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Armazenamento de espigas de milho em paiois.

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Academic year: 2021

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(1)

® ~~~

DE PESQUISA ~ DE ~1BITO ESTADUAL DE PORTO VE

V

LHO

-ffi-364, Km S,5 - Cx , Postal 406 78.900 -

pano

VELHO - RCNDrJNIA

ISSN 0100-8765

Nº 24 Out/83 p.l-6

MMAZENMv1ENTO DE ESPIGAS DE MILHO ENlPAIÓIS

. 1 Nelson Ferreira Samp~o

I Maria Alice Santos Oliveira

2 Francisco Marta Pinto Viana

No trópico úmido

é

crítica a condição de armazenamento de

N

graos, devido a umidade relativa e temperatura elevadas.

8n Rondônia existe um considerâvel volume de produção de grãos e os problemas de armazenamento são a cada dia mais graves.

Com a utilização de grande parte da produção de milho para au to consumo, o produtor se resente da falta de um adequado sistema de arma zenamento para o milho em espigas.

As condições de temperaturas elevadas, e alta umidade dos grãos permitem" as pragas, uma acelerada multiplicação, comprometendo a produção de forma mais grave do que as registradas no sul do país. Desta que-se que a redução natural da umidade dos ,grãos

é

limitada por dois fa tores: a alta umidade relativa do ar (acima de 8~~) e o período

que coincide com o melhor momento para a colheita do milho.

chuvoso

IEngeS AgrQs Pc squí.eedores da ENlERAPA-Unidade de Execução de Pesquisa de ~bito Estadual, Caixa Postal 406. CEP 78.900. Porto Velho, RO.

2

EngQ AgrQ Pesquisador SEAG/EMBRAPA-Unidade de Execução de Pesquisa de ~ bito Estadual, Caixa Postal 406. CEP 78.900,. Porto Velho, RO.

I

J...J.- ,I (}o...

I

(2)

COMUNICADO TÉCNICO

C.T/24 - UEPAEPorto Velho - Out/83 - p.2

Somente com um mfrrímo de despesas, seria possivel induzir o produtor a adotar os paióis como recurso de armazenernerrto, A necessidade de mão de obra especializada tambGm iria comprometer esta adoção.

Para um estudo preliminar de desempenho dos paióis como meios de ~~azenamento de espigas foi feito ~1 teste comparativo entrE umpaiol de tela; outro de ripa e um terceiro de tábuas com paredes fechadas (não frestadas), sendo todos construidos no campo experimental da UEP/\E-Porto Velho, no inicio de 1982.

O

s

paióis de tela e de r-í.p as tinham dimensoes de O,70m de lar gura por 3,Om c!e comprimento e 2,Om de alture, e o paiol fechado 2,0m de largura, ] r511 de car.primento e 2,Om de altura. Todos cobertos com telhas de cimento amianto e com piso a 0,60m cJochÉio.

(

0

)

,

No dia 5 de maio de 1982, foram carregados os paiuis. Utili zcu-rse milho com pal.he cultivar Maya e sem palha, cultivor Phoerrí,x ocupOQ do cada um, a metade do espaço dos paióis até a altura e.proximada de 1,511. As 8spigas foram polvilhades corn Mal.at.hí.on a tJ.~'o, na proporç:ão apr~ ximada de 100g do produto comercial por' cem quí.Loqrsmes do espigas, a ca da camada de 20cm de espessura. A unidade dos grãos estava em torno do 1,30/0•

Foram efet uadas quatro amostragens, em 5/5/82; 5/8/82; S/1l/82 e 5/2/83, utilizando-se deze ase i.s e spí.qes de cada ped o.l , metade com p~ lha e rnetace sem ;Jalha. Cada uma rias amostras foi obtida em Quatro po.!], tos distrilJuidos no interior da massa.

o

indice de infs3toção foi avaliado através do n~rnero de inse tos eparon+e s , na amostrá, após a debulha e nÚmero de grãos atacados, tan to por- Sitof?hil~ S!Jp. ermo por ~trc!:]': sp , Tembsm a perda de peso fui avaliada, atra'Jés da contagem do nÚmero de grãos em 50g de cada erncst r-a,

(3)

COMUNICADO T~CNICO

C.T/24 - UEPAE Porto Velho - Outj83 - p.3

Após a última amostragem (5/2/83) todo o volume foi debulhado 8 pesado isoladamente.

°

Quadro 1, mostra a percentagem de infestação acumulada, em cada data de avaliação.

Quadro 1 - Percentagem de Infestação dos Grãos, durante o Periodo de Arma zenamento. Porto Velho maio/82 a fevereiro/a3.

Datas de Avaliação

Médias

*

Tratamento

Espigas

cl

palha em paiol fechado

Espiga c/ palha em rtí.pado Espigas c/ palha em telado Espigas s/ palha em paiol fechado Espiga s/ palha em ripado Espiga s/ palha em telado 5/5 5/8

si

11 5/2 31,1 27,0 32,2 30,2 36,8 42,2 71,2 50,0 32,6 45,2 75,2 51,0 58,8 74,8 62,8 65,0 70,2 86,8 100,0 85,6 76,6 86,8 100,0 8'7,8

(~~)As percentagens crescem com o passar do tempo, sendo as duas exceções devidas, provavelmente, a defeitos de amostragem.

,

.

No paiol fechado se obteve os monores acreSClmos de infes ta-ção, para as esp.í.qascom palhe, embora estatisticamente seme.Lherrteóos de mais ermezenrmerrtos com milho em palha, rospectrí.vomerrt,o30, 2i~, 50,Oio 8

51%. para o paiol fechado, l~pado e telado.

Todos os trErtE.!fnuntoc~3om e, spigas clfJEjpulhadas, aproscntaran resultados inferiores, com percentagens de infestação final de

(4)

.

r---

CONlUNlCADO TECNICO -- __

C.T/24 - UEPAE Porto Velho - Dut/83 - p.4

ra espigas despalhadas, o paiol fechado, embora estatisticamente semelhem

te 60S dois outros, pode ser considerado superior, pois S8 coloca, tem

bem, no mesmo gr~po estatistico do ripado e telado para milho com palha.

Tanto para as espigas com palha

(50,ü7~

8 5l,O'io)como sem palha

(85,6ia

e 87, Ef'/o)os paióis de tela ou de ripa apresentaram o mesmo canpo;:

tamento.

!~a avaliação final pode-se observar a vantagem do telado, por

não reter unidade entre a superficie interna da parede e as espigas, o

que acontece com o ripado, embora sem prejuizo significativo para as esp!

gas, quando com palha.

Devido a baixe umidads do milho utilizado, a vantagem do rip~

do e do telado em permitir a secagem das espigas, não pode ser confirma

da. 1\10caso de colheita precoce, o uso do pe.iol fechado não poder6 ser

recomendado.

o

custo da construção, embora menor para o telado e ripado,

comprometem a difusão destas estruturas para o pequeno produtor. Como al

ternativa, existe a possibilidade de construir-50 paióis rústicos, sem e

lhantes 0.0 ripado, utilizando-se de madeira roliça para a estrutura, va

ras per'a as paredos e palha para.a cobertura. ~ fundamental marrtur-a lar

gura útil de O,6Dm para permitir a secagem das espig3s recóm colhidas,

quando com alta umidade.

Os dados obtidos somam-50 as informações disponiveis 8 perm;h

tem apresantar as scçuí.rrtos r'ecomcncíeçbce técnicí.:lpsara armuzenrmeribo do

milho em e spig as: (

1)

(2) (3) (4) (5) (6)

1. Paióis do tipo ripado ou toladn devam ser utilizados apenas

para armazenar espigas com palha, não sendo apropriados para espigas dos

(5)

"'. -•.j

COMUNICADO T~CNICO ---,

C. T/24 - UEPAEPcr to Volho - Outj83 - p.5

2.' Os tipos tradicionais de ripado 8 telado podem SOl' substi

-tuídos, com vantagom, por construções somelhantes ao ripado, mas utilizan do madeira roliça para a ostrutura, varas para as parodes 5 palha para co

berturaj

3. No caso do milho jó seco, o paiol fochauo poclern ser usado

r

com alguma posslvel vantagem. O ormazenômento do milho dospalhado, embo

ra não rBcomondável, apresenta menor prejuízo no paiol fechado;

4. A utilização de Malathion não apre senba gar.sntia de prot~

ção suficionte. Recomenda-so a. fumigação das espigas antes do mento, o que se tom mostrado mais oficiente. (2)

(3) (

5

)

armazena

BIBUOGR.AFIA:

1. ALMEIDA,J. FI. de , j MIZUGUCHI,Y. t::. lr i'Ui1EI0/\, G. E3. do. Lsoo sber-esc s orn pragas do gr60s armazenados: gtotroga Eeroal1olle. (01ivi8r,

1819), Sitophj.lus zOOInais (Motschulsku, 1855) o Tribolium castanoum

(Horbst, 1797). Anais da Sociodade Entomológica do Brasil, .§(2):

255-6, 19'79.

2. BITF1AN,E.fl,. j CA.MIJOS,T.B.; OLIIJEIRi'l, D.A. & ARAUJO, J.B.M. EilSo1.0 d~

protoção do milho armezenado om paiol atravós do emprego do mttla- '

thion (3 do pirimiphos-ITIetil, em aplicação Lso.l ada ou complemcmtu;t.:.

mente a fumiboçno. I,nais do Sociedado E~lógica do Brasil.

8(1):29-38, 1979.

armazenados o _moios do Ç.ontr...9J..Q. GGlvado::.~,EP/\GA, 1960. 18p.

(6)

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•."•• "li

e

---____

CONlUNICADO TÉCNICO ---~

C.TJ24 -

UEPAE Porto Volho - Out/83 - p.6

4. GALlO, O.; NAI<ANO, O.; WI8\JDOl, F.M.; SIlVEIR,l'lNETO, S. &OAAVAU-KJ, R.P.l. Manual de Eiltomologia. são Paulo, Ceros, 1970. 858p.

5. SflNTOS, J.P. dos.; CRUZ, 1.; FONTES, R.A. Armazonamonto e controlo de pragas do milho. Sete lagoas, EMBRAPA/CNPMS, 1982. 30p.

(EJlABRAoA.Q\JPMS. Documentos, 1).

6. TEIXEIRP" l.B. & S/~ SOBRlr~HO, A.F. de. Paiol: uma alternativa para ar

mazenemonbo de milho, Manaus. EMBllf-\PA/UEPAE Manaus, 1980. 4p.

(EMBF-1APA.LJEPAEManaus. Comunicado T8cniGo, 9).

Tiragem: 1.000 exemplares

(7)

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