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Portal da transparência: ferramenta importante para um maior controle na administração pública.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS - DCEA

CAMPUS DE CAICÓ

FRANKLIN EDSON DE OLIVEIRA SOUZA

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA: FERRAMENTA IMPORTANTE PARA UM MAIOR CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Caicó – RN 2016

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Franklin Edson de Oliveira Souza

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA: FERRAMENTA IMPORTANTE PARA UM MAIOR CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Projeto de Pesquisa apresentado ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para a conclusão da Atividade Curricular Monografia, sob a orientação do Prof. (a). Esp. Celso Luiz Souza de Oliveira.

Caicó – RN 2016

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Franklin Edson de Oliveira Souza

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA: FERRAMENTA IMPORTANTE PARA UM MAIOR CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicada do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Prof.ª Esp. Celso Luiz Souza de Oliveira - UFRN/CERES

Orientador

_______________________________________________________ Prof.ª Esp. ou Ms. ou Dr. - UFRN/CERES

Examinador

________________________________________________________ Prof.ª Esp. ou Ms ou Dr. - UFRN/CERES

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Caicó

Souza, Franklin Edson de Oliveira.

Portal da Transparência: ferramenta importante para um maior controle na administração pública / Franklin Edson de Oliveira Souza. - Caicó: UFRN, 2016. 43f.: il.

Orientador: Esp. Celso Luiz Souza de Oliveira. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Centro de Ensino Superior do Seridó - Campus Caicó. Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas.

Curso de Ciências Contábeis.

Monografia - Bacharelado em Ciências Contábeis.

1. Transparência. 2. Adequação. 3. Informação. I. Oliveira, Celso Luiz Souza de. II. Título.

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DEDICATÓRIA

À minha família por estar comigo em todos os momentos da minha vida, sempre me apoiando e me dando forças para alcançar meus objetivos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e o dom da sabedoria para a realização desse trabalho sempre me mostrando o caminho certo e nunca me desamparando nos momentos difíceis.

A minha família que é à base de tudo, pois sem eles nunca teria chegado até aqui, em especial aos meus pais, Maria Aparecida e Francisco Pereira dois verdadeiros guerreiros que nunca mediram esforços para continuar em busca dos objetivos dos filhos, sempre apoiando em todos os sentidos. A minha irmã Rosângela de Oliveira que sempre me deu bastante força em todos os projetos de vida no qual consegui e ainda pretendo realizar. E também a minha irmã Priscila de Oliveira que mesmo distante sempre me apoiou.

Ao meu orientador Celso Luiz Souza de Oliveira, pela paciência, sabedoria e ensinamentos prestados para a condução e realização desse trabalho.

A todos os professores pela dedicação durante esses cinco anos de curso, no qual foi de grande importância para meu crescimento intelectual.

Aos amigos que fiz durante esses anos de curso e aos demais colegas que sempre estiveram comigo durante essa caminhada.

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“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo. ”

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RESUMO

Uma plataforma que procure estabelecer uma maior transparência na aplicação de recursos do Brasil, já é uma realidade, tendo em vista a criação do Portal da Transparência do Governo Federal por iniciativa da Controladoria Geral da União (CGU), o intuito de sua criação foi o de promover uma correta aplicação nos recursos públicos aumentando a transparência na gestão pública. Diante disso, o objetivo principal desse trabalho é verificar se a cidade de Caicó está se adequando de forma eficiente ao portal da Transparência, no tocante a receita e a despesa, quanto à divulgação pormenorizada do orçamento público por meio eletrônico através de consulta a página do portal do município. Onde também se aborda acerca da lei complementar 131 de maio de 2009 no qual foi criada com o intuito de promover a transparência na gestão fiscal, determinando a disponibilização das informações em tempo real. Além disso, faz-se necessário a discussão sobre o conceito de Auditoria Governamental, Controle interno, Contabilidade Pública e Despesa pública. O método de desenvolvimento do seguinte trabalho foi por meio de leitura de livros, artigos científicos, sites específicos dando maior ênfase a plataforma do Portal da Transparência do Governo Federal, Jornais e revistas conceituadas. Como conclusão o estudo realizado verificou a boa adequação do município de Caicó em relação a implementação da plataforma “Portal da Transparência”, onde o município demonstra total adaptação a obrigatoriedade de disponibilizar as informações para consulta em tempo real.

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ABSTRACT

A platform that seeks to establish greater transparency in the application of Brazilian resources, is already a reality, in view of the creation of the Transparency Portal of the Federal Government by initiative of the General Comptroller of the Union (CGU), the purpose of its creation was the To promote a correct application in public resources, increasing transparency in public management. Therefore, the main objective of this work is to verify if the city of Caicó is adapting efficiently to the Transparency portal, regarding revenue and expenditure, regarding the detailed disclosure of the public budget through electronic means through Portal of the municipality. It also discusses the complementary law 131 of May 2009 in which it was created with the purpose of promoting transparency in fiscal management, determining the availability of information in real time. In addition, it is necessary to discuss the concept of Government Audit, Internal Control, Public Accounting and Public Expenditure. The method of development of the following work was through reading of books, scientific articles, and specific websites giving more emphasis to the platform of the Transparency Portal of the Federal Government, Newspapers and reputed magazines. As a conclusion, the study verified the good suitability of the municipality of Caicó in relation to the implementation of the "Portal of Transparency" platform, where the municipality demonstrates full adaptation to the obligation to make the information available for real time consultation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Demonstrativo de dados disponibilizados. Figura 2 - Estatística de acesso do portal da transparência. Figura 3 - Encargos especiais.

Figura 4 - Saúde.

Figura 5 - Assistência Social. Figura 6 - Educação.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Repasses do Governo Federal para o município de Caicó-RN.

Quadro 2 - As principais características para o acontecimento do erro e da fraude. Quadro 3 - Componentes do controle interno.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Total de visitas anuais do portal da transparência. Gráfico 2 - Ranking de transparência na gestão pública do RN.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFC Conselho Federal de Contabilidade. LRF Lei de responsabilidade fiscal. CGU Controladoria Geral da União. CF Constituição Federal.

SIAF Sistema Integrado da Administração Financeira do Governo Federal. SIEST Sistema Informação das estatais.

SIASG Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais. SCDP Sistema de Concessão de Diárias e Passagens.

E-SIC Sistema eletrônico de serviço de informação ao cidadão. RREO Relatório resumido de execução orçamentária.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...14

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA...14

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA...15 1.2.1. Geral...15 1.2.2. Especificos...15 1.2.3. Justificativa...15 2. REFERENCIAL TEÓRICO...16 2.1 PORTAL DA TRANSPARÊNCIA...16

2.1.1 Dados do portal da transparência...17

2.2 LEI COMPLEMENTAR 131/2009...19

2.3 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS POR FUNÇÃO ORÇAMENTARIA...21

2.4 DESPESA PÚBLICA...24

2.5 RECEITA PÚBLICA...24

2.5 CONTABILIDADE PÚBLICA...26

2.6 AUDITORIA GOVERNAMENTAL...27

2.7 TRANSPARÊNCIA NA APLICAÇÃO DE RECURSOS...28

2.7.1. Erros ou fraudes...30

2.8 CONTROLE INTERNO...31

3. METODOLOGIA...33

3.1 CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITO DA INVESTIGAÇÃO...33

3.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS...33

3.3 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...33

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...36

6. REFERÊNCIAS...37

7. APÊNDICE...39

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14 1. INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA

O cidadão possui por direito o amplo acesso a informações em relação aos órgãos públicos de acordo com a Constituição federal CF explicita no seu art. 5°, XXXIII:

Todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações do seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado.

Com a finalidade de prestar informação ao cidadão foi criado em novembro de 2004 por iniciativa da Controladoria Geral da União (CGU), o Portal da Transparência, que se estabelece como plataforma na internet capaz de disponibilizar dados sobre a execução orçamentária e financeira da Receita e da Despesa do Poder Executivo Federal com atualização diária. Onde estabelece uma transparência na gestão pública, permitindo que o cidadão possa acompanhar como está sendo a aplicação e utilização do dinheiro público.

A lei complementar 131, de 27 de maio de 2009, mais conhecida como lei da transparência ou lei Capibaribe, foi criada para mencionar uma melhor transparência na gestão fiscal, propondo disponibilizar informações em tempo real. Em relação a informações minuciosas sobre a execução orçamentária e financeira, de acordo com a lei 131/2009, todos os entes possuem obrigação em liberar ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, essas informações em tempo real.

Por isso o seguinte trabalho tem por objetivo principal verificar a adequação do portal da transparência no município de Caicó-RN, analisando o cumprimento da transparência na gestão pública através da lei complementar 131/2009. Diante disso faz-se necessário abordar sobre os conceitos de Despesa Pública, Contabilidade Pública, Auditoria Governamental e Controle Interno, além de expor o Portal da Transparência do Governo Federal.

Para o desenvolvimento do seguinte trabalho foi realizado a leitura de livros, artigos científicos, sites, jornais e revistas.

Com isso, o presente trabalho constitui-se de Introdução, objetivo geral e específicos, justificativa, uma breve Revisão bibliográfica, em seguida a metodologia abordada na realização do trabalho, a análise dos resultados e as considerações finais.

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15 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1. Geral

A presente pesquisa tem como objetivo geral verificar a adequação do portal da transparência no município de Caicó.

1.2.2. Específicos

E sendo esta a finalidade da pesquisa, este poderá ser dividido como objetivos específicos nos seguintes aspectos:

 Explicar como funciona a lei complementar 131/2009.

 Entender como se comporta a transparência na aplicação de recursos.  Conceituar despesa pública e a contabilidade pública.

 Identificar quais informações são disponibilizadas pelo portal da transparência e a sua evolução em termos de visualizações anuais.

1.2.3. Justificativa

Diante de um cenário atual de corrupção que o Brasil vive, o aprimoramento de práticas e a criação de leis que busquem uma maior transparência se tornam necessárias para a inibição de atos fraudulentos.

A transparência na administração pública é de grande importância, porque atua em nome de todos os cidadãos, permitindo através de suas informações, colaborar no controle das ações de seus governantes proporcionando uma maior participação da população. Todavia, é necessário que essas informações sejam disponibilizadas com bastante clareza, em uma página de fácil acesso, para que todos possam ter um alcance viável, possibilitando assimilar o conhecimento e as informações disponíveis.

Partindo desse motivo, a questão da transparência tem um destaque maior como fator para inibição da corrupção. Diante disso, "a transparência do Estado se efetiva por meio do acesso do cidadão à informação governamental, o que torna mais democrática a relação entre o Estado e a sociedade civil" (BRESSER-PEREIRA, 2004, p. 23).

A elaboração desse trabalho é de grande importância pois possibilita conhecer e entender como funciona o portal da transparência que garante ao cidadão o direito de monitorar a utilização da verba pública com o intuito de promover uma correta aplicação dos

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16 recursos públicos, aumentando a transparência na gestão pública. O estudo também aborda como funciona a lei complementar 131/2009 que foi criada com o intuito de melhorar a transparência na gestão fiscal, determinando a disponibilização das informações em tempo real.

Com isso a finalidade desse estudo foi promover uma reflexão a respeito da importância de um instrumento para o cidadão acompanhar a gestão pública e ajudar de certa forma no controle dos gastos e no uso correto dos recursos, inibindo a corrupção e o mal uso do dinheiro público.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 PORTAL DA TRANSPARÊNCIA

O portal da transparência do Governo Federal foi criado em novembro de 2004, por iniciativa da Controladoria Geral da União (CGU), com o intuito de promover uma correta aplicação nos recursos públicos aumentando a transparência na gestão pública, onde qualquer cidadão pode acompanhar como está sendo a aplicação e utilização do dinheiro público ajudando de uma certa forma a manter uma fiscalização.

No portal da transparência é possível encontrar diversas informações onde as mais importantes são:

• Informações sobre Transferências de Recursos, para estados, municípios, pessoas jurídicas, e feitas ao exterior, ou diretamente a pessoas físicas. Estão disponíveis dados de todos os recursos federais transferidos da União para estados, municípios e Distrito Federal. Pode-se consultar, por exemplo, quanto foi repassado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) do Ministério da Educação para qualquer município do País ou mesmo quem são os beneficiários do Bolsa Família, quanto receberam e em que meses (recursos federais transferidos diretamente ao cidadão). • Informações sobre Gastos Diretos do Governo Federal: contratação de obras, serviços e compras governamentais, que podem ser vistas por órgão, por ação governamental ou por favorecidos (empresas privadas ou pessoas físicas). Também detalha as diárias pagas e os gastos feitos em cartões de pagamento do Governo Federal.

• Informações diárias sobre a execução orçamentária e financeira das com dados detalhados e diariamente atualizados sobre os atos praticados pelas unidades gestoras do Poder Executivo Federal no decorrer da execução das suas despesas. O cidadão poderá saber quanto e com o que está sendo comprometido o recurso do orçamento. É possível, inclusive, conhecer a fase em que a despesa se encontra: empenho, liquidação e pagamento

• Informações sobre Receitas previstas, lançadas e realizadas pelo Governo Federal, organizadas por Órgão e por categoria das Receitas, e atualizadas diariamente. • Páginas de Transparência de Estados e Municípios - dados de cada ente federativo, sobre transferências de recursos recebidas do governo federal e cadastro de convênios, extraídos do Portal da Transparência. (Portal da transparência, 2012).

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17 Essas informações são de grande importância para possibilitar que o cidadão entenda como funciona a aplicação dos recursos no qual ele mesmo ajuda a manter, através do pagamento de impostos.

2.1.1 Dados do portal da transparência

Os dados que são divulgados no portal da transparência são de responsabilidade do poder executivo federal e dos ministérios. Os dados divulgados na página do portal são das seguintes áreas:

Figura 1 – Demonstrativo de dados disponibilizados

Fonte: Portal da transparência nacional, (2016).

Demonstrativo disponibilizado acerca de dados referente às áreas de investimento do Governo Federal em âmbito nacional.

A Controladoria Geral da União (CGU) é responsável por reunir e disponibilizar as informações que serão divulgadas, ou seja, manter disponível o repositório com informações mínimas necessárias a serem divulgadas na página.

Esses dados contidos no repositório que serão divulgados na página do portal da transparência podem prover de duas origens.

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18 1- Os sistemas informatizados da administração pública federal

SIAF – Sistema Integrado da Administração Financeira do Governo Federal, para extração dos dados de execução orçamentaria e de convênios.

SIEST – Sistema Informação das estatais, para extração dos dados do orçamento de investimento das empresas estatais.

SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais para extração dos dados de licitações e de contratos.

SCDP – Sistema de Concessão de Diárias e Passagens, para extração dos dados de diárias e passagens em viagens realizadas por colaboradores e servidores do Poder Executivo Federal.

2- Informações fornecidas pela própria entidade: Algumas entidades da Administração Pública Federal se encontram desobrigadas, pela legislação vigente, de utilizar os sistemas acima mencionados. Assim, quando não usuárias dos sistemas, tais entidades devem encaminhar a Controladoria Geral da União (CGU) as informações requeridas pelo art. 22 da portaria Interministerial nº 140 de 16 março de 2016.

Em relação ao total de acessos e a evolução da página. A cada ano o portal da transparência vem crescendo e se tornando cada vez mais eficiente para o cidadão, pois permite que a população acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado.

Em relação ao total de acessos que o portal obteve desde o seu ano de fundação, 2004.

Figura 2 - Estatística de acesso do portal da transparência

Fonte: Portal da Transparência (2011).

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19

Fonte: Portal da Transparência (2011)

No ano de 2014 o portal estabeleceu mudanças oferecendo melhor navegabilidade e maior disponibilização de dados sobre imóveis funcionais.

Em relação aos meios no qual a população mais acessa o portal da transparência é respectivamente computador, celular e tablet, onde o terceiro mencionado tem porcentagem mínima quase que em desuso.

2.2 LEI COMPLEMENTAR 131/2009

A lei complementar 131, de 27 de maio de 2009. Foi criada para emitir uma maior transparência na gestão fiscal, onde disponibiliza informações em tempo real há cerca da execução orçamentária e financeira da união, estados e municípios além do Distrito Federal.

Todos os entes federados do Brasil deverão por meio do portal da transparência, divulgar em relação a despesa, atos praticados pela unidade gestora seja na execução da despesa em relação ao momento de sua realização. Quanto a receita o recebimento e o lançamento de toda receita das unidades gestoras deverão ser divulgadas através do portal inclusive referente a recursos extraordinários.

Em relação a legislação que regulamenta a lei complementar 131/2009 (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA,2012) são as seguintes:

Em consonância com o disposto pela Lei Complementar 131, foi editado o Decreto nº 7.185, de 27 de maio de 2010 que define o padrão mínimo de qualidade do sistema integrado de administração financeira e controle, nos termos do inciso III, parágrafo único do art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.

A Secretaria do Tesouro Nacional também editou a Portaria nº 548, de 22 de novembro de 2010 que estabelece os requisitos mínimos de segurança e contábeis do sistema integrado de administração financeira e controle utilizado no âmbito de cada ente da Federação, adicionais aos previstos no Decreto nº 7.185, de 27 de maio de 2010.

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20 A lei complementar 131 de acordo com (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2012), estabelece como prazo para seu cumprimento:

A LC 131 definiu os seguintes prazos, a contar da data de sua publicação (27/05/2009): I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes – maio de 2010; II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes – maio de 2011; III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes – maio de 2013.

Caso os estados o Distrito Federal e os municípios não disponibilizem as informações no prazo estabelecido, são punidos com o impedimento de receber transferências voluntárias.

As informações que devem constar no portal da transparência segundo a lei de responsabilidade fiscal, de acordo com o artigo 48 da LRF nos entes da federação, são as seguintes:

1 - Os planos orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; 2 - As prestações de contas e o respectivo parecer prévio; 3 - O Relatório Resumido da Execução Orçamentária; 4 - Relatório de Gestão Fiscal;

5 - As versões simplificadas desses documentos;

6 - Informações sobre data, hora e local de realização de audiências públicas, como incentivo à participação popular durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

7 - Informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em tempo real; 8 – Disponibilização a pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

a) quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao:

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21 a.2 - bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso,

a.3 - o procedimento licitatório realizado;

b) quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.

9 - Divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas. (No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias.

2.3 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS POR FUNÇÃO ORÇAMENTARIA

As transferências de recursos provenientes do Governo Federal para a cidade de Caicó foram para os seguintes grupos de aplicação de recursos. Os dados são referentes as quatro áreas de maior transferência de recursos para a devida aplicação do mês de janeiro a outubro do ano de 2016.

Encargos especiais

Figura 3 - Encargos especiais

Fonte: Portal da transparência. Acesso em 07/12/2016.

A evolução mensal em valores exatos para o grupo de encargos especiais foram as seguintes: Janeiro-2.822.845,45. Fevereiro – 3.515.168,16. Março – 2.143.020,53. Abril – 2.517.280,77. Maio – 3.353.992,12. Junho – 2.781.140,00. Julho – 3.018.502,61. Agosto – 2.510.176,37. Setembro – 2.057.729,06. Outubro – 2.484.610,00. Total destinado a área de encargos especiais 27.204.465,07.

De acordo com os valores exatos do repasse percebe-se que o mês com maior repasse é o de fevereiro e o de menor repasse é o de setembro.

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22  Saúde

Figura 4 - Saúde

Fonte: Portal da transparência. Acesso em 07/12/2016.

A evolução mensal para o grupo da área da saúde em relação a valores exatos foram as seguintes: janeiro – 1.280.590,95. Fevereiro – 1.621.509,54. Março - 2.041.497,29. Maio – 1.690.273,29. Junho – 1.745.579,54. Julho – 1.943.186,55. Agosto – 1.523.907,96. Setembro – 1.880.707,02. Outubro – 1.708.695,12. Total destinado a área da saúde – 15.435.947,26.

De acordo com os valores exatos do repasse para a área da saúde é visível que o maior repasse foi feito no mês de março onde o menor repasse foi realizado no mês de janeiro.

Assistência Social

Figura 5 - Assistência Social

Fonte: Portal da transparência. Acesso em 07/12/2016.

A evolução mensal para o grupo da área de assistência social em valores exatos foi a seguinte: Janeiro - 849.892,65. Fevereiro – 775.009,63. Março - 875.462,40. Abril – 755.561,00. Maio - 959.755,40. Junho – 831.626,11. Julho - 953.106,01. Agosto – 1.009.793,77. Setembro - 851.546,82. Outubro – 1.042.815,59. Total destinado a área de assistência social 8.903.969,38.

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23 De acordo com os valores exatos do repasse para a área de assistência social percebe-se um maior valor recebido no mês de outubro e um menor valor no repasse do mês de abril.

Educação

Figura 6 - Educação

Fonte: Portal da transparência. Acesso em 07/12/2016.

A evolução mensal para o grupo da área de educação em valores exatos foram os seguintes: Janeiro - 69.470,00. Fevereiro – 29.675,00. Março - 71.112,00. Maio – 71.112,00. Junho – 71.112,00. Julho – 128.752,00. Agosto – 77.772,00. Setembro – 113.722,00. Outubro – 71.112,00. Total destinado a área da educação 703.839,00.

Ao observar os valores exatos do repasse para a área da educação percebe-se que o maior valor foi o do mês de julho, já o menor valor ficou por conta do mês de fevereiro.

Em relação aos valores das quatro principais áreas de repasse do Governo Federal para a cidade de Caicó (Encargos Especiais, Saúde, Assistência Social e Educação), foram avaliadas a diferença nos valores dos repasses do ano 2014 ao ano 2016.

Quadro 1 - Repasses do Governo Federal para o município de Caicó-RN

Área de repasses

2014 2015 2016 (até outubro)

Encargos Especiais 32.054.631,04 33.645.497,04 27.204.465,07

Saúde 17.236.010,25 18.021.121,88 15.435.947,26

Assistência Social 12.022.140,75 11.207.112,90 8.903.969,38

Educação 1.717.606,40 3.016.123,30 703.839,00

Fonte: Portal da Transparência (2016).

Os valores dos repasses a partir de 2014 ao ano de 2016 foram bastante similares levando em consideração que os valores de 2016 foram considerados até o mês de outubro.

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24 Apenas a área de educação obteve um considerável aumento de 2014 a 2015 e um decréscimo para 2016 até outubro.

2.4 DESPESA PÚBLICA

A despesa pública se caracteriza por realizar obrigatoriamente o desembolso por parte dos cofres públicos, como também estabelece o objetivo de financiar as ações do governo.

De acordo com Kohama (2006, p. 87), as despesas públicas seriam

Os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de caução, depósitos, consignações etc.

A contabilização da despesa é regulamentada pelo CFC, Conselho Federal de Contabilidade de acordo com a resolução CFC Nº 750, que teve sua publicação no DOU em 31/12/1993.

Em relação a manutenção das atividades, preservação de bens públicos e também construções, o enfoque orçamentário dos dispêndios realizados pelas despesas citadas pode estar prevista na constituição ou leis, necessitando de uma certa autorização legislativa para a sua determinada realização. Para a despesa realizar uma boa execução ela deve seguir os estágios: empenho, liquidação e pagamento, previstos na Lei nº 4.320, de 1964.

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

Art. 65 O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

Os dispêndios citados podem estar previstos em atos administrativos, leis como também na constituição onde necessitam de autorização legislativa.

2.5 RECEITA PÚBLICA

É o montante administrado pelo Tesouro Nacional utilizado para o pagamento de despesas e investimentos públicos, é o resultado de impostos, taxas, contribuições dentre outras fontes relacionadas com as despesas públicas.

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25 Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo

Ainda de acordo com o Manual Técnico de orçamento (2014) receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se desdobram em receitas orçamentárias.

A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da federação classificando-os em dois grupos: orçamentários e extra-orçamentários.

Com uma certa restrição apenas as receitas orçamentárias são públicas, diferentemente de ingressos Extra orçamentários.

Figura 7: Ingressos de Valores nos cofres Públicos Fonte: Manual Técnico de orçamento (2014).

Em relação a classificação da Receita Pública, segundo BALEEIRO (2004), ela pode ser orçamentária caso os recursos não precisem ser restituídos posteriormente, ou de natureza extra orçamentária, quando os recursos precisem ser desenvolvidos,

1) Receita Orçamentária: é aquela que integra o orçamento e da qual o Estado pode dispor como propriedade sua. Aumenta a situação líquida do patrimônio financeiro. Portanto, é uma receita resultante da execução orçamentária.

2) Receita extra orçamentária: é aquela que não integra o orçamento público. Modifica a composição do patrimônio financeiro, sem alterar a situação líquida. Portanto, são valores que o Estado arrecada que não lhe pertencem, figurando apenas como depositário dos valores recebidos. Exemplos: cauções e depósitos, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, operações de crédito por antecipação da receita, a curto prazo e outras assemelhadas. Esta definição e exemplos definem perfeitamente que se trata de uma receita independente da execução orçamentária.

(27)

26 2.6 CONTABILIDADE PÚBLICA

A contabilidade pública segundo KOHAMA (2003), é o ramo da contabilidade no qual se caracteriza por se dedicar ao estudo do patrimônio dos entes públicos onde registra, controla e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública, patrimônio público e suas variações. Ao ter uma noção inicial de contabilidade pública é percebida que suas funções principais para um desempenho almejado é registrar a previsão da receita e certa fixação da despesa estabelecida no orçamento público aprovado para o exercício, escritura a execução orçamentária, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, onde também revela as variações patrimoniais.

De acordo com a resolução CFC N. 1.128/2008, de que trata da conceituação, objetivo e campo de atuação onde se aplica a contabilidade do setor público, estabelece que seu objetivo é:

Fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

Com relação ao patrimônio público esse conjunto de bens, de acordo com a resolução CFC n. 1.129/2008, é entendido como:

O conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

Patrimônio público, no qual se classifica de acordo com a (lei n.10.406/02, art. 99, código civil).

Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Exemplo: Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC). O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecida por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Exemplo: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso desses bens públicos é oneroso. Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Exemplo: Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral (art. 99, II do CC). Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC). Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado, pois não estão destinados e em razão disso, o estado se ver como proprietário desses bens.

(28)

27 O Código Civil dispõe que são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, sendo todos os outros particulares, seja qual for à pessoa a que pertencerem.

2.6 AUDITORIA GOVERNAMENTAL

Auditoria governamental abrange um campo de especialização da auditoria onde é voltada para a administração pública, tanto a administração pública direta como também a indireta, se relacionando com a auditoria externa e interna, envolvendo com isso o patrimônio ou interesse público. Sua finalidade maior é comprovar a legalidade, avaliando a legitimidade dos resultados obtidos, que seriam os seguintes: a economicidade, a eficiência da gestão orçamentaria, patrimonial e também no aspecto financeiro nas unidades de administração direta e entidades supervisionadas da administração pública, (SILVA, 2004).

Entende-se sobre objetivos da auditoria governamental de acordo com (MORAIS, 2012, p. 49).

A Auditoria Governamental tem por objetivo examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados, bem como apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles internos das unidades da administração direta e indireta. Constituem objetos do exame de auditoria: os sistemas administrativo e operacional de controle interno utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial; a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos públicos; a aplicação dos recursos transferidos pelo Estado a entidades públicas ou privadas; os contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais; os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade das unidades da administração direta e entidades supervisionadas; os atos administrativos que resultem em direitos e obrigações para o Poder Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos e com a concessão de avais; a arrecadação e a restituição de receitas de tributos estaduais;

Através desses objetivos a auditoria governamental estabelece uma série de formas de execução de termos planejando alcançar ao máximo os resultados desejáveis, exemplificando as formas de execução citadas temos: direta, indireta, compartilhada, subsidiária e integrada.

Em relação as formas de execução da Auditoria Governamental de acordo com o previsto na IN no 01/2001, da Secretaria Federal de Controle, as auditorias na área governamental são executadas das seguintes formas:

(29)

28

Direta, quando se trata das atividades de auditoria executada diretamente por

servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em: centralizada, que é executada exclusivamente por servidores em exercício nos órgãos central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Descentralizada, quando executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Integrada, quando executada conjuntamente por servidores em exercício nos órgãos central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. De forma Indireta quando se trata das atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. Compartilhada, é quando é coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privadas. Terceirizada, quando executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa.

A administração pública orienta-se pelos princípios constitucionais da publicidade, legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência, conforme art. 37 da Constituição Federal, CF.

2.7 TRANSPARÊNCIA NA APLICAÇÃO DE RECURSOS

A obtenção de informações relacionada à aplicação de recursos públicos é direito de todo cidadão onde é obrigação do estado manter total transparência. A participação da população na gestão pública é de grande importância até mesmo assegurada pela constituição federal de 1988. A Constituição Federal de 1988 em algumas partes de seu texto propõe ao cidadão maior efetividade de participação na supervisão da administração do estado e da política, (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2016).

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

[...]

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

[...]

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

[...]

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

[...]

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

(30)

29 Diante da vontade da sociedade de conhecer de perto as ações tomadas pela administração pública, (PEREIRA, 1997, P. 4):

Os cidadãos estão tornando-se cada vez mais conscientes de que a administração pública burocrática não corresponde às demandas que a sociedade civil apresenta aos governos por ela eleitos, no capitalismo democrático contemporâneo. Sabemos que os cidadãos tendem a exigir do Estado muito mais do que o Estado pode fornecer. Esta lacuna entre demandas e possibilidade de oferta por parte do Estado está na origem não apenas da crise fiscal, como observou O’Connor (l973), e da crise de governabilidade, como destacou Huntington (l968), mas também da crise da administração pública burocrática. Os recursos econômicos e políticos são, por definição, escassos em relação à demanda, e se tornam ainda mais escassos quando a administração pública é ineficiente. Entretanto, quando não se pode contar com o mercado, i.e., quando a alocação de recursos pelo mercado não é solução factível, dado seu caráter distorcido ou dada sua incompletude, a existência de uma administração pública eficiente passa a ter valor estratégico ao reduzir a lacuna que separa a demanda social e a satisfação desta demanda.

De acordo com Trosa (2001, p.89), à preocupação de prestar contas, estabelecer certo valor do que se arrecada e o que se deve aplicar de forma correta e razoável, nos setores necessários.

A pressão para prestar contas cresce, ela pode vir do poder político. Há uma preocupação dos governos em ver seus objetivos efetivamente realizados, o corolário é a obrigação organizada de prestar contas, ela pode vir dos próprios funcionários. A crise de legitimidade do Estado favorece a transparência: as administrações preferem prestar contas a se verem constantemente atacadas. Ela pode vir do orçamento. Os mecanismos orçamentários recaem cada vez mais amiúde, sobre as comparações de desempenho e de resultado. Pode o serviço público desenvolver o ajuste sem ficar obrigado a uma maior transparência? Que os agentes públicos possam prestar contas em termos qualitativos e quantitativos sem medo de serem censurados, se seu procedimento no caso tiver sido razoável.

O artigo 37 da Constituição Federal de 1988, em relação aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Afirma que a administração pública direta ou indireta seja de qualquer um dos poderes União, Estados, Distrito Federal e Municípios obedecerá aos princípios mencionados.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. § 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços. II - O acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII. III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (BRASIL, 1988).

(31)

30 E através desses meios citados anteriormente a população vai se informando e obtendo cada vez mais conhecimento de que podem fiscalizar e com isso minimizar a corrupção que arremete a administração pública atualmente.

2.7.1 Erros ou fraudes

Para chegarmos a uma primeira ideia do que seria erro e fraude, como também distinguir ambos, será necessário primeiramente buscar o significado de ambas as palavras.

Em relação ao significado da palavra Fraude de acordo com o dicionário Aurélio (1977, p.229): “1. Logro. 2. Abuso de confiança. 3. Contrabando.”

Já o significado de Erro de acordo com o dicionário Aurélio (1977, p. 190), “1. Ato ou efeito de errar. 2. Desvio do bom caminho.

Os erros por fraude podem ser cometidos da seguinte forma, segundo Sá (1998, pág. 52):

“Os erros por fraudes ou intencionais podem ser cometidos para: subtrair mercadorias, matérias-primas, produtos e resíduos; subtrair dinheiro; subtrair títulos; iludir o fisco, evitando o pagamento de impostos; dissimular atos sujeitos a penalidades; encobrir faltas de terceiros; alterar resultados para usufruir maiores percentagens em lucros; simular ocorrências; iludir a opinião de acionistas e autoridades monetárias etc.”

Em relação à avaliação de risco da entidade de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TA 315 (p. 4),

O auditor deve buscar entender se a entidade tem processo para: Identificar riscos de negócio relevantes que afetam as demonstrações contábeis; estimar a significância dos riscos; avaliar a probabilidade de sua ocorrência; e decidir sobre ações em resposta a esses riscos.

Em relação a fraude e o erro existem características propicias para ocorrerem, vejamos algumas na tabela a seguir.

Quadro 2 – As principais características para o acontecimento do erro e da fraude. Caracterização da Fraude Caracterização de Erro Manipulação, falsificação ou alteração de

registros ou documentos, de modo a modificar os registros de ativos, passivos e resultados.

Erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis

(32)

31 Apropriação indébita de ativos. Aplicação incorreta das normas contábeis

Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.

Interpretação errada das variações patrimoniais.

Registro de transações sem comprovação.

Aplicação de práticas contábeis indevidas.

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade CFC (2009).

2.8 CONTROLE INTERNO

O controle interno se define através de relatório do Comitê de Organizações Patrocinadoras de acordo com Boynton, Johnson e Kell (2001, p.320), como sendo:

Processo operado pelo conselho de administração, pela administração e outras pessoas, desenhado para fornecer segurança razoável quanto á consecução de objetivos nas seguintes categorias:

Confiabilidade de informações financeiras.

Obediência (compliance) ás leis e regulamentos aplicáveis. Eficácia e eficiência de operações.

O controle interno que também pode ser denominado de auditoria interna ou controladoria possui como uma de suas principais vantagens, ótimo custo benefício na função de reduzir os riscos de falhas para a realização eficaz dos objetivos e alcance das metas estipuladas de uma atividade.

Em relação aos componentes de controles internos através de relatório do Comitê de Organizações Patrocinadoras de acordo Boynton, Johnson e Kell (2001, p.321) são:

Ambiente de controle – “Dá o tom” de uma organização, influenciando a consciência de controle das pessoas que nela trabalham. Representa o alicerce dos demais componentes, disciplinando-os e estruturando-os.

Avaliação de risco – Identificação e analise dos riscos relevantes para a consecução os objetivos da entidade; forma a base para a determinação de como os riscos devem ser administrados.

Atividades de controle – Políticas e procedimentos que ajudam a assegurar que as diretrizes da administração estejam sendo seguidas.

Informação e comunicação – Identificação, Captura e Troca de informações sob forma e em épocas tais que permitam que as pessoas cumpram suas responsabilidades.

Monitoração – Processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos.

Diversos ambientes necessitam de um bom controle interno para a realização de uma ação preventiva antes que ações ilícitas e indevidas sejam iniciadas ou venham a

(33)

32 continuar acontecendo. Dentre os ambientes podemos citar estrutura organizacional adequada, comprometimento com a competência como também da eficiência, sistemas adequados, políticas e práticas adequadas de RH, etc.

Já em relação aos papeis e responsabilidades do Controle Interno de acordo Boynton, Johnson e Kell (2001, p.323),

O relatório de Comitê de Organizações Patrocinadoras conclui que todas as pessoas em uma organização têm alguma responsabilidade pelos controles internos e que, na realidade, fazem parte deles. Registra, contudo, que várias partes externas, tais como auditores independentes e reguladores, podem trazer informações úteis para os controles, mas não têm responsabilidade por sua eficácia. Várias partes responsáveis, e respectivos papéis, são as seguintes: Administração, Conselho de administração e comitê de auditoria, Auditores internos, outros membros do quadro de pessoal da entidade, Auditores independentes e outras partes externas.

O controle interno de segundo, (Boynton, Johnson e Kell, 2001), além de verificar uma certa exatidão e eficiência em relação aos dados contábeis, também possui uma série de componentes onde trabalham em conjunto no qual tem como principal intuito o alcance dos objetivos em determinada empresa estando correlacionada com o processo de gestão. Os componentes dos controles internos citados são:

Quadro - 3 Componentes do controle interno.

Ambiente de controle

“Dá o tom” de uma organização, influenciando a consciência de controle das pessoas que nela trabalham. Representa o alicerce dos demais componentes, disciplinando-os e estruturando-os.

Avaliação de riscos

Identificação e análise dos riscos relevantes para a consecução dos objetivos da entidade; forma a base para a determinação de como os riscos devem ser administrados.

Atividades de controle

Políticas e procedimentos que ajudam a assegurar que as diretrizes da administração estejam sendo seguidas.

Informação e comunicação

Identificação, captura e troca de informações sob forma e em épocas tais que permitam que as pessoas cumpram suas responsabilidades. Monitoração Processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles

internos.

(34)

33 Esses componentes trabalham em conjunto em um processo com o principal objetivo de atingir as metas estipuladas pela empresa

3. METODOLOGIA

A pesquisa utilizada foi a descritiva, já que o estudo teve como seu principal enfoque analisar, registrar e interpretar fatos no mundo físico sem que haja uma interferência de quem realizou a pesquisa (Gil, 2010).

Sendo assim foi desenvolvido um estudo de caso, segundo Yin (2001, p. 32), o estudo de caso trata-se de uma entrevista empírica que tem como objetivo investigar o fenômeno que esteja contido no contexto da vida real, preferencialmente quando os traços do limite entre o fenômeno estudado e o contexto real não estão evidenciáveis.

3.1 CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITO DA INVESTIGAÇÃO

A pesquisa foi realizada de maneira interna, aplicada na controladoria da prefeitura do município de Caicó-RN, O universo foi o próprio município onde foi realizado. O sujeito da pesquisa foi a responsável pela controladoria do município de Caicó-RN.

3.2 INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

A entrevista com a controladora do município de Caicó para relatar se o município em estudo está se adequando ao Portal da Transparência. Dessa forma foi utilizado os dados coletados com a entrevista, aplicada através de questionários para que com isso fosse concluído a pesquisa.

3.3 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Partindo dos dados coletados com a aplicação da entrevista foram utilizados os mesmos conceitos para que houvesse um analise da adequação do município de Caicó com Portal da Transparência. Segundo Gil (2010, p. 67) “Análise tem como objetivo verificar e sumariar os dados de forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para a investigação”. Esta análise através da aplicação dos questionários foi transcrita para gráficos utilizando para isso aplicativo Excel 2013 para facilitar a análise dos dados coletados.

(35)

34 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nesta etapa foi efetuado o tratamento sobre os aspectos que estão relacionados com o estudo de caso. Na fase inicial foi realizada uma apresentação com o cenário atual do município. Este estudo foi aplicado no município de Caicó-RN na sede da controladoria que fica localizada na AV. Cel. Martiniano, n°993, Centro.

No primeiro item do questionário foi exposto a seguinte pergunta:

1) Como a prefeitura de Caicó apresenta aos munícipes a movimentação financeira do poder executivo?

Resposta: Através do Portal da transparência do diário oficial com a publicação do RREO e RGF, balancetes, empenhos, pagamentos, etc.

2) Sabendo da criação da lei complementar 131/2009 você tem total conhecimento de como ela funciona?

Resposta: Sim.

3) Em relação ao esclarecimento de receitas e despesas, como o cidadão pode ter acesso a informações detalhadas, sem a opção da página do Portal da Transparência?

Resposta: Através de requerimento que pode ser entregue pessoalmente e também através do E-sic localizado no site, www.caico.rn.gov.

4) No seu ponto de vista as informações prestadas no Portal da Transparência são suficientes para a compreensão em despesas e receitas?

Resposta: Para os cidadãos que tem algum conhecimento de despesas e receitas, sim.

5) No seu ponto de vista, em termos de logística da informação o que você acha do antes e depois da criação da plataforma Portal da Transparência?

Resposta: Com a criação do Portal da Transparência ficou muito mais o acesso às informações, possibilitando que o cidadão tenha conhecimento de como está sendo a aplicação dos recursos públicos.

(36)

35 Tendo como base as respostas do questionário foi observado que os dados da entrevista foram repassados de maneira justificável, tendo em vista segundo que o segundo o ranking do Portal da Transparência o município de Caicó-RN aparece na sétima colocação entre as vinte melhores cidades do estado do Rio Grande do Norte na questão da transparência.

Um segundo ponto que também pode ser analisado que reforça as informações repassadas para o questionário é que na primeira avaliação Caicó só obteve uma nota equivalente a 1,9 em uma escala de 0 a 10, já em relação a uma segunda avaliação a cidade segue com nota 9. Sendo assim o intervalo entre a primeira e a segunda avaliação foi o período de adequação ao Portal da Transparência regulamentada pela Lei Complementar nº 131/2009.

Fonte: Ministério Público Federal (2016)

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36 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o resultado levantado do questionário pode-se observar que o município de Caicó-RN está adequado ao Portal da Transparência, ou seja, foi observado que o município em estudo segue os parâmetros utilizados pela lei 131 de maio de 2009 criada para realizar na gestão fiscal uma maior transparência, disponibilizando informações em tempo real em relação a execução orçamentária e financeira dos entes federativos.

A adequação da cidade de Caicó pode ser também comprovada tendo como base o relatório de Transparência divulgado pelo Ministério Público Federal, onde o município, apresenta bons índices de Transparência, alcançando com isso sétima posição entre as vinte melhores do estado do Rio Grande do Norte.

Com isso foi respondido a problemática da pesquisa, que consiste em verificar a adequação do portal da transparência no município de Caicó-RN, analisando o cumprimento da transparência na gestão pública através da lei complementar 131/2009.

Sendo a cidade de Caicó-RN uma das referências em critério de transparência comparado com as demais cidades do estado, que apresentam índices que precisam ainda ser muito trabalhado para que com isso consigam alcançar a meta da lei n° 131/2009, que é conseguir que os municípios possam ter seus recursos fiscalizados por quem desejar ter acesso a informação de forma verídica e segura, funcionando assim o povo como verdadeiros fiscalizadores das contas públicas.

Já por parte dos gestores o Portal da Transparência tem uma grande importância, pois nada mais é do que uma prestação de conta dos recursos repassados por parte do Governo Federal aos municípios, fazendo com que os gestores municipais possam ser transparentes na utilização dos recursos públicos.

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37

REFERÊNCIAS

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas S. A., 2010. 595p. (auditoria – conceitos e aplicações).

BRASIL. Constituição (1988). Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009. Acrescenta Dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 de Maio de 2000, Que

Estabelece Normas de Finanças Públicas Voltadas Para A Responsabilidade na Gestão Fiscal e Dá Outras Providências, A Fim de Determinar A Disponibilização, em Tempo Real, de Informações Pormenorizadas Sobre A Execução Orçamentária e Financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Brasília, DF, Disponível em:

<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp131.htm>. Acesso em: 11 nov. 2016.

Brasil. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Despesas Públicas: manual de procedimentos. Brasília: STN/Coordenação-Geral de Contabilidade, 2007.

JUND, Sergio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 8 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2006.

KOHAMA, H. Contabilidade pública. São Paulo: Atlas, 2003.

PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. “Estratégia e estrutura para um novo Estado. ” Revista do Serviço Público/Fundação Escola Nacional de Administração Pública – v1. n.1- ano 48 (1997). Brasília: ENAP, 1997.

TROSA, Sylvie. Gestão Pública por Resultado: quando o Estado se compromete. Tradução de Maria Luíza de Carvalho. Rio de Janeiro: Revan: Brasília. DF: ENAP, 2001 ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia da Pesquisa. Florianópolis : SEaD/UFSC, 2006.

BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004.

ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Fernando Kinoshita e Marco Aurélio de Melo. Brasília: OAB Editora, 2003.

PIRES, João Batista Fortes de Souza. Contabilidade pública. 4. ed. Brasília: Franco & Fortes, 1998.

SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

QUEIROZ, Glauber Pimentel de. Manual Técnico do orçamento. Brasília:

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2014 AURÉLIO,

CGU – CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO. Portal da Transparência. Disponível em: < http://www.portaltransparencia.gov.br >, Acesso em: dezembro de 2016.

(39)

38 ________. Lei Complementar n.º 131, de 27 de maio de 2009. Acrescenta dispositivos à Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução

orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Disponível em: Acesso em: 20 fev. 2010.

(40)

39 APÊNDICE

Entrevista aplicada na Prefeitura de Caicó-RN, na sede da controladoria do município. -Entrevista:

1) Como a prefeitura de Caicó apresenta aos munícipes a movimentação financeira do poder executivo?

2) Sabendo da criação da lei complementar 131/2009 você tem total conhecimento de como ela funciona?

3) Em relação ao esclarecimento de receitas e despesas, como o cidadão pode ter acesso a informações detalhadas, sem a opção da página do Portal da Transparência?

4) No seu ponto de vista as informações prestadas no Portal da Transparência são suficientes para a compreensão em despesas e receitas?

5) No seu ponto de vista, em termos de logística da informação o que você acha do antes e depois da criação da plataforma Portal da Transparência?

(41)

40 ANEXO

(42)

41 Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 131, DE 27 DE MAIO DE 2009

Acrescenta dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1o O art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 48. ...

Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante:

I – Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

II – Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;

(43)

42 III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.” (NR)

Art. 2o A Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 48-A, 73-A, 73-B e 73-C:

“Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – Quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;

II – Quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. ”

“Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar. ”

“Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A:

I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;

II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;

III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes.

Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir da data de publicação da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.

(44)

43 “Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3o do art. 23. ”

Art. 3o Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de maio de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro

Guido Mantega Paulo Bernardo Silva

Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho

Referências

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