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Resposta de doze cultivares de soja ao déficit hídrico num Latossolo Vermelho-Escuro de Cerrados do Distrito Federal II - evapotranspiração e extração de água

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Academic year: 2021

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II - EVAPOTRANSPIRAÇÃO E EXTRAÇÃO DE ÁGUA1

WALDO ESPINOZA2

RESUMO - Foi conduzido um estudo, sob condições de campo, no Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC/EMBRAPA), Planaltina, DF, visando determinar as necessidades dc água de algu-mas culti'ares de soja (Glycine max (L.) Menu!) bem como observar o comportamento de doze culti-vares ou linhagens quanto a sua evapotranspiração e capacidade de extração de água, em dois períodos de déficit hídrico, durante a época seca de 1979 e 1980. As cultivares Doko e Cristalina, quando irriga-das, mostram valores de evapotranspiração acumulada no período vegetativo de 650 e 604 mm, rcspec-tivamente. Os coeficientes kc da cultura variaram desde 0,3 no início do desenvolvimento, a 1,0 no máximo desenvolvimento vegetativo e 0,45 no período de maturação fisiológica. Sob condições de dé-ficit hklrico, não foi possível separar as cultivares com relação à capacidade de extração de água. A maior parte das cultwares mostraram, sob déficit hídrico, diminuição drástica da extração de água, 14-17 dias após a última irrigação. Em geral, 80% da água extraída pelas cultivares foi obtida dos pri-meiros 80 cm, o que explica a maior resistência da soja ao déficit hídrico em comparação ao milho ou arroz. A diminuição da extração de água da cultura parece estar associada aos reduzidos potenciais matriciais observados nas primeiras camadas do solo. Considerando-se que a maior parte da massa radi-cular (75-85%) se encontra nos primeiros 20 cm de solo, conclui-se que as raízes mais jovens, que, em pequena quantidade, se encontram abaixo dos 40 cm de profundidade, têm uma elevada eficiência de extração de água.

Termos para indexação: desenvolvimento radicular.

RESPONSE OF TWELVE SOYBEAN CULTIVARS TO WATER DEFICIT IN A CERRADOS DARK-RED LATOSOL OF THE FEDERAL DISTRICT.

II- EVAPOTRANSPIRATION AND WATER EXTRACTION

ABSTRACT- A field study was conducted during the dry season of 1979 and 1980 at the Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAcJEM B RAPA) Planaltina, O F. Brazil to determine water use and to observe the capabil tv of twelve soybean (Gfycine max (L.) Merri II) cultivars to extract soi 1 water when subjected to water stress. 'Doko' and 'Cristalina' cultivars when irrigated permanently showed values of total acumulated evapotranspiration of 650 e 604 mm respectively. Crop coeficieni kc ranged from 0.3 at initial development stages to 1.0 at fuli vegetative stage and 0.45 at physiologcaI maturity stage. Under water stress conditions it was not possible to separate cultivars in relatiori to its soil water extraction capability. Most of the cultivars showed a drastic reduction in water extraction 14-17 days a'ter last irrigation. In general. 80% of soil water extracted was obtained from the upper 80cm of sou profile, whicti helps to explain why soybean crops are more resistant to water stress than corn or rice crops. Reductions in water extraction seems to be associated to low soil water potential observed in the upper soil layers. Considering that most af the soybean roots (75-85%) were found in the upper 20 cm of the soil profile, it is concluded that younger roots found lo small amount below the sou 40 cm have a high soil water extraction efficiency.

Index terms: root development.

INTRODUÇÃO

A soja tem-se transformado desde 1973 numa das culturas mais importantes no Brasil Central. Segundo Vilela et al. (1978), "a região dos

Cerra-dos, por uma série de características (precipitação pluviométrica, temperatura, luminosidade e topo-grafia) e por uma relativa proximidade de grandes

Aceito para publicação em 16 de março de 1982. 2

Eng9 Agr9, Ph.D., Dept9 Diretrizes e Métodos (DDM) EMBRAPA, Ed. Venâncio 2.000, 99 andar, sala 913, CEP 70333, Brasília, DF.

centros consumidores, se constitui numa opção privilegiada para a expansão daquela cultura". Queiroz et ai. (1979) tm indicado que as exign-cias hídricas constituem um fator a ser

considera-do na adaptação da soja a uma dada região. A épo-ca de semeadura da soja recomendada para uma determinada região, além do fotoperfodo e tempe-ratura, depende das disponibilidades hídricas du-rante o ciclo da planta. Dado o caráter aleatório da precipitação pluviométrica, muitas regiões apre-sentam veranicos ocasionais. Estes podem afetar a

produção na medida em que atingem a Cultura em

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períodos críticos, causando flutuações na produ-ção de soja. Flutuações mais severas, como a que ocorreu na safra de 1977178, têm sido observadas, entretanto, a sua freqüência pode ser considerada baixa.

Diversos autores como Shibies et ai. (1975), Doss & Thuriow (1974), Doss et ai. (1974), Sojka et ai. (1977) têm observado que os rendimentos da soja no sudeste dos Estados Unidos têm variado consideravelmente de ano para ano. Eles atribuem este fato à falta de água em determinados perkdos críticos do crescimento. Doss et ai. (1974) indicam que a fase de enchimento de grãos seria o período mais crítico. Eles têm achado que a soja responde à irrigação e que as melhores respostas foram obti-das quando a irrigação foi efetuada no fim da flo-ração. Estas pesquisas têm sido confirmadas no irasil por Berlato & Bergamaschi (1979). Queiroz et ai. (1979) atribuíram uma redução em rendi-mento de 3.132 kg/ha para 1.526 kg/ha na cultivar Paraná após uma estiagem que coincidiu com o pe-ríodo de enchimento de grãos.

Espinoza (1982), trabalhando com cultivares em Planaltina, DF, nas épocas secas de 1979 e 1980, achou que a média dos rendimentos subme-tidos a 27 e 36 dias sem irrigação, após o início da floração, foi, respectivamente, 77 e 44%, do rendimento obtido com as doze cultivares irriga-das.

Na região dos Cerrados, foram sugeridas diver-sas alternativas para reduzir os efeitos da seca (Es-pinoza 1980), sob condições de campo, durante a época chuvosa. Entre as que mais se sobressaem estaria o uso de cultivares resistentes à seca.

O presente estudo visa fornecer informações em relação às características de extração e às necessi-dades de água da cultura da soja, como forma de contribuir para adoção das alternativas mais ade-quadas para reduzir os efeitos da seca ou para eventualmente recomendar irrigação suplementar.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi conduzido nas épocas secas de 1979 e

1980 (maio-outubro) no CPAC/EMBRAPA, empregan-do-se doze cultivares de soja em cada ano. As característi-cas químicaracterísti-cas do solo, climáticaracterísti-cas, fenológicaracterísti-cas, dc manejo da cultura, as cultivares e linhagens estudadas com e sem irrigação são descritas na Partc 1 do trabalho (Espinoza 1982).

Pesq. agropcc. bras., Brasilia, 17(5): 791-801, maio 1982.

Para avaliar o uso de água das cultivares ou linhagens, todas as parcelas foram irrigadas semanalmente até a épo-ca de floração, momento em que a irrigação da metade das parcelas foi interrompida por um período de 27 dias, em 1977, e de 36 dias, em 1980, após o qual a irrigação foi iniciada normalmente. A outra metade das parcelas foi irrigada semanaim ente sem interrupção.

No caso das parcelas submetidas ao déficit hídrico, a extração de água pelas cultivares ou linhagens foi avalia-da durante o período avalia-da seca, através de amostragens se-manais do solo para determinação de umidade, a cada

15 cm de profundidade, entre as fileiras, até 120 cm de profundidade. Neste caso a extração de água representa o somatório das perdas por evaporação, transpiração e drenagem.

No caso das parcelas irrigadas permanentemente, foi feito o balanço hídrico durante todo o ciclo de desenvol-vimento da cultura da cultivar Doko, no ano de 1979 e da cultivar Cristalina, no ano de 1980. A evapotranspiração (ET) foi calculada pelo método de Reichardt (1975). Nas parcelas estudadas, foram colocados tensiômetros, tripli-cados, nas profundidades de 15 até 120 cm, e as leituras registradas diariamente. Os tensiômetros foram calibrados para obter a relação entre tensão de água no solo e con-teúdo de água, sendo que y 45,71 x 021 com R2.0,94,

onde y= conteúdo de água (% volume) e x leitura do ten-siômetro, centibaxs. Para determinar os potenciais de água menores que -0,8 'Dars, em função da umidade do solo, foi utilizada a curva de retenção de água dos solos (Espinoza

1980). Os dados de condutividade hidráulica são aqueles determinados por Wolf (1975) no lugar do experimento. A evapotranspiração potencial (ETP) foi estimada a partir dos dados de evaporação fornecidos pelo tanque A, colo-cado a 100 metros do experimentos, sendo que ETP= Eva-poração tanque A x 0,85 (Espinoza 1979).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A evapotranspiração média mostrada pela cul-tivar Lo 75-2760 (Doko), em diferentes períodos, durante o experimento de 1979, aparece na Fig. 1. A mostrada pela cultivar Cristalina, em diferentes períodos do experimento de 1980, aparece na Fig. 2. Observa-se que, em geral, as curvas seguem uma tendência similar; a evapotranspiração atinge valores próximos a 2,0 mm/dia, nas primeiras fases de desenvolvimento, ascendendo em forma quase linear para atingir o máximo em torno de 6,5 mm/dia, após o início da floração, ou aos 60-70 dias após a emergência. Posteriormente, na medida em que começa a maturação fisiológica, a evapotranspiração diminui em forma evidente, atingindo valores de 3 a 4 mm/dia. Durante 1979 e 1980, os valores máximos de ET resultaram ser

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r P1, dl . d.tit4t hidricI E..gnci Mat,,a FIIoIoSico EL,,p. Tflo A *ET C.,11L075-2760 ETCflO;52760 :

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...

OWI!U P.9UU OLI "LI' LI UUIUI}1O NOV5!1UIO Data

FIG. 1. Características do evapotranspiraç& observadas na cultivar Lo 75-2760 (Doko), sob irrfgaçso permanente e sob déficit h(drjco1 durante a época seca do 1979.

Vagens

I

L

o

ET. Cv. Cristalina sem déficit h(drico

--- ----ET. Cv. Evap. Tanque "A'

... ...ET. Cv. Cristalina com déficit hídrico

2

O lO 20 30 9 19 29 8 18 28 7 17 27

Junho Julho Aosto Setembro Data

FIG. 2. Características de evapotranspiraço (mm/dia) observadas na cultivar Cristalina, sob irrigaço permanente esobdéficit hidrico, durante a época seca de 1950.

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similares aos valores de ET potencial (evaporação tanque A x 0,85), confirmando assim resultados previamente publicados (Doorembos & Pruitt 1975). Disto se deduz, mais uma vez, que o tanque A pode ser instrumento útil para predizer as neces-sidades de água das culturas. Nas Fig. 1 e 2, po-de-se observar também a grande queda em ET no caso das cultivares submetidas a déficit hídrico pe-la interrupção das irrigações. A queda não foi tão considerável no ano de 1979 como no ano 1980, e poderia ser resultante da menor magnitude do défi-cit htdrico cru 1979 (Espinoza 1982).

Na Fig. 3, podem ser observados os coeficientes de evapotranspiração (kc) da cultivar Cristalina, na época seca de 1980. Estes podem ser considerados como bastante similares aos valores obtidos com a cultivar Doko e variaram desde 0,3 nos primeiros estágios de desenvolvimento até 0,9 - 1,0 no máxi-mo desenvolvimento vegetativo, para sofrer uma queda até 0,45 na medida em que avança o proces-so de maturação. Isto confirma os valores exibidos na literatura por Doorembos & Pruitt (1975). Sendo kc - ET (cultura),/ETP os valores de

tanque A podem servir de ajuda no planejamen-to e prática da irrigação. Nas Fig. 4 e 5, podem ser observados os resultados de evapotranspiração acu-mulada (ETac.), obtidos no ano de 1979 com a cultivar Doko e, em 1980, com a cultivar Cristali-na. As curvas são aproximadamente similares e in-dicam que o total de ETac. atingiu 650 mm para a Cultivar Doko, sob irrigação após 150 dias de medição. A cultivar Cristalina atingiu, em 1980, no mesmo período e solo, um valor aproximado a 600 mm. A diferença entre as duas cultivares po-deria ser devida ao fato de a cultivar Cristalina apresentar menor área foliar que a cultivar Doko. Contudo os valores são bastante aproximados e po-dem ser considerados como válidos para o cálculo da dotação de água num projeto de irrigação. Car-valho et aI. (1975), em Dakota do Norte, EUA, achou uma ETac. para 90 dias de 457 a 475 mm, o que dá uma ET diária média de 5,0 - 5,3 mm/dia em comparação com 4,0 -4,3 rnm/dia para as con-dições do presente estudo.

Nas Fig. 6 e 7, podem ser observados os valores de extração de água acumulada no período de seca

O.. .nvoÍvImlfltO agem I Vogíal D..sn,01v4d01 FI.r.çS, Computa a c

a

o li a

Junho Julho Agosto Setambro Outubro Novembro Data FIG. 3. Variação dos coeficientes de evapotranspiração da cultura, kc, observados na cultivar

Cristali-na, sob irrugação permanente, durante as épocas secas de 1979 e 1980.

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5O 500 550 500 450 E 350 o 300 9- 250 a 200 w 1 50 1 00 50 0tb*flvølaini4flto MOljtnl - 5 E a- a a

UflI,O Julho Agosto StIImbro Oih labso N,e,lnbra tala

O 50 RJO - iO Dias após emerg.

FIG. 4. Evapotranspiraço acumulada (mm) mostrada pela cultivar Lo 75-2760 (Doko), sob irrigaço e sob déficit li ídrico, na época seca de 1979.

Co 1h .ta

- V8I*rSI a,Sdidul Valeras •ÍIinsÕilÕS 60 anaiS

O lO 50 30 $ IS 55 5 IS 25 7 li 27 7 li 27 5 IS 26

Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Data

FIG. S. Evapotranspiraç5o acumulada (mm) mostrada pela cultivar Cristalina, sob irri9aço permaneri-te e sob déficit hídrico, na época seca de 180.

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ares e e e 8- Cultiva,ev ,oa

FIG. 6. Evapotransp i ração acumulada (mm) mostrada por doze cultivares de soja, durante o período do déficit ti (drico, na época seca de 1979.

de 1979 (28.8 - 23.9). Em geral, no foi observada diferença apreciável entre as cultivares, dada a ele-vada variaçâo nos resultados. O problema maior re-side em que a técnica de determinação gravimétri-ca da água do solo no permite o grau de precisão necessário para separar as diferentes cultivares ou linhagens. De qualquer forma, a Fig. 7 indica que, no período de 3-14.9.79, se detecta, em todas as cultivares, uma diminuição da ET. Isto significa que as cultivares começaram a sentir a seca no pe-ríodo de aproximadamente 14-17 dias após a sus-pensão da óltima irrigação. Posteriormente, a re-dução em ET, a partir dos 17 dias após a iltima irrigação, foi notável e, com certeza, a maior par-te das cultivares já tinha sido afetada nos seus prin-cipais processos fisiológicos. Neste período, só foi possível medir a extração de água em algumas cui-tivares devido a problemas de amostragem de so-los.

A Fig. 8, obtida na época seca de 1980, confir-ma os resultados anteriormente mencionados. Des-

•0 E E J E o a c o a ai Cultivares Período: 28-03/09 Cultivares Período: 3-14109

IedseIfieaç5o dei CaIiovei

1 - LO 75-2760 2 - IAC •6 3 CPAC 7634 4- IAC- 7 5- IAC .2 6-CPAC- 1189 7-cPAc - 76-1139 8. LO 75-1410 9- CPAC - 76-1169 10- LO 76-2868 11-LO 75-1494 12- LO 75-2280 l2

Ri

Cultivares Período: 14-17109

FIO. 7. Evapotranspiração (mm/dia) mostrada por doze cultivares de soja, em trés períodos durante o regime de defi. ciência h(drica, na época seca de 1979.

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tras permitiu melhor avaliação da resposta das cul-tivares ao déficit hídrico. Observase que, em geral, a ET das cultivares sofreu uma queda considerável a partir de, aproximadamente, quinze dias após a suspensão das irrigações. Quase que todas as culti-vares começaram com uma extração de água de aproximadamen-te 4 mm/dia para chegar, após 36 dias, a valores de 0,8 - 1,3 mrn/dia. Sem dúvida que as reduções em rendimento das cultivares sub-metidas ao déficit hídrico (ver Parte 1) se devem ao fato de as extrações de água terem sofrido uma queda to acentuada. A cultivar Doko manteve uma ET relativamente elevada até os 23 dias após a última irrigação, mas ainda assim, sofreu uma gran-

no foi possível observar diferenças apreciáveis en-tre as cultivares ou linhagens testadas.

Quanto ás características de extração acumula-da de água, o estudo com a cultivar Cristalina mos-tra, como se observa na Fig. 9, que a extração de água é relativamente independente do estágio de desenvolvimento da Cultivar. Em geral, 60% da ex-tração acumulada de água foi efetuada na profun-didade 0-60 cm. Por isto, chama a atenção a carac-terística da soja (Cv. Cristalina) de extrair água,

pe-lo fato de a maior parte de suas raízes encontrar-se (aproximadamente 80%) na profundidade 0-20 cm (Fig. 10). Isso coincide com a informação contida na literatura. Al-Ithawi et al. (1980), Boyer et ai.

LO 75.2749 UFV- 1 4 3 2 O 10 20 30 40 1à 20 30 CPAC.54-T6 IAC-2 2. 0.758 IAC-6 C P A C 16-1189 C AC 74-550 C P A C 74- 1 1 59 LO 75-2760(Do) Cri.IQIir. LO 75-1494

1

40 O 10 20 30 40 O I0O4 O

Dias após última iulgaçffo

FIG. 8. Evapotranspiraço (mm) mostrada por doze cultivares de soja, sob regime de déficit h(drico, em funço do tempo após a suspenso da irrigaço.

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£itro56 G~Ulado dl 1 Utra06 qii,iIig dó dou 1%) (nt,udO t ... lodo dl duø 1%1 Eto.du ocumuIo di douu-1% 1

o0EO5oO o•oloo

0. 0 3, s 0b00

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VAP. 44- 54 DAf r&. Se UAP. 90.96

120

40

0

0

\ 76

100 24/06-07/07 17.24/07 2 04-10/05

DAP. 31.45

\

DAPu 55-12 D DAP. 104-110 120

D AP Dlii ipsi l,u.rIuIi

FIG. 9. Características de extração acumulada de água em funço da profundidade, mostrada pela cultivar Cristalina em diferentes períodos do ciclo de deserwolvimentO.

Soja cuil. Do ko Soja ciii C1sloIlna

% Diuttiuião ,iZul % DlitribuiçSo razsi

O lo 20 30 40 50 €0 80 90 100 O 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 E o o- lOOj 110 120j 1

FIG, 10. Distribuiço radicular %) em funço da profundidade do solo, mostrada pelas cultivares Doko e Cristalina. Sob irrigaço permanente e déficit hdrico. na época seca de 1980.

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(1973), Raper & Barber (1970) concluíram que, devido ao fato de as raízes velhas serem menos per-meáveis que as raízes jovens, a maior parte da água é extraída por estas raízes, normalmente a propor-ção menor de toda a massa radicular. Eles indicam que as raízes profundas (jovens) no perfil do solo extraem água mais eficientemente, por unidade de comprimento de raiz, que aquelas raízes mais pró-xirnas à superfície do solo. Eles atribuem esta ca-racterística à idade da raiz, e à menor competição que existiria entre elas.

A Fig. 11 ilustra a variação dos potenciais ma-triciais da água em função da profundidade do so-

-lo -1 -7 - 1 .2 .04 [.71 O lO 20 00 00 50 40 70 e 40 100 110 120 d.u*l. 1 e.

FIG. 11. Variação do potencial matricial em função da profundidade do solo, para diferentes cultivares de soja e em duas épocas de medição durante o período de déficit hídrico.

-*9

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o,,.. 0 II IS IS II 00 22 24

II... ti...

FIG. 12. Variação do potencial matricial em diferentes

profundidades do solo, em função do tempo após a última irrigação.

lo em duas amostragcns, durante o período de se-ca de 1979. Observa-se que os menores potenciais matriciais encontram-se na superfície do solo, mas, no primeiro período de 28.8-19, as quedas de potencial em relação às profundidades inferiores não são tão drásticas quanto no segundo período de medição em que o solo entre O e 50 cm se en-contra com potenciais inferiores a -10 bars.

Alimaras (1975) encontrou que a condutividade de água nas raízes diminuiu na medida em que de-cresceu o potencial de água no solo. A Fig. 12

mostra que a superfície do solo atinge potenciais matriciais baixos, apenas sete dias após o início do período de seca. As profundidades maiores mos-tram potenciais inferiores a -10 bars, após 19 dias de seca; somente a isltima profundidade estava.em

I404a • 20/2. /is LO-O OPO 74-1114 LO 75.2700 0790 71-1104 10790 01.110! LO 74.1*54 0P40 75.24 1 c 7 .(7) C'IJ LOS LO os-oito ' 00*0 71-114.

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condições de fornecer água à planta, mas

dificil-mente seria capaz de fornecê-la em taxa igual aos requerimentos da cultura e demanda atmosférica, de modo que a planta sofria de déficit hídrico.

CONCLUSÕES

1. A evapotranspiração, medida peio método do balanço hídrico sob condições de irrigação perma-nente, atingiu um total de 650 e 604 mm, para as cultivares Doko e Cristalina, nos anos de 1979 e 1980, respectivamente.

2. Os coeficientes kc correspondem àqueles des-critos na literatura. No início do período vegetati-vo so iguais a 0,3; atingem um máximo de 1,0 aos

60-70 dias após a emergência, e chegam a 0,45 no fim do período de desenvolvimento.

3. Sob condições de déficit hídrico, não foi

pos-sível medir a capacidade de extração de água das cultivares. No entanto, foi observado que na maior parte delas a ET diminuiu drasticamente 14-17 dias após a interrupção do fornecimento de água.

4. As cultivares de soja extrairam a maior par-te da água (80%) na camada de 0-80 cm do solo.

S. A diferença em produção entre as cultivares

de soja (Parte 1) pode ser atribuida à diferença em eficiência de uso de água entre cultivares.

6. Uma vez que a maior parte das raízes se en-contra nos primeiros 20 cm do solo, conclui-se que as raízes mais jovens, que se encontram a partir

dos 40 cm dc profundidade e em pequena quanti-dade, têm uma elevada eficiência d<5 extração de água.

REFE FIÉNC IAS

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