• Nenhum resultado encontrado

Determinantes do desempenho das startups brasileiras

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Determinantes do desempenho das startups brasileiras"

Copied!
97
0
0

Texto

(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANNA CAMILA LIMA E SILVA. DETERMINANTES DO DESEMPENHO DAS STARTUPS BRASILEIRAS. NATAL/RN 2017.

(2) ANNA CAMILA LIMA E SILVA. DETERMINANTES DO DESEMPENHO DAS STARTUPS BRASILEIRAS. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção. Linha de pesquisa: Estratégia e Qualidade. Orientadora: Profª. PhD. Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz. NATAL/RN 2017.

(3) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede. Silva, Anna Camila Lima e. Determinantes do desempenho das startups brasileiras / Anna Camila Lima e Silva. - 2017. 97 f.: il. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção. Natal, RN, 2017. Orientadora: Prof.ª PhD Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz. 1. Desempenho organizacional - Dissertação. 2. Startups Dissertação. 3. Modelagem de equações estruturais - Dissertação. I. Queiroz, Fernanda Cristina Barbosa Pereira. II. Título. RN/UF/BCZM. CDU 658.

(4)

(5) Dedico este trabalho aos meus pais, Sânzia e Inácio, por sempre me incentivarem a estudar, e ao meu filho, José Paulo, que serviu como força a não desistir..

(6) AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus por guiar meus passos nesta realização pessoal e profissional. Serei eternamente grata aos meus familiares, em especial meus pais, Sânzia e Inácio, por todo o auxílio e carinho ao longo deste caminho. Ao meu esposo, Kleber, pela paciência e suporte de sempre. Ao meu filho, José Paulo, presença ao longo do mestrado. Sincero agradecimento a minha orientadora, Professora Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz, pelo privilégio de ser uma de suas orientandas, por todo auxilio com seu conhecimento para a idealização do projeto e desenvolvimento do mesmo. Aos Professores Jamerson Viegas Queiroz (UFRN), Luís Felipe Lopes (UFSM) e Marciano Furukava (UFRN), por terem me auxiliado com suas contribuições pertinentes na banca de qualificação. Aos membros da banca, por disponibilizarem seu tempo em ler e avaliar meu trabalho para defesa, aos professores Jamerson Viegas Queiroz (UFRN), Fabrícia Gonçalves de Carvalho (UFRN) e Eduardo Lopes Marques (UFV). À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro concedido ao longo do mestrado. À Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pela disponibilidade de professores competentes, servidores atuantes e estrutura de qualidade para a realização da pesquisa. Enfim, agradeço a todos que de maneira direta ou indiretamente contribuíram e torceram para a realização deste trabalho. Muito obrigada!.

(7) RESUMO A presente pesquisa tem como objetivo geral identificar a relação entre as variáveis que favorecem o desempenho organizacional das startups brasileiras. Isso se torna viável devido à dinâmica no ambiente externo, o surgimento de novas tecnologias ou transformações nas preferências dos consumidores, que exigem das organizações agilidade interna para antever esses cenários e responder a eles em velocidade compatível. Para atingir o objetivo proposto, a pesquisa foi desenvolvida com as startups associadas à Associação Brasileira de Startups (ABStartup). A coleta de dados foi realizada por meio do instrumento survey, composto por 17 questões, de maneira auto administrável e online, com a participação de 166 startups, de diversas regiões do Brasil. Evidenciou-se que as startups brasileiras estão, em sua grande maioria, localizadas em São Paulo, atuando em Pesquisa e Desenvolvimento e iniciaram suas atividades em 2015. Os resultados dos indicadores apresentaram que as startups possuem alto nível de orientação para o mercado, de inovar em produtos e de desempenho organizacional. Observou-se que os empresários, majoritariamente, concordam moderadamente com as proposições, e aumentaram menos de 10% em relação ao desempenho organizacional. Quanto à análise com a Modelagem de Equações Estruturais, identificou-se que a orientação para o mercado, apesar de importante para as startups, não influencia no desempenho organizacional. Por outro lado, essa orientação tem relevância para a capacidade inovativa de produto. E o desempenho organizacional é influenciado pela capacidade inovativa de produto. Diante disso, o estudo contribuiu no sentido de validar um modelo com as startups brasileiras, o que auxiliará as empresas já existentes e as futuras, para a redução da mortalidade precoce dessas startups. Palavras-chave: Desempenho Organizacional. Startups. Modelagem de Equações Estruturais..

(8) ABSTRACT The present research seeks, as it main objective, to identify the relationship between the variables that favor the organizational performance of Brazilian startups. This becomes critical given the dynamics in the external environment of organizations, the emergence of new technologies and the transformations in consumer preferences, which all combined, requires the organizations to have internal agility to foresee these scenarios and respond to them at compatible speed. To achieve the proposed goal, the research was developed with startups associated with the Brazilian Association of Startups (ABStartup). The data collection was done through a survey, composed of 17 questions, in a self-managing and online way, with the participation of 166 startups from different regions of Brazil. It was evidenced that the Brazilian startups are, in the great majority, located in São Paulo, acting in Research and Development and began their activities in 2015. The results of the indicators showed that startups have a high level of market orientation, product innovation and organizational performance. The majority of entrepreneurs surveyed agreed moderately with the propositions, and increased their organizational performance by less than 10%. Regarding the analysis with the MEE, it was identified that the orientation to the market, although important for the startups, does not influence the organizational performance, but does have some effect in the product innovation capability. On the other hand, this orientation has relevance to the innovative capability of the product. And such a capability ultimately influences organizational performance. Therefore, the study contributed to the validation of a model with Brazilian startups, which will help existing and future companies to reduce the early mortality of these enterprises. Keywords: Organizational Performance. Startups. Structural Equation Modeling..

(9) LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Modelo do desempenho organizacional das startups..........................20 FIGURA 2 - Estrutura da dissertação.......................................................................24 FIGURA 3 - Esquema da Capacidade Inovativa de Produto....................................32 FIGURA 4 - Fases da pesquisa................................................................................41 FIGURA 5 - Procedimentos da dissertação..............................................................41 FIGURA 6 - Relação dos procedimentos com o objetivo geral.................................42 FIGURA 7 - Número de publicações acadêmicas por tema......................................42 FIGURA 8 - Rede de autores.....................................................................................45 FIGURA 9 - Fontes para o modelo de pesquisa........................................................48 FIGURA 10 - Etapas da Modelagem de Equações Estruturais.................................55 FIGURA 11 - Diagrama de caminhos........................................................................56 FIGURA 12 - Modelo estrutural.................................................................................57 FIGURA 13 - Modelo de Mensuração.......................................................................58 FIGURA 14 - Estimação da amostra com G*Power..................................................59 FIGURA 15 - Etapas de avaliação do modelo...........................................................62 FIGURA 16 - Localização das startups brasileiras....................................................63 FIGURA 17 - Mercado de atuação das startups brasileiras......................................64 FIGURA 18 - Ano de fundação das startups brasileiras............................................65 FIGURA 19 - Nível geral da Orientação para o Mercado..........................................66 FIGURA 20 - Nível das variáveis da Orientação para o Mercado.............................66 FIGURA 21 - Nível geral da Capacidade Inovativa de Produto.................................68 FIGURA 22 - Nível das variáveis da Capacidade Inovativa de Produto...................68 FIGURA 23 - Nível geral do Desempenho Organizacional........................................70 FIGURA 24 - Nível das variáveis do Desempenho Organizacional..........................70.

(10) FIGURA 25 - Modelo de mensuração........................................................................75 FIGURA 26 - Modelo de mensuração após PLS Algorithm.......................................76 FIGURA 27 - Modelo Final.........................................................................................80.

(11) LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - Dissertações semelhantes defendidas no PPGEP..............................22 QUADRO 2 - Evidências teóricas da Orientação para o Mercado.............................29 QUADRO 3 - Evidências teóricas do Desempenho Organizacional..........................35 QUADRO 4 - Variáveis relacionadas com desempenho organizacional...................36 QUADRO 5 - Periódicos com maior número de publicações por tema.....................43 QUADRO 6 - Distribuição das startups associadas...................................................46 QUADRO 7 - Estrutura do survey para a Orientação para o Mercado......................48 QUADRO 8 - Estrutura do survey para a Capacidade Inovativa de Produto............49 QUADRO 9 - Estrutura do survey para o Desempenho Organizacional...................50 QUADRO 10 - Atribuição de códigos à escala para OM e CIP..................................52 QUADRO 11 - Atribuição de códigos à escala para DO............................................52 QUADRO 12 - Análise dos dados por objetivo proposto...........................................53 QUADRO 13 - Frequência das respostas da Orientação para o Mercado................71 QUADRO 14 - Aplicação dos códigos para Orientação para o Mercado...................72 QUADRO 15 - Frequência das respostas da Capacidade Inovativa de Produto......72 QUADRO 16 - Aplicação dos códigos para Capacidade Inovativa de Produto........73 QUADRO 17 - Frequência das respostas do Desempenho Organizacional.............73 QUADRO 18 - Aplicação dos códigos para Desempenho Organizacional...............74 QUADRO 19 - Resultado das hipóteses....................................................................81 QUADRO 20 - Resultados por objetivos propostos...................................................83.

(12) LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Média e desvio-padrão da Orientação para o Mercado........................67 TABELA 2 - Média e desvio-padrão da Capacidade Inovativa de Produto..............69 TABELA 3 - Média e desvio-padrão do Desempenho Organizacional......................71 TABELA 4 - Dados de assimetria e curtose...............................................................75 TABELA 5 - Valores da AVE......................................................................................76 TABELA 6 - Outer Loadings.......................................................................................77 TABELA 7 - Valores da validade covergente.............................................................77 TABELA 8 - Cross Loadings......................................................................................78 TABELA 9 - Critério de Fornell e Larcker...................................................................78 TABELA 10 – Variance Inflation Factor (VIF).............................................................79 TABELA 11 - Coeficientes de determinação de Pearson (R²)……………………….79 TABELA 12 - Validade Preditiva................................................................................79 TABELA 13 - Tamanho do efeito (f²)..........................................................................80 TABELA 14 - Valores de p.........................................................................................81.

(13) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABStartup - Associação Brasileira de Startups AVE - Average Variance Extracted CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CIP - Capacidade Inovativa de Produto DO - Desempenho Organizacional FDC - Fundação Dom Cabral MEE - Modelagem de Equações Estruturais MPE - Micro e Pequenas Empresas OM - Orientação para o Mercado PPGEP - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas SEM - Structural Equation Modeling UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte VIF - Variance Inflation Factor.

(14) SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ....................................................................... 16 1.1. Problema de pesquisa .............................................................................. 17. 1.2. Objetivos do estudo ................................................................................. 19. 1.2.1 Objetivo geral .......................................................................................... 19 1.2.2 Objetivos específicos .............................................................................. 19 1.3. Hipóteses ................................................................................................... 20. 1.4. Relevância e Justificativa ........................................................................ 20. 1.5. Estrutura do trabalho ............................................................................... 23. CAPÍTULO 2 - FATORES DETERMINANTES PARA O DESEMPENHO ORGANIZACIONAL.................................................................................................. 26 2.1. Orientação para o Mercado ...................................................................... 26. 2.2. Capacidade Inovativa de Produto ........................................................... 29. 2.3. Desempenho Organizacional ................................................................... 32. 2.4 Startups ........................................................................................................... 36. CAPÍTULO 3 - MÉTODO DE PESQUISA ...................................................... 39 3.1. Caracterização da pesquisa ..................................................................... 39. 3.1.1 Desenho da Pesquisa ................................................................................ 40 3.1.2 Objeto de Estudo ....................................................................................... 42 3.2. Estratégia de pesquisa ............................................................................. 42. 3.3. Definição da população e da amostra .................................................... 45. 3.4. Instrumentos e estratégias da coleta de dados ..................................... 48. 3.5. Tratamento, análise e interpretação dos dados .................................... 51. 3.6. Modelagem de Equações Estruturais ..................................................... 53. 3.6.1 Modelo Teórico .......................................................................................... 55 3.6.2 Diagrama de Caminhos ............................................................................. 56 3.6.3 Modelo Estrutural ....................................................................................... 57 3.6.4 Modelo de Mensuração ............................................................................. 57 3.6.5 Estimação do Modelo ................................................................................ 58 3.6.6 Avaliação e Ajuste ..................................................................................... 60 3.6.7 Interpretação e Melhoria ............................................................................ 62. CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA ................................................................................................................................... 63.

(15) 4.1 Caracterização da Amostra............................................................................ 63 4.2 Análise dos Indicadores ................................................................................. 65 4.2.1 Orientação para o Mercado e suas variáveis ............................................ 65 4.2.2 Capacidade Inovativa de Produto e suas variáveis ................................... 67 4.2.3 Desempenho Organizacional e suas variáveis .......................................... 69 4.3 Análise das respostas dos empresários ...................................................... 71 4.4 Análise com a Modelagem de Equações Estruturais .................................. 74 4.5 Discussões dos resultados ........................................................................... 81. CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 84 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 87 APÊNDICE A - Questionário ........................................................................ 94.

(16) 16. CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO O cenário em que o Brasil está inserido, com problemas econômicos, políticos e sociais, provoca nas empresas a necessidade de atuarem com inovação para suprir e criar novas demandas de mercado, para terem um desempenho favorável frente aos concorrentes. Diante dessa necessidade, as startups têm despertado a atenção em várias áreas do conhecimento e de atuação, principalmente, por estarem relacionadas ao crescimento econômico e tecnológico das regiões onde estão localizadas (TORRES; SOUZA, 2016). As startups se apresentam como empresas que impactam o desenvolvimento econômico, por contribuir para a criação de empregos em setores de alta tecnologia (PADRÃO; ANDREASSI, 2013). O desenvolvimento e as contribuições que as empresas em início de carreira fazem para a economia são fatores em temas de pesquisa e literatura de negócios (DAVILA et al., 2015; HORMIGA, CANINO, MEDINA, 2011; HYYTINEN; PAJARINEN; ROUVINEN, 2015; PEÑA, 2002). A discussão sobre startups tem evoluído continuamente nos últimos anos, existem pesquisas voltadas para o sucesso dessas organizações com foco em conhecimento (HORMIGA; CANINO; MEDINA, 2011; PEÑA, 2002), inovação (HYYTINEN; PAJARINEN; ROUVINEN, 2015; LAKOFF, 2008), estudo de caso (STUART; ABETTI, 1987), no entanto, existem poucos estudos que analisam os fatores de sucesso (MIETTINEN; LITTUNEN, 2013). O surgimento dessas novas empresas se apresenta de maneira criativa, com serviços de melhorias a um setor ou soluções que respondem a problemas contemporâneos. As startups estão associadas a modelos de negócios escalável (capacidade de aumentar em receita, com custos e tempos reduzidos) e rentável (BLANK; DORF, 2012). As definições quanto a essas empresas ainda é motivo de questionamentos, os conceitos estão associados em termos de sua idade e de sua escalabilidade. De maneira geral, as definições estão relacionadas ao fato de que são empresas de pequeno porte, com elevado grau de inovação e com risco empresarial. Além disso, estão em fase de desenvolvimento e ainda não alcançaram a maturidade do negócio..

(17) 17. Então, a sobrevivência dessas empresas está relacionada com algumas causas: condição anterior do empresário; experiência anterior do empresário; motivação para abrir o negócio; tempo médio de planejamento antes de abrir a empresa; recursos; capacidade organizacional; capacitação em gestão empresarial (SEBRAE, 2016). O desempenho organizacional pode ser mensurado por meio da Orientação para o Mercado (OM), sendo a postura organizacional direcionada à busca, obtenção. e. aproveitamento. das. informações. oriundas. dos. consumidores. (ATUAHENE-GIMA, 1996; HULT; KETCHEN Jr., 2001; KOHLI; JAWORSKI, 1990; LEE et al., 2015; ZHANG, 2015). Ainda há a análise da Capacidade Inovativa de Produto (CIP) para verificar o desempenho. organizacional,. por. ser. entendida. como. um. conjunto. de. comportamentos e rotinas organizacionais focadas no desenvolvimento de novos produtos, de acordo com as necessidades dos clientes (DAWID et al., 2015; MARTINEZ-SENRA et al., 2015; VEGA-JURADO et al., 2008). A orientação para o mercado promove uma fonte de ideias para mudanças e melhorias na organização, no entanto, quando acompanhada por capacidades adequadas aumenta o desempenho organizacional (MORGAN; VORHIES; MASON, 2009; NGO; O’CASS, 2012). Portanto, a adoção somente focada no mercado pode não ser suficiente para conduzir o DO e indica a presença de possíveis mediadores na relação entre OM e DO, como a CIP. No Brasil, as startups contam com o apoio de uma base de dados denominada Associação Brasileira de Startups (ABStartups), que facilita o acesso ao capital, mercado, mentorias e vários descontos em produtos e serviços para as startups associadas, permitindo assim a ampliação da sua capacidade competitiva.. 1.1. Problema de pesquisa As empresas startups são conhecidas como uma fonte de geração de. emprego, inovação e desenvolvimento, então, quanto melhores forem suas estratégias para atingir o sucesso maior a possibilidade de beneficiar a economia e a sociedade de maneira geral. O aspecto que demonstra a importância de se estudar.

(18) 18. os fatores de sucesso das startups é devido a quantidade de mortalidade existente nessas organizações (HORMIGA, CANINO, MEDINA, 2011). Em pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC), sobre a mortalidade das startups, os resultados apontaram que 25% morrem com até um ano de existência, 50% com até quatro anos e pelo menos 75% com até treze anos após a sua constituição (FDC, 2012). Nessa perspectiva, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizou um estudo, em 2012, com o objetivo de identificar as mortalidades das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) brasileiras, e obteve como resultado que 75,8% permanecem em atividade após dois anos de existência, sendo esses anos os mais desafiadores para um negócio nascente (SEBRAE, 2013). Em outras palavras, quase 25% dos negócios iniciados no Brasil, encerram-se em menos de dois anos de existência, e este percentual inclui as startups. A mesma instituição continuou a pesquisa e, em 2016, apresentou um novo relatório. A taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos de atividade foi de 76,6%, sendo o maior valor encontrado dentre as demais pesquisas (SEBRAE, 2016), no entanto, ainda é um índice passível de melhorias. Dentre outros fatores, os motivos alegados pelos empreendedores para que a empresa deixasse de funcionar, foram despesas, demanda, problemas financeiros, incapacidade organizacional (SEBRAE, 2016). Após essas análises, verificou-se a necessidade de estudar quais os fatores são pertinentes para o desempenho organizacional, por existirem variáveis que favorecem. o. sucesso. empresarial. (HORMIGA,. CANINO,. MEDINA,. 2011;. HYYTINEN; PAJARINEN; ROUVINEN, 2015; LAKOFF, 2008; PEÑA, 2002). Com base nos estudos empíricos, foram identificados poucos trabalhos que demonstrem a relação de variáveis tangíveis e intangíveis ao desempenho das startups brasileiras. Como será visto nos capítulos posteriores desta dissertação, as variáveis que podem estar relacionadas com o desempenho organizacional são orientação para o mercado e capacidade inovativa de produto. Esses fatores se traduzem como hipóteses de pesquisa, a serem testadas nesta investigação. Dado o contexto nacional, e tendo ciência que o desempenho empresarial favorece a sobrevivência das startups, a questão de pesquisa a ser respondida.

(19) 19. neste trabalho é Como relacionar as variáveis para compreender o desempenho organizacional das startups brasileiras?. 1.2. Objetivos do estudo Diante das peculiaridades das startups brasileiras, dos índices de mortalidade. destas empresas, das necessidades dos clientes, da inovação em produtos, são motivos que indicam a necessidade de instrumentos para auxiliar às startups em busca por desenvolvimento.. 1.2.1 Objetivo geral O objetivo geral do presente trabalho é Identificar a relação entre as variáveis. que. favorecem. o. desempenho. organizacional. das. startups. brasileiras.. 1.2.2 Objetivos específicos Os objetivos específicos a serem atingidos deste trabalho são os seguintes: a) Caracterizar as startups brasileiras, com base no perfil dos respondentes; b) Identificar. as. variáveis. observáveis. que. contribuem. para. o. desempenho das startups; c) Identificar as variáveis latentes que contribuem para o desempenho das startups; d) Identificar o nível das variáveis observáveis e latentes relacionadas ao desempenho organizacional das startups; e) Identificar a opinião dos empresários quanto às variáveis observáveis e latentes que influenciam o desempenho organizacional das startups; f) Mensurar o impacto das relações entre as variáveis selecionadas..

(20) 20. 1.3. Hipóteses As hipóteses da pesquisa a serem testadas foram divididas em três: •. H1 - a orientação para o mercado influencia positivamente o desempenho organizacional;. •. H2 - a orientação para o mercado influencia positivamente a capacidade inovativa de produto; e. •. H3 - a capacidade inovativa de produto influencia positivamente o desempenho organizacional.. O modelo genérico para analisar o desempenho organizacional das startups brasileiras pode ser visualizado na Figura 1. Figura 1 - Modelo do desempenho organizacional das startups. Fonte: Elaboração Própria (2017).. Diante da Figura 1, é possível ter uma visão geral dos fatores que podem influenciar o desempenho organizacional das startups brasileiras, bem como as hipóteses que serão avaliadas.. 1.4. Relevância e Justificativa Ao considerar a importância que os novos negócios representam para o. desenvolvimento econômico, além de avaliar as startups como uma abordagem contemporânea para a evolução do empreendedorismo, devido ao seu potencial de crescimento e abordagem tecnológica, entende-se que esse assunto se apresenta como relevante tema de pesquisa..

(21) 21. As startups causam impacto econômico positivo, por gerarem empregos e por ampliarem o desenvolvimento tecnológico inovativo, no entanto, existem poucos estudos sobre as variáveis estudadas nesta dissertação e o desempenho organizacional das startups, principalmente, as brasileiras. Nos estágios iniciais do novo empreendimento, o empresário deve exercer um controle mais apertado da organização, para melhorar a probabilidade de sucesso (STUART, ABETTI, 1987). Destaca-se ainda que decisões quanto ao uso de capital, próprio ou de terceiros, tem implicações importantes para as operações da empresa, desempenho das atividades e o potencial de expansão do negócio (CASSAR, 2004). As novas empresas, no entanto, enfrentam dificuldades para sobreviver nos seus primeiros anos de operações em atuação. Algumas informações podem justificar o insucesso empresarial: falta de experiência em negócios, forte concorrência no setor, e a fragilidade dessas empresas (PEÑA, 2002). Alia-se o fato de se buscar o entendimento sobre os fatores de sucesso relacionado ao capital intelectual do empreendedor. A implantação das suas habilidades. em. seus. primeiros. anos. de. existência. irá. condicionar. suas. possibilidades futuras de sucesso organizacional (HORMIGA, CANINO, MEDINA, 2011). Para o lançamento do produto ou serviço desenvolvido pela startup, ao competir em um mercado estabelecido, essas empresas devem buscar uma posição de destaque em um mercado rentável, com um produto de diferenciação (ZHAO; LIBAERS; SONG, 2015). Então, no aspecto econômico, espera-se contribuir com as políticas e processos adotados nas empresas startups atuantes, ao elaborar e validar um modelo sobre o desempenho organizacional, com as possíveis melhorias para essas organizações. Esse modelo favorecerá para uma redução da mortalidade das empresas existentes no Brasil, além de permitir que as futuras startups se embasem no modelo para evitar as falhas das atuantes, com possibilidade de ampliação dos investimentos nas startups. Assim, esta dissertação poderá contribuir com o mercado das startups brasileiras, devido o subsídio teórico e validado para auxiliar em suas tomadas de decisões referentes às variáveis relacionadas ao desempenho organizacional. Espera-se que esta dissertação auxilie nas informações quanto aos desafios.

(22) 22. estratégicos enfrentados pelas startups brasileiras no âmbito do desempenho organizacional. O projeto contribuirá no âmbito social por favorecer que futuras empresas utilizem o modelo final, com as variáveis “orientação para o mercado”; “capacidade inovativa. de. produto”;. e. “desempenho. organizacional”,. para. analisar. as. necessidades dos clientes, identificar novas tecnologias e inovar em seus produtos, contribuindo com a sociedade. Sendo esses elementos fundamentais para a construção de trajetórias sustentáveis para o desenvolvimento do país. Ao estruturar esses conhecimentos em um modelo possibilitará as seguintes consequências:. (1). análise. da. importância. do. fator. mercado,. empresa,. empreendedor e recurso financeiro para o desempenho das startups brasileiras; (2) auxílio ao empreendedorismo do país; e (3) favorecimento para a redução da taxa de mortalidade das jovens empresas. Esse modelo proporcionará o avanço de três áreas de estudo: startups, inovação e empreendedorismo. O estudo contribuirá com a comunidade acadêmica, visto que por meio da literatura será construído um modelo teórico pautado na relação foco de estudo, e será validado quantitativamente através da modelagem de equações estruturais, possibilitada pela aplicação de um survey nas empresas. Além disso, a maioria dos modelos propostos para mensurar o sucesso das startups foram elaboradas de maneira genérica, por exemplo, localizadas em empresas incubadas, não sendo facilmente adaptadas para a realidade de qualquer nova startup. No Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), também não existem trabalhos que analisem o desempenho organizacional das startups brasileiras, as dissertações mais semelhantes defendidas no Programa estão sintetizadas no Quadro 1. Quadro 1 - Dissertações semelhantes defendidas no PPGEP Título Autor (Ano) Orientador Inovação radical, informação de João Cardim Ferreira Lima Jamerson Viegas Queiroz mercado e mente aberta: (2017) aplicação de um modelo conceitual nas start-ups brasileiras A Gestão do Conhecimento e Renata de Oliveira Mota (2017) Jamerson Viegas Queiroz suas influências na Capacidade de Inovação das Startups.

(23) 23. brasileiras Avaliação de Desempenho: Um Estudo Aplicado em um Hospital Universitário do RN Conveniado á Ebserh Aplicação do Modelo Network DEA na Avaliação de Desempenho dos Núcleos de Inovação Tecnológica Os Fatores Antecedentes A Intenção de Investimento em Tecnologia da Informação e seu Impacto no Desempenho Produtivo das Micro e Pequenas Empresas Utilizando a Modelagem de Equações Estruturais. Avaliação de Desempenho ee Unidades de Mineração Produtoras de Agregados para Construção Civil no Nordeste Brasileiro Gestão de Organizações Sem Fins Lucrativos: Uma Avaliação de Desempenho através do Balanced Scorecard. Júlia Lorena Marques Gurgel (2016). Helio Roberto Hekis. Karita Gomes Santos (2015). dos. Mariana Rodrigues de Almeida. Alice Paraguassu Fonseca de Macedo (2015). Mariana Rodrigues de Almeida. Adler Macedo De Sousa (2013). Mariana Rodrigues de Almeida. Jorge Assef Lutif Junior (2012). Jamerson Viegas Queiroz. Bezerra. Fonte: PPGEP (2017).. Portanto, esta dissertação contribuirá para que futuros empreendedores possam identificar quais características são consideradas mais relevantes, no Brasil, relacionadas ao desempenho organizacional das startups. Assim, pode haver redução da mortalidade das novas empresas e aumentar a quantidade de startups no país, para promover o desenvolvimento econômico regional e nacional. Além de favorecer no âmbito social, por permitir que empresas busquem as necessidades dos clientes e possam satisfazê-los. Ainda haverá ampliação na literatura acerca do desempenho organizacional das startups brasileiras, relacionado com as variáveis capacidade inovativa de produto, orientação para o mercado, e turbulência tecnológica.. 1.5. Estrutura do trabalho A presente dissertação está estruturada em cinco capítulos, sendo o Capítulo. 1 (Introdução) composto pelo problema de pesquisa, objetivos do estudo, hipóteses, relevância e justificativa, e estrutura do trabalho..

(24) 24. O Capítulo 2 apresenta a fundamentação teórica, as teorias que embasam o estudo, ao tratar sobre a orientação para o mercado, a capacidade inovativa de produto, desempenho organizacional e startups. No Capítulo 3, tem-se o método de pesquisa, seção em que caracteriza a pesquisa; a estratégia de pesquisa; definição da população e da amostra; instrumentos e estratégias da coleta de dados; tratamento, análise e interpretação dos dados; e modelagem de equações estruturais. O capítulo 4 é composto pela apresentação e análise dos dados, onde há a caracterização das startups, a análise dos indicadores e a aplicação da modelagem de equações estruturais com os dados obtidos. Por fim, no Capítulo 5, são expostas as considerações finais sobre o trabalho, com as principais contribuições e limitações do trabalho. De maneira sintética, pode-se observar a estrutura do trabalho na Figura 2. Figura 2 - Estrutura da dissertação. Fonte: Elaboração Própria (2017)..

(25) 25. Após apresentar a estrutura da dissertação na Figura 2, o próximo capítulo (Capítulo 2) aborda a fundamentação teórica acerca dos temas que permeiam o presente estudo: orientação para o mercado, capacidade inovativa de produto, desempenho organizacional e startups..

(26) 26. CAPÍTULO. 2. -. FATORES. DETERMINANTES. PARA. O. DESEMPENHO. ORGANIZACIONAL Este capítulo apresenta os temas abordados para identificar os fatores determinantes do desempenho organizacional e seus respectivos autores, que serviram de referência para a construção do texto, salienta-se que os temas abordados não se esgotam somente nesses autores. A primeira seção apresenta o tema de orientação para o mercado. Na segunda seção, aborda o contexto de capacidade inovativa de produto. A terceira seção expõe o assunto de desempenho organizacional. Por último, a quarta seção, expõe-se acerca de startups.. 2.1. Orientação para o Mercado A Orientação para o Mercado (OM) é a atividade adotada pela organização,. sendo analisada de acordo com fatores ou variáveis que influenciam a empresa (ZHANG et al., 2015). De maneira geral, a orientação para o mercado procura compreender e capitalizar em cima de fatores exógenos que cercam uma empresa (LEE et al., 2015). Uma organização orientada para o mercado possui ações consistentes com o conceito de marketing (KOHLI; JAWORSKI, 1990). Esta orientação, complementado pelo autor Ruekert (1992), tem suas raízes no desenvolvimento das literaturas de marketing e gestão. Em outras palavras, a orientação para o mercado representa um conjunto de atividades que refletem o grau de adoção, de uma organização, ao conceito de marketing, sendo elemento importante em pesquisas (ATUAHENEGIMA, 1996; HULT; KETCHEN Jr., 2001; LEE et al., 2015). Segundo Kohli e Jaworski (1990), há três pilares considerados básicos na orientação para o mercado: (1) geração de inteligência; (2) disseminação da inteligência; e (3) capacidade de resposta. O primeiro pilar, geração de inteligência, é a análise dos fatores externos que. influenciam. as. necessidades. e. preferências. dos. clientes. (fatores. governamentais e concorrentes). A inteligência pode ser gerada por meio de fontes.

(27) 27. formais e informais, envolver dados primários e secundários, e ser de responsabilidade de vários setores da organização (KOHLI; JAWORSKI, 1990). A disseminação da inteligência, segundo ponto da orientação para o mercado, está relacionada como a inteligência deve ser comunicada e disseminada para os departamentos relevantes da organização, para haver a adaptação às necessidades do mercado (KOHLI; JAWORSKI, 1990). Por último, a capacidade de resposta, considera-se sendo ação tomada em resposta à inteligência gerada e disseminada. Ela resulta na escolha de mercadosalvos, projetos e ofertas de novos produtos e serviços, com o intuito de antecipar às necessidades dos clientes e trazer respostas favoráveis do consumidor final (KOHLI; JAWORSKI, 1990). Então, a orientação para o mercado é a organização gerar inteligência de mercado referente às necessidades dos clientes atuais e futuros, a divulgação da inteligência em todos os departamentos, e a ampla capacidade de resposta ao mercado (KOHLI; JAWORSKI, 1990). Então, o foco no mercado envolve orientar as atividades das empresas em satisfazer às necessidades dos clientes, visto que os consumidores estão cada vez mais organizados, possuem maior informação, e são mais exigentes (RUEKERT, 1992). Para Narver e Slater (1990), existem três componentes presentes na orientação para mercado: (1) orientação para o cliente, consiste no entendimento do público-alvo para estar apto a criar valor superior a esse mercado continuamente; (2) orientação para a concorrência, relacionada ao conhecimento das forças e fraquezas de curto prazo e das competências e estratégias de longo prazo dos concorrentes atuais e potenciais; e (3) coordenação interfuncional, refere-se a utilização coordenada dos recursos da empresa na criação de valor superior para compradores do público-alvo; tendo dois critérios de decisão, foco a longo prazo e rentabilidade. Segundo Ruekert (1992), a orientação para o mercado pode ser definida como o grau em que uma unidade de negócios obtém e utiliza informações de clientes; desenvolve uma estratégia que irá atender as necessidades dos clientes; e aplica essa estratégia por ser sensível às necessidades e aos desejos dos clientes. Portanto, segundo o autor, o desenvolvimento de uma orientação para o mercado, muitas vezes, representa uma mudança estratégica chave para uma unidade de negócio..

(28) 28. A orientação do mercado pode afetar características de inovação da empresa e o desempenho da mesma, por meio de alguns fatores: grau de novidade do produto, a forma do produto-empresa, vantagem do produto, trabalho em equipe interfuncional, e no desempenho da inovação (ATUAHENE-GIMA, 1996). Hurley e Hult (1998) acreditam que é raro encontrar uma indústria que não se envolve com inovação e reorientação permanente ou periódica, devido à natureza dinâmica da maioria dos mercados. Eles ainda apontaram que a partir de uma perspectiva de medição, a orientação para o mercado pode ser considerada como um conjunto de comportamentos e processos, não como um aspecto da cultura. Assim, a característica distintiva de orientação para o mercado é a atenção de todo o sistema aos mercados (clientes, concorrentes e outras entidades no ambiente) da organização (HULT; KETCHEN JR, 2001). Desse modo, a orientação para o mercado tem o objetivo de facilitar a capacidade da empresa em oferecer produtos e serviços com qualidade superior aos clientes internos e externos (LEE et al., 2015). Tseng e Liao (2015) consideram que as organizações orientadas para o mercado agem como sensores sensíveis para acessar as necessidades dos clientes e informações sobre a concorrência via o processo de recolha, partilha e respondendo o conhecimento do mercado. Em outra perspectiva, Santos (2014) analisou a relação entre orientação para o mercado e o desempenho organizacional, por meio da participação de 157 empresas brasileiras de médio porte do ramo industrial. A autora concluiu que existe uma relação positiva entre essas variáveis, além de capacidade de inovação de produto e a turbulência tecnológica. Então, ao longo das últimas duas décadas, pesquisadores investigaram vários antecedentes e consequências da orientação para o mercado, com o intuito de entender melhor seu desempenho nas organizações (KIRCA; JAYACHANDRAN; BEARDEN, 2005). A orientação para o mercado é importante no ambiente de mercado dinâmico, atualmente, visto que a concorrência e a incerteza estão cada vez mais intensas entre as organizações (LEE et al., 2015). Portanto, as consequências da OM podem ser percebidas na resposta dos consumidores, no desempenho do negócio e na resposta dos funcionários. Em síntese, o Quadro 2 apresenta as principais evidências teóricas encontradas nesta seção..

(29) 29. Quadro 2 – Evidências teóricas da orientação para o mercado Evidências teóricas Autores citados A orientação para o mercado possui relação. Atuahene-Gima (1996); Hult, Ketchen Jr. com o conceito de marketing.. (2001); Kohli e Jaworski (1990); Lee et al. (2015); Ruekert (1992).. As atividades empresariais voltadas para a. Hult, Ketchen Jr (2001); Kohli e Jaworski. orientação para o mercado buscam satisfazer. (1990); Lee et al. (2015); Ruekert (1992);. às necessidades dos clientes.. Tseng e Liao (2015).. A orientação para o mercado pode ser. Atuahene-Gima (1996); Kirca, Jayachandran. percebida ao relacionar com o desempenho. e Bearden (2005); Kohli e Jaworski (1990);. organizacional. Santos (2014). Fonte: Elaboração Própria (2017).. É possível identificar a evolução e a tendência em obter a relação entre a orientação para o mercado e o desempenho organizacional, conforme abordado nesta seção. Então, torna-se possível estudar essa relação, além da ampliação com outros fatores que podem influenciar o desempenho organizacional, conforme identificado por Santos (2014).. 2.2. Capacidade Inovativa de Produto A capacidade pode ser considerada como a habilidade para identificar,. assimilar e explorar o conhecimento do ambiente (COHEN; LEVINTHAL, 1990). A capacidade na empresa é tratada por Westphal, Kim e Dahlman (1985) como tecnológica, a qual é dividida em três tipos: (1) capacidade de produção, corresponde a competência da empresa em operar processos produtivos e adaptálos segundo às necessidades do mercado; (2) capacidade de investimento, é a necessidade para a expansão e o estabelecimento de novas plantas de produção; e (3) capacidade para inovação, referente as habilidades para conduzir e gerenciar atividades de criação e implantação de mudanças tecnológicas em produtos e produção, além dos processos organizacionais. Cohen e Levinthal (1990) sugerem que a capacidade tecnológica promove aprendizagem dentro da organização e gera inovações de produto. Em outras palavras, a capacidade tecnológica promove a criatividade de novos produtos, facilita a velocidade de desenvolvimento de produtos..

(30) 30. Então, a capacidade tecnológica desempenha um papel fundamental na inovação e no desempenho dos produtos especiais (MOORMAN; SLOTEGRAAF, 1999). Portanto, a capacidade tecnológica pode facilitar a exploração a um ritmo acelerado, de modo que se relacione com níveis cada vez mais elevados de exploração em atividades inovativas (ZHOU; WU, 2010). Vale destacar que lucrar com a inovação depende do acesso a capacidades complementares, especialmente em marketing e distribuição, sem as quais a ideia inovadora não pode ser rentável e comercializada (TEECE, 1986). Os fabricantes de equipamentos originais podem contratar capacidade, no entanto, para a realização desses contratos depende dos primeiros investimentos da empresa ou das condições de mercado (PLAMBECK; TAYLOR, 2005). Dada a intensa concorrência na maioria dos mercados, as empresas estão cada vez mais reconhecendo a necessidade e as vantagens do desenvolvimento de novos produtos regularmente, por outro lado, mudanças rápidas na tecnologia podem forçar as empresas a depender de conhecimentos e habilidades tecnológicas externas, além dos recursos tecnológicos internos (TSAI, 2009). Então, a inovação é fundamental para as empresas se adaptarem a ambientes turbulentos e alcançar uma vantagem sustentável diante a concorrência (ZHOU; WU, 2010). Segundo Tsai (2009), pesquisas anteriores sugerem que uma empresa pode avançar a sua inovação de produto, ao interagir com diferentes colaboradores, principalmente, fornecedores, clientes, concorrentes e organizações de pesquisa. Os fornecedores devem ser trabalhados por possuírem maior experiência e conhecimento abrangente sobre as peças e os componentes que podem ser cruciais para o desenvolvimento de produtos de uma nova empresa. Ao trabalhar com os clientes, há benefícios na identificação de oportunidades de mercado para o desenvolvimento tecnológico, como também reduz a probabilidade de má concepção nos primeiros estágios de desenvolvimento (TSAI, 2009). A operação com os concorrentes oferece algumas vantagens devido à cooperação e compartilhamento de conhecimento tecnológico. Além disso, devido ao incentivo dos governos, mais organizações estão buscando inovações de produtos, colaborando com universidades e instituições de pesquisa (TSAI, 2009). No domínio da inovação de produto, Zhou e Wu (2010) definiram a exploração como a utilização e aperfeiçoamento de conhecimento e competências no desenvolvimento de produtos existentes, visto que a exploração se refere à.

(31) 31. pesquisa e à busca de novos conhecimentos e habilidades no desenvolvimento de produtos. A identificação dos determinantes da inovação tecnológica tem sido estudada em uma perspectiva de economia industrial ou de gestão empresarial. Um foco particular tem sido o tamanho da empresa e a estrutura do mercado como possíveis determinantes da inovação (VEGA-JURADO et al., 2008). Em pequenas e médias empresas, a compreensão dos mecanismos do efeito de conhecimento externo, ao desempenho da inovação, é importante para explicar as políticas de inovação relevantes a essas organizações (MOILANEN; OSTBYE; WOLL, 2014). No âmbito das universidades, a ciência movida pela curiosidade aconteceu, principalmente, em todo o século XX, enquanto a responsabilidade pela adoção de novos produtos para o mercado foi deixada quase exclusivamente a empresas (MARTINEZ-SENRA et al., 2015). Vale destacar que a capacidade de desenvolver e comercializar novos produtos depende da competência da empresa para reconhecer o valor de novas informações dentro e fora da empresa, assimilá-lo e aplicá-lo para fins comerciais. Essas características estão associadas com o conhecimento científico e tecnológico da empresa, decorrentes do investimento em pesquisa básica (MARTINEZ-SENRA et al., 2015). Dawid et al. (2015) ainda apontaram que a capacidade de introduzir novos produtos é baseada em esforços de inovação da empresa, as mudanças são resultados endógenos de estratégias firmes e indústria dinâmica. Então, existe relação entre a capacidade inovativa de produto e o desempenho organizacional, como apontou Santos (2014). Portanto, para que a empresa melhore a utilização dos conhecimentos é necessário possuir capacidade de absorção. A elevada capacidade de absorção permite que as empresas reconheçam os valores de novas ideias e integrem-nas em seus esforços para o desenvolvimento de produto. Em contraste, uma organização com capacidade de absorção inferior pode sentir dificuldade em reconhecer o valor de novas ideias que surgem a partir de interações com seus fornecedores (TSAI, 2009). A pesquisa básica melhora a inovação de produtos, a curto prazo, por meio do reforço da capacidade de absorção (MARTINEZ-SENRA et al., 2015). De maneira sintetizada, é possível identificar as evidências teóricas desta seção ilustradas na Figura 3..

(32) 32. Figura 3 – Esquema da capacidade inovativa de produto Investimento. Necessidade Vantagem. Identificar, assimilar e explorar o conhecimento. Relacionamento com stakeholders. Capacidade. Tecnológica Classificações. Capacidade de absorção Influências. Tamanho das empresas. Concorrência dos mercados. Aprendizado. Produção. Inovação de produto. Investimento. Desempenho dos produtos. Inovação. Desempenho Organizacional Vantagem competitiva. Fonte: Elaboração Própria (2017).. Diante a Figura 3 e a apresentação da teoria ao longo desta seção, torna-se viável estudar a relação entre a capacidade inovativa de produto com o desempenho organizacional, assunto apresentado na próxima seção.. 2.3. Desempenho Organizacional O desempenho da empresa é um conceito amplo que abrange várias. dimensões, como o operacional, gestão e excelência competitiva de uma empresa e suas atividades (TSENG; LIAO, 2015). Favorece aos pesquisadores uma busca contínua quanto ao estabelecimento das implicações do desempenho para a condução estratégica de um negócio, por meio de métodos que visam à operacionalização deste desempenho (VENKATRAMAN, RAMANUJAN, 1986). Para analisar o desempenho de um novo empreendimento, Sandberg e Hofer (1987) propuseram um modelo em três vertentes: (1) as características do empreendedor, ao examinar a experiência anterior, idade e educação; (2) a estrutura da indústria sendo introduzidos, em termos da economia, estágios de evolução, estrutura, presença ou ausência de desequilíbrio, e suas barreiras à entrada; e (3) a estratégia de risco, descrevendo em centradas, diferenciadas ou indiferenciadas..

(33) 33. Para Sink e Tuttle (1993) o desempenho organizacional ocorre mediante um conjunto de dimensões: eficácia, eficiência, qualidade, produtividade, qualidade de vida, inovação e lucratividade. Lebas (1995) apresenta que o desempenho como uma relação causal entre dimensões que favorecem para o resultado da organização. O desempenho organizacional é definido, por Hult, Hurley e Knight (2004), como a realização dos objetivos organizacionais relacionados com a rentabilidade e crescimento em vendas e mercados de ações, além da realização dos objetivos estratégicos gerais da empresa. Os proprietários da empresa adotam o desempenho organizacional para acompanhar o cumprimento das metas e objetivos da empresa; investidores usam para medir o desempenho dos negócios e da produtividade, com indicadores financeiros específicos; a gerência utiliza o desempenho dos negócios para analisar o desempenho passado e fazer ajustes futuros, caso necessário; e os funcionários empregam o desempenho dos negócios para rastrear a produtividade em um esforço para cumprir os critérios de pagamento de bônus (LEE et al., 2015). Então, a medição do desempenho torna-se um elemento importante para o processo de controle gerencial em qualquer tipo de negócio e para todos os envolvidos na organização. Apesar da medição de desempenho ter um papel importante e reconhecido na gestão eficiente e eficaz das organizações, é uma questão continuamente debatida e crítica (KENNERLEY; NEELY, 2002), englobando os indicadores para mensuração. Os indicadores tradicionais, geralmente, são apresentados como financeiros, devido à facilidade de mensuração e controle, além da finalidade, em última instância, das empresas ser a geração de lucros (SOBRAL; PECI, 2008). No entanto, Manoochehri (1999) já tinha apresentado algumas limitações para esses indicadores: não demonstrar contabilmente a satisfação do cliente, na qualidade, na flexibilidade e na inovação; a objetividade da contabilidade deixa os demonstrativos inflexíveis para atender às necessidades dos produtos, processos, departamentos e equipes; a contabilidade desconsidera os ativos intangíveis; a base de dados contábeis utiliza dados históricos, afetando a capacidade das projeções de desempenho. Witt (2004) ainda aponta que os indicadores financeiros, comumente utilizados por grandes empresas, podem ser um problema para as empresas.

(34) 34. nascentes, por elas precisarem sacrificar lucro e fluxo de caixa para aumentar o crescimento. Ainda há possibilidade de dificuldade em obter essas informações, por organizações desse porte não serem obrigadas a divulgá-las. As medidas tradicionais apresentaram algumas barreiras para serem utilizadas, demandando uma necessidade de se utilizar indicadores de desempenho não financeiros, devido a três motivos: (1) limitações dos indicadores financeiros tradicionais; (2) pressão de competitividade; e (3) implementação de programas da Qualidade; os quais implicam no uso de indicadores não financeiros (DeBUSK; BROWN; KILLOUGH, 1999). Neely (1999) apresentou outras razões para o surgimento de novas ferramentas para medir o desempenho organizacional: mutação do trabalho, aumento da concorrência, melhorias específicas, prêmios nacionais e internacionais, mudança dos papeis organizacionais, mudança na demanda externa e o poder da tecnologia da informação. Então, o modelo proposto anteriormente por Delaney e Huselid (1996) para a mensuração do desempenho organizacional se torna válido, ao considerar algumas questões importantes, como qualidade do produto, satisfação do cliente, e desenvolvimento de novos produtos; podendo ainda haver associação com a gestão de recursos humanos. Os autores ainda destacaram o desempenho do mercado, este com foco nos resultados econômicos (DELANEY; HUSELID, 1996). Outro exemplo de avaliar o desempenho organizacional é caracterizado por desempenho de recursos humanos, fonte potência de vantagem competitiva, no entanto, destaca-se que apenas essa variável apresenta baixa expressividade sobre os recursos mais úteis de avaliação (HUSELID; JACKSON; SCHULER, 1997). Lee e Lee (2007) identificaram que as medidas de desempenho organizacional dependem do comportamento dos gestores e funcionários, a medição da gestão do conhecimento, sendo categorizados em quatro seções: medidas financeiras, capital intelectual, benefícios tangíveis e intangíveis, e um scorecard equilibrado. De acordo com Lin e Kuo (2007), a mensuração do desempenho organizacional está associada com dois fatores: (1) o desempenho de recursos humanos, abrangendo a relação entre gestores e empregados, atração, retenção e motivação de funcionários; e (2) o comportamento do mercado, o qual inclui margem de lucro, vendas e satisfação do cliente..

(35) 35. Boas (2015) propôs um modelo para mensurar o desempenho da empresa, que observa a quantidade de unidades vendidas, o tamanho da carteira de clientes, o faturamento, o lucro líquido e a quantidade de empregados. Em seu modelo, o autor considera medidas financeiras e não financeiras, assim é possível reduzir as limitações de cada maneira de medição, conforme apresentadas ao longo deste item. Para este trabalho, será adotado o modelo de Boas (2015), sendo adaptado para reduzir as limitações das medidas financeiras, será considerada a satisfação dos clientes, com o objetivo de ampliar o aspecto não financeiro das startups brasileiras. Santos (2014) apontou que a orientação para o mercado, a capacidade inovativa de produto e a turbulência tecnológica tem relação com o desempenho organizacional. Assim, esta dissertação adotará as variáveis OM e CIP para identificar a influência com o desempenho organizacional. Deste modo, mensurar o desempenho dos negócios tem sido um método para todos os stakeholders de uma organização, com o objetivo de observar e tomar decisões baseadas em dados acumulados (LEE et al., 2015). O Quadro 3 apresenta as evidências teóricas encontradas nesta seção. Quadro 3 – Evidências teóricas do desempenho organizacional Evidências Teóricas Referências citadas O desempenho organizacional possui um Hult, Hurley, Knight (2004); Lebas (1995); Lee et conceito amplo, relacionado ao empreendedor, al. (2015); Sandberg e Hofer (1987); Sink e estrutura, estratégia, qualidade e stakeholders. Tuttle (1993); Venkatraman e Ramanujan (1986). A medição do desempenho, mediante DeBusk, Brown, Killough (1999); Manoochehri indicadores financeiros, foi criticada por (1999); Neely (1999); Witt (2004). apresentar limitações. O desempenho pode ser mensurado por Boas (2015); Delaney e Huselid (1996); Huselid, indicadores não financeiros. Jackson, Schuler (1997); Lee e Lee (2007); Lin e Kuo (2007). O desempenho organizacional está relacionado Boas (2015); Santos (2014). com outros fatores. Fonte: Elaboração Própria (2017).. Portanto, ao analisar a literatura para a fundamentação teórica, identificou-se que alguns autores já tinham estudado as variáveis relacionadas com o desempenho organizacional, conforme apresentado no Quadro 4..

(36) 36. Quadro 4 - Variáveis relacionadas com o desempenho organizacional Variáveis relacionadas Sink e Delaney e Lin e Santos com o desempenho. Tuttle. Huselid. Kuo. organizacional. (1993). (1996). (2007). X. X. Capacidade Inovativa de Produto Orientação para o Mercado. X. (2014). Dawid et al. (2015). X X. X. X. Fonte: Elaboração própria (2017).. A partir dos cinco trabalhos observados no Quadro 4, foi possível observar que as variáveis escolhidas para identificar a influencia com o desempenho organizacional foram tratadas por outros autores. De modo semelhante aos autores apresentados nesta seção, a presente pesquisa busca analisar as influências existentes entre orientação para o mercado e capacidade inovativa de produto com o desempenho organizacional, além da mediação entre a OM e CIP para o desempenho organizacional, no entanto, será especificado para as startups brasileiras, assunto apresentado na seção 2.4. 2.4 Startups As startups são empresas em processo de construção, proveniente da união de empreendedores que se juntaram para concretizá-las (SALIM et al., 2003). Ries (2011) define startup como uma nova empresa que desenvolve um serviço ou produto inovador, em condições de extrema incerteza. É interessante destacar que as startups são empreendimentos com baixos custos iniciais e são altamente escaláveis, ou seja, possuem uma expectativa de crescimento muito grande quando dão certo. Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra característica das startups é possuir risco envolvido no negócio (SEBRAE, 2016). Para Blank e Dorf (2012), as startups não são versões menores de grandes empresas. As empresas executam modelos de negócios onde os clientes, seus problemas e as características necessárias do produto são pouco conhecidos. Em contraste, as startups operam em modo de “busca” por um modelo de negócio.

(37) 37. repetível, escalável e lucrativo, para minimizar o risco e otimizar as chances de sucesso (BLANK; DORF, 2012). Padrão e Andreassi (2013) destacam que as startups têm alto impacto no desenvolvimento econômico.. Esse impulso é devido aos seguintes motivos: (1). criação de empregos com altos salários; (2) geração de receitas para o governo e (3) em geral apresentação de baixo potencial de danos ao meio ambiente (BATTISTI; QUANDT, 2015). Então, o interesse em estudar as startups é atribuído, em parte, ao crescente reconhecimento concedido às startups na criação de emprego e serem motores do crescimento econômico de um país (HORMIGA; CANINO; MEDINA, 2011). Em outras palavras, essas empresas são conhecidas como uma fonte de geração de emprego, inovação e desenvolvimento, quanto maior o seu desempenho organizacional, maior a possibilidade de beneficiar a economia e a sociedade de maneira geral. Alguns autores categorizam as startups, por exemplo, Elfring e Hulsink (2007) adotam as seguintes categorias: independentes, spin-offs e incubadas. As startups independentes incluiem companhias que são fundadas por empreendedores que são parcialmente estranhos à indústria onde atuam (ELFRING; HULSINK, 2007). A categoria de startups spin-off inclui aquelas baseadas em ideias e conhecimento de pessoas inseridas em uma outra organização; os fundadores eram empregados em uma empresa estabelecida ou instituto de pesquisa dentro da indústria de atuação (ELFRING; HULSINK, 2007). Por fim, a categoria de startups incubadas é criada, fundada e construída dentro de uma incubadora de empresas e consiste de fundadores que são indiretamente ligados à indústria, pois eles aproveitam as relações da incubadora na indústria de atuação (ELFRING; HULSINK, 2007). Uma incubadora é resultado de uma. política. para. promover. a. criação. de. empresas.. Ela. fornece. aos. empreendedores a experiência, redes e ferramentas necessárias para que suas empresas tenham sucesso (PEÑA, 2002). Thornton (1999) já tinha informado que a localização das startups próxima de outras empresas é favorável por ter fornecedores e uma força de trabalho qualificada existente. Blank e Dorf (2012) explicam as categorias de startups em escaláveis e “compráveis”. As startups escaláveis são o trabalho de empreendedores de.

(38) 38. tecnologia tradicional. Estes empreendedores iniciam uma empresa acreditando que sua visão vai mudar o mundo e resultar em uma empresa com centenas de milhões/bilhões de dólares em vendas. Os primeiros dias de uma startup são sobre a busca por um modelo de negócios repetível e escalável. Esta escala exige investimento de capital de risco externo para acelerar a expansão. As startups escaláveis tendem a se agrupar em centros tecnológicos, como Silicon Valley, Xangai, New York, Bangalore e Israel, e constituem uma pequena porcentagem de empreendedores, mas seu potencial de retorno desmesurado atrai quase todo o capital de risco (BLANK; DORF, 2012). As startups “compráveis” são um fenômeno novo. Com o custo extremamente baixo, de desenvolvimento de aplicativos para web/mobile, startups literalmente podem se financiar em cartões de crédito dos fundadores e aumentar pequenas quantidades de capital de risco (BLANK; DORF, 2012). Portanto, as empresas que entram num mercado pela primeira vez o fazem, contribuindo com novos produtos ou serviços e oferecendo uma oferta até então não satisfeita numa área geográfica, alargando assim escolha do consumidor. Após a contextualização das variáveis e do objeto de estudo desta dissertação, o método desta pesquisa é exposto no Capítulo 3..

(39) 39. CAPÍTULO 3 - MÉTODO DE PESQUISA Este capítulo apresenta a metodologia da pesquisa. A primeira seção caracteriza a pesquisa; na segunda é apresentada a estratégia de pesquisa; a terceira seção define a população e amostra; na quarta seção são expostos os instrumentos e as estratégias da coleta de dados; a quinta seção apresenta o tratamento, análise e interpretação dos dados; por fim, a sexta seção, a abordagem da modelagem de equações estruturais.. 3.1. Caracterização da pesquisa Este trabalho utiliza a abordagem quantitativa e visa coletar dados a partir da. resposta de indivíduos, para posterior tratamento estatístico dos mesmos. Lopes et al. (2008) a classificam assim, pois permite identificar características populacionais que podem ser quantificadas. Também é qualitativa, por compreender as características das organizações. A pesquisa é considerada transversal, uma vez que os dados serão coletados na extração de apenas uma amostra da população, e as informações serão obtidas uma única vez no tempo (FINK, 2012; MALHOTRA, 2006). Neste estudo, tem-se o interesse em pesquisar, num determinado período de tempo, as associações entre os construtos teóricos considerados neste trabalho. A presente dissertação apresenta uma natureza aplicada, por gerar conhecimentos para aplicação prática. Pode-se afirmar que a pesquisa é classificada como descritiva ao procurar identificar se existe relação entre variáveis (FINK, 2012), por utilizar técnicas padronizadas de coleta de dados. Neste caso as variáveis são a orientação para o mercado e a capacidade inovativa do produto com o desempenho da empresa criada. Quanto aos procedimentos, esta pesquisa se enquadra como pesquisa de campo, por ter uma coleta de dados junto a pessoas, além da pesquisa bibliográfica, levantamento de referências teóricas já realizadas e publicadas cientificamente (COOPER; SCHINDLER, 2003). Ainda compreende o ex post facto,.

Referências

Documentos relacionados

Que objetiva produzir ou gerar novos significados durante a interação discursiva.. Assim, do nosso ponto de vista, relacionar algumas características dos programas de pesquisa

O setor de energia é muito explorado por Rifkin, que desenvolveu o tema numa obra específica de 2004, denominada The Hydrogen Economy (RIFKIN, 2004). Em nenhuma outra área

Os principais objetivos deste projeto são o aumento da rentabilidade da unidade de Vilela, através da imputação de parte dos custos fixos aos produtos

There a case in Brazil, in an appeal judged by the 36ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo’s Civil Tribunal, 36th Chamber), recognized

As análises serão aplicadas em chapas de aços de alta resistência (22MnB5) de 1 mm de espessura e não esperados são a realização de um mapeamento do processo

No primeiro livro, o público infantojuvenil é rapidamente cativado pela história de um jovem brux- inho que teve seus pais terrivelmente executados pelo personagem antagonista,

Com o intuito de promover saúde por meio de informação à população, foi desenvolvido um manual didático, de baixo custo, contendo 12 páginas de material informativo sobre a

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das