PORTAL DE TRANSPARÊNCIA: A (IN)EFICÁCIA DO MUNICÍPIO DE GUAJARÁ-MIRIM EM PROMOVER O ACESSO DE INFORMAÇÕES PÚBLICAS
ANDRESSA DIAS TAVARES
Graduada em Direito pela FARO – Faculdade de Rondônia
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo demonstrar a importância de uma ferramenta tecnológica para promover transparência da gestão pública, observando o Portal de Transparência do Município de Guajará-Mirim em cumprimento a Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011, popularmente conhecida como LAI – Lei de Acesso à Informação. O Portal de Transparência do Município de Guajará-Mirim é uma das ferramentas mais importantes para promover a acessibilidade, uma vez que com as transformações globais, o acesso à internet tem sido mais frequente em muitas regiões, ou seja, a tecnologia tem alcançado muitas pessoas e com isso tem majorado o acesso de informações públicas, de maneira simples e com uma linguagem que seja entendida por todos. A publicidade de informações garante ao cidadão o exercício da democracia, sendo primordial para contribuir com a administração e fiscalizar os atos praticados pelos administradores, a ferramenta permite que todos os atos públicos sejam conhecidos pela população, o que garante a participação da sociedade de maneira a engrandecer uma boa administração e desacelerar a corrupção. Ocorre que, com a publicidade, qualquer pessoa do povo tem o poder de interferir, caso observe ações que não são destinadas ao interesse comum da sociedade. Para desenvolvimento desta pesquisa, o método utilizado será o bibliográfico harmonizado com o método dedutivo. Como resultado final o Portal de Transparência é uma ferramenta eficaz que proporciona o acesso de informações públicas do município de Guajará-Mirim.
Palavras-chave: Acessibilidade.Publicidade.Responsabilidade.Transparência. ABSTRACT
This article aims to demonstrate the importance of a technological tool to promote transparency in public management, observing the Transparency Portal of the Municipality of Guajará Mirim in compliance with Law No. 12,527 of November 18, 2011, popularly known as LAI - Law of Access to information. The Guajará-Mirim Municipality Transparency Portal is one of the most important tools to promote accessibility, since with global transformations, internet access has been more frequent in many regions, that is, technology has reached many people and with that it has increased the access to information, in a simple way and in a language that is understood by everyone. The publicity of information guarantees to the citizen the exercise of democracy, being essential to contribute to the administration and to supervise the acts practiced by the administrators, the tool allows that all public acts are known to the population, which guarantees the participation of society in a way that enhance good governance and slow corruption. It happens that, with advertising, any person of the people has the power to interfere, if they observe actions that are not aimed at the common interest of society. For the development of this research, the method used will be the bibliographic harmonized with the deductive method. As a final result, the Transparency Portal is an effective tool that provides access to public information from the municipality of Guajará-Mirim.
Key words: Accessibility.Publicity.Responsibility.Transparency.
INTRODUÇÃO
A Lei n° 12.527/2011 – Lei de Acesso a Informação, dispõe sobre a regulamentação do direito fundamental de Transparência ativa e passiva, que está previsto no inciso XXXIII do art. 5º da Constituição Federal, o legislador teve a preocupação acerca dos procedimentos necessários para que qualquer pessoa possa solicitar gratuitamente informações, e ainda acompanhar as que devem ser disponibilizadas em tempo real pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Ressalta-se que a Instrução Normativa n° 52/2017-TCE-RO, avalia através de auditorias, a regularidade do Portal de Transparência, observando se está ocorrendo à disponibilidade de informações solicitadas ou não, sobre ações desenvolvidas em cumprimento as exigências legais da Lei n° 12.527/2011.
O desenvolvimento de um município ocorre através da harmonia entre a sociedade e o Estado, quando estes se comunicam, as relações tendem a ser melhores. Vivemos em um país democrático de direito, onde por meio de votação elegemos nossos representantes, confiamos e delegamos a responsabilidade de uma administração correta, respeitando os princípios norteadores da administração pública. Portanto, as mudanças no mundo atual permitem que o controle de atividades sustente a base de uma boa administração. Ana Maria Campos (1990), diz que, somente a partir da organização de cidadãos vigilantes e conscientes de seus direitos, haveria condições para accountability. "Não haverá tal condição enquanto o povo se definir como tutelado e o Estado como tutor" (CAMPOS, 1990, p. 46).
Atualmente, o avanço tecnológico permite que a população atue acompanhado do poder público, com o objetivo de alcançar melhorias de interesse da sociedade. Sendo assim, esta pesquisa possibilita verificar a efetividade do Portal de Transparência quanto a acessibilidade de informações sobre as despesas, receitas, diárias, etc. Essa divulgação potencializa o papel do cidadão de acompanhar de perto
o que tem sido realizado com o dinheiro público e ainda proporcionar o conhecimento sobre os atos futuros, licitações, pregões, etc.
A problemática desse estudo é visualizar se o portal de transparência do município de Guajará-Mirim é eficaz em proporcionar o acesso de informações públicas. Para solucionar a problemática farei uma análise no Perfil Oficial do município utilizando a Constituição Federal com enfoque no princípio da publicidade, em conjunto com a Lei n° 12.527/2011, caracterizando os pontos mais importantes sobre o acesso à informação. Em seguida, demonstrarei se ocorre acessibilidade no Portal de Transparência, estando de acordo com as exigências legais.
A informação é essencial ao ser humano, e estimula ao conhecimento de outros direitos disponíveis, e ainda, proporciona a voz de uma sociedade para pleitear as suas vontades e reivindicar as suas insatisfações.
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a importância do Portal de Transparência da Prefeitura do Município de Guajará-Mirim, bem como a sua acessibilidade e eficácia em promover o acesso de informações públicas no âmbito municipal. A consulta eletrônica realizada no Portal de Transparência do Município de Guajará-Mirim nos permite observar se as informações disponibilizadas afetam positivamente a sociedade local, se está respeitando a Lei de Acesso a Informação e garantindo a democracia.
O método utilizado para elaboração do trabalho será o bibliográfico harmonizado com o método dedutivo. A técnica de abordagem será a histórica bem como a observacional, e por fim a técnica quantitativa.
1 A ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA
A sociedade de uma maneira geral passou por diversas transformações, nem sempre o sistema de governo foi o mais democrático e assistencial possível, mas apesar de existirem diferentes modelos de organizações governamentais podemos dizer que o mais comum é baseado praticamente em confiar poderes a alguém ou a um determinado grupo para que estes possam exteriorizar as vontades e necessidades de seu povoado.
O Brasil é uma República Federativa Presidencialista composta pela União, estados e municípios. Para exercício das funções atribuídas aos órgãos independentes é necessário atender os preceitos presentes na Constituição Federal de 1988, que tem sido reconhecida como sendo uma das mais democráticas (MENDES, 2010, p. 426), ela formaliza os nossos direitos e garantias fundamentais, podemos encontrar diferentes mandamentos a serem seguidos, com a finalidade de resguardar o nosso país democrático de direito.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania; II - a cidadania VIII - a dignidade da pessoa humana;
IX - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
X - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (BRASIL, 1988).
É importante existir a figura de responsáveis por uma boa administração, para por em práticas as metas governamentais respeitando os limites e ritos constitucionais, agindo com a finalidade de alcançar um resultado satisfatório em suprir as necessidades de interesse comum de todos, garantindo a justiça, cidadania, educação de qualidade, saúde, etc. O artigo 3º e 4º da Constituição Federal anuncia os objetivos fundamentais a serem alcançados.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional;
IV - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
V - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
VIII - independência nacional;
IX - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; 2. - não-intervenção;
3. - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; III - solução pacífica dos conflitos;
IV - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
V cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X -concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. (BRASIL, 1988).
A tripartição dos Poderes ocasiona uma separação responsável pela organização governamental, onde cada órgão liderará determinada função.
A organização estatal adotada no Brasil está positivada no artigo 18 da Magna Carta, que assim dispõe:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. (BRASIL, 1988).
Segundo Chiavenato (1990, p. 10), administrar é: Dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm o produto/serviço e àqueles que executam o trabalho.
Destaca-se que há uma obrigação agir de forma proba e coerente, praticando o que é permitido, ou seja, seguindo os parâmetros legais e princípios basilares disponíveis nosso ordenamento jurídico.
O caput do artigo 37 da Constituição Federal indica quais os princípios a serem seguidos pela administração pública direta e indireta.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] (BRASIL, 1988).
Portanto, embora existam outros princípios que disciplinam a boa administração esses são os principais contidos na Constituição Federal que devem ser seguidos pela administração pública, conhecido como LIMPE – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, possibilita que os gestores se mantenham alinhados a uma determinação expressa, a fim de manter a ordem diante das atividades públicas realizadas, agindo dentro da legalidade, deixando de lado os interesses pessoais, sendo honesto, transparente em prol da sociedade. A legalidade trata-se de fazer tudo o que a lei permitir fazer, agir dentro da legalidade significa que todos os atos praticados são ordenados e não por mera vontade. Impessoalidade significa dizer que o agente público não pode se promover por conta da função que
exerce, não tem o direito de se promover pensando em seu próprio interesse ou privilégio de pessoas específicas, estará em seu cargo para servir ao público em geral.
1.1 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
No Brasil regime é democrático, onde é possível ter voz ativa na sociedade, com liberdade para exercer o poder do povo e participar de decisões politicas. O maior exemplo da democracia é a oportunidade de votar em nossos representantes, escolhendo quem serão os responsáveis por ouvir e colocar em prática as vontades da sociedade, buscando melhorias e lutando pelos direitos já conquistados. Como bem escreveu Konrad Hesse: Democracia é, segundo seu princípio fundamental, um assunto de cidadãos emancipados, informados, não de uma massa ignorante, apática, dirigida apenas por emoções e desejos irracionais que, por governantes bem-intencionados ou mal-bem-intencionados, sobre a questão do seu próprio destino, é deixada na obscuridade (Apud HOMERCHER, E. T. O princípio da transparência e o direito fundamental à informação administrativa. Porto Alegre: Padre Reus, 2009, p. 33).
O princípio da publicidade presente na Constituição Federal determina que todos os atos praticados na administração pública deverão ser publicados, a importância desse direito se dá pelo fato transmitir a todos a sensação de participação popular, pois é possível obter conhecimento do quem sendo realizado pelos nossos representantes.
Quando confiamos poder a alguém a função principal desse agente público é de servir a população, isso significa que não deverá colocar em prática atos que valorizem apenas o interesse individual. A publicidade funciona como uma maneira de praticar a fiscalização ainda que de maneira superficial, observar se as atividades estão sendo realizadas dentro das exigências legais, afastando a chances de alguma prática ilícita passar despercebida.
A obrigação da administração púbica em promover a publicidade de seus atos independentes de solicitações surge com o direito de acesso à informação. Este
instrumento visa promover a acessibilidade de informações tanto no âmbito federal, estadual, distrital e municipal (TAVARES, 2010).
Este princípio aumenta accountability, e tem uma contribuição significante no o âmbito do combate a corrupção. As pessoas quando estão informadas, conseguem acompanhar toda movimentação que ocorre com o dinheiro púbico. Ocorre que, com a publicidade, qualquer pessoa do povo tem o poder de interferir, caso observe ações que não são destinadas ao interesse comum da sociedade.
Os direitos para serem de fato aplicados e respeitados, precisam de uma regulamentação e fiscalização para que haja responsabilidade dos responsáveis no tocante a indisponibilidade desse direito.
Assim dispõe o artigo 5°, inciso XXXIII da Constituição Federal de 1988, acerca do direito de receber informações públicas.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011). (BRASIL, 1988).
A transparência pode ser ativa, ocasião em que o gestor público tem o dever de dispor das informações públicas, no segundo momento que trata da transparência passiva ocorre a disponibilização de ferramentas que permitem o acesso do cidadão de solicitar documentos, tirar dúvidas, e até mesmo enviar suas sugestões. O sucesso do princípio da publicidade é motivar o cidadão, a saber, como vem sendo administrado o município e assim poder também contribuir ainda que de forma indireta, para uma boa gestão, acompanhando de perto o que vem sendo realizado e atento às necessidades do local onde vive.
2 LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 - LAI
A Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, regulamentada no poder executivo pelo decreto 7.724 de 16 de maio de 2012, dispõe acerca do acesso a
informações que tem previsão na Constituição Federal de 1988 no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e dá outras providências, garante o direito a publicidade, e o resultado disso é uma sociedade informada acerca dos atos praticados pelo estado. Uma maneira de participar e observar de perto como ocorre a administração é se aproveitar de instrumentos que facilitem o contato entre Administração – Sociedade.
Ressalta-se o poder existente de fiscalização por parte da população, e o quanto é importante que todos estejam caminhando em harmonia em prol do interesse comum de todos.
“Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” (BRASIL, 1988).
Receber informações se trata tanto do ato de produzir em tempo real em uma plataforma digital como também fornecer diante de uma solicitação aos órgãos que mantenham a guarda da informação esperada.
Para Silva (1996, p. 45), a publicidade é “uma das bases essenciais dos governos democráticos e uma das suas características como forma de organização da autoridade dentro do Estado é a publicidade dos atos relativos à condução da coisa pública.”
A Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011, denominada Lei de Acesso a Informação (LAI), faz parte de um fortalecimento e concretização da democracia brasileira, uma vez que ela muda completamente o foco de sigilo para acesso, com a transparência dos atos e movimentos do que é público.
Art. 1° Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. (BRASIL, 2011).
A democracia pode ser externada em três diferentes modalidades, a direta, representativa e participativa, de todo modo a participação do povo é primordial. Através do acompanhamento das informações que são disponibilizadas em tempo real na ferramenta tecnológica denominada Portal da Transparência se desenvolve uma prática da democracia. Para Bobbio (2004, p. 3), “direitos do homem, democracia e
paz são três momentos necessários do mesmo movimento histórico: sem direitos do homem reconhecidos e protegidos não há democracia; sem democracia não existem as condições mínimas para a solução pacifica dos conflitos”.
A informação permite benefícios em prol de muitos, o conhecimento eleva os níveis de ligação entre duas vertentes que precisam estar lado a lado, a sociedade e de antemão os administradores.
2.1 ACCOUNTABILITY – O DEVER DO ESTADO DE PRESTAR CONTAS
Atualmente a sociedade tem agido exacerbadamente contra impropriedades detectadas, a publicidade tem sido fundamental para esse acontecimento. A internet ainda que não seja de total alcance para todos está presente na grande maioria da população, tornando mais viável o acesso de informações das entidades públicas. Com esse avanço a partir do momento em que alguém na sociedade se sinta insatisfeito em relação a atitudes e decisões tomadas pelo gestor, é possível que aconteça uma reivindicação em busca de melhorias.
Como imaginar que até pouco tempo era impossível expressar o desapontamento em relação a uma gestão. O tempo realmente faz bem para tudo, pois o cenário mudou as políticas públicas tomaram um novo rumo, o que antes parecia tão distante hoje já está mais possível, a sociedade deixou de calar e passou a declarar seus anseios. Ao tomar uma direção o gestor público sabe quem há responsabilidades para serem observadas e tem ciência que caminhando em sentido contrário daquilo que lhe é permitido se esbarrará com o dever de prestar contas.
Para a Ciência Política, accountability refere-se ao controle que os poderes estabelecidos exercem uns sobre os outros, o dever que os representantes têm em prestar contas e submeter-se a opinião popular. (MIGUEL, 2005).
Ao longo dos anos foram criadas leis e mecanismos com intuito de minimizar as chances de ocorrer improbidades administrativas, é necessário que o poder tenha delimitações, isso influencia em um bom funcionamento do exercício da função pública. Ana Maria Campos (1990), diz que, somente a partir da organização de cidadãos vigilantes e conscientes de seus direitos, haveria condições para
accountability. "Não haverá tal condição enquanto o povo se definir como tutelado e o Estado como tutor" (CAMPOS, 1990, p. 46).
Portanto, é a responsabilização daqueles que vierem a praticar atos fora dos parâmetros legais da administração pública. Observando esse contexto conserva a ideia de o poder pertence ao povo e que há o dever de cobrar uma boa atuação de seus representantes eleitos.
3 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 52 DE 2017
A existência do Tribunal de Contas se justifica pelo fato de ser importante um órgão autônomo destinado a fiscalizar e orientar todos os outros órgãos públicos a respeito do que é feito com o dinheiro público. Conhecido como a Corte de Contas, tem um papel primordial para sociedade, através das inspeções e resultados, impondo as sanções previstas em lei quando for necessário para atos que não caminham com os princípios básicos e indispensáveis da administração pública.
O Tribunal de Contas de Rondônia em suas atividades mantém o controle de matéria contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do estado, através de auditorias e dentre elas está a fiscalização quanto o cumprimento da Lei de Acesso a Informação e demais normas por parte dos jurisdicionados.
Em 19 de agosto de 2010 editou a Instrução Normativa Nº 26/TCE-RO-2010 por meio da qual expediu regras para a consecução da transparência da gestão pública preconizada na Lei de Responsabilidade Fiscal, com o advento da Lei Nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 — “Lei de Acesso à Informação” — que consignou, entre as diretrizes a ser observada por todas as esferas de governo, a observância da publicidade como regra e a divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitações.
Ressalta-se que o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em fevereiro de 2017, publicou a Instrução Normativa nº 52/2017-TCE-RO de observância obrigatória por todos seus jurisdicionados.
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece os requisitos que devem ser observados pelos órgãos e entes da administração direta e indireta, autárquica e fundacional dos municípios e do Estado de Rondônia para o cumprimento do princípio da Transparência Pública, por meio da elaboração e alimentação de Portal de Transparência em meio eletrônico e adoção de outras medidas que concorram para o pleno alcance daquela finalidade. (Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Instrução Normativa nº 52 de 6 de fevereiro de 2017 alterada pela Instrução Normativa nº 62 de 19 de abril de 2018).
Para analisar os portais são utilizados os critérios de avaliação dispostos na Matriz de Fiscalização anexa à IN nº 52/2017-TCE-RO, alterada pela IN nº 62/2018, a qual contempla os conteúdos mínimos e dispõe sobre os critérios de avaliação, os classificando, quanto a sua aderência, em essenciais, obrigatórios e recomendados, que devem ser disponibilizados para conhecimento do cidadão, independente de solicitação.
No entanto, para fins de obtenção do “Certificado de Qualidade em Transparência Pública”, previsto na Resolução 233/2017/TCE-RO.
“Art. 1º Fica instituído o “Certificado de Qualidade em Transparência Pública”, a ser expedido pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia às unidades controladas cujos sítios oficiais e/ou Portais de Transparência satisfaçam os critérios definidos nesta Resolução.” (NR) Nova Redação dada pela resolução nº 261/2018.
Art. 2º O Certificado será concedido a partir de avaliação dos respectivos sítios oficiais e Portais de Transparência na Internet, cujo procedimento observará o disposto na Instrução Normativa nº 52/2017-TCE-RO, (Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Resolução nº 233 de 6 de Fevereiro de 2017.)
O portal de transparência do ente deverá, cumulativamente, atender as seguintes condições: alcançar índice de transparência igual ou superior a 80%; ser considerado regular ou regular com ressalva e disponibilizar as informações referentes aos arts. 11, inciso III, 12, inciso II, alínea “b”, e 16, inciso II, da Instrução Normativa N. 52/2017/TCE-RO.
§ 1º. Serão contempladas com o Certificado as unidades controladas cujos sítios oficiais e/ou Portais de Transparência atendam às seguintes condições: Nova Redação data pela resolução nº 261/2018
a) – Obtenham, na avaliação de que trata o “caput”, Índice de Transparência igual ou superior a 80%; Nova Redação data pela resolução nº 261/2018 b) – Sejam considerados regulares ou regulares com ressalva, nos termos do § 3º do art. 23 da Instrução Normativa N. 52/2017/TCERO; e Nova Redação data pela resolução nº 261/2018
c) – Disponibilizem, ainda, as informações a que se referem os arts. 11, inciso III, 12, inciso II, alínea “b”, e 16, inciso II, da Instrução Normativa N. 52/2017/TCE-RO. Nova Redação data pela resolução nº 261/2018 § 2º. O índice a ser considerado para fins de certificação será o registrado nos termos do inciso II do § 1º do art. 25 da Instrução Normativa N.
52/2017/TCE-RO.” (NR) Nova Redação data pela resolução nº 261/2018 (Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Resolução nº 233 de 6 de Fevereiro de 2017.)
3.1 INFORMAÇÕES ESSENCIAIS E OBRIGATÓRIAS
Informações essenciais são de observância compulsória, cujo descumprimento pode ocasionar o bloqueio das transferências voluntárias e obrigatórias são aquelas de observância compulsória, cujo cumprimento pelas unidades controladas é imposto pela legislação.
Inicialmente será realizado o relatório apontando todas as infringências que merecem reparos e ainda as recomendações a serem adotadas pelo ente fiscalizado, através da Planilha anexada é possível saber quais os pontos a serem resolvidos.
O relatório passa pelo Ministério Público de Constas, adiante pelo voto do Relator por meio de uma Decisão Monocrática.
4 PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DO MUNICÍPIO DE GUAJARÁ-MIRIM EM CUMPRIMENTO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE ACESSO A INFORMAÇÃO
O Portal de Transparência é uma ferramenta onde devem ser divulgadas todas as informações públicas, deve ser disponibilizada na uma página oficial de cada órgão da Administração Pública direta ou indireta, disponível na rede mundial de computadores. A Página deve conter dados acessíveis, informações e demonstrativos de como a administração está se posicionando acerca de decisões e principalmente sobre a utilização de recursos públicos bem como a prestação de contas. Como solução, busca- se não só fortalecer os controles, mas também despertar a consciência da correta utilização dos recursos e da necessidade de prestação de contas transparentes (PALUDO A.V., 2011).
Frisa-se que as informações não devem ser meramente disponibilizadas de qualquer maneira, há obrigatoriedade de ser acessível, viabilizando o acesso de todos, com uma linguagem de fácil entendimento, permitindo que o conteúdo seja de fácil compressão, Davenport (1998) apresenta a “informação” como uma ponte entre dados brutos e conhecimento que eventualmente possa se obter. Além disso, argumenta que
em uma perspectiva histórica os “dados” sempre foram referenciados como “informação”, provocando a utilização mais recente do termo “conhecimento” para referenciar o que é na realidade “informação”. Barreto (1996) conceitua informação como “estruturas significantes com a competência de gerar conhecimento no indivíduo, em seu grupo, ou a sociedade”, caracterizando-a como “um instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo social”. Afirma ainda que “a informação sintoniza o mundo, pois referência o homem ao seu semelhante e ao seu espaço vivencial”.
A Transparência é o fluxo crescente de informações econômicas, políticas e sociais, apresentando acessibilidade aos meios de informações, aliada à proficiência, qualidade, confiabilidade e abrangência.
A administração do município de Guajará Mirim ao permitir que os usuários tenham acesso a todos os atos praticados, possui credibilidade com a população, priorizando o compromisso realizado para o bem comum dos seus habitantes.
4.1 DISPONIBILIDADE DE SITIO OFICIAL
Ab initio é de grande importância que o Jurisdicionado possua um site na internet de fácil localização, essa é uma exigência presente no artigo 8º, § 2º, da Lei de Acesso a Informação, bem como presente na Instrução Normativa do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
§ 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). (BRASIL 2011)
Através de pesquisa realizada pelo nome “Prefeitura de Guajará-Mirim” conforme prints abaixo é possível visualizar a página oficial bem como as principais ferramentas a serem exploradas.
Ao acessar a página principal temos um caminho para acessar o Portal de Transparência do ente fiscalizado, em local de visível e de fácil acesso. Portanto a Prefeitura Municipal cumpre o seu papel de dispor de um Portal de Transparência para oferecer publicidade para a população.
A página do Portal de Transparência deve oferecer as noções básicas sobre as suas finalidades, deve disponibilizar a lei em lugar acessível, a linguagem utilizada deve ser aquelas que todos poderão compreender, pois o objetivo é atingir diferentes públicos, jovens, adultos, etc. Os detalhes são avaliados e muitos possuem caráter obrigatório.
Portanto, não há como ir contra o fato de que é fácil encontrar e acessar o site da Prefeitura de Guajará-Mirim.
4.2 ACESSIBILIDADE NO PORTAL DE TRANSPARÊNCIA DO MUNICÍPIO DE GUAJARÁ-MIRIM
Tornar uma informação acessível a todos não é apenas dar publicidade a ela, pois de nada adianta você publicar algo, mas não adequá-las a quem necessita de uma maneira diferenciada para compreender. Nasce à importância da acessibilidade, transmitir para todos é tornar acessível a todas as pessoas.
Vivemos em um mundo onde cada um possui sua característica e é isso que as diferenciam, no entanto, ser diferente não é sinônimo de exclusão de direitos, não diminui interesses. Perante a lei somos todos iguais sem distinção alguma, vale lembrar sobre o princípio da igualdade.
O princípio da igualdade é previsto na Constituição Federal no artigo 5°, está positivada a ideia de que todos são iguais, sem diferenciação há proteção dos direitos.
Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes (Brasil 1998).
O Governo Federal possui um simulador de acessibilidade disponível gratuitamente na rede mundial de computadores, denominado ASES - Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios, nele é possível verificar qual a porcentagem de acessibilidade. O Tribunal verifica essa porcentagem como critério recomendado. Na referida busca, constatou-se que o Portal de Transparência de Guajará-Mirim está com um índice bem satisfatório, conforme pesquisa realizada, o índice é de 71,2%.
Na página do Portal de Transparência é obrigatória a disponibilização do símbolo de acessibilidade em destaque, como também a exibição de “caminho” de páginas percorridas pelo usuário, opção de alto contraste, redimensionamento de texto, mapa do site, bem como teclas de atalho, nos termos do artigo 63, § 1º, da Lei nº 13.146/15.
Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.
§ 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em destaque.
§ 2º Telecentros comunitários que receberem recursos públicos federais para seu custeio ou sua instalação e lan houses devem possuir equipamentos e instalações acessíveis.
§ 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º deste artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez por cento) de seus computadores com recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual, sendo assegurado pelo menos 1 (um) equipamento, quando o resultado percentual for inferior a 1 (um).( BRASIL, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015.)
Verifica-se que o jurisdicionado atende as exigências estabelecidas, há uma guia de acesso para redimensionar a tela e mudar o contraste, o Mapa do Site também está disponível.
As ferramentas disponíveis ajudam a manter uma página organizada que facilite a compreensão e acesso ao que deseja, como por exemplo, ao acessar os dados em ralação a folha de pagamento, lista de credores, diárias, etc.
A acessibilidade é a ponte de passagem do cidadão para ir de encontro ao direito que ele detém.
4.3 E-SIC E PERGUNTAS SIGILOSAS
O requerimento de informações públicas pode ser realizado de forma presencia e de forma eletrônica, no segundo caso existe o Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), é uma ferramenta que permite que qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhe pedidos de acesso à informação, tento a possibilidade de acompanhar em tempo real com prazo para receber a resposta da solicitação realizada. Nos casos em que houver uma negativa, há possibilidade de apresentar recurso.
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
- informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
- documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
- informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
- informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
- tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação;
(...)
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. (BRASIL, 2011)
4.4 NÚMEROS DE ACESSO
Com base nas informações oficiais disponibilizadas no Portal do Município, podemos vislumbrar da estatística, e ter noção de quantas pessoas estão realizando a
ferramenta. Verificou-se que até hoje foram realizados o total de 89 solicitações de informações, é um número bastante pequeno, levando em consideração o total de habitantes. De acordo com os gráficos disponibilizados 79,8% dos solicitantes não informam o sexo, 15,7% são do sexo feminino e 4,4% são do sexo masculino. Consta no Portal que 73% dos pedidos foram atendidos em sua integralidade e 19% foram atendidos parcialmente.
Um dado expressivo e elevado é a estatística por escolaridade, de acordo com o gráfico disponível, o maior número de acesso é realizado por pessoas que não informam o grau da escolaridade, em segundo lugar estão as pessoas que estão realizando o nível superior, total de 9% e pessoas que não concluíram o nível fundamental são de 2,2% dos solicitantes.
CONCLUSÃO
Em análise ao site oficial – Portal de Transparência do Município de Guajará-Mirim constatou-se que há um relevante grau de transparência diante das informações detectadas. Em consulta eletrônica temos acesso a informações obrigatórias e essenciais indispensáveis para boa caracterizar se há ou não uma gestão no município. É de notória importância saber quais os valores destinados ao uso de diárias, qual o valor que os servidores estão ganhando, os descontos em folha, quais estão ativos e inativos, quantidade de estagiários, leis atos e publicações, com essas informações a sociedade tem em suas mãos a oportunidade de verificar onde está sendo aplicado o dinheiro público, e ainda, quando se sentir prejudicada e insatisfeita, buscar alternativas que visem sanar problemas presentes e futuros.
Em uma sociedade atuante é bastante comum existir mais pontos positivos do que negativos, e isso depende do grau de cobrança e participação dos habitantes, pois sabemos que juntos há uma força maior que contribui para um desenvolvimento apropriado com grandes resultados no final. Infelizmente vivemos em um ambiente onde a corrupção assombra boa parte da população, com suas raízes infiltradas, causando danos que podem perdurar por anos. A mudança social e tecnológica permite que todos tenha mais transparência, inclusive servindo de provas, uma vez
que se está presente no Portal, considera-se verídico (mas nada impede de analisar a veracidade das informações).
Frisa-se que de fato a população que aproveita dos mecanismos para fiscalizar, obtém bons frutos, pois os resultados não dependem de uma atividade unitária, e sim, comunitária, uma via de mão dupla, buscando compreender as necessidades de todos. Portanto, a importância do acesso à informação nos remete ao poder constitucional do Povo e nos faz lembrar que temos uma parcela de responsabilidade na boa atuação governamental.
Diante do conteúdo presente no Portal de Transparência de Guajará-Mirim, constatou-se que cumpre a acessibilidade prevista na Lei de Acesso a Informação, em um ambiente virtual que proporciona o acesso de informações públicas do município.
Em 2019 o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia concedeu o Certificado de Transparência Pública ao Município, o que potencializa a ideia de que a Administração do Município tem se empenhado em manter o site alimentado em tempo real, proporcionando o acesso à informação.
Portanto, diante do que foi exposto, resta claro a eficácia e importância do Portal de Transparência do Município.
REFERÊNCIAS
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http://asesweb.governoeletronico.gov.br/ases/ . Acessado em: 10.05.2020.
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BRASIL. Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso à informação previsto na Constituição Federal. Diário Oficial República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, 18 nov. 2011. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm . Acesso
em: 02.09 2019.
MARTINS JÚNIOR, W. P. Transparência administrativa: publicidade, motivação e
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, -28. Ed. Rev. e atual. Até a Emenda Constitucional 67 – São Paulo: Malheiros Editores, 2010.
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 3º edição – Rio de Janeiro, Elsevier Editora Ltda, 2013.
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PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DO MUNICÍPIO DE GUAJARÁ-MIRIM.
Disponível em http://transparencia.guajaramirim.ro.gov.br/transparencia/index.php .
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SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque
