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Relação do ângulo de cifose dorsal com o deslocamento do centro de pressão em idosas

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Academic year: 2017

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Escola de Saúde e Medicina

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

RELAÇÃO DO ÂNGULO DE CIFOSE DORSAL COM O

DESLOCAMENTO DO CENTRO DE PRESSÃO EM IDOSAS

Brasília - DF

2016

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BRUNO SOUSA LOPES

RELAÇÃO DO ÂNGULO DE CIFOSE DORSAL COM O DESLOCAMENTO DO CENTRO DE PRESSÃO EM IDOSAS

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação Stricto Sensu em

Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Orientador: Prof. Dr. Gustavo de Azevedo Carvalho

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Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

L864r Lopes, Bruno Sousa.

Relação do ângulo de cifose dorsal com o deslocamento do centro de pressão em idosas. / Bruno Sousa Lopes – 2016.

59 f.; 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2016.

Orientador: Prof. Dr. Gustavo de Azevedo Carvalho

1. Gerontologia. 2. Cifose. 3. Hipercifose. 4. Equilíbrio postural. 5. Idoso. 6. Envelhecimento. I. Carvalho, Gustavo de Azevedo, orientador. II. Título.

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Primeiramente, gostaria de agradecer meus pais por me concederem a oportunidade de realizar um mestrado e dar um passo a mais para realizar meu sonho de exercer em parte integral a docência. Gostaria de agradecer também meus irmãos: Marina, Wlad e Fábio, os quais sempre me apoiaram.

Não poderia esquecer de agradecer meus amigos, Giovanni, Gabriel, Diogo, Maycon, Jorge, Giovanna, Cesar, Alinny, Frank, Layana, Lucas e Jamilly pelos momentos de descontração que me ajudaram a esquecer, ou melhor, não lembrar o tempo todo que deveria escrever uma dissertação. Agradeço aos amigos Vinício, Raynan e Wilian pela ajuda e apoio com a dissertação. Um grande agradecimento a meus colegas de mestrado, que fizeram com que essa jornada de dois anos fosse o menos desgastante possível.

Devo agradecer também àqueles que me passaram conhecimento necessário para realizar esta dissertação; guardarei para sempre os ensinos dos excelentes professores que tive durante meu curso.

Um agradecimento especial aos professores Daniel, Levy e Geórgia, que foram de fundamental importância para a realização deste trabalho, bem como os amigos Zilda, Fátima e Júnior do Centro de Convivência do Idoso da Universidade Católica de Brasília.

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Referência: LOPES, Bruno Sousa. Influência do ângulo da cifose dorsal no deslocamento do centro de pressão em idosas. 2016. 56 folhas. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.

Resumo: O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do ângulo da cifose dorsal no deslocamento do centro de pressão em idosas durante a realização de uma atividade funcional. Idosas do Centro de Convivência do Idoso foram selecionadas para realização de aferição do ângulo de cifose torácica a partir do método Flexicurva. Foram avaliadas as posturas de 153 idosas, utilizando-se pelo menos 25 com hipercifose e 25 com padrão normal de curvatura para o seguimento do estudo. Na sequencia foi realizada avaliação fisioterapêutica para identificar as idosas inelegíveis para o estudo, então, foram realizados testes de equilíbrio estático e teste de alcance funcional (TAF) com a plataforma de baropodometria. Também foram realizados testes de elasticidade com o Banco de Well’s. Foi utilizado o teste de Mann-withney para estabelecer a comparação das variáveis: idade; dados antropométricos; TAF; banco de Well’s; e dados obtidos pelo F-Scan. Também foi realizada correlação de Pearson para correlacionar os graus de cifose dorsal com os resultados do TAF; bem como para estabelecer a correlação entre a cifose torácica e os dados obtidos com o F-Scan. E também para correlacionar o resultado do TAF com dados do F-Scan. Nos testes de comparação não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre nenhuma das variáveis; para os testes de correlação, foi encontrada correlação significante apenas entre o TAF e os deslocamentos do centro de pressão no sentido anteroposterior dos testes dinâmicos. O trabalho concluiu que o desempenho do TAF não foi influenciada pelo aumento do ângulo de cifose dorsal.

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Abstract: The objective was to evaluate the influence of the angle of thoracic kyphosis in pressure center displacement in elderly while conducting a functional activity. The aged of Centro de Convivência do Idoso were selected for carrying out measurement of thoracic kyphosis angle from Flexicurve method. The postures of 153 elderly women were evaluated, using at least 25 with kyphosis and 25 with normal standard curve for the study follow-up. Following, physical therapy evaluation was performed to identify the elderly ineligible for the study, then the balance tests were conducted static and with functional reach test (FRT) associate with baropodometry platform. Also, elasticity tests were performed with Well’s bank. The Mann-Whitney test was used to establish the comparison of variables: age; anthropometric data; FRT; Well’s bank; and data obtained by the F-Scan. Also Pearson correlation was performed to correlate the degree of thoracic kyphosis with the results of FRT; and to establish the correlation between the thoracic kyphosis and the data obtained with the Scan. And also for correlate the result of the FRT with F-scan data. Statistically significant differences between the variables in comparison tests were not observed; for correlation tests, we found significant correlation only between FRT and the pressure center shifts in the anteroposterior direction of the dynamic tests. The study concluded that the achievement of TAF was not influenced by increased thoracic kyphosis angle.

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Figura 1: Comportamento do CP e CM em uma postura ereta (pág. 17).

Figura 2: Biomecânica do movimento de flexão da coluna torácica e representação da tensão ligamentar (pág. 20).

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Tabela 1: Caracterização da amostra de 49 idosas no estudo da influência do ângulo da cifose dorsal no deslocamento do centro de pressão em idosas (pág. 31).

Tabela 2: Caracterização da amostra dividida entre padrão normal da curvatura cifótica e hipercifose; e resultado do teste de comparação Mann-withney (pág. 32).

Tabela 3: Resultados do teste de correlação de Pearson entre as variáveis de todas as idosas (pág. 33).

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AP: Anteroposterior.

C7: Sétima vértebra cervical.

CCI: Centro de Convivência do Idoso. CG: Centro de gravidade.

CM: Centro de massa. CP: Centro de pressão.

DMO: Densidade mineral óssea. EEB: Escala de equilíbrio de Berg. H: Altura.

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1 INTRODUÇÃO... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA... 13

2.1 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM EVENTOS DE QUEDAS... 13

2.2 EQUILÍBRIO POSTURAL NO INDIVÍDUO IDOSO... 14

2.3 COLUNA TORÁCICA E HIPERCIFOSE DORSAL... 19

3 OBJETIVOS... 24

3.1 OBJETIVO GERAL... 24

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 24

4 ARTIGO... 25

4.1 INTRODUÇÃO... 25

4.2 MÉTODO... 27

4.3 RESULTADOS... 31

4.4 DISCUSSÃO... 33

4.5 CONCLUSÃO... 37

5 REFERÊNCIAS... 38

6 APÊNDICES... 45

Apêndice A FICHA DE ANAMNESE... 45

Apêndice B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO... 46

7 ANEXOS... 48

Anexo A MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)... 48

Anexo B NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA... 49

Anexo C PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP... 58

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1 INTRODUÇÃO

Com o envelhecer, o ser humano sofre alterações de cunho fisiológico e de forma contínua sobre seus órgãos e diversos tecidos. O envelhecimento altera certas variáveis que afetam a capacidade funcional, como a força, o equilíbrio, a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora. Estas alterações podem representar riscos evidentes para quedas na população idosa (GONÇALVES et al., 2010; LINDLE et al., 1997; NÓBREGA et al., 1999; TEIXEIRA; GUARIENTE, 2010). Estes riscos de quedas podem ser ainda maiores caso se trate de uma população vivendo em sedentarismo (SOARES et al., 2015).

As alterações fisiológicas que o processo de envelhecimento acarreta ao individuo fazem com que o organismo apresente alterações na musculatura global. A musculatura extensora do tronco está envolvida com a estabilização postural da coluna vertebral e também apresenta um processo deletério que envolve diminuição do torque muscular e sarcopenia, que é uma síndrome que possui uma prevalência elevada em indivíduos com mais de 60 anos (DIZ et al., 2015). Com a diminuição da capacidade de estabilização, a coluna vertebral fica mais suscetível ao aumento do grau de cifose torácica e, consequentemente, a dificuldades na estabilidade e controle postural (HAIRI et al., 2010; REGOLIN; CARVALHO, 2010; GRANITO et al., 2014).

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O aumento da hipercifose torácica não está relacionado apenas com o processo de envelhecimento, como citado. Sabe-se que variáveis como fraturas vertebrais, baixa densidade mineral óssea (DMO), doença degenerativa do disco intervertebral, história familiar de hipercifose e perda de massa corporal também são responsáveis por elevar este grau (KADO et al., 2013).

A hipercifose dorsal é capaz de afetar a estabilidade e o controle postural por alterar a localização do centro de pressão (CP), deslocando-o no sentido anterior. Em virtude disso, o aumento da cifose torácica pode apresentar distúrbios de equilíbrio estático e é capaz de dobrar a probabilidade de um futuro evento de queda (REGOLIN; CARVALHO, 2010; WILLEMS et al., 2015). Além de provocar déficits de equilíbrio estático, a hipercifose torácica também gera distúrbios durante situações de equilíbrio dinâmico, como em uma caminhada. A habilidade de reagir a distúrbios externos está diminuída nas pessoas que possuem esta característica, o que prejudica o controle postural durante estas situações dinâmicas e é um fator de adendo para classificar o risco de quedas nestes indivíduos. A relação do equilíbrio funcional com a hipercifose, objetivo do desse estudo, não é bem descrita na literatura (DE GROOT et al., 2014).

Tendo em vista os problemas com os déficits de equilíbrio, torna-se importante destacar a existência dos scores para classificar o risco de quedas em idosos utilizando-se instrumentos de avaliação funcional, como o teste de alcance funcional (TAF) (DUNCAN, 1990). As alterações encontradas por alguns estudos mostram as implicações da hipercifose torácica nas oscilações posturais de equilíbrio e capacidade funcional (MELZER et al., 2004; REGOLIN; CARVALHO, 2010; WILLEMS et al., 2015). Partindo do principio de que a hipercifose dorsal possa promover maiores oscilações do equilíbrio postural durante atividades funcionais, como as simuladas pelo TAF, há a hipótese de que estes indivíduos apresentem maiores limitações para a realização deste teste, apresentando resultados piores do que o grupo com padrão normal de curvatura cifótica.

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dos gastos hospitalares, as quedas apresentam um grande índice de mortalidade pós-cirúrgico. Com os imensos gastos pela rede pública de saúde em consequência de quedas na população idosa, torna-se cada vez mais necessário realizar triagens para se identificar as variáveis que representam este risco (MURPHY et al., 2003; GUIMARÃES et al., 2004; ARAÚJO; OLIVEIRA; BRACCO, 2005; CHRISTOFOLETTI et al., 2006). Observando os riscos a que esta população está exposta, faz-se necessário verificar as limitações funcionais que podem aparecer nestas idosas, fazendo com que profissionais da área da saúde tenham em mente as implicações dos distúrbios de equilíbrio da população idosa durante as atividades funcionais.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM EVENTOS DE QUEDAS

Um evento de queda é definido como um contato não planejado e não esperado com uma superfície de apoio ou uma situação em que o idoso é encontrado deitado e esta consequência pode ser estabelecida por um contato acidental com qualquer superfície próxima, em uma tentativa de recuperar seu equilíbrio (WOOLLACOTT; SHUMAY-COOK, 2003).

Com o passar dos anos, o ser humano experimenta alterações de cunho fisiológico e de forma contínua sobre seus órgãos e diversos tecidos. O envelhecimento altera certas variáveis que afetam a capacidade funcional, como a força, o equilíbrio, a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora. Estas alterações podem representar riscos evidentes para quedas na população idosa (GONÇALVES et al., 2010; LINDLE et al., 1997; NÓBREGA et al., 1999; TEIXEIRA; GUARIENTE, 2010).

A subestimação da capacidade funcional é comumente encontrada em indivíduos idosos, levando a uma baixa autoeficácia. Este fator, muitas vezes, leva essa população à descrença de que pode realizar atividades que são capazes de promover melhora ou simplesmente estabilização de características que se apresentam em declínio fisiológico com o decorrer dos anos, como por exemplo, o equilíbrio postural (BANDURA, 1993; GABBARD; CORDOVA, 2013; YEOM, 2013; NAKANO et al., 2014).

O processo de envelhecimento, como bem relatado, faz com que o organismo experimente alterações de cunho fisiológico na musculatura global. A musculatura extensora do tronco está envolvida com a estabilização postural da coluna vertebral e também apresenta um processo deletério que envolve sarcopenia e diminuição do torque muscular. Com a diminuição desta capacidade de estabilização, a coluna vertebral fica mais suscetível ao aumento do grau de cifose torácica e, consequentemente, a dificuldades no controle postural (HAIRI et al., 2010; REGOLIN; CARVALHO, 2010; GRANITO et al., 2014).

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corporal está relacionado com eventos de quedas. Em virtude disso, algumas medidas como fortalecimento muscular e correções posturais são essenciais para prevenir estes acidentes, melhorando a estabilidade postural destes idosos (HSU et al., 2014; PINHEIRO; VILAÇA; CARVALHO, 2014).

Um dos grandes responsáveis pelo alto valor investido no sistema de saúde pública nacional envolvendo idosos está relacionado com as fraturas, em virtude de episódios de quedas. Isso se deve à necessidade de investimento em procedimentos cirúrgicos, internações, materiais protéticos e medicamentos. Além dos gastos hospitalares, as quedas possuem um grande índice de mortalidade pós-cirúrgico. Com os imensos gastos pela rede pública de saúde em consequência de quedas na população idosa, torna-se cada vez mais necessário realizar triagens para se identificar as variáveis que representam este risco (MURPHY et al., 2003; GUIMARÃES et al., 2004; ARAÚJO; OLIVEIRA; BRACCO, 2005; CHRISTOFOLETTI et al., 2006).

A prevenção de quedas é, então, destacada como um cuidado importante para a saúde dos idosos, com isso torna-se importante a realização de medidas preventivas através da identificação dos indivíduos com histórico de quedas e aqueles com riscos de futuras quedas (MELZER et al., 2004).

2.2 EQUILÍBRIO POSTURAL NO INDIVÍDUO IDOSO

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déficits de controle postural (SANTOS; ANDRADE; BUENO, 2009; FREITAS JR; BARELA, 2010; REGOLIN; CARVALHO, 2010).

A estabilidade pode ser representada de forma estática e dinâmica Há ainda, segundo Berg (1989), uma definição de equilíbrio funcional. Alguns dos fatores necessários para alcançar a estabilidade dinâmica estão relacionados com um adequado controle do equilíbrio em um plano tridimensional, mantendo o controle do corpo nos sentidos anterior, posterior e médio-lateral (DUNCAN et al., 1990; KIM; LEE, 2014).

O equilíbrio funcional está relacionado com a capacidade do indivíduo em se manter equilibrado durante a realização de grande parte das atividades físicas, inclusive das atividades de vida diária. Para desempenhar estabilidade durante estas ações, o corpo exige que algumas variáveis estejam funcionando de forma eficiente e eficaz, como, por exemplo, a capacidade de manter diversas posturas; realizar respostas posturais automáticas após mudanças voluntárias no corpo e seus segmentos, bem como reagir a perturbações do ambiente externo (BERG, 1989).

Com a necessidade de estudar o equilíbrio postural, Duncan (1990) elaborou um teste funcional capaz de avaliar a estabilidade no sentido anterior e posterior. Com o avanço nos estudos acerca do tema, houve a imprescindibilidade de aprimorar ferramentas capazes de avaliar o controle postural, como, por exemplo, as plataformas de força, que avaliam tanto o balanço estático como dinâmico. Além de avaliar a estabilidade AP, também são capazes de mensurá-lo no sentido médio-lateral (DUARTE; FREITAS, 2010).

Existem estudos que visam avaliar o equilíbrio funcional, sendo adotados diferentes instrumentos para a sua mensuração. Means (1996) utilizou-se de um circuito contendo diversas situações de atividades funcionais para avaliar este equilíbrio em indivíduos idosos. Contudo, sabe-se que o TAF pode ser utilizado para avaliar esta variável (DUNCAN et al., 1990). Gazzola (2006), por exemplo, utilizou a escala de equilíbrio de Berg (EEB), que possui entre seus itens uma simulação do TAF para avaliá-lo. Outros estudos visaram à utilização da EEB de forma separada do TAF para este tipo de mensuração (LI et al., 2004).

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oscilações naturais (DUARTE; FREITAS, 2010). O balanço postural, que são tais oscilações, está relacionado com os deslocamentos do centro de massa (CM). O CP é determinado como o ponto onde as resultantes das forças verticais que o individuo exerce sobre o solo estão aplicadas. É uma medida de deslocamento que é influenciada pelo CM (SILVEIRA et al., 2013). Para Lemos (2009), o CM é o lugar geométrico de massa, independentemente de qualquer campo gravitacional. O CM é a grandeza que indica o balanço do corpo e o CP é resultado da resposta neuromuscular ao balanço do CM, o que caracteriza o CP como uma variável relacionada com os deslocamentos do CM. As mínimas diferenças encontradas entre CP e CM são responsáveis por estabelecer o equilíbrio postural (MOCHIZUKI; AMADIO, 2003).

Sob o ponto de vista mecânico, o corpo, para se manter em equilíbrio, depende das forças externas, como a força gravitacional e a força de reação do solo, e das forças internas, como as perturbações fisiológicas (batimento cardíaco e a respiração). Estas forças promovem deslocamentos contínuos do corpo em torno do centro de gravidade (CG). Portanto um corpo se encontra em uma busca constante pelo equilíbrio, e nos momentos em que as forças de reações para a correção de tais perturbações não são suficientes, não há um retorno para a posição inicial e a probabilidade de uma queda é alta (DUARTE; FREITAS, 2010).

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De acordo com Lemos (2009), O CG é considerado o ponto onde o vetor que representa o peso do corpo é aplicado. As oscilações que um corpo sofre são realmente representadas pelo CG. As respostas neuromusculares decorrentes dos deslocamentos do CG são representadas pelo CP (DUARTE; FREITAS, 2010). No corpo humano o CG e o CM coincidem. A capacidade de manutenção deste CG sobre sua base de sustentação está relacionada com o controle postural, que é a habilidade de manutenção do equilíbrio diante de um campo gravitacional, e esta habilidade está associada com a prevenção das quedas (HORAK, 1987; WESTCOTT; LOWES; RICHARDSON, 1997). Segundo Silveira (2013), é considerado difícil estimar a localização e os deslocamentos do CM em um indivíduo. Porém, com a realização da mensuração do equilíbrio através do CP, torna-se possível estimar estas variáveis do CM.

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utilizando, por exemplo, posturas com base de sustentação reduzida e combinações com olhos abertos e fechados. Há ainda o estudo de validação do TAF realizado por Duncan (1990), que efetuou o referido teste sobre uma plataforma de força, de forma semelhante a ser realizada pelo presente estudo, bem como o estudo realizado por Ryckewaert (2015).

Em indivíduos idosos, os limites de estabilidade apresentam uma área reduzida em comparação com uma população mais jovem. Dessa forma, ao realizar um movimento de alcance, um sujeito idoso necessita realizar um efeito compensatório para um adequado mecanismo de controle postural, fazendo com que apresente um deslocamento menor para evitar um episódio de queda. Com esta ideia é possível inferir que, ao comparar com um jovem, o CP de um idoso, durante um teste estático, desloca em maior proporção e durante um teste de alcance desloca em menor proporção, devido esta característica de limitação dos limites de estabilidade (DUNCAN et al., 1990; RYCKEWAERT et al., 2015).

Tendo em vista o estudo apresentado por Mochizuki e Amadio (2003) e Duncan (1990), sabe-se que durante o TAF o CP apresenta um deslocamento AP proporcional ao desempenho do teste, o que ocorre justamente pela necessidade da resposta neuromuscular, evitando que o corpo não exceda seu limite de deslocamento e proporcione um evento de queda. Entretanto, não é possível inferir sobre o comportamento dos deslocamentos do CP na direção médio-lateral durante esta situação funcional, sendo que tal dado é considerado uma variável de extrema importância, já que Melzer (2004) afirma que pessoas idosas com aumentos no deslocamento do CP no sentido médio-lateral, adotando uma base reduzida, apresentam três vezes mais chance de sofrer uma queda. O TAF e as oscilações do CP são medidas que se relacionam, porém, de forma alguma, pode-se dizer que o TAF é capaz de avaliar os deslocamentos do CP (DUNCAN et al., 1990).

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Entre as variáveis do CP analisadas com as plataformas de pressão, destacam-se: o comprimento total da trajetória do deslocamento do CP, a amplitude dos deslocamentos do CP no sentido AP e médio-lateral, e a velocidade máxima atingida pelo CP (TOOKUNI et al., 2005).

Algumas características, que se encontram em maior processo de deterioração nos indivíduos idosos, são grandes responsáveis por alterações do equilíbrio postural. A diminuição da sensibilidade plantar cutânea pode estar relacionada com um atraso na resposta neurofisiológica do corpo para realocar seu CP durante o início de um evento de queda (MELZER, et al., 2004). De acordo com o trabalho realizado por Tookuni et al. (2005), o componente visual também é um fator que interfere no equilíbrio. Assim como o visual, o vestibular é outro sistema capaz de interferir no controle postural, doenças como labirintite podem afetar esta variável mesmo em indivíduos fora das crises (ARAUJO; SILVA; SANTANA, 2009).

2.3 COLUNA TORÁCICA E HIPERCIFOSE DORSAL

A coluna torácica é uma zona de transição entre a região lombossacral e a coluna cervical. Possui a característica de ser a região de maior rigidez de toda a coluna e exerce a função de proteção visceral. A curvatura da coluna torácica é denominada cifose, e se encontra entre as curvas lordóticas da cervical e da lombar. Esta curvatura inicia na região da primeira a segunda vertebra torácica e se estende até a décima segunda. A estruturação da curvatura cifótica é compreendida ao se analisar a anatomia das vertebras que compõem este espaço, já que as vertebras torácicas possuem seus corpos vertebrais em forma de cunha, sendo a altura posterior cerca de 2 milímetros maior do que a anterior (DUTTON, 2010).

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ultrapassar as apófises superiores da vertebra inferior por cima. A limitação deste movimento pode ocorrer em virtude da tensão gerada por alguns ligamentos, como: ligamento interespinhal; ligamentos amarelos e das cápsulas das articulações interapofisárias e ligamento vertebral posterior (KAPANDJI, 2000; MARANESI et al., 2014) (Figura 2).

Como supracitado, sabe-se que o aumento da hipercifose torácica está relacionado com o envelhecimento. Porém, a progressão da idade não é o único fator capaz de promover aumento no grau desta curvatura. É bem descrito que variáveis como fraturas vertebrais, baixa DMO, doença degenerativa do disco intervertebral, história familiar de hipercifose e perda de massa corporal também são responsáveis por elevar este grau (KADO et al., 2013).

Entre outras ocorrências, a hipercifose dorsal é capaz de alterar a localização do CP, deslocando-o no sentido anterior, comparando-se com indivíduos com padrão normal da curvatura cifótica. Em virtude disso, o aumento da cifose torácica pode apresentar distúrbios de equilíbrio estático e é capaz de dobrar a probabilidade de um futuro evento de queda (REGOLIN; CARVALHO, 2010; WILLEMS et al., 2015).

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correcionais por parte do corpo, está diminuída nestes sujeitos que possuem esta característica, o que prejudica o controle postural durante estas situações dinâmicas e é um fator de adendo para classificar o risco de quedas nestes indivíduos. A relação do equilíbrio funcional com a hipercifose, objetivo do desse estudo, não é bem descrita na literatura (DE GROOT et al., 2014).

Diversos estudos têm trabalhado com a importante avaliação do grau de cifose torácica, utilizando, com isso métodos de fácil aplicabilidade, não-invasivos e econômicos, como a mensuração através da régua flexicurva, também considerada uma medida simples e de rápida aplicação, capaz de substituir a avaliação por radiografias com a técnica de Cobb (LOMBARDI JR et al., 2005; TEIXEIRA; CARVALHO, 2007; THOMAS et al., 2014).

Existem diversas descrições sobre qual seria a medida, em graus, adequada para considerar uma coluna torácica como hipercifótica. Na avaliação por meio de radiografias, segundo Cobb, considera-se normal uma curva cifótica entre 20 a 50 graus para a população em geral. Em idosos o valor varia um pouco, encontrando-se na literatura diferentes padrões de grau de normalidade (TEIXEIRA; CARVALHO, 2007). Porém, o mais aceito, e também adotado por este estudo, é o valor de até 56 graus para o padrão de normalidade de angulação, bem como recomendado por Fon et al. (1980), e assim como adotado por Bandeira et al. (2010) em seu estudo comparando idosas sedentárias e praticantes de atividades físicas.

Ao avaliar hipercifose em idosas, é importante excluir indivíduos que realizem atividades físicas, já existem estudos que mostram que diversos tipos de exercícios físicos podem promover melhora da angulação de cifose torácica, sendo capaz de reduzi-la (GREENDALE et al., 2009; JANG; KIM; KIM, 2015; KATZMAN; VITTINGHOFF; KADO, 2011).

Para a realização da técnica de mensuração da angulação da coluna vertebral com a Flexicurva, é necessário conhecimento de anatomia palpatória para a localização dos pontos de marcação de colocação da régua. Os pontos de marcação são os processos espinhosos da sétima vértebra cervical (C7); e décima segunda vértebra torácica (T12) (TEIXEIRA; CARVALHO, 2007).

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seguintes passos são realizados:

1. Localização do processo espinhoso de C7 com a participante em posição neutra;

2. Examinador deve posicionar os dedos indicador e médio sobre os processos espinhos de C7 e da primeira vértebra torácica (T1);

3. Realiza-se a hiperextensão passiva da cabeça, fazendo com que o processo espinhoso de C7 desapareça na lordose cervical fisiológica e o processo espinhoso de T1 permaneça imóvel sob os dedos;

4. Contam-se as vértebras até encontrar o processo espinhoso de T12;

A régua Flexicurva deve ser colocada sobreposta ao processo espinhal de C7, moldando-a de acordo com o formato da curvatura cifótica até o processo de T12. Após a retirada do molde, a flexicurva deve ser colocada sobre um papel milimetrado, onde se desenha o contorno da parte da régua que se encontrava apoiada na coluna da participante (TEIXEIRA; CARVALHO, 2007).

O contorno desenhado no papel milimetrado serve para determinar o Xtotal, Xmeio e a altura (H), pontos que são calculados através de uma equação matemática para achar o valor do grau da cifose dorsal. A definição dos pontos supracitados deve ser feita da seguinte forma: primeiramente, deve ser traçada uma linha reta ligando os pontos referentes à C7 e T12. Em seguida, uma reta perpendicular à anterior deverá ser traçada, podendo então se descobrir o ponto de maior distância que a curva apresenta em relação à reta C7-T12. Posteriormente, as distâncias são definidas como: H é a maior distância da curva com a reta C7-T12, a medida Xmeio é definida como a distância entre o ponto T12 e o ponto onde H se encontra com a reta C7-T12. A medida Xtotal é a distância da reta C7-T12. Como descrito por Teixeira e Carvalho (2007) e conforme demonstrado na figura 3.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a relação do ângulo da cifose dorsal no deslocamento do CP em idosas.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Verificar a influência do com o aumento da cifose dorsal com o desempenho do TAF;

- Identificar a relação do histórico de quedas com o grau de cifose dorsal e deslocamentos do CP nos sentidos anteroposterior (AP) e médio-lateral no modo estático em idosas;

- Relacionar os deslocamentos do CP em modo estático com o grau de cifose torácica;

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4 ARTIGO

4.1 INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, o ser humano experimenta alterações de cunho fisiológico e de forma contínua sobre seus órgãos e diversos tecidos. O envelhecimento altera certas variáveis que afetam a capacidade funcional, como a força, o equilíbrio, a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora. Estas alterações podem representar riscos evidentes para quedas na população idosa (GONÇALVES et al., 2010; LINDLE et al., 1997; NÓBREGA et al., 1999; TEIXEIRA; GUARIENTE, 2010).

As alterações fisiológicas que o processo de envelhecimento acarreta ao individuo fazem com que o organismo experimente alterações na musculatura global. A musculatura extensora do tronco está envolvida com a estabilização postural da coluna vertebral e também apresenta um processo deletério que envolve sarcopenia e diminuição do torque muscular. Com a diminuição desta capacidade de estabilização, a coluna vertebral fica mais suscetível ao aumento do grau de cifose torácica e, consequentemente, a dificuldades na estabilidade e controle postural (HAIRI et al., 2010; REGOLIN; CARVALHO, 2010; GRANITO et al., 2014).

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O aumento da hipercifose torácica não está relacionado apenas com o processo de envelhecimento, como citado. Sabe-se que variáveis como fraturas vertebrais, baixa densidade mineral óssea (DMO), doença degenerativa do disco intervertebral, história familiar de hipercifose e perda de massa corporal também são responsáveis por elevar este grau (KADO et al., 2013).

A hipercifose dorsal é capaz de afetar a estabilidade e o controle postural por alterar a localização do centro de pressão (CP), deslocando-o no sentido anterior. Em virtude disso, o aumento da cifose torácica pode apresentar distúrbios de equilíbrio estático e é capaz de dobrar a probabilidade de um futuro evento de queda (REGOLIN; CARVALHO, 2010; WILLEMS et al., 2015). A relação do equilíbrio funcional com a hipercifose, objetivo do presente estudo, não é bem descrita na literatura (DE GROOT et al., 2014).

Tendo em vista os problemas com os déficits de equilíbrio, torna-se importante destacar a existência dos scores para classificar o risco de quedas em idosos utilizando-se instrumentos de avaliação funcional, como o teste de alcance funcional (TAF) (DUNCAN, 1990). As alterações encontradas por alguns estudos mostram as implicações da hipercifose torácica nas oscilações posturais de equilíbrio e capacidade funcional (MELZER et al., 2004; REGOLIN; CARVALHO, 2010; WILLEMS et al., 2015). Partindo do princípio que a hipercifose dorsal possa promover maiores oscilações do equilíbrio postural durante atividades funcionais, como as simuladas pelo TAF, há a hipótese de que estes indivíduos apresentem maiores limitações para a realização deste teste, apresentando resultados piores do que o grupo com padrão normal de curvatura cifótica. Observando os riscos a que esta população está exposta, faz-se necessário verificar as limitações funcionais que podem aparecer nestas idosas, fazendo com que profissionais da área da saúde tenham em mente as implicações dos distúrbios de equilíbrio da população idosa durante as atividades funcionais.

(29)

4.2 MÉTODO

Foi realizado um estudo do tipo transversal, comparativo e correlacional (PEREIRA, 2008) com idosas do Centro de Convivência do Idoso (CCI) da Universidade Católica de Brasília (UCB), que atende 400 idosos nas diversas atividades sociais, físicas e culturais, tais como coral, artesanato, aprendizado de língua estrangeira e outras.

O estudo foi realizado com um total de 153 idosas, onde foram selecionadas as primeiras 25 com hipercifose e outras 25 sem hipercifose que foram subdivididas em dois grupos (G1 – sem hipercifose e G2 – com hipercifose), com idade igual ou superior a 60 anos. Este número satisfaz as regras da estatística, que afirmam ser necessários no mínimo de 25 a 30 indivíduos por grupo, quando o delineamento do estudo é a comparação entre dois ou mais grupos (TABACHNICK; FIDELL, 2001). Por este motivo não foi realizado cálculo amostral. A amostra foi selecionada por conveniência, sendo convocada através de telefonema, a partir de cadastro prévio do CCI.

Foram considerados critérios de inclusão: ter idade maior ou igual a 60 anos; sexo feminino e não praticar regularmente alguma modalidade de exercício físico específica, já que o exercício pode melhorar o desempenho de equilíbrio destas idosas. Foram considerados como critérios de exclusão as idosas que apresentaram histórico de lesões ou doenças traumato-ortopédicas, neurológicas, vestibulares e reumatológicas que influenciassem o procedimento de coleta dos dados; fosse incapaz de se manter em posição ortostática sem o auxílio de qualquer dispositivo, como muletas ou bengalas; queixa de quadro álgico que influenciasse ou impossibilitasse a realização dos testes propostos; anomalias congênitas ou adquiridas de membros superiores e membros inferiores; processo inflamatório ou infeccioso que poderiam interferir nos procedimentos de coleta; alterações cognitivas detectadas a partir do mini exame do estado mental (MEEM); presença de patologias vertebrais; possuir escoliose torácica avaliada pelo teste de Adams, impossibilitando a avaliação com o método Flexicurva.

(30)

As participantes da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido anteriormente ao início da coleta, após a sua apresentação pormenorizada. As coletas foram divididas em dois períodos: primeiramente realizaram-se as aferições com o método Flexicurva; no segundo momento de coletas foram realizadas as avalições de equilíbrio através da baropodometria e TAF, bem como avaliação da elasticidade das idosas. Os períodos de coleta ocorreram da seguinte forma: dois pesquisadores devidamente treinados recebiam as idosas na sala de coleta, após explicação do estudo, entregavam um avental com abertura posterior para que fosse possível realizar o exame de Flexicurva, anotando também o telefone das idosas para agendamento dos testes de equilíbrio. Após os cálculos dos dados de Flexicurva, que foi realizada como recomendado por Teixeira e Carvalho (2007) utilizando-se uma régua da marca Trident® de 60 centímetros, foram selecionadas as 25 primeiras idosas avaliadas com padrão normal de curvatura cifótica e as primeiras 25 com hipercifose, para continuação do estudo. Posteriormente, os pesquisadores entraram em contato com as idosas e então foram agendados os testes de equilíbrio no laboratório de biomecânica da UCB. Antes da avaliação do equilíbrio, as voluntárias foram submetidas a avaliação fisioterapêutica pelo pesquisador responsável, no período matutino, no laboratório de biomecânica da UCB, seguindo uma ficha de anamnese para investigação dos critérios de inclusão e exclusão, sendo aplicado, inclusive, o MEEM para identificar déficits cognitivos (BERTOLUCCI et al., 1994; BRUCKI et al., 2003), excluindo as idosas que poderiam vir a não compreender a algum dos testes. A ficha de anamnese teve como objetivo avaliar os dados para caracterização da amostra, como a idade e dados antropométricos, avaliados por uma balança digital e um estadiômetro, da marca Cardiomed® e Sanny®, respectivamente, ambos devidamente calibrados. Na ficha de anamnese também constava um local para anotar o histórico de quedas das idosas, que era coletado através de pergunta direta, sendo consideradas apenas as quedas ocorridas nos últimos dois anos.

(31)

horários de 8 às 11:30. As mesmas eram avaliadas exclusivamente pelo pesquisador responsável, e os agendamentos se realizavam de forma aleatória, através da disponibilidade das idosas, não existindo uma ordem especifica para a coleta dos dois grupos. Durante as avaliações de equilíbrio, o pesquisador portava uma ficha controle com os nomes das idosas, porém sem os dados de flexicurva, fazendo com que o avaliador fosse cego para estes testes. Caso houvesse algum critério de exclusão detectado durante a avaliação, uma nova idosa era convidada.

A avaliação dos deslocamentos do CP com a utilização da baropodemetria em conjunto com o TAF, assim como a medida da flexibilidade que foi aferida com o

Banco de Well’s e seguindo-se a metodologia de Nogueira e Navega (2011), foram realizadas no mesmo dia da avaliação fisioterapêutica e no mesmo laboratório. Todos os testes foram realizados no período matutino e pelo pesquisador responsável, com a supervisão do técnico do laboratório de biomecânica. Entre os

testes do Banco de Well’s e o início do teste de baropodometria foi concedido um período de um minuto de descanso para as avaliadas, devendo permanecer sentadas.

Para a coleta das oscilações de equilíbrio postural, utilizou-se a plataforma de pressão F-Scan modelo F-Mat da marca Tekscan®, versão 4.21, modelo 3100, frequência de amostragem de 100 Hz. Esta plataforma apresenta ±5% de erro, e foi devidamente calibrada de acordo com a metodologia indicada pelo fabricante. O F-Scan foi posicionado próximo a uma parede para permitir as coletas de oscilações durante o TAF. Os pesquisadores contaram com a ajuda de um técnico especializado na utilização deste aparelho.

(32)

realizadas para se chegar a uma média. Intervalos de 1 minuto foram aplicados entre as três aferições, com a idosa permanecendo sentada neste período. No caso de falha pelo descumprimento de algum dos passos citados, o teste era novamente realizado após um período de 1 minuto de descanso. Para diminuir a ocorrência de erros durante o TAF realizou-se uma fase de familiarização: a idosa deveria realizar uma tentativa de execução do TAF, sendo orientada e corrigida para que fosse possível compreender perfeitamente a metodologia do teste (DUNCAN, 1990).

Após essas aferições, os dados correspondentes às oscilações do CP dentro da base de suporte obtidos por meio do sensor F-MAT foram salvos no formato ASCII e filtrados pelo software MATLAB® com um filtro digital Butterworth passa-baixas de quarta ordem, com fase zero e frequência de corte de 5 Hz. Na sequência, seguindo-se a metodologia descrita por Tookuni et al. (2005) e utilizando uma planilha desenvolvida no Software Microsoft® Office Excel, foram calculados os parâmetros estabilométricos relacionados à amplitude dos deslocamentos do CP no sentido AP e médio-lateral para os dados estáticos e no sentido AP para os dados dinâmicos. Tais cálculos foram realizados por um professor da UCB qualificado para a realização dos mesmos.

Com os devidos cálculos do grau de cifose dorsal, dados do F-Scan e mensurações da flexibilidade, as idosas foram separadas em dois grupos: com hipercifose torácica (acima de 56 graus) e com padrão normal (até 56 graus), que foram pareados pelos dados antropométricos e flexibilidade. Após a coleta, dados foram analisados para clearance e busca dos casos outliers.

Para os dados descritivos da amostra realizaram-se análises de médias, desvios e frequências. Foram realizados testes de normalidade.

Utilizou-se o teste Mann-withney para comparar as variáveis: idade; dados

antropométricos; TAF; banco de Well’s; histórico de quedas e dados obtidos pelo F -Scan.

(33)

dados do F-Scan. Também foram correlacionadas quedas com deslocamentos do CP em modo estático.

Para estabelecer a relação do histórico de quedas com as variáveis coletadas, foram divididas todas as idosas em grupo de caidoras e não caidoras (grupo 1 e 2, respectivamente). Foi, então, realizado o teste Mann-withney para comparar tais variáveis. Os grupos de hipercifose e padrão normal da curvatura foram pareados através das variáveis idade, dados antropométricos e elasticidade.

4.3 RESULTADOS

Dentro do grupo de 153 idosas, encontrou-se na avaliação de Flexicurva 26 com hipercifose e 127 com padrão normal. Após o convite para a avaliação fisioterapêutica, 7 idosas foram excluídas do estudo em virtude dos critérios de exclusão, duas no grupo de hipercifose e 5 no grupo com padrão normal.

Após o tratamento dos dados, foi possível dividir os grupos com padrão normal de cifose torácica e hipercifose, um com 25 indivíduos e outro com 24 idosas, respectivamente. Sendo considerados como grupo 1 e grupo 2, respectivamente.

Na tabela 1 observa-se a caracterização da amostra como um todo, sem divisão de grupos.

Tabela 1 Caracterização da amostra de 49 idosas no estudo da influência do ângulo da cifose dorsal no deslocamento do centro de pressão em idosas, UCB, 2015.

Variável Nº Média ± DV

Idade (anos) 49 70,5 5,68

Peso (Kg) 49 68,2 13

Estatura (m) 49 1,53 0,05

IMC (Kg/m²) 49 28,8 4,91

TAF (cm) 49 28,3 6,86

Ângulo de Cifose (°) 49 46,7 14,49

Quedas 49 0,93 1,19

Estático AP (cm) 49 1,67 0,33

Estático médio-lateral (cm) 49 2,38 0,65

Dinâmico AP (cm) 49 9,93 3,87

(34)

Na tabela 2 pode-se observar a caracterização da amostra dividindo-se os dois grupos de acordo com o ângulo de cifose, juntamente com os testes de comparação através do teste Mann-withney. Considerou-se como resultado estatisticamente significante o valor de p menor do que 0,05.

Tabela 2 – Caracterização da amostra dividida entre padrão normal da curvatura cifótica e hipercifose; e resultado do teste de comparação Mann-withney, UCB, 2015.

Variável Grupos Nº Média ± DV p

Idade (anos) 1 25 69,28 5,11 0,123

2 24 71,79 6,06

Peso (Kg) 1 25 68,33 14,37 0,937

2 24 68,03 11,7

Estatura (m) 1 25 1,53 0,05 0,94

2 24 1,53 0,04

IMC (Kg/m²) 1 25 28,82 5,12 0,942

2 24 28,72 4,79

TAF (cm) 1 25 29,86 6,06 0,093

2 24 26,56 7,34

Ângulo de Cifose (°) 1 25 34,87 9,4 -

2 24 58,45 4,07

Banco de Well’s (cm) 1 25 25,01 5,54 0,072

2 24 21,03 9,03

Quedas 1 25 0,8 0,81 0,42

2 24 1,08 1,5

Estático AP (cm) 1 25 1,64 0,4 0,595

2 24 1,7 0,26

Estático médio-lateral (cm) 1 25 2,33 0,72 0,534

2 24 2,45 0,58

Dinâmico AP (cm) 1 25 10,43 4 0,368

2 24 9,42 3,74

Kg = Quilograma; m = metros; Kg/m² = Quilograma por centímetro quadrado; TAF = teste de alcance funcional; cm = centímetros; º = graus; CP = centro de pressão; AP = anteroposterior; Grupo 1 = padrão normal de cifose torácica; Grupo 2 = hipercifose torácica; Nº = Número de idosas; DV = Desvio padrão; - = comparação que não foi objetivo do presente estudo.

Na tabela 3 é possível visualizar os resultados dos testes de correlação de Pearson entre as variáveis das 49 idosas. Foram adotados valores de significância para p menor do que 0,05.

(35)

Tabela 3 – Resultados do teste de correlação de Pearson entre as variáveis de todas as idosas, UCB, 2015.

Variáveis Idade TAF Ângulo de Cifose Quedas Estático AP Estático ML Dinâmico AP

Idade (anos) r - -0,228 0,198 0,247 0,168 0,57 -0,274

p - 0,114 0,174 0,088 0,249 0,689 0,057

TAF (cm) r -0,228 - -0,181 -0,212 - - 0,83

p 0,114 - 0,212 0,144 - - 0,047*

Ângulo de Cifose (°)

r 0,198 -0,181 - 0,121 0,085 -0,023 -0,081

p 0,174 0,212 - 0,408 0,560 0,873 0,0581

Quedas r 0,247 -0,212 0,121 - 0,047 0,121 -0,222

p 0,088 0,144 0,408 - 0,748 0,406 0,125

Estático AP (cm) r 0,168 - 0,085 0,047 - - -

p 0,249 - 0,560 0,748 - - -

Estático ML (cm) r 0,57 - -0,023 0,121 - - -

p 0,689 - 0,873 0,406 - - -

Dinâmico AP (cm) r -0,274 0,83 -0,081 -0,222 - - -

p 0,057 0,047* 0,0581 0,125 - - -

TAF = teste de alcance funcional; CP = centro de pressão; AP = anteroposterior; - = correlações que não foram objetivos do presente estudo; * = p < 0,05.

4.4 DISCUSSÃO

(36)

Tabela 4 – Caracterização da amostra dividida entre caidoras e não caidoras; e resultado do teste de comparação Mann-withney, UCB, 2015.

Variáveis Grupos Nº Média ± DV p

Idade (anos) 1 28 70,67 5,68 0,814

2 21 70,28 5,8

Peso (Kg) 1 28 70,58 13,4 0,137

2 21 64,98 11,99

Estatura (m) 1 28 1,54 0,06 0,562

2 21 1,53 0,03

IMC (Kg/m²) 1 28 29,58 4,48 0,189

2 21 27,7 5,35

TAF (cm) 1 28 27,95 6,29 0,728

2 21 28,65 7,68

Ângulo de Cifose (°) 1 28 47,15 11,63 0,817

2 21 46,11 17,91

Ba co de Well’s c 1 28 26,59 14,44 0,75

2 21 25,31 12,88

Quedas 1 28 1,64 1,16 -

2 21 0 0

Estático AP (cm) 1 28 1,66 0,32 0,895

2 21 1,68 0,36

Estático médio-lateral (cm) 1 28 2,38 0,6 0,995

2 21 2,39 0,73

Dinâmico AP (cm) 1 28 9,46 3,44 0,323

2 21 10,57 4,38

Kg = Quilograma; m = metros; Kg/m² = Quilograma por centímetro quadrado; TAF = teste de alcance funcional; cm = centímetros; º = graus; CP = centro de pressão; AP = anteroposterior; Grupo 1 = caidoras; Grupo 2 = não caidoras; Nº = Número de idosas; DV = Desvio padrão; - = comparação que não foi objetivo do presente estudo.

(37)

deslocamentos do CP nos grupos divididos pelo histórico de quedas, bem como correlação destas variáveis com o número de quedas.

Kado et al. (2013) realizou estudo retrospectivo onde avaliou a angulação de cifose torácica de 1196 idosas através do método de Cobb. Após 15 anos desta avaliação base a amostra foi reavaliada e constatou-se um aumento na média da angulação de cifose de pouco mais de 7 graus. Além do fator idade, variáveis como fraturas vertebrais e baixa DMO também se relacionaram com o aumento do ângulo de cifose, o que impossibilita a afirmação de que a idade de forma isolada possa ser responsável para a formação da hipercifose.

Na atual pesquisa, apesar da média de idade do grupo sem hipercifose ter sido inferior ao grupo com hipercifose, não houve diferença estatisticamente significante. O teste de correlação entre idade e ângulo de cifose também não apresentou correlação significante. No presente estudo fatores como osteoporose e histórico de fraturas foram considerados como critérios de exclusão. Observando o estudo de Kado et al. (2013) e o atual, é possível inferir que o aumento da cifose torácica está relacionado com fatores externos consequentes do processo de envelhecimento, e não com o envelhecer de forma isolada.

Os testes de correlação de Pearson apresentaram correlação estatisticamente significativa apenas entre as medidas do TAF e os deslocamentos AP do CP nos testes dinâmicos do F-scan, assim como mostrado por Ryckewaert et al. (2015), que encontrou correlação entre estas variáveis (p = 0,001), em estudo que realizou avaliações com grupos de indivíduos jovens, idosos e idosos com doença de Parkinson. Com as correlações realizadas dentro dos mesmos grupos. Neste estudo o TAF também foi realizado sobre uma plataforma de força.

A correlação entre TAF e os deslocamentos do CP era um resultado esperado e que demonstrou que o TAF foi realizado da forma correta, como constatado por Duncan et al. (1990) em seu estudo de validação do TAF, onde afirma que tais variáveis possuem uma relação de correlação.

(38)

hipercifose. Em virtude destes fatos, era esperado que o aumento do padrão cifótico estivesse relacionado com os eventos de quedas na presente pesquisa, porém isto não foi comprovado. Uma justificativa para tal discordância pode ser o fato do estudo de Willems et al. (2015) ter obtido o histórico de quedas de forma prospectiva, coletando-as durante um ano, enquanto a atual pesquisa teve acesso apenas ao histórico pregresso de quedas.

De acordo com Duncan et al. (1990) e Gai et al. (2010), o TAF é uma ferramenta capaz de avaliar o equilíbrio na direção AP, prever a chance de um evento de queda e de maneira geral estabelecer a condição funcional do avaliado, sendo que tais avaliações apresentam piores resultados conforme são encontrados piores desempenhos no TAF. Analisando os estudos de Willems et al. (2015), Duncan et al. (1990) e Gai et al. (2010) percebe-se que os desempenhos funcionais na hipercifose são piores que na população com padrão normal.

O presente estudo não corroborou com as ideias formadas a partir das conclusões dos trabalhos de Duncan et al. (1990), Gai et al. (2010) e Willems et al. (2015), pois as variáveis TAF e deslocamento do CP no sentido AP durante o teste dinâmico não apresentaram diferenças significativas entre os grupos com e sem hipercifose. Também não foi constatada correlação entre ângulo de cifose e TAF, bem como angulação e deslocamento do CP no sentido AP. Desta forma podemos inferir que os dois grupos sofrem deslocamentos iguais do CP para atingir uma distância semelhante de TAF.

Tais constatações também vão ao desencontro da hipótese do atual estudo, onde se esperava que fossem encontrados piores resultados destas variáveis pelo grupo com hipercifose, detectando, assim, a limitação para realização do teste.

Ao analisar as médias das variáveis TAF e deslocamento do CP no sentido AP, nota-se que o grupo com hipercifose apresentou resultados piores do que o grupo com padrão normal, o que pode representar uma tendência para que estas variáveis apresentem uma diferença estatisticamente significante entre os grupos.

(39)

correlação, seria apresentada uma correlação negativa (r = -181), ou seja, quanto maior o ângulo de cifose menor seria a distância do TAF.

Uma das limitações da atual pesquisa foi selecionar idosas com ângulo de cifose maior que 56º. Nos casos em que foram constatadas hipercifose, a angulação era próxima do valor de corte, tanto que a média final do grupo com hipercifose foi 58,45º, um valor próximo do limítrofe. Talvez com um estudo em que se possa avaliar uma maior quantidade de indivíduos, e que sejam detectadas mais idosas com valores de hipercifose distante de 56º, as variáveis TAF e deslocamento do CP obtenham diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos, deixando mais claro se a hipercifose pode ser um critério de exclusão a ser considerado em estudos de análise de equilíbrio dinâmico e funcional.

4.5 CONCLUSÃO

A realização do TAF não foi influenciada pelo aumento do ângulo de cifose dorsal, apesar de piores resultados no grupo com hipercifose.

Não foi identificada a relação entre as quedas e o ângulo de cifose das idosas e entre angulação e deslocamentos do CP no sentido AP e médio-lateral no modo estático.

Os deslocamentos do CP em modo estático também não sofreram influência do grau de cifose torácica. Também se constatou com a presente pesquisa que a idade não foi capaz de aumentar o ângulo de cifose torácica.

Com o atual estudo foi possível concluir que a angulação da cifose torácica em idosas é incapaz de influenciar os deslocamentos do CP durante a realização do TAF.

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(47)

6. APÊNDICES

APÊNDICE A: FICHA DE ANAMNESE

Ficha de Avaliação

Nome: Data Da Avaliação:

Data De Nascimento: Idade: Sexo:

Endereço:

Telefones:

Profissão: Estado Civil:

Medicamentos Utilizados:

Fratura: Onde: Quando:

Dor: Onde: Impossibilita a coleta: S ( ) N ( )

Patologias Associadas:

Antecedentes Cirúrgicos:

História de Quedas: Quantas: Quando:

Pratica atividades físicas: S ( ) N ( ) Qual:

(48)

APÊNDICE B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O (a) Senhor(a) está sendo convidado(a) a participar do projeto:

“INFLUÊNCIA DO ÂNGULO DA CIFOSE DORSAL NO DESLOCAMENTO DO CENTRO DE MASSA EM IDOSAS” sob responsabilidade do Prof. Dr. Gustavo de

Azevedo Carvalho e aluno Bruno Sousa Lopes.

O objetivo desta pesquisa é: avaliar a influência do aumento do grau de cifose torácica de idosas, nos distúrbios de equilíbrio apresentados durante a realização de uma atividade funcional, pois há diversos problemas econômicos e sociais em virtude de quedas, por isso é necessário aprofundar cada vez mais nos estudos para traçar planos de prevenção.

O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá, sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). O(a) senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a).

A sua participação será da seguinte forma, responder questionários sobre histórico de quedas e habilidade cognitiva, realizar um teste que simula uma atividade cotidiana sobre uma plataforma para mensurar o equilíbrio e realizar um teste para mensurar o ângulo da coluna torácica, devendo utilizar um avental para mensurar este dado. O tempo estimado para sua realização: uma hora.

Os resultados da pesquisa serão divulgados na Instituição Universidade Católica de Brasília podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do pesquisador.

(49)

Se o(a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: o aluno mestrando Bruno Sousa Lopes, telefone: 81268989 ou Prof. Dr. Gustavo Azevedo Carvalho, na instituição Universidade Católica de Brasília (UCB), telefone: 81121650, no horário: 8:00 às 20:00 horas.

Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCB, número 38103114.6.0000.0029. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos também pelo telefone: (61) 3356-9784.

Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o voluntário da pesquisa.

______________________________________________

Nome / assinatura

____________________________________________

Pesquisador Responsável

Nome e assinatura

(50)

7. ANEXOS

Imagem

Tabela 1  –  Caracterização da amostra de 49 idosas no estudo da influência do ângulo da cifose dorsal  no deslocamento do centro de pressão em idosas, UCB, 2015
Tabela 2  –  Caracterização da amostra dividida entre padrão normal da curvatura cifótica e                            hipercifose; e resultado do teste de comparação Mann-withney, UCB, 2015
Tabela 3  –  Resultados do teste de correlação de Pearson entre as variáveis de todas as idosas, UCB, 2015
Tabela 4  –  Caracterização da amostra dividida entre caidoras e não caidoras; e resultado do teste de  comparação Mann-withney, UCB, 2015

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