UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
"INI-`!.UÊNCIA
DO
ACABAMENTO
E
POLIMENILO
NA
DECISAO
DE
'SUBSTITUIÇÃO
DAS RESTAURAÇOES
DE
AMALGAMA
-UM
ESTUDO
IN
VITRO"
José
cARLoS
oLE1N1SK1
,
DTSSERTAÇÃQ
APRESENTADA
Ao
cURso
DE
Pos-GRADUAÇAO
EM oDoNToLoG1A
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA,
PARA
DBTENÇÃO
Do
TÍTULO
DE
MESTRE
EM
oDoNToLoG1A,
ÁREA DE
coNcENTRAÇÃo EM
oDoNToPEDxATR1A
coNcENTRAÇÃo EM
oDoNToPED1ATR1A,
APRESENTADA
PERANTE
A BANCA
ExAM1NADoRA
coMPosTA
PoRz
ça
Ji
/
Pro
. Dr. Luiz Narciso Baratieri.
G________¶›
Prof. Dr.
Xauro
Amaral
Caldeirade
Andrada
<
¿¿</zé U/\~:~\`
Prof.
D
. Luiz lóvisC
rdoso Vieirarof.Dr. Ricardo
de
Sous~
À
DENISE,
MARIANA
E
CAMILA,
eepoea
e filhaõ,minhae
melhoreõ amigae,
peloamor,
convivência enriquecedora, apoio,incentivo
eempre,
meu
reconhecimento
portudo quanto
vivemoe juntoõ
Aos meuõ
paia,JÓSÉ
E
OLÍVIA
(inmemorian),
exemplos de
dignidade,honra
e humildade,motivoa
de
orgulhopara qualquer
filhoAo
Professor
Doutor
LUIZ
NARCISO
BARATIERI,
por
me
aceitar
como
orientando, pela
atenção,
carinho,
estímulo,respeito
e
dedicação
que sempre
me
dirigiu.Sua
competência,
integridade
científicae honestidade
profissional, fatosmeritórios
que
são para
mim
um
privilégioe
honra
tê-locomo
orientador.
Uma
verdadeira
celebridade
da
odontologia.
Ao
Professor
Doutor
MAURO
AMARAL
CALDEIRA
DE
ANDRADA,
co-orientador
deste
trabalho,pela
sua
disponibilidade,
atenção
e
amizade
concedidas.
Sua
dedicação
nos
bastidores
dos
acontecimentos, seu
talento científicoe
administrativo,
orgulha "nosso"
Curso
de
Odontologia.
Ao
Professor
SÉRGIO
FERNANDO
TORRES DE
FREITAS,
pela
análise estatística
e
pela paciência
que
teve
por
me
mostrar
a
"magia"
dos
números.
Sem
sombra
de
dúvidas
um
talentoAos
Colegas
da
Prótese
Total,SAULO ROGÉRIO
STEFEN
DE
ALBUQUERQUE,
MIRIAM
MARLY
BECKER
PIRES,
ANALÚCIA
GEBLER
PHILIPPI
eCELSO
COSTA,
que assumindo
minhas
atribuições juntoao Curso
deGraduação
em
Odontologia - Universidade Federal
de
Santa Catarina,tomaram
possível arealização
dos
estudosde
Pós-Graduação.-~
Aos
Professores
do
Curso
de
Pós-Graduação,
pelo esmero,Aos
ALUNOS
DA
ODONTOLOGIA
(Turma
95.1) eCIRURGIÕES-
DENTISTAS
que
participaramcomo
"examinadores", cuja atenção,carinho, e prestatividade, facilitaram
sobremodo
a obtenção dosdados
destetrabalho.
Ao
ANDRÉ
VICENTE
RITTER,
Professordo Curso
deEspecialização
em
Dentística Restauradora,por
ter "repassado"o
tema
deste trabalho.Ao
LUIZ
ANTONIO
FELIPPE,
estagiárioda
disciplina de DentísticaRestauradora, pelo
acabamento
e polimento das restaurações.À
ProfessoraDoutora
MARIA
JOSÉ
DE CARVALHO
ROCHA,
amiga
de sempre, corajosa, determinada, competente, pelo apoio e incentivo.
À
ELISABETE
LUZ CALDEIRA
DE
ANDRADA,
amiga, prestativa, competente, perfeccionista, pelo trabalho decomputação.
A
ProfessoraLIENE
CAMPOS,
dedicada, protetora de seus "pupilos",pela
Ã
MAGDA
CAMARGO
LANGE RAMOS,
participante ativana
"busca"dos artigos.
À
MARIANE CARDOSO,
alunado
"nosso"Curso
de Odontologia, pelacompetência
e dedicação,na
elaboração dos slides(computação
gráfica).
À
ANA
MARIA vuâmA
I=RoNDoLozo,
par
sua aiznçâzna
szzfziaúa
do
Curso de
Pós-Graduação.À
ProfessoraLúc¡A
MAmA
NAss1B
oLi1vu›1o,Professora
do
Departamento
de Línguas, pela correçãodo
vemáculo.Finalmente, a todos,
o
meu
mais sincero "muito obrigado", extensivo àspessoas
não nominadas
aqui,que
deuma
forma
ou
de outra contribuíram
usTA DE
TABELAS
z z zusTA DE
GRÁ1=|cos
~LISTA
DE
FIGURAS
f z zR1-:sumo
z __ABSTRACT
f f 1INTRODUÇÃO
~ zz zz2
REv1sÃo
DA
UTERATURA
~
z3
PRoPos1çÃo
z¬4MAn-:mA|.¡zMÉTonos
~z ~z
~ ez4.1 Seleção dos Dentes
4.2 Examinadores 4.3 Etapa 1 4.4 Etapa 2 4.5 Tratamento Estatístico
5
RESULTADOS
* 6 5.1 Decisão de Substituição 5.2 Motivos de Substituição I6
mscussÃo
6.1 Decisão de Substituição z 6.2 Motivos de"-_-"í---í--
6.2.1 Motivos
Com
Razões Técnicas z f* ~ 2 z ' 'fz6.2.1.1 Forma Anatômica Deficiente zz ez ~~
6.2.1.2 Excessos Marginais f
z L ~
6.2.1.3 Outros ~ ~ f
6.2.2 -Motivos-Sem Razões Técnicas "f
~
6.2.2.1 Fratura da Restauração z ~
6.2.2.2 Margem Valada ~ " =
~
6.2.2.3 Cárie Secundária *
2 1 ~ f
6.3
Da
Experimentação Elnpírica à Rotina Clinica---
7
coNc1.UsõEs
zz--
~
z f ez zzs
REF¡~:nÊNc1As Bu.›.uo‹-.=nÁ1=¡cAs9ANEXOS›
fz'~
~
*¬
*Z09
1112
14
16
17
21
49
50
50
51
52
53
54
60
60
76
83
85
93
94
95
96
96
97
97
98
100
105
108
109
117
LISTA
DE
TABELAS
1 - Respostas
obtida~s entre
o
__grupoG1
paraDECISÃO
DE
SUBSTITUIÇAO
ou
NAO
das restaurações deamálgama,
com
exames
realizadosANTES
eDEPOIS
do
ACABAMETO
e
POLIMENTO
--====:=›b-1:=::‹11z==:===::===:=›-====:=-===:=---61
2
- Respostasobtidas entre
o grupo
G2
paraDECISÃO
DE
SUBSTITUIÇAO
ou
NÃO
das restaurações deamálgama,
com
exames
realizadosANTES
eDEPOIS
do
ACABAMETO
e
POLIMENTO
-=======1===--===-=:z==---===-«===---63
3
- Respostas obtidas entreo grupo
G3
para
DECISÃO
DE
SUBSTITUIÇÃO
ou
NÃO
das restaurações -deamálgama,
com
exames
realizadosANTES
eDEPOIS
do
ACABAMETO
e
POLIMENTO
:===›-f=:›¢===--‹=ff:===--==::z::=:=:;-f:;:=f:65
4
- Testedo
Qui-Quadrado ÉGI)
-~ , _
Diferença
de
DECISAO
sobreSUBSTITUIÇAO --- 67
5
- Testedo
Qui-Quadrado
(S52) - ~
Diferenças
de
DECISAO
sobreSUBSTITUIÇAO
---
68
6
- Testedo
Qui-Quadrado
(§3) - _
Diferenças
de
DECISAO
sobreSUBSTITUIÇAO
---
68
7
- Testedo
Qui-Quadrado
(Intergrupos) -Comparação
entre osGrupos G1,
G2
eG3
,quando
àDECISÃO
de
SUBSTITUIÇÃO
das restaurações,ANTES
e9
- Percentual(%)
de
respostasSIM,
ANTES
eDEPOIS
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
-:zz==-¢z===--===;z:=;====--==73
10
- EstatísticaKAPPA
deCohen
paracomparação
dos
níveis de concordância
ENTRE
grupos -=:==z:===--=======:==:-73
11
- EstatísticaKAPPA
de
Cohen
paracomparação
dos
níveis de concordância
INTRA
grupos--- 73
12
- Avaliaçãoda
Tabela KAPPA-===:=z=:z==--====:==‹f::z==---74
13
-MOTIVOS
de
substituição dasrestaurações alegados
pelos examinadores,
COM
RAZOES
TECNICAS,
que
tomam
possíveis e esperadas asmudanças
de disgnóstico--
76
14
-MOTIVOS
de
substituiçãodas__ restaurações, alegados
pelos
examinadores
SEM
RAZOES
TECNICAS
paramudanças
de
diagnóstico H::=:==:=»--====z:11;¬=:=:==:==~1:178
15
-Pzzzzmuzl
(%)dz
coNcoRnÃNc¡A
âz
Motivos
de
substituição das restaurações, alegados pelos
examinadores =:~f:»-‹=:;›
fffff=fff:z=---
79
16
-Pzrzznmz1‹%›
média
dz
coNcom›ÃNc¡A
para osgmpzs
G1,
G2
eG3,
referentes aosMOTIVOS
para substituição,ANTES
eDEPOIS
do
ACABAMENTO
ePOI..IMENTO--
81
17
- Percentual (%)de
mscoRDÃNc1A
dz
Motivos
de
usTA
De
GRÁFICOS
1 -N2
De
Decisões
De
suesnfulções
(G1)2
-N*
De
Decisões
De
suesrrruxções
(G2) D se D64
3
-N2
De
Decisões
De
suesmmções
(G3) D z D z66
4
-N2
De
Decisões
De
suasrrrulções
D1o
5
-Ns
De
Decisões
De
suasnrulções
-co1vu›ARAçÃo
Dos
enuvos-AN1'eszDePo1s
Dzz sz D
D
15
õ
-N*
De
Monvos
De
suesnmções com
Râzões
1'ÉcN|cAs
-17
1 -
N*
De
Monvos
De
suasnrulções
sem
mzões
Espécime
com
Restauração deAmálgama
ANTES
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
-i-A
55
Espécime
com
Restauração deAmálgama
DEPOIS
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
'-_--ií-
55
Espécime
com
Restauração deAmálgama
ANTES
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
--_--_--
56
Espécime
com
Restauração deAmálgama
DEPOIS
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
_---
56
Espécime
com
Restauraçãode
Amálgama
ANTES
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
---i-à-
57
Espécime
com
Restauração deAmálgama
DEPOIS
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
-í---_
57
Espécime
com
Restauraçãode
Amálgama
ANTES
do
8.
Espécime
com
Restauraçãode
Amálgama
DEPOIS
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
---
9.
Espécime
com
Restauraçãode
Amálgama
ANTES
do
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
---í-
10.
Espécime
com
Restauraçãode
Amálgama
DEPOIS
do
Em
que
pese a diminuição de30
a50%
nas cáriesem
muitos países industrializados, a Dentística Restauradora, representa ainda a
principal carga
do
trabalho odontológico (50 a60%),
substituindorestaurações “fracassadas”. Estudos sobre a longevidade das restaurações,
concluíram
que
50%
destas são substituídas depois de8
a10
anos
de vidaútil. lmpulsionados pela curiosidade sobre
o
alto índicede
substituições nasrestaurações de
amálgama,
pelapouca
informação sobre critérios clínicospara substituição destas, e
também
pelopequeno
número
de pesquisas arespeito, decidimos pesquisar a influência
do
Acabamento
e Polimentona
decisão de substituição de restaurações
de amálgama,
através deum
estudoin vitro.
A
pesquisa envolveuo
exame
de40
restaurações deamálgama
"antigas"
em
dentes extraídos e foi realizadoem
duas etapas: l -Exame
das
restaurações
de maneira
como
seencontravam
no
momento
da
extraçãodo
dente.
2
-Exame
dasmesmas
restaurações
examinadas na
Etapa 1,após
terem
sido submetidas,por
um
único emesmo
operador, aum
procedimento
padronizadode
Acabamento
e Polimento. Para tanto,foram
escolhidos, aleatoriamente,
20
alunos e40
cirurgiões-dentistas,como
examinadores. Estes,
usaram
critérios rotineirosda
clínica.Concluímos que
forma
significativa paraque
alunos e profissionais alterem paramenos
anecessidade de substituição destas restaurações,
devendo
esteprocedimento
In spite of a
30
to50%
caries reduction observed inmany
industrialized countries, Restorative Dentistry still represents the
main
odontologic
workload
(50 to60%)
in the replacement of“failed"restorations. Studies conducted
on
the longevity of restorationsfound
out50%
ofthem
have
to be replaced after8
to10
years of useful life.Impelled by curiosity about the high rate of replacements suffered
by
theamalgam
restorations, by the dearth of informationon
clinical criteriagoveming
the replacement of these restorations,and
also by the reducednumber
os researchon
the subject,we
decided to investigate INVITRO
theinfluence
FINISHING
and
POLISHING
mighthave
on
the decision toreplace
amalgam
restorations.The
two-stage researchencompassed
examination
of40
“old”amalgam
restorationson
extracted teeth. 1.Examination
of restorations to determine their actual condition at themoment
the toothwas
extracted.2
-Examination
of thesame
restarationsof stage 1 after they
had been
submitted byone
same
operator to a standartprocedure of Finishing
and
Polishing.To
this end,20
studentsand
40
dentist-surgeons
were
randornlychosen
to act as examiners, using routineclinical criteria.
The
Finishingand
Polishing ofamalgam
restorationssignificantly contribute to students
and
professionals alike to lessen theneed
to replace such restorations. This is a procedure
which
should be routinely11
iNmo1muçÃo
Nesta
época
da
Odontologiaem
que
os materiaisda
cordo
dentetêm
estadoem
evidência,o
amálgama
dental ainda deve serconsiderado
como
um
dos
materiaisde
primeira escolha para restaurarmuitos dentes posteriores5”41”44. Isto porque,
além
de apresentar excelentespropriedades,
o
amálgama
continuasendo
o
material restaurador maisutilizado pelos cirurgiões-dentistas
em
várias partesdo
mundo
5'1°'23'41 .Sua
aceitação e uso baseiam-se nas propriedades biomecãnicas, nas
características clínicas, versatilidade
na
aplicação euma
longa experiênciano
que
diz respeito às condições de serviço deste materialno
ambientebucal 37.
A
observaçãoda
prática diáriada
Odontologia revelaque
grande parte das restaurações
de
amálgama
falham,cedo
ou
tarde, efalhando
requerem
SUBS'l'lTUIÇÃ023'44. Estudos sobre a longevidade destasrestaurações concluíram
que
50%
destas são substituídas depoisde
8
a10
anos de
serviço 1'4'9'17'33'39'48'71. Outras pesquisas indicaramum
períodode
vida
médio
para as restaurações grandesde
amálgama
de
cercade
6
anos,enquanto que
para as pequenas,de 11
anossl. Indiferentemente das razões,uma
parte considerávelda
Dentística Restauradora, executada hojeem
dia,é Dentística
de
SUBSTITUIÇÃOSI.
Maryniuk, Kaplanãl, mais Mjor57,todo
o
tratamento. Nuttal 63,por
exemplo,em
um
estudo clínico, observouque
aproximadamente
dois terços dos tratamentoseram
SUBSTITUIÇÕES.
As
duas principais razões paraSUBSTITUIÇÃO
são cáriesecundária
ou
recorrente (20 a58%)
emargens
defeituosasou
degradaçãomarginal (9 zz
40%)
12»17¶51~57~*'>4›7°.Lesões
de cárie secundária,em 94%
das vezes, afetam amargem
cervical das restaurações deamálgamaõs.
Portanto,maior
atenção para a qualidadeda
margem
nesta área,toma-se extremamente
importante.Entretanto, este tópico é complicado, pela dificuldade
no
diagnósticoconfiável
de
cárie secundáriaem
vários locais. Clinicamente este diagnósticotende a
compreender
todas as situações nas quais asonda
exploradora seprende
eonde
o
exame
visualdo
local é impossível. Assim,uma
diferenciação entre cárie secundária e
um
sulco(margem
valada)não
carioso
na
interface dente/restauração é difícilou
impossível clinicamentesõçAlém
do
que, tais cáriespodem
se apresentar ativasou
inativas,complicando
mais aindao
diagnóstico.A
suposição deuma
relação entre adaptação marginalpobre
e a cárie levouao
usoda
integridade marginalcomo
o
principalcritério para
o
julgamentoda
qualidade das restaurações16'2°'47. Destemodo,
muitas restauraçõesforam
substituídaspor
causade
margens
pobresao
invésde
cáries4'9'33'57'61. Mjorsó,Hamilton
et al32,Soderholm76
constataram
um
relacionamento,de
mínimo
até inexistente, entredeterioração marginal e cárie secundária. Resultados de estudos clínicos,
entre
o
tamanho do
defeito marginal e a possibilidade de haver cáriepresente sob
uma
restauraçãode
amálgama
que
estásendo
substituídapor
razões
não
relacionadascom
cárie .Por
outro lado,pouca
informaçãohá
disponível sobre oscritérios clínicos usados pelos cirurgiões-dentistas para determinar a
necessidade de substituição destas restaurações.
Grandes
variaçõesforam
encontradas
nos
diagnósticos e planosde
tratamento.Há
comprovação
deque o
planejamentodo
tratamento restaurador varia muito, resultandoem
uma
ampla
gama
de tratamento sugeridoou
executado para pacientesque
apresentam
características similareszs. Esta variaçãocomeça
pelodiagnóstico de cárie. Vários estudos
mostraram que
existepouca
concordância entre os cirurgiões-dentistas
ao
emitirem diagnósticode
cáriesecundária detectável clinicamente 2953.
Por
fim,o
diagnóstico de cárie,que
éuma
das principaisfunções
do
cirurgião-dentista, geralmente ébaseado
em
critériosnão
muitobem
definidos,sendo
muitas vezesuma
decisão mais empíricado
que
científica 2220.
'
A
constatação deque
não
são as restaurações a cura paraas
doenças que
acometem
os dentes ede que
nem
sempre
uma
nova
restauração será mais eficiente
do
que
a presente,tem
levado os estudiososa valorizarem e preconizarem os procedimentos
de
ACABAMENTO
ePOLIMENTO
ou
REPARO
das restaurações deamálgama
“antigas”nos
Na
atualidade, a cárie é reconhecidacomo
uma
doença
infecto-contagiosa,
além
de multifatorial, pois seu aparecimentodepende
da
interação
de
três fatores essenciais (primários): hospedeiro (dente), dietacariogênica e
microorganismos
cariogênicos.Já
os fatores secundários, taiscomo
a saliva, higiene oral, exposiçãoao
flúor e outros,podem,
destaforma,
modular
a atividade de cárie79.Com
essas informações, aadoção
universal deuma
abordagem
preventiva,na
tomada
de decisõesdo
tratamento para osindividuos, poderia ser
o
fator maisPODEROSO
na
reduçãoda
cargarestauradora
do
Serviço Odontológico atuallo. Estaabordagem
baseia-sena
Promoção
da
Saúde
Bucal, atravésdo
controleda
placa dental, controleda
dieta eo
uso racionaldo flúor
7.Assim, a utilização das
medidas acima
permitirá classificaro
paciente quantoao
riscode
cárie, eo
cirurgião-dentista, tomará, então, adecisão
do
tratamento quanto a substituir, repararou
reacabar e polir.Impulsionados pela curiosidade sobre
o
alto índice desubstituições nas restaurações
de
amálgama
nos
consultórios e clínicasodontológicas, pela
pouca
informação sobre critérios clínicos parasubstituição destas e
também
pelopequeno
número
de
pesquisas a respeito,decidimos pesquisar a influência
do acabamento
e polimentona
decisãode
2
m=.visÃo
um
UTERAWRA
33
a
HEALEY,
PHILLIPS
observaram que
cárie, quer sejaprimária, secundária
ou
residual,tem
sido citadacomo
a principal razãopara a substituição
de
restaurações deamálgama, além
do
que, muitasrestaurações
foram
substituídaspor
causa demargens
pobres,ao
invésde
cáries. Esses autores indicaram
que
propriedades inadequadasdo
materialeram
responsáveispor apenas
20,9%
dos fracassos para1.521
restaurações defeituosas
do
amálgama.
A
causa principaldo
fracasso erao
preparo cavitário inadequado (56%).
A
cárie recorrente era responsávelpor
53,5%
dos
fracassos.MOORE, STEWART61 em
seus estudosmostraram que
73,7%
de
3.745
restaurações deamálgama
eram
defeituosas.Os
nomes
das ligas
de
amálgama
e as idades das restauraçõesnão
foram
identificados.JORGENSEN,
WAKUMOTO35
investigaram a relaçãoentre cárie secundária e falhas marginais
de
restauraçõesde amálgama,
na
superfície oclusal,
em
primeiros molares inferiores, extraídos para finsortodônticos, cujas idades
dos
participantes variaram entre9
e15
anos.Os
resultados
mostraram o
percentual de restauraçõescom
cáries recorrentescomo
uma
funçãodo
defeito marginal.Não
houve
associação entre cárierecorrente e defeitos marginais
com
menos
de50um.
A
correlação existiuquando
o
defeito marginal apresentava maisde 50um.
A
qualidade marginalpobre
encontrada, foi associadacom
retençãoaumentada
de
placacariogênica e, deste
modo,
com
um
risco mais alto de cárie secundária.MATSUDA,
FUSAYAMA52
demonstraram
em
suapesquisa
que
todas asmargens
de restaurações são defeituosas,em
grau~
maior
ou
menor
éapenas
uma
questao de grau.4
MAHLER
et al 7observaram que
a suposiçãode
uma
associação entre adaptação marginal
pobre
e potencialaumentado
para acárie secundária, levou
ao
uso desta adaptação marginalcomo
o
principalcritério para
o
julgamentoda
qualidade das restaurações.Lembra,
ainda,que o
componente
mercúrio-estanho (gama-2)na
ligado
amálgama
éo
mais fraco e
o
mais inclinado à' corrosão,sendo
a fase responsável peladeterioração marginal das ligas de
amálgama
convencionais.A
remoção
desta fase pela incorporação de 13°/o a
30%
de cobre, produz assim aschamadas
ligas"gama-2
livres",que
possuem
maior
resistência àdeteriorização marginal.
ROBINSON71
avaliou clinicamente restaurações deamálgama
entre1949
e1969
(21 anos).O
critérioque
cada cirurgiãoadotou foi considerado subjetivo, portanto,
nenhuma
atenção foidada
aosamálgama,
aindapermaneciam
em
função. Foi relatada falha de50%
nasrestaurações de
amálgama
em
5,5 anos.A
principal queixa e a razão para asubstituição era a cárie secundária
ou
adaptação marginal pobre.FUSAYAMA, TERACHIMA3o
usaram
um
coranteevidenciador de cárie,
após
o
preparo de cavidades feito pelos estudantes eaprovado
pelocorpo
docente.Após
a aplicação deste,o
mesmo
mostravafreqüentemente tecido desmineralizado e infeccionado
na
junção esmalte-dentina.
RYGE
,SNYDER73
propuseram
um
novo método
parapadronizar a estimativa das qualidades clínicas das restaurações, cujo
processo operacional utilizava a
sonda
exploradora e espelho bucal.Os
autores
superaram
as deficiênciasdos
estudos anteriores,usando
duasdesignações para a qualidade - satisfatória e
não
aceitável - e quatrocategorias operacionais: 1) satisfez a todos os padrões, 2) observação
na
próxima
visita, 3) substituição paraprevenção
e 4) substituição imediata.Explicações operacionais, descrição
da
cor e superfície, parâmetrosda
forma anatômica
e integridade marginalforam fomecidos
para cadauma
das quatro categorias.
Seu
usopode
estender-se para outros tiposde
procedimentos
restauradores.Numa
testagemdo
sistema, doisexaminadores
calibrados,ao
final dos resultados deaproximadamente
1000
exames,
coincidiramem
89%
com
os primeiros resultados.R1cHARDsoN,
BoYD7°
através deum
quzsúønàúø
246
diasde
trabalho.Concluiram que de 1.643
superfíciesde
amálgamas
que foram
removidas,31%
eram
atribuídas anovas
cáries,23%
a cárierecorrente e
14%
à
cáries sob restaurações.Margens
defeituosasde
amálgama eram
responsáveispor
apenas
7%
dos
fracassos,embora não
sesaiba se havia
uma
correlação entre a qualidade marginal e cárie.Uma
média
de 6,6 superfíciesde
amálgama eram
substituídaspor
dia.Sendo
ascáries, a razão
dominante
para a substituição das restauraçõesde
amálgama,
seria necessário darmaior
ênfaseao
controleda
prevenção.BARNES, CARTER,
HALL9
relataramque apenas
8,7%
de
7.253
restaurações deamálgama
eram
consideradas defeituosas.A
cáriemarginal (58,l%) e
a
fratura (30,2%)foram
identificadascomo
as causasprincipais destas restaurações defeituosas.
ELDERTON22
destacou que,como
o
tamanho do
preparo cavitário
pode
aumentar
entre 0,2 a 0,5mm
em
cada substituiçãode
amálgama,
somente
5
substituições são usualmente possíveis antesque
adentina e
o
esmalte remanescentes setomem
demasiado
fracos para reteruma
restauração. Portanto,reacabamento
e reparodo amálgama
deverãoser feitos,
sempre
que
possível.ELDERTON23
fezuma
revisãoda
literatura a respeitoda
prevalência
de
falhas das restaurações,chegando
à conclusão de que, paratodos os estudos anteriores,
contomos
pobres, sobreposições,margens
defeituosas e extensão inadequada para prevenção,
foram
as quatro causasprincipais
do
fracassoem
44,4%
destes estudos.Afirmou
também,
que
uma
instante, se apresenta insatisfatória, tendo falhado
em
qualquerum
dos
critérios utilizados para determinar
o
sucessoda
mesma.
LAVELLE39
pesquisou durante20
anos,3000
restaurações
de amálgama, baseado nos
registrosde
3
cirurgiões dentistasque
haviam
seformado na
mesma
época
ena
mesma
Escola Dentária.Os
registros dentais
de
amostras iguais de200 homens
e mulheresforam
examinados.
As
principais causasda
substituiçãodo
amálgama
parapacientes
do
sexo masculino e feminino, respectivamente,foram
a cárierecorrente
(52%
e56%),
fratura(26%
e 30%), características dimensionais(20%
e23%), problemas
periodontais e pulpares(1%
e 1%).Foram
perdidos
ou
substituídos 7,3amálgamas
por
ano
para oshomens
e 6,3 paraas mulheres.
Durante
a pesquisa, osnúmeros
totaismédios
de restaurações,colocadas
por
paciente masculino, foide 49,6
e parao
sexo feminino, foide 46,7.
O
número
de
restaurações,que
duravam
menos
de5
anos,tiveram
uma
média
de
19%
para oshomens
e20%
para mulheres.O
número
de
amálgama
que
duravamenos
de
10
anos
foi de50%
nos
homens
e51%
nas mulheres.Tanto nos
homens,
quanto nas mulheres,menos
de
10%
das restauraçõesde
amálgama
duraram
20
anos
ou
mais.Lavelle concluiu
que
a cárie recorrente era a causapredominante
do
fracasso
do
amálgama
eque
a habilidadedo
operador
erao
principal fatorque
determinava a durabilidade das restaurações deamálgama.
ELDERTON20
demonstrou que
a substituiçãode
restaurações freqüentemente
contém
defeitosque
provavelmente levarão àsua avaliação
no
futurocomo
novamente
fracassadas, alimentando destedas avaliações clínicas
da
qualidadeda
restauração e indicouque
aconfiabilidade de critérios padronizados,
que
foram
desenvolvidos paraprever a qualidade e
o
potencial parao
fracasso das restaurações,não
foiestabelecida. Ele ainda questionou a eficácia
com
a qual, os critériosespecíficos
foram
aplicados.DUNSTON
et al 19 destacaramque
a idadedo
pacientetratado é importante, já
que
as razões diferentes para substituições derestauração de
amálgama
são encontradasna
Odontopediatria,embora
cárie secundária fosse
também
a razão mais freqüente para substituirrestaurações de
amálgama
em
dentes decíduos.DAHL,
ERIKSEN17
pesquisaram as razões parasubstituições
de
restaurações deamálgama
classe II,obtendo
as informaçõesdos
planos de tratamento aceitosna
clínica de estudantes. Estes'dados
foram
confirmadospor
exames
clínicos e radiográficosdos
pacientes.Utilizaram os autores
200
restaurações de idade e história pregressadesconhecidas e
chegaram
às seguintes conclusões: cárie recorrente (53%),fratura
de corpo
e marginal (33%), sobreposições (10%), falhas deforma
anatômica
(3%) e textura superficial (1%).Quando
maisde
uma
razão paraa substituição era registrada, a cárie,
em
associaçãocom
a destruiçãomarginal, era responsável
por
18%
dos
fracassos.46
MAHLER,
MARANTZ
demonstraram
que
todos oscirurgiões-dentistas,
independentemente
do
seu nívelde
habilidade,beneficiam-se
com
as ligasde
amálgamas
melhoradas, isto é, livresde
gama
BAILIT
et al4demonstraram
que
informação clínicasimilar é usada
de
várias formaspor
cada cirurgião-dentista.Em
um
estudo,com
baseem
uma
pesquisados
registros dentaisde
37
clínicos geraisnos
Estados Unidos, eles constataram
que
restaurações de qualidade clínicaigual são substituídas
em
intervalos significantemente diferentes.Após 24
meses
de
serviço clínico,5%
das restaurações deamálgama
de 2
a3
superfícies
haviam
sido substituídasem
uma
clínica,ao
passoque
30%
destas
mesmas
restauraçõeshaviam
sido substituídasnuma
outra clínica.Concluíram que
a variação nestas substituições,não
se deve à qualidadedestas restaurações,
mas
pode
seruma
função dos fatores peculiares a cadacirurgião-dentista.
osBoRNE,
B1NoN,
GALE66
afirmaram qua
a fraqúênaâada
fraturado volume
da
restauraçãodo
amálgama
está relacionadacom
aliga usada,
com
variaçõesno
fracassona
ordem
de11
a51%
depoisde
8
anos,
dependendo do
material usado.MJOR,
ESPEVIKÕO
conhecedores
deque
diversasvariáveis
em
estudos clínicos são difíceisou
impossíveisde
controlar,avaliaram então a influência
que
estaspossam
ter sobre os resultados.Estudaram
129
restaurações classe IIem
crianças,usando
doisamálgamas
convencionais (A e B).
Envolveram
dois cirurgiões-dentistas,que
foram
calibrados entre si quanto à técnica operatória.
Chegaram
às seguintesconclusões:
o
amálgama
com
valorde
escoamento
mais baixo exibiumenos
degradação
marginaldo
que o de
escoamento
mais alto.A
diferençacresceu e foi estatisticamente significante
após
6
meses
do
períodode
observação disponível.
Nenhuma
diferençaem
deteriorização marginalpôde
ser
demonstrada
entre os2
cirurgiões-dentistas envolvidosno
estudo.MJOR57
em
uma
avaliaçãode
5.487
restauraçõesrealizadas
por
85
cirurgiões dentistas,em
suas clínicas privadas, durante 2semanas,
mostrou que
74%
das restaurações. deamálgama
e26%
com
materiais estéticos
foram
confeccionadas para substituir restauraçõesantigas.
58%
das substituições das restauraçõesde
amálgamas
foipor
cáriesecundária,
sendo
esta a razão principal.Adaptação
marginal pobre,fratura
do
istmo, fraturado
dente, cadauma
constituiu de9
a13%
cadapara as outras razões de substituição e
7%
foi designadopor
outras razões.Cerca
de40%
das restaurações deamálgama
substituídastinham
maisde
19
anos de
idade.46%
destas substituições tiveram vida ativa entre4
e10
anos.
Os
principais envolvidosno
fracasso das restaurações são os materiaisodontológicos,
o
cirurgião dentista eo
paciente.GOLDBERG
et al31 realizaramum
estudo clínico paraavaliar a interrelação entre a cárie recorrente de esmalte, a integridade
marginal das restaurações e as condições
de
higiene bucal.Após
avaliar87
pacientes voluntários, os autores concluíram
que
tanto a qualidade dasmargens
das restaurações,como
as condiçõesde
higiene bucal,apresentaram
fortes efeitosno aumento
do
riscode
cárie recorrente.Embora
não
tenha havidonenhuma
diferença estatisticamente significantequanto à interação entre estes dois fatores nesse estudo, a influência
de
cadavariável foi
dependente de
sua severidade.As
variaçõesna
qualidadede
higiene bucal tiveram
um
efeito maispronunciado
na
probabilidadede
Utilizando-se de
uma
técnica operatória criteriosa associada auma
boa
higiene bucal
do
paciente, pode-se obter resultados positivosno aumento
da
longevidade das restaurações e
consequentemente
diminuir a necessidadede
substituição.
Os
autoresdemonstraram
que
a cárie secundária éum
importante aspecto
da
doença
entre os adultos.A
pesquisa pennitiu asseguintes conclusões:
1)
Tanto
a higiene oralcomo
a qualidade marginal,possuem
um
efeito sobreo
riscode
cáries recorrentes.2)
A
higiene oral,ou
a integridade marginal, foio
fator correlacionado
predominante
com
a cáriesecundária,
dependendo
das severidades elocalização anatômica.
3)
Há
uma
diferençana
força de associação entrecárie secundária, higiene oral e integridade
marginal, para superfícies oclusais e lisas.
4) Decisões clinicas sobre a substituição de dentes
não
cariados, deveriam sertomadas
com
considerações dadas a estes parâmetros.
21 . . .
ELDERTON
indicou a necessidadede
uma
mais
de ação
preventivado que
operatórioem
relação às restaurações deamálgama.
HAMILTON
et al32 concluíramque
a fratura marginalnão
prediz longevidade
de
restauraçõesde amálgama. Nesse
estudo,um
cirurgião-dentista colocou restaurações
usando
ligas diferentes.Os
pacientescontavam
com
idades entre18
e57
anos,com
média de
31
anos.Todos
receberam
cuidado dental de rotina.Houve
uma
diferença estatisticamentesignificante nas quantias de deterioração marginal das ligas.
Contudo,
não
houve
diferençana
taxa de substituição devido a razões relacionadascom
osmateriais,
que
incluíam fatores taiscomo
cáries relacionadas, fraturas demassa
(volume) emargens
abertas.Não
havia diferençana
taxa desubstituição, a despeito
de
diferençasem
deterioração marginal.NUTTAL,
ELDERTON64
obtiveram informações deum
grupo
de7
cirurgiões-dentistas (clínico geral) e8
cirurgiões-dentistashospitalares,
onde
planejaram tratamento dental para cada paciente,de
um
grupo de
18
adultos jovens.As
conclusões são as seguintes: a razãodeclarada
por
um
dentistaque propor
um
tratamento restaurador,não
pode
ser usada para prever se seus colegasconcordariam
com
a sua decisãode
tratamento;55%
das decisões resultaram deum
diagnóstico positivo decárie; a substituição das restaurações de integridade duvidosa,
na
ausênciade
um
diagnóstico positivo de cárie, foide
22%;
os cirurgiões- dentistas(clínico geral) planejaram mais tratamento sob condições
em
que
não
LETZEL,
VRIJI-IOEF45
concluíramque
a liga deamálgama, o
paciente eo operador tinham
cadaum
delesuma
influênciasignificante sobre a qualidade marginal das restaurações de
amálgama,
durante
um
período de5
anos.Os
efeitosdo
paciente edo
operador
diminuíam
com
o tempo, enquanto que o
tipo de liga exibiaum
efeito maisforte
com
o
passardo tempo.
Um
amálgama
de alto teor de cobre(Dispersalloy),
com
excelente resistênciaao escoamento, demonstrou
menos
fratura marginaldo que
6
amálgamas
convencionaisempregados no
estudo.
MERRET,
ELDERTON53
avaliaram9
cirurgiões-dentistasque examinaram,
cadaum
deles,uma
área específica de228
dentesrestaurados e extraídos.
Num
exercicio diagnóstico clínico simulado eonde
também
estes cirurgiões dentistastomaram
decisões de tratamento, foirevelada muita variação.
No
total,145
dentesforam
listados paratratamento
por
um
ou
maisdos
cirurgiões-dentistas,mas
foisomente
com
relação a
17
destesque
os cirurgiões-dentistasmostraram
concordânciaunânime.
Os
dentesem
que
um
ou
mais dos cirurgiões-dentistasidentificaram cáries,
estavam
principalmente dentrode
um
sub-grupodaqueles dentes
que
se julgou necessitarem de tratamento.Contudo, houve
uma
variação considerável entre os cirurgiões-dentistasem
relação a quaisdentes eles
acharam
que estavam
can`ados.O
número
variou de11
até57
dentes.
No
total, a cárie foi registradacomo
estando presenteem 46%
que
eles julgaram necessitar de tratamento, e outros
26%
foram
incapazesde
casos, eles
foram
de opiniãoque
não
havia cárie presente.Após
o
seccionamento, a cárie foi identificada
em
37
dentes,mas
houve
pouca
associação entre estes dentes e aqueles avaliados clinicamente,
como
tendocáries.
Segundo
os autores,há
necessidade urgente de critériosmelhorados
para a avaliação das restaurações.
WALLS
et al 78 estudaram a longevidade das restauraçõesde amálgama,
feitasna
superfície oclusal de primeiros molarespermanentes
de
crianças.Basearam-se
numa
tabela de análise construída a partirde
um
estudo retrospectivo
com
dados de
uma
clinica odontológica.Um
totalde
1.031
restauraçõesde
409
pacientesforam o
objetodo
estudo.A
idadedo
paciente
quando
a restauração foi confeccionada, eo
usoou não
da
anestesia local,
quando
da
realizaçãoda
restauração,foram
os doisprincipais fatores
que
influenciaram a avaliação destas restaurações.O
tempo
médio
de
durabilidade das restaurações de classe I, realizadasem
pacientes
com
6
anos de
idade, foide 2 anos
e2
meses.A
durabilidade dasrestaurações
aumentou
com
a elevaçãoda
idadedos
pacientes,sendo
o
tempo
médio
de
vida para as restaurações de classe I, para pacientescom
12
anos,de
oitoanos
eonze
meses.A
durabilidade relativa das restauraçõesfoi reduzida
em 23%
quando
a anestesia localnão
foi usada eaumentou
em
16%, quando
esta foiempregada.
MJOR56
verificou a regiãode maior
freqüênciade
cáriesecundária
de
acordocom
as várias localizações anatômicas. Para isso,avaliou
1570
restaurações das quais1.238
eram
deamálgama
e332
de
resina
composta.
Vinte e oito cirurgiões-dentistasderam
estas informações0
- 21 - °Biblioteca Universitaria
2
U
FS
G
._,--- _..-:às-I-"'-.:_“-'_-'___
substituídas e outras falharam,
sendo
637
de amálgama"e”"'235'f de resinacomposta.
Cárie secundária foi a razão para substituição de435
restaurações
de
amálgama
(72%)
e102
de resinacomposta
(43%).O
autordesafiou as razões
em
função dos espaços marginais nas superfícies oclusais,como
um
previsorde
cárie recorrente. Eledemonstrou que apenas
7%
dascáries recorrentes se localizavam adjacentes às
margens
oclusais derestaurações
de
amálgama
classe ll, eque
93%
das cáries recorrentes selocalizavam nas regiões interproximais e cervicais das restaurações. Ele
colocou
uma
ênfase muitomaior
na
necessidadede
seleção de técnicas paraa avaliação clínica
do
que
nas propriedades destes materiais.MJOR,
SMlTH59
estudaram a interface dente/restauração,
usando
SEM
( microcospia eletrônica de varredura).Mostraram
defeitos
que
indicamque o
amálgama
não
ésempre
condensado
adequadamente
contra a parededo
preparo cavitário.Um
grandenumero
de
porosidades dentrodo
amálgama
adjacentecomprova
que
acondensação da
liganão
foi adequada.BoYD,
Ricl-1ARDsoN12
vaúfizafam
as razões para asubstituição de restaurações de
amálgama.
Para tal, selecionaram108
cirurgiões-dentistas, cuja
formação acadêmica
deu-senos
últimos25
anos.Estes
removeram
3.662
superfícies restauradascom
amálgama
durante5
dias consecutivos,
de 1.707
dentes.A
média de
remoção
foi de 6,8superfícies/dia
por
dentista.A
principal razão foi cárie. Cárierecorrente(19%) e
novas
cáries (21%), fratura marginal (21%), cárie sob arestauração (10%),
contomo
da
restauração inadequado (3%), excessosestabeleceram
um
comparativocom
o
mesmo
trabalho, feitoem
1974.
Chegaram
às seguintes conclusões: a)A
taxa de substituiçãode
restauraçõesde amálgama, ao
longode 11
anos,tem
permanecido
amesma;
b) Cárienova, recorrente e abaixo
da
restauração constituem aindaa
principal razãopara a substituição
de
50%
das restaurações; c)Em
que
peseuma
diminuição
na
incidência de cane, materiaisde
restauraçõesmelhorados
emedidas
deprevenção
amplamente
disseminadas, a Dentísticade
substituição continua a constituir
uma
parte significantedo
custodo
cuidadoda
saúde dental.Os
resultados deste levantamentolançam o ônus
sobreo
currículo escolar dental e sobre
o
julgamento clínico e as práticasou
habilidades
dos
cirurgiões-dentistas para focalizarem decisõescom
respeitoao
cuidado dentalnos
seguintes aspectos:1. Continuar a suportar ativamente e
implementar
programa
deprevenção da
doença,não
apenas na
clínica particular,mas
também
na
comunidade.
2. Estudos clínicos e epidemiológicos enfatizam
o
usode
selantes para fóssulas e fissuras, a fim
de
adiarou
prevenir a necessidade deuma
restauração.3.
Ao
invés de fazer substituições, deveriam serconsiderados
procedimentos
dereacabamento
e polimento, para a correçãode
deficiênciasmenores,
aumentando
com
isto, a longevidade das4.
O
potencial parauma
restauração clinicamentebem
sucedida
pode
ser facilmenteaumentado
atravésde
uma
familiarizaçãocom
as instruções
do
fabricanteno
que
diz respeito aos materiais de uso diário.5.
Nossa
meta
deveria ser preservar estrutura dental sadia efomecer
serviçosde prevenção
ereacabamento
econômicos
para nossospacientes.
38
KRASSE
concluiuque
nem
todas as fissurasdesenvolvem
lesões clinicamente detectáveis,da
mesma
forma,nem
todasas restaurações defeituosas
desenvolvem
lesões progressivas. Isto sedá
porque
os pré-requisitosda
cárie sãouma
placacom
microorganismos
específicos, junto
com
um
substrato dietético adequado.Não
estandopresentes a placa cariogênica
nem
o
substrato, as cáriesnão
sedesenvolverão, a despeito
da
morfologia dental.É
imperiosoque
semelhorem
os critérios parao
diagnóstico de lesões cariosasnos
dentesrestaurados, cujo processo,
no
futuro,poderá
assentar-seem
uma
avaliaçãomais exata
do
risco de cárie parao
paciente individual, pelo usode
uma
análise
da
dieta, fluxo salivar, capacidadetampão
e testes microbiológicosespecificos.
Qv1sT,
THYLSTRUP,
M.1oR69
analisaramum
questionário, respondido
por
338
cirurgiões-dentistas, paraconhecer
asrazões
de
colocação e substituição de6.052
restauraçõesna
Dinamarca.
Os
pacientes
tinham
maisde
16
anos de
idade.48%
das substituiçõesforam
feitas
por
cáries primárias e52%,
para substituir as restauraçõesque
crianças
foram
feitas substituiçõespor
causada
cárie primária.A
razão paraa substituição das restaurações foi
dependente
do
tipode
dentição,da
idadedo
paciente edotipo de
restauração.Um
terço de todas as restaurações foipor
cárie secundária,nos
dentes permanentes.As
fraturas marginais e decorpo
das restauraçõesforam
outras das duas maiores razões.Em
dentesdeciduos, as fraturas e a perda das restaurações
foram
as duas maioresrazões para a substituição
de
restauraçõesde amálgama, enquanto
a cáriesecundária
causou
menos
deum
quartodo
total das restauraçõessubstituídas.
A
idade das restaurações trocadas variou entreO
e38
anos,sendo
asde
menor
durabilidade registradasem
dentes decíduos eem
dentespermanentes de
criança.MARYNIUK
,KAPLAN51
indicaramum
período de vidamédio
para as restaurações grandes deamálgama
de cerca de6
anos,enquanto que
as restauraçõespequenas tinham
um
período de vidamédio
de cerca
de 11
anos.5
'
MJOR5
sugeriu
que
uma
condensação
ótima (rápidacompressão de pequenos
incrementos) éo
fator mais importantena
produção de
restauraçõesde
amálgama
duradouras. Eletambém
relatouque
ai' qualidade
do
preparocavitário
pode desempenhar
apenas
um
papelsecundário,
uma
vezque apenas
7%
das restauraçõeshaviam
falhadoquando
colocadasem
preparos cavitáriosque foram
situadosna
categoria"não
aceitável". Salienta, ainda,que
aprevenção da
cárie deveria ser alinha mestra,
ou
a linhaorientadora para todo cirurgião-dentista.Em
muitoscasos, isso envolve