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Zero, 1987, nov.

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ZERO

Jornal laboratório do Curso de

Comunicação

Social da Universidade Federal de Santa Cata­ rina. Esta

edição

foiexe­ cutadana

madrugada

de seis de novembro de 1987.

Textos: Ana Cristina

Lavratti,

Ana Paula

Marcili,

Arley

Machado,

Carla

Cabral,

Carlos

Augusto Locatelli,

Da­ niel

Paim,

Dauro

Veras,

Débora de

Medeiros,

Ewaldo

Neto,

Fernando

Crocomo,

Ismail Ahmad

Ismail,

Ivonei

Fazzioni,

Joachim Herbert Sch­

mitz,

Luciano

Faria,

Luís Carlos

Ferrari,

Luís

Felipe Miguel,

Mário

Vaz,

Marques

Casara,

Milton

Spada,

Monique

Vandresen,

Ney

Pache­ co,

Phillipe

Arruda,

Ru­ bens

Vargas,

Sílvia Lara Zamboni e Carlos Hen­

rique

Guião.

Diagramação:

Ana Cris­ tina

Lavratti,

Analu Zid­

ko,

Denyris Rodrigues,

I1ka

Margot

Goldsch­

midt,

Ivonei

Fazzioni,

Mara Cloraci Arruda de

Paiva,

Marcos

Cardoso,

Monique

Vandresen,

Salete

Dalmoro,

Sabrina F. Franzoni e Joachim Herbert Schmitz.

Fotografia:

Carlos

Augusto

Locatelli,

Ivo­ nei

Fazzioni,

Phillipe

Arruda,

Fernando Cro­ como, Carla

Cabral,

Ana Paula

Marcili,

Da­ niel

Isidoro,

Joachim Herbert Schmitz.

Edição gráfica:

Ricar­ do Barreto.

Ilustração:

Frank Maia.

Coordenação

e super­ visão:

professores

Ricar­ do BarretoeLúis Alber­ to Scotto. Telefone:

(0482)

33-9215 Telex:

(0482)

240 BR

Correspondência:

Cai­ xa Postal

472,

Departa­

mento de

Comunicação

e

Expressão,

Curso de

Jornalismo,

Florianópo­

lis,

Se.

Composição,

revisão,

acabamentoe

impressão:

Empresa

Editora O Es­ tado.

Distribuição

Gratuita.

Circulação

Dirigida.

IMPRENSA

ESTUDANTIL

Jornal

diário

da

Vela

lucro

e

trabalho

Estudantes

fazem

o

Daily

Bruin

MODique

Vandresen

o

Dai/y

Bruinéo

jornal

dosestu­

dantes daUniversidade da Califórnia

(UCLA)

em Los

Angeles.

Seus dez mil

exemplares

circulam de

segunda

a sexta, no campus e em uma

á!ea

de 5

quilômetros

ao seuredor. O Jor­

naltablóide.de26

páginas,

é feitoex­ clusivamente

pelos

alunos, que che­

gam a trabalhar

quarenta

horas por semana em urna Imensasala, tendo

àsua

disposição

terminaisde compu­

tadores,

telefonese um bom labora­

tóriode

fotografia.

Segundo

o editor administrativo Robert J. O'Connor, osalunos que estãono Bruin o fazem por amor à

camisa,

pois

otrabalho é absorvente

e osalário pequeno. São 26

repórte­

res,quatro editoresesete

editores

as­

sistentes.Da editorachefeao

designer

gráfico,

todosiiã

redação

doBruin são

alunos, comexcessão do conselheiro de

publicidade.

. ..

Na

prática,

o Bruin se divide em

duaspartes:o

jornal

e a

publicidade.

Ao contrário dos alunos quetraba­

lhamna

redação

do

jornal

daUCLA, os que trabalham coma

publicidade

conseguem fazer um bom dinheiro.

Anúncios de restaurantes perto do campus, filmes e

lojas

serão capazes

desustentar o Bruin dentro de três

anos.Atualmente,àadministraçãoda

universidadesópagaosaláriodos alu­ nos.

Política nacionaleinternacionalge­

ralmente são tratadasnoeditorial.No­

tícias, Ponto deVista, Comentárioe

Esportes

sãoas editorias fixas, e as pautassão

decididaspelos

editoresde

cadaseção. O ritmo do jornalmuda

um pouco acada troca de editores. Não háumaregrafixa,masestastro­ cas

geralmente

acontecemacadaano.

Para a editorachefe,

Penny

Rosen­

berg,

o

Computer Graphic

FirstSis­ tem, usado desde82,

estáultrapas­ sado,eagoraa

principal

lutadoBruin

ésubstituí-loealcançarsuaindenpen­ dência financeira.

"ALGOA DIZER"

AUCLAtemseujornaldesde1919,

Tiragem

de dez

mil

exemplares

eaté meadosde 50foiconhecidocomo uma das

publicações

estudantis mais liberais. O nomeBruin, que vemde umursinho,mascoteda

universidade,

surgiu

em 1960.

Hoje

seuseditoreso classificam como um

jornal

modera­ do,quetentarecuperara

força depois

deum

longo período

emqueaadmi­

nistração

e oconselhoestudantil,radi­

calmente conservadores, direciona­ ram alinha editorial. Em 5(Fa chama­

da "Editorial" foi extinta, e

páginas

inteiras foram censuradas

pois,

segun­

dooconselho,só deveriamser

publi­

cadas

quando

tivessem"algoadizer".

"Alguns

argumentamqueo

jornal

universitário deveinflamar osconfli­ tos,estimularointeressedos estudan­ tes. Não é verdade. Nosso trabalho

é

simplesmente

colocarasnotíciasdo campusde umamaneira clarae

legí­

vel",diziaoeditorEdwardB.Robin­ son, em um

artigo.

Em 510 Bruin era um

jornal

radical de direita. A "clareza" das notícias docampus

pode

servistaemduasmanchetesde

janeiro

daquele

ano:

'�Sindicato

Socialista é

Subversivo" e�"AcusadosTrabalha­

doresSocialistas

Ligados

aComunis­ tas".As

eleições

paraeditor chefeaca­ baram, e o conselho agora indicava

seus escolhidos.

Segundo

Penny

Ro­

senberg,

naquela época ninguém

mais

lembrava doBruin críticoe da

força

deseueditorial.

Cincomembrosdo

antigo

conselho editorialresolveram

lançar

uma

publi­

cação querealmente representasse a

imprensa

estudantil.

Começaram

a distribuiro"Observar"nospontosde ônibus, sem apermissão daadminis­ tração.

Apesar

demoderada,a

publi­

caçãofoiconsideradasubversiva. Os custosde

produção,

no novosistema OffSet, eram cobertos por empresas

voluntárias,

e circulou um boato de que a

Fundação

Ford estaria colabo­ rando,masnada ficou

provado.

Há vinteanosqueoBruinvemten­ tandorecuperar-se deste

período.Ho­

je

oconselho estudantile a adminis­

tração

respeitam

a suaautonomia, e o

jornal

consegue colocarquestõesco­ mo asintervenções norte-americanas

na América Central e Oriente e a

apartbeid.

Surgem

os

alunos

correspondentes

À primeira

vista, editarum

jor­

nal diário de alcance internacio­

nal,

pode

pareceíozoucura. Lou­ cura ounão,foioque resolveram

em reunião noúltimo final de se­ mana,

alguns

cursos de comuni­

caçãoda

Europa.

Este

tipo

de ini­ ciativatem como

objetivo

levara

redação

até as

escolas, já

que a

situação

real do dia-a-dia nem

sempre está refletida nos cursos de

comunicação.

O

jornal já

tem a

participação

da

Grã-Bretanha,

Irlanda, Dina­ marca,

Holanda, Espanha,

Itália,

Bélgica

e

França.

Otrabalho será

realizado através do intercâmbio de alunos, troca de informações

e

jornais-escola

internacionais.

Neste último a maioriadas aulas

é

prática

e os alunos envolvidos

têm a

possibilidade

de acompa­ nhar todooprocesso

jornalístico.

Desde a reunião de pauta até a

distribuição

nas bancas e mesmo avendaao

público.

Essas escolas

ainda

dispõem

de

equipamentos

informatizadospara trabalhocom textoe

composição,

alémde estú­ diosde rádio televisão. No final do

primeiro

ano a

imprensa

regio­

nalofereceum

estágio obrigatório

e remunerado.

Uma dasidéias é utilizaras es­ colas de diferentes

países

como

'correspondentes estrangeiros'

e 'enviados

especiais'

desses

jor-nais-escolas. O

projeto,

financia­

docom recursosdas

próprias

esco­ lase

apoio

das instituiçõesacadê­

micas

européias,

V!:')11 a reconhe­ cer um aspecto

que-

não

pode

ser obtido

simplesmente

com um cur­ so de comunicação: o conheci­ mento.

O Jornal Diário Internacional atende ao

princípio

de que o

jor­

nalismoé uma

profissão

abertae

.

por issomesmo

sujeita

acontantes

transformações.

Alémde

permitir

oexercício daredação,este

jornal

possibilita

às pessoas escreverem sobre

qualquer

assuntode interes­ se dacomunidade. A loucurator­ na-se um exercício de

competên­

cia. .

P2

'

ZERO

NOV

-

87

Aluno

agora

trabalha': Zero

sai

na

madrugada

Samuel

Panteia

De

repente,

a sala de

redação

do Curso de

Comunicação

Social é um caldeirão de idéias. O co­

manda-nteLuiz

Alberto,

óculoses­ curosescondendoasdores da noi­

teem

claro,

caminhanervosamen­

te entreàs

máquinas

berrandoor­

dens."Trêsdenove,

baixinha,

pra

ontem!",

dispara

Scotto.

Na mesa de

diagramação

duas vezestrês tádandonove comore­ sultado.

Depois

de12horas detra­

balho,

afinal começa a choramin­ gar, na boca do

lobo,

mais uma

edição

do

"ZERO",

trazendoum

especial

caderno "Z".

Apurando

a

redação,

Kafka

-em

trajes

es­ curos - é só

concentração.

Ele

pára

uminstanteeobservao zum­ zum,

geléia geral.

Mas Kafka só

consegue

vercaras ebocas.A sala de

redação

está cheiade olhoses­

bugalhados,

rostos

brilhantes,

bo­ cas secas.Maispareceumaressaca

qualquer,

quem sabe transadano Condomínio

Europa,

na Trinda­ de. Oredator

logo

saideseudeva­

neio.

Dooutro lado do

corredor,

ou­

troComandantetambém deócu­ los escuros, secretaria a

edição.

Barreto,

serecuperada noitesem

dormir,

recuperando-se

junto

aos

alunos.Ele comanda:

"Apanha

o

catálogo

de título. Já disse quenão é para tirar

daqui". Alguém

uma

pancada

na

bunda,

o "ZE­ RO" chora.Nasceu.

(3)
(4)

A AIDS

explodiu.

Pacto de

morte

e

sensacionalismo

se

misturaram

na

intenção

de esclarecer

o

leitor.

E

até

a

Polícia

se

encarregou

de aumentar

a

confusão.

P4

'

.

'ZERO'

NOV

-

87

Marques

Casara

Umagarota

complicada,

que

segundo

a irmã tinhao hábito deassustara família

com mentiras sobre sua saúde e quena

última visitaaoRioGrande do Sul apareceu em casa comumapernaenfaixadae um olho

pintado

deroxo,

fingindo

umacidente,

foio

pivô

deumahistória

policial

emFloria­

nópolis

com

repercussão

nacional. Márcia

Re,;ma

Correada Silveira, 18 anos,foi presanodia18

passado '.acusada

por

Rosângela

Correia,aLU,de furtar

algu­

masroupas doseuapartamento,o821 do edifício

Helsinque,

nocondomínio

Europa,

naTrindade. Elacontouà

polícia

que Ro­

sângela

e seumaridoJoãoMachado,oDe­

dinho,

portadores

dovírusda

Aids,

faziam partedeum"pactode morte"com afinali­ dade de transmitira

doença

deliberadamen­ teparaum

grande

número de pessoas.Se­

gundo

Márcia,esta

contaminação

seriarea­ lizadacom a

utilização

da mesma

seringa

na

aplicação

de cocaínaeatravés de rela­ çõessexuaiscomvárias pessoas.

Essa mistura deAids,cocaínae

possibi­

lidade demortefezo

delegado

Elói Gon­

çalves

de Azevedose

imaginar

no

lugar

de ondenunca

quis

sair: os

jornais.

Márcia dissenãosaber da

doença

docasalno

princí­

pio,

edeclarouter

compartilhado

damesma

seringa,

apesar deum

primeiro

examenão

terconstatadoapresençado vírusno seu

or�anismo.

Tampouco

node Patrícia de Oliveira, moradora doapartamento841 do

mesmo

prédio,

que também foi acusada de

participar

dopacto,ouno examede "Pati­ nha",quemorava comelaetambém

parti­

cipava

das "sessões".

O

delegado

Elói

Gonçalves

deAzevedo, titulardo

Departamento

EstadualdeInves­

tigações

Criminais

(DEIC)

acreditou no "pactode morte".Declarouquesuasinves­

tigações

são baseadasem

depoimentos

de viciadosequecercade60 pessoas estariam

envolvidase

provavelmente

contaminadas

pelo

consumodecocaínanoapartamento. "alémdeque 600

pessoas

noEstado seriam

vítimas do

pacto'

. Afirmou também que

João e

Rosângela poderão

serindiciados

por homicídiono

artigo

121 do

Código

Pe­

naie tambémno 131. que puneapropa­ gaçãodeliberadade moléstiagrave.

CriançaProblemática Colocandoa

posição

de Elóicomoirres­

ponsável

e

inconseqüente,

umdos

advoga­

dosdocasal, NestorLodetti, dissequeo

delegado

"embarcou numahistóna de

criança problemática",

defendendoa

posi­

çãode que. "ele utilizouo caso

para

seauto­ promoversemmedir

conseqüencias,

como é deseufeitio". Defato,o

delegado

Elói tempouca coisanamão:dos cincoenvol­

vidos diretamentenas"festas" do edifício

Helsinque,

somentedoisapresentaramre­ sultado

positivo.

Se de cinco Elóierroutrês,

imaginem

de600-.

Sem provasconcretassobreasdenúncias,

Nestor

prevê

umaaçãocontrao

delegado

Elóietambémcontra"certos meios deco­

municação

queusaram o casode formasen­ sacionalista, apenascom

objetivos

lucrati­

vos".

Luís CarlosdosSantos,

delegado

de tóxi­ cosdo DEIC,confirma ainexistência de provas: "Temosapenas testemunhas".Mas

se dizconvencidodo

"pacto

de morte"e da

negligência

consciente do casalemofere­ cer as

seringas

contaminadas,nãotomando omínimo de cuidadoe

procurando

seisolar dos demaismembrosdo grupo.

LuísCarlosconsiderouqueaatitude de

Elói.apesar

de

impulsiva,

não

quis

criar

pâ­

nico. Disse ainda quea

posição

do chefe

doDEIC foidarum

"grito

de alerta" para a

população.

Falando do

espírito

impulsivo

do

delegado.

LuísCarlos lembrouum caso de tráfico decocaína,

quando

foi presoum

homememe'-Imenauquerecebiaa

droga

doMato Grossoefaziaa

distribuição

para

Itajaí,

Balneário Camboriúe

Florianópolis.

O

delegado

detóxicos tinhaa

intenção

de mantero caso em

sigilo.

para

chegar

nos "caras

quentes",

pedindo

quenada fosse

divulgado.

Mas Elói,

segundo

ele, "falou demaisparaos

jornais

e a

quadrilha

seante­ nou, tornando mínimas asesperanças de desbarataro

grupo".

LuísCarlos confessou nãoconcordarcom o

procedimento

deseu

colega.

Até agoraa

polícia

continuana estaca zero com

relação

ao"pactode morte".Sem. provase sem

testemunhasgsõ

sobraramas

páginas

de

jornais

comfotos de Elói fazen­

doeacontecendosemcomprovarcoisa al­

guma.

Mudança

de

comportamento

Pacto provoca

restrições

e

abstinência

sexual

carmsmha.Nãolevei,

porque

sou ata- . vordo atrito".

Nemtudoéretrocesso.Grandeparte

das pessoas ouvidas demontraramestar

encarando a masturbação de forma muito maisaberta, livre deculpas.Os homens descobriramque ela não faz crescercabelona mão, eas mulheres viram que não furao útero.nãocria

bigodenemfazasunhas caírem. Mas­

turbaçãoadois,então... éamoda da

temporada.

Outravantagemdessa onda toda é que, maisquenunca,otemasexovirou assuntodo dia para todasasfaixas etá­ rias.Hojehácriançasfalando desexo oralenquantochupammamadeira.de­

liciadascom omistériodotermonovo, Emmeioatantopãnicoesensacio­ nalismo, sempre há espaçopara boas doses deirreverência. Um conhecido

cabeleireirohomossexual da cidade descreveseudesesperocom asituação: "Tou dejejumhátantotempo,que de vez em quando tenho que botaruma bolinha denaftalinapra evitaromofo". Fala também sobreafreqüênciade rela­ çõessexuais:..

Agoratouigualahiena: transotrêsvezesporano eaindamorro de rir!"

Dauro Veras

Umdelessintetiza:"Anteseu erapassr-.

vooagorasoureflexivo".

Atémesmoospresos estão transando menos, conformeconstatou o diretor daPenitenciáriadeFlorianópolis,pro­ motorJoséDarciPereira Soares: "Te­ mostrêsapartamentospara os encon­ trosíntimos dos detentoscom suas com­

panheiras,mas emcertosfins desema­ na.sóumestáocupado". Um dos fato­ resque levaaisso éoregulamento rígi­

do, queexigeexames médicos e,uma série de outros

rpquisitos.

Mesmo as­

sim,é baixoonumeroderequerentes agozaremobenefício.Dos280 presos, apenas 10 tiveramencontrosíntimosem setembro. Emagosto,onúmerofoino­ ve.emjulho, 15.Medo?Sim,também lá dentro. Háalguns meses,a mulher

de um detento morreu de AIDS, ea

moçadanãoQuerarriscar à-toa.

Aarcaieae'desconfortávelcamisinha

de vênus voltouagoracomforçatotal.

Algunschegamàparanóiadeusar uma 'emcima daoutra, praprevenir.Rubens

ChavesVargasdocursodeJornalismo.

descreveseu drama: "Quando fuiao ENECOM(EncontroNacional de Es­ tudantes deComunicação)de Piracica­

ba,

minha

mãequeria Queeu levasse Já passouotempo dobicho-papão.

Indiscutivelmente.ostemoresdestefi­ nalde século são outros. "Vádormir, menino.senão-eu chamo um aidético pratepegar".quemsabeestafórmula Jánãoestá sendousadapelasmães mais

sádieas edesinformadas. comainten­ ção de amedrontarseusfilhos? Uma versãomoderna decontoinfantilpode­ riaserassim: "Eraumavezummonstro aidético chamado Césio,9,ue tinhao sangue azule cintilante...' Exagero?

Bom,talvezoterrornãosejaaindatão

grande. O fato é que elecorresponde

de formadiretamente proporcional à falta deesclarecimento.

Como

aparecimento

do vírusHIV,

muitoshábitos têm mudado, e verifi­ cou-secertoretrocessoemrelaçãoàre­

volução

sexual. Umapesquisaacu-radaI

comprovaria.

por

exemplo.

quemono­ gamia voltoua serprallcacomum,as­ simcomo umadiscriminaçãomaiordos homossexuais. "Até deixei de irao ca­

beleireiro", disse um entrevistado. E

�l� homo.comoestãovendo issotudo?

(5)

A

Freguesia

dos

motéis sumiu

Luís Carlos Ferrari

No

chamado

"baixo mundo" de

Florianpolis

caiu

como uma

bomba

o

estardalhaço

feito

pela grande

imprensa

sobre

um

suposto pacto

f�ito

entre

doentes

aidéticos para

espalhar

o virus.O

movimento

dos hotéis

e

dormitórios

que

recebem

casais

caiu

quase

à

metade

e muitas

pr<:>s�itutas

e

homossexuais

abandonaram

a

atividade.

O Hotel

Levi,

naRua Bento

Gonçalves,

01,

é

um

prédio antigo

de

dois

andares que

aluga

quartos

para

casais,a

Cz$

300,00

o

pernoite.

No

local também

se

hospedam

pessoas

de

passagem

pela

cidade,

menos

mulheres

desacompanhadas,

anãoser

que

estejam chegando

de

viagem.

Na

recepção,

duas

poltronas

de vulcouro

puído

,

�Ultas

folhagens,

dois

quadros

e umcrucifixo. Ao

lado de

um

calendário

tipo

folhinha,

o

mural

que ostenta,

junto

ao alvará da

polícia,

uma

certidão do

Departamento

Autônomo

de

Saúde

Pública

autorizando

o

estabelecimento

a

funcionar

como

"dormitório".

Atrás deuma

mesinha onde

estão-apenas

um

bloco para controle de

�.:;dagem

eum

cinzeiro,

Domingos

Joaquim Marques,

cunhado da

proprietária,

nashoras de

folga ajuda

na

recepção,

e

garante

que

o

movimento

continua

normal.

Na

saída,

entretanto,

umvendedor

de

cosméticos que

se

hospedara

por

uma

noite

no hotele

acompanhou

uma

parte

da -conversa

confidencia:

"IsS()

aqui

é

a

maior

espelunca

que

eu

vi". E isso

que

ele

trabalha autônomo

e

freqüentemente

se

hospeda

emhotéis baratos para

economizar.

"E só

bicha",

completa

ele,

indo embora.

Nas ruasé

quase

imperceptível

essa

retração.

Na

Francisco Tolentino

as

mulheres do bar Bem Bolado continuam

a mexer com os

homens que passam

e os

vigilantes

dosMóveis Silvae Pivel Veículos

não

dispensaram

suas

"namoradas"

ocasonais. Na

Conselheiro Mafra

aindahá

muitas

prostitutas

no

"trottoir",

disputando

osrarosclientes.

É

a

recepcionista

do Dormitório

Estevão,

umamulherde maisou menos35anos,

loira,

de

óculos,

que faz

as

revelações

mais

significativas.

Ela diz

que

omovimentode

casais

caiuemtorno

de 50%

nosúltimos .

tempos,

uma

queda

que

ocorria háuns

trêsmesesmas seacentuou

muito

nas

últimas

semanas. O

próprio

dormitório

tratou

de

tornar

alguns cuidados,

como selecionar as

mulheresetrocarsempre os

lençóis,

para

evitar

algum

comentário que

poria

fim

de

vez ao

negócio

cambaleante. As "meninas"

também

estão

tratando de

se

cuidar: asque ainda não deixaram a "vida

fácil"

sótransamcom

camisinha

e

reduziram

muito seus

parceiros.

A

exemplo

do que

acontecena

Conselheiro

Mafra,

a

procura

pelos

travestis

da

Praça

XV

também caiu à metade.

Volnei,

que

preferiu

ser

"Luana",

conta

que

muitos

homossexuais

abandonaram

a

praça,

com

medo

da

doença.

Elatemseus

parceiros

quase

somenteentre

homens

casados,

tambéin

homossexuais,

esóusa camisinha

quando

o

companheiro pedir.

Os

travestis,

umdos chamados

�pos

de

risco,

são os

que mais sofrem

discriminação.

Freqüentemente

eles são

hostilizados

e

"xingados

de

AIDS",

revela Luana.

.

Bido Muniz

Daniel

Paim

@

No meio

universitário,

o caso

da AIDS em

Florianópolis

reper­ cutiu de maneiraamena. Sem dis­

cursos

inflamados,

nem medidas radicais de

profilaxia.

A convivên­ cia continua a mesma. Na UFSC nãofoi

registrado

nenhumcasode

contaminação, pelo

menos até o baixamento dessa

edição

...

Em

princípio,

ninguém

seconsi­ dera

integrante

de

qualquer

dos gruposde risco. Essa

posição,

pa­ rece, é

pro-forma:

é

inexpressivo

onúmero de pessoasque

"ousa­ ram" fazerexamedesangue.Cau­ tela todos

prometem,

mas onível de

desinformação

ainda éelevado. "Até háumasemana eu via a AIDS como umacoisa dos gran­ des centros,

tipo

São

Paulo",

foi

o comentário de

S.,

24 anos, de Letras. Elanãose considera per­ tencenteaosgruposderisco. Afi­

nal,

"eu nãome

aplico

e nemchei­

ro porque não me

adapto

com a

coisa. Maso meu

companheiro

dá as suas cheiradinhas... Tudo

bem

Agora,

de

repente,

ele cheira

bebe,

pinta

umamina...

fica mais fácil a coisa acontecer.

Eu vou selecionar mais os meus com

panheiros.

"

"Não

transarmais! Essa a mi­ nha decisão até ter certeza de mim.

Que

não estou contamina­ da"

-B.,

24anos, das Ciências Sociais. Elaseconsioerade risco: "mantenho

relações

sexuais com

várias pessoas, sem

questionar

o

parceiro.

Difícil saber

qual

dos que transeiera

portador".

Os homens pensam diferente. Sãolacônicos. As

respostas

trans­ mitem

aparente

segurança. Com pequenas

variações,

todos afir­

mam: "não

participo

de nenhum dosgruposde risco." Deve ser a

associação

apressada

entreAIDS e homossexualismo.

Ninguém

j

I

(

l:

querdarmargem a

insinuações

...

Os cuidados serão tomados. Ha­ verá

restrições

nos contatos se­

xuais:"a

gente

temque sabercom quem anda. Ter certeza!"- é

a

opinião

de

Z.,

19 anos,da

Compu­

tação.

Masa

freqüência

dosconta­ tosdeverásermantida.

"Discuto o conceito de grupo de risco porque é muito

estigma­

tizante e não traduz a realidade endêmica da

doença",

éoque afir­ ma

T.,

24anos,da

Psicologia.

Ela

entrou em

pânico.

Chegou

"con­ denar à

balança"

alguns

dosseus

companheiros

sexuais. T. acha "muitosem

imaginação

morrerde AIDS. R-omântico,

ainda,

é mor­ rer de tubercolose como

antiga­

menteos

poetas

morriam...

"

Romântico ou

não,

o certo é que as

primeiras mudanças

de

comportamento já

começaram a se cristalizar. A moral vitoriana está de volta. Com

força

total. A

fidelidade,

que até há pouco não

importava

muito,

voltouaserexi­

gida.

Passou a ser uma

questão

de vida ou de morte. Como co­

mentou

S.,

"tenhoquelutar

pela

minha sobrevivência. Não quero

entrarem

pânico,

mas quero me mantersaudável!"

O debatesobrea"Síndrome da Imune-Deficiência

Auto-adquiri­

da" passou a ser assunto

obriga­

tório. Em

especial

naUniversida­

de,

onde vinte mil pessoas entre

alunos,

funcionários e-

professo­

res,convivemdiariamente.

(6)
(7)

o

robô

pianista

Primeiro

robô

do

sul

do

País,

com

tecnologia

alemã,

está instalado

na

Mecânica

Rute Enriconi

o

primeiro

robô industrial

da,

região

sul,

está instaladono Cen­

tro

Re�ional

de

.Tecnologia

emIn­ formática

(Certi),

naUFSC.OIP­ SO V15 fOI

adquirido

com afinali­ dade de desenvolver

pesquisas,

sensoramento e

aplicação

.de sol­

da�em

no campo da

robótica,

alem de

ajudar

empresas

que

usamefabricamrobôsindustnais

no

país.

O

IPSO V15 estásendo opera­ do por um

pós-graduando

e

pelo

professor

Geraldo da

engenharia

Mecãnica. Os acadêmicos docur­ so de

Engenharia

Mecânica não temacesso aorobô.

Segundo

Fer­ nando

Lafratta,

o mau condicio­

namento do

robô,

"pode

causar

acidentes

graves, e osalunosnão estão

capacitados

para

operá-lo,

quesetratadeum

equipamento

complexo".

Uma

das

vantagens

da

introdu-I

ção

da robótica nas empresas é quea

qualidade

de

produção

será, sempre a mesma,

enquanto

que

ohomem

pode

alterarsua

capaci­

dade

produtiva.

Muitas empresas brasileiras

estão introduzindo robôsem

alguns

setoresquemere­ cemmaior

atenção.

Um

computador

vai

permitir

tambéma

realização

de

pesquisas

edesenvolvimentodecomponen­ tesacessórios.

formação

derecur­ soshumanose

prestação

deservi­ ços

�o

campo da rohótica.

ALIENÍGENAS

�í

6ALER.�J

é ISSO

rvéRMO!

..,

)

AR�tSEfJÍO

...

JASC:

Importação

de

atletas

terá

Iimítes

típicos

e

evidentes

deste

pro­

blema. No

judô,

nada mais

nada

menos

do que

o

bronze

olímpico,

Walter

Carmona,

levoua

medalha de

ouro,re­

presentando

a

cidade de Vi­

deira.

"Walter

Carmona

era

ligado

a

Federação

Catari­

nense

de Judô

e

participou

dos

Jasc em

82.

Logo após,

ele

desligou-se

e retomou a

Federação Paulista,

voltando

a solicitar o seu retorno ao

nosso

Estado

este ano

para

competir.

Seu

pedido

foi ne­

gado

e

ele

impetrou

manda­

do de

segurança,

conseguin­

do

uma

liminar

judicial

libe­

rando-o

para

a

competição",

argumentou

Felipe Abrahão,

coordenador

de

Esportes

da

Secretaria

de

Cultura,

Espor­

tee Turismoe,

também

Pre­

sidente

do Conselho de Re­

presentantes

dos Jasc.

RESTRIÇÕES

EM

88

Novas

leis

regem a

inclu-A

importação

de

atletas

tira

o

caráter

dos

jogos

Joachim

Schmitz

Rubens

Vargas

\.

\

\

-�

-são

de

"super-heróis"

na

lista

de

atletas

dos

Jogos

Abertos

de Santa Catarina de 1988.

A

partir

do

próximo

ano os

competidores,

além de

serem

federados

emSanta

Catarina

e

homologados

pela

Confe

deração Brasileira,

deverão

cumprir

um

estágio

'dê,

no

míni

mo, 14 meses na cidade p

Ia

qual

irão

competir.

Como

exceção,

cada

município

po­

deráter na sua

delegação

no

máximo 2 atletas que não

cumpram

estas

regulamenta­

ções.

"Com isso

o

Estado

quer promover

o nosso

atle­

ta",

afirma

Felipe

Abrahão

mesmo não

acreditando que

a

importação maciça

tenha

desmotivado

os nossos com­

petidores.

Fidelis

Back,

dire­

tor

dos

Jasc,

diz que

o

nível

da

competição

cresceu muito esteano.

Agora

surge, inevi­

tavelmente,

a

dúvida sobre

o . motivo

deste

avanço.

Que

in­

fluência

teriam

os

"super-he­

róis

estrangeiros"?

RENOVAÇÃO

Atualmente a

espera por

resultados

imediatos,

a

glória

acurto

prazo, inibe

uma es­

truturação

sólida do

nosso es­

porte

amador. Isto

decorre,

pr

í

ncipalmente

rde um cres­

cente

apoio

da iniciativa

pri­

vadanesta área.

O interesse

destas empresas

não

ultra­

passa as

barreiras

do imedia

tismo,

sem se

preocupar

e

incentivar a

formação

de

es

colinhas. Dentro

desta

nov

perspectiva

no

esporte

catari

nense, a

questão

é

saber

at aonde

isto

prejudica

a

forma

ção

e o

surgimento

de

novo

atletas. Há

alguns

anos os

Jogos

Abertos de

Santa

Catarina

vêm

se

caracterizando

pela

importação

de

atletas,

uma

corrida

aos

grandes

centros em

busca de

melhores

resul­

tados.

A

verdade é que para

que

isto

ocorra,

para

o

pleno

. sucesso

desta

investida,

as

ci­

dades

y;ecisam

de

uma

boa

infraestrutura.

Estas condi­

ções,

sem nenhuma

dúvida,

algumas

cidades do

Estado

possuem. O

que se tem

ob­

servado,

então,

é

uma

hege­

monia

destês

municípios

nos

mais variados

esportes.

Este

fato seria

algo

muito

normal,

portanto

ao

verificarmos

a

origem

desses

atletas,

sem

nenhum

vínculo com a

cida­

de,

overdadeiro

objetivo

dos

Jasc,

que é

o

incentivo

aoes­

porte

amador. é

esquecido.

Nos

últimos

Jasc,

disputa­

dos

em Criciúma

de 17

a

27

de

outubro,

como num

pro­

cesso evolutivo

da

importa­

ção

que

atingiu

o nosso

Esta­

do,

as

torcidas viram muitos

estranhos

competindo

por

sua

cidade.

Nos

meios

deco­

municação

e nos

papos sobre

os

jogos,

o

espanto

era

geral:

a

importação

de atletas atin­

geum

grande

número dees­

portes.

alguns

exemplos

(8)

-REPRESSAO

o

eterno

dflema

do

sexo

Sexo

e

amor

são

tratados

como

se

fossem

segredo

Rosângela

Bion

Sabe

aquele

diaemqueo me­ nino resolve fazer uma pergun­

tinha. - Mãe eu

queria

saber

como eunasci. A mãe ficaapa­ vorada, não sabe por onde co­

meçar, mas num

ímpeto

coloca o menino no colo e... era uma

vez numa noite estrelada...

osexoédefinido

pelo

padre

Orlando Brandes como "um

domdocriadorparaaunião das pessoase

procriação"

evisto pe­ lo dr.NiltonCésar, terapeutase­ xuale

professor

de

sexologia

hu­ mana, como

"algo

que propor­ ciona prazer para as pessoas".

Algo

assimtão fortenãodeveria

enfrentar um silêncio tão pro­ fundo, como diria o

padre

Or­

olando,

"sintomático". Oucomo

enfatiza o

padre

Mira,

genera­ lizado: "a

família,

aescolaeaté a

igreja

secaiam". Emresposta o

jovem

buscaumcaminho

pró­

prio, conquistado

aduras

perdas

edescobreafórmula:sexomais amor

igual

emoçãoefelicidade,

segundo

odr. Nilton. Um belo

equilíbrio

afetivo.

Esta

história,

commuitosca­

pítulos

e fortes protagonistas, deveria idealmenteseiniciarem casa,com a

orientação

dos

pais.

Mas ainda existe muita distância entreoideale oreal. "Tudo que eusei

aprendi

narua comvaga­ bundos", declara Hamilton, 39 anos.

Os

pais

deveriam

pelo

menos resolveras

dúvidas,

tãocomuns nainfância,e

agir

com

naturali-Umprazerresponsável

pel?

equilíbrio

emocional

dade. Noentantoé sempre pre­ ferívelnãorepresentarumafalsa naturalidade do que dar amos­ tras de

repressão,

como a que o dr Nilton descreve. "O

pai

quersermoderninhoetomaba­ nhonu com afilha. Tudo muito bonitinho até a horaem que a meninamexe no

pênis

dele. Ele

A sexualidade humana éainda cercada de muitos tabus

levaumsustocai pra trás- Tira

amãodaí minha filha!"

CEGUEIRAE SURDEZ As

crianças

crescem.Uma sé­ rie de

experiências

levamoado­

lescenteaformarsuaidentidade

pessoal.

As escolas bem que po­ deriam orientaro

jovem

sexual­ mente, mas infelizmente ficam restritas

??

biologia

da

reprodu­

ção,

enquanto o "sexo recrea­

tivo",

comodenominaodrNil­ ton,é

ignorado.

A esta

cegueira

e surdezcor­

responde

umamensagemnítida

e embomsomdos meios deco­

municação

de massa, que ven­ demo sexo

fácil,

amulher libe­ radae osmodismos. "Vemsur­

gindo

muito sutilmente ahistó­ ria do orgasmo

múltiplo. É

ati­ rania do orgasmo:

primeiro

a mulhernemsabia que eleexistia e

hoje

se vê na

obrigação

de ter". Neste

depoimento

do dr Nilton

pode-se

observara

impo­

sição

da

ideologia

do prazer, ci­ tada

pelo padre

Orlando como umadas bandeiras da

ideologia

consumista do sistema.

Mas,

com televisão

ligada

ou

não,

são inevitáveisos famosos

conflitosde

geração.

Dos

quais,

felizmente,

o

jovem

temsesaído

muito bem. Primeirofoia revo­

lução

sexualdosanos70einício de80- o caraconheceagarota

num barzinho: batata-frita, cer­

vejinha

... meia hora

depois

es­

tãonuma cama.transamanoite

todae

beijinho;

beijinho, tchau,

tchau. Nooutrodiavemo

vazio,

ochamado "the

day

after". Esta

liberação,

iniciadacom a

pílula

anticoncepcional, levou as pes­ soas a se usarem comoanimais e a veremquenãoerapor aí.

"HOJEE MELHOR" Então surge a contra-revolu-,

ção sexual,

com uma novapro­

posta: buscar o verdadeiro

amor, construirum ninho e se

possível

até ter filhos. Mesmo queparatal nãoseutilizeos ca­

minlios oficiais. E nesse ponto a

igreja

reconhece o "inverno

profundo"

que estáatravessan­ doocasamento. Na

opinião

do

padre

Mira "umainstituiçãoque nãodácertoporque há todauma sociedade bombardeando e de­

gradando

afamília". Daí sóres­ taa esperança do

padre

Orlan­ do: "a

psicologia já

comprovou

�ue

ohomem

precisa

da

possibi­

lidade doamor

definitivo,

é por isso que o matrxaônio não vai

morrer, porque ele

pode

pro­

porcionar

esseamor".

O novo comportamento se­ xual

pregado

pela

contra-revo­

lução,

que

podemos qualificar

comoconservador, émesmoan­ terior à

mudança

de hábitostra­

zida

pela

AIDS,eda formacom quetem

conquistado

audiência,

parece queveiopara ficar.Nesse

ponto

odr Niltonnãomede elo­

gios

ao falar do

jovem

atual. "Ele émuito mais saudáveldo pontode vista sexual. Hámenos

malíciaemais

respeito. Hoje

mais

diálogo

e orapaztambém

participa

da

contracepção".

Por isso ele

proclama

o fim de

preconceitos

como a

virgin­

dade - "o caráter e a

integri­

dade deumapessoa não

podem

ficarrestritosa umamembrana, a uma

questão topográfica".

O

padre

Orlando assinaem

baixo,

a

integridade

estána

cabeça

da pessoa,no seucomportamento. A

virgindade

é só umconselho da

igreja

e numauniãotorna-se umdetalhe

insignificante,

diante doverdadeiroamor.

Muitos tabus assim como idéias

poéticas

e consumistas

cercam a sexualidade humana.

Todos são unânimes em reco­ nhecera

importância

doassun­

to, "Se não fosse isso o povo não vivia" afirma o sr Marino, de 55 anos. E

igualmente

todos se calam.Seráque faltaavisão

espiritualista

queo

padre

Mira pregae

prevalece

o

egoísmo

do homem

tecnológico,

criticado

pelo padre

Orlando?

Enquanto

a

orientação

de

pai

para filho não

funciona,

o

jovem

vaipas­ sando

pelas

mais variadas ten­

sões, na busca de uma vida se­ xual

equilibrada.

Equtlíbrio

que encontrou o

menino-que

naquele

dia ficou

conhecendo uma

história,

sem fadasnembruxas, mascheia de amor.A verdade fluiu

solta,

ga­

rantindoaexistênciade muitas outrasnoitesestreladas.

(9)

DESTERRADOS

Foragidoda

seca!

descobre

na

ilha

o

recanto

da

paz

Henrique

Guião,

Os sonhos foramos mesmosdetan­ tos e tantosnordestinos que fugiram dasecado sertão para buscar vidame­ lhornacidadegrande.Comumadife­ rença: GilsonSantana, 47,ummulato baixoeraquíticoveio pararemFloria­

nópolis. A princípiotrouxe amulher e mais doisfilhos pequenos que não resistiram ao frioe aoventosul que varriadiariamentetodosospequenos

pertencestrazidosemgrandestrouxas de roupas,alojadassobumapequena

ponte no bairro do Estreito. Pior de tudo: varreu asaúde'etodasasespe­ ranças que aindarestavam.Voltaram para a cidade natal, Quixadim, no Ceará.Gilson ficou. .

Apersistência deste cearense que se recusou avoltarepadecer.na seca nordestina encontrou apoio em pro­

gramas de assistência da Prefeitura

Municipal deFlorianópolis que atra­ vésdealberguesparaindigentes,con­

seguiu alojá-loporalgumtempo.Pou­ cotempo. A vontade de vero mar maisumavez,alémdaquelavisãores­ tritaconseguidacommuitoesforçope­ lajanelade umônibusemplenaBR

101,na suavinda,encurtou suaestadia nocentrodacapital. Porintermédio deummapa turístico depraiasdo lito­ ral de SCe com aajudadeconhecidos, pessoas que casualmente encontrou

no seu caminho, pegouumOnibuse

parouemNaufragados,extremonorte da ilha. Não voltou mais.

Situadaa uns35 kilômetrosdocen­ tro,Naufragadosconservaaindauma beleza selvs gem e uma monotonia

quebradaapenas por pequenos grupos de pescadores. Agora mais um fato contribuía paratornarapraiamais pe­ culiar: Seu Gilson.Nordestino, sozi­

nho,escrevia paraosparentesdoou­ trolado doPaísuma vezpor mês. Mas nãomandavaacarta,poisnãogostava depisarnacidade."O cheiro é muito ruim". Ficava por lá. Pescavacom an­ zolecatavamarisco. Tudocom aaju­ da dos velhos

pescadores

que até de­ ram umamãozinhanosprimeirosdias.

Montaramumabarraca de lona atrás deumranchinho ondeguardavaas ca­ noas eensinaramaartede saber pegar umbompeixe.Nem sempre davacer­ to. Sem sabernadar,Seu Gilson não podiasair depertodos costõesde pe­ dras. Tinhaumpouco de medo.

Orgu­

lho também. Porsuacontituiçãoffsica nãoser das melhores, adoença não

pediu licença para abatê-loe jogá-lo nacama,oumelhor,numaesteiraes­

tendidanochão.'

Sem contar com qualquertipo de assitênciamédica,ospoucos morado­ res da regiãocontam apenas com a sorte eum pouco da boa vontade de

alguém que coloque em um barco e atravesseascorrentezasqueseparam Naufragados da praia do Sonho no continente. Ou queencare umacami­ nhada durante umahora nummorro até chegaremCaieira doSul, último

pontoda ilha ondepode-sechegarde carro ouônibus.

João:

depois

da

penitenciária,

para semprenoMorro

Morro

do

Horácio

a

prisão

na

favela

com

o..,prgulho

detersevirado sozi­

nha todosesses anos eportercons­ truídosua casademadeiranumter­ renooferecido

pela

penitenciária.

Umpoucomaisabaixonadescida domorro,moradonaBraulina Car­ valho,viúva, hojemorandocom um ex-setenciado. "Foi uma

briga

em Xanxerê,há16anos.Acabei beben­ do demaisemateium

primo-irmão

daminhamulher,que não

quis

vir

comigo",

disse o marido de Brau­

lina.Ele

chegou

na

penitenciária

es­ tadual em 71 e um

"no depois já

freqüentava

oHorácio para namo­ rar a atual

companheira.

A pena diminuiu desetepara três ano. Em74,novamentelivre,João ficou pra sempre no morro e

hoje

temumbotecoque

algum

dinhei­ ro.

"Aqui

asituaçãode todomundo é

igual

a nois,seu José, seu Bene­ dito,seuJuventinoemaisum mon­

tãodegente

passou

pela peniten­

ciária,moram

aqui

massãodo inte­

rior, e não voltarão mais para lá.

Voltam àsvezesparaaprisão",

O MORROE

XANXERE,

CHAPE­

•••

PLÁYGROUNDE GALINHAS

Porém, nessa

primeira

etapa, a

vala é cobertacomconcreto, sobre o

qual

foramconstruídos

alguns

can­

teiros de flores. No último

estágio,

no

l'0nto

mais alto domorro,o mau cheiro se

espalha

portodaa parte. Ali,

não existem mais canteiros

floridose os

dejetos

são

jogados

di­ retamentenavala, que aospoucos

vai

adquirindo

umacoloraçãoescu­ ra,misturadaà espuma queseforma nos cantosdas valetasmenores.

As

pedras

nomeio doesgotocum­

premuma

dupla função:

servemde

ponte ede

"play-ground"

para as crianças.Nãohánem murodesegu­

rança.Porcos, cachorros,

galinhas,

ratos, sapos e crianças convivem

num mesmo espaço. A

prefeitura

aparece de vez

enquando:

em

épo­

cas de

eleição

oupara cobrartaxas

demanutençãoe

serviços,

que não existem.

A margem dos casebresedos bar­

racos,sobreviveumcomércio diver­

sificado.

Pequenas

vendascomercia­

lizamcaixasdefósforos, pães,bana­ nas,balas,

refrigerantes,

farinha,sal

eazeite. Entreospequenos botecos,

trabalham lavadeiras,costureiras e

traficantes.Tudonum mesmo mun­ do.

Otelefone

público,

ofusca 66 in­

crementadonagaragem

improvisa­

dae osomestridente que sai de den­ tro dobarraco, não modificamem nadaa

imagem

domorro.No Horá­ cio,aúnicaesperançasãoasquatro

igrejas

que funcionam

espalhadas

pela

favela.DuassãodaAssembléia de Deus, uma é católicae outra é

presbiteriana.

Apesar

das diferen­

ças, todas utilizam um mesmo dis­ curso: "a

pobreza

existepor obra

do destino, Deus

quis

assim,

amém".

o Zero foi

ver

onde

estão

os

sonhos

dos presos

Fernando

Crocomo

Luciano

Faria

Não é um morro

qualquer.

Mes­

mo com umavaladeesgotos passan­ doporentreascasas,ele

guarda

his­ tóriasdecrimese a

chegada

de mui­ tasfamílias vindas do interior do Es­

tado,

desesperadas

pára

ficarem

maispertodoparente presono casa­ réu, na Trindade. A maior parte

vemdooeste.'Deixamaroçaepara

lánãovoltam mais.

Tudo começouem1956.A

prisão

do marido forcoua

mudança

dePi­ ratuba para rlorianópolis, onde construiuseu barraco no morrodo

Horácio, local

próximo

à

peniten­

ciária. Foram doze anos

passando

miséria parasustentar os cinco fi­ lhos."Vendi tudo

pelo

primeiro

pre­

ço queme ofereceram. Fui

obriga­

da". Com umtrabalho nacidade e

"plantando

arvoredo"nofundo do terrenoemquemora,Arcíliaconse­

guiu

manter a família. Doze anos sepassaram,omarido

cumpriu

ape­ na,mas avidacomelenãofoi mais

possível.

Hoje

com mais de sessenta anos ela ainda cuida dos filhosmenores,

Braulina: acolheu

João

Aqui,

aoinvésda tãosonhadaca­ saedo emprego seguro, sóencon­ trambaixossalários.Empoucotem­ po,conhecemocrime,seenvolvem com o roubo,descobremummodo

eficaze rentável <'!

ganhar

avida.

Depois

são presos. A famíliavem em

seguida,

para ficar maisperto doparente.

OmorrodoHorácio

pode

serdivi­

dido em trêspartes. O começo, à

beira da Lauro Linhares, constitui umdosmetros

quadrados

maiscaros

da cidade.Ali,são

erguidas

asmais

lindas

mansões:

N�

segunda

part�,

aparecemospnmeirossmaisdami­ séria. Uma valaonde são

jogados,

além do lixo

produzido pelos

filhos de classe médiaas fezes da maior parte da

população

é a

paisagem

principal.

MasseuJoãonãovaimaisvoltar pra

lugar

nenhum.Vai ficar alimes­ mo no Horácio, morro que tem a cara dequem passou

pela peniten­

ciária,com

profundas

marcas,carac­ terísticasdosanosdepena.

Vizinho da

penitenciária

e alvo

predileto

da

polícia

em

épocas

de

batidas,o morrodo horácio mais pa­ rece uma colôniade

migrantes

do

oeste do Estado.

Desapropriados,

semterrase semestruturapara

plan­

tar,osfilhosmaisnovosdas famílias

de

agricultores

vem deConcórdia,

Chapecó

eXanxerêembusca deem­ pregonacidade.

"Vaso ruim nãoquebra.ACaatinga medeu resistênciaenãoéumasimples

indisposiçãoque vai me abater". De

fato,Seu Gilsonconseguiuselevantar econtinuarnaquelaesperança deum.

dia, todo aquele mar, trazer alguma

coisaboa. Um sopro de vidasemdor,

semlembranças.

.

P14

.

ZERO

NOV

-

87

(10)

CAMPUS

Eleições:

DCEmuda

este

ano?

Ismail Ahmad Ismail

Nosdias17e18denovembroha­

verá eleição para a nova diretoria

do DCE,

paralela

as eleições para

Reitor. Quatro

chapas

estão inscri­

tas: Reconstrução, Paidéia, Vira­ ção,Movimento AZ.

Estaéa

primeira

vezqueseins­

creve umnúmero tão

grande

decha­

pas. Gimena, atualdiretora de cul­

tura ecandidataaCâmaradeEnsino

e

pesquisa pela chapa

Viração diz

que "a atualdireçãodoDCEtornou

a entidade viável administrativa­

mente, principalmente

depois

da reaberturadacantinaedoauditório

do Convivência".

As

chapas

estão fazendo uma campanhacorpo-a-corpo, sala-a-sa­

la,comexcessão da

chapa

Recons­

truçãoque está fazendoumtrabalho

maisanívelde Centros Acadêmicos.

A

Viração possui

um cronograma

das'turmase cursosevaitentarpas­ sarpor todasassalas.Wlade,candi­ datoaPresidente

pela

Paidéia,coor­

denaumtrabalhodeconversacom osestudantes atéaconfecçãodecar­ tazes e "pixações" portodaaUni­

versidade.AMovimento

AZ,

trans­

formouoXeroxdoSócio-Econômi­

co,onde trabalhaPalma seucandi­

datoaPresidência,noseucentrode

contatose ponto de confecçãode 'panfletos.Quantoa

chapa

Recons­

trução pouco se encontra, não faz propaganda.

AS PRIORIDADES

Mas no que realmente interessa

sabernesta

"guerra"

-aspropostas

decadaum- àsconcorrentestive­

ramuma

plataforma

maisou menos

parecida.

A excessão da Paidéia,

que propõeum trabalho voltadoà "culturaemtodosos'âmbitos . Em

vezde

papel

para

panfletos,

vamos usarestematerialemrevistascultu­ rais eem defesa da

ecologia

e dos

direitos humanos. Alémdisso, pro­

pomos urna administraçãoanti-co­

munista,

anti-anarquista,

anti

qual­

quer filosofia

política pois

elas são

ortodoxasenós queremos

algo

bem livree aberto"esclareceWlade.Já Gimena, daViração, diz quesua

chapa pretende

"urnaadmimstração voltada paraaUniversidade,desde

ascoisasmais

simples

comoumame­ sadetênisdemesaatéassuntosco­ rno a moradia estudantil. Adilson

.

candidatoaDiretor de Ensino

pela

Reconstrução garantequeirão "fa­

zer menosshows queaatualdireção etrabalharmaisconcretamente nas

necessidades básicas daUniversida­ de,corno amoradia eas

Pesquisas

eExtensão".Palma,doMovimento

AZ',acha que "as

prioridades

são

amoradiaestudantil,urnaRádioLi­

vre,umSebo e um

jornal

semanal,

onde quem escrever será remune­

rado".

AS DIFICULDADES Todaselasconcordam que enfren­

tar uma

campanha

corno'estaead­

ministrarumDCE nãoéfácil.Para isto, achapa Viraçãocontacom72

integrantes,62amaisqueonúmero de cargos quesão10.

Palmadizqueprovavelmentevai

rodarem quase todas as matérias. "Algumacoisaagentetemquesa­ crificar",afirmaele.

FOTOS:CARLOSLOCATELLlIZERO

Alunosusamárvore

depredada

para

fazer

movimentocontradesmatamento

Colégio

de

Aplicação

invade

a

Universidade

Alunos

protestam

contra

o

desmatamento

Garlos

A. Locatelli

Na última

quarta-feira

o

Campus

Universitáriofoi invadido

pelos

alu-.

nosdo

Colégio

de

Aplicação.

Eles

protestavamcontra odesmatamento

do

bosque próximo

ao

Colégio,

que

é utilizado para fins didáticos ede

recreação.No localseráconstruído oCentro de Ciências FísicaseMate­

máticas.Naala "C" doRUoscandi­ datosa reitor tiveram que ceder a

palavra

a250 alunos de

primeira

a quarta série,eno

bosque

asmotos­ serrascalaram frenteosestudantes

de

segundo

grau.

Ao ritmo do"dá-lhe, dá-lhe, olê,

olê, olé" dosestádios brasileiros.z

crianças

de 5 a 11 anos.cantavam

"éanatureza, éanatureza,olê, olê,

olê".As"tias" tiveram dificuldade

paraque todosescutassem oscandi­

datos areitor falar. Mascorno ne­

nhum deles

pode

fazerusodo

poder,

ao menosoficialmente,areitoriafoi

invadida porumacomissãode crian­

çaseprofessores.Contudoa

profes­

soraGlauciaSchenkelnão

pôde

es­ conder sua

decepção, após

conver­ sarcom oReitoremexercício. "Para eleas árvores estão sendo cortadas

emnomedoprogresso, eisso é um

As

crianças

querem seu

bosque,

areitoria também

absurdo.Entendemos queaUniver­ sidade

precisa

se expandir, mas a

criança

precisa

brincar,subiremár­

vores, enfim, ser criança", disse

Glaucia.

Enquantoisso no

bosque

as mo­ tosserrasnãomatavammais.

Segun­

doo

exemplo

dosalunos doprimá­ rio,osestudantesde

Segundo

Grau pararamotrabalho daempreiteira.

"Nós vimosospequenosindopara

abrigaenãopoderíarrlPlsficar para­ dos. Omovimento nasceuesponta­

neamente,

pois

todosentenderam

queodesmatamentonão

pode

con­

tinuar",comentouPedroSaraiva da

Silva,alunodo

Colégio.

Utilizando as árvorescaídas corno

palanque

eles realizaramumaassembléiaede­

cidiram dividirogrupoemduas par­ tes.Umadelas ficounolocaleoutra foià Reitoriaexigir explicações. Lá elesforam"enrolados" por um re­

presentanteda Pró-Reitoria deAs­ sistênciaaComunidadeUniversitá­

ria, que após urnareunião passou abola paraaPrefeitura do

Campus,

quenão temqualquer

poder

dedeci­ sãosobreoassunto.

Numa sala

carpetada,

combelos

quadros,

ar condicionado e folha­ gens,oReitoremexercício,

Aquiles

Córdova dosSantos,dissequeader­ rubada das árvoresnão

poderia

ser

evitada. "Hátrêsanosaareafoides­

tinada,

pelo

Plano Diretor da

UFSC, para oCentro de Ciências

FísicaseMatemáticas,cujaconstru­ ção não

pode

mais ser adiada". A obra seráfeitaemmódulos,

primei­

roQuímica,

depois

FísicaeMatemá­

tica..e

segundo

eleasárvores abati­

dásserãoasúltimas,

queo

prédio

cresceráparaoladoopostoaobos­ que. "OIBDF autorizouocortede 75eucaliptos,e sesoubéssemos que urnacoisasem

importância

corno es­ sacausariatantapolêmicateríamos

armadouma

estragégia:

cortaríamos asárvoresemjaneiro",finalizouum

Reitoremexercício.

NOV

-

87

ZERO'

-P15

(11)

Referências

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