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Prevenção e recuperação do alcoolismo na CASAN - Regional Florianópolis : uma possível contribuição das chefias

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(1)

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UNIVERSIDADE;

FEDERAL DE

SANTA

CATARINA

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Sócio'-Econômico

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PBEVENQAO

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ALOOOBISMO

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FLORIANOPOLIS.

UMA

POSSIVEL?

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DAS

GHEFIAS

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- Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

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Departamento

de Serviço Social _da `;Z[111'ver.s1'dade

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Federal de Santa Catarina: para a obtenção do

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de Assfsúezzúe seefez, pele eeedêmz'ee.-

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Lúcia daS1'1va.

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atarina i

Maria S .h i kl

Sub-Chefe do Depm, ¿ecS;:vÍ síâal

GSE-UFSC

(2)

'Dedico este trabalho

a

única

pessoa

que

me

fez crer

que

lutar

por

um

ideal

é

o

maior

prazer

na

vida.

(3)

iii

AGRADECIMENTOS

A

Deus, por

me

mostrar existir urna força superior.

Ao

meu

noivo, única razao pela qual pude realizar esse curso.

À

minha

mãe, pela vida.

Aos

meus

irmãos, pelo carinho e estímulo que

me

dispensaram

durante este periodo.

À

orientadora Katia, pelo incentivo e estímulo transmitidos durante

a construçao deste trabalho.

À

supervisora de estagio Alzira, por ter ajudado no

meu

crescimento pessoal e profissional.

À

CASAN

- Regional Florianópolis, pela oportunidade de realizar o

meu

estagio, possibilitando-me fazer questionamentos referente à.

profissao.

Aos

servidores Roseli,

Ana

Müller,

Maria

Emília (matriz), Sérgio

Wagner, Reinaldo e Valdir, pelo carinho dedicado durante o

tempo

em

que solicitei suas ajudas.

A

todas as pessoas que participaram direta ou indiretamente da

(4)

sU1vu'uuo

Introdução ... .. 1

Capítulo I -

A

Intervenção do Serviço Social

na CASAN:

Uma

Abordagem

Empresarial

1.1. Considerações gerais - sobre a

CASAN

... ._ 5

1.2. O _ Serviço Social

na Area

do Trabalho

em

Empresa

.` ... .. 6

- u

1.3. Apresentação do Serviço 'Socia1`e as_ Atividades

Desenvolvidas jimto aos Servidores da

GASAN

1 1

Capitulo II - O Alcoolismo

na

Organização' Empresarial: Suas

Interfaces Relativas a Prevenção, ao Tratamento e as Parcerias.

2.1. O Papel Gerencial Face a Questão do Alcoolismo no

Trabalho e as Situações Específicas ... .. 26

2.2.

A

Compreensão

do

Fenômeno

Social do Alcoolismo

no Trabalho - Suas Interfaces ... ..

50

_

Capítulo III - Apresentação e Analise dos Dados da Pesquisa

(5)

Bibliografia

V

Metodologia ... ._

54

Análise das

26

(vinte e seis) Respostas Obtidas

das

Chefias

Entrevístadas ... ..

58

Análise Conclusíva. ... .. '72

(6)

O trabalho, que ora apresentamos, pretende expor a experiência

vivenciada durante a pratica de estagio

na

CASAN

- Regional

Florianópolis, no período de agosto de

1994

a dezembro de 1995, onde

desenvolvemos nosso estagio .que se caracterizou pela atuação junto aos

seus servidores, através dos -programas desenvolvidos pelo Serviço Social

.`,'

Q .

a esse público.

Nesse contexto, entre tantas questões, o Serviço Social

vem

se

deparando

com

problemas e situações decorrentes da dependência

química especificamente do alcoolismo.

No

momento,

essa problemática

vem

ganhando

relevância e preocupando toda a sociedade, devido à. sua

amplitude e sua inserção no interior das organizações de trabalho,

realidade vivenciada cada vez mais pelos nossos trabalhadores.

É

no segmento social, que as causas e conseqüências dessa doença

vem

se revelando, levando, aos envolvidos, a necessidade de

compreensão e intervenção nessa

demanda

buscando atitudes diante

dessas situações, envolvendo todos os niveis o próprio trabalhador,

profissionais e técnicos e o nivel gerencial.

Com

o objetivo de identificar a questão do alcoolismo, sob a

perspectiva do atendimento já, existente e da participação,

em

especial,

das gerências

na

abordagem

das situações decorrentes, realizamos ulna

pesquisa e, a partir dela, pretendemos abrir a discussao e os

(7)

2

aspecto relativo ã participação das gerências: seus conhecimentos, envolvimentos e compromissos no tocante ã execução de

um

trabalho

preventivo e de

acompanhamento

a esses servidores.

Para isso,- no primeiro capítulo faremos a contextualização da

CASAN

- Regional Florianópolis, enquanto espaço de pratica de estágio.

Em

primeiro lugar, caracterizaremos e apresentaremos, a intervenção do

Serviço Social

na

área do trabalho

em

empresas;

em

segundo lugar,

destacaremos a atuação do Serviço Social junto ã

CASAN

- Regional

Florianópolis.

No

segundo

capítulo, falaremos sobre a questão gerencial e sua

significância nas relações de trabalho, mais especificamente

com

o

trabalhador enquanto ser

humano. Abordaremos

o

tema

alcoolismo,

procurando conceituã-lo

como

doença, identificando suas causas, suas

conseqüências e repercussões no trabalho.

No

terceiro capítulo, apresentaremos a pesquisa - seus resultados e

uma

analise conclusiva.

(8)

cArÍ'rU1.o

1

A

Intervenção

do

Serviço

Social

na

OASAN:

Uma

Abordagem

Empresarial

1. 1. Considerações Gerais - sobre a

GASAN.

Devido a nossa atuação prática desenvolver-se

na

CASAN

- Regional

Florianópolis, torna-se importante contextualizar a instituição que sera

enfoque deste estudo.

Em

1971, o governo de Colombo

Machado

Salles

começou

a colocar

em

pratica seu Projeto Catarinense de Desenvolvimento, dando ênfase

especial ao saneamento basico, respaldado pelas próprias iniciativas do

Governo Federal, ensejando a criação da

CASAN,

que se deu pela Lei

Estadual no 4.547, de 31 de dezembro de 1970, constituída

em

assembléia geral, de

O2

de julho de 1971.

A

CASAN

(Companhia

Catarinense de

Águas

e Saneamento)

como

empresa, possui funções sociais e econômicas. Para

serem

cumpridas as

funções econômicas, a

empresa

se insere no

mundo

do

mercado

de

(9)

4

investimentos para aperfeiçoar seu produto.

J

a a função social

tem como

objetivo dotar as localidades, por ela atendida,

com

agua tratada

em

quantidade e qualidade adequadas,

bem

como

executar serviços de coleta e tratamento de esgotos sanitários.

E

uma

empresa

pública de economia mista, cujo capital social é

composto por ações, das quais o Governo do Estado detém a maior parte,

sendo o restante dividido entre.um grupo de acionistas.

'

Atuallnente, a

empresa

possui 24'? sistemas de abastecimento de

agua, incluindo os sistemas de esgotos sanitários, os quais

em

um

todo atende, no Estado de Santa Catarina, cerca de 2.545.151 usuários,

em

288

localidades (municípios, distritos e vilas).

Dessa maneira, a

empresa

esta engajada ã sociedade civil, voltando-

se para o social, ou seja, o seu funcionamento está. ligado diretamente ã

população, proporcionando-lhe melhores condições de saúde e

bem

estar

público.

Com

o objetivo de economia, eficiência e organização, a

CASAN

implantou

um

sistema de departamentalização misto, ou seja, por funções e por areas geograficas, visando,

também,

a

uma

descentralização administrativa que abrange quase todos os municípios do Estado.

As

Regionais localizam-se

em

Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Lages,

Joinville, Rio do Sul, Tubarão e Videira, tendo essas Regionais setores

diversos para melhor poder atender ao público. Atualmente, a

CASAN

conta

também

com

Supervisões Regionais

em

Balneario de

Camboriú

e

(10)

Na

sua estrutura organizacional basica, a

CASAN

apresenta

em

seu

organograma

uma

Assembléia Geral regendo toda sua amplitude, tendo

como

órgãos supervisores o Conselho Administrativo e o Conselho Fiscal.

Em

uma

hierarquia decrescente, a estrutura organizacional encontra-se

assim distribuída: Assembléia Geral, Diretoria, Presidência assessorada

pelo Gabinete, Auditoria, Assessoria de Planejamento, Assessoria de

Comunicação Social e Assessoria Jurídica.

Subordinadas ã Presidência existem cinco Diretorias: Financeira, Administrativa, de

Expansão

e de Operação,

com

suas respectivas gerências sob sua subordinação; existem ainda as Gerências Regionais

~ ` A

que estao subordinadas a Presidencia.

A

Gerência Regional apresenta as seguintes Divisões: Planejamento

Regional, Engenharia, Comercial, Adininistrativo - Financeira,

Tratamento e Controle de Qualidade e as Filiais.

A

CASAN,

por ser

uma

empresa

pública, faz parte de

um

processo

social que se transforma e se modifica, pois está inserida

em uma

totalidade social onde se

fazem

presentes todas as relações existentes no

meio de produção. Sendo

uma

instituição estatal, sua política é instãvel,

supostamente

em

decorrência do governo

mudar

de quatro

em

quatro

anos; este fator desencadeia novas alterações

na

empresa, sendo que as

mudanças na

estrutura administrativa da

empresa

se dao conforme a

(11)

6

A

CASAN,

atualinente, conta

com

2.659 servidores

em

todo o

Estado, sendo

463

destes, da Regional-Florianópolis. O presente estudo

está. direcionado para essa Regional.

A

politica de pessoal da

CASAN

é regida pela

CLT

(Consolidação das

Leis Trabalhistas) e por Projetos - Leis Estaduais, no que diz respeito aos

benefícios que essas leis

garantem

aos servidores.

Para atender às questões sociais internas da empresa, a CASAl\T

conta

com

a Fundação

CASAN

(FUCAS)

composta por 2.620 associados; a

Associação Servidores da

CASAN

(ASCAl\D

com

um

número

de

900

associados e o Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias, Purificaçao,

Distribuiçao de

Água

em

Serviços de Esgoto no Estado de Santa Catarina (SITAESC), que possui 2.250 servidores associados, cujo objetivo central

é a defesa de melhores condições de vida, de direitos dos servidores

enquanto trabalhadores.

1.2.

O

Serviço Social

na Área

do Trabalho

em

Empresa.

A

partir da contextualização do nosso

campo

de estagio,

passaremos a desenvolver algumas reflexões que julgamos estarem

fundamentando

toda a nossa pratica de estagio. O recorte que fizemos

em

relação à. temática pela qual optamos

em

nossa pesquisa refere-se,

(12)

Iniciaremos, abordando, aqui,

uma

revisão da literatura e das

diversas concepções existentes sobre a prática. profissional desenvolvida

pelo Assistente Social, nas organizações empresariais, sejam elas de

produção de

bem

de

consumo

ou de serviço.

Temos

o intuito de mostrar

em

que se constitui

uma

empresa

em uma

organização capitalista,

destacando o papel do elemento

humano

enquanto fator principal do processo produtivo. Para isso, RICO (1980, p.40) diz:

Empresas,

no

sentido geral, são unidades de produção,

abrangendo

não somente

as empresas comercias do setor

capitalista,

como também

as explorações dos setores

não

capitalistas.

Assim

pode-se falar

em

empresas

individuais

ou coletivas (as sociedades) empresas privadas ou públicas.

Em

uma

empresa, existem a nivel das relações de trabalho todo

um

sistemas de idéias, valores e

forma

de ação.

A

modernização,

racionalização e o planejamento são funções essenciais e convertem-se

em

definições de papeis que os individuos

devem

desempenhar

frente ã

organização. Bernard Motlez (apud RICO, 1980, p.4l)

'

considera que a

empresa

industrial tem duas funções

principais: primeiro,

uma

função econômica: fabricar

um

produto

em

termos de custo, lucro e eficacia técnica;

segundo,

uma

função social: satisfazer os individuos que

(13)

8

No

sistema capitalista o

humano

representa

um

fator de produçao

assim

como

a técnica, os recursos econômico sendo que o objetivo é

obtenção do lucro.

Dessa forma, o elemento

humano

se expressa enquanto força de

trabalho.

Marx

(apud RICO, 1980, p.4z2), coloca:

A

utilização da força de trabalho é o próprio trabalho.

O

comprador

da força de trabalho, consome-a fazendo o

vendedor dela trabalhar. Este, ao trabalhar, torna-se

realmente

no

que antes era apenas potencialmente; força

de trabalho

em

ação, trabalhador. Para o trabalho

reaparecer

em

mercadorias, tem de ser

empregado

em

valores-de~uso

em

coisas que sirvam

para

satisfazer

necessidades de qualquer natureza.

Dessa forma, no sistema capitalista de produção, o processo de

trabalho

tem

no seu bojo alguns elementos importantes que

merecem

ser

destacados para

compreendermos

melhor “a posteríori” o

desenvolvimento das reflexões e das considerações que teceremos sobre o

Serviço Social,

na

area do trabalho. _

O trabalho é

um

processo

com

o qual o

homem

e a natureza se

relacionam.

O

homem

se utiliza de suas potencialidades para transformar

e apropriar-se da natureza, criando o seu objeto de trabalho. Os

elementos que

compõem

o processo de trabalho se constituem no próprio trabalho, no objeto de trabalho e nos instruinentos de trabalho, sendo que

(14)

mas

sim do detentor do processo produtivo.

A

partir dessas reflexões,

podemos

entender entao o que representa o processo de traballio nas

organizações e a sua configuraçao no Serviço Social do trabalho

em

empresa.

São diversas as concepções existentes sobre a prática profissional

do Serviço Social

em

empresa, enfocando o objeto e o objetivo. Esse

estudo apresenta algumas delas a fim de abordar o referido tema.

Para o

Grupo

de Estudos do»Serviço Social do trabalho -

GESSOT

-

SP

e para o

Grupo Meta

(grupo de Assistentes Sociais de

empresa

de São

Paulo, que se criou

com

o objetivo de trocar experiências, pesquisar e

estudar os varios aspectos do Serviço Social

na

area do trabalho), o

Serviço Social de

empresa

pode

ser definido

como

a intervenção nos diversos

fenômenos

que caracterizam a estrutura empresarial e

nas

situações sociais que

tenham

relaçao

com

a situaçao de

trabalho, dentro da perspectiva do desenvolvimento integral

(RICO, 1980, p.4z6).

Seguindo as colocações de Rico (1980, p.4z'?):

As

conceituações sobre

empresa

e Serviço Social de

Empresa

traduzem

uma

concepção teórica e filosófica sobre

o

mundo.

Estão assentadas

na

situação social da qual

fazem

parte, a de

um

sistema de produção capitalista.

Porém

a

perspectiva implícita é a de que deve

haver

um

equilibrio

(15)

1O

e social e o

homem

considerado

como

fator de produção, ou

mesmo,

como

elemento

sem

o qual a

empresa nao

subsiste.

Na

perspectiva do grupo

META,

trabalhado por Bico (1980, p.56):

o Serviço Social deve estar

sempre

preocupado

com

a investigação das necessidades dos trabalhadores

com

vistas

a formulação de

programas

que assegurem

não

só a

satisfação daquelas necessidades,

bem

como

a participação

dos

empregados nos

processos de decisão e ação da

empresa, evitando assim, ambigüidades e contradiçoes

Hoje, mais do que nunca, há.

uma

preocupação, por parte da

maioria das empresas,

em

proporcionarem condições, não só de trabalho

como

também

de vida, a seus operários. Se o funcionario traz de seu

ambiente familiar problemas econômicos, por exemplo, ele não

tem

condições de trabalhar despreocupado, assiduamente.

A

holística - ciência

recente - vê o

homem

como

um

todo: corpo, mente, espirito, sentimento.

É

ai que se da o papel do Assistente Social: verificar

como

se sente o ser

(16)

1.8. Apresentação do Serviço Social e as Atividades desenvolvidas

junto aos servidores

da

GASAN.

O

comprometimento

ou não do Serviço Social de

empresa

não se

define pelo tipo de instituição a que está. vinculado,

mas

pelo

entendimento do surgimento da profissão, sua inserção

em

um

contexto

historicamente determinado, a percepção da realidade

em

que vive e

atua, o que significa conhecer,

em

profundidade, os

mecanismos

de

funcionamento do sistema capitalista e o papel do profissional nesta

realidade.

O

modo

de produção capitalista

tem como

objetivo o lucro. Para

tanto, é necessaria a apropriação do trabalho excedente que se reverte

posteriormente

em

capital, gerando

novamente

o lucro, sendo a

organização do trabalho destinado a responder tal finalidade. Desse

modo, o Serviço Social nasce para responder as necessidades que o

próprio capital gerou, trazendo consigo as contradições do sistema, dando

possibilidades ã profissão de se rever

em

sua postura metodológica.

O Serviço Social,

como

toda profissão e, mais ainda, por ter

como

objetivo,

em uma

visão mais ampla, as relações sociais que

permeiam

a

sociedade, esta

em

constante reestruturação teórico metodológica.

Assim, o Serviço Social,

na

pratica, busca auxiliar o

homem

em

suas respostas aos desafios diversos que a vida apresenta.

Ao

partir das contradições e dos conflitos, orienta o trabalhador, nas relações

em

que

esse vive, possibilitando-o abrir novos espaços para novas reflexões.

(17)

12

O Assistente Social é uln profissional habilitado.

Com

todo

um

preparo técnico-científico é capaz de realizar

um

estudo dos problemas

encontrados no ambiente profissional, levando o individuo a refletir,

conscientemente, sobre sua condição de vida, e sua relação

com

seu meio

social. Por isso, o serviço social nega a ajuda pura e simples, passando a

exercer

uma

atividade pratica de cunho educativo, buscando o

entendimento das relações sociais.

\>

Em

vista disso, o Serviço Social mediatiza, no presente estudo, a sua práxis,

fundamentada

em

categorias

como

a conscientização, a participação e a organização do trabalhador, que possibilitam a

humanização

das relações e

permitem

ver o

homem

em

uma

relação de

igualdade

com

os outros homens, situando-o

como

ser histórico.

É

importante salientar que essas categorias se

fazem

presente no trabalho

do assistente social, através de situações concretas trazidas pelos

empregados, apresentadas pela problematização dos seus cotidianos de

trabalho, mediatizada pelo dialogo estabelecido entre o profissional e os

empregados, já que o problema possa ser pessoal ou de

ordem

profissional.

Ao

apresentarmos essas diversas concepções, permitimo-nos, a

partir delas, analisar algumas questões ligadas ao nosso fazer

profissional. Nessa area, entendemos que o

homem

tem

a capacidade de

transformar a sua própria situação, elevando seu nível de consciência, o

que o tornara critico e reflexivo face a realidade

em

que está. inserido.

(18)

humano,

é necessário que tenha.

um

conhecimento adequado dos

fenômenos

sociais existentes, identificando as necessidades do

homem

e

estimulando-o para que encontre sua próprias soluções diante do

problema apresentado,

como

sujeito transformador do meio

em

que vive.

Isto significa contribuir

com

o

homem

para que ele seja sujeito, que

reflita sobre sua situação no

mundo,

e passe a interagir

como

membro

participativo da sua comunidade.

No

trabalho, o

homem

busca a realização profissional,

como

também

meios para a sua sobrevivência. Nesse intercâmbio, o

trabalhador insere-se

em

um

processo de relações sociais, onde essas

relaçoes

podem

ser agradáveis ou frustradoras, pois quase

nunca

se

encontra reciprocidade no que diz respeito a seus interesses, amizades e valores.

O Serviço Social, que

tem

como

objetivo, entre outros, identificar e

trabalhar determinados fenômenos existentes

na

relação de trabalho que

se caracterizam

como

situações sociais vividas pelo trabalhador buscando a realização deste

como

homem,

no que tange sua valorização

humana,

participacao e engajamento

na

luta pelos seus direitos.

Herkenhoff (1987, p. 123-124) reforça as colocações ao dizer que

O

Serviço Social

na

empresa, ao desenvolver seus

programas, necessita,

para

estabelecer seus objetivos,

conhecer as expectativas dos empregados e empregadores. Esta intervenção

(em

que se contrapõe dois objetivos

(19)

14

organização

em

busca de solução

para

os problemas de

eXercÍcio

na

tomada

de decisões, de autogestão, de

discussão sobre as condições de vida, de trabalho, sobre as

relações que se desenvolvem

na

empresa

e

no

bairro, sobre

os aspectos culturais e os valores da classe operãria da

empresa

ou desenvolver

um

programa

de cunho

paternalista, implantado

como

um

benefício e

não como

um

direito, reforçando o caráter muitas vezes autoritãrio da

empresa.

A

empresa

é

uma

unidade de produção e

uma

organização social

sobre a qual interfere a realidade social, econômica e cultural de seus

empregados. Esta é geradora de produtividade e lucro, e possui

também

a

função social, geradora de bem-estar, que favorece e impulsiona a

interação vital entre ela e os trabalhadores.

O objeto do Serviço Social

em

empresa

especifica-se a partir das

contradições do

modo

de produção da sociedade capitalista. Os

modos

de

produção constituem a base da história

humana. Cada

modo

de produção

se apresenta

em

dois aspectos: as forças produtivas e as relações de produção.

As

forças produtivas expressam a atitude do

homem

para

com

a natureza e o estagio do dominio

humano

sobre a

natureza. Entre as forças produtivas, figuram os

homens

e

os meios de produção, isto é, os objetos e instrumentos de

trabalho.

As

forças produtivas são constituídas ou pelo

(20)

materializado

nos

objetos e instrumentos de trabalho (meios de trabalho)

(CANOAS,

1982, p.40).

O autor refere-se ainda ã questão da profissão de Serviço Social

em

empresa, dizendo que:

A

empresa

capitalista espera que a açao do Serviço Social

obtenha do trabalhador novos comportamentos adaptativos,

mais

ajustados a exploracão

em

que se Vê submetido.

Não

podemos

esquecer que o Serviço Social deve realmente

colocar-se a serviço do trabalhador

na

empresa.

Não

adaptando-o a

novos

comportamentos,

mas

facilitando-lhe

os

meios

de obter

uma

visão critica da sua realidade. Visao

essa,

mais

coerente

com

as transƒormaçoes sociais. Os

trabalhadores enquanto classe

em

si, têm

um

futuro

para

si,

na

sociedade gerida

por

eles

(CANOAS,

1982, p.'?4).

Dessa maneira, temos

uma

nova

situaçao conjuntural enfrentada

pelas empresas, nas suas relações

com

os trabalhadores

em

todos os

níveis - a legitimação de novas exigências legais e trabalhistas por parte

do Estado e dos sindicatos, isto

tem

obrigado as empresas a terem,

em

seu quadro, profissionais para lidarem

com

as diversas formas de

conflitos gerados pelas novas politicas sociais das empresas.

O Serviço Social,

na

empresa, está. diretamente engajado

na

ação

histórica e transformadora da classe trabalhadora.

A

profissão, neste

(21)

16

trabalhadores.

Em

uma

suposta transformação da sociedade, esta exigirá

a formação de

um

novo

homem

que assumirá novas responsabilidades

sociais, tanto

na

empresa

quanto

na

sociedade.

Na

CASAN

- Regional Florianópolis - o atendimento do Serviço Social

se apresenta desde 1974,

quando

foi contratada a primeira assistente

social;

em

1975

uma

segunda assistente social assumiu o cargo.

Como

os

programas

implantados pelo Serviço Social

estavam

sendo

executados somente

em

função dos servidores lotados

na

Matriz e

na

Regional Florianópolis, foi realizado

um

trabalho de motivação junto ã

Diretoria da Empresa, através da Diretoria Admistrativa, para a criaçao

de ulna fundação,

com

intuito de poder estender os beneficios oferecidos e

outras vantagens aos servidores das demais Regionais e Filiais do Estado.

Assim, o Serviço Social esteve vinculado à. Fundação

(FUCAS)

por três

anos.

Em

1981, definitivamente, volta a atuar

na

matriz, vinculado ã

Gerência de Recursos

Humanos.

Em

agosto de 1991 ,

quando

implantado o Plano de Cargos e

Salários

na

empresa, a Regional Florianópolis pôde contar

com

um

Serviço Social exclusivo, pois

haviam na empresa

duas funcionárias

formadas

em

Serviço Social, cujos estágios

foram

realizados

na

CASAN

(Serviço Social matriz). Estas

foram

contratadas

como

Assistente Social,

uma

permanecendo

até hoje

na

Regional Florianópolis e a outra

na

CASAN

de Tubarão.

O

Serviço Social da

CASAN

- Regional Florianópolis - se faz presente

(22)

atendimento aos servidores, a familiares, as chefias e à. comunidade

em

um

contexto geral.

A

intervenção do Serviço Social se da a nível de programas e

propostas que säo:

* atendimento individualizado e grupal, as chefias, a servidores e a

familiares;

* atendimento e/ ou

acompanhamento

social aos office-boys/girls; * dependência quimica: alcoolismo e outras drogas;

* reabilitação e readaptaçao profissional;

* absenteísmo;

* interaçao

com

entidades externas; * participação das reuniões da CIPA;

* visitas as filiais e a setores descentralizados de trabalho.

Dentre todos os

programas

que o Serviço Social atende, nos

deteremos

na

questão do alcoolismo, por julgarmos

um

problema

complexo, que está.

em

crescente desenvolvimento, não só

na empresa

como

em

todo o

mundo.

Esse fator, prática. de estágio, foi algo que

chamou

atenção devido ao

número

de atendimentos realizados pelo

Serviço Social que busca o envolvimento do servidor

com

as demais

pessoas que

convivem

com

ele, tanto

na empresa como na

sua

convivência familiar, para que se possa tratar a questão do alcoolismo.

Na

empresa

existe

uma

norma, Resolução no 50'? de

O6

de julho de

1992, que trata da dependência quimica: alcoolismo e outras drogas. Essa

(23)

18

buscando

um

provável motivo para que não fosse aplicada. Isso se

revelou através das entrevistas realizadas

com

as chefias para a

pesquisa, resultados que serao relatados no capitulo III.

Com

o decorrer

do

tempo

sentiu se a necessidade de

uma

reformulaçao dessa

norma com

o intuito de torna-la mais clara e fazê-la valer.

A

norma

reformulada

agora

com

o código:

SIAD/025

e

com

vigência a partir de dezembro de

1995

possui

em

seu bojo:

l -

FINALIDADE

A

presente

Norma

Interna tem

por

finalidade conscientizar

o corpo funcional da Empresa, quanto a prevenção,

identificação, diagnóstico e tratamento de dependência

Quimica: álcool e outras drogas.

2

-

CAMPO

DE

APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as Ghefias e Servidores da Companhia.

3

DEFINIÇOES

3.1 - Dependência

também chamada

habituaçao ou uso

compulsivo, implica

uma

necessidade psicológica e/ou fisica a droga

(MARC

SGHUGKIT).

3.2 - Alcoolismo é

uma

doença progressiva, incurável e

fatal, sendo estacionaria a partir do

momento

que

nao

se

beba

mais

alcool (Bebidas alcoólicas).

(24)

4.1 -

A

identificação da dependência quzlmica

pode

se dar

precocemente, observando-se a baixa

no

desempenho

do

servidor a qual se dara principalmente mediante os

principais indicadores:

az)

AEsE1vTEisMo

Faltas ao trabalho, principalmente após feriados, dias de

pag"amento,_ _ segundas-feiras,

por

motivo de doença

(atestados), atrasos freqüentes, periodos de afastamentos.

b)

AGJDENTE

DE

Tm1BAJ,Ho

oU

EOEA

Do

HoEA'11Io

DE

TRABALHO QUE

IMPLIQUE

EM

ABsE1vTEisMo.

c)

QUEDA

DE

PRODUÇÃO

E

QUALIDADE

DE

TRABALHO:

Gastas

para

execução de

uma

tarefa, erros técnicos

rotatividade interna e

desempenho

funcional prejudicado.

d).

MUDANÇA

DE

OOMPORTAMENTO,

tais como:

indisciplina, relacionamento

com

os colegas e Uhefias,

irritabilidade, agressividade, insubordinações e outros.

e)

PE~NTE

UTILIZAÇAO

DO

SERVIÇO

DE

SAÚDE

E

SOCIAL

E/

OU

ASSISTÊNCIA SUPLETIVA.

Í) OOl\/'STANTE

DIFICULDADES

FINAZVOEIRAS

- Dívidas,

Empréstimos

e outros.

Ç

g)

Uso

Do

ÁLoooL

E

oUTRAs

DROGAS

No

HoRÁRIo

DE

TRAEA.LHo

E

TRABA1,HA1v.Do

sos

EEEITo

Dos

MEsMos.

(25)

A

conscientização se dara mediante

campanhas

especificas

através de

FOLDERS,

cartazes, cartilhas, logotipos,

palestras, atendimentos individualizados, vivência

socioterãpicas, trabalhos

em

grupo, treinamento etc.

4.3

DA

IDENTIFIGAÇAO

4.3.1 - Pela Chefia através dos indicadores citados

no

item .

4. 3.2 - Pelo Serviço de Saúde através de

exames

periódicos, de queixas

comumente

relacionadas

com

o uso do álcool e

outras drogas e sinais clínicos sugestivos.

4.3.3 - Pelo Serviço Social através dos atendimentos

individualizados e/ou trabalhos grupais.

4.3.4 - Pelos técnicos de segurança do trabalho através da

identificação do Servidor sob o uso do alcool e outras drogas

no

horario de trabalho e trabalhando sob o efeito dos

mesmos.

4.4 -

DO

ENGAMHHMMENTO

Sempre

que forem detectados casos de alcoolismo e/ou

outras drogas, a Chefia imediata do Servidor, comunicarã

imediatamente ao Serviço de Saúde e/ou Serviço Social da

Companhia. Estes

por

sua vez encaminharão para:

a) Tratamento

em

Clinicas ou Hospitais Especializados

com

internação hospitalar pelo

SUS

e/ou UNHIJED, caso do Servidor dispor desse con vénio.

(26)

4.5 -

DO

AGOMPAZVHAMENTO

4. 5.1 -

O

Serviço de Saúde prestarã atendimento e

orientação

no

diagnóstico de doenças orgânicas provenientes do uso de Álcool e outras drogas.

4.5.2 -

O

Serviço Social orientarã o Servidor e a familia sobre perícia e os

acompanhará

durante o processo de

recuperação.

4.5.5 -

A

familia do servidor tem a responsabilidade da

internação e

acompanhamento

durante o processo de

recuperação. Caso o servidor

não

tenha familia, a

responsabilidade fica

com

ele próprio e/ou pessoa

próxima

de seu convivio social,

com

a orientação do Serviço Social.

4.5.4 - Cabe a

Chefia

o

acompanhamento no desempenho

das atividades

bem

como

a reintegração do servidor

no

ambiente de trabalho, após tratamento, definindo as

atividades e

acompanhando

0

desempenho

do

mesmo.

4.5.5 - Caso o periodo da licença para tratamento for superior a

50

(trinta) dias, o servidor realizará

exame

médico de retorno ao trabalho,

no

primeiro dia útil após o

término da licença conforme

norma

regulamentadora NR-7,

(27)

22

4.5.6' -

Na

Matriz e Regional Florianópolis este

exame

será.

realizado pelo Serviço de Saúde.

Nas

demais Regionais sera

realizado através de convênio

com

a

UNIMED.

5.

POLÍTICA

DE

RECURSOS

HUJIJANOS

5.1 -

O

Servidor

com

dependência de alcool e outras drogas

tera direito a internação

no

periodo de

30

(trinta) dias

pela UNIJIJED,

no

caso de o servidor dispor desse convênio.

Tem

ainda direito a

uma

nova

oportunidade de tratamento

com

ou

sem

internaçao pelo

SUS

ou particular (pago

com

próprios recursos).

5.2 -

No

caso de

não haver

mudança

comportamental, o

servidor assumirá as conseqüências de seu

desempenho

funcional prejudicado, estando sujeito as penalidades

descritas

no

POS-PG

49, que serão aplicadas pelas

OHEFLAS

6.

APROVAÇÃO

(SIAD/025, 1995).

É

a norma, agora

em

vigor que está sendo divulgada a todas as

chefias e servidores da Companhia, para seu cumprimento. '

Durante o estagio, optamos por trabalhar a questão do alcoolismo

na

empresa.

Em

vista disso, objetivamos conhecer que entendimento as

chefias

possuem

sobre a questão. Realizamos, então,

uma

pesquisa cujos resultados serao analisados,

com

o intuito de contribuir de

alguma forma

(28)

Diante da complexidade organizacional-humana

em

que se vê

envolvida

uma

empresa como

a

CASAN,

um

dos fatores primordiais a

serem

analisados é a questão das relações das pessoas que a representam

l servidores e usuários.

Essas relações são tratadas

em

dois níveis: a nível do usuãrio onde

eXiste

uma

forma

de organização para atende-lo de maneira mais rapida

e organizada e a nivel dos servidores onde a

empresa

se estrutura

em

níveis hierárquicos, gerando ulna relação de direitos e deveres que serão

cumpridos a nível de relações formais e informais.

Nas

relações formais, a organização prepara e define pessoas para

exercerem funções de

comando

e supervisão que são o que

chamamos

funções gerenciais.

Nas

relações informais acontece a nível das relações interpessoais e se caracterizam pela formação de espaços espontâneos de

articulação para obtenção de objetivos comuns, representando-se

na

forma

de associações, sindicatos, grupos e comissões .

A

característica

principal é a sua independência das funçoes institucionais.

Compete

aos servidores, que

têm

funções gerenciais, supervisionar

a qualidade e quantidade dos produtos ou bens.

No

entanto,

tem

o gerente

uma

responsabilidade muito importante que se refere à. administração

dos recursos

humanos,

ou seja, do elemento

humano

que é o responsavel

pelo desenvolvimento das atividades de trabalho.

Assim,

uma

das principais atribuições gerenciais se apresenta

na

perspectiva do

humano.

No

cotidiano das relações de trabalho, situações concretas

envolvem

o servidor. Entre essas, questões culturais,

(29)

24

econômicas, sociais, emocionais e de saúde. Nessas situaçoes sao envolvidos alguns sujeitos além do servidor tais

como

familiares, colegas

de profissão e chefias.

No

dia-a-dia ao gerente cabe

também

dividir as preocupações,

alegrias e conquistas. Por essa razão, consideramos que ao abordarmos

questões ligadas à. saúde do trabalhador, mais especificamente da doença

do alcoolismo, entendemos

como

essencial destacar a posiçao das

gerências, sua visão e responsabilidade perante as situações existentes

(30)

cAPÍ'rULo

11

O

alcoolismo

na

Organização Empresarial: suas

interfaces

relativas

ã

prevenção,

ao tratamento

e

às

parcerias.

2. 1.

O

Papel Gerencial

Face

ã Questão do Alcoolismo

no

Trabalhoe

Às

Situações Específicas.

A

integração entre função gerencial e desenvolvimento de recursos

humanos

se constitui

em uma

necessidade real

em

toda a empresa.

Segundo

Matos

(1980), o gerente possui

uma

responsabilidade

basica, ou seja, a

maxima

utilização do potencial de seus recursos

humanos,

visando à. viabilizaçao das diretrizes e objetivos de seu órgao.

A

ele compete a responsabilidade de desenvolver recursos

humanos,

pressupondo a execução de atribuições que lhe são inerentes de avaliar o

desempenho

de seus funcionarios e diagnosticar as suas necessidades,

partindo para uin trabalho direcionado ao atendimento e à. discussão de

situaçoes ligadas as questoes das relaçoes dos trabalhadores.

Abordagem

humanística

começada

com

experimentos

na

fabrica da

VVESTERN

ELETBIC

COMPANY,

de

HAWTHOBNE, EUA

em

1924, conduziu

(31)

26

*

O

nivel de produção é resultante da integração social e

não

da capacidade fisica ou fisiológica dos trabalhadores.

*

O

comportamento

do individuo é social, apoiando-se

totalmente

no

grupo de trabalho.

*

As

recompensas

e sanções

mais

importantes para o

1`ndivÍduo são as sociais, que até o condicionam as

normas

do seu grupo.

*

É

através das interações sociais que cada individuo

procura ajustar-se a outros, a fim de ser aceito, ser

compreendido e assim participar efetivamente de seu grupo

de trabalho

I-IAWTHORNE

(apud

MOREIRA,

1984, p.24).

4

Destacamos que

na

concepção da Escola de Relações

Humanas,

as

pessoas

devem

estar integradas ao ambiente de trabalho, e que este

exerce grande influência sobre elas.

As

pessoas desejam sentir-se

importantes e a necessidade de pertencer aos grupos informais é mais

importante que o dinheiro,

na

motivação para o trabalho. Partimos do

principio de que a satisfação gera a eficiência, e por isso a coordenação

deve ser

um

processo contínuo, exercido através do contato direto entre chefias e funcionarios.

Segundo Moreira (1984, p.59):

Toda e qualquer instituição precisa de gerência, e que,

em

todas elas, a gerência enfrenta as

mesmas

tarefas, ou seja:

exercer as funções

para

as quais a entidade existe; tornar o

trabalho produtivo e realizado, orientar os impactos sociais

(32)

Uma

decisão administrativa só pode ser considerada eficiente se

escolher os meios adequados para atingir as finalidades preestabelecidas,

tais

como

a integração do indivíduo ao ambiente de trabalho, porque no

momento

em

que a pessoa não se identifica

com

o meio

em

que está.

inserida, ela se fecha. Portanto, a troca de experiência não é desejável

por todos, tudo

em

que se pensa é terminar o dia e ir para casa, a

impaciência é inevitável. Processo este que demonstra a falta de

relacionamento e a dificuldade de dialogo.

As

relações de trabalho

devem

ser

humanizadas

haja vista que é

onde a pessoa

humana

passa a maior parte do tempo. O ser

humano

passa por interações, muitas das quais se estabelecem no âmbito das

organizações, o que quer dizer que essas

têm

influência sobre a. pessoa,

tanto fora

como

no seu ambiente de trabalho.

Para se estudar

uma

determinada situação real, é necessario

entender o ambiente de trabalho da pessoa, por ser o lugar onde passa

maior parte de sua vida. Assim, as organizações são elementos-chaves

das sociedades.

A

racionalidade, exigida nas empresas, acaba sendo

repassada para a vida pessoal do trabalhador, onde este esta sufocado

pois, se de

um

lado

tem

o ambito organizacional, de outro

tem

a

ordem

social.

A

sociedade penetra e irriga o indivíduo

com

suas influências, suas

normas

e ideologias - somos, portanto, sujeitos ativos, resultados de

uma

(33)

28

Em

uma

visão tradicional, a função de gerente

sempre

esteve muito

ligada az supervisão de pessoal, controle de qualidade e quantidade de

serviços executados pelos trabalhadores.

Hoje, o gerente

assume

uma

responsabilidade maior, visando, não

somente, ao lado da instituição no' que se refere à. otimização dos

trabalhos realizados,

como

também

ao lado social dos trabalhadores,

dentre todas questões: empresa, convívios profissional-familiar e as relações sociais.

Nesses termos, percebemos ser importante o relacionamento, no

dia-a-dia, entre chefia e funcionarios para que haja

uma

certa

harmonia

no local de trabalho que, conseqüentemente, se expandira nas relações

pessoais de ambos.

A

função gerencial é

um

componente primordial nas relações de

trabalho.

No

sistema capitalista, o trabalho se realiza a partir de

uma

produção e essa é analisada por alguém que deve possibilitar

melhoramentos

aos trabalhadores, para que eles

tenham

um

determinado

desempenho

e condições propícias para

um

desenvolvimento do trabalho,

ao nivel do ambiente de trabalho, dos salarios e, principahnente, da

administração das situações que interfiram de

um

certo

modo

no alcance

dos objetivos determinados por

um

grupo de trabalho. Nesta perspectiva é

que as relaçoes se consolidam nas organizaçoes.

Para o Serviço Social trabalhar questões que

perpassam

gerência e

funcionarios,

como

a questão da saúde do trabalhador, mais especificamente do alcoolismo, é fundamental conhecer o que a nivel

(34)

gerencial se pensa e qual a visão deste a respeito de questões que o

servidor vive no seu cotidiano profissional e, principalrnente,

como

é

administrado o problema, e quais as responsabilidades e

encaminhamentos

dessas situações.

Com

o objetivo de esclarecer as chefias da

CASAN

- Regional

Florianópolis - e levá,-las a

uma

melhor compreensão sobre a doença do

alcoolismo, procurando engajã-las

na

realização de

um

projeto

interinstitucional que as sensibilize para a problemática do alcoolismo que

atinge os servidores, sera feito

um

treinamento, através de palestras,

sobre a temática.

O Serviço Social volta-se ao aspecto social pertinente ã doença,

procurando trabalhar pontos que

têm

relevância

na

condição da

mesma:

o preconceito, a solidariedade, o apoio dos colegas e chefias, pontos esses

que são vivenciados pelo servidor doente no seu ambiente de trabalho.

, 2.2.

A

compreensão

do

fenômeno

social do alcoolismo

no

trabalho -

suas interfaces.

Segundo estudos realizados,

sabemos

que, há. muitas décadas, o

homem

teve seus primeiros contatos

com

uma

bebida que possuia teor

alcoólico. Foi através das frutas caídas ao chão,

com

o calor do sol e suas

(35)

50

fermentação.

E

ao ingerir essas frutas

foram

os primeiros

momentos

do

homem

com

o álcool.

Desde ai, entao, se deu início a toda

uma

trajetória de

aperfeiçoamento e evolução do

consumo

da bebida alcoólica.

Homens

e

mulheres

encontravam

um

certo prazer

em

se descontrair

com

o alcool.

E

com

o passar do tempo, esse prazer, que no inicio desinibia, descontraía,

encorajava as pessoas e aliviava tensões passou a ser

um

problema

social, ocasionando conflitos de ordens familiar, profissional e social,

passando a ser

um

determinante da desestruturaçäo de todo

um

contexto

de vida.

A

partir daí, o alcoolismo passou a ter diversos significados, tanto

para o senso

comum

quanto para a ciência. Alguns acreditam que o

alcoolismo é

uma

deformidade de carater ou de personalidade, outros,

que é questão de espirito.

Após

estudos realizados

com

dependentes do

alcool, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.)

em

1952, define o

alcoolismo

como

doença, conceituando-o como:

Um

estado psíquico e

também

fisico resultante da i1:zg'esta`o

do alcool, caracterizado

por

reações de

comportamento

e

outras que

sempre

incluem

uma

compulsão

para

ingerir

alcool, de

modo

continuo ou periódico, a fim de

experimentar seus efeitos psíquicos e

por

vezes evitar o

desconforto da sua falta, sendo que a tolerância ao

mesmo

poderá ou

não

estar presente

(RAMOS,

et. al., 1990, p.1'?).

(36)

Somente

nos últimos anos a questão do alcoolismo, visto

como

doença,

vem

sendo mais esclarecida.

É

uma

doença primaria, adquirida

em

conseqüência de

uma

longa ingestão de alcool.

A

droga do álcool

possui caracteristicas que a difere das demais; é

uma

droga socialmente

aceita e que pode ser adquirida facilmente até por ser mais barato, o que

a torna consumivel para pessoas de todas as idades,

sem

limites de uso.

Apesar

da

venda

de bebidas alcoólicas ser proibida para

menores

de 18

anos, esta lei não é cumprida aqui no Brasil, e segundo dados estatísticos

10%

da população brasileira acima de 15 anos

usam

o alcool de

maneira

| I

A

indevida, o que pode causar dependencia fisica e psíquica. .R

Entendemos

por alcoolista ou dependente de alcool, todo indivíduo

que

tem

tolerância

aumentada

ao alcool, isto é, precisa ingerir

quantidades cada vez maiores para obter o

mesmo

efeito.

Além

disso, seu

comportamento

do dia-a-dia gira, essencialmente,

em

torno da bebida - ela

tem

prioridade, por ela o individuo pauta todas as suas ações. O

consumo

de alcool apresenta

um

padrão evolutivo,

acompanhado

de

agravamento

dos sintomas e sinais do uso. Segue, gerahnente, quatro fases:

experimentação, uso ocasional, uso regular e dependência.

A

doença do alcoolismo não

provém

de

um

único fator. São vários

fatores denominados para essa causa. .Analisaremos o fator bio-

psicosocial - fatores que estão relacionados aos estados biológico,

psicológico e social da pessoa doente.

I

No campo

biológico, as causas do alcoolismo encontram sua

(37)

52

ataca o organismo, sendo que os danos maiores são causados ao fígado,

por ser

um

órgão que funciona

como

um

filtro no organismo

humano.

O

campo

psicológico é

um

dos “terrenos” mais difíceis de se explicar

as causas do alcoolismo.

Uma

das poucas conseqüências que se pode

identificar nesse

campo

é o fato de o alcoolismo afetar o indivíduo,

modificar seu

comportamento

e não controlar mais o desejo de beber.

Entre a alegria da primeira dose e a depressão da última, quase

nada

no

alcoolismo é previsível, o alcoolista entra

em

uin universo que alterna

¬

euforia e desespero, mais riscos e

menos

auto-estima.

O alcoolismo, no

campo

social, funciona

como

regulador de tensões

e de estabelecimento de relacionamentos primários e secundários.

Um

fator agente do alcoolismo

na

sociedade

moderna

é a influência da época

em

que vivemos.

A

existência da indústria da bebida,

com

suas

conseqüentes estratégias de marketing e publicidade, certamente induz as

pessoas a fazer uso do alcool, pelo menos,

em

festas e ocasiões especiais.

O alcool, glorificado pela publicidade, encontra-se à,

venda

em

quase todos

os ambientes comerciais. Isso facilita sua aquisicao nos rituais sociais,

criando grupos de pressão, principalmente entre os jovens, cuja ideologia

leva-os a crer que é através da bebida e do sexo que se

tornam

adultos.

Muitos adolescentes acreditam que beber os estimula à. diversao e

ao namoro, isto é, aos prazeres. ,Resumindoz incluam bebidas alcoólicas

em

suas vidas.

Caminho

que iniciam e muitas vezes

sem

volta. Esse

mecanismo

ideológico-cultural que identifica o á.lcool\

com

o prazer deve

(38)

maneira

muito mais intensa,

sem

os efeitos retardados de metabolismo

característico do alcool. Segundo

Masur

(1984, p.58):

É

necessário

pensar

que o alcoolismo

pode

ser

um

sintoma,

não

só de problemas Intrajndívjduajs

mas

também

de

problemas gerados pela sociedade.

Não

existe

uma

explicação única para o alcoolismo,

uma

vez que o

homem

não é somente

um

ser biológico, psicológico ou social,

mas

sim, é

um

todo, e por isso exterioriza os três aspectos

na

sua relaçao

com

o

mundo.

A

mídia

como

“reprodutor” constante do alcoolismo, divulga a

bebida alcoólica somente

com

seus

momentos

de alegria e prazeres.

Não

alerta que seu uso inadequado pode trazer sérios danos à. saúde,

com

conseqüências por muitas vezes fatais. Isso devido a politica econômica

do país que estimula o

consumo

do alcool, pois

sabemos

que a bebida

alcoólica é fonte de grande lucro para os países, que através de impostos

arrecadam somas

imensas.

Vemos

o Ministério da Saúde

“com

uma

venda

nos olhos”, por

despreocupar-se

com

a gravidade das conseqüências fisicas e orgânicas

que o álcool pode causar ao

homem. Da

mesma

forma como

é feito

com

o

cigarro, deveria tornar obrigatório, ao final das propagandas de bebidas

alcoólicas, a inclusão de

um

alerta aos usuários, que esse produto é

prejudicial a saúde.

Nas

relações de trabalho, o indivíduo não encontra somente

uma

(39)

54

para relacionar-se

com

toda a sociedade, no que se refere

em

estar

atualizado de certa

forma

sobre os acontecimentos, e

também

para

desenvolver

uma

relação que acontece

em

todos os aspectos da vida

profissional, refletida nas atividades desenvolvidas e

na

sua competência,

de -modo que possa ser reconhecido,

compensado

ou nao.

O

sucesso ou o fracasso do trabalhador passa a ter

umaconotação

importante nas relações ,estabelecidas

com

as chefias e demais colegas.

Uma

vez que essas relações

possam

estar abaladas de

uma

forma

ou de

outra, isso interfere

na

satisfação do trabalhador

em

seu ambiente de

trabalho. Sendo assim, conflitos existenciais

podem

surgir, o que faz do

alcool

um

aliado

como forma

de aliviar as tensões, frustrações e

sentimentos de incapacidade do trabalhador.

Dessa forma, as relações de trabalho

podem

despertar no

trabalhador o desejo de ingerir bebidas alcoólicas para sufocar

sentimentos gerados no seu âmbito de trabalho, desencadeando o inicio do

processo do alcoolismo que se da quando quantidades cada vez maiores,

de álcool sao ingeridas por

um

período de tempo.

g

No

mundo

do trabalho são muitos os fatores que

geram

insatisfação

ao trabalhador,

mas

alguns desses são preponderantes (incompreensão

da chefia, acúlnulo de serviço, excesso de responsabilidade) no que se

refere ao assunto

em

foco, ou seja, o

consumo

da bebida alcoólica e sua

relação

com

o trabalho.

Para cumprir seus objetivos, a

empresa

deve organizar-se de tal

(40)

harmonia

e segurança..

Em um

sistema de gestão da organização , cada

trabalhador

tem

sua importância e atribuições, sendo essencial que cada

um

cumpra

sua atividade profissional

em

condições apropriadas, tanto no

desempenho

do trabalho, quanto no ambiente da organização e,

principalmente,

na

segurança e saúde.

O

acompanhamento

da existência das condições acima mencionadas

se constitui

em

atribuições muito especificas de

quem

são

nomeados como

responsáveis pelo

desempenho

dessas funções - no caso, gerências, e que,

portanto,

devem

cumprir e assumir efetivamente esse papel junto ao

trabalhador.

Durante muito tempo, a perspectiva de

acompanhamento,

avaliação

e controle exercida pelas gerências, nas organizações,

foram

baseadas

na

quantidade da produção

desempenhada

pelos trabalhadores

na

organização. Atualmente, portanto,

uma

nova

perspectiva se apresenta, fruto das transformações ocorridas no

mundo

do trabalho. Nessa década,

altera-se toda a visão acerca do processo de trabalho. Transformações

ocorrem de toda ordem, seja

na

flexibilização dos direitos, nos processos

de trabalho,

na

tecnologia e

na

produção. Novos paradigmas se

apresentam tais como:

1 -

A

quantidade passa a ser secundária frente ã qualidade.

2 -

As

atribuições do processo de trabalho

passam

de

caracteristicamente individualizado a ser realizado coletivamente,

em

um

processo onde

um

trabalhador

complementa

uma

atividade, fechando, assim,

um

processo produtivo.

(41)

56

5 -

As

relações no interior das organizações empresariais ou de

servi o , se

conduzem na

ers ectiva de

uma

hierar uia C1 mais

descentralizada, ou seja, o trabalhador passa a ter participaçao no

processo de planejamento, além de cumprir, exclusivamente, a atividade operacional, participando de decisões e, portanto, substituindo a

abordagem

classica da ad.ministraçã,o do trabalho, onde, ao trabalhador

cabe cumprir

uma

função

meramente

operacional, sendo que o

planejamento e a decisão restringiam-se ao gerente ou ao dono do

processo produtivo.

Assim, a partir desses novos paradigmas

uma

nova

funçao se

apresenta ao gerente, que se traduz, no cotidiano,

em

assumir e

acompanhar

as situações da vida do trabalhador que estejam ligadas ao

seu

desempenho

profissional. Essas situações são diversificadas e,

dependendo, se

tornam

complexificadas a cada caso, seja

na

área da

saúde, do trabalho, do econômico ou do social.

Como

vimos no item 2.1, do capitulo II, a Gerência

tem

de estar

alerta quanto aos problemas surgidos no interior da instituiçao, para que

possam

ser resolvidos de

forma

coerente

para

ambas

as partes.

No

tocante do alcoolismo, quanto mais cedo for detectado o problema, maior

a possibilidade de recuperação, preservando a força de trabalho e

valorizando o

homem em

seu todo,

como

ser

humano.

Recuperar o dependente alcoólico, além de altamente recomendável

do ponto de vista ético e social-humano, é

medida

economicamente

(42)

saúde, redução do núinero de gravidade dos acidentes de trabalho,

diminuição do absenteísmo, aumentando, assim, a produtividade.

As

relações, devido a esse problema,

podem

se tornar catastróficas,

pois as tensões vão se acumulando, e perde-se o controle dos fatos, não

sendo possível

nem

mais dialogar sobre o assunto.

O

alcool altera,

progressivamente, o sistema nervoso. O alcoolista tende a irritar-se

com

maior facilidade, tornando o ambiente de trabalho

uma

valvula de escape,

onde discussões

com

chefia e colegas

passam

a ser mais constantes; há. o

declínio da quantidade e qualidade dos serviços prestados, deixando a

equipe toda

em

situaçoes desfavoráveis.

Sob à. coordenação de Barbosa et. al. (1995, p.O5), o GIES (Grupo

Interinstitucional de Educaçäo

em

Saúde) apresentou estatisticas

referente ao alcoolismo que

devem

ser lembradas para

um

melhor

entendimento da doença:

-

40%

das consultas psiquiatricas, pagas pela previdência

social, são

para

alcoolistas. '

-

50%

dos atendimentos clínicos são devidos a problemas,

diretos ou indiretos, de alcoolismo.

-

7

milhões é o

número

de alcoolistas existentes

no

pais.

-

3

milhões de alcoolistas

procuram

tratamento

especializado.

`

-

70%

dos acidentes de transito, fatais, o alcoolista esta

envolvido.

-

100

alcoolistas -›

3

se salvam,

5

at1'ng"em

40

anos de

(43)

38

- 3” doença que

mais

mata, depois das doenças do coração e

do câncer.

-

10%

da população usa o alcool de

forma

abusiva.

-

30%

da capacidade de trabalho é reduzida.

- 3”

maior

causa de absenteísmo.

-

40%

dos acidentes de trabalho são provocados

por

alcoolístas.

-

60%

das ocorrências policiais são de pessoas alcoolizadas.

Com

esses dados,

podemos

perceber a gravidade do problema do

alcoolismo. Este

tem

de ser tratado da maneira mais adequada e eficaz

possível, lutando,

também,

para solucionar ou ao

menos

minimizar os

fatores que

tragam

negativismo ao ser

humano.

Só desta maneira, é que esses “ex-alcoolistas” e suas familias

podem

viver

com

dignidade.

Focalizamos o alcoolismo

como

uma

doença, pelo fato de o individuo

perder a capacidade de escolher entre beber e não beber, perde, portanto,

a capacidade de deliberar.

A

pessoa bebe

sempre

mais, independente de

estar

bem

ou mal. O alcool é uina substância que passa a fazer parte do

organismo do alcoolista.

Alcoolista é geralmente aquela pessoa que não

tem

domínio

com

a

bebida e que ja

tem

uina predisposição orgânica.

E

já. foi constatado que

independente de nível social, idade, cor, sexo, essa doença atingem as pessoas de

maneira

em

geral.

Dentre as varias conseqüências do alcoolismo, destacam-se:

distúrbios mentais, problemas familiares, comprometimentos no

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