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Glandulas em geral

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Academic year: 2021

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Universidade Federal da Bahia - UFBA

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Esta obra pertence ao acervo histórico da Faculdade de

Medicina da Bahia, sob a guarda da Bibliotheca Gonçalo

Moniz - Memória da Saúde Brasileira e foi tratada

digitalmente no Centro de Digitalização (CEDIG) do

Programa de Pós-Graduação em História da UFBA

através de um Acordo de Cooperação Técnico-

Acadêmica, firmado entre a Faculdade de Filosofia e

Ciências Humanas, a Faculdade de Medicina da Bahia e

o Sistema Universitário de Bibliotecas da UFBA.

Coordenação Geral: Marcelo Lima

Coordenação Técnica: Luis Borges

Junho de 2017

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FACULDADE DE HEDICINA DA BAHIA.

0 Ex.'"'» Snr. Consplheiro Dr. João Bnplista dos Aojos. aastíísãs

US SRS. DOVTORKS i.* ANNO. UÁTERUB QU8 LRCCIORÃU Cons. VIcenlcFerrelradcMagaltücs . .]

Francisco Rodrigues da Silva... Chluilca e .Miucralogla. ... Anaiomia descriptiva.

a.* ANSO. -Aiitonlu Mariano do Doiiifim...Botanica e Zoologia. Anlonlo de Cerqneira P I n i o ...Gliiinica organica. Anleniu Januario de F a r i a ... Physiologia.

( Analomin descriptiva, sendo os alumnos obrigados • ...t as dlssci'cöes anatomicas.

5.* ANNO. Anlonlo Januario de Farta...Physiologia.

Elias José P e d r o z a ... Anatomia geral e pathologica. José de Goes S iq u e ir a ... Palhulogia geral.

ANNO. Cons. Manoel Ladlslio Aranha Dantas. . Paihologia externa. Alexandre. José de Q u e ir o z ... Pathologla Interna.

Mathifls Morelr.i Sam paio...j ’’“r e c wÂí d o “ ® ».• ANNO.

Alexandre Jusé de Queiroz... Palholugía Interna.

José Antonlo Hc Freitas., ... j ^"appurèíhoT®*''®*’*’*“ ’ operatoria, e Joaquim Anlonlo d’Oliveira Botelho . . Maicrla medica e therapeutica.

e." ANSO.

Domingos Rodrigues S e ix a s... Uyglenc, e Historiada Medicina. Salustlauo Ferreira Souto...Medicina legal.

Anlonlo José O zorlo...Pharmacia.

Anlonlo José Alves... Clinica externa do 3.* c *.• Cons. Antonio Volyearpo Cabral. . . . Clinica Inlerna do 5.* e 6.*

(DSí?vD32íí 1)^23» Jose AlTonso ParaIzodeMoura . , . .X

Adriano Alves de Lima Gordllho • .

Domingos Carlos dn Silva... > Secção Cirúrgica. Augusto Gonçalves Martlms... j

Rozendo Aprlgio Pereira Guimarães. .'X Ign.iclo Jo.sf (fa Cunha.../

Pedro Ribeiro de Aruujo...> Secção Accessoria.

José tgnaclo de Barros Pimenicl. . .í ' Antonio Alvares da Silva... •.

Dcmelrlo Cyriaco Tourinho... /

Luiz Alvares dos Sanios...) Secção Medica. João Pedro da Cunha Valle. . . . \

o Mr. U r . P r i i i l p i i r t o aloR« d c K o u sn B r i t t o C o t e c i p e . ' Ibfi eB93ta<IlFB3iX

o Mr. I> r. Ü Phninaz d ’A c |u in u ( .ia a p a r .

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QUESTÃO A DESENVOLVER.

G E R A I i .

CONCORRENTES

© ©iß. APißii&iRi©

ßiVmEn m.

@©!ß©oi.!Hi© ® âíiia. ©a, ©@iüaoiü3a©s ©ÂiaiL©§ ®â gatWÄ © ©a. ^©©©iir© ©©ss^Aik^sa csa^aroii^i.

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L'homm« Tem Titre, et tltre henreoi. Pont prerenir oa souUfter les meux nux quels sa faible machine est condamnee, pour prexcnir ou consoler les chagrins qii’ it doit aux passions Ticienses ou irop cxalteés, 1 'elude de I'bamme physique, et moral devait ctre la plus assidiie de set etudes. II semble que ceux qui onl sur nous quelque empire deraient nous répéter sans cease ces mots do I'Oracle do DeipbesConnais—loi.

(S. LtMBERT.)

NTES fie encetarmos a quesUm escolhida para assumpto deste trabalho, attendendo á grande importanda do es­ tudo da Anatomia, não podemos prescindir de definir esta ^^^^'S ciencia, e de apresentar as principaes suhdivizôes, que cumpre fazer para que possa abranger todos os seus ramos.

Entraremos ainda em uma dcscripção sobre o homem, c (juaes os caracteres que o dilíerenciâo dos outros animaes, c sobre os embara­ ços que tem encontrado o estudo da Anatomia, para (jue podesse attin- gir hoje esse gráo de [»erfeição e certeza, em que se acha.

A palavra— Anatomia— compõe-se de dous vocábulos gregos que querem dizer— dissecção.—

A sua etymologia comprehende somente a parte demostrativa, isto é, a parte que pode ser descortinada pelo cscalpello anatomico.

Si nos limitássemos á estudar somente essa parte, seria o estudo da.. Anatomia muito abreviado e incompleto; pelo que, todos os auiore.s

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niodenios e i)rincipalnicnte o Professor Robin tem feito vêr que a Anatomia ainda se occupa dos caracteres de ordem mathematica dos seres oi’ganizados, ou cm disposição de sei’ organizados como por exemplo, do volume, do numero, da situação, da svmefria

ác.

etc.

Os caracteres de ordem physica dos corpos não podem ser despreza­ dos pelo anatomista; como a temperatura, a consistência, a còr, o sa­ bor, 0 cheiro á c . Da mesma sorte os caractéres chimicos, como a composição, reacção ác.

A Anatomia, sendo uma sciencia lão vasta, não a poderemos cir- ciimscrever cm um cii'culo tão estreito, como o que 6 li’açado por sna etymologia; pelo que os autores que tratarão de a stdidividir forâo ha- zeados nas necessidades de ampliar o estudo complicado do organismo humano no estado de repouzo, quer dos solidos, ([ucr dos liquidos.

A— Pathologia— trazendo mudanças intimas e muito profundas nos orgãos, e em muitos apparelhos originou também a necessidade dc crearmos um outro ramo, que é a— Anatomia Pathologica, cujo as­ sumpto ainda se estende á conhecer a diminuição, e o augmento dos orgãos, ou em uma palavra, das aberrações jihysicas, ehimicas, e or­ ganicas.

Achamos-nos, por tanto, emprazados ã dar uma definição da Ana­ tomia, c não {»odeinos deixar de adoptar a dada pelo nosso distincto mestre o Professor Robin; que assim se exprime— Anatomia é a ■sciencia que c.sluda os Corpos organizados, afim de conhecer as leis da

organização.

Ella occupa-se dos seres organizados no estado estático, assim como a physiologia occupa-se debaixo do ponto de vista dynamico, ou dc actividade.

A Anatomia comprehende sete siüidivizõcs que são;

Anatomia morphologica, ipie trata das formas exteriores dos cor­ pos, e e.sta subdivizão poderemos comprehender na Anatomia topo- graphica.

Anatomia dos apparelhos que é a parte introduetoria para o estudo da Physiologia.

Anatomia descriptiva ipie se occupa da descripção dos orgãos. Anatomia geral que trata dos syslemas, ou como queria Galeno, das partes similares.

Anatomia histologica, que trata do arranjo reciproco das jiartcs di­ versas de que se compõe cada tecido.

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Anatomia dos liquidos, isto é, dos caracteres dos humores da eco- ’ ■

nomia. '

E em ultimo lugar a Elemcntologia, que lem por assumpto oselc-<W!- ' mentos microscoi)icos, cuja associação pode dar lugar á formação d e / •

unj tecido ou producto pathologico.

* ^

A Anatomia descriptiva trata dos orgãos que entrão na constiluiçãíT^^jjj^^^^ dos apparelhos da grande machina animal, e j)or conseguinte, é det„r necessidade que iiassemos á dizer algumas palavras sohre o hom cn *'

em (jue ellc differe dos outros animaes, visto que a Anatomia co n ifta^ '/■ rada, eptrc nós é quasi desconhecida, e em paizes mais adiantados d o ^ » qu(! 0 nosso ainda se acha cm estado emhryonario. í

Bulfon dizia que o homem é o unico animal bimano e bijiede. / Blumenbach dava como attributos do homem a estação recta e apre-*:^

J,'^

zença de duas mãos:

Erectus et bimanus.

Outros tem a c c r e s c e n t a d o C / como caracteristico do homem dous p és; c dizem:

Situs erectus m a n u s t

duae, pedes bini.

^

Auzencia de orgãos de defcza contra seus inimigos,

(inermes)

A u - ^ ^ ^ /f . / ' zencia de um involucro que o ponha á abrigo das intemperies

(nudus),(Cy

AíZl-t ;

A contiguidade dos deutcs e sem intervallos desoccupados

(h e n te s/r ^ ' ^

utrinque rdiquis approximati).

Sua regularidade, isto é, sendo quasi da mesma altura.

( iJentey'^'

aequallis.)

cV,c. d e. O mento saliente

(Mentum prominulum),

L'homme snspasse en dignité tons les etres materiels par le

Ia divini té qui l’anime, et qui I'cclaire (Daubenton).

, ^2. O calcaneo saliente

( Calcaneum prominens el validum.)

' O Coccyx muito ciu'to

( Coccyx abreviatum).

A presença do pollex podendo oppôr-sc aos outros dêdos. Duas ma­ mas na região peitoral, e ainda se lem accrescentado o desenvolvimen­ to do lobulo da orelha, a presença do hymen nas virgens, e a do menstruo nas mulheres.

São esses earacteres sufficientes para considerarmos o homem dc uma classe superior, não só em organisação como em intelligencia.

En Ini se írouve religion, justice, prudence, pieté, modestie, clemen-

cc. vaillance, hardiesse, foi et lelles certâs, hien autres, et differentes

qui ne sont trouveés aiix animaux.

(A. Paré). Sendo-lhe bem mereci­ do ainda o nome de—

sapiens

— dado por Linneo.

Os prejuizos de toda especie oppozerâo por algum tempo barreiras ao estudo da Anatomia.

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A superstição, as anloridades impunhão penas gravissimas ás pes­ soas cpio dcsejavão e proom avão os meios de aperfeiçoar-se no estudo «la Anatomia.

Na antiga c moderna Azia levarão à tal ponto a superstição que res- [»citavão e até adoravão os mortos.

Os Gregos piinião com a morte ás pessoas que ouzassem fazer urna exhumaçâo: os Sacerdotes prohibiâo que se penetrasse nos tumulos drtfi mortos. Depois de muitos séculos foi que começarão á fazer algu­ mas concessões, e então deixarão aos anatomistas ou aos amantes da scieneia os cadaveres dos eriininozos, e os de pessoas mizeraveis, e dalii foi que o estudo da Anatomia tornou-se mais regular e começou a progredir.

Hoje ainda se ohservão sociedades formar-sc, com o fim de pro- hibir os estudos anatomicos, enterrando os cadaveres de pessoas, ipie recorrem á caridade dos Hospitaes. Yimos em Pariz sociedades -Phi - lantropicas com esse fim, e até mesmo á testa d’cllas homens immi- ' npntes, e anatomistas de profissão!

Na Inglaterra ha grandes ditticuidades, e tanto dispendio para os que desejão dedicar-se á esse estudo, que muitos afiluem á Pariz, onde é eile mais livre, na estação propria das dissecções.

Entre nós torna-se desnecessário dizer-se que a Anatomia não tem chegado ao^gráo de perfeição que era de esperar-se, por que além da *gi*auíiç falta dc cadaveres, accresce que cm um paiz como o nosso em que a putrefacção se apresenta logo depois de algumas horas, torna impossivel um estudo aturado, tanto mais quanto nem são empregadas as injecções conservadoras que só jioderião sanar este grande inconve­ niente, e constituem uma das nossas mais urgentes necessidades.

Além dos embaraços apresentados, outros também concorrem para que a Anatomia não seja como outras sciencias um estudo de predilec­ ção, como a repugnanda que nos fazem os cadaveres, e em algumas l-iessoas superior á todo e qualquer esforço, por ser ligada á sua natu­ reza ou idiosyncrazia.

Na verdade a presença de um cadaver frio e livido para quem não se acha habituado, faz repellil-o, e o estudo da Anatomia ao contrario exige que nos aproximemos o mais possível desses seres inanimados, afim de podermos comprelieiuler os seus minuciosos detalhes.

A Anatomia, antes de Vicg d’Azir, BuíFon, Daulianton, Cuvier, La- cipede, Lambert á c ., se limitava á conhecimentos superficiaes

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deal-guma< visci'Tas e do esqueleto, e só depois que estes vultos scientifi- cos oim egavão-se á trabalhos aturados, é que os musculos, os orgãos dos seiuidos, os nervos, começarão á ser descriptos, com toda atten- ção e cuidíiiio que esses mesmos orgãos exigem ; porém sendo apenas os pi imeir'w ensaios é evidente que os autores não fizerão mais do que traçar um plano paru que os seus successores encontrassem clareza e mai^ facilidade,

Cuvier no principio rl’este século foi o primeiro que avançou uma proposição sobre o systema nervoso que não tem sido possivel ser des- truida pelas hypotheses apparccidas [»ara explicar os jdienomenos sen­ sitivos ; esta proposição que foi sim])lesmentc cmmciaiia por este sa- l)io Naturalista é boje reconhecida verdadeira, graças ás observações de anatomistas modernos e aos progressos da Anatomia microscópica.

Cuvicr foi 0 primeiro que reconheceo que os nervos ião se multi­ plicando ou se subdividindo á medida »pie se dirigião para a pcriphe- ria dos orgãos, á similhança dos gi-andcs c [»equeno.s ramos de uma arvore com o sen tronco central.

Hoje sabe-se que em cada ponto do organismo dotado da faculdade dc sentir devem existir íilêtcs nei’vosos, e que não temos necessidade de recorier á hypothesc da atmo.sphera nervosa p.ara coniprehender- mos os phenomenos sensitivos.

O microscopio nos ensina que os nervos depois de se ter dividido e subdividido cm ramos mui tenues e (jue [»ela sua tenuidade podem até escapar ao observador mais hal)il, em consetiucncia da transparência e conlündir-se até mesmo com os tecidos vizinhos, vem á se terminar dilferentemente segundo as regiões, porem sempre em uma das tres variedades, extremidades livres, corpúsculos de Pacchini, e em voltas, e que á cada [»onto sensivcl deve corresponder urna destas tres (er- minações.

É hoje felizmentc reconhecido como verdadeiro o que foi previslo l»or Cuvier, e constitue uma de suas maiores glorias; porém não acon- teceo 0 mesmo com algumas outras proposições (|ue eile tratou de enunciar que se pode mesmo classificar dc errôneas ou falsas.

Elle julgava todos os nervos homogeneos compostos de substancias idênticas e sempre as mesmas, que devião gozar das mesmas funeções, que todos os nervos erão encarregados <le [»residir aos movimentos como aos sentimentos!

Os anatomistas que lhe succederão elucidarão a questão, dividindo 3

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OS nervos, segundo suas funcções, ou segundo sua acção physiologica nas cspecies seguintes:

Nervos somente sensitivos, nervos somente motores, ner\'os dotados de uma sensibilidade especial, nervos mixtos. ner\os que não são su­ jeitos ao inqjerio da vontade c da consciência.

Entre os nervos craneanos motores po<lemos a[)resen(ar os chama­ dos orbitarios, motor ocular conimuin, motor ocular externo, c pathe­ tico i&c.: entre os rachidianos temos as raizes anteriores desses mes­ mos nervos; entre os mixtos, podemos apresentar o trigemeo, que compõe-se do ramo ophlalinico de Wills que se divide* no interior da orbita em ramo frontal, ramo lacrim;d, e ramo nazal, que são unica­ mente sensitivos; maxillar superior que consideramos como mix­ to, e da mesma sorte o maxiilar inferior, que até recebe anastomoses de nei'vos motoi’es e envia ramos igualmente motores, como o nei'vo lingual e o nervo do musculo mylohvoide.

Entre os nervos de sensibilidade especial, temos o optico, encarre­ gado da visão. O celebre Magendie em operações praticadas sobre os olhos como a da catarata por abaixamento diversas vezes com a ponta d’agulha feria a retina á verificar se o nervo optico não era sensivel, e reconheccò (]ue o doente sobre quem fazia suas experiencias não se acemsava do menor sofTi im ento; [>or tanto condido que aquelle n e n o era unicamente encarregado da visão. Da mesma sorto ()odemos con­ siderar 0 nervo auditivo, o neivo olfaclivo, o nervo glossopharyngia- no como encarregados de fuiu^'oes ospcciacs.

Bichat con.siderava o grande sympathico em uma classe á parte, di­ zia que cada ganglio de (pie eile se compõe podia se considerar como

outros tantos cerebros! Não jiodemos porém admittir o ipie queria Bichai, si atlendcrmos à origem deste nervo e iis diffei’entes raizes de cada gânglio, qinT na cavidade do craneo, quer mesmo fóra delia.

As relações intimas que existem entre este nervo, e os nervos do eixo cerobro-c.spinal collocão-nos em opinião oppo.sta a de Bichat, mui­ to embora as suas funcções sejão independentes do imperio da vonta­

de e da consciência.

Belo que temos dito não podemos considerar hoje como idênticas as funcções de todos os nervos ; a extmctnra dclles, a predominância de ceilas substancias em uns de preferencia á outros, a Anatomia, a observação, o a [ihysiologia classilicão hoje de falsa a opinião de

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Da nossa cpocha muitos anatomistas, como Robin, Cruveillier, Blandin, Sappey

&c. &c.,

loräo os que em França contribuirão com mais elementos para perfeição d’essa sciencia.

Sappey é talvez á quem mais devemos o acharmo-nos familiarizados no estudo do systema lymphatico, antes d’elle tudo era confuzão e im­ perfeição. Elle buscou deinoustrar os erros «jue os autores comniet- tião tratando dos lymphaticos, como descobril-os onde al)soluta- mente não tem sido possivel demonstrar-se; e o que mesmo mais incrivel é, que alj^ns tomarão os espaç-os cellulares como na arachnoi de por lymphaticos!

Hoje, graças aos trabalhos d’esse sabio anatomista, o estudo dos lymphaticos é bastante conhecido, e graças ás injecções por meio de instrumentos aperfeiçoados pode-se claramente cornprehcnder a ori­ gem c marcha d’esses vazos absorventes.

O systema nervoso da mesma sorte, graças aos trabalhos de Bichat, Magendie, Claude Bernard, Longel e Him-hfeld, é hoje uma das {.var­ ies mais conhecidas, e esses autores jicrtencem á posteridade, vislo seus nomes se acharem unidos á monumentos perennes.

Concluindo á primeira j)arte ilo nosso tral)alho passemos á segunda, que é propriamente a questão que escolhemos j>ara dissertar, das ({ue forão apresentadas pela Faculdade.

G l i A ^ I Í l J l L A S ExTI C iJ E R A I i .

Bobur e( vires in sapientia.

( Ecstaqi-io, )

As glandulas sendo compostas de um parenchyma especial, e sendo estes em geral encaiTogados de funeções inteiramente differentes das dos oulios oigãüs que não são parenchymatosos, não {»odemos, ocen pando-nos das glanilulas, deixar de mostriu’ as differentes vaiáeda- des de glandulas, c lratarino.s de cada uma de per si, e ainda em ({ue consiste a differença que ha entre as glandulas e os orgâos pa­ renchymatosos visto não serem considerados pelo Medico physiolo- gista como idênticas, c muito menos jiclo Anatomista.

As glandulas gozão na economia de um grande papel, que vem á sei‘ formai'em liquidos, que não tem analogia com os outros liquidos da

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economia c cujos elemenlos são (JiíTeicnles, e são por tanto eiicarr^a- dos ilü fabrico, ou de sua elaboração.

Os orgãos parenchymatosos que não são glandulares, aj)enas ser­ vem de purificar ou de tornar eeiios liquidos aptos á entrar de novo na circulação, ou no organismo animal.

Entre os oi’gäos parenchymatosos que não são glandulares temos dc fallar do pulmão e da placenta fetal; mostraremos porque não deve­ mos considerar os ovários, e os testiculos como glandulas, hem que apresentem estruetura idêntica á cilas; mas (jue devem ser collocados cm uma classe á p a rte , ao lado das glandulas por analogia de es- tiuctura.

Dividem-se os jjarenchymas em dons grupos.

Primeiro, ])arenchymas glandulares, ou glandulas propriamente dictíis, e os não glandulares.

A pi’opriedade de sccrctar

é

uma j)ropriedade dos tecidos em geral, mas no estado rudimenlario, ou no estado menos adiantado, ella é rc- l)resentada pela desassimilacão, que se dá em todo tecido, e a de se- cretar nos parenchymas glandulares.

As glandulas jiodem ser diviilidas em tres secções, e ptissemos ú en- numcral-as das mais simples ãs mais compostas.

Em primeiro lugar os folliculos, ou os tuhos não ramificados, em segundo, as glandulas cm cacho, cai-aclerisadas jtelas r.amilicações do condu<*to commum em muitos outros, c Icrminando-se sem abertura, e glandulas em vesiculas fechadas ou propriamente glandulas vascula­ res sanguineas, ou sem conducto excretòr.

Passemos á fallar dos folliculos.

São tubos fechados cm uma extremidade, e altertos em outra, dis­ postos sempre sobre uma membrana, c podemos dividil-os em simples, ou enrolados.

Em geral enconlrão-sc nas mucosas e na pelle; os da mucosa do es­ tômago apresentão de diametro Ü.^OOl de comprimento a um e meio, e de largura 0 ,“ 01 atravessando a espessura da muco,sa onde se achão aeommodados; alguns podem ser bilobados, e mesmo até dons podem ter uma .abertura commum.

Elles tem uma parede propria de O,™2, a 0,"'003 de espessura for­ rados de um epithelio ou antes cheios. Nos intestinos delgados encon- trão-.se os folliculos de Lieberkuhn abrindo-se entre as vellosidades, cllcs podem ser, ou simjdes, ou bilobados, apresentão 0,® 5 de

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monto e 0,'"0G do espessura; não excedem de ordinário o nivel da mucosa, são ligeiramente entumecidos no fundo, enconlrão-se como os do estomago, com epithelio ovoide. Nos grossos inlcslinos ha tainhem igualmentp glandulas folliculares, de fundo ovoide, e iio inicrior, epi­ thelio iiucleai.

Encontramos folliculos ainda no canal choledoco como os preceden­ tes [torém mais curtos.

No apparelho genital, tanto no homem como na mulher são do mes­ mo diametro (juc os outros; no canal da uretra elles tem 0,™í) de cont- primcnto c de espessura, a pinede propria é fina, não granular, c adherente.

Os ácidos (orgânicos em particular) não attacâo a parede propria. No utero se achão na muco.sa do collo; elles são largos, achat.ados, de sorte (jue os oriíicios são alongados em forma de casa de liotão de ca- miza. Quando elles apresentão um excesso de aclividade s.ão conheci­ dos |ior ovos de Nabot.

Na mucosa do (íorpo do ulero, os folliculos são mais numerosos (pic em qualquer oulro lugar; são sinqdes ou ligciramente ílexuosos, apre- senlão uma parede propria, adherente, transparente, tendo O,"*07 de diametro no estado ordinario, e no estado de juvnhez elles adquirem 0,"'2.í), de sorte que, pode-se vêl-os inde[iendente de microscopio; 0 interior é cheio de epithelio nuclear.

Os folliculos da pelle são subcutaneos, e apresentão as variedades .scguiides : Glandulas sudoriparas. c glandulas ceruminozas.

As sudoriparas se achão geralmente collocadas a 0,'" 1 abaixo da pelle constituídas por um tubo enrolado do ã 0,"’ü8 no adulto, porém no feto elles são ao principio reclilineos e vem-sc abrir entre as papillas do derme por um canal cm espiral na esptissura da pelle.

O epithelio nuclear, na parle entortilhada, torna-se pavimeulo.so nas proximidades do derme. Na axilla a parte entortilhada, c muito mais larga e occupa a porção revestida de cahellos; da mesma sorte u tul)o é mais largo. 0 epithelio é pavimentoso de cellulas pequenas e granular. O liquido que cilas secrelão c alcalino em (pianto que os li • (juidos secretados [telas outras glandulas sudoriparas são ácidos.

As cmimino.sas são collotíadas no conducto auditivo externo, seu diâmetro se acha entre as duas variedades precedentes. Os liquidos secretados, evaporandmse, deixão a cêra, que no estado natural não é concreta.

(16)

C i I . A ] V n i I l i A § E M C A € M O .

10

Podem ser divididas em duas oathegorias, aquellas que são consti- tuidas j)or um unieo

acini,

ou glandulas em cacho simples, e as glan­ dulas que se compõe de muitos

acini.

Em todas estas glandulas o fun- <lo, ({ue é tapado, é sempre mais largo que o conducto excretor com- mum, e a|)resenta até uma eslructura differente: íissim o canal com- mum tem uma parede vascular coui|)lexa, encontrai'do-se libras lami- nozas elasticas, libras cellulíts, dispostas quasi circularmente, e rara­ mente seguindo uma direcção obliqua, no entretanto, (jue a outra par­ te, ou os canaes que constituem os

acini

tem uma parede homogenea forrada por epithelio jiavimentozo.

0 epithelio que reveste o interior dos

acini,

ó differente do ejiithelio (lue reveste o canal excietor, de sorte que poi* ahi podemos vôr (lue é um absurdo julgar-se como querem alguns autores, que as glandulas sejão depressões da mucosa. No 1'efo ainda o desenvolvimento da mu­ cosa faz-se antes dos folliculos, e o d’estes ainda em primeiro lugar que 0 seu canal excretor.

C- E H E A S S E « A H E A

H,

Estas glandulas se achão annexadas aos folliculos pelli feros; assim cm cada folliculo se encontrão geralmente duas glandulas em cacho simples. São mais desenvolvidas nos folliculos dos jiequenos cabellos, que nos de grandes cabellos, de sorte que o cabello parece um annexo da glandula; c alguns autores tem até dito que os cabellos podem nascer dum a glandula <iualquer.

A materia gordurosa que ellas secretão se acha na espessura das cellulas que as revestem.

GLAXnUL.\S UO APP.MIEI.HO RESCIRATOTUO.

Encontrão-se nas fossas nazaes, no larynge etc.

Ellas são dispostas como uma espada, ou achatadas, e abrindo-se em um orilicio, sirnilhante á uma casa de botão de camiza. Epithelio

(17)

nu-clear espherico com seus nucleos, paredes proprias, e quebradiças, e o canal cxcretor forrado de um epithelio prismático. Achão-se nas amj - gdalas na baze da lingua atraz do V lingual, e ahi são mais pe(}uenas, que em qualquer outro lugar, tendo o canal excretor curto (Saj^pev).

O epithelio é nuclear, espherico

&c.

No esophago as glandulas são achatadas e de uma coloração amarellada e cheias de epithelio ovoide e pavinientozo.

OI.AXDUI.AS KM CACHO COMPOSTAS.

As Hiamas são o resultado de todos os conductos galactojiheros, de maneira que cada conducto pode ser considerado como uma glandula, em razão de não se apresentar anastomosado; por tanto incumbindo- nos de descrever um de.stes canaes, temos descripto a glandula ma­ maria.

Cada canal galactophero é formado de

acini,

tendo cada

acini

um ati^ dous millimetros, durante a laclação, mas fóra d’essa epocha, elles tem apenas um quarto de millimetro.

Cada

acini

é formado de trinta a quarenta vesiculas de 0,™05 á 0 ,”‘0G de diametro, postas umas sobre as outras, como bagos de uvas, sua parede de O,™ 003, á O,""004 de espessura transparente sem gra- nulações; no estado normal os

acini

são ligeiramente flexuozos, e for­ rados no estado de vacuidade, e mesmo durante a prenhez por um epithelio nuclear, dispostos em camadíis. Quando porém a secreção é activa c abundante o epithelio diminue, de sorte (pie podemos até certo ponto concluir que o epithelio não é o agente da lactação, e a 1'alhologia ainda nos serve para esclarecer esse ponto, nas hypcrtro- phias das mamas a secreção desapparece.

O canal excretor é forrado de epithelio pavimentozo, e ainda encon- ti‘ão-se libras laminozas elasticas, e da vida organica, e entre os

acini

encontra-se também grande porção de fibras laminozas. Os vazos são dispostos como nas outi-as glandulas entre o tecido laminozo.

GLANDULAS SALIVARES. 11

Elias tem quasi a mesma estruetura, que as outras glandulas, as vesiculas são mais largas, e menos adherentes aos tecidos ambientes, 0 epithelio é nuclear, e encontra-se bastante materia amorpha

(18)

inter-[losla. 0 canal excrctor é forrado por epithelio [uiviinentozo, e nas [taredes cnconlrão-se inenos libras elasticas, (jue na glandula mamaria.

CIANDUI.A LACKIMAl..

É muito analoga ás glandulas precedentes, e somente 0 canal excre- lor é mais estreito e forrado por uma camada espessa de epithelio pa- vimentozo.

Os

acini

são similhantes ãs glandulas salivares, não só em volume, como em 1'orma, imicíamenle os septos laininozos são proporcionalmen- Ic mais ricos em vazos, da mesma sorte o epithelio é pavimentozo, c as cellulas mais molles.

GLANDULAS DE COOPER OU DE MÈRY. 12

São glandulas em cacho compostas de muito tecido laminozo inter­ posto, 0 (jue lhes dá mais resistência: as vesiculas cylindrica.s e desem- liocando em um canal commum para constituir os

acini;

o epitehlio á nuclear.

Prostata

.— O que nas outi’as glandulas representa os

acini

é aqui forniíulo por um conducto longo de O,™ 06 de diametro, recebendo pela |teriferia as vesiculas: parede fina transparente, e o epithelio nuclear, e espherico. Os conductos se reunem para formar os canaes excre-

tores f Yerunmilanum

parlem por conseguinte de outros tantos lobos.

Nos canaes excretores cncontrão-se fibras musculares da vida orga nica, fibras elasticas e laminozas, e são forrados iwr epithelio vibratil, c ainda nervos da vida organica, fibras dc Remarck; e os vazos que são mimerozos formão malhas parallelas ás füiras musculares.

Figado.

— N’esta glandida também como na.s outras, temos á notar duas partes, uma excretora, e outra secretora, differindo e.ssencial- mente. Os canaes excretores são formados d’uma parede 'de fdjras la­ minozas e de fibras masculares da vida organica. 0 epithelio pi ismatico com cilios vibratcis se achão na espessura de suas paredes.

Glandulas .assemelhando folhas de figueira ijue servem para secreta!' o niuco que dá a coasistoncia propria á bilis, como a que se encontra na vesicula, lambem ahi encontramos.

(19)

hepatica) e nota-se grande porção de tecido laminozo. (Capsula de Glisson). Os canaliculos secrelores são forrados de cellulas polyedri- cas, epithelio nuclear, espherico ou ovoide : eslas cellulas são mais ou menos granulo/as segundo o estado pathologico, e pode até conter got- tas de oleo mais ou menos numerozas, e tomar mesmo um tamanho duplo do estado normal, e isto explica o augmento enorme do íigadi» com que em alguns cazos se apresenta

(Foie gras. liobiu):

cumpre observar que u’estes cazos ha sempre uma atrophia dos cjqiillares, tan­ to hc]»aticos como os da veia porta.

Os Canaliculos são dispostos da maneira seguinte:

Urn canaliculo excretor de cilios vibrateis se divide em ti es ou qua­ tro canaliculos soci'ctoros, e estes por sua vez ainda se sulxlividem e se anaslomozâo de maneira á constiluir redes com as malhas corres- pondoules, formando grupos ipie facilmente se observa com uma ap- parencia granuloza nas rupturas do ligado.

As cellulas que formão estes ultimos canaliculos doixão um pequeno diâmetro.

Os capillares (jue parlem da veia porta, e os da artéria hepatica se distribuem nos canatvs excrelores e raramenie se auasloinozâo com os venozos: os da veia porta são cxlremameiite largos e formão niídhas estreitas ao redor dos canaliculos.

13

r.U.N»t:LAS SEM CONDUCTO EXCRETOR 0 0 VASCÜIARES SANGUÍNEAS,

o u PSEUDO-GLANDULAS.

Elias são compostas de vesiculas fechadas adaptadas umas ás outra.s, quer mediata, quer immedialamente.

Thjroide

.— As vesiculas apresentão 0 ,“ 1 dc largura, a parede ti'ans- parenle, resistente c adherente, 0,™01 de espessura, na face inter­ na um cpitiielio nuclear espherico &c. As veias adherem muito á substancia thjroide, e formão malhas seuqire em numero dujtlo, das dos capillares.

Thymos

.— As vesiculas tem 0 ,“ 25 de diametro, ollas são.cheias de um c|)ithelio nuclear, e de algumas cellulas pavimentozas. Os vazos se distribuem no tecido laminozo intervcsicular, e formão igualmente ma­ lhas.

Capsulas supra renaes

.— Ellas são formadas, a parte amarella de ccl-5

(20)

lulas muito quebradiças, e cheias dc granulações refractando fortemente a luz, e atacavel pelo acido gallico, de sorte que por isso conhecemos inimediatamente que não são corpos granulozos. Os vazos ainda não são bem estudados. A porção vermelha, é constituída de vesiculas fe­ chadas, de materia amylacea inlerjwsta e na qual se distribuem os vazos; as vesiculas apresentão quasi 0 .” 009 de diâmetro, pai-ede muito fina e granuloza, e o epithelio nuclear enche a)mpletamente a cellula.

Baço

.— É composto de duas partes, glandular, e de uma porção venoza que goza o papel de diverticulo formando uma ma.ssa conside­ rável. A porção glandulai’ é formada de vesiculas fechadas e em rela­ ção mais particulannente com os vazos arteriaes; estas vesiculas apre- senião0,'” 9 de diâmetro, parede propria, epithelio nuclear, c cellulas-

polyedricas.

Os capillares alravessão a parede propria, c sc subdividem na espes­ sura mesmo da vesicula. 0 trama é composto de fü>ras larainozüs dis­ postas cm torno dos vazos, e de vesiculas fechadas e dc mais fibras mus­ culares da vida organica com bordos dentados, as arterias Irccpaente- monto anastomosadas.

Glandulas de Peyer

.— As vesiculas .são fusiformes, sua pequena ex­ tremidade voltada para a cavidade intestinal, e cercadas dc fecido laminozo, e de fibras elasticas, parede propria granuloza e quebra­ diça. Epithelio nuclear ovoide, pequeno, muito contrahido enchendo as cavidades. Os

nunos âos vazos se

d/sír/buem na superficie, e pe- netrão no interior de maneira á constituir uma dupla vascularidade.

Glandulas Lymphaticas

.— Os grossos vazos lymphaticos aprosentão a textura das veias com a diíTercnça porém de se encontrarem mais fibras elasticas c as paredes mais finas.

Os vazo.«, os mais [lequenos são constituídos dc uma unica tunica, homogênea Irausparante, resistente e apresentão 0,'"001 dcesi»e.ssui a.

.\s glandulas são formados de vesiculas fechadas de 0,'" 1 a 1 milli- metro, cobertas de tecido laminozo, muito ricas de corpos fusiformes, c muito viLseularcs. A communicação dos vazos lymphaticos com as veias não eslá demonstrada. .-\s vesiculas são irregulares, e lobulatlas, são cheiqs de epitheiio nuclear espherico com alguns grãos como de leucocylcs, e ainda encontrào-.se cellulas pavimenlozas com dons nú­ cleos.

0.« vazos se tlisü ibuem em torno das vesiculas fechadas sem pene- lr:u‘ no interior e da luesina sorte os vazos lyinph.aiicos.

(21)

Pulmões

.— Em todos os canaliculos respiratorios os ultimos con­ ductos são mais estreitos do que os canaes donde elles são ramos.

Accontece algumas vezes que ao lado de um canaliculo, ou mesmo ao lado de uma ramificação bronchica se apresenta uma ampòlla, mas essa vesicula é sem importanda, e não deve merecer o nome de vesicula pulm onar; porque esta disi^osição é r a r a , e no estado or­ dinario as vesiculas, como sabemos, occupão as extremidades dos ca­ naliculos respiratorios.

Na face interna dos canaliculos encontra-se epithelio prismático. Us capillares,são muito longos e tem duas ou Ires vezes o diametro tfas malhas que circunscrevem: os angulos dessas malhas são allongados. Por baixo dos capillares encontra-se o parenchyma pulmonar formado de filiras elasticas, laiuinozas, núcleos embryoplasticos, e formão ao menos as 8/10 do parenchyma pulmonar, ellas abração os canaliculos respiratorios e anastomozão-se com as dos canaliculos visinhos, porém

sempre do mesmo lado. •

Placenta

.— Logo que no chorion apresentão-sc as vellosidades que correspondem á tres semanas depois da concepção, ellas tornão-se polyedricas, e adherem cnti-e si por intcnnedio de uma materia ho­ mogênea. A allanloide envia-lhes vazos que penelrâo mesmo no seu interior, depois desta vascularisaçâo as vellosidades como que se atro- I)hião, ficando apenas aíjuellas (jue se achão em contacto com o utero, e desapparecendo as chamadas ehoriacs. As vellosidades «jue se conser- vão formão cotyledoes independ(!ntes uns dos outros, e terminão-se sem al)ertura, de maneira que a mudança dos dous sangues faz-se por intermedio de uma dupla parede. As vellosidades placentarias se achão emmaranhadas com as que provém da mucosa uterina, mas a adhe- rencia é por simples contiguidade, isto é, por intermedio de uma ma­ teria amorpha.

Rins

.— Os tubos que compõe o parenchyma renal .são llexuozos na parte cortical, e rectiliucos na parte central. Os rectilineos subin­ do para a superficie dos rins e chegando ao limite interno da substan­ cia cortical tornão-se mais largos, e flexuozos, e torminão-se por uma dilatação chamada— Capsula de Mullcr.

Em cada dilatação penetra uma arteriola, que se subdivide em ca­ pillares (jue formão voltas, cuja convexidade é virada para oexleiãor; ao lado da arteriola encontrão-se duas vesiculas. 0 epithelio .se relle- cte sobre o coipusculo víiseular de Malpighi. Nos tubos rectilineos as

(22)

malhas são allongadas e quaririlateras, c nos flexuozos são quacliãlaie- ras, e os angulos arredondados.

Feixes de libras laminozas achão-se entre os canaliculos, muito me­ nos numerozos para a substancia cortical, que para a tubuloza.

Ocario

.— (3 trama é constituído |)Oi' uma materia amorpha granu- loza, c de corpos fusiformes entrando pelo menos cm um terço— fi­ bras laminozas—e tudo forrado por uma membrana fd)roza. N’csle Le- (ãdo se achão as vesiculas de Graaf, e no interioi- d’ellas o ovulo envolvido em um liíjuido, de maneira que o epithelio (juc reveste a ve­ sicula SC acha dividido cm duas camadas, uma resistente, e adherente á vesicula, e outra adherente ao ovulo. A piu*edc propria da vesicula

ò

ajiplicada de encontro ao csti’oma do ovario, e é muito rica cm vazos: lambem encontra-se fíizendo j)arle da parede nucleos embi-yoplasticos, materia amorpha.

Testiculo

.— A tunica .albuginea possue doze a quatorze septos priu- cipaes, que fornecem tambem*secundarios, e sc introduzem na e s ­ pessura dos lobos. Os tubos espcrmaticos são anastomozados e algu­ mas vezes subdivididos ; a maior parte sc teianina em vesicula fecha­ da; ellcs tem 0 ,'” 1 de largura: a i>aredc propria é esfriada longilu- dinalinente, na face interna encontra-se epithelio. Os vazos seguem os septos, d’ahi os capillares peneli-ão entre os tubos c não encontra-sc trama lamiuozo entre esses capillares. 0 epithelio que reveste os ca­ naliculos é nuclear, espherico, e ainda nota-se algumas cellulas des­ tacadas das paredes constituindo o que chama- se— ovulo macho.

Concluimos aqui a nossa these pedindo venia aos nossos competido­ res se não tivermos desempenhado a importante (juesfâo de ijue no% oc- cupamos, apresentando, para resumirmos todo o objecto, as seguintes

proposições.

Primeira.— Ha certos orgãos que apezar de apresentarem uma es- ii uc.tura um pouco idêntica á das glandulas, não podem com tudo ser considerados assim por dilTcrirem em funeções.

Segunda.— A funeção de uma glandula (jualquer é fabricar um li­ quido, ou um principio, cujos elementos não se encontrão na circula­ ção : é 0 resultado de um trabalho especial, ou de uma elaboração.

Terceii’a.— Os orgãos parenchymatozos não glandulares, não são dotados da in-opriedade de elaborar ou de fabricar; sei-vem tão somente de purificar ou eliminar principios nocivos á economia.

Quarta.—Podemos considei'ar o testiculo até certo ponto, como

(23)

glandula, si attendermos á sua disposição e á sua estructura, e da niesma sorte o ovario, por que até em alguns animaes, é eile o or- jão canalicular e o testiculo o vesicular, de maneira que n’esses animaes o esperma sahe por meio da abertura dessas vesiculas, diffe- rindo aquelle quanto aos uzos das glandulas propriamente dietas, visto que encontra-se elementos do esperma nas veias que llic são próximas e apenas serve para receber do sangue e reunil-os: pelo quo é bem cjibido o lugar em que o collocamos, proximo ás glandulas.

(24)

P R O P O S I Ç Õ E S .

h

S S 3 Ç Â 0

è . : : 2 z z o ? , i L .

Ç i f C n i* p lic a p â o te »u a iß ityttion tios gßaä'los'f

1 /

Compondo-se »obstetricia de uma parte chamada mccanica, ciam lica que a physica deve explicar muitos phenomeiios inhereules á c.ssa

sciencia.

2. » ‘

Pela physida tem-se explicado a apresentação e a posição fetal, e os ^ movimentos impressos á este, na oceasião dc percorrer o canal os((;o

iibrozo, ou bacia.

« •

3.»

Pelos planos inclinados c pelo paralellogrammo das forças alguns au­ tores tem querido explicar a descida e a direcção diagonal (jue segue a cabeça fetal quando as potências contracteis solicitâo-n’a á mover-se.

MEDICINA LEGAL.

F e r h n v n t o H c m g e r a t , e f j i t n a lo á sette e s y e c i a t.

1.*

(25)

cor-fames, pcrfurantes, e contundentes; sua gravidade liga -se à qualida­ de do instrumento, á direcção, á sede, e ao gráo dc penetração das

feridas.

0.«

f)s grossos troncos arteriaes, nervozos, as vísceras thoracicas, ahdo- minaes, cepíiali(!as, e as que achâo-se iia caviíiade da Jjacia podem ser interessadas, e o prognostico depende da importanda dos orgãos ol-

lendidos, c dos phemunenos consecutivos.

20

3.

Os ferimentos por meio de instrumentos ])enetranfes, c os de arma de fogo são os que as mais das vozes são acompanhados de hemorrha-. gias internas, e dc accidentes consecutivos. Em algutis cazos de con- liizão por mais simples que nos pareça, o prognostico pode ser grave, e mesmo mortal.

BOTAr^lCA.

A it a t o m ia coãnftartuln tios o rffõ o s tia cit'cttittptio n o s nta»nS fe»'os, n a s a r o s , e n o s »'e itíis .

1.»

Os mamiferos na frente dos quaes se aclia o homem apresentão um coração quadrilocular c .sem communicação entre o arterial, c o veno- zi): 0 buraco de Bolai, logo depois do nascimento se obstrue, são })0!'

tanto animaes de sangue quente.

2

. *

(>s replis tendo tanihem o coração (juadrilocular, com ludo a com- immicação dos dous corações se faz por meio do buraco de Botai, e ainda alguimis artérias communicâo-se directainente com as veias: são

(26)

í

Não só na disposição cio coração existe diílerença enü'e os replis, c os mamiferos, como lambem nas hematias; nos reptis são ellipticas, e deprimidas; nos mamiferos cm nada differem das do homem ; nas aves, com cjuanto lambem dc sangue quente, são extremamente pe­ quenas, e circulares. CHIMICÂ MINERAL. 4 f f i s t o r i a f h i u t i c a earboâttp. 21 3.* 1.*

0 carbono que se encontra no seio da terra, em grande porção, ou em veias, é o )*esultado da decomposição dos vegetaes que cobrião o globo depois que as agoas deixarão de occupal-o, e não o resultado da combustão dessas mesmas ai*vores.

2.*

 formação do carbono é jeosterior á formação da matéria chamada |)rimiliva, em razão de não encontrar-se nas massas de granito.

3.»

0 carbono acha-se as mais das vezes misturado com partes hetero- geneas— constituindo differentes variedades, que tem sido reconheci­ das por multiplicadas analyses.

PHARM.4C1.\.

Ir in h o H tu e tlic itu te ti.

1.*

Na preparação dos vinhos medicinaes a escolha do vinho não passa indifferente. Deve-se escolher o vinho chamado licor para as

(27)

cias ricas em principies alteraveis, o rul)ro, quando se quizer dissolver principios adstringenles e tonicos, e o branco, pai'a dissolver substan­ cias diureticas.

22

Na composição dos vinhos enti-ando em [)orções diíferentes, agoa e álcool, são elles os agentes principacs da dissolução— a primeira dis­ solve as matérias salinas, gomozas e extractivas— o segundo, as oleo- zas e resinozas.

3.»

As substancias que entrão para formar o vinho medicinal, ou podem ser seccas, e em geral é por meio da raaceraçâo, tendo o cuidado de |)rimciramente juntar-se um pouco de álcool para facilitar a dissolu­ ção— ou verdes, c-onm quando (jueremos preparar os vinhos anti-scor- buticos, para (|ue ellas não percão suas propriedades pela dessicação.

CHIMICA ORGÂNICA.

f f n n iã n p o r la a n itta ffn o a tic n n e a tu ttn c M m i c n tio aattffue f

1,

O organismo humano sendo composto de solidos e liquidos, as alte­ rações organicas devem ser constapiencia das modificações de um des­ ses dous princi|»los. Quanto ás dos solidos são bem conhecidas, não acontecendo o mesmo com os humores, que estão ainda á fazer-se.

2. “

0 sangue compondo-sc de heinatias e de leucocyte's e de substan- «!ias íjue SC podem achar dissolvidas ou fazendo [>artc dos globulos— al­ bumina, fibrina e muitos saus, a falta de proporçãOi d’esses princi- pios deve repercutir sobre todo o organismo.

(28)

23 3.»

As alterações do sangue as mais conhecidas, e mais graves são as que se declarão na natureza das substancias organicas: infecção, all)u- minuria, chloroze, rheumatismo

&c.

A analyze do sangue muito con­ corre para esclarecer os diagnosticos.

E C Ç i O 2ÍEDICA.

PATHOLOGIA GERAL.

i9nf.

1.‘

A dôr deve ser considerada pelos cirurgiões como um meio anti- phlogistico, ou hypostcnico geral, nas grandes operações com grandes perdas de sangue c muito dolorozas a rcacção inflammatoria e febril, é diminuida pelo gi*ande prolapso.

O somno que sobrevem nas pessoas feridas ou opei’adas, é de gran­ de proveito para diminuir os accidentes cerebraes, e de alguma maneira reconslituil-o das grandes perdas. O Cirurgião até mesmo deve pro- vocal-o por meio de bebidas opiarbis.

A dôr tendo sido dividida em physica, ou moral ( paixão) nos occu­ paremus somente da primeira, por ser do dominio da Cirurgia, e o cc- rebi o ser encarregado de aprecial-a jwr intermedio dos nervos. Não confundimos, como alguns tem feito, com as sensações que se passão nos orgãos prO|)rios dos sentidos.

(29)

2 4 PHYSIOLOGIA.

íüenHibitMatte r e v itr fe n tc .

1."

A sensibilidade recorrente pode se considerar como uina acção re­ flexa, com a dilíerença que esta é um acto sensitivo, e a outra, um aciü de incitação motora.

<9 »

A sensibilidade recorrente parte da circumlerencia para o centro, como bem demonstrou Magendie, Claude Bernard nos nen o s ntchi- dianos, e este ultimo no nervo espinal, á c .

Submettendo-se um animal á acção do Etber, ou do Chloioformio, a perda da sensibilidade se apresenta pi-imeiramente nas raizes anterio­ res na pelle, nas raizes posteriores, e á final no feixe posterior da me­ dulla espinal; e quando o animal vai tornando ao estado’iiormal, o phe- nomeno inverso se passa.

PATHOLOGÍA IKTEBNA.

f f u a l a ( n t p o t 't a n c i a t íu tte rc u s titio , e e g v w ta p tio n o tU€*(fnoatico tt n » Melões d o n p te lm õ e a .

1

Em outros tempos as molestias do pulmão, e as do coração crão a

boulóille á Venere

da Pathologia, mas, graç.as ao progresso da escutação e percussão, são hoje facilmente diagnosticadas;

2. ‘

(30)

diagnostico das molestias do peito, será com tudo de proveito não dis­ pensarmos os outros meios que nos possão esclarecer.

3 .“

A plessimelrya nas mãos do Professor Piorrv temos visto fazer pro­ digies, porém em mãos dc pessoas que não se tenhão familiarisado,—é um meio diíficil, que devemos reunir á outros, quando quizermos es­ clarecer qualquer diagnostico.

25

MATERIA MEDICA.

Oh a c c itle n le s ttrittètUvoH tin si/í» M Iíh tlevetti He*- eantbalifloH i*el**H »*terc*t»'tn eg'f

1.

Consider.ando, como Ricord, accidentes primitivos o cancro endura- do, e as placas mucozas, e unicos capazes de trazer os accidentes secundai’ios e terciários, não podemos deixar de aconselhai- o Iracta- mento mercurial.

a •

No cancro endurado acompanhando-se de caracteres espcciaes, e i[ue raramente iwderao escapar á um Medico (jue se tenha lamiliaris.'ulo com estes padecimentos, a applicação dos mcrcuriaes é um meio ra­ cional, que poderá addiar, ou prevenir a syphilis constitucional.

3.*

0 Professor Ricord, Langlihert, Clair, e outros Syphilograidios vimos continuar por quatro, seis, e mais mezes o tractamento mer­ curial em individuos em que se manifeslarâo os accidentes primi­

(31)

2 6

CLINICA MEDICA.

0 « g ir e f e r e n c ia tto t a i’t t t r o e u ie t ie o áê u a n g r ia u n a t i 'a la n t e n f o ríaa p n c n n t o n i a a .

l.a

Nas pneumonias francas acompanhadas de reacção febril c em in­ dividuos sanguineos, á sangria deve acompanhar a applicação do tar- laro, em razão de ambos obrarem como hypostbenisantes vasculaçes.

Em pessoas porém fracas, em que a jmcumonia se apresentar com uma marcha insidiosa, e sem reacção febril intensa, o tartai‘0 emetico poderá de prefercncia ser administrado, por obrar directamente.

3.“

Os rcvulsivos cutaneos, intestinaes, e os emolicntes, e em alguns rasos os calmantes são de grande proveito; e não poderemos adoptar um meio exclusivo por mais energico que nos pareça.

HYGIENE.

n n t t a U e v u p ã e s a titto n g tliff ie a s ita t' cot'gioa a tia c o n fte c ia o » tßeta c / titn ie a .

I.“

Os efleitos dcletcrios do ar viriado se manifestando diííerentemente sobre o homem tiuese tem submellido por algum tempo á sua acção, iia- timahnenlc os princípios que o alterão devem ser dc natureza diversa, ou sendo a mesma, devem obrar differenlcmente, segmido a nature­ za, constituição, idyosincrasia, e te<nperamento dos individuos assim submetlidos.

(32)

27 2.*

As febres intermitteutes thyphoidéas, |)uei-peral, ainarella, choleia inoi’bus, as anginas diphytericas e ein alguns cazos as erysijiélas sendo occasionadas por alterações atniosphericas, não podemos deixar de attribuir á existoniãa de certos principios no ar, que os progressos da chimica ainda não tem podido demonstrar.

3,*

L’ma grande divisão já se tem feito em Pathologia e é Já um pin- gresso para a scicncia. Ellluvios e miasmas— ([uanto aos primeiros os progressos da civüisação tem eni alguns paizes toimado quasi nulla a sua acção, como na Algeria, que os Francezes tem tornado um paiz habilavel pelos Europeos: quanto aos segundos, a ventillação e reno­ vação do ar, certos agentes chimicos, quando o íu' é confinado como nos Hospitaes, tem se visto ser de grande vantagem.

CI^U?.3!CA.

ANATOMIA GERAL E PATHOLOGICA.

S e r ã o e t e t n e n io » e » » e n e ia t n t e n t e n s h e m n t iu a e letteoeißlea ila atiÈtffttc, ou- sã o ftíta se s tio tie s e n v o le i- u t e o t o tie e le ttte n io s t u t t t io in o -it ie u iic o s .

i .

Pelo desenvolvimento enbiyronario aehamo-nos habilitados á consi- ilerar as heinatias e leucocytes como elementos distinctos; o iirimeiro apparecc em certos animaes, no porco da índia duas á tres semanas, ibqiois do coito fecundante, nas aves, e pai“ticularmente na gallinha, vinte c oito horas depois da incubação do ôvo,

á c

. , no entretanto que os leucocytes apparecem depois das hematias.

(33)

28 9 a

As differentes hypotheses apparecidiist j^ajra explicar o logar de eleição ein que se formão os leucocytes, como nos gânglios lymphaticos, haço fígado á c ., Iodas caheiii perante a ol)ser\'ação.

3.*

Em certos animaes, e particularnicnfe em alguns peixes, em que não encontra-se nem gânglios, nem baço, nem fígado, é com tudo seu sangue muito rico cni leucocytes, e por tanto parece que formão-se como as hematias no sangue, porém em e|X)cha posterior.

ANATOMIA DESCRIPTIVA.

V u t t it la r e s »a a tffu ittva s , i."

Os capillares são tubos de uma estruetura especial e differente das arterias, e devem scr considerados como um sysihema á parte, como já tinha reconhecido Bichat.

2.»

A differença dos capillares para com as artérias e veias é hem conhe­ cida em physiologia; são encarregados de dar, ou de receber os ele- ■ mentos da nutrição, assim o seu sangue é differente do arterial e do

venoso.

3.“

Os capillares qinnto á estruetura, jiodem se distinguir em tres va ­ riedades: organisação simples, uma tunica, capillares com duas tunicas uma interna como a precedente, e outra externa ou muscidar, e ca­ pillares que são compostos dc tres tunicas, que além das duas já co­ nhecidas ainda tem uma tei<ceira externa de fibras laminozas.

(34)

PARTOS.

29 0

JfMoi'te a p p a r e n t e ftme B'eee»t*-t*aHcit3as, a n a « ea u sa a e tv a ta tn e n ta .

s

1.*

Em grande numero dc cazos a morte do feto na occasiuo do nasci­ mento, é devida á compressão do cordão umbilical; nas apresenta­ ções da extremidade j)odalica a asphixia fetal se dã uma vez sobre tres, « e nas cephalicas é muito mais rara.

2

A asphixia ou pode ser completa, ou rapida, incompleta ou lenta. 0 exame do cadaver do feto nos offcrece signaes por onde a i>ossamos reconhecer.

A compressão separada das duas artérias, ou da veia do cordão, como querião os Parteiros antigos pai‘a explicar a as))hixia acompa­ nhada de cyanoderme, e a asphixia acompanhada de lividez da pelle, não pode hoje ser admiltida, attendendo ás disposições anatomicas dos vazos do cordão. Üma vez reconhecida a asphixia, o Parteiro deverá tentai’ a respiração artificial, que pode ser pela insuflaçâo directa do ar nos pulmões, ou por meio do tul>o ílftyngeo com um pequeno folies.

*

t

PATIIOLOGIA EXTERJíA

V e r M a a tlaa a r tie t tla ç õ e a .

As feridas articulaies tem sido como as das outras regiões, divididas em penetrantes, c era não penetrantes ou superficiaes, e ainda em fe­ ridas feitas por agentes exteriores, ou oceasiunadas mesmo pela extre­ midade dos ossos em uma luxação qualquer.

(35)

30 2*

0 prognostico (las feridas articulares apresenta grande differença, segundo a natureza do instrumento, (pte a tenha occasionado; as feita* por instrumentos contundentes, e cm pta-ticuiar pelas armas de fògo, são sempre graves.

3.‘

Um dos maiores inconvenientes das feridas ai’ticulares é a grande inilammação (jue jjodc sobrevir oceasionando aJjcessos intra-articula- res, e a ilecomposição do puz pela entrada do ar, podendo nos cazos extremos terminar ]ior uma infecção purulenta.

MEDICIN.\ OPERATORIA.

.È ita lo M tfn €ogtoffÊ'attlticu ÈÈtctUco c it 't t r g i c a tin È 'e giã o i u g n i n a t .

i . ‘

Os conhecimentos anatomicos da região inguinal são de grande im­ portanda para o Medico operador, ein razão das variedades de hernias (jue ahi se podem apresentar.

2.*

As hernias inguinaes podendo achar-se, ou para fora da arteria epi­ gastrica, ou para dentro, o diagnostico deve ser precizo quando te­ nha-se depralicar a taxis descoberta, attendendo-se ainda no homem a situação do cordão espermalico.

A direcção do canal, os musculos, e as aponevrozes que constituem suas paredes, os ramos dos dous nervos, gi-ande e pequeno abdominal cscrotal de Hirschfeld e o gcnito-crural não devem escapar ao Cirur­ gião |)ara prevenir offensas desnecessárias e accidentes.

(36)

'

31

CLINICA CIRÚRGICA.

O pttU U È tinacopio e « e i « e t n f i r e g o .

1.“

Com 0 Ophtalinoscopio podemos vêr o fundo dos olhos e apreciar­ mos todas as lezões que ahi se possão dar. Podemos estudar a anato­ mia pathologica dos olhos sobre o vivo, e contai* os batimentos da ar teria central da retina, e por tanto o estado da circulação.

2.«

O emprego deste instrumento por mãos inhabeis pode aggravar o mal do padccente que submette a abertura pupillar à acção reílectida de uma luz viva, e em alguns cazos intensa.

3.*

Ha dilTerentes especies de ophtalmoscopios, e podemos reduzir to­ das á duas classes: moveis, e fixos; com os primeiros podemos muni­ dos de uma lente vêr as imagens directas, o que é, cm alguns cazos, urgente; quanto aos segundos o seu emprego é mais facil, porém mais arriscado.

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