• Nenhum resultado encontrado

A prática do futsal e o rendimento escolar do aluno-atleta

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A prática do futsal e o rendimento escolar do aluno-atleta"

Copied!
35
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PEDRO HENRIQUE DE MEDEIROS SILVA

A PRÁTICA DO FUTSAL E O RENDIMENTO ESCOLAR DO ALUNO-ATLETA

(2)

PEDRO HENRIQUE DE MEDEIROS SILVA

A PRÁTICA DO FUTSAL E O RENDIMENTO ESCOLAR DO ALUNO-ATLETA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, campus Natal, como requisito para obtenção do grau de licenciado em Educação Física sob a orientação do Prof. Dr. Aguinaldo Cesar

Surdi.

(3)

Silva, Pedro Henrique de Medeiros.

A prática do futsal e o rendimento escolar do aluno-atleta / Pedro Henrique de Medeiros Silva. - 2018.

34f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação) -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Curso de Graduação em Farmácia. Natal, RN, 2018. Orientador: Aguinaldo Cesar Surdi.

1. Futsal - TCC. 2. Rendimento escolar - TCC. 3. Aluno-atleta - TCC. I. Surdi, Aguinaldo Cesar. II. Título.

(4)

PEDRO HENRIQUE DE MEDEIROS SILVA

A PRÁTICA DO FUTSAL E O RENDIMENTO ESCOLAR DO ALUNO-ATLETA

BANCA EXAMINADORA:

_______________________________________ Prof. Dr. Aguinaldo Cesar Surdi

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Presidente da Comissão Examinadora _______________________________________

Prof. Dr. José Pereira de Melo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Examinador Interno

_______________________________________ Prof. Elmir Henrique Silva Andrade Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Examinador Interno

Aprovado em ____/____/________

(5)

Dedico este trabalho às minhas avós: Terezinha da Silva Paiva (in memoriam) e Iraci Costa, pois ambas me acolheram nos momentos cruciais da vida e me ensinaram que educar é o maior ato de amor que se pode dar.

(6)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pois sem toda a sua dádiva e benção nada disso seria possível.

Aos meus pais: Francisco Eriberto Silva e Maria Margareth de Medeiros, e a todos os familiares, por todo o apoio e amparo, mesmo com todas as dificuldades que a vida nos proporcionou. Essa vitória também é de vocês.

À coordenação e todo o corpo docente do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio grande do Norte, por todo o conhecimento transmitido durante esses quatro anos de graduação, a estrutura oferecida e todo o suporte pedagógico, pois esse caminho foi trilhado a partir do esforço de cada funcionário e professor que faz parte deste estabelecimento.

Ao meu orientador, professor Dr. Aguinaldo Cesar Surdi, por toda a paciência, cobrança, exaltação e disposição em sempre ajudar na confecção deste trabalho.

Aos meus amigos da turma de 2014.1: Ailton, Airton, Christoph, Daniel, Elmir, Josewagner, Pablo, Roberto e Thaís, por todas as conversas, trocas de conhecimento, trabalhos realizados e jogos disputados. Certamente levarei com carinho os momentos que vivenciei e aprendi com cada um. A resenha com vocês nunca para!

Aos alunos e amigos que obtive ao ministrar os projetos de extensão: escolinha de futebol, voleibol para alunos/comunidade/servidores da UFRN e ginástica para servidores. Vocês me proporcionaram algumas das melhores experiências que já pude vivenciar, que é a transmissão de conhecimentos no qual pude ser o elo dessas trocas. A todos, o meu muito obrigado.

Às escolas estaduais: Escola Estadual Padre José Maria Biezinger, por ser o meu berço escolar e onde obtive todo o suporte para ingressar no ensino superior, e a Escola Estadual Peregrino Júnior, a qual me acolheu de braços abertos para a realização desse trabalho.

Aos meus treinadores, amigos e agora companheiros de profissão: George Alberto, meu professor de toda a carreira esportiva escolar, Luís Carlos, por me dar a oportunidade de continuar com os esportes no ensino superior e Hélder Moura, o qual este último infelizmente não tive o prazer de ser atleta, contudo me tornei um admirador ainda maior ao conhecer mais de perto o seu trabalho. Vocês foram os principais motivos que me levaram a confeccionar este trabalho, me ofereceram os olhos que para observar de maneira mais humana e intrínseca essa paixão que é o futsal.

Por último, mas não menos importante, minha namorada, companheira, amiga e pessoa mais empolgada com todo esse trabalho, Ana Cláudia. Demorou, mas finalmente podemos falar: agora vai!

(7)

Tendo em vista que observamos uma grande dissociação entre o esporte escolar e o rendimento escolar, pesquisamos sobre a relação entre o futsal e o rendimento escolar a fim de discutir qual a relação entre a prática do futsal e o desempenho acadêmico dos alunos-atletas. Para tanto é necessário verificar o rendimento esportivo dos atletas, avaliar seu rendimento acadêmico através de suas notas e os motivos que levam os alunos a praticarem o esporte na escola, além de observar qual a percepção dos professores em relação a esses alunos-atletas. Realiza-se então uma pesquisa qualitativa descritiva. Diante disso, verifica-se que a presença nos treinos implica diretamente no seu rendimento esportivo, as notas dos alunos se mostram muitas vezes inferior a média geral obtida pela escola, onde percebemos uma maior dificuldade entre as disciplinas que tratam com os números, enquanto nas disciplinas humanas, os atletas mostram um desempenho acadêmico superior ao encontrado no restante da escola, que os alunos buscam o esporte principalmente como forma para competir, se divertir e socializar e que também o esporte foi um bom auxiliar para a melhoria no desempenho acadêmico dos alunos, o que impõe na constatação de que nem sempre os bons atletas mostram ser bons alunos, contudo os bons alunos mostram-se ser bons atletas.

(8)

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 8 2. OBJETIVOS ... 9 2.1.1. Geral ... 9 2.1.2. Específicos ... 9 3. REVISÃO DE LITERATURA ... 9 3.1 A competição escolar: ... 9

3.2 Fatores que afetam o rendimento acadêmico dos praticantes de esporte escolar: 11 4. METODOLOGIA ... 13

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 14

5.1. Verificar o rendimento esportivo dos atletas...14

5.2 .Analisar as nota dos atletas... 15

5.3 .Identificar os motivos que levam os alunos a praticarem o futsal na escola ... 24

5.4. Identificar a percepção dos professores sobre os alunos praticantes do futsal. .... 27

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 28

7. REFERÊNCIAS ... 30

(9)

1. INTRODUÇÃO

No estado do Rio Grande do Norte, boa parte dos estudantes praticantes de esportes possuem um sonho em comum: disputar e vencer os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte – JERNS. Em sua maioria estão os praticantes de futsal, o qual é a única modalidade coletiva que atinge a todas as categorias disponíveis na competição: mirim, infantil e juvenil, nos gêneros masculino e feminino. Infelizmente a competição que deveria entreter, socializar, oferecer uma prática sadia e em alguns casos servir de porta de entrada para a prática do esporte de maneira profissional, é motivo de brigas, de cobranças exacerbadas pelo êxito e vitórias. Além disso, existe também o apelo comercial muito visto principalmente por parte das escolas particulares que se auto intitulam “multicampeãs” dos jogos escolares, as quais, em suma, foram apenas as primeiras colocadas nas disputas.

Parte desse apelo comercial parte dos treinadores – que, muitas vezes, sequer são profissionais de educação física devidamente formados – que fazem seu “currículo” apontando seus inúmeros títulos. Por muito tempo isso gerou uma supremacia de alguns estabelecimentos de ensino, os quais alternavam-se ano após ano como vitoriosos na maior competição escolar do estado, mantendo essa hegemonia muito fortemente, principalmente se comparados às escolas públicas do estado. Se um aluno se destacava em uma modalidade, logo se era oferecida uma bolsa de estudos para aquele jovem. Logo imaginamos ali uma oportunidade de crescer em uma realidade muito mais favorável se comparada àquela em que o aluno vivia, certo? Lamentavelmente não funcionava bem assim. Por vezes o aluno não estava no devido ano de ensino correspondente à sua idade e, em certos casos, ao extrapolar a idade máxima para competir, era desligado da escola. Em poucas situações a escola ofertava todo o suporte legalmente possível para que o aluno pudesse concluir a educação básica sem perdas educacionais.

Considerando esses fatores, a terminologia “aluno-atleta” não atende ao pé da letra seu significado devido ao fato de nem sempre o atleta estar ligado ao aluno. Por experiências pessoais, vivências em diversos grupos voltados para competições, pude observar inúmeros casos de alunos que, apesar de se mostrarem extremamente inteligentes taticamente, com ótimos desempenhos técnicos, não costumavam ser exemplos acadêmicos, acumulando reprovações culminando no fato de pouquíssimos ingressarem no ensino superior. Tratamos este trabalho com um cunho agregador para a temática, visto que a literatura nos oferece um pequeno suporte sobre o assunto e, com isso, poucos trabalhos tem o mesmo direcionamento que o nosso. Tendo isso em pauta,

(10)

9

buscamos traçar relações entre o aluno-atleta de futsal natalense e seu desempenho escolar e o porquê de existir essa dissociação entre esporte e escola. Investigamos como o esporte escolar pode interferir nas notas acadêmicas destes alunos, bem como os fatores que os levam a praticar o esporte na escola e qual a percepção dos professores em relação aos alunos-atletas. As respostas podem também ajudar a identificar os problemas na construção das competições escolares, assim como o que leva um pequeno número de alunos a continuar seus estudos, fomentando e incentivando a discussão sobre a temática e também apontar possíveis soluções para que o esporte seja agregado de forma harmônica à escola.

2. OBJETIVOS 2.1 Geral:

Discutir a relação entre a prática esportiva e o rendimento escolar dos alunos praticantes de futsal;

2.2 Específicos:

2.2.1 Verificar o rendimento esportivo dos atletas de futsal; 2.2.2 Verificar o rendimento escolar dos atletas de futsal; 2.2.3 Verificar o interesse de participação no futsal;

2.2.4 Identificar a percepção dos professores sobre os alunos praticantes do

futsal.

3. REVISÃO DE LITERATURA

Com o auxílio da literatura, trataremos sobre dois pontos fundamentais para a percepção deste trabalho: O que é a competição escolar e como ela está impregnada na nossa sociedade e quais fatores podem afetar positiva ou negativamente o rendimento escolar dos alunos que são praticantes de modalidades esportivas.

3.1. A competição escolar:

As competições escolares sempre foram alvo de muitas críticas por parte da sociedade, muitas vezes devido à sua visão exacerbadamente profissional. Contudo, outra parte também defende a importância desse tipo de disputa desde muito cedo. Sempre que se pauta sobre esse assunto, um lado apontará os aspectos negativos do outro e vice-versa, levando a um ciclo que parece não ter fim.

(11)

De acordo com Barbosa (1991) “o esporte na adolescência estimula a socialização, ocasiona maior empenho na busca de objetivos, reforça a autoestima, ajuda a equilibrar a ingestão e o gasto de calorias e leva a uma menor predisposição a moléstias”. Já Barros (1993) salienta que a atividade física é um importante auxiliar no aprimoramento e desenvolvimento de um adolescente, nos seus aspectos morfofisiopsicológicos, podendo aperfeiçoar o potencial físico determinado pela herança e melhorar o indivíduo para um aproveitamento de suas possibilidades. Traduzindo, ponto positivo para a atividade física. E como entra a competição nessa discussão? Segundo Marzinek e Neto (2007), o esporte e a competição são fatores internos de motivação intrínsecos, como por exemplo: força de vontade, prazer em realiza-los e atingir seus objetivos (...), o que pode ser complementado pela ideia de Junior (2009) que diz que a competição exacerbada resultante do esporte pode seguir uma ordem natural do afastamento de alunos que encontram maiores dificuldades para realizar atividades. Seguindo esse pensamento, já podemos concluir que o modo como o esporte é tratado na nossa sociedade é excludente desde muito cedo graças às bolsas oferecidas para “atletas” com nove ou dez anos. Como poderemos ter uma competição justa se escola X possui os 10 melhores atletas de nove anos de idade enquanto a escola Y possui 10 atletas que estão iniciando a prática esportiva com os mesmos nove anos de idade? Dificilmente veremos uma competição justa numa situação como essa.

Isso nos leva a outro ponto, pois “a competição pode trazer consequências indesejáveis (...) quando leva ao contínuo insucesso, resultando em frustração. E a continuada frustração se manifesta nas mais diversas formas de agressividade” (SETTINERI, RIES, TARGA, 1979, APUD VIACELLI, 2002). Em virtude disso, as competições escolares ganham importância demasiada na vida dos alunos. No estado do Rio Grande do Norte, os Jogos Escolares – JERNS – que são a maior competição escolar do país, reunindo 26 modalidades, dentre elas o futsal, que é disparadamente o mais praticado e o único presente nas seis categorias ofertadas – masculino e feminino nas categorias mirim (11 aos 13 anos), infantil (14 a 15 anos) e juvenil (16 a 18 anos) – possui apenas na categoria juvenil masculino, 67 equipes participantes (CODESP/RN, 2017). Realizar uma boa competição pode ser muito vantajoso individualmente falando, pois isso dará muitas oportunidades para que jovens de regiões carentes e com poucas perspectivas de crescer na vida possam receber uma bolsa de estudos e possam viver em uma realidade, muitas vezes muito melhor aquela que o estudante possui. Visto que boa parte dos melhores professores estão na rede privada de ensino, o quesito educação para

(12)

11

este jovem pode ser muito bem aproveitado desde que o mesmo demonstre esse interesse. O mesmo ocorre com a parte esportiva, pois ainda havendo diversas irregularidades – profissionais sem a formação devida para atuar na área, por exemplo – grande parte dos melhores profissionais esportivos se encontram também na rede privada de ensino. Ou seja, busca-se sempre os melhores para os mais ricos, enfraquecendo o outro lado da balança, tirando-se dos pobres aquilo que eles têm de mais “valioso”, visto que, uma vez que uma escola mais carente perde seu melhor atleta tecnicamente, dificilmente aquela perda será superada, o que levará a um declínio ainda mais acelerado daquela equipe. Recorrendo ao pensamento de Bracht (2005), que diz que o exemplo de esporte predominante no Brasil nos dias de hoje é o de alto rendimento, ou espetáculo, mesmo quando acontece na escola ou espaço de lazer, entramos no próximo ponto de discussão.

3.2. Fatores que afetam o rendimento acadêmico dos praticantes de esporte escolar:

Notamos que isto é algo que a mídia nos apresenta, e que sim, já chegou às nossas escolas mesmo que de forma “legal”: ao invés de utilizar-se cifras milionárias para contratar aquele jogador, oferece-se uma bolsa de estudos visando seduzir aquele aluno para uma melhoria de sua vida. E qual o problema em querer melhorar a vida daqueles que estão mais necessitados? A cobrança e as responsabilidades que isso trará para ele. Se tornar bolsista de uma escola muitas vezes implica em “esporte primeiro, educação depois”, já que se os resultados esportivos não forem atingidos, possivelmente as bolsas de estudo serão cortadas e, como o jovem quase nunca tem possibilidade de arcar com os custeios de uma escola privada, perde sua grande oportunidade. O que nos leva a notar cada vez mais a tentativa de profissionalismo precoce dos nossos jovens, o que muitas vezes acaba colidindo com os estudos, visto que ao se profissionalizar, costuma-se treinar em dois períodos, além de haver as viagens e competições. Fato esse apontado em uma matéria realizada por Gabriel Duarte e Luiz Martini ao site Globoesporte.com em 2016, quando foram levantados os dados das vinte equipes participantes da Série A do Campeonato Brasileiro de futebol daquele ano, no qual participaram mais de 600 atletas e apenas 15 (menos de 2% dessa população) chegaram ao ensino superior, de modo que encontramos alguns já concluintes, enquanto outros estão com cursos em andamento ou trancados. Podemos afirmar então que o esporte de maneira profissional se mostra um fator negativo para a educação devido aos raríssimos casos de sucesso em conciliar o esporte e a educação.

(13)

Voltando para o esporte escolar, tratá-lo como esporte de rendimento possui grandes problemas, conforme apontado por Kunz (1998): formação escolar deficiente – já citado no último parágrafo – unilateralização de um desenvolvimento que deveria ser plural, reduzida à participação em atividades, brincadeiras e jogos do mundo infantil que são indispensáveis para o desenvolvimento da personalidade na infância – leva a uma maturação precoce que pode acarretar futuramente numa estagnação de habilidades – além de problemas relacionados à saúde – como lesões provocadas por estresse repetitivo sem o acompanhamento e tratamento adequados. Por várias e várias vezes o esporte é tratado como a “Educação Física dos atletas”: são liberados das aulas de Educação Física pois representam a escola em suas modalidades esportivas, o que acarreta na impossibilidade de experimentar outras práticas, desenvolver habilidades fora do eixo do seu esporte, além da privatização das brincadeiras lúdicas. Por levar a essa maturação de forma precoce, no futuro isso pode ser um grande empecilho do seu desenvolvimento na sua própria prática esportiva. São inúmeros os exemplos de jovens e promissores atletas que são unanimidades antes da profissionalização, porém, por conta destes fatores citados por Bracht, não conseguem repetir seus feitos levando a uma aposentadoria muito jovem ou até mesmo afastamento total do esporte.

Conforme Pinni e Carazzatto (1978) citado por Rondini (2014):

A iniciação esportiva da criança deve obedecer a duas fases distintas: geral e especializada. Na iniciação geral, que se daria dos 2 aos 12 anos de idade, o objetivo maior seria a formação, preparação do organismo a esforços posteriores, desenvolvimento das qualidades físicas básicas e contato com fundamentos das diversas modalidades. Não deve haver uma preocupação centralizada na competição esportiva. Na fase seguinte, a partir dos 12/14 anos, o adolescente seria orientado para a especialização esportiva (PINNI E CARATTAZZO, 1978, APUD RONDINI, 2014, p. 2).

Ao destrinchar esses dois fatores, percebemos que eles estão interligados de forma quase inseparável: uma análise levará diretamente a outra. A competição vai implicar diretamente no desempenho escolar do aluno, porém a forma como ela irá implicar é que deve ser levada em consideração. O que leva ao sucesso ou não no desempenho acadêmico é o conhecimento obtido em sala de aula, que só é mensurado com horas de estudo e as notas ao final do ano, o que levará ao sucesso – aprovação – ou o insucesso – reprovação – daquele aluno. E levando em consideração essas vertentes, realizamos nossa pesquisa para sanar as dúvidas levantadas neste trabalho.

(14)

13

4. METODOLOGIA

A pesquisa parte de um caráter qualitativo descritivo, o qual, de acordo com Gil (2007) sendo citado por Nascimento (2010), tem como objetivo principal descrever características de uma população, de um grupo de indivíduos de uma mesma instituição, estabelecendo relação entre as variáveis, e, se possível, determinar a natureza dessas relações. A escola foi escolhida de forma intencional – Escola Estadual Peregrino Junior. Foram incluídos na pesquisa alunos participantes da equipe juvenil masculina de futsal da escola citada, os quais estavam cursando o ensino médio.

Como instrumento de estudo foram analisadas as notas dos alunos participantes da equipe de futsal da escola que treinam regularmente visando a participação em competições escolares. Participaram da pesquisa nove alunos ensino médio, distribuídos em: três alunos da primeira série, cinco alunos da segunda série e um aluno da terceira série, todos matriculados no turno matutino e devidamente frequentes nas aulas e treinos. Para efeito de análise, foram coletadas as notas dos quatro bimestres do ano de 2017. Os treinos da equipe se dão duas vezes por semana, sempre no contraturno dos estudantes, com carga de quatro horas semanais. Todos os alunos possuíam pelo menos três anos de prática do futsal, e como grupo, média de sete anos.

Avaliamos como desempenho esportivo as palavras do treinador, além de uma votação realizada ao final do ano para indicar quais foram os atletas destaques da equipe no ano de 2017.

Também foi utilizado o questionário adaptado de Gaya e Cardoso (1998) (Anexo 1) para mensurar o interesse na prática esportiva dos alunos selecionados, sendo este subdividido em três competências: competência desportiva, na qual os alunos elencam os principais objetivos para a prática do esporte; competência da saúde, que mensurou a importância da prática desportiva em relação ao bem estar físico; e a competência social, a qual deu a importância ao meio no qual o jovem atleta convive e o valor dado às amizades . O questionário foi aplicado aos alunos coletivamente após uma sessão rotineira de treinamentos, sendo explicada aos mesmos a intenção das respostas de cada item objetivamente. Responderam ao questionário quinze atletas, dos quais nove se encaixaram dentro dos parâmetros estabelecidos para a pesquisa.

Quanto aos professores, em um dia letivo de aula, o trabalho e seus objetivos foram expostos. Dos onze docentes presentes no dia, cinco se propuseram a colaborar com a entrevista. Todos eles tinham pelo menos uma aula semanal com todos os alunos participantes da equipe de futsal e possuíam, em média, sete anos lecionando na escola.

(15)

Além deles, a diretora, o vice-diretor e o treinador da equipe se dispuseram a responder qualquer tipo de questionamento. Foi realizada uma entrevista seguindo o roteiro (Anexo 2), de modo que observamos qual a percepção dos professores em relação aos alunos e identificamos o que levou a possíveis problemas em relação ao desempenho escolar dos alunos. Para complementar a coleta, foram feitas entrevistas não-direcionadas com os atletas para saber como se dava a relação dos alunos entre si, com a escola e as principais motivações ou empecilhos em conciliar a escola, o esporte e a sua vida diária.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1. Verificar o rendimento esportivo dos atletas

Para chegar a essas respostas, avaliamos o desempenho apresentado durante os treinos, onde foi levado em consideração a frequência nos treinos, a hierarquia para escolha do capitão e a votação realizada ao final do ano para eleger os atletas que mais se destacaram na equipe.

Dos 9 atletas que participaram da pesquisa, apenas dois perderam 6 ou menos treinos ao decorrer do ano – atleta 1 e atleta 2. Outros três atletas perderam entre 6 e 10 treinos – atleta 4, atleta 6 e atleta 8. Os demais não foram frequentes entre 10 e 15 treinos. No questionário respondido pelo treinador da equipe – que também é professor de Educação Física na escola – ele citou como fez a escolha do líder do seu grupo: “não uso um capitão fixo. Ainda estou fazendo um rodízio para identificar o melhor para assumir o posto. Tenho sempre 2 ou 3 atletas em mente, mas estou experimentando, dando a responsabilidade a todos”. Um dos pontos mais importantes para e escolha do capitão da sua equipe, segundo o treinador seria o atleta que possua “uma boa leitura do jogo. Que compreenda bem as táticas, que saiba identificar os principais jogadores e pontos fracos do adversário e que saiba dialogar, que saiba conversar e respeitar todos dentro do jogo”.

Considerando apenas a última competição do ano – o JERNS – no qual a equipe participou de oito jogos, tivemos o atleta 9 como capitão na primeira partida, o atleta 3 na partida seguinte, atleta 4 na terceira partida e o atleta 1 na partida seguinte, o qual herdou a braçadeira até o final da competição.

Por fim, um último dado levantado ao final das competições escolares de 2017: numa votação realizada pelo treinador da equipe com seus atletas, votaram para eleger o atleta-ouro da modalidade. Tivemos como vencedor o aluno 1, seguido pelo aluno 4 e

(16)

15

aluno 2 respectivamente. Na sequência tivemos: aluno 9, aluno 6, aluno 3, aluno 7, aluno 5 e aluno 8

5.2. Investigar as notas dos atletas

Gráfico 1 – Média geral em todas as disciplinas dos atletas

Nesse primeiro gráfico, podemos observar a média geral dos alunos, somando-se todas as disciplinas – 13 ao total. Notamos que tivemos três alunos reprovados – considerando-se que a nota mínima para aprovação é a média 6,0 – e seis alunos que atingiram a nota mínima para aprovação. Temos o aluno 1 possuindo a maior média geral dentre os participantes e, em contrapartida, o aluno 9 com a menor média geral. Apenas um aluno atingiu a média geral de 8,0 pontos, enquanto apenas outros dois alunos tiveram média superior a nota 7,0. É interessante apontar que dentre os fatores mais relevantes para o desempenho escolar estão as características da escola, da família e do aluno. Em relação à escola, consideram-se as condições físicas e pedagógicas da instituição escolar e dos professores que atuam nesse contexto (FORMIGA, 2004, APUD OLIVEIRA, 2014, p. 22). Também devemos considerar valores intrínsecos dos alunos, como sua vontade em concluir e/ou seguir os estudos e suas obrigações além da escola – como ajudar na renda familiar ou mesmo manter sua própria família.

Gráfico 2 – Média dos atletas na disciplina de Língua Portuguesa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 8,11

5,15 4,94

7,26 7,05 6,8 6,75 6,68

2,59

MÉDIA GERAL

(17)

Aqui observamos a média dos alunos na disciplina de Língua Portuguesa. Semelhante ao gráfico 1, temos o aluno 1 com a maior média e o aluno 9 com os valores mais baixos. E novamente temos seis alunos aprovados e três retidos nesta disciplina de vital importância, pois é o estudo da nossa língua nativa. Em consequência às baixas médias dos alunos reprovados, a média geral nesta disciplina foi bastante prejudicada, ficando abaixo dos 6,0 pontos.

Gráfico 3 – Média dos atletas na disciplina de Língua Inglesa

Seguindo com a média da disciplina de Língua Inglesa, temos novamente o aluno 1 com a maior média dentre seus companheiros de equipe. Contudo, apenas dois alunos ficaram retidos dessa vez e cinco alunos superaram a média de 7,0 pontos. Fato curioso se levarmos em consideração que nossa língua nativa é a Língua Portuguesa, matéria na

8,55 3,12 3,25 6,87 6,25 7,4 6,7 7,25 1,6 5,67 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

LÍNGUA PORTUGUESA

7,82 5,52 7,12 7,52 7,42 6,32 6,2 6,97 3,62 6,50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

LÍNGUA INGLESA

(18)

17

qual os alunos mostraram notas abaixo da Língua Inglesa. Possivelmente temos o caso no qual uma disciplina – Língua Portuguesa – tem uma cobrança maior em relação a outra – Língua Inglesa.

Gráfico 4 – Média dos atletas na disciplina de Língua Espanhola

Tratando de Língua Espanhola temos o aluno 5 com a melhor média dentre os nove atletas. Algo ainda não visto anteriormente, temos um único aluno reprovado nesta disciplina – aluno 9 – e consequentemente, uma das maiores médias gerais apresentadas por este grupo. E observamos também um fato similar ao da Língua Inglesa, de modo que, se compararmos com o estudo da nossa língua nativa, a cobrança se mostra menor nesse idioma estrangeiro.

Gráfico 5 – Média geral dos atletas na disciplina de Arte

7,87 6,45 7,25 6,2 8,1 7,67 6,95 7 2 6,61 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

LÍNGUA ESPANHOLA

8,25 3,37 2,37 8 7,12 6,75 6,52 6,62 0,75 5,53 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

ARTE

(19)

Voltamos a ter três alunos retidos na disciplina de Arte. Novamente em destaque o aluno 1 com a maior média dentre os dados apresentados, seguido pelo aluno 4 com média muito próxima. Novamente, em virtude da baixa média dos alunos reprovados, a média geral do grupo na disciplina ficou abaixo da média escolar, como poderá ser visto no gráfico 15.

Gráfico 6 – Média geral dos atletas na disciplina de Educação Física

Por coincidência – por serem atletas ou não – na disciplina de Educação Física obtemos a maior média do grupo estudado, mesmo tendo um dos alunos reprovados. É a matéria de maior destaque da equipe, na qual temos três alunos com média acima da nota 8,0 e outros três alunos com média superior a 7,0 pontos. Porventura, a maior média geral foi apresentada aqui.

Gráfico 7 – Média geral dos atletas na disciplina de Matemática

9,5 5,07 6,67 8,22 7,65 7,4 7,3 8,5 6 7,37 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

EDUCAÇÃO FÍSICA

(20)

19

Trazendo outra matéria básica da educação que nos acompanha desde os anos iniciais da escola, a disciplina de matemática apresenta a segunda menor média geral dentre todas as disciplinas estudadas. Temos quatro reprovações. Contudo, apenas três alunos ficaram retidos, pois o aluno 5 fez uso do recurso da dependência para, assim, passar para o ano letivo seguinte. Podemos considerar como um fator preocupante, pois além de ser uma disciplina que está na nossa rotina desde muito cedo, é fator determinante em vários âmbitos, desde a continuação dos estudos – independentemente da área, os números sempre irão nos acompanhar – e realização de concursos, até vínculos empregatícios. É algo que sempre estará no nosso dia-a-dia e saber tratá-lo deve ser algo primordial para não sermos passados para trás.

Gráfico 8 – Média geral dos atletas na disciplina de Física

8,87 3,12 2,25 6,37 5 7,25 6,87 6,07 2,82 5,40 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

MATEMÁTICA

8,5 6,65 4,37 7,52 6,1 6 6,15 6,12 0,87 5,81 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

FÍSICA

(21)

Com duas reprovações, observamos notas bem regulares dos alunos, sem um grande desempenho, com exceção do aluno 1 que superou a média 8,0. Novamente uma média que ficou abaixo se comparada à média da escola, devido às notas dos alunos retidos. Notamos a semelhança com a matemática em suas dificuldades, por muitas vezes também envolver cálculos. Isso nos leva a assumir que os números não costumam ser grandes amigos desse grupo de atletas.

Gráfico 9 - Média geral dos atletas na disciplina de Química

Novamente com duas reprovações ao total, a média geral esteve muito próxima de atingir um nível satisfatório – média 5,90 – porém ainda abaixo da expectativa de aprovação.

Gráfico 10 - Média geral dos atletas na disciplina de Biologia

6,37 6,5 4,62 7,25 6,87 6,25 7,12 6,12 2 5,9 0 1 2 3 4 5 6 7 8

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

QUÍMICA

8 1,87 4,5 8 7 6 6,77 4,12 2 5,36 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

BIOLOGIA

(22)

21

Mais uma vez, com quatro reprovações – e também a menor média geral – tivemos três alunos retidos. Novamente, um dos alunos – aluno 8 – se favoreceu do recurso da dependência. Como destaque, apenas o aluno 1 e o aluno 4, os quais atingiram a média 8,0.

Gráfico 11 - Média geral dos atletas na disciplina de História

Nesta disciplina podemos observar três alunos com média abaixo da nota de aprovação, o que acarreta numa média geral também abaixo da nota mínima de aprovação. Trazemos mais uma vez o aluno 1 com a maior média do grupo.

Gráfico 12 - Média geral dos atletas na disciplina de Geografia

8,35 5,4 3,87 7,1 7,1 6,37 6,35 6,07 2,45 5,90 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

HISTÓRIA

8,02 6,37 5,42 7,62 8,4 6 6,25 6,87 2,87 6,42 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

GEOGRAFIA

(23)

Aqui observamos o aluno 5 com a maior média dentre os nove atletas. Juntamente com o aluno 1, foram os únicos a terem média superior a 8,0. Temos dois alunos retidos, com notas abaixo da média de aprovação. Também temos uma das poucas médias gerais que estiveram maior que a nota de aprovação, com 6,42 pontos.

Gráfico 13 - Média geral dos atletas na disciplina de Filosofia

Apesar de nenhum dos alunos atingirem média acima da nota 8,0, as médias estiveram próximas da nota 7,0 e foram vistas em todos os aprovados. Com dois alunos retidos, a média geral, apesar de prejudicada, se mostra satisfatória se comparada às demais disciplinas já observadas.

Gráfico 14 - Média geral dos atletas na disciplina de Sociologia

7,12 6,87 5,42 6,8 6,75 7,12 6,75 7,25 2,65 6,30 0 1 2 3 4 5 6 7 8

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

FILOSOFIA

8,25 6,75 7 7 8 7,95 7,87 8 4,12 7,22 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 ALUNO 4 ALUNO 5 ALUNO 6 ALUNO 7 ALUNO 8 ALUNO 9 MÉDIA GERAL

SOCIOLOGIA

(24)

23

Com a segunda maior média geral, tivemos um aluno reprovado por nota. Boa parte dos alunos aprovados tiveram média superior a 7,0 pontos, o que eleva a média geral para 7,22 pontos.

Gráfico 15 – Comparativo da Média Geral da Escola e Média Geral dos Atletas de Futsal

Ao realizarmos uma comparação entre a média obtida pelos atletas e a média de todos alunos do ensino médio da mesma escola, observamos que em apenas cinco das treze disciplinas os atletas tiveram média superior à média do restante da escola. Isso nos mostra que existem muitas deficiências na educação do grupo de atletas, principalmente quando tratamos dos cálculos. Em contrapartida, quando observamos a área de humanas, notamos uma grande melhoria no valor das notas, o que pode implicar em pessoas mais críticas.

Observando a média das notas escolares dos alunos nas matérias oferecidas pela escola notamos que os alunos se mostraram com notas satisfatórias na disciplina de Educação Física, levando-se a obter a maior média dentre as treze disciplinas do ensino médio. Além disso, as disciplinas de Sociologia e Geografia, respectivamente, se juntam como as melhores médias do grupo de alunos-atletas. Quando comparadas as médias do ensino médio da mesma escola nas matérias citadas, acrescentando-se também as disciplinas de Língua Inglesa e Filosofia, os atletas da equipe de futsal possuem média

6,01 6,11 7,02 6,33 6,87 6,85 6,03 6,19 5,74 6,32 6,33 5,96 6,81 5,67 6,50 6,61 5,53 7,37 5,40 5,81 5,90 5,36 5,90 6,42 6,30 7,22 0 1 2 3 4 5 6 7 8

MÉDIA ESCOLA X ATLETAS

(25)

um pouco superiores à média geral da escola. Essa observação se relaciona com o trabalho realizado por Viacelli (2002) no qual alguns professores que participaram do trabalho citado relataram que

Com relação às outras disciplinas, normalmente a gente observa, quase que com a maioria, não digo 100%, mas com a maioria, que eles, quando se sobressaem na parte da educação física, na parte do atletismo, como atleta, nas outras disciplinas eles não se sobressaem a altura (...) ele vai se sair realmente bem na parte do esporte ou naquilo que envolve a parte de esportes

(VIACELLI, 2002).

Também se mostra condizente com a fala dos próprios alunos, pois alguns que planejam ingressar no ensino superior, se interessam pela área da Educação Física.

Paralelo a isso, percebemos que as maiores dificuldades são encontradas nas matérias de Matemática e Biologia – nas quais os participantes estão abaixo da média geral da escola – mas principalmente em Matemática, na qual percebemos o maior desnivelamento se comparada à média geral da escola e também verificamos que nessa disciplina as notas são as que estão mais abaixo da média de aprovação exigida. Outro fato negativo observamos no aluno 9, que traz várias reprovações: doze ao total de treze possíveis. Consequentemente, mostrou-se com a menor média geral dentre os alunos participantes da equipe de futsal (Gráfico 1) com média de 2,59 pontos. Em contrapartida, com melhor média temos o aluno 1, o qual atingiu média de 8,11 pontos. Sua maior dificuldade se mostrou na matéria de Química, com 6,37 pontos. Contudo, ainda obteve uma nota maior se comparada à média geral do ensino médio. De modo geral, percebemos que boa parte dos alunos possuem médias suficientes para aprovação, porém nada excepcional. Grande parcela dessas notas se mostram muito próximas da média de 7,0 pontos, média essa que, por exemplo, é a nota mínima de aprovação em boa parte das escolas particulares de Natal.

A seguir, analisamos as respostas obtidas através do questionário aplicado (Gaya e Cardoso, 1998), subdivididas nas competências desportiva, social e de saúde, buscando mensurar o interesse na prática esportiva.

5.3. Identificar os motivos que levam os atletas a praticarem o futsal na escola

Tabela 1 – O interesse dos atletas na perspectiva da competência desportiva

COMPETÊNCIA

DESPORTIVA VENCER

MELHOR NO

ESPORTE COMPETIR ATLETA

DESENVOLVER HABILIDADES NOVOS ESPORTES SER JOGADOR ATLETA 1 3 3 1 1 1 1 1 ATLETA 2 3 3 3 3 3 1 3 ATLETA 3 3 2 2 3 1 2 3

(26)

25 ATLETA 4 3 3 3 3 3 3 3 ATLETA 5 3 3 3 3 3 2 3 ATLETA 6 3 2 3 3 3 2 3 ATLETA 7 2 1 3 3 3 3 3 ATLETA 8 3 3 3 3 3 2 3 ATLETA 9 3 2 2 3 2 2 3 PONTOS GERAIS 26 22 23 25 22 18 25

Na competência desportiva, em sua maioria os alunos buscam se tornar atletas profissionais do esporte praticado. Contudo, confundem a ideia de ser atleta e ser jogador, pois ambas as pontuações se mostram fielmente iguais. Outro ponto é a iniciativa para vencer que se mostra presente em todos os alunos. Contudo, um aspecto que se mostrou de pouco valor foi o interesse em aprender novos esportes, que costumeiramente leva a uma especialização precoce e aqui, relembramos os aspectos citados por Kunz (1998) como grandes problemas do esporte de rendimento: a formação escolar deficiente, a unilateralização esportiva e reduzida participação em brincadeiras infantis.

Tabela 2 – O interesse dos atletas na perspectiva da saúde

SAÚDE EXERCITAR-SE MANTER SAÚDE DESENVOLVER MUSCULATURA BOM ASPECTO CORPO EM FORMA EMAGRECE R ATLETA 1 3 3 3 2 3 3 ATLETA 2 3 3 3 2 3 2 ATLETA 3 3 3 1 2 2 1 ATLETA 4 3 3 2 2 3 1 ATLETA 5 3 3 3 2 2 2 ATLETA 6 3 3 3 3 2 3 ATLETA 7 3 3 3 2 3 2 ATLETA 8 3 3 3 3 3 1 ATLETA 9 3 3 2 3 3 2 PONTOS GERAIS 27 27 23 21 24 17

No aspecto da saúde, 100% dos alunos buscam a prática como um exercício saudável, além de ser um auxílio na manutenção do corpo em forma. Devido a serem jovens e fisicamente bem ativos, o fato de buscar o emagrecimento com a prática esportiva mostra-se um ponto de baixo interesse. Também notamos que

O esporte além de ajudar na saúde desses futuros adultos, melhora muito a interação deles uns com os outros. O esporte enfatiza muito o trabalho

(27)

em equipe onde interagem, trocam experiências e se tornam mais humanitários. Aprendem a respeitar tanto o professor que os ensina como seus colegas, desenvolvem, a partir da autoestima, diversos conceitos em função dos diversos papéis sociais que terão que adquirir, por exemplo, como filho, aluno, colega, namorado e atleta (FARIA, 2005 APUD BORBA, 2014).

Tabela 3 – O interesse dos atletas na perspectiva social

SOCIAL BRINCAR GOSTO

ENCONTRAR

AMIGOS DIVERTIR NOVOS AMIGOS

NÃO FICAR EM CASA ATLETA 1 3 2 2 3 3 3 ATLETA 2 1 3 2 2 3 1 ATLETA 3 2 3 1 2 2 1 ATLETA 4 2 3 2 2 2 1 ATLETA 5 3 3 3 3 2 2 ATLETA 6 2 3 3 3 3 2 ATLETA 7 2 3 3 3 3 2 ATLETA 8 2 3 2 2 2 1 ATLETA 9 2 3 3 3 3 2 PONTOS GERAIS 19 26 21 23 23 15

Na tabela 3 observamos o alto valor de gosto pela prática do futsal aliado também ao nível de diversão e busca por novas amizades. Outro ponto em destaque é a fuga do ócio e possíveis problemas encontrados no ambiente familiar.

Com base no questionário aplicado (Gaya e Cardoso, 1998) o que mais atrai o interesse dos participantes na prática do futsal é a vontade de ser jogador, o gosto pelo esporte além do exercício físico e a manutenção da saúde. Devemos levar em consideração que todos os atletas praticam o futsal há pelo menos 3 anos e possuem média de prática de 7 anos. Outros pontos destacados são a vontade de vencer e a vontade de ser atleta no futuro. Vale ressaltar a igualdade nos pontos “ser jogador” e “ser atleta” – Tabela 1 – mostrando que na cultura dos alunos os dois termos são sinônimos, divergindo da definição encontrada no dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, no qual o termo jogador é “aquele que sabe jogar”, e atleta é o “praticante de esporte”. Assim podemos definir que atleta é aquele jogador que participa de competições oficiais oferecidas por federações e confederações regulamentadas, e jogador é o praticante de qualquer jogo não-regulamentado por federações e confederações. Resumidamente, atleta é o profissional do esporte – ou o mais próximo disso possível – enquanto jogador é o praticante amador que busca o lazer e a socialização.

(28)

27

5.4. Identificar a percepção dos professores sobre os alunos da modalidade esportiva em pauta: o futsal

Os professores que realizaram a entrevista se mostraram com falas bem genéricas e similares, muito presos às perguntas esboçadas no roteiro da pesquisa. Contudo, houve alguns apontamentos:

“Os alunos costumam ser bem sociáveis e alegres. Sempre respeitam o corpo docente e suas turmas” (professor 2).

“Estão sempre em bom astral, com suas brincadeiras. As vezes um pouco mais pesadas, mas não costumam soltar aquelas piadinhas desrespeitosas, sabe?” (professor 1).

Além disso, a fala dos professores sobre as dificuldades dos alunos também se mostra compatível com as palavras do treinador da equipe:

“Se mostram esforçados, têm vontade de aprender, apesar de alguns demonstrarem algumas dificuldades” (professor 4)

“Sempre tem um ou outro que tem maior dificuldades em entender a parte tática do jogo e assimilar algumas jogadas ensaiadas, mas principalmente tem dificuldades em fazer um tipo de marcação nova onde exige maior atenção na troca de posição” (treinador).

Como citaram alguns professores, um dos alunos – atleta 1- sempre se mostrou frequente, bem centrado quando se trata dos assuntos escolares, o que reflete em suas notas: foi o aluno com melhor média geral (gráfico 1). Embora mostrem-se mais esforçados do que em anos anteriores, com raras exceções, costumam ser alunos que estão beirando a reprovação e, em muitos casos, necessitam fazer uma prova de reposição para atingirem a média mínima para aprovação. Porém, as melhoras são perceptíveis ano após ano, como cita um dos professores, especificamente em relação ao atleta 4:

“Quando cheguei para lecionar aqui, ele sempre mostrou muitas dificuldades em aprender. Mas os anos foram passando (...) e ele foi melhorando. Principalmente quando começou o ensino médio – curiosamente mesma época em que o aluno começou a participar da equipe de futsal – se mostrou muito esforçado em aprender. Já melhorou muito em relação aos anos anteriores” (professor 4).

A diretora da escola também mencionou sobre os alunos que participam da equipe, não apenas de futsal, como também das demais modalidades esportivas:

Sempre dei muito apoio aos garotos para praticarem o que gostam. Ainda não temos nossa quadra finalizada, o que ajudaria muito né? Mas sempre que posso

(29)

ofereço uma ajuda, seja ir atrás de um ônibus para irem as competições, seja dando do meu próprio bolso um dinheiro pra passagem (...)sempre que posso estou ajudando e acompanhando as competições. Quero que eles sejam exemplos pros demais alunos, que eles também dêem menos trabalho aos nossos coordenadores (risos). Mas gosto muito do pessoal, dos professores que apoiam eles. Tanto os professores H, F, como também o G que é nosso coordenador, mas com todas as boas intenções treina a equipe de futsal. (diretora 1)

Com essas falas, podemos afirmar que os alunos, em sua maioria, demonstram algum tipo de dificuldade no aprendizado de novos conteúdos, apesar de se destacarem na capacidade física e, em muitos casos, na capacidade cognitiva, trabalhando a integração coletiva e a resolução mais rápida de problemas.

Ao final dessas observações, também devemos levar em consideração a realidade individual de cada aluno: alguns precisam conciliar os estudos com trabalhos desde cedo para ajudar na renda da família – aluno 1 e aluno 5 – enquanto outros vieram transferidos de outros estados e levaram algum tempo até se adaptar à nova rotina – aluno 8. Já há também os que desistem antes do final do ano letivo por motivos não justificados – aluno 9. Esses são dados que não entram na pesquisa, porém não podem ser desconsiderados quando tratamos dos objetivos individuais: são realidades que vão moldando as vontades dos alunos, pois devem escalar as prioridades para suas vidas.

Analisando todas as falas apresentadas, deduzimos que o esporte se mostrou como um ótimo auxiliar para os alunos que realmente demonstraram interesse: os que se empenharam para realizar um bom desenvolvimento acadêmico, também conseguiram desempenhar um bom rendimento técnico. Em contrapartida, quem não mostrou maiores empenhos acadêmicos, acabou ficando para trás atingindo a reprovação escolar.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho consistiu em analisar uma pequena parte da população praticante de futsal a nível escolar e procurou identificar quem é esse praticante e o porquê do seu desempenho escolar por vezes não se mostrar satisfatório para o seu nível de escolaridade. Como fator mais interessante, observamos que os alunos que se mostraram com bons valores técnicos e esportivos – aluno 4, aluno 2 e aluno 9, eleitos em votação interna – não se mostraram estudantes acima da média, tendo, inclusive, dois destes sido retidos. Temos outro caso de esforço que se mostrou com resultados satisfatórios – aluno 4 – que

(30)

29

mesmo mostrando algumas dificuldades, buscou a superação. Também temos o aluno com melhor média – aluno 1 – sendo eleito o maior destaque do ano de 2017.

Assim sendo, podemos concluir que, de fato, nem sempre bons atletas são bons alunos, mas bons alunos mostram-se ser bons atletas. Fato que foi comprovado tanto na média das notas obtidas como também pela singularidade na fala dos professores. O esporte se mostrou um grande auxiliar dos estudos. Apesar de existirem suas implicações contrárias, os alunos que mais se destacaram no esporte, também ganharam um bom destaque no rendimento escolar – aluno 1 e aluno 4 – os quais obtiveram as melhores médias, além de terem sido os principais destaques da equipe.

Contudo, não podemos tratar isso como verdade absoluta. Estamos lidando com uma amostra de um esporte, em uma escola, numa única categoria, em uma região que abriga os mais diversos grupos sociais, visto que a escola, por ser uma das maiores em termos de estrutura, atende várias comunidades da zona norte de Natal. Para maior entendimento sobre estas questões, um estudo que abrangesse tanto a rede pública (estadual e federal), quanto a rede privada, traria mais respostas e abriria um leque de opções para lidar com a atual situação.

Uma das possíveis saídas para o abandono dos estudos tão cedo e evitar a especialização precoce dos atletas seria evitar a distribuição de bolsas de estudos que envolvam o esporte para estudantes abaixo dos 14 anos. Ou seja, só seria permitida essa política a partir do ensino médio. De certo, podemos afirmar: a educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem (Freire, 1983).

(31)

REFERÊNCIAS

BARROS, R. Os adolescentes e o tempo livre: lazer – atividade física. In: COATES V.; FRANÇOSO L. A.; BEZNOS G. W. Medicina do adolescente. São Paulo: Sarvier, 1993.

BARBOSA, D. J. O adolescente e o esporte. In: MAAKAROUN, M.F.; SOUZA, R.P.; CRUZ, A.R. Tratando de adolescência: um estudo multidisciplinar. Rio de Janeiro: Cultura médica, 1991.

 BORBA, A. ESPORTE E ADOLESCêNCIA, UMA PRÁTICA

POSSÍVEL. Brasil: Efdeportes.com, Revista Digital, v. 195, ago. 2014. Disponível

em:

<http://www.efdeportes.com/efd195/esportes-e-adolescencia-uma-pratica-possivel.htm>. Acesso em: 17 mar. 2018.

BRACHT. V. Sociologia crítica do esporte: uma introdução; 3ª ED. Ijuí, Rio Grande do Sul, 2005.

 FREIRE, Paulo. Educação como práTica da liberdade, 1965. 16ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

GAYA, A.; CARDOSO, M. Os fatores motivacionais para a prática desportiva e

suas relações com o sexo, idade e níveis de desempenho desportivo. Perfil, Porto

Alegre, ano, n.2, 1998.

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, Secretaria do estado

da educação e da cultura: Coordenadoria de desportos – CODESP, 2017.

Disponível em <

http://www.educacao.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=141083&AC T=&PAGE=&PARM=&LBL=NOT%CDCIA>. Acesso em 02 mai. 2017.

 GOVERNO FEDERAL, Instituto Nacional de Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira. Disponível em

(32)

31

KUNZ, E. Transformação didático pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994. p.43-57.

 NASCIMENTO, Diego Ebling do; PINHO, Silvia Teixeira de; ANDRADE, Danièlle Müller de. A percepção dos alunos de ensino médio em

relação ao esporte escolar. 2010. 147 v. TCC (Graduação) - Curso de Educação

Física, Escola Superior de Educação Física, Pelotas, 2010. Disponível em:

<http://www.efdeportes.com/efd147/alunos-de-ensino-medio-em-relacao-ao-esporte.htm>. Acesso em: 14 maio 2017.

OLIVEIRA, Antonio Ribeiro de. A INFLUÊNCIA DO ESPORTE NO

RENDIMENTO ESCOLAR NA OPINIÃO DE ALUNOS E PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL CORA CORALINA DA CIDADE DE ARIQUEMES-RO. 2012. 50 f. Monografia (Especialização) - Curso de Educação

Física, Universidade de Brasília – Pólo de Ariquemes - Ro, Ariquemes, 2012.

Disponível em:

<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4562/1/2012_AntonioRibeirodeOliveira.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2018.

RONDINI, Otávio Machado; FATORES MOTIVACIONAIS QUE LEVAM

ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO ENTRE 15 E 17 ANOS A PRATICAREM FUTSAL. Minas Gerais: Efdeportes, 2014. Disponível em:

<http://www.efdeportes.com/efd189/fatores-motivacionais-a-praticarem-futsal.htm>. Acesso em: 02 ago. 2017.

VIACELLI, S. Desporto e rendimento escolar. 2002. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd55/despor.htm>. Acesso em: 03 abr. 2017.

 VIANA, M. B. X. A COMPETIÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. Brasil: Efdeportes.com, Revista Digital, v. 165, fev. 2012. Disponível

em:

(33)
(34)

33

ANEXOS

ANEXO 1

Questionário adaptado Gaya e Cardoso (1998)

1. Para Vencer 1 2 3

2. Para exercitar-se 1 2 3

3. Para brincar 1 2 3

4. Para ser o(a) melhor no esporte 1 2 3

5. Para manter a saúde 1 2 3

6. Porque gosto 1 2 3

7. Para encontrar os amigos 1 2 3

8. Para competir 1 2 3

9. Para ser um atleta 1 2 3

10. Para desenvolver a musculatura 1 2 3

11. Para ter bom aspecto 1 2 3

12. Para me divertir 1 2 3

13. Para fazer novos amigos 1 2 3

14. Para manter o corpo em forma 1 2 3

15. Para desenvolver novas habilidades 1 2 3

16. Para aprender novos esportes 1 2 3

17. Para ser jogador quando crescer 1 2 3

18. Para emagrecer 1 2 3

19. Para não ficar em casa 1 2 3

(35)

ANEXO 2

Roteiro para entrevista com professores

Como os alunos se comportam nas aulas? P; D; T

Costumam ser frequentes e participativos? P; D; T

Como é o relacionamento professor/aluno? P; D; T

Quais características são marcantes nos alunos? P; D; T; O comportamento no dia a dia reflete no comportamento/ desempenho

em quadra?

D; T

Existe algum tipo de “benefício” ou retorno para quem é participante da equipe de futsal ou de qualquer outra modalidade?

T; D

Como foi eleito o capitão da equipe e qual o relacionamento do grupo para com ele?

T

Referências

Documentos relacionados

Fonte: Relatório da Administração Correios 2013 Elaboração: Dieese – Escritório Regional São Paulo.. • Aumento de 34,5% na Receita

de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença

A primeira a ser estudada é a hipossuficiência econômica. Diversas vezes, há uma dependência econômica do trabalhador em relação ao seu tomador. 170) relata que o empregado

O candidato e seu responsável legalmente investido (no caso de candidato menor de 18 (dezoito) anos não emancipado), são os ÚNICOS responsáveis pelo correto

Notamos, portanto, que desde cedo Eça de Queirós já desenvolvia suas aptidões jornalísticas (apenas com 21 anos, no Distrito de Évora). Em maio de 1870 iniciou a

No primeiro livro, o público infantojuvenil é rapidamente cativado pela história de um jovem brux- inho que teve seus pais terrivelmente executados pelo personagem antagonista,

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

Diferentemente do BTCUSD, no gráfico semanal do BTCBRL temos topos e fundos mais altos, o que já define uma tendência de alta.. Caso o BTCUSD venha inclusive a buscar os USD 13.000,