica de acabamento da camada Espalhamento e raspagem
Avaliação experimental
Painel Teor de água de argamassa Condição de umidade da base Intervalo entre demãos (1) 22% (2) 25% (3) 28% (1) Seca (2) Úmida (1) 0,5 h (2) 24 h 1 X X X 2 X X X 3 X X X 4 X X X 5 X X X 6 X X X 7 X X X 8 X X X 9 X X X 10 X X X Variáveis (1) Lançamento manual (2) Com desempenadeira (3) Projeção mecânica 11 X 12 X 13 XAvaliação experimental
Execução dos painéis em campo
Figura 1 - Projeção Figura 2 - Espalhamento Figura 3 - Raspagem Figura 4 - Desempeno
Resultados
Resistência de aderência
Figura 5: Médias da resistência de aderência à tração Figura 6: Porcentual das principais formas de ruptura
Ruptura superficial
Figura 7: Resistência de aderência em função de: (a) teor de umidade da argamassa x condição de umidade do substrato x intervalo de tempo entre demãos; (b) forma de aplicação da argamassa (c) técnica de acabamento.
Resultados e análise
Teor de umidade da argamassa:
Tendência:
• aumento da média das resistências de aderência; • aumento da variabilidade dos resultados.
ANOVA: efeito estatisticamente significativo .
Teor de umidade argamassa Condição de umidade substrato Intervalo de tempo entre demãos
Painéis Resultado de cada grupo
22 % → 25 % Seca 0,5 h P6 → P5 (P=0,011<0,05) Rejeita H0 nível de significância de 5% Seca 24 h P8 → P7 Úmida 0,5 h P2 → P1 Úmida 24 h P4 → P3
Resultados e análise
Condição de umidade do substrato:
Tendência:
• diminuição da ruptura superficial, • diminuição da variabilidade
ANOVA: efeito estatisticamente não significativo
Teor de umidade argamassa Condição de umidade substrato Intervalo de tempo entre demãos
Painéis Resultado de cada grupo 22 % Seca → Úmida 0,5 h P6 → P2 (P=0,223>0,05) Aceita H0 nível de significância de 5% 22 % 24 h P8 → P4 25 % 0,5 h P5 → P1 25 % 24 h P7 → P3
Resultados e análise
Intervalo de tempo entre demãos
Teor de umidade argamassa Condição de umidade substrato Intervalo de tempo entre demãos
Painéis Resultado de cada grupo
22 % Seca 05 h → 24 h P6 → P8 (P=0,068>0,05) Aceita H0 nível de significância de 5% 22 % Úmida P2 → P4 25 % Seca P5 → P7 25 % Úmida P1 → P3
Tendência:
• aumento da resistência de aderência;
• diminuição da variabilidade dos resultados. ANOVA: efeito estatisticamente não significativo
Resultados e análise
Forma de aplicação da argamassa
Forma de aplicação da argamassa
Painéis Resultado de cada grupo
Lançamento manual → Com desempenadeira P11 → P12 (P=0,028<0,05) Rejeita H0 nível de significância de 5% Lançamento manual → Projeção mecânica P11 → P13 Com desempenadeira → Projeção mecânica P12 → P13
Tendência:
• aumento da resistência;• aumento da variabilidade dos resultados (do 12 ao 11 e do 11 ao 13).
• porcentagem de ruptura superficial nula.
ANOVA: resultados estatisticamente significativos para manual X mecânico.
Resultados e análise
Técnica de acabamento da camada
Técnica de acabamento da
camada Painéis Resultado de cada grupo
Espalhamento e raspagem →
Sarrafeamento P10 → P13
(P=0,005<0,05) Rejeita H0
nível de significância de 5%
Tendência:
• aumento da resistência de aderência; • porcentagem de ruptura superficial nula; • maior variabilidade nos resultados .
Conclusões
As variáveis analisadas podem influenciar
negativamente a aderência do revestimento aplicado
com projeção mecânica contínua, diminuindo os
potenciais ganhos de resistência que a técnica de
aplicação oferece.
Pela ANOVA, apesar do efeito de algumas variáveis
isoladamente não se mostrarem estatisticamente
significativos, a interação entre essas variáveis,
associadas às outras variáveis, mostrou-se
Contatos: Kátia Cristina Zanelatto
Mestranda - katia.zanelatto@usp.br
Mércia Maria Bottura Barros
Professora Doutora - mercia.barros@poli.usp.br
Fernando Henrique Sabbatini
Professor Doutor - fernando.sabbatini@poli.usp.br
Renata Monte
Doutoranda - renata.monte@poli.usp.br