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Relatório Detalhado sobre Atividade Profissional Desenvolvida

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Relatório Detalhado sobre Atividade Profissional Desenvolvida

MESTRADO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Fernando Alberto Cabral Cerqueira

Orientador: Ágata Cristina Marques Aranha

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“ A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o

mundo.”

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Relatório Profissional com vista à obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, cumprindo o estipulado no ponto 5 do artigo 10.º do regulamento CRUP da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, sob a orientação do(a) Professora Doutora_ Ágata Cristina Marques Aranha.

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RELATÓRIO DETALHADO SOBRE ATIVIDADE PROFISSIONAL DESENVOLVIDA

Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- i

Agradecimentos

A elaboração de um trabalho envolve de forma direta ou indireta diversas pessoas, que de uma forma ou de outra, acabam por fazer parte da nossa vida. A todas pessoas que contribuíram e tornaram possível este trabalho, aqui deixo o meu sincero agradecimento e apreço, para algumas em particular:

À Professora Doutora Ágata Cristina Marques Aranha, pelo seu perfil rigoroso, exigente e humano. Sem a sua disponibilidade e profissionalismo não teria sido possível a realização deste trabalho.

Aos meus pais, Sofia e José, agradeço todo o amor, apoio, compreensão e disponibilidade demonstrado ao longo da minha vida. Muito obrigado por tudo… espero ser um orgulho para a vossa vida.

Aos meus irmãos, que perto ou perto do coração, sempre me incentivaram a seguir este meu caminho.

E por fim, mas com uma enorme importância para mim, à minha filha Matilde e à minha esposa Catarina. À minha filha, por me proporcionar momentos de alegria e por me fazerem esquecer, muitas vezes, o trabalho e à minha esposa por ter estado sempre presente e por me ter dado força e incentivo para mais este projeto.

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RELATÓRIO DETALHADO SOBRE ATIVIDADE PROFISSIONAL DESENVOLVIDA

Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- ii

Resumo/Sumário

A disciplina de Educação Física foi, durante um largo período de tempo, pouco desenvolvida nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB) em Portugal, fruto da falta de material e de espaços apropriados para a disciplina, mas principalmente, pela falta de formação académica adequada e específica por parte dos professores deste nível de ensino.

Foi através das necessidades detetadas no 1.º Ciclo do Ensino Básico que surgiu o despacho n.º 14460/2008 de 26 de maio, que refere que são consideradas Atividades de Enriquecimento Curricular, as atividades que incidam sobre os domínios desportivo, artístico, tecnológico e das tecnologias da informação e da comunicação de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia da educação. Estas são selecionadas de acordo com os objetivos definidos no projeto educativo do agrupamento de escolas e, deve fazer parte do respetivo plano anual de atividades. São programadas em parceria com entidades promotoras, como as autarquias, as associações de pais e as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), ou os agrupamentos.

Com a introdução da Atividade Física e Desportiva (AFD) no 1.º CEB, foi estabelecida uma nova realidade nas escolas portuguesas, permitindo aos alunos intervenientes uma iniciação desportiva antecipada, uma vez que a AFD promove a prática de desportos individuais e coletivos que não figuram nos programas vigentes do 1.º CEB.

Segundo o Ministério da Educação, as Atividades de Enriquecimento Curricular, (AEC), são definidas enquanto concretização de projetos de enriquecimento curricular e de implementação do conceito da escola a tempo inteiro, no sentido de serem potenciadoras do desenvolvimento pessoal no contexto escolar.

Para este trabalho consideramos importante efetuar o enquadramento pessoal e profissional, de forma a esclarecer a importância da Atividade Física e Desportiva nas Atividades de Enriquecimento curricular (AEC), nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Paralelamente pretendemos igualmente enquadrar a experiencia profissional desenvolvida nas piscinas de Vila Nova de Gaia, com especial incidência na natação de adultos.

Assim, entendemos que para dar significado a este trabalho de mestrado é relevante:

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Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- iii - descrever a carreira profissional no âmbito das AEC como professores de Atividade Física e Desportiva, no concelho Gondomar, nos últimos cinco anos;

- mencionar as diferentes atividades existentes nas escolas deste concelho, as estratégias usadas, a articulação e a supervisão utilizada; as orientações programáticas; a continuidade pedagógica existente; a avaliação dos alunos (diagnóstica, intermédia e final); as condições de trabalho; os fatores que condicionam a (in) satisfação e dificuldades sentidas; os apoios da entidade promotora, bem como da direção do agrupamento, do departamento curricular, do coordenador de estabelecimento e do professor titular de turma e as formações realizadas para este âmbito;

- descrever a carreira profissional no âmbito da natação como professores de natação, com enfase na natação de adultos;

Pretendemos analisar e refletir acerca da atividade profissional, verificar qual a melhor forma de atuar na sala de aula / piscina para que obtenhamos maior êxito enquanto docentes de Atividade Física e Desportiva / Natação, bem como divulgar as estratégias de sucesso utilizadas pelos agrupamentos para cativar os alunos para a prática desportiva, tendo sempre presente os últimos cinco anos de experiência.

Palavras-chave: Escola do 1º Ciclo, Professores, Atividades de Enriquecimento

Curricular, Atividade Física e Desportiva, Natação, Natação Adultos, Alunos e Avaliação.

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Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- iv

Abstract

The Physical Education was, for a long period of time, undeveloped in the Portuguese schools of 1st Basic Teaching Cicle (1st BTC), due to the lack of appropriate equipment and spaces needed to the discipline, but mainly by the lack of academic formation appropriated and specific of the teachers in this level of education.

Due to the needs detected in the 1st BTC, the Dispatch no. 14460/2008 dated from May 26th emerged, which states that are considered Curriculum Enrichment Activities (CEA), the activities related with sport, art, technology and information and communication technology that connect the school with the environment, solidarity and volunteering and the European dimension of education. These are selected according to the objectives defined in the educational project of schools and should be part of their annual plan of activities. They are planned in partnership with the promoting entities, such as local authorities, parents' associations and private institutions of social solidarity (IPSS), or school clusters.

With the introduction of Sport and Physical Activity (SPA) in the schools of 1st BTC, was established a new reality, allowing to the involved students an earlier sport initiation, because it promotes the practice of certain type of individual and collective sports not listed in the programs of 1st BTC.

According to the Ministry of Education, the CEA, are defined as an achievement of curriculum enrichment projects and the implementation of the concept of full-time school, as they enhance personal development in the school context.

In this study, it is important to do a personal and professional development framework, in order to clarify the importance of Physical Education in the Curriculum Enrichment Activities (CEA) in the first cycle schools of basic education. At the same time, we intend to include the professional experience developed in the swimming pools of Vila Nova de Gaia, with special emphasis on adult swimming. Thus, we believe that to give meaning to this master's thesis is relevant:

- to define the concept and the legislation of the Curriculum Enrichment Activities. - to describe our professional career in the CEA as physical education teachers in the Municipality of Gondomar, over the last five years;

- to mention the different activities offered in the schools of this Municipality; the strategies that are being used; the coordination and supervision used; the curriculum guidelines; the existing pedagogical continuity; students’ assessment (diagnosis, midterm and final); work conditions; the factors that influence the (dis)satisfaction and difficulties experienced; the support from the promoting entity, as well as the support

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Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- v from the Direction of the school cluster, the Physical Education Department, the Director of the School and class teacher; and the training conducted in this area;

- describe the professional career in the field of swimming as swimming teachers, with emphasis on adult swimming;

We intend to analyze and reflect on the professional activity, to verify the best way of acting in the classroom / pool so that we obtain greater success as Physical Activity and Sports / Swimming teachers, as well as to divulge the success strategies used by the groupings to captivate the students to practice sports, always keeping in mind the last five years of experience.

Key words: 1st Basic Teaching Cicle, Teachers, Curriculum Enrichment Activities,

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Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- vi

Índice Geral

Agradecimentos I Resumo II Abstract IV Índice Geral VI Índice de Quadros VIII Lista de Abreviaturas VIII Introdução ……… 1

CAPÍTULO I ………. 3

1. Atividades de Enriquecimento Curricular ………..……… 3

1.1 A Educação Física em Portugal ……….………… 3

1.2 Atividades de Enriquecimento Curricular – conceito e legislação………. 5

1.2.1 Atividade Física e Desportiva………. ……….. 7

1.3 Atividades de Enriquecimento Curricular em Gondomar ………. 1.4 Percurso Profissional ………..…………. 12 12 1.4.1 Últimos cinco anos ………..…… 12

1.4.2 Formação Continua Realizada ….………... 16

1.4.3 Continuidade Pedagógica ……….. 17

CAPÍTULO II ……… 18

2. Prática Pedagógica em Atividade Física e Desportiva no 1º Ciclo ……… 18

2.1 Orientações Programáticas ………. 18

2.1.1 Unidades Didáticas ………. 25

2.2 Estratégias Utilizadas ……….………. 27

2.3 Avaliação das Aprendizagens……… 28

2.3.1 Avaliação Inicial (com carater diagnóstico) ……….. 29

2.3.2 Avaliação Intermédia (com Carater Formativo) ……….. 30

2.3.3 Avaliação Final (com carater Sumativo) ………. 31

CAPÍTULO III ……….……….. 33

3. Natação – A outra vertente Profissional ……… 33

3.1 Caracterização da Escola Municipal de Natação de Gaia – Piscinas Municipais de Vila Nova de Gaia ………..……… 35

3.2 Natação de Adultos – Adaptação ao Meio Aquático ………..… 36

3.3 Desenvolvimento das capacidades aquáticas Básicas em Adultos………... 37 3.3.1 Respiração ……….……… 3.3.2 Flutuação ……… 3.3.3 Relaxamento ……….. 3.3.4 Equilíbrio ………... 3.3.5 Propulsão ………..……… 37 37 38 39 39

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Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- vii Conclusão ……… 41 Bibliografia ……… 43

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Fernando Alberto Cabral Cerqueira --- viii

Índice de Quadros

Quadro 1 – Domínio do Desenvolvimento ………. 11

Quadro 2 – Exemplo de Plano de Aula ……….. 19

Quadro 3 – Grelha Anual do 1º e 2º anos ………. 21

Quadro 4 – Grelha Anual do 3º e 4º anos ………. 22

Quadro 5 – Grelha das Matérias ………. 23

Quadro 6 – Exemplo de Unidade Didática de Basquetebol ………. 25

Quadro 7 – Exemplo de Unidade Didática de Arco e Bola ………... 26

Quadro 8 – Ficha de Avaliação Intermédia e Final das AEC ………. 32

Abreviaturas

1.º CEB – 1.º Ciclo do Ensino Básico

AEC – Atividades de Enriquecimento Curricular AF – Atividade Física

AFD – Atividade Física e Desportiva

AFDEC – Atividade Física e Desportiva de Enriquecimento Curricular CRSE – Comissão de Reforma do Sistema Educativo

DE – Desporto Escolar

EEFM – Expressão e Educação Físico-Motora EF – Educação Física

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Introdução

Alguns estudos realizados sobre a Atividade Física (AF) apontam para a necessidade de se promover este tipo de atividades em idades mais jovens, como forma de criar determinados hábitos de vida ativos e mais saudáveis, evitando-se assim, certo tipo de comportamentos sedentários que são amplamente considerados pela literatura como menos aconselháveis.

Ridgers, Stratton e Fairclough (2006) asseguram que é na escola que se proporciona o ambiente mais favorável para o desenvolvimento e promoção de programas que promovam a AF nos alunos, em benefício de determinados hábitos e estilos de vida considerados saudáveis.

A disciplina de Educação Física (EF) tem sido colocada para um segundo plano das atividades curriculares disciplinares que são desenvolvidas nas Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB).

Apesar dos programas do 1.º CEB contemplarem a disciplina de EF como uma área disciplinar de carácter obrigatório, designada por Expressão e Educação Físico-Motora (EEFM), a verdade é que ela tem sido, regra geral, pouco desenvolvida nas escolas Portuguesas, pela falta de espaços físicos (abertos ou fechados) adequados às suas práticas, pela inexistência de material próprio e necessário para a disciplina, mas sobretudo, pela falta de formação académica adequada e específica por parte dos professores do 1.º CEB. Deste modo, a disciplina de EEFM foi ficando esquecida dentro do panorama curricular obrigatório do 1.º CEB, o que provocou que uma grande parte dos alunos ficasse privada de conhecer, contactar, participar e desenvolver determinados conteúdos e habilidades técnicas próprias da disciplina, que são consideradas essenciais para o desenvolvimento harmonioso das crianças.

Sugere-se que a EF tem o potencial de contribuir de formas distintas para o desenvolvimento de habilidades motoras e competências físicas fundamentais nas crianças, que são precursores para um posterior estilo de vida ativo de atividades físicas desportivas (Bailey, 2006).

Mais recentemente, no ano letivo de 2006/2007 surgiu a Atividade Física e Desportiva (AFD) como uma Atividade de Enriquecimento Curricular (AEC), no âmbito do Programa de uma “Escola a Tempo Inteiro” que previa o prolongamento do horário escolar com atividades extracurriculares não obrigatórias, tendo por isso um tipo de participação facultativa por parte dos alunos que as frequentam.

A AFD é uma AEC que contém um programa e conteúdos próprios, proporcionando aos seus intervenientes uma iniciação desportiva antecipada, uma vez que promove a prática de determinados desportos individuais e coletivos, que não figuram nos

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programas vigentes da EEFM. A promoção de experiências agradáveis de atividade física desde tenra idade e a disciplina de Atividade Física e Desportiva no 1º Ciclo do Ensino Básico constitui um veículo potencialmente importante para fomentar o gosto pela atividade física. Assim sendo, a área de Atividade Física e Desportiva deverá contribuir para um bem-estar global e geral, permitindo às crianças a aquisição de conhecimentos necessários e inserindo-os em atividades estimulantes.

Foi com o propósito de uma ocupação pedagogicamente opulenta e variada, suplementada com as aprendizagens das competências básicas, para todas as crianças, que as AEC surgiram nas Escolas do primeiro Ciclo do Ensino Básico do concelho de Gondomar. Estas atividades permitiram que as crianças frequentassem atividades pedagógicas das 9h00 às 17h30 privilegiando a Escola a tempo Inteiro, bem como um apoio acrescido à família.

Assim, consideramos que o nosso trabalho, enquanto professores de Atividade Física e Desportiva, deve continuar a ser articulado com os professores titulares de turma, como tem vindo a ser, pois só com este propósito, concomitantemente com a comunicação entre todos os professores, os alunos terão uma aprendizagem de e com sucesso.

Deste modo, e no decorrer deste relatório apresentamos o enquadramento teórico e legal das AEC, a carreira profissional, quer no 1º ciclo quer na Escola Municipal de Natação de Gaia, referindo as estratégias, as metodologias, as condições de trabalho, os apoios, a supervisão, a articulação e as conclusões.

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CAPÍTULO I

1. Atividades de Enriquecimento Curricular

1.1- A Educação Física em Portugal

Antes de existirem as Atividades de Enriquecimento Curricular, no sistema educativo do 1.º CEB, era através da Educação Física (EF) que os jovens tinham o primeiro contacto com as atividades físicas e desportivas na escola (Silveira, 2007).

Esta autora refere ainda que a designação que a disciplina de EF tem revelado historicamente no nosso país varia entre a Ginástica, Educação Física, Educação Desportiva, Educação Motora, Motricidade e Desporto, entre outras, não sendo por isso consensual a sua terminologia. Atualmente, esta disciplina designa-se por Educação Física a partir do 2º Ciclo do Ensino Básico (5º e 6º ano) até ao final do Ensino Secundário (12º ano).

A EF promove assim um conjunto de potencialidades e habilidades específicas que não são atribuíveis fora do seu âmbito a qualquer área curricular disciplinar lecionada desde o Ensino Básico até ao Ensino Secundário.

A EF é uma disciplina de carácter obrigatório desde o 1º ano do CEB até ao 12º ano do Ensino Secundário, na qual os alunos experimentam diversas atividades físicas e desportivas, com eventuais benefícios para os alunos que nelas participam.

No 1.º CEB a EF é designada por Expressão e Educação Físico-Motora (EEFM). Os programas curriculares do 1.º CEB contemplam à EEFM oito principais blocos, sendo eles: Perícia e Manipulação; Deslocamentos e Equilíbrios; Ginástica; Jogos; Patinagem; Atividades Rítmicas Expressivas (Dança); Percursos na Natureza e a Natação. Nestes oito blocos, podemos encontrar os seguintes objectivos gerais que são comuns a todos:

1. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas: • Resistência Geral;

• Velocidade de Reação simples e complexa de Execução de ações motoras básicas, e de Deslocamento;

• Flexibilidade;

• Controlo de postura;

• Equilíbrio dinâmico em situações de «voo», de aceleração e de apoio instável e/ou limitado;

• Controlo da orientação espacial; • Ritmo;

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2. Cooperar com os companheiros nos jogos e exercícios, compreendendo e aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios de cordialidade e respeito na relação com os colegas e o professor.

3. Participar, com empenho, no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos de atividades, procurando realizar as ações adequadas com correção e oportunidade.

Como objetivos específicos por blocos, temos:

1- Perícia e Manipulação: Realizar ações motoras básicas com aparelhos portáteis, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento ou combinação de movimentos, conjugando as qualidades da ação própria ao efeito pretendido de movimentação do aparelho.

2- Deslocamentos e Equilíbrios: Realizar ações motoras básicas de deslocamento, no solo e em aparelhos, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento, ou combinação de movimentos, coordenando a sua ação para aproveitar as qualidades motoras possibilitadas pela situação.

3- Ginástica: Realizar habilidades gímnicas básicas em esquemas ou sequências no solo e em aparelhos, encadeando e ou combinando as ações com fluidez e harmonia de movimentos.

4- Jogos: Participar em jogos ajustando a iniciativa própria e as qualidades motoras na prestação às possibilidades oferecidas pela situação de jogo e ao seu objetivo, realizando habilidades básicas e ações técnico-táticas fundamentais, com oportunidade e correção de movimentos.

5- Patinagem: Patinar com equilíbrio e segurança, ajustando as suas ações para orientar o seu deslocamento com intencionalidade e oportunidade na realização de percursos variados.

6- Atividades Rítmicas Expressivas: Combinar deslocamentos, movimentos não locomotores e equilíbrios adequados à expressão de motivos ou temas combinados com os colegas e professor, de acordo com a estrutura rítmica e melodia de composições musicais.

7- Percursos na Natureza: Escolher e realizar habilidades apropriadas em percursos na natureza, de acordo com as características do terreno e os sinais de orientação, colaborando com os colegas e respeitando as regras de segurança e preservação do ambiente.

8- Natação: Em piscina com pé, em situação de exercício ou de jogo, utilizando objetos variados flutuantes e submersos: Coordenar a inspiração e a expiração em diversas situações simples com e sem apoios, fazendo a inspiração curta e a expiração completa ativa e prolongada só pela boca, só pelo nariz e, simultaneamente, pelas duas vias.

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O programa torna-se assim exclusivo pela pretensão de promover o desenvolvimento das capacidades motoras, a aprendizagem de conteúdos significativos da cultura motora e a aquisição de hábitos de vida ativa, em que a participação dos alunos nas atividades possibilite a implementação de determinados valores e atitudes (Silveira, 2007).

O programa prescreve as aprendizagens essenciais, nomeia os conteúdos programáticos e inventaria as condições práticas necessárias ao seu desenvolvimento, numa linguagem clara e acessível ao professor do 1.º CEB, atribuindo-lhe a responsabilidade da seleção e organização da atividade letiva, devendo este respeitar os objetivos estabelecidos pelo programa, as aptidões dos alunos e os seus interesses, as características da dinâmica social do grupo e as possibilidades de aproveitamento dos recursos materiais da escola (Silveira, 2007).

Assim se constata, que a EEFM é uma área disciplinar que poderá proporcionar aos alunos determinadas vivências consideradas enriquecedoras para o seu currículo desportivo escolar e que, atualmente, não se encerram em si mesmas, pela possibilidade existente que os alunos têm de poder participar na AFD, que é desenvolvida no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular

Apesar da EF e do Desporto Escolar (DE) serem as principais áreas incumbidas da formação da corporalidade dos indivíduos na escola, estas parecem estar imersas num esquecimento generalizado (Silva et al. 2001 citado por Brandão, 2010), principalmente, devido ao facto da maioria dos professores do 1º CEB tender a esquecer de dar esta disciplina.

Deveria ser mais consensual a importância que a EF tem no panorama educacional e curricular da escola portuguesa, realidade que segundo o autor não acontece, sendo relegada para segundo plano a única área curricular disciplinar que trata dos aspetos relacionados com as capacidades, habilidades e destrezas motoras do corpo (Brandão, 2010).

1.2 - Atividades de Enriquecimento Curricular- Conceito e Legislação

Foi com o despacho n.º 16795/2005 que aprova o regime de funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico, que foram tecidas considerações sobre a importância do desenvolvimento das AEC. No entanto, só com o despacho da Ministra da Educação n.º 12591/2006 de 16 de junho, é criado o Programa de Atividades de Enriquecimento Curricular. É enfatizada a expressão

Enriquecimento Curricular e é considerada a urgência de adaptar o tempo de

permanência das crianças nas escolas às necessidades das famílias, bem como de garantir que esses tempos sejam pedagogicamente ricos, assumindo-se claramente a

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implementação do conceito da “Escola a Tempo Inteiro”. Com a introdução do “Programa Escola a Tempo Inteiro”, em 2005/2006, o Ministério da Educação, procurou dar resposta à Lei de Bases do Sistema Educativo. Esta prevê “ações” orientadas para a formação integral e a realização pessoal dos educandos no sentido da utilização criativa e formativa dos seus tempos livres”, visando nomeadamente “o enriquecimento cultural e cívico, a educação física e desportiva, a educação artística e a inserção dos alunos na comunidade”, valorizando “a participação e o envolvimento das crianças na sua organização, desenvolvimento e avaliação”.

É neste novo conceito, que se integra a Atividade Física e Desportiva através do Programa de Generalização do Ensino de Inglês e de outras atividades de enriquecimento curricular. Atualmente, as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), encontram-se implementadas e em pleno funcionamento nas Escolas Básicas do 1º Ciclo. São pedagogicamente ricas e complementares das aprendizagens curriculares, ligadas à aquisição das competências básicas e incidem nos domínios desportivo, artístico, científico, tecnológico e das tecnologias da informação e comunicação, de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia da educação.

A regulamentação das AEC surgiu com a aplicação do Despacho n.º14460/2008 de 26 de Maio, no entanto sofreu algumas alterações com o Decreto-Lei n.º 169/2015 de 24 de agosto. Neste, consolida-se o conceito de Escola a Tempo Inteiro, demarcado pela oferta de um conjunto de aprendizagens enriquecedoras do currículo ao mesmo tempo que se enfatiza a articulação entre o funcionamento da escola e a organização de respostas sociais no domínio do apoio às famílias.

Às AEC é lhes dado, para além de um caracter gratuito, um caracter facultativo, ou seja, os Encarregados de Educação têm a possibilidade de optar se os seus educandos as frequentam ou não.

As AEC são selecionadas e planificadas pelos agrupamentos de escola de acordo com os objetivos definidos no Projeto Educativo e devem constar no Plano Anual de Atividades, possibilitando deste modo, a articulação curricular horizontal e vertical entre todas as disciplinas. As AEC surgem então em Portugal com a publicação do Despacho nº 12591/2006 (2ª Série), considerando-se como actividades de enriquecimento do currículo, aquelas que incidem sobre os domínios desportivo, artístico, científico, tecnológico e das tecnologias da informação e comunicação, nomeadamente:

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b) Ensino do inglês;

c) Ensino de outras línguas estrangeiras; d) Atividade física e desportiva;

e) Ensino da música;

f) Outras expressões artísticas;

g) Outras atividades que incidam nos domínios identificados.

As AEC são, conforme o nome indica, atividades com o intuito de enriquecer ou melhorar as atividades curriculares, surgindo assim como um complemento enriquecedor e não como um substituto das mesmas. Nelas os alunos são os produtores e realizadores da sua própria aprendizagem, num trabalho de colaboração que é voluntariamente posto em prática, diversificando os seus tempos livres, enriquecendo o seu currículo, promovendo a sua formação integral, a integração de novos saberes e contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal e social (Brandão, 2010).

Cabe às entidades promotoras: autarquias, associações de pais e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) ou agrupamentos trabalharem em parceria, para que as AEC sejam programadas. No entanto, é da responsabilidade do Estado Português financiá-las, tendo o objetivo de complementar a formação dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico e visam adaptar o tempo de permanência das crianças na escola às necessidades das famílias.

1.2.1 Atividade Física e Desportiva

Importa esclarecer inicialmente que se pretende que a Atividade Física e Desportiva (AFD) funcione como enriquecimento curricular e não como substituição da Expressão e Educação Físico-Motora (Maria & Nunes, 2006).

Atualmente as orientações programáticas para a AFD do 1.º CEB são o resultado do Despacho nº 12 591/2006 (2ª Série) publicado em Diário da República nº 115 de 16 de Julho, no qual se enquadra a realização das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC).

A AFD constitui um elemento fundamental quer na dimensão da saúde quer na dimensão cívica, uma vez que não só permite à criança ganhar consciência do seu corpo e do mundo que a circunda, como também lhe providencia o espaço para os seus primeiros contactos sociais dentro de um grupo. Favorece o desenvolvimento de

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práticas e estilos de vida mais saudáveis, hoje ainda mais importante face ao problema do excesso de peso e da obesidade nas faixas etárias mais baixas.

É através do artigo 12º do capítulo III, seção II do Despacho nº 8683/2011 de 28 de Junho (que altera o Despacho n.º 14460/2008 de 26 de Maio) que é traçado o perfil do professor de atividade física e desportiva. Este deve possuir habilitações profissionais ou próprias para a docência da disciplina de Educação Física no Ensino Básico, ou possuir uma licenciatura em Desporto. É também mencionado, no artigo 13º, que as turmas devem ser constituídas no máximo por vinte cinco alunos, sendo que apenas é possível integrar em simultâneo alunos do 1º e 2º anos (onde se deve desenvolver a área da Atividade Física) e alunos do 3º e 4º anos (onde se deve desenvolver a área da Atividade Desportiva). Deste modo, nos 1º e 2º anos as atividades realizadas devem ser variadas, preferencialmente lúdicas, por forma a permitir a cada criança um aumento do repertório motor e uma melhoria geral da sua motricidade, enquanto que para os 3º e 4º anos as atividades devem decorrer em ambiente pré-competitivo, regendo-se por normas e regras específicas e universais com maior grau de exigência.

Assim, os conteúdos programáticos para a Atividade Física (1.º e 2.º ano), são:

1- Exploração da Natureza - Descoberta do meio ambiente, através da sua exploração.

2- Deslocamentos e Equilíbrio - Manutenção de uma postura que permita a realização continuada de novas atividades.

3- Rítmicas e Expressivas - Realização de movimentos locomotores, posturais e criativos, através da expressão corporal.

4- Jogos - Abordagem de práticas lúdico-motoras associadas à cultura popular.

5- Atividades de Manipulação - Relacionamento específico e intencional entre o praticante e os objetos.

6- Oposição e Luta - Domínio de comportamentos de oposição e confronto corporal.

Os conteúdos programáticos para a Atividade Desportiva (3.º e 4.º ano), são:

1- Jogos Pré-desportivos - Aquisição de competências que permitam a rápida aprendizagem dos jogos desportivos.

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2- Andebol - Desenvolvimento de ações motoras e aquisição de habilidades específicas às ações técnico-táticas.

3- Basquetebol - Desenvolvimento de ações motoras e aquisição de habilidades específicas às ações técnico-táticas

4- Futebol - Desenvolvimento de ações motoras e aquisição de habilidades específicas às ações técnico-táticas

5- Voleibol - Desenvolvimento de ações motoras e aquisição de habilidades específicas às ações técnico-táticas

6- Atletismo - Desenvolvimento das ações motoras básicas: correr, saltar e lançar.

7- Ginástica - Abordagem de destrezas gímnicas: enrolamentos,

deslocamentos e posições de equilíbrio.

8- Natação - Adaptação ao meio aquático e abordagem de ações de imersão, propulsão, respiração e flutuabilidade.

No que concerne à duração semanal das atividades, o Despacho nº 8683/2011 de 28 de Junho mencionada que as aulas devem ser fixadas entre noventa e cento e trinta e cinco minutos por semana e em dias alternados. Porém esta gestão fica a cargo da Entidade Promotora em concordância com a Direção do Agrupamento de Escolas.

Na realidade, a participação na atividade física e desportiva promove o conhecimento acerca do meio, o desenvolvimento de habilidades de caráter cognitivo, motor e o estabelecimento de relações. De uma forma mais expressiva e ilustradora, toda a atividade física realizada deverá ir de encontro às expetativas de cada sujeito, pois só assim se poderão favorecer, manifestamente, hábitos de atividade física ativos nos adultos induzidos pela prática enquanto crianças. Por conseguinte, não se pode atropelar o papel da atividade física no contexto escolar, sendo imperativo na escola, através da disciplina de Educação Física é determinante na aprendizagem e nas vivências de atividades físicas dos nossos alunos. Cabe-nos, portanto, como professores de AFD motivar os alunos para a prática desportiva, bem como incrementar hábitos saudáveis de atividade física regular. Assim, consideramos que realmente é necessário que a duração das aulas de AFD seja de cento e trinta e cinco minutos distribuídos, semanalmente, por um bloco de noventa minutos e um de quarenta e cinco.

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De facto, podemos então mencionar que as aulas de Atividade Física e Desportiva são reconhecidas como um local privilegiado, não só para um desenvolvimento corporal e desportivo, no alicerçar de ideias e assimilação de comportamentos para a sua manutenção futura, como também um local de promoção das atividades físicas regulares.

Assim, a Atividade Física e Desportiva nas primeiras fases do processo educativo (1º Ciclo), necessita de facultar à criança um programa rico e variado, através do qual eles tenham oportunidade de adquirir as habilidades motoras básicas, ganhar confiança em si próprias e adquirir os primeiros conhecimentos simples, acerca do exercício e a sua contribuição para uma boa saúde e aptidão. Ou seja, é nesta fase que as crianças irão aperfeiçoar as habilidades fundamentais gerais como correr, saltar, etc… e as habilidades fundamentais específicas (combinação de duas ou mais habilidades e a sua automatização).

Logo, as orientações programáticas da Atividade Física e Desportiva no 1º Ciclo do Ensino Básico procuram desenvolver o domínio global das capacidades motoras, bem como oferecer aos alunos experiências concretas e variadas para que estes possam desenvolver o seu esquema corporal.

Assim, é com a aplicação destas atividades e a estimulação das capacidades da criança que conseguiremos proporcionar o seu desenvolvimento global, bem como valorizar a sua motricidade. Deste modo, consideramos que as principais finalidades da Atividade Física e Desportiva são:

a) possibilitar o desenvolvimento funcional das capacidades motoras;

b) a melhoria das habilidades motoras nos diferentes tipos de atividades, conjugando as suas iniciativas com a ação dos colegas e aplicando corretamente as regras;

c) a promoção do desenvolvimento integral do aluno, favorecendo o reforço da oferta educativa numa perspetiva interdisciplinar e integrada com as restantes aprendizagens escolares;

d) a aquisição de hábitos e comportamentos de estilos de vida saudáveis que se mantenham na idade adulta, contribuindo para o aumento dos índices de prática desportiva da população portuguesa;

e) o espírito desportivo e do fair-play, no respeito pelas regras das atividades e por todos os intervenientes e estimula a tomada de consciência para a usufruto da natureza numa perspetiva da sua preservação.

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Nas aulas procuramos proporcionar um conjunto de experiências com caráter lúdico, numa atitude e ambiente pedagógico de exploração e descoberta de novas possibilidades de ser e realizar-se. Neste entendimento, proporcionamos uma atividade lúdica, por vezes, determinada pela própria criança, por vezes introduzidas por nós, preparando, deste modo, as etapas seguintes de desenvolvimento motor. Desta forma, atuamos de acordo com as prioridades gerais de desenvolvimento multilateral e de estruturação do comportamento motor, bem como numa perspetiva de expetativa das crianças, ou seja tentamos realizar tarefas mais ousadas e aliciantes, explorando ao máximo novas capacidades e dificuldades que os alunos possam vencer.

Deste modo, a Atividade Física e Desportiva é uma componente intransferível da educação, sendo que as atividades lúdicas e pré-desportivas são fundamentais para o desenvolvimento integral e harmonioso da criança. Neste âmbito, nas aulas consideramos os três grandes domínios do desenvolvimento: o cognitivo, o sócio-afetivo e o psicomotor, como se verifica no quadro abaixo:

Quadro 1 – Domínios do Desenvolvimento

Domínio Capacidades a Desenvolver

Psicomotor

- Coordenação motora global;

- Execução de elementos e gestos técnicos e táticos específicos a cada modalidade;

- Resistência geral; - Flexibilidade e agilidade; - Ritmo;

- Controlo da orientação espacial;

- Velocidade de reação simples e complexa de execução de ações motoras básicas e de deslocamento;

- Equilíbrio dinâmico em situações de “voo”, de aceleração e de apoio instável e/ou limitado;

- Auto estima; - Auto confiança; - Motivação intrínseca.

Sócio-afetivo

- Respeito pelo próximo; - Cooperação;

- Responsabilidade;

- Cordialidade e autocontrolo;

Cognitivo

- Interpretação correta dos exercícios realizados; - Compreensão, aplicação e cumprimento de regras;

- Realização de forma correta das componentes críticas de cada exercício;

- Expressão oral com correção de alguns elementos da atividade; - Utilização destas aprendizagens noutras áreas curriculares;

Por conseguinte, a nossa atuação enquanto professores de Atividade Física e Desportiva, no âmbito das AEC, é estruturada através de estímulos e vivências diversificadas, tendo em conta todas as dimensões dos três domínios de

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aprendizagem, para que no final do processo de ensino-aprendizagem todos os alunos tenham adquirido um conjunto de competências fundamentais.

1.3 Atividades de Enriquecimento Curricular em Gondomar

A Câmara Municipal de Gondomar em articulação com os Agrupamentos de Escolas organiza as Atividades de Enriquecimento Curricular. Estas promovem competências específicas nas áreas da Atividade Física e Desportiva, do Ensino do Inglês, do Ensino da Música, das Expressões Lúdico-Artísticas .

1.4 Percurso Profissional

Docente Profissionalizado em Educação Física 2º Ciclo, em 1999/2000, efetuamos um estágio pedagógico, mais precisamente na Escola Preparatória de Macedo de Cavaleiros. No ano letivo 2000/2001 iniciamos a atividade profissional como professores de Educação Física na Escola Básica 2/3 Padre João José do Amaral, em Lagoa (Açores), tendo nos anos letivos seguintes uma passagem pela docência no Primeiro Ciclo do Ensino Básico. O primeiro contato com a Atividade Física e Desportiva acontece no ano letivo 2006/2007 através do Município de Gondomar e mantém-se até à actualidade.

Foi em 2007 que iniciamos o ensino da Natação pelo pelouro de desporto da GAIANIMA – EEM em Vila Nova de Gaia. Atualmente a empresa que presta os serviços de Recursos Humanos à escola Municipal de Natação de Gaia, é a Nível Ativo com sede em Gondomar. Estes trabalhos mantêm-se até hoje.

1.4.1 Últimos cinco anos

Fazendo uma retrospetiva dos últimos anos, enquanto professores de Atividade Física e Desportiva e de Natação, é importante referirmos que tudo fizemos para motivar os alunos para uma prática desportiva, quer na Escola, quer fora dela.

A Organização Curricular e os Programas do Ensino Básico do 1.º CEB referem que, os períodos críticos das qualidades físicas e das aprendizagens psicomotoras fundamentais se situam até ao final do 1.º CEB.

O mesmo documento alerta ainda que a falta de atividade apropriada se traduz em carências que são frequentemente irremediáveis. Por outro lado, o desenvolvimento físico da criança atinge estádios qualitativos que precedem o desenvolvimento cognitivo e social. Assim, a atividade física educativa tem o carácter de oferecer aos

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alunos algumas experiências concretas, necessárias às suas abstrações e operações cognitivas inscritas nos programas de outras áreas, preparando os alunos para a sua abordagem ou aplicação.

Nos últimos cinco anos exercemos a nossa profissão nas Escolas do 1º Ciclo do Município de Gondomar em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo e nas piscinas Municipais do Município de Vila Nova de Gaia inserido no pelouro de desporto da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

Assim, no ano letivo de 2013/2014, lecionamos a disciplina de Atividade Física e Desportiva, na Escola Básica do Primeiro Ciclo da Boucinha, tendo-nos sido atribuídas turmas desde o Jardim-de-infância ao 4º ano de escolaridade. O horário semanal foi de 20 horas, sendo duas dedicadas á Unidade de Autismo.

É de referir que a Unidade de Autismo tinha aulas de quarenta e cinco minutos, duas vezes por semana. A turma era composta por cinco alunos, um dos quais apresentava limitações motoras. Tendo em conta esta premissa, realizamos aulas de componente lúdica, favorecendo sempre o trabalho individualizado e por estações e verificamos, com enorme satisfação, uma grande evolução ao nível da lateralidade, coordenação motora, deslocamentos, equilíbrio estático e dinâmico, perícias e manipulações. Com a aluna com paralisia cerebral realizamos manipulações e também verificamos uma pequena (que neste caso se tornou enorme) evolução na motricidade fina.

“Deve haver comprometimento para se adotar a diferença e valorizar as contribuições de todos os participantes, quaisquer que sejam as suas caraterísticas ou as suas histórias”. (Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura,

2015 pág.9)

Lecionamos a disciplina de natação na piscina Municipal de Maravedi, onde nos foram atribuídas turmas de crianças e Adultos.

Nas aulas de natação os alunos são distribuídos por níveis e em cada nível o professor dispõe de duas pistas para trabalhar. Na nossa opinião, a atribuição de duas pistas por turma favorece o processo de ensino-aprendizagem, pois assim distribuímos os alunos do mesmo nível de acordo com as suas características. Também trabalhamos com diversos materiais para ajudar os alunos a melhorar as suas capacidades motoras. Estes são controlados ao longo da piscina e são dados feedbacks individuais e coletivos.

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Os feedbacks são dados no decorrer do exercício a cada aluno, com o objetivo de corrigir os erros e melhorar a sua prática (individual), quando o exercício termina procuramos falar de uma forma global acerca dos principais erros detetados e como os devem corrigir (coletivos). Tentamos sempre motivar os alunos através de feedbacks positivos no decorrer das aulas, e realizamos jogos lúdicos no final das mesmas (onde às vezes participamos) com vista à integração e interação entre todos os alunos.

A utilização de diferentes materiais, para além de motivar e aperfeiçoar as práticas motoras dos alunos, permite também variar o tipo de aulas. Demonstramos o que pretendemos com os exercícios, através dos gestos técnicos e através de uma linguagem cientificamente correta e adequada aos escalões etários.

É importante referir que, apesar de serem disciplinas diferentes com objetivos diferentes, a forma de trabalhar com as duas populações (crianças e adultos) também é completamente diferente quer no tipo de linguagem (adequada sempre à idade da população alvo), quer no tipo de feedbacks utilizados.

No ano letivo de 2014/2015, com um horário de 18 horas, lecionamos a disciplina de Atividade Física e Desportiva, na Escola Básica do 1º Ciclo da Venda Nova com turmas desde o Jardim-de-Infância ao 4º ano.

Neste ano foram-nos atribuídas turmas de natação para Bebés e crianças, bem como turmas de natação de Adultos na piscina Municipal de Maravedi.

No que diz respeito às aulas de natação para bebés, estas têm a duração de 40 minutos e são lecionadas na presença dos pais. As aulas são sempre dadas com materiais variados e apelativos, onde todos os bebés e os pais participam. Temos como objetivo primordial a socialização e a adaptação ao meio aquático. Utilizamos como estratégia de ensino, os exercícios em grupo onde todos os bebés realizam os exercícios em circuito ou por estações com os pais ou com o professor. Consideramos que, com este tipo de trabalho conseguimos que os bebés se ambientem ao meio aquático e à sua envolvência.

Em 2015/2016 voltamos a lecionar a disciplina Atividade Física e Desportiva na mesma Escola (Escola Básica da Venda Nova), tendo-nos sido atribuído todas as turmas do primeiro ciclo. Neste ano o horário semanal foi de 20 horas.

Na Piscina Municipal Aurora Cunha, em Pedroso, foi-nos atribuído um horário que contemplava turmas iniciação para adultos e turmas de natação para bebés e

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crianças. Devido ao facto de ser uma Piscina totalmente nova e sem pessoal experiente, fomos convidados a fazer parte do pessoal docente e assim acrescentar experiência aos colegas que formaram connosco o “Par Pedagógico” nas aulas de Crianças 1 (AMA), sempre que as turmas ultrapassassem os 11 alunos.

No ano letivo de 2016/2017 lecionamos a disciplina de Atividade Física e Desportiva na mesma Escola Básica da Venda Nova, onde nos foram atribuídas as turmas de 3º e 4º ano, perfazendo um total de 10 horas semanais. A redução de horário na AFD teve a ver com a alteração dos horários escolares, bem como o aumento de horas na Piscina Municipal Aurora Cunha (22 horas).

Continuamos na mesma piscina a dar aulas de Natação, dando continuidade pedagógica, à maioria das turmas que lecionamos no ano letivo anterior.

Neste ano letivo de 2017/2018 estamos a lecionar a disciplina de Atividade Física e Desportiva na Escola Básica da Venda Nova em Rio Tinto, onde somos responsáveis por turmas de 1º e 2º anos. O horário semanal é de 10 horas.

Inserido no pelouro de desporto da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, continuamos a lecionar a disciplina de natação na Piscina Municipal de Lever, onde nos foram atribuídas turmas de crianças de vários níveis e turmas de adultos.

“Ninguém começa a ser educador numa terça-feira às quatro da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na pratica e na reflexão sobre a prática.” (Freire,

1991, pag.58)

A capacidade de refletir sobre as próprias práticas assume-se como o principal instrumento que permite adquirir os atributos de um profissional pedagogicamente competente, capaz de providenciar um ensino eficiente e adaptado a qualquer contexto de trabalho.

Assim, ao longo do percurso profissional temos procurado aplicar os conhecimentos adquiridos através da formação de base – Professor de Educação Física, através da experiência que fomos obtendo ao longo dos vários anos que lecionamos, bem como através das formações que fomos realizando.

São estes três tipos de conhecimentos que nos têm possibilitado criar diferentes estratégias para as diferentes turmas e alunos favorecendo a aprendizagem, a

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maximização das capacidades dos alunos, o envolvimento dos alunos na aula e principalmente a motivação dos mesmos para a prática desportiva.

1.4.2 Formação Continua Realizada

A Valorização Profissional de um professor passa pela formação contínua ao longo da sua carreira. Assim, o professor deve procurar reciclar e aperfeiçoar os seus conhecimentos bem como as suas práticas pedagógicas. Orientada para a melhoria da qualidade de desempenho dos professores e no desenvolvimento profissional dos docentes, a formação contínua, possibilita a melhoria da qualidade do ensino e permite que se articule com os objetivos de política educativa local e nacional.

A expressão Formação Continua, muito utilizada no cenário educacional, tem sido atrelada à qualidade da educação e, do mesmo modo, à qualidade de ensino. Essa associação acena para a complexidade desse processo, que requer atenção, planeamento e perseverança. É o exercício de uma prática pedagógica de qualidade diretamente relacionado à formação de profissionais alicerçados numa fundamentação teórica consistente, associada à contínua articulação entre a teoria e a prática.

Através da Formação Continua, os professores, tornam-se mais capacitados para ponderar sobre todos os aspectos pedagógicos e, para além deles, propor estratégias com a finalidade de sanar as dificuldades e instalar mudanças significativas em toda a comunidade escolar.

Nesta perspetiva, a análise das necessidades de formação individuais, visa a identificação das prioridades de curto prazo, constitui-se como eixo central da conceção do plano anual ou plurianual de formação, e tem por base os resultados da reflexão diária que vamos efectuando, apurando assim as necessidades de desenvolvimento profissional e pessoal.

Deste modo, o diálogo e a troca de ideias com colegas de profissão, aparece como uma excelente partilha de saberes e experiências, quer através das formações contínuas desenvolvidas pelas entidades promotoras. Apesar de termos frequentado várias formações desde o término da licenciatura, consideramos que a aprendizagem e formação pessoal, não é algo estanque, mas sim algo que teremos sempre que acrescentar à nossa experiência letiva.

Através destas formações pudemos trocar experiências entre colegas acerca das formas de atuar na sala de aula ou fora dela, de prevenir situações de indisciplina, de motivar os alunos, entre outros. Todas estas situações faladas e discutidas foram de

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extrema importância para as nossas aulas, pois pudemos alterar ou adaptar a nossa forma de atuar na aula.

Assim, consideramos que todas as formações que frequentamos facultaram-nos, para além de novos conhecimentos, uma mudança na rotina e na sala de aula tornando as aulas mais ricas, variadas, motivadoras e estimulantes para os alunos.

1.4.3 Continuidade Pedagógica

No caso das crianças que acabam de integrar a escolaridade, com a entrada no 1º ano do 1º CEB, a qualidade do ensino depende em muito da continuidade pedagógica assegurada pela manutenção do(a) professor(a), sendo o único ciclo em que só há UM professor responsável.

Esta continuidade promove a coerência nos métodos utilizados e, ao mesmo tempo, um conhecimento dos alunos que permite ao professor(a) orientar o ensino, optimizando ao longo dos anos a abordagem individual e colectiva na educação dos alunos. A relação que estes estabelecem com o(a) professor(a) durante estes primeiros anos de escolaridade é também muito relevante para o desenvolvimento da sua estabilidade emocional e da autoconfiança.

Defendemos e acreditamos na importância da estabilidade e continuidade pedagógica como âncora para o desenvolvimento de um trabalho profícuo e para um ensino de qualidade. Pois, a continuidade pedagógica, a experiência e o conhecimento profundo do meio onde a Escola e as crianças estão inseridas, são essenciais para minimizar as dificuldades sentidas pelos alunos, bem como para reconhecer e aperfeiçoar as habilidades motoras dos mesmos.

Apesar de considerarmos relevante a continuidade pedagógica para o

desenvolvimento e sucesso do nosso trabalho, ao longo destes últimos cinco anos foi possível nos últimos quatro anos letivos na EB1 da Venda Nova. No decorrer desses quatro anos, para além de nos sentirmos mais integrados na escola, conhecermos o meio social envolvente e conhecermos as crianças, pudemos planear desenvolver e articular o nosso trabalho de acordo com as dificuldades, limitações e aptidões dos alunos de forma a melhorar o seu aproveitamento.

Por outro lado, e apesar de não concordarmos, uma mudança de Escola, pode igualmente, aumentar e enriquecer a carreira profissional, pois proporciona novas experiências e possíveis dificuldades que poderão exigir uma adaptação e modificação das estratégias de ensino, ou seja sugere novos desafios.

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CAPÍTULO II

2. Prática Pedagógica em Atividade Física e Desportiva no 1º Ciclo

2.1 Orientações Programáticas

A planificação constitui um instrumento fundamental para o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem e para a organização da prática pedagógica do docente, exigindo a clarificação do que ensinar, como ensinar, quando ensinar, para quê ensinar e como verificar o que os alunos estão a aprender ou aprenderam. Planificar o ensino contribui para a diminuição de ocorrências inesperadas e para uma melhor gestão da sala de aula, embora se reconheça que não é de todo possível prever tudo o que pode ocorrer durante a aula. Um plano de aula resulta da relação intrínseca entre o programa específico de cada disciplina de cada ano de escolaridade e o contexto de aprendizagem. Desta forma, planificar é somente o ato de estabelecer situações que poderão ocorrer durante a aula (Arends, 1995).

No início de cada ano letivo efetuamos a planificação de acordo com o que consideramos necessário trabalhar ao longo dos três períodos. Deste modo, elaboramos a planificação tendo em consideração: as Orientações Programáticas da Atividade Física e Desportiva publicadas pelo Ministério da Educação, o Projeto Educativo do Agrupamento, o Plano Anual de Atividades do Agrupamento, as condições físicas da escola, o material existente, o ano de escolaridade, as características da turma e dos alunos, o estado de desenvolvimento e comportamental dos alunos e o domínio da prática desportiva. Cabe ao professor organizar e orientar uma prática desportiva que proporcione um desenvolvimento harmonioso e flexível, com atividades contínuas e regulares. De facto, esta disciplina contribui para o crescimento e desenvolvimento total das crianças, sobretudo através de experiências do movimento, atendendo a diferentes domínios da aprendizagem: o psicomotor, o cognitivo e o afetivo. Neste sentido, se a aula tiver uma componente lúdica, através de brincadeiras e jogos, as crianças apercebem-se das suas capacidades, dos seus limites e das suas potencialidades.

A planificação a curto prazo, ou plano de aula, na qual Arends (1995, p.59) se refere como uma forma de “esquematizar o conteúdo a ser ensinado, as técnicas motivacionais a serem exploradas, os passos e atividades específicas preconizados para os alunos, os materiais necessários e os processos de avaliação”. O plano de aula constitui o foco de uma atenção substancial por parte do professor. No entanto, torna-se importante referir que o plano de aula é o resultado de uma estrutura

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hierárquica na qual o plano a longo prazo ocupa o topo da pirâmide, uma vez que este constitui a base para a tomada de decisões inerente aos outros períodos de tempo. Para a elaboração do plano de aula de Atividade Física e Desportiva temos sempre em consideração os conteúdos a abordar, os objetivos delineados, as tarefas, e as condições materiais, locais e temporais.

No quadro abaixo apresentamos um exemplo de um plano de aula:

Quadro 2 – Exemplo de Plano de Aula

Professor: Fernando Cerqueira Hora: 09:10 Duração: 60m Ano: 2º Turma: A Data: 00 – 00 – 2017 Aula nº: 3 Nº de Alunos: 26 Unidade Didática: : Deslocamentos e

Equilíbrios/Destreza Motora Função Didática: Exercitação

Local: E.B 1 Venda Nova

Espaço: Exterior

Material: Arcos, Sinalizadores, Coletes, Cadeira, Barreiras.

Competências Essenciais:Exercita diferentes tipos de deslocamentos. - Exercita a transposição de obstáculos e a orientação espacial.

Parte

Conteúdos Competências

Específicas Organização Didático-Metodológica Palavra Chave

I N I C I A L 10’ Diálogo com os alunos. Ativação geral: Jogo “Cola e Descola a pares” - Mobilização articular - Conhece os objetivos da aula. - Consciência de regras e limites do campo de jogo. - Respeita os colegas. - Realiza um jogo. - Predispõe o organismo para a atividade a realizar. - Desenvolve a capacidade de ação/ reação. - Ativar os sistemas cardio-respiratórios/vasculares e articulares. - Prepara as estruturas articulares relacionadas com os elementos técnicos que vão realizar a seguir.

- Alunos situados em frente ao professor em forma de “U”.

- Alunos sentados com pernas à chinês, ouvem atentamente o professor que informa/explica as regras e objetivos básicos do jogo, assim como tudo o que se irá exercitar em cada exercício.

- Turma distribuída pelo espaço.

- Dois alunos de mão dada tentam apanhar os colegas.

- Quando um dos dois colegas for apanhado ficam colados ao chão.

- Para salvar os alunos “congelados” os colegas (largam as mãos/ passam por baixo/ voltam a dar as mãos) têm de passar por baixo dos MI dos colegas. - Os alunos distribuídos uniformemente pelo espaço, de frente para o professor, realizam exercícios de mobilização articular das diferentes partes do corpo: Pulsos, ombros, joelhos, tornozelos

- Alunos em semicírculo. - Alunos em silêncio.

- Não estar parado. - Movimentar inergicamente. - Não apanhar sempre os mesmos colegas. - Afastados F U N D A M E N T A L 15’ Jogo “Volta ao

mundo” - Realiza deslocamentos. - Desenvolve a noção de equipa e de cooperação.

Turma dividida em 2 grupos. - Grupo 1 em círculo com uma bola. - Grupo 2 em fila.

- Alunos do Grupo 1 passam a bola entre si e conta quantos passes consegue realizar.

-Alunos do Grupo 2 correm à volta do círculo formado pelo Grupo 1.

- Trocam ao apito.

- Ganha a equipa que conseguir o maior número de passes.

GRUPO 1

- Passar a bola sem deixar cair.

- Iniciar a contagem sempre que a bola cair.

- Não sair do lugar demarcado.

Não entregar a bola em mão ao colega.

- Bola Circula sempre para o mesmo lado sem saltar nenhum colega.

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15’ 15’ - Percurso de Transposição de obstáculos (Estações) Estafetas

Realiza vários tipos de transposição. Desenvolve a noção de cooperação. - Desenvolve o espírito de equipa. - Realiza o percurso o mais rápido possível. - Desenvolve o espírito de cooperação

- Turma dividida por 5 grupos, cada grupo encontra-se em frente à sua estação.

- A estação conta com os seguintes obstáculos: 1- O aluno deve realizar um percurso subir a cadeira e saltar para o chão com os olhos vendados. Deve tentar fazer o circuito sem tocar nos obstáculos. O outro aluno do grupo vai tentar orientá-lo através de informações. Na situação da cadeira o aluno que está a dar as indicações ajuda o colega a subir a cadeira e a saltar dando-lhe a mão.

2- Duas Cordas, em que os alunos devem realizar equilíbrio sobre esta (para a frente e para trás). 3- Um obstáculo que o aluno deverá Saltar. 4- Saltos a pés juntos de um arco para o outro. 5- Corda para o aluno realizar 5 saltos.

- Os alunos trocam de estação a cada três minutos. Turma dividida em 5 equipas, cada equipa encontra-se em frente a um percurso montado pelo professor, o percurso é de ida e volta, com os seguintes deslocamentos: 1º - Corrida; 2º - Saltos a pés juntos; 3º - Saltos de tesoura; 4º - Quadropedia; 5º - Caranguejo; 6º - Aranha;

7º - Pé coxinho esquerdo e quando volta pé coxinho direito;

8º - De costas; 9º - De cócoras.

O primeiro lugar dá 3 pontos, o segundo 2 pontos e o terceiro 1 ponto. No final do exercício os alunos têm de somar os pontos e dizê-los ao professor.

- Corre o mais rápido possível.

- O último aluno dá a volta aos colegas do grupo 1 e manda parar a contagem do grupo 1.

- Movimentar ao som da música.

- Não tocar nos colegas dos outros grupos. - Concentrados. - Com cuidado. - Saltar a pés juntos. - Sem batota. - Rápido.

- Sai quando o colega chegar. - Somar os pontos. F I N A L

5’ - “dorminhoco”. Jogo do - Retorno à calma.

- Alunos distribuídos pelo espaço deitados de barriga para baixo e com a cara tapada. - O aluno que for acordado, com o toque do colega na cabeça, levanta-se, toca num colega à escolha e senta-se no banco indicado pelo professor.

- Em silêncio.

- Tocar no colega sem fazer barulho.

- O último aluno deitado no chão leva um susto dos outros colegas.

Como referimos anteriormente, o professor é o responsável pela melhoria da qualidade do processo de ensino/aprendizagem e cabe a ele desenvolver novas práticas didáticas que permitam aos discentes uma melhor aprendizagem.

Assim, tendo como fio condutor os recursos materiais e humanos existentes e disponíveis, as turmas a quem se destina e a sua caracterização psicofísica, a planificação das aulas curriculares para as turmas, o horário e as orientações programáticas para a Atividade Física e Desportiva no 1º Ciclo do Ensino Básico, bem como o carácter lúdico como instrumento pedagógico que visa o estímulo da aprendizagem e a melhoria da motricidade motora, apresentamos as grelhas anuais dos 1º e 2º anos e dos 3º e 4º anos.

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Quadro 3 – Grelha Anual do 1º e 2º anos

SEMANA ANO CONTEÚDOS

De 18 Set a 22 Set

2017

Apresentação

De 25 Set a 29 Set Deslocamentos e Equilíbrios/Jogos

De 02 Out a 06 Out Exploração da natureza / Deslocamentos e Equilíbrios De 09 Out a 13 Out Exploração da natureza /Deslocamentos e Equilíbrios De 16 Out a 20 Out Exploração da natureza /Deslocamentos e Equilíbrios De 23 Out a 27 Out Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 30 Out a 03 Nov Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 06 Nov a 10 Nov Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 13 Nov a 17 Nov Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 20 Nov a 24 Nov Deslocamentos e Equilíbrios/ Perícia e Manipulação De 27 Nov a 01 Dez. Deslocamentos e Equilíbrios/ Perícia e Manipulação De 04 Dez a 08 Dez Exploração da natureza /Rítmicas e de Expressão De 11 Dez a 15 Dez Exploração da natureza /Rítmicas e de Expressão

De 18 Dez a 02 Janeiro NATAL

De 3 Jan a 5 Jan

2018

Rítmicas e de Expressão De 8 Jan a 12 Jan Rítmicas e de Expressão

De 15 Jan a 18 Jan Oposição e Luta

De 22 Jan a 26 Jan Oposição e Luta

De 29 Jan a 2 Fev Oposição e Luta

De 5 Fev a 09 Fev Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios

De 12 a 14 Fevereiro CARNAVAL

De 15 Fev a 16 Fev Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 19 Fev a 23 Fev Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 26 Fev a 02 Mar Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 05 a 09 Mar Deslocamentos e Equilíbrios/ Perícia e Manipulação De 12 Mar a 16 Mar Deslocamentos e Equilíbrios/ Perícia e Manipulação De 19 Mar a 23 Mar Rítmicas e de Expressão

De 26 Mar a 06 Abr PÁSCOA

De 09 Abr a 13 Abr Rítmicas e de Expressão De 16 Abr a 20 Abr Rítmicas e de Expressão

De 23 Abr a 27 Abr Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 30 Abr a 04 Mai Perícia e Manipulação/ Deslocamentos e Equilíbrios De 07 Mai a 11 Mai Deslocamentos e Equilíbrios/ Perícia e Manipulação De 14 Mai a 18 Mai Deslocamentos e Equilíbrios/ Perícia e Manipulação De 21 Mai a 25 Mai Exploração da natureza

De 28 Mai a 01 Jun Exploração da natureza De 04 Jun a 08 Jun Exploração da natureza De 11 Jun a 15 Jun Exploração da natureza De 18 Jun a 22 Jun Rítmicas e de Expressão

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