• Nenhum resultado encontrado

ECOMORFOLOGIA DE DEZ ESPÉCIES DE PEIXES MARINHOS MAIS ABUNDANTES DE GALINHOS/RN

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ECOMORFOLOGIA DE DEZ ESPÉCIES DE PEIXES MARINHOS MAIS ABUNDANTES DE GALINHOS/RN"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA

ECOMORFOLOGIA DE DEZ ESPÉCIES DE PEIXES MARINHOS MAIS ABUNDANTES DE GALINHOS/RN

RODRIGO HERCULANO SIMPLÍCIO LEMOS

NATAL – RN 2006

(2)

RODRIGO HERCULANO SIMPLÍCIO LEMOS

ECOMORFOLOGIA DE DEZ ESPÉCIES DE PEIXES MARINHOS MAIS ABUNDANTES DE GALINHOS/RN

Orientador: Prof. Dr. Aldemir Gomes Freire

DOL / CB / UFRN

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Bioecologia Aquática do Departamento de Oceanografia e Limnologia, do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Bioecologia Aquática.

NATAL – RN 2006

(3)
(4)

Ao Profº DR. Aldemir Gomes Freire, pela orientação, disponibilidades, paciência, incentivo e confiança demonstradas à mim durante toda minha vida acadêmica até a realização deste trabalho, e que durante cinco anos de convivência, sempre me ajudou de qualquer forma, e hoje, antes de tudo, tenho-o como um grande amigo.

A Profª Drª Sathyabama Chellapa, pelo incentivo na realização deste trabalho e também pela sua ajuda, correções e sugestões, demonstrando sempre ética, conhecimento e disciplina.

Ao Profº Dr. Wagner Franco Molina, pela ajuda, correções e sugestões para o enriquecimento do presente trabalho.

Ao professores do Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática, e colegas de mestrado.

Ao Profº Dr. Jorge Eduardo Lins pelo auxílio dado nos primeiros passos do trabalho, pelo laboratório e material cedido para a análise dos dados adquiridos neste trabalho.

Aos meus pais, pelo exemplo de vida, batalha, persistência, tolerância, amor e pelo constante apoio, os quais sem eles não estaria aqui.

As minhas irmãs e queridos sobrinhos, por estarem comigo, me trazendo muitos momentos felizes.

Em especial à minh anamorada Maria Beatriz (Bia), pelo seu amor, companheirismo, paciência, compreensão, sorrisos, olhares, enorme apoio e incentivo. Por todos os momentos que me proporciona, por estar comigo não importando como e quando, por ser parte d eminha vida, meu sangue, meu combustível, minha alma, sendo uma pessoa infinitamente única para mim.

Aos meus amigos adquiridos em todo decorrer do curso de Ciências Biológicas e do Mestrado, os quais não preciso descrever, pois os mesmo sabem quem são, pelo companheirismo, grande amizade, por me ajudarem em todo desenrolar do trabalho.

À Marco Túlio, vulgo “The Calling”, colega que fez parte do Laboratório de Ecologia Numérica e Aqüicultura Sustentável.

(5)

obrigado.

A todos que diretamente ou indiretamente fizeram parte desse trabalho e ao CNPQ pelo apoio financeiro.

E o meu muito obrigado a Jah por me iluminar em todos os momentos.

(6)

RESUMO

A Ecomorfologia fundamenta-se na idéia de que as diferenças morfológicas existentes entre as espécies podem estar associadas à ação de diferentes pressões ambientais e biológicas por elas sofridas. Estas diferenças podem ser estudadas através do emprego de índices morfo e biométricos denominados atributos ecomorfológicos, representando padrões que expressam características do indivíduo em relação ao seu meio e podem ser interpretados como indicadores de hábitos de vida ou de adaptações das espécies à ocupação de diferentes habitats. Este trabalho tem como objetivo contribuir para o conhecimento ecomorfológico da ictiofauna marinha brasileira, especificamente no litoral do Rio Grande do Norte, no município de Galinhos através do estudo de 10 espécies de peixes marinhos sendo pertencentes às famílias Gerreidae (Eucinostomus argenteus), Haemulidae (Orthopristis ruber, Pomadasys corvinaeformis, Haemulon aurolineatum, Haemulon plumieri, Haemulon steindachneri), Lutjanidae (Lutjanus synagris), Paralichthyidae (Syacium micrurum), Bothidae (Bothus ocellatus) e Tetraodontidae (Sphoeroides testudineus), que foram obtidas em 5 coletas por meio de três malhos (arrasto), entre o período de setembro/2004 a abril/2005. O estudo ecomorfológico foi realizado em laboratório, através das medidas de 8 a 10 exemplares de cada espécie, e realizado 17 medidas morfométricas e delas calculado 12 atributos ecomorfológicos. Para identificar padrões ecomorfológicos que descrevem o conjunto de dados analisados foram utilizados os métodos estatísticos de análise multivariada como análise de componentes principais (PCA) e análise de agrupamento (Cluster Analysis).

Como resultados obtiveram-se H. aurolineatum como maior representante com 26,16% e S. testudineus o menor com 0,23% de indivíduos. O 1º Componente Principal com 60,03% da variação teve influência de atributos ecomorfológicos relacionados à morfologia do corpo, e o 2º CP com 23,25% teve influência dos atributos ecomorfológicos relacionados à morfologia bucal. O cluster proporcionou a identificação de 3 grupos, um pertencente a família dos Perciformes, um dos Pleuronectiformes e um dos Tetraodontiformes. Os dados foram analisados, diferenciando as espécies por seus caracteres morfológicos, os quais indicaram espécies habitantes de regiões medianas (E. argenteus, O.

ruber, P. corvinaeformis, H. aurolineatum, H. plumieri, H. steindachneri, L.

synagris) e de fundo (S. micrurum, B. ocellatus, S. testudineus) da coluna d’água.

Palavras-chave: Ecomorforlogia. Peixes marinhos. Análise-Multivariada.

(7)

ABSTRACT

Ecomorphology is a science based on the idea that morphological differences among species could be associated with distinct biological and environmental pressures suffered by them. These differences can be studied employing morphological and biometric indexes denominated “Ecomorphological attributes”, representing standards that express characteristics of the individual in relation to its environment, and can be interpreted as indicators of life habits or adaptations suffered due its occupation of different habitats. This work aims to contribute for the knowledge of the ecomorphology of the Brazilian marine ichthyofauna, specifically from Galinhos, located at Rio Grande do Norte state.

10 different species of fish were studied, belonging the families Gerreidae (Eucinostomus argenteus), Haemulidae (Orthopristis ruber, Pomadasys corvinaeformis, Haemulon aurolineatum, Haemulon plumieri, Haemulon steindachneri), Lutjanidae (Lutjanus synagris), Paralichthyidae (Syacium micrurum), Bothidae (Bothus ocellatus) and Tetraodontidae (Sphoeroides testudineus), which were obtained during five collections, in the period time of September/2004 to April/2005, utilizing three special nets. The ecomorphological study was performed at the laboratory. Eight to ten samples of each fish specie were measured. Fifteen morphological aspects were considered to calculate twelve ecomorphological attributes. Multivariate statistical analysis methods such as Principal Component Analysis (PCA) and Cluster Analysis were done to identify ecmorphological patterns to describe the data set obtained. As results, H. aurolineatum was the most abundant specie found (23,03%) and S. testudineus the less one with 0,23%. The 1st Principal component showed variation of 60,03% with influence of the ecomorphological attribute related to body morphology, while the 2nd PC with 23,25% variation had influence of the ecomorphological attribute related to oral morphology. The Cluster Analiysis promoted the identification of three distinct groups Perciformes, Pleuronectiformes and Tetraodontiformes. Based on the obtained data, considering morphological characters differences among the species studied, we suggest that all of them live at the medium (E. argenteus, O. rubber, P. corvinaeformis, H. aurolineatum, H. plumieri, H. steindachneri, L. synagris) and bottom (S. micrurum, B. ocellatus, S. testudineus) region of column water.

Palavras-chave: Ecomorphology. Marine Fishes. Multivariate Analysis.

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dez espécies mais abundantes coletados em rede de arrasto e suas respectivas amplitudes de comprimento, no município de Galinhos/RN... 13 Tabela 2. Dados Morfométricos da espécie selecionada O. ruber

no município de Galinhos/RN... 14 Tabela 3. Dados Morfométricos da espécie selecionada E.

argenteus no município de Galinhos/RN... 14 Tabela 4. Dados Morfométricos da espécie selecionada H.

steindachneri no município de Galinhos/RN... 14 Tabela 5. Dados Morfométricos da espécie selecionada H.

plumieri no município de Galinhos/RN... 14 Tabela 6. Dados Morfométricos da espécie selecionada H.

aurolineatum no município de Galinhos/RN... 15 Tabela 7. Dados Morfométricos da espécie selecionada S.

micrurum no município de Galinhos/RN... 15 Tabela 8. Dados Morfométricos da espécie selecionada S.

testudineus no município de Galinhos/RN... 15 Tabela 9. Dados Morfométricos da espécie selecionada B.

ocellatus no município de Galinhos/RN... 15 Tabela 10. Dados Morfométricos da espécie selecionada P.

corvinaeformis no município de Galinhos/RN... 15 Tabela 11. Dados Morfométricos da espécie selecionada L.

synagris no município de Galinhos/RN... 16 Tabela 12. Análise dos Componentes principais das amostras das

dez espécies estudadas ... 18

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização do Município de Galinhos/RN... 05 Figura 2. Frota pesqueira do município de Galinhos/RN

utilizados na coleta... 06 Figura 3. Medidas morfológicas... 08 Figura 4. Atributos ecomorfológicos das espécies de

Galinhos/RN.A... 16 Figura 5. Atributos ecomorfológicos das espécies de

Galinhos/RN.B... 17 Figura 6. Distribuição dos escores das espécies no espaço dos

dois primeiros componentes principais... 19 Figura 7. Dendograma mostrando o agrupamento das espécies

estudadas em Galinhos/RN... 20

(10)

SUMÁRIO

Resumo... iii

Abstract... iv

Lista de Tabelas... iv

Lista de Figuras... v

1. INTRODUÇÃO... 01

2. OBJETIVOS... 04

3. MATERIAL E MÉTODOS... 05

3.1. Área de estudo... 05

3.2. Coleta das amostras... 06

3.3. Identificaçâo das espécies... 06

3.4. Dados morfométricos... 07

3.5. Atributos ecomorfológicos... 09

3. 6 análise estatística dos dados... 10

4. RESULTADOS... 11

5. DISCUSSÃO... 21

6. CONCLUSÃO... 23

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 24

(11)

ECOMORFOLOGIA DE DEZ ESPÉCIES DE PEIXES MARINHOS MAIS ABUNDANTES DE GALINHOS/RN

1. INTRODUÇÃO

A pesca de arrasto, utilizada para a captura de camarões peneídeos e peixes demersais, captura um grande número de organismos considerados fauna acompanhante, dentre os quais várias espécies de peixes demersais e semi-demersais (Vendeville, 1990). Uma grande parcela dessa fauna acompanhante é composta de peixes de pequenos porte com menos de 15 cm ou 100g, a qual é rejeitada a bordo por não possuir valor comercial e devolvida ao mar morta ou com poucas chances de sobrevivência (Alverson et al. 1994).

O conhecimento relativo às estratégias do ciclo de vida de componentes da fauna acompanhante é fundamental para o estabelecimento de medidas ordenadoras propiciando a manutenção dos estoques e a exploração de novos recursos (Alverson et al. 1994). A capacidade de sustentação de uma população perante a pesca é proporcional a sua abundância e suscetividade de ser capturada, que por sua vez estão relacionadas às estratégias de ciclo de vida utilizadas pela espécie. Assim espécies componentes da fauna acompanhante podem ser mais sujeitas a sobrepesca que a espécie-alvo.

Com os estoques de pescado cada vez mais escassos nos oceanos, é de vital importância o conhecimento de espécies, principalmente no estado do Rio Grande do Norte, devido a apresentar uma extensa região costeira com aproximadamente 400 km² (IBGE, 2005) e muitas cidades litorâneas que dependem da pesca, tanto industrial, com pequena parcela, como artesanal, principalmente.

Os peixes, por participarem ativamente na estrutura das comunidades através dos processos de predação, competição e territorialidade, são membros importantes do ambiente marinho (Menge e Sutherland, 1976) e constituem o maior número de vertebrados, com cerca de 24.000 espécies (Nelson, 1994).

(12)

No que se diz respeito ao ambiente marinho, apesar de parecer uma grande massa de água homogênea, este encontra-se horizontalmente dividido em duas grandes zonas: a província Nerítica que esta sobre a plataforma continental e o mar aberto ou província Oceânica que corresponde às grandes profundidades. E verticalmente o ambiente marinho está dividido em: zona Epipelágica, que alcança até a profundidade da plataforma continental (200m);

zona Mesopelágica que vai dos 200m até 1000m de profundidade; a zona Batipelágica que vai dos 1000m até 4000m de profundidade; a zona Abissopelagica que esta abaixo dos 4000m de profundidade; e, finalmente, a mais profunda zona dos oceanos que se encontra abaixo dos 6000m de profundidade, a zona Hadopelágica (Tait, 1981).

Essas subdivisões apresentam características físicas, químicas e geológicas diferentes, estas que interferem nos tipos de organismos que possam habitar estas áreas.

As comunidades presentes nestes ambientes diversificados apresentam estruturas morfológicas específicas, o que aumenta suas chances de sucesso na ocupação do nicho e o fitness (aptdão), estando intimamente relacionado com sua história evolutiva.

Segundo Freire (1997), em função do desenvolvimento, otimização e conseqüente aproveitamento de seus nichos ecológicos, os peixes desenvolveram complexas estruturas sensoriais, de locomoção, de reprodução e respiração, como resultado de uma longa evolução histórica. Sua alta diversidade e seus múltiplos estágios de vida têm proporcionado um campo fértil para o estudo da relação entre forma e função.

Componentes morfológicos são importantes para entender a estrutura de uma comunidade, já que representam adaptações aos mais variados componentes ecológicos, como a estrutura do habitat (Pounds, 1988;

Vanhooydonck, van Damme & Aerts, 2000; Vitt, Caldwell, Zani & Titus, 1997) e o comportamento (Irschick, 2002). A Ecomorfologia fundamenta-se na idéia de que as diferenças morfológicas existentes entre as espécies podem estar associadas a pressões ambientais e biológicas por elas sofridas (Irschick &

Losos, 1999). Essa área do conhecimento leva em consideração as relações entre fatores ambientais, bióticos e a morfologia dos peixes (Motta & Kotrschal, 1995). Os atributos ecomorfológicos, segundo Wainwright & Richard (1995),

(13)

podem demonstrar padrões de relação entre a morfologia de peixes e o uso dos recursos do ambiente, e de acordo com Watson & Balon (1984), estes atributos são a natureza do volume do nicho ocupado pela taxocenose.

O município de Galinhos/RN, localizado no litoral setentrional do RN, é submetido à instabilidade morfológica e elevada sensibilidade ambiental da região costeira e pela concentração de atividades socioeconômicas, como as indústrias petrolífera, salineira e de carcinicultura (Lima, 2004). A diversidade biológica ictiofaunística e a estabilidade dessa comunidade ao longo do tempo, associado à carência de informações ecológicas dos habitats existentes, escassez de trabalhos na área de ecomorfologia (por tratar-se de uma área recente da ecologia de peixes) e o alto endemismo das espécies de peixes marinhos, leva-nos a propor este tipo de pesquisa, que será de fundamental importância na caracterização ecológica das espécies, através da sua morfologia, tanto no aspecto preservacionista como de valor cênico para região objeto de estudo, identificando assim seus diversos nichos ecológicos.

(14)

2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivos caracterizar os atributos ecomorfológicos das espécies de peixes marinhos existentes no município de Galinhos/RN, Brasil, e associá-las ao seu modo de vida, através de características morfológicas, utilizando análise multivariada (Análise de Componentes Principais e Cluster), ou seja, técnicas de ordenação e agrupamento respectivamente, como ferramenta, que possa detectar e sugerir padrões de comportamento e ou estilos de vida dessas espécies.

Objetivos Específicos:

1. Calcular os atributos ecomorfológicos das dez espécies mais abundantes;

2. Caracterizar a partilha de recursos das dez espécies mais abundantes existentes em Galinhos de acordo com os índices ecomorfológicos utilizados;

3. Identificar posição das espécies relativas na coluna d’água;

(15)

3. MATERIAL E METODOS

3.1. Área de Estudo

O trabalho foi desenvolvido na região litorânea do Rio Grande do Norte, precisamente no município de Galinhos/RN, de coordenadas latitude 05°05'26’’

S e longitude 36°16'31’’ W, tendo como limites, ao Norte, o Oceano Atlântico, ao Sul, o município de Jandaira, ao Leste, o município de Caiçara do Norte e ao Oeste o município de Guamaré (IDEMA, 2004). Situa-se a cerca de 166Km de Natal, com cerca de 2000 habitantes e área de 342,44 Km² (BEE, 2004;

IBGE, 2005). Possui um clima muito quente e semi-árido, com chuvas entre março e junho. Sua precipitação pluviométrica anual é por volta de 440,9mm, com temperaturas médias anuais entre 21° e 33°C, umidade relativa média anual de 68%, sua vegetação compreende a caatinga hiperxerófila, manguezal e restinga e o seu solo predominam areias quartzosas distróficas (IDEMA, 2004). Nesta região a pesca representa a principal atividade econômica, entretanto, os equipamentos, a forma de captura do pescado e principalmente as relações de trabalho, são ainda bastante rudimentares (IDEMA, 2004).

Figura 1 – Localização do município de Galinhos/RN. O Ponto em vermelho indica a posição exata do local (latitude 05°05' S e longitude 36°16' W). (Fonte: a. Google Earth / b. www.aondefica.com)

(16)

Figura 2 – Frota pesqueira do município de Galinhos/RN utilizados na coleta.

3.2. Coletas das Amostras

Foi realizado um levantamento ictiofaunístico das principais espécies de Galinhos.

Foram realizadas cinco coletas, por meio de tresmalho (rede de arrasto), que é confeccionada com panagens de nylon de poliamida multifilamento, com numeração entre 210/16 e 210/24 ou de nylon monofilamento (IDEMA, 2004), no período de setembro/2004 a abril/2005.

Para coleta utilizou-se rede de arrasto de 15m a 18m, malha de 2cm a 4cm e abertura de boca de 7,5m a 8m. Abrangendo profundidades de 3m a 102m. A duração média de cada arrasto foi de 35 minutos, com velocidade de 1 a 5 Kts.

Foram coletados no total 21.317 indivíduos.

3.3. Identificação das Espécies

Para a identificação das espécies foram utilizados manuais e catálogos de identificações de peixes (Figueiredo, 1977; Figueiredo & Menezes, 1978;

Figueiredo & Menezes, 1980; Menezes & Figueiredo, 1980; Allen, 1985;

Menezes & Figueiredo, 1985; Soares, 1988; Smith, 1997; Carvalho-Filho, 1999;

(17)

Figueiredo & Menezes, 2000; Szpilman, 2000; Carpenter, 2002a; Carpenter, 2002b; Cervigón et al, 2002; Humann & Deloach, 2002; Menezes et al, 2003;

Araújo et al; 2004; Froese & Pauly, 2005).

3.4. Dados Morfométricos

Das 27 espécies de peixes marinhos coletadas foram separadas 10 das mais abundantes, das quais 8 a 10 indivíduos de cada uma das espécies, foram utilizados para a obtenção das medidas morfométricas.

Todas as medidas utilizadas nos estudos ecomorfológicos foram tomadas utilizando um paquímetro com 0,05 mm de precisão, ictiômetro de 50 cm, e transferidor de 180º.

Para a identificação das diferenças morfológicas associadas com o habitat das espécies, foram realizadas 17 medidas morfométricas, descritas abaixo de acordo com os trabalhos de Watson & Balon (1984), Balon et al. (1986), Uieda (1995), Freire (1997) e Freire & Agostinho (2001):

• Comprimento padrão (CP) - Distância da ponta do focinho ao final do pedúnculo caudal.

• Altura do corpo (AC) - Maior distância dorso-ventral perpendicular ao maior eixo corpóreo.

• Altura média do corpo (AM) - Distância do ventre até a linha que corta o corpo entre a boca e a cauda.

• Largura do corpo (LC) - Maior largura do corpo lado a lado.

• Comprimento da cabeça (CCa) - Distância entre a ponta do focinho e o final do opérculo.

• Altura da cabeça (ACa) - Distância entre a parte ventral e o dorso da cabeça na região dos olhos.

• Altura do olho (AO) - Distância do centro do olho até o maxilar inferior.

• Comprimento da Nadadeira peitoral (CNPt) - Distância entre a base da nadadeira e sua extremidade

(18)

• Largura da Nadadeira Peitoral (LNPt) - Maior largura da nadadeira em um eixo perpendicular ao eixo do comprimento da nadadeira totalmente aberta

• Altura da nadadeira caudal (ANCD) - Distância máxima entre as duas extremidades da nadadeira totalmente distendida.

• Comprimento do pedúnculo caudal (CPC) - Distância entre o final da nadadeira anal até o início da caudal.

• Altura do pedúnculo caudal (APC) - Altura do pedúnculo medida no mesmo ponto da largura.

• Largura do pedúnculo caudal (LPC) - Largura do pedúnculo medida no seu ponto médio.

• Largura da boca (LB) - Distância entre as partes laterais da boca totalmente aberta sem distender os músculos.

• Altura da boca (AB) - Distância entre os lábios com a boca aberta sem distender os músculos.

• Posição da boca (APB) - Ângulo formado pela tangente dos lábios superior e inferior com a boca totalmente aberta e o eixo horizontal, caracterizado como: Superior= entre 10º e 80º; Terminal= 90º;

Inferior= entre 100º e 170º e Ventral= 180º.

• Comprimento Total (CT) – Distância da ponta do focinho ao final da nadadeira caudal.

Figura 3 – Medidas morfológicas. Esquema: Rodrigo Herculano.

(19)

3.5. Atributos Ecomorfológicos

Utilizando as medidas morfométricas, foram calculados os atributos ecomorfológicos que são interpretados como indicadores de tipos de hábitos de vida ou como adaptações à ocupação de diferentes habitats (Gatz, 1981;

Mahon, 1984; Watson & Balon, 1984; Balon et al., 1986; Barrela, 1989;

Beaumord, 1991; Barrela et al. 1994; Freire, 1997; Freire & Agostinho, 2001).

Foram analisados 12 atributos que estão descritos abaixo:

• Índice de compressão (Watson & Balon, 1984) - IC=AC/LC. Altos índices indicam peixes lateralmente comprimidos e habitantes de águas lênticas.

• Altura relativa (Gatz, 1979) - AR=AC/CP. Atributo inversamente relacionado com ambientes de hidrodinamismo elevado e diretamente relacionado com a capacidade de desenvolver deslocamentos verticais.

• Comprimento Relativo do pedúnculo caudal (Watson & Balon, 1984) - CRPCD=CPC/CP. Pedúnculos longos indicam bons nadadores, inclusive peixes bentônicos residentes em ambientes de hidrodinamismo elevado.

• Índice de compressão do pedúnculo Caudal (Gatz, 1979) - ICPCD=APC/LPC. Pedúnculos comprimidos indicam indivíduos de natação lenta e pouca manobrabilidade, podendo afetar o desempenho em arrancadas rápidas à medida que aumenta a altura dos corpos dentre as diferentes espécies.

• Índice de achatamento ventral (Mahon, 1984) - IAV=AM/AC. Peixes que apresentam baixos valores estão associados a águas correntes, permitindo dessa maneira aos peixes bentônicos manterem sua posição sem precisar nadar.

• Razão aspecto da nadadeira peitoral (Keast & Webb, 1966) - RANP=CNPt/LNPt. Valores altos indicam nadadeiras longas e estreitas, presentes em grandes migradores.

(20)

• Posição relativa dos olhos (Gatz, 1979) - PRO=AO/AC. Peixes bentônicos possuem olhos localizados dorsalmente, enquanto os nectônicos em posição lateral.

• Comprimento Relativo da cabeça (Watson & Balon, 1984) - CRC=CCa/CP. Valores altos sugerem espécies predadoras de presas relativamente grandes.

• Largura relativa da boca (Gatz, 1979b) - LRB=LB/CP. Valores altos, assim como o tamanho da cabeça, sugerem presas relativamente grandes.

• Altura relativa da boca (Watson & Balon, 1984) - ARB=AB/CP.

Atributo relacionado ao tamanho do alimento, associado também com a morfologia hidrodinâmica.

• Aspecto da boca (Beaumord, 1991) - ABO=AB/LB. Atributo relacionado com a forma dos alimentos, onde valores altos indicam peixes com bocas estreitas, mas de grande abertura, sugerindo espécies piscívoras.

• Posição da boca (Balon et al., 1986) – APB. Tomada em ângulo, indicando onde o peixe se alimenta na coluna de água.

3.6. Análise Estatística dos Dados

Os atributos ecomorfológicos foram organizados e submetidos a uma análise de componentes principais (PCA), e posteriormente realizado uma análise de Cluster, ambos utilizando o software STATISTICA 6.0 (StaSoft, 2001), a fim de identificar padrões ecomorfológicos que descrevem o conjunto de dados analisados (Monteiro & Reis, 1999) e seus agrupamentos. Seguindo a recomendação de Watson & Balon (1984) foi realizada uma rotação ortogonal através da opção VARIMAX. Este procedimento maximiza a correlação com outros fatores. Para evitar superfatorização, apenas os fatores com autovalores maiores que 1,0, de acordo com o critério de Kaiser-Guttman (Jackson, 1991) foram considerados significantes.

(21)

4. RESULTADOS

Todas as dez espécies selecionadas da ictiofauna marinha de Galinhos/RN, dentre as 27 especies coletadas em rede de arrasto pertencem a Classe dos Osteichthyes, distribuídos em três Ordens, a dos Perciformes, Pleuronectiformes e Tetraodontiformes, sendo encontrados em seis Famílias diferentes. Estas espécies correspodem a 13.048 individuos, e são elas:

- Perciformes

Gerreidae: Eucinostomus argenteus (Baird & Girard, 1855) -.

Peixes associados a recifes, águas estuarinas e marinhas, pouco importante comercialmente, porém utilizada como isca para outros pescados. Encontra-se em áreas costeiras rasas (Eschmeyer et al, 1983). Com dieta omnívera (Bussing, 1995).

Haemulidae: Orthopristis ruber (Cuvier, 1830) -

Peixes demersais, de águas estuarinas e marinhas, utilizado comercialmente como alimento (Cervigón et al, 2002). Encontram-se em águas costeiras, alimentam-se de crustáceos, de moluscos, de vermes poliquetas, de peixes, e outros invertebrados (Cervigón, 1993).

Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, 1868) -

Peixes demersais, de águas estuarinas e marinhas, baixo valor comercial. Habita águas costeiras, de fundos arenosos ou rochosos, e encontra-se também em águas de baixas salinidades (Cervigón, 1993). Alimenta de crustáceos e de pequenos peixes.

Haemulon aurolineatum (Cuvier, 1830) -

Peixes de águas marinhas, associados a recifes. De pouco valor comercial, porém comumente utilizado como isca. Possui uma linha amarela, que se estende vindo de seu olho. Habita recifes (Lieske & Myers, 1994), e alimenta-se de pequenos crustáceos, de moluscos, de

(22)

outros invertebrados, plâncton, e algas bentônicas (Courtenay & Sahlman, 1978).

Haemulon plumieri (Lacepède, 1801) -

Peixes marinhos recifais, com estreitas listras azuis em seu corpo (Smith, 1997). Habita recifes, formações de corais ou fundos arenosos (Lieske & Myers, 1994).

Alimenta de crustáceos, de pequenos moluscos, e pequenos peixes. Peixe utilizado em pesca esportiva.

Haemulon steindachneri (Jordan & Gilbert, 1882) -

Peixes marinhos recifais, de baixo valor comercial, sendo utilizado como isca. Encontra-se sobre fundos arenosos, recifes de coral e áreas rochosas e alimenta-se de invertebrados bentônicos (Courtenay & Sahlman, 1978).

Lutjanidae: Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) -

Peixes marinhos recifais, espécie comercial. Possui uma mancha preta por cima da linha lateral, abaixo da nadadeira dorsal, próximo a nadadeira caudal. Encontra-se em todos os tipos de fundos. Alimenta-se de pequenos peixes, caranguejos, camarões (Delgado, 2004).

- Pleuronectiformes

Paralichthyidae: Syacium micrurum (Ranzani, 1842) -

Espécie marinha Bentopelágica, habitantes da região de fundo. Alimenta-se de crustáceos e vermes, e apresenta dimorfismo sexual (Keith, 2000).

Bothidae: Bothus ocellatus (Agassiz, 1831) -

Habita zonas arenosas com poucos corais e perto de recifes (Lieske & Myers, 1994). Ocorre em águas costeiras (Smith, 1997). Permanece imóvel no fundo, se move apenas quando assutado (Lieske & Myers, 1994). Se alimenta de peixes, caranguejos e camarões (Randall, 1996).

(23)

- Tetraodontiformes

Tetraodontidae: Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) -

Comum em baías, enseadas, e raramente em recifes de coral. Para se proteger de predadores infla como um globo. Altamente tóxico, é utilizado como veneno para cães e gatos (Pauly, 1991). Alimenta-se de crustáceos e moluscos (Keith, 2000).

Apresentando um grande número de indivíduos às espécies H.

aurolineatum e P. corvinaeformis representam um papel importante na dieta e no comércio das comunidades visitadas, com 3.413 e 2.774 exemplares respectivamente. Seguidas do E. argenteus e os linguados B. ocellatus e S.

micrurum com 1.997, 1.739 e 970 respectivamente, e tendo com menor expressão as espécies L. synagris com 903, H. plumieri com 526, H.

steindachneri com 422 e O. ruber com 274 exemplares. S. testudineus com 30 indivíduos coletados teve o menor numero de indivíduos. Das dez espécies selecionadas para o presente estudo, na sua maioria encontram-se peixes comumente chamados de “caícos”, considerados “peixes de terceira”, sendo normalmente utilizados como iscas na pesca de espécies de maior valor comercial e da dieta da comunidade.

Tabela 1 – Dez espécies mais abundantes coletados em rede de arrasto e suas respectivas amplitudes de comprimento, no município de Galinhos/RN

Espécie Nome Vulgar Freqüência % Amp. Lt (cm) Haemulon aurolineatum Xira 3413 26,15 18,00 – 19,70 Pomadasys corvinaeformis Cocoroca / Coró 2774 21,25 12,20 – 17,00 Eucinostomus argenteus Carapicu 1997 15,30 11,00 – 15,40 Bothus ocellatus Linguado 1739 13,32 13,50 – 16,50 Syacium micrurum Solha / Linguado 970 7,43 9,70 – 17,10

Lutjanus synagris Ariocó 903 6,92 14,50 – 24,00

Haemulon plumieri Biquara 526 4,03 17,30 – 22,40 Haemulon steindachneri Coró-Preto 422 3,23 13,00 – 20,00 Orthopristis ruber Cambuba 274 2,09 19,00 – 22,60 Sphoeroides testudineus Baiacu 30 0,22 15,50 – 22,00

Total 13048 100

(24)

As espécies selecionadas para o trabalho correspondem a 61,21% do total das espécies. H. aurolineatum e P. corvinaeformis correspondem a quase 50% destas e S. testudineus com baixíssima representação, compreendendo menos de 0,5% (tabela 1).

O. ruber apresentou o maiores valores morfométricos em CP (16,36cm), AM (4,04cm), ACo (4,56cm), CNPt (4,46cm), CPC (2,86cm), CT (20,93cm) e LB (1,31cm) (Figura 02) e E. argenteus os menores em CP (9,28cm), ACo (3,08cm), AM (1,87cm), CCa (2,80cm), ACa (2,33cm), AO (0,87cm), ANC (2,69cm), APC (0,96cm), CT (12,13cm) e LB (0,46cm) (tabelas 2 a 11).

Tabela 2 – Dados Morfométricos da espécie selecionada O. ruber no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 16,36 6,11 4,04 2,44 5,16 4,56 1,90 4,46 1,36 5,64 2,86 1,56 0,75 20,93 1,31 2,03 DP 0,87 0,29 0,20 0,12 0,42 0,56 0,31 0,22 0,11 0,33 0,29 0,12 0,12 1,27 0,15 0,16 Max 17,50 6,70 4,30 2,60 5,80 5,30 2,60 4,70 1,50 6,10 3,30 1,70 0,90 22,60 1,60 2,30 Min 15,20 5,70 3,70 2,30 4,50 3,80 1,60 4,10 1,20 5,20 2,30 1,40 0,60 19,00 1,10 1,80

Tabela 3 – Dados Morfométricos da espécie selecionada E. argenteus no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 9,28 3,08 1,87 1,11 2,80 2,33 0,87 2,64 0,57 2,69 1,48 0,96 0,39 12,13 0,46 0,68 DP 0,99 0,24 0,21 0,15 0,41 0,24 0,16 0,26 0,09 0,42 0,23 0,13 0,10 1,26 0,12 0,09 Max 11,70 3,60 2,40 1,50 3,70 2,80 1,20 3,00 0,70 3,40 1,90 1,20 0,60 15,40 0,70 0,80 Min 8,40 2,70 1,60 1,00 2,10 2,10 0,70 2,30 0,40 2,00 1,10 0,70 0,30 11,00 0,30 0,50

Tabela 4 – Dados Morfométricos da espécie selecionada H. steindachneri no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 13,88 5,01 3,33 2,08 4,96 3,96 1,68 3,76 1,04 4,48 2,55 1,41 0,58 17,19 1,16 2,91 DP 1,91 0,67 0,55 0,35 0,69 0,46 0,36 0,47 0,16 0,61 0,38 0,19 0,08 2,57 0,22 0,48 Max 16,40 5,90 4,20 2,50 6,00 4,50 2,10 4,40 1,20 5,00 3,10 1,60 0,70 20,00 1,40 3,70 Min 10,70 3,80 2,40 1,50 4,00 3,20 1,20 3,00 0,70 3,10 2,00 1,10 0,50 13,00 0,90 2,20

Tabela 5 – Dados Morfométricos da espécie selecionada H. plumieri no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 14,85 5,55 3,83 2,09 5,50 4,50 2,20 4,01 1,25 5,16 2,42 1,50 0,67 19,06 1,27 3,41 DP 1,68 0,58 0,44 0,27 0,57 0,63 0,31 0,63 0,17 0,42 0,23 0,20 0,08 1,73 0,25 0,71 Max 18,20 6,60 4,60 2,50 6,60 5,60 2,80 5,10 1,50 6,00 3,00 1,90 0,80 22,40 1,70 4,40 Min 13,00 4,90 3,20 1,70 4,90 3,70 1,80 3,20 1,00 4,70 2,20 1,30 0,50 17,30 0,90 2,10

(25)

Tabela 6 – Dados Morfométricos da espécie selecionada H. aurolineatum no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 14,34 4,54 3,12 1,89 5,00 3,82 1,37 3,59 0,95 4,87 2,29 1,38 0,56 18,74 1,02 2,25 DP 0,54 0,23 0,14 0,25 0,24 0,21 0,11 0,34 0,07 0,56 0,33 0,04 0,07 0,61 0,04 0,17 Max 15,30 4,90 3,40 2,30 5,30 4,00 1,50 4,10 1,10 5,70 2,80 1,40 0,60 19,70 1,10 2,50 Min 13,50 4,10 3,00 1,50 4,50 3,50 1,20 3,00 0,90 4,20 1,70 1,30 0,40 18,00 1,00 2,00

Tabela 7 – Dados Morfométricos da espécie selecionada S. micrurum no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 11,41 5,03 2,60 0,69 3,05 3,35 0,99 2,84 0,44 2,69 0,61 1,31 0,23 13,78 0,58 1,08 DP 1,94 0,95 0,61 0,18 0,50 0,56 0,27 1,45 0,15 0,52 0,20 0,21 0,07 2,35 0,10 0,15 Max 14,20 6,40 3,50 1,00 3,80 4,20 1,40 5,90 0,70 3,50 0,90 1,50 0,30 17,10 0,70 1,20 Min 8,00 3,50 1,80 0,50 2,10 2,50 0,70 1,60 0,20 2,00 0,30 0,90 0,10 9,70 0,40 0,80

Tabela 8 – Dados Morfométricos da espécie selecionada S. testudineus no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 15,10 3,24 2,20 3,28 4,91 3,03 1,87 2,14 1,53 4,39 1,54 1,47 1,01 18,86 1,06 0,46 DP 1,88 0,67 0,35 0,68 0,59 0,37 0,27 0,24 0,38 0,78 0,23 0,26 0,32 2,20 0,17 0,11 Max 17,70 4,30 2,70 4,20 5,70 3,50 2,20 2,60 2,10 5,80 2,00 1,80 1,50 22,00 1,30 0,70 Min 12,10 2,20 1,70 2,00 3,90 2,40 1,50 1,70 1,00 3,20 1,30 1,00 0,60 15,50 0,80 0,30

Tabela 9 – Dados Morfométricos da espécie selecionada B. ocellatus no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 12,70 7,99 3,82 0,70 3,03 3,53 0,94 2,33 0,37 3,04 0,63 1,33 0,21 14,86 0,60 0,92 DP 0,77 0,50 0,66 0,07 0,20 0,36 0,16 0,28 0,05 0,32 0,11 0,09 0,06 0,93 0,07 0,08 Max 14,20 8,70 4,90 0,80 3,30 4,00 1,20 2,90 0,40 3,60 0,80 1,50 0,30 16,50 0,70 1,10 Min 11,50 7,20 2,70 0,60 2,70 2,80 0,70 2,00 0,30 2,60 0,50 1,20 0,10 13,50 0,50 0,80

Tabela 10 – Dados Morfométricos da espécie selecionada P. corvinaeformis no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 11,47 3,58 2,39 1,35 3,73 2,85 1,09 2,80 0,78 3,59 1,83 1,13 0,43 14,33 1,31 2,34 DP 1,24 0,48 0,36 0,22 0,40 0,39 6,04 0,37 0,13 0,65 0,21 0,12 0,08 1,52 0,35 0,44 Max 13,50 4,50 3,00 1,70 4,50 3,50 2,10 3,40 1,00 4,70 2,20 1,40 0,60 17,00 1,80 3,00 Min 9,90 2,90 1,90 1,10 3,20 2,40 0,70 2,10 0,60 2,80 1,50 1,00 0,30 12,20 1,00 1,70

(26)

Tabela 11 – Dados Morfométricos da espécie selecionada L. synagris no município de Galinhos/RN.

CP Aco AM LCO Cca Aca AO CNPt LNPt ANC CPC APC LPC CT LB AB Med 14,26 4,98 3,23 1,70 5,18 3,56 1,67 3,70 1,07 5,71 2,40 1,76 0,66 18,21 0,78 1,01 DP 2,96 1,20 1,20 0,52 1,00 0,85 0,44 0,76 0,40 1,54 0,54 0,37 0,24 3,44 0,14 0,23 Max 19,40 6,40 6,40 2,50 6,80 4,70 2,30 5,00 1,70 7,70 3,20 2,40 1,00 24,00 1,00 1,60 Min 10,50 3,50 3,50 1,00 3,90 2,60 1,10 2,70 0,50 3,50 1,70 1,30 0,30 14,50 0,60 0,80

Figura 4 – Atributos ecomorfológicos das espécies de Galinhos/RN.A

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00

IC AR CRC CRPCD ICPCD RANP

Atributos

O. ruber E. argenteus H. steindachneri H. plumieri H. aurolineatum S. micrurum B. ocellatus P. corvinaeformis L. synagris S. testudineus

(27)

Figura 5 – Atributos ecomorfológicos das espécies de Galinhos/RN.B

Dentre as espécies estudadas a que apresentou maior índice de compressão (IC), altura relativa (AR) e índice de compressão do pedúnculo caudal (ICPCD) foi B. ocellatus com (11,41), (0,63) e (6,32) respectivamente, já S. testudineus apresentou o menor IC, AR e ICPCD com (0,99), (0,21) e (1,45) respectivamente. Com relação as medidas de Comprimento Relativo da Cabeça (CRC) a espécie que apresentou menor tamanho foi B. ocellatus com (0,24) e a maior com (0,37) foi H. plumieri. Os dados obtidos para a medida do Comprimento Relativo do Pedúnculo Caudal (CRPCD) mostraram-se mais elevados para as espécies H. steindachneri, O. ruber e L. synagris com os valores de (0,18), (0,17) e (0,17), respectivamente e o mais baixo valor para B.

ocellatus com (0,05). A Razão de Aspecto da Nadadeira Peitoral (RANP) foi maior no S. micrurum (6,49) e menor no S. testudineus (1,40). A Posição Relativa do Olho (PRO) foi maior na P. corvinaeformis e menor no B. ocellatus.

O Índice de Achatamento Ventral teve seus maiores valores no S. testudineus (0,68), H. plumieri (0,69) e H. aurolineatum (0,69) e o menor com B. ocellatus (0,48). A Largura Relativa da Boca (LRB) foi maior em P. corvinaeformis (0,11) e menor em E. argenteus (0,05). A Altura Relativa da Boca (ARB) e Aspecto da

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00

PRO IAV LRB ARB ABO

Atributos

O. ruber E. argenteus H. steindachneri H. plumieri H. aurolineatum S. micrurum B. ocellatus P. corvinaeformis L. synagris S. testudineus

(28)

Boca (ABO) foi maior em H plumieri (0,23 e 2,69) e menor em S. testudineus (0,03 e 0,43). A Posição da Boca (APB) foi na sua maioria inferior (100° -110°) (Figuras 4 e 5).

A análise de Componentes Principais (Tabela 12, Figura 6) aplicada sobre as espécies, permitiu a identificação dos caracteres ecomorfológicos que diferenciam as mesmas através dos três primeiros componentes principais, em que 93,19% da variação foi explicada.

Tabela 12 – Análise dos Componentes principais das amostras das dez espécies estudadas.

* Valores que indicam maior influência sobre o componente principal.

Atributos Ecomorfológicos CP1 CP2 CP3

Índice de Compressão Lateral -0,956829 * -0,095527 -0,202396

Altura Relativa do Corpo -0,882260 * 0,153163 -0,282858

Comprimento Relativo da Cabeça 0,832247 * 0,424868 0,066731

Comp. Relativo do Pedúnculo Caudal 0,765632 * 0,538638 0,052842

Índice de Compressão do Ped. Caudal -0,962847 * -0,080271 -0,192738

Razão do Aspecto da Nadadeira Peitoral -0,889058 * 0,121235 -0,322357

Posição Relativa do Olho 0,308461 -0,007768 0,923755 *

Índice de Achatamento Ventral 0,907831 * 0,279630 0,274245

Largura Relativa da Boca 0,327179 0,469547 0,803967 *

Altura Relativa da Boca 0,100513 0,911396 * 0,353004

Aspecto da Boca -0,130625 0,953847 * -0,094390

Posição da Boca -0,290181 -0,895958 * -0,104559

Auto Valor 7,204045 2,790198 1,188648

Variância Explicada 60,03371 % 23,25165 % 9,90540 %

A maior parte da variação (60,03%) foi explicada pelo primeiro componente principal (CP1), indicando maior influência das variáveis Índice de Compressão Lateral, Altura Relativa do Corpo, Comprimento Relativo da Cabeça, Comprimento Relativo do Pedúnculo Caudal, Índice de Compressão do Pedúnculo Caudal, Razão de Aspecto da Nadadeira Peitoral e Índice de Achatamento Ventral. O segundo componente principal (CP2) explica 23,25%

(29)

da variabilidade, teve maior influência das variáveis Altura Relativa da Boca, Aspecto da Boca e Posição da Boca. O terceiro componente principal (CP3) com 9,9%, tendo influência das variáveis Posição Relativa do Olho e Largura Relativa da Boca, não foi demonstrado na figura 6.

No CP1, as espécies mais destacadas foram Haemulideos, com coeficientes negativos, e as espécies S. mycrurum e B. ocellatus com coeficientes positivos, estes devido ao fato de terem o corpo lateralmente comprimidos muito acentuado em relação aos haemulídeos, e no CP2, as espécies da família Haemulidae, mais uma vez se destacam, mostrando uma morfologia bucal adaptada para as partes medianas da coluna d’água, e S.

testudineus sendo um habitante de fundo.

Espécies

-04 -03 -02 -01 00 01 02 03 04 05 06

Componente Principal 2 -6

-4 -2 0 2 4 6 8 10

Componente Principal 1

Mais achatado dorso-ventralmente.

Habitantes do fundo.

Mais achatado lateralmente

B. ocellatus

S. micrurum

E. argenteus

S. testudineus L. synagris

O. ruber H. aurolineatum

P. corvinaeformis H. plumieri

H. steindachneri

Figura 6 – Distribuição dos escores das espécies no espaço dos dois primeiros componentes principais.

(30)

A análise do cluster (Figura 7) nos proporcionou a identificação de 3 grupos. O primeiro grupo é compreendido pelas espécies de “linguado” (S.

mycrurum e B. ocellatus), o segundo grupo pela espécie S. testudineus e o terceiro pelas demais espécies formando subgrupos de acordo com sua proximidade ou distância de atributos ecomorfológicos. Dentro do terceiro grupo tivemos a divisão em dois subgrupos, um formado pelas famílias Gerreidae e Lutjanidae, e outro grupo formado pela família Haemulidae.

Grupos e Subgrupos Formados à partir das espécies

0 1 2 3 4 5 6 7

Distância entre os grupos e subgrupos B. ocellatus

S. micrurum S. testudineus

L. synagris E. argenteus P. corvinaeformis H. plumieri H. aurolineatum H. steindachneri O. ruber

Figura 7 – Dendograma mostrando o agrupamento das espécies estudadas em Galinhos/RN.

(31)

5. DISCUSSÃO

A partir de conhecimentos relativos à morfologia das espécies é possível inferir acerca da ecologia das mesmas, sendo que o padrão ecomorfológico representará associações entre seus hábitos de vida, alimentação, área de deslocamento e atitudes comportamentais.

A análise dos atributos ecomorfológicos indicou que as espécies diferenciam-se por fatores associados a achatamento lateral do corpo, capacidade de deslocamentos verticais, agilidade natatória, tamanho da partícula alimentícia e aspectos bucais. Dentre estes, o fator mais importante parece ser o achatamento lateral do corpo e dorso-ventral, onde se obteve os maiores valores das variáveis, assim S. testudineus apresenta o corpo mais achatado dorso-ventralmente indicando ser um habitante de fundo, preso ou próximo aos substratos, e já os haemulideos apresentam-se mais na parte superior e mediana da coluna d’água. Os linguados por terem uma mudança na natação na fase adulta também se encontra próximo aos substratos há procura de alimento, podendo se movimentar rapidamente quando alvo de um predador , isto se deve ao achatamento lateral de seu corpo, proporcionando-lhes uma vantagem natatória.

As dez espécies mais abundantes da ictiofauna de Galinhos constituem uma população demersal, sendo sua fauna similar a de outras regiões costeiras tropicais e subtropicais do oceano Atlântico (Araújo et al, 1998;

Ferreira & Cava, 2001; ZEE, 2005)

A análise dos caracteres morfológicos do S. testudineus diferencia-se das demais devido ao seu achatamento dorso-ventral, o que leva a identificá-lo como um habitante de fundo, do substrato, sendo evidente também devido a sua boca terminal (Balon et al., 1986; Freire & Agostinho, 2001), de características bentônicas (Watson & Balon, 1984).

De acordo com Labropoulou & Eleftheriou (1997), as características morfológicas bucais do predador está diretamente relacionada com a escolha de um determinado tipo de presa, e esta pode levar também a diferentes habitats, ou posição na coluna d’ água. Segundo Lombarte et al (2000) estas diferenças de localização pode ser ocasionada devido a diferentes fatores,

(32)

como espécies predadoras, recursos alimentícios, ou ainda segregação espaço-temporal.

Todas as espécies tem hábitos alimentares carnívoros, como se depreende das características bucais, porém as presas são de pequeno porte, como indicado na variável largura relativa da boca, aspecto da boca e altura relativa da boca (Gatz, 1979b; Watson & Balon, 1984; Beaumord, 1991; Freire

& Agostinho, 2001; Piorski et al, 2005).

A análise de agrupamento cluster, dividiu as dez espécies em três grupos, tendo no primeiro grupo as espécies da família Bothidae e um Paralichthyidae, sendo B. ocellatus e S. micrurum, respectivamente, ambos da ordem Pleuronectiformes e popularmentes conhecidos na região como

“linguados”. Esta análise pode confirmar a próximidade das duas espécies quanto as suas características morfológicas, sendo os mesmo muito semelhantes. O segundo concentrou apenas a espécie S. testudineus, pertencente à família dos Tetraodontidae, da ordem Tetraodontiformes, o qual possue o nome vulgar de “baiacú”. O terceiro grupo foi formado pela presença dos Perciformes, o qual originou dois subgrupos, um com espécies das famílias Lutjanidae e Gerreidae, compreendendo ao L. synagris e E. argenteus, respectivamente, e o outro subgrupo formado pelas espécies da família Haemuliadae, com destaque para o gênero Haemulon formando ainda um subgrupo a parte. A análise de agrupamento cluster pôde demonstrar as similaridades e diferenças morfológicas no dendograma por meio de uma distância euclidiana, e relacioná-la com a taxonomia das espécies confirmando as mesmas com seu táxon correspondente (Manjarrés et al, 1997; Araújo et al, 1998; Luckhurst et al, 2000; Ferreira & Cava, 2001; ZEE, 2005).

(33)

6. CONCLUSÕES

De acordo com os resultados observados verificou-se que as 10 espécies mais abundantes do município de Galinhos, do estado do Rio Grande do Norte foram Haemulon aurolineatum, Pomadasys corvinaeformis, Eucinostomus argenteus, Bothus ocellatus, Syacium micrurum, Lutjanus synagris, Haemulon plumieri, Haemulon steindachneri, Orthopristis ruber e Sphoeroides testudineus. São na sua maioria espécies demersais, e predominando os peixes da ordem Perciformes, mais precisamente da família Haemulidae, representados na sua maioria pela espécie Haemulon aurolineatum, vulgarmente conhecido como “Xira”.

As espécies são carnívoras e oniveras, predadoras de presas de pequeno porte, como pequenos peixes, crustáceos, moluscos, posicionando-se na parte mediana da coluna d’água (conhecida como meia água) para a parte superior, com a exceção dos linguados e do baiacu, que têm seus hábitos bentônicos.

Através do cluster, foram formados grupos e subgrupos, confirmadas com base em sua taxonomia.

(34)

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEN, G. R. Snappers of the world. An annotated and illustrated catalogue of lutjanid species known to date. FAO Fish.Synop., 125(6): 208p. 1985.

ALVERSON, D. L.; FREEBERG M. H.; POPE, J. G. & MURAWSKI, S. A. A global assessment of fisheries bycatch and discards. FAO Fish. Tech. Pap., (339): 233p. 1994.

ARAÚJO, F. G.; CRUZ-FILHO, A. G.; AZEVEDO, M. C. C. & SANTOS, A. C. A.

Estrutura da comunidade de peixes demersais da baía de Sepetiba, RJ. Rev.

Brasil. Biol., 58(3): 417-430. 1998.

ARAÚJO, M. E.; TEIXEIRA, J. M. C. & OLIVEIRA, A. M. E. Peixes estuarinos do nordeste brasileiro. Guia Ilustrado. Edições UFC, Fortaleza. 260p. 2004.

BALON, E. K.; CRAWFORD, S. S. & LELEK, A. Fish communities of the upper Danube river (Germany, Austria) prior to the new Rhein-Main-Donau connection. Env. Biol of Fishes, v. 15, p. 243-271. 1986.

BARRELLA, W. Estrutura da comunidade de peixes da bacia do rio Jacaré Pepira (SP) em diferentes biótopos. Dissertação de Mestrado. UNICAMP. 198 pp. 1989.

BARRELA, W.; BEAUMORD, A. C.; PETRERE, M. Jr. Comparación de la comunidad de peces de los ríos Manso (MT) y Jacare Pepira (SP), Brasil. Acta.

iol. Venez., 15 (2): 11-20. Noviembre. 1994.

BEAUMORD, A. C. As comunidades de peixes do rio Manso, Chapada dos Guimarães, MT: uma abordagem ecológica numérica. Dissertação de Mestrado. UFRJ, IBCCF, RJ. 108pp. 1991.

(35)

BEE. Boletim Eletrônico Epidemiológico. Inquérito sorológico em aves migratórias e residentes de Galinhos/RN para detecção do vírus da febre do nilo ocidental e outros vírus. SVS, Natal-RN, ano 4, n.2. 12pp. 2004.

BUSSING, W. A. Gerreidae. Mojarras. p. 1114-1128. In W. Fischer, F. Krupp, W. Schneider, C. Sommer, K.E. Carpenter and V. Niem (eds.) Guia FAO para Identification de Especies para lo Fines de la Pesca. Pacifico Centro-Oriental. 3 Vols. FAO, Rome. 1995. Disponível em: http://www.fishbase.org acesso em:

03 FEV. 2006

CARPENTER, K. E. The living marine resources of the Western Central Atlantic. Volume 2: Bony fishes part 1 (Acipenseridae to Grammatidae). FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication No. 5. Rome, FAO.

pp.601-1374. 2002a.

CARPENTER, K. E. The living marine resources of the Western Central Atlantic. Volume 3: Bony fishes part 2 (Opistognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication No. 5. Rome, FAO. pp.1375-2127. 2002b.

CARVALHO-FILHO, A. Peixes: Costa Brasileira. 3 ed. Editora Melro, São Paulo. 320p. 1999.

CERVIGÓN, F. Los peces marinos de Venezuela. Volume 2.. Fundación Científica Los Roques, Caracas,Venezuela. 497 p. 1993.

CERVIGÓN, F.; CIPRIANI, R.; FISCHER, W.; GARIBALDI, L.; HENDRICKX, M.; LEMUS, A. J.; MÁRQUEZ, R.; POUTIERS, J. M.; ROBAINA, G. &

RODRIQUEZ, B. Fichas FAO de identificación de especies para los fines de la pesca. Guía de campo de las especies comerciales marinas y de aguas salobres de la costa septentrional de Sur América. FAO, Roma. 513p. 2002.

(36)

COURTENAY, W. R. & SAHLMAN, H. F. Pomadasyidae. In W. Fischer (ed.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Western Central Atlantic (Fishing Area 31), Volume 4. FAO, Rome. 1978.

DELGADO, P. La Región Del Caribe Estadounidense. HUMEDALES Y PECES:

UNA CONEXIÓN VITAL. Peces, Crustáceos Y Moluscos Encontrados En El Caribe Estadounidense. National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). 99p.

2004.

ESCHMEYER, W. N.; HERALD, E. S. & HAMMANN, H. A field guide to Pacific coast fishes of North America. Houghton Mifflin Company, Boston, U.S.A. 336 p. 1983. Disponível em: http://www.fishbase.org acesso em: 03 FEV. 2006

FERREIRA, B. P. & CAVA, F. Ictiofauna marinha da apa costa dos corais: lista de espécies através de levantamento da pesca e observações subaquáticas.

Bol. Técn. Cient. CEPENE, Tamandaré, v.9, n.1, p.167-180. 2001.

FIGUEREDO, J. L. & MENEZES, N. A. Manual de Peixes Marinhos do sudeste do Brasil. II. Teleostei (1). São Paulo. Museu de Zoologia da USP, 110 pp.

1978.

FIGUEREDO, J. L. & MENEZES, N. A. Manual de Peixes marinhos do Sudeste do Brasil. III. Teleostei (2). São Paulo. Museu de Zoologia da USP, 90 pp.

1980.

FIGUEIREDO, J. L. & MENEZES, N. A. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. VI. Teleostei (5). Museu de Zoologia da USP, São Paulo. 116p. 2000.

FIGUEIREDO, J. L. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. I.

Introdução. Cações, raias e quimeras. Museu de Zoologia, USP, São Paulo.

104p. 1977.

(37)

FISHER, W. (ed.) FAO species identification sheets for fishery purposes Western Central Atlantic (Fishing area 31). Roma: FAO, V.1- 7 p.v. 1978.

FREIRE. A. G. Variação espaço-temporal e ecomorfologia de 8 espécies da ictiofauna dominante da bacia do alto rio Paraná. Tese de doutorado.

Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Biologia. NUPELIA, 32pp.

1997.

FREIRE, A. G.; AGOSTINHO, A. A. Ecomorfologia de oito espécies dominantes da ictiofauna do reservatório de Itaipu (Paraná/Brasil). Acta Limnologia Brasiliensia, 13: 1-9. 2001.

FROESE, R. & PAULY, D. Eds. FishBase. World Wide Web electronic publication . Disponível em: http://www.fishbase.org acesso em: 03 FEV. 2006

GATZ, A. J., JR. Community organization in fishes as indicate by morphological features. Ecology 60: 711-718. 1979.

GATZ, A. J., JR. Morphologically inferred niche differentiation in streams fishes.

Am. Midl. Nat. 106 (1): 10-21. 1981.

HUMANN, P. & DELOACH, N. Reef fish identification. Florida, Caribbean, Bahamas. New world publications, Inc. Florida, USA. 481p. 2002.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. www.ibge.gov.br, (06/2005). 2005.

IDEMA. Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. Perfil do Seu Município, Galinhos/RN. v.06, p1-22. 2004

IDEMA. Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente.

Caracterização da Pesca Artesanal do Estado do Rio Grande do Norte. 235p.

2004

Referências

Documentos relacionados

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,

Na Figura 4.7 está representado 5 segundos dos testes realizados à amostra 4, que tem os elétrodos aplicados na parte inferior do tórax (anterior) e à amostra 2 com elétrodos

The objectives of this article are as follows: (1) to describe the assessment protocol used to outline people with probable dementia in Primary Health Care; (2) to show the

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

[r]

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da