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Aplicação web para modelagem de sistema PET

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Academic year: 2021

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COMISS ˜AO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR

CENTRO REGIONAL DE CI ˆENCIAS NUCLEARES DO NORDESTE PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM TECNOLOGIAS ENERG ´ETICAS E

NUCLEARES

LEANDERSON PEREIRA CORDEIRO

APLICAC¸ ˜AO WEB PARA MODELAGEM DE SISTEMA PET

Recife

2016

(2)

APLICAC

¸ ˜

AO WEB PARA MODELAGEM DE SISTEMA

PET

Dissertac¸˜ao submetida ao Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Tecnologias Energ´eticas e Nucleares para obtenc¸˜ao do t´ıtulo de Mestre em Tecnologias Energ´eticas e Nucleares.

´

Area de Concentrac¸˜ao: Modelagem Computacional de Tom´ografos por Emiss˜ao de P´ositrons.

Orientadores: Dr. Fernando Roberto de Andrade Lima Dr. Jos´e Wilson Vieira

Recife

2016

(3)

C794a Cordeiro, Leanderson Pereira.

Aplicação web para modelagem de sistema PET. / Leanderson Pereira Cordeiro. - Recife, 2016.

51 f. : il., figs., gráfs., tabs.

Orientadores: Dr. Fernando Roberto de Andrade Lima. Dr. José Wilson Vieira.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares, 2016.

Inclui referências e apêndices.

1. Engenharia Nuclear. 2. GATE. 3. Monte Carlo. 4. PET. I. Lima, Fernando Roberto de Andrade, orientador. II. Vieira, José Wilson, orientador. III. Título.

UFPE

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APLICAC

¸ ˜

AO WEB PARA MODELAGEM DE SISTEMA

PET

Dissertac¸˜ao submetida ao Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Tecnologias Energ´eticas e Nucleares para obtenc¸˜ao do t´ıtulo de Mestre em Tecnologias Energ´eticas e Nucleares.

Aprovada em: 04/08/2016.

BANCA EXAMINADORA

Profo Dr. Fernando Roberto de Andrade Lima (Orientador) - CRCN/NE

Profo Dr. Jos´e Wilson Vieira (Orientador) - IFPE

ProfoDr. Vin´ıcius Saito Monteiro de Barros (Examinador Interno) - DEN/UFPE

ProfoDr. Silvio de Barros Melo (Examinador Externo) - CIN/UFPE

Pesquisador Dr. Clayton Augusto Benevides (Examinador Externo) - CRCN/NE

Recife

2016

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Aos professores Dr. Fernando e Dr. Wilson, meus estimados orientadores, sempre dando grandes ideias de como melhorar meu trabalho e sempre encontrando soluc¸˜oes para os problemas que apareciam.

Ao meu amigo Igor, idealizador deste trabalho, que me incentivou muito a seguir uma carreira acadˆemica, al´em de participar ativamente neste trabalho.

Ao Daniel Bonif´acil, grande pesquisador de sistemas PET, al´em de se tornar um grande amigo, teve grande partipac¸˜ao no desenvolvimento do desing da aplicac¸˜ao web contru´ıda.

Ao meu grande amigo Alex e companheiro de pesquisa, me ajudando e abrindo meus olhos para problemas que pareciam ser insolucionav´eis.

Aos doutores Silvio Melo, Viriato Leal e Clayton Benevides que acompanharam este trabalho desde o in´ıcio, apresentando cr´ıticas construtivas.

Aos meus amigos M´arcio, Manuela, Izabelle, Patr´ıcia e ´Isis que tornaram o ambiente de trabalho muito agrad´avel.

`

A minha irm˜a Leilane, futura f´ısica, sempre me apoiando e me dando orgulho.

E por fim, `a minha grande hero´ına Da Marlene que sempre me apoiou e me deu suporte, minha m˜ae.

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Simulac¸˜oes no ˆambito da medicina nuclear com utilizac¸˜ao do GATE (Geant4 Application for Emission Tomography), tˆem contribu´ıdo fortemente no desenvolvimento de pesquisas para a melhoria na efic´acia de suas tecnologias. Entre elas, a Tomografia por Emiss˜ao de P´ositron (PET) que avalia o metabolismo celular, identificando a localizac¸˜ao e as dimens˜oes de regi˜oes cancer´ıgenas. No entanto, a necessidade de dom´ınio de linguagens de programac¸˜ao, a complexidade de instalac¸˜ao do GATE e seus pr´e-requisitos, assim como as restric¸˜oes de compatibilidade com os sistemas operacionais populares, restringem significativamente o p´ublico alvo desses estudos. O objetivo deste trabalho ´e desenvolver uma interface web que integre um ´unico ambiente as ferramentas necess´arias para execuc¸˜ao de simulac¸˜oes de equipamentos PET, solucionando os problemas de instalac¸˜ao e compatibilidade do GATE, al´em de gerar os comandos solicitados para realizar uma simulac¸˜ao. Para isto, uma aplicac¸˜ao web foi desenvolvida, a WebGUIGATE, utilizando principalmente a linguagem de programac¸˜ao Python e o Django, framework de construc¸˜ao de aplicac¸˜oes web. A WebGUIGATE apresenta-se na forma de uma interface, solicitando parˆametros de entrada que servir˜ao para modelagem do scanner, fantoma, processos f´ısicos, fontes e detectores, resultando nas contruc¸˜oes de macros (arquivos de textos) que cont´em os comandos na linguagem do GATE. Para validac¸˜ao, o microPET FOCUS 220 foi implementado atrav´es da WebGUIGATE, que mesmo estando em processo de desenvolvimento, foi capaz de gerar as macros para simulac¸˜ao com ˆexito.

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Simulations in the field of nuclear medicine with the use of GATE (Geant4 Application for Emission Tomography), have strongly contributed to the development of research to improve the effectiveness of its technologies. Among them, the Positron Emission Tomography (PET) that assesses cellular metabolism, identifying the location and dimensions of carcinogenic regions. However, the need programming languages knowledge, the complexity of the installation and its GATE prerequisites as well as compatibility constraints with popular operating systems significantly restrict the target audience for these studies. The objective of this work is to develop a web interface that integrates a unique environment the necessary tools to perform PET equipment simulations, solving the problems of installation and compatibility of GATE and generate the commands required to perform a simulation. For this, a web application was developed, WebGUIGATE, mainly using the Python programming language and the Django, a framework for building web applications. The WebGUIGATE is presented in the form of an interface, requesting input parameters that will be used to scanner modeling, phantom, physical processes, sources and detectors, exporting macro (text files) containing the commands in GATE language. For validation, microPET FOCUS 220 has been implemented by WebGUIGATE, that even being in development process, was able to generate macros for successful simulation.

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Figura 1 – Gr´afico de um espectro de energia depositada por um detector. . . 14

Figura 2 – Esquema e diagrama de um tubo fotomultiplicador. . . 15

Figura 3 – Esquema de detectores configurados para medirem f´otons coincidentes. 16 Figura 4 – Eventos de coincidˆencias aleat´orias e de espalhamento em PET scan. . . 17

Figura 5 – Definic¸˜ao da resoluc¸˜ao de um detector. Para picos cuja forma ´e gaussiana com desvio padr˜ao σ . . . 18

Figura 6 – Ilustrac¸˜ao para dois modelos de comportamento do tempo morto em detectores PET. . . 19

Figura 7 – Esquema do m´odulo digitizer. . . 21

Figura 8 – Esquema de construc¸˜ao da WebGUIGATE. . . 26

Figura 9 – Script de um fantoma cil´ındrico simples. . . 26

Figura 10 – Esquema de funcionamento da WebGUIGATE. . . 28

Figura 11 – Definic¸˜ao dos novos parˆametros para implementac¸˜ao do scanner. . . 29

Figura 12 – P´agina inicial WebGUIGATE. . . 31

Figura 13 – P´agina para definic¸˜ao de parˆametros gerais da simulac¸˜ao. . . 32

Figura 14 – P´agina para modelagem do scanner. . . 32

Figura 15 – P´agina para modelagem do phantom. . . 33

Figura 16 – Interatividade dos campos em resposta `as ac¸˜oes do usu´ario, no aplicativo Phantom. . . 33

Figura 17 – P´agina para definic¸˜ao do physic list builder. . . 34

Figura 18 – P´agina para modelagem da fonte. . . 34

Figura 19 – P´agina para modelagem do m´etodo de digitalizac¸˜ao dos detectores. . . . 35

Figura 20 – P´agina para definic¸˜ao dos classificadores de coincidˆencias. . . 36

Figura 21 – P´agina para definic¸˜ao de cadeia de coincidˆencias. . . 36

Figura 22 – P´agina para definic¸˜ao do tipo e conte ´udo dos resultados da simulac¸˜ao. . 37

Figura 23 – P´agina para download dos resultados. . . 37

Figura 24 – Simulac¸˜ao de um microPET FOCUS 220 usando o GATE, atrav´es de macros criadas pela WebGUIGATE. . . 38

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Tabela 1 – Coeficientes de atenuac¸˜ao linear para o tecido mole, osso, ´oxido de bismuto-germˆanio (BGO), chumbo e tungstˆenio em 511 keV. . . 13 Tabela 2 – Comparac¸˜ao estat´ıstica de parˆametros da simulac¸˜ao proposta usando

scripts escritos manualmente (GATE) e scripts escritos automaticamente (WebGUIGATE). . . 38

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1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 11

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . 13

2.1 Tomografia por Emiss˜ao de P´ositron - PET . . . 13

2.1.1 Atenuac¸˜ao de F´otons . . . 13

2.1.2 Detectores . . . 14

2.1.3 Resoluc¸˜ao de Temporizac¸˜ao e Detecc¸˜ao de Coincidˆencias . . . 16

2.1.4 Espalhamento de F´otons . . . 16 2.1.5 Resoluc¸˜ao de Energia . . . 17 2.1.6 Tempo Morto . . . 18 2.2 GATE . . . 18 2.2.1 Geometria . . . 19 2.2.2 Geometria do Scanner . . . 20 2.2.3 Geometria do Fantoma . . . 20

2.2.4 Processos Eletromagn´eticos Envolvidos na Simulac¸˜ao GATE . . . 20

2.2.5 M´odulo Digitizer . . . 20

2.2.6 Fontes . . . 22

2.2.7 Sa´ıda de Dados . . . 22

2.3 IHC - Interface Humano Computador . . . 22

2.4 Porquˆe Django? . . . 23 2.5 JQuery . . . 23 2.6 CSS . . . 23 2.7 GitHub . . . 23 2.8 HTML . . . 24 3 METODOLOGIA . . . 25 3.1 Metodologia de Desenvolvimento . . . 25 3.1.1 A GUIGATEClass . . . 25 3.1.2 Templates . . . 26 3.1.3 Dinˆamica da Aplicac¸˜ao . . . 27 3.1.4 Estilizac¸˜ao . . . 27 3.2 Metodologia de Funcionamento . . . 27 3.2.1 A WebGUIGATE . . . 27 3.2.2 General Settings . . . 27 3.2.3 Scanner . . . 28 3.2.4 Phantom . . . 28

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3.2.7 Digitizer . . . 30 3.2.8 Output . . . 30 4 RESULTADOS . . . 31 4.1 WebGUIGATE . . . 31 4.1.1 General Settings . . . 31 4.1.2 Scanner . . . 31 4.1.3 Phantom . . . 32 4.1.4 Physics . . . 33 4.1.5 Source . . . 34 4.1.6 Digitizer . . . 35 4.1.7 Outputs . . . 36 4.1.8 Download . . . 37 4.2 Validac¸˜ao . . . 37 4.3 Dificuldades . . . 39 5 CONCLUS ˜OES . . . 40 6 PERSPECTIVAS . . . 41 REFER ˆENCIAS . . . 42

AP ˆENDICE A – SIMULAC¸ ˜AO DO MICROPET FOCUS 220 . . . 44

AP ˆENDICE B – ALGORITMO DE REDUC¸ ˜AO DE VARI ´AVEIS DE UM SCANNER PET CIL´INDRICO . . . 51

(12)

1 INTRODUC

¸ ˜

AO

Tomografia por Emiss˜ao de P´ositron (PET - Positron Emission Tomography) tem permitido o avanc¸o da medicina nuclear moderna, a partir de aquisic¸˜oes de imagens funcionais, avaliando do metabolismo celular. Sendo amplamente aplicado nos diagn´osticos em cardiologia, neurologia e oncologia, devido aos resultados em aquisic¸˜oes de imagens locais e de corpo inteiro (LJUNGBERG; STRAND; KING, 2012). Por efeito da utilizac¸˜ao desta tecnologia, os sistemas PET s˜ao simulados atrav´es dos m´etodos Monte Carlo (MC), quer seja em avaliac¸˜oes pr´e-cl´ınicas, quer seja em controle da qualidade.

Fatores f´ısicos como eficiˆencia dos detectores e colimadores, eventos n˜ao colineares e aleat´orios, configurac¸˜ao do scanner e reconstruc¸˜ao de imagem, podem ser simulados. Para isto a comunidade de medicina nuclear conta com os c´odigos MC de uso geral, entre eles o GEANT4 (GEometry ANd Tracking), escrito em liguagem de programac¸˜ao C++ e desenvolvido pelo CERN (Conseil Europ´een pour la Recherche Nucl´eaire), realiza simulac¸˜oes de transporte de part´ıculas em qualquer material (ZAIDI, 2006). E o software GATE (Geant4 Application for Emission Tomography) baseado no GEANT4 e desenvolvido pela OpenGATE (OPENGATE, 2002), suporta simulac¸˜oes de tomografia por emiss˜ao, entre eles o PET scan, e radioterapia, por´em utiliza scripts em sua linguagem.

No entanto, ´e exigida do usu´ario, habilidade no processo de instalac¸˜ao e, no caso do GEANT4, em linguagem de programac¸˜ao C++. Em adic¸˜ao, a instalac¸˜ao do GATE e a inserc¸˜ao dos dados necess´arios na forma de scripts apresentam certo grau de complexidade, dificultando seu uso em maior escala devido `a sua curva de aprendizado.

Para solucionar este problema, foi constru´ıda uma interface desktop chamada GUIGATE (VIEIRA, 2013). O software GUIGATE foi criado utilizando linguagem Python obtendo sucesso em seus objetivos, contudo, a GUIGATE ainda apresentava dificuldades referentes `a sua instalac¸˜ao, sendo necess´ario uma significativa quantidade de pr´e-requisitos como: instalac¸˜ao do GEANT4, GATE, ROOT e bibliotecas Python. Em adic¸˜ao, era altamente recomedado a utilizac¸˜ao do sistema operacional Linux, restrigindo ainda mais seu p´ublico alvo.

Um exemplo que resolveu um problema semelhante, ´e o software CALDose X (CALculation of Dose for x-ray diagnosis) (KRAMER; KHOURY; VIEIRA, 2008) que possui um extens˜ao chamada de CALDose X online permitindo o c´alculo de dose absorvida em ´org˜aos e tecidos, no diagn´ostico de raios-X, para pacientes com diferentes massas corporais, alturas e posturas. Esta extens˜ao online n˜ao cont´em problemas referentes `a compatibilidade com sistemas operacionais ou necessidade de pr´e-requesitos, sendo necess´ario apenas um computador com internet. No intuido de adquirir as vantagens semanhantes `as do CALDose X online, o objetivo deste projeto ´e desenvolver uma aplicac¸˜ao web, robusta e amig´avel, que integre em um ´unico ambiente a possibilidade de realizar simulac¸˜oes de equipamentos PET, quer seja scanner de uso cl´ınico quer seja de uso em pesquisa, resolvendo todos os problemas

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de compatibilidade e sem a necessidade de instalac¸˜ao de pr´e-requesitos, podendo ser utilizado a partir de qualquer dispositivo com acesso `a internet e um navegador. Para isto, o Django, framework de alto n´ıvel Python para web, ser´a utilizado, assim como, outras linguagens de programac¸˜ao utilizadas para construc¸˜ao de websites como HTML, CSS e JavaScript.

Como estudo de caso, o microPET FOCUS 220 (SIEMENS) (JAN et al., 2005) ser´a simulado na aplicac¸˜ao web a ser desenvolvida, usando a vers˜ao do GATE (v7.0). Este trabalho se aplicar´a nas ´areas de instrumentac¸˜ao PET, mostrando-se potencialmente ´util para avaliar, por exemplo, estudos pr´e-cl´ınicos e testes de controle da qualidade baseados no NEMA (National Electrical Manufacturers Association).

(14)

2 FUNDAMENTAC

¸ ˜

AO TE ´

ORICA

2.1

Tomografia por Emiss˜

ao de P´

ositron - PET

Exames PET s˜ao baseados na detecc¸˜ao de coincidˆencias de dois f´otons de 511 keV, estes emitidos pela aniquilac¸˜ao do p´ositron (β+ - antipart´ıcula do el´etron) com um el´etron (e−) proveniente do tecido (SAHA, 2010). Os equipamentos PET fornecem imagens funcionais, isto ´e, imagens que revelam a atividade metab´olica celular, de forma a quantificar a absorc¸˜ao de radionucl´ıdeo na regi˜ao de interesse (ROI – Region Of Interest). A seguir, ser´a abordada as principais caracter´ısticas, relacionadas `a f´ısica, envolvidas no funcionamento de um sistema PET.

2.1.1 Atenua¸c˜ao de F´otons

De acordo com Hubbell, 1999, o espalhamento incoerente ou Compton ´e o principal mecanismo de interac¸˜ao para f´otons de 511 keV. Como consequˆencia deste fato, a part´ıcula prim´aria muda de direc¸˜ao, isto ´e, ´e espalhada, e perde energia. Em adic¸˜ao, o ´atomo onde a alterac¸˜ao ocorreu ´e ionizado. (BAILEY et al., 2004).

Para uma fonte de f´otons e detectores bem colimados, as absorc¸˜oes de f´otons de 511 keV na mat´eria, podem ser descritas pela relac¸˜ao monoexponencial, mostrada na equac¸˜ao abaixo (BAILEY et al., 2004)

I(x, y, z) = I0e−µ(x,y,z)

Onde, I0 representa o fluxo de f´otons de 511 keV que incide o meio, I(x, y, z) ´e o fluxo de

f´otons de 511 keV que passa sem interagir com o meio e µ(x, y, z) coeficiente de atenuac¸˜ao linear. A Tabela 1 abaixo exemplifica valores de coeficientes de atenuac¸˜ao linear de alguns materiais.

Tabela 1 – Coeficientes de atenuac¸˜ao linear para o tecido mole, osso, ´oxido de bismuto-germˆanio (BGO), chumbo e tungstˆenio em 511 keV.

µcompton(cm)−1 µf otoeletrico(cm)−1 µ (cm)−1 Valor m´edio da espessura(cm)

Tecido mole ∼ 0, 096 ∼ 0, 00002 ∼ 0, 096 7, 2 Osso ∼ 0, 169 ∼ 0, 001 ∼ 0, 17 4, 1 BGO ∼ 0, 51 ∼ 0, 40 ∼ 0, 96 0, 76 Chumbo ∼ 0, 76 ∼ 0, 89 ∼ 1, 78 0, 42 Tungstˆenio ∼ 1, 31 ∼ 1, 09 ∼ 2, 59 0, 29

Fonte: Adaptado de (TAI et al., 2001).

O coeficiente de atenuac¸˜ao linear indica a probabilidade, por unidade de comprimento, da ocorrˆencia de uma interac¸˜ao. Em outras palavras, o coeficiente de atenuac¸˜ao linear reflete a soma das probabilidades, seja absorc¸˜ao pelo efeito fotoel´etrico ou espalhamento pelo

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espalhamento Compton. Em casos PET, a maior contribuic¸˜ao ser´a no espalhamento Compton devido `a faixa de energia dos f´otons. Os f´otons, que interagem com a mat´eria, emergem com uma energia menor que 511 keV e tem suas trajet´orias alteradas, provocando um erro na localizac¸˜ao da fonte. Logo, a func¸˜ao dos sistemas PET ´e detectar os f´otons que n˜ao sofreram interac¸˜ao, necessitando assim de um detector que possua alta densidade, uma vez que, a probabilidade de ocorrˆencia do efeito fotoel´etrico ´e maior em materiais mais densos. Sendo assim, as interac¸˜oes fotoel´etricas s˜ao prefer´ıveis no detector, haja vista que, resulta numa maior deposic¸˜ao local de energia, aumentando, portanto, a qualidade do sinal.

2.1.2 Detectores

As interacc¸˜oes da radiac¸˜ao ionizante com a mat´eria formam a base sobre a qual detectores de radiac¸˜ao s˜ao desenvolvidos. A ideia inerente destes detectores ´e medir a energia total depositada na passagem de f´otons nos mesmos. Normalmente, detectores de radiac¸˜ao convertem a energia depositada em um sinal el´etrico ou carga mensur´avel. A integral deste sinal ´e ent˜ao proporcional ao total da energia depositada no detector pela radiac¸˜ao. Para a radiac¸˜ao incidente monoenerg´etica, nos casos PET, haver˜ao variac¸˜oes devidas ao espectro de energia, logo, variac¸˜oes na carga total apresentada no detector tamb´em ir´a variar. As grandes variac¸˜oes representam deposic¸˜ao incompleta de energia pela radiac¸˜ao incidente. Por exemplo, em PET alguns dos f´otons incidentes de 511 keV podem sofrer um ou mais espalhamentos Compton, depositando uma parcela de sua energia e, em seguida, saindo do detector. M´ultiplos espalhamentos Compton poderiam eventualmente levar `a deposic¸˜ao de quase toda a energia do f´oton, empurrando assim o evento para o fotopico do espectro de energia. A capacidade de medir com precis˜ao a energia depositada ´e de suma importˆancia para a maioria de seus usos. Esta precis˜ao ´e caracterizado pela largura do fotopico no espectro de energia, e ´e referida como a resoluc¸˜ao de energia do detector (BAILEY et al., 2004). A Figura 1 mostra um gr´afico de um espectro de energia depositada por um detector.

Figura 1 – Gr´afico de um espectro de energia depositada por um detector.

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Segundo Bailey, 2004, duas catedorias de detectores s˜ao usados em PET: tubos fotomultiplicadores e semiconditores baseados em fotodiodo. Tubos fotomultiplicadores representam a t´ecnica mais antiga e mais confi´avel para medir e detectar baixos n´ıveis de luz de cintilac¸˜ao. Eles consistem de um compartimento de v´acuo com uma camada fina de fotoc´atodo na janela de entrada. Um f´oton de cintilac¸˜ao que entra deposita sua energia no fotoc´atodo e provoca a liberac¸˜ao de um fotoel´etron. Os fotoel´etrons s˜ao acelerados a um d´ınodo pr´oximo devido `a um campo el´etrico aplicado, que possui um potencial positivo em relac¸˜ao ao fotoc´atodo. No momento do impacto com o d´ınodo, o el´etron, com a sua energia aumentada, resulta na emiss˜ao de m´ultiplos el´etrons secund´arios (Figura 2). O processo de acelerac¸˜ao e de emiss˜ao ´e, ent˜ao, repetido por v´arios d´ınodos de potenciais crescentes, conduzindo a um ganho superior a um milh˜ao no d´ınodo final (ˆanodo). Este alto ganho obtido a partir de um tubo fotomultiplicador leva a uma ´otima relac¸˜ao sinal-ru´ıdo (SNR) para n´ıveis baixos de luz e ´e a principal raz˜ao para o sucesso e aplicac¸˜ao dos tubos fotomultiplicadores para uso em detectores de cintilac¸˜ao . A sua ´unica desvantagem ´e a baixa eficiˆencia no controle de emiss˜ao e escape de um fotoel´etron a partir do c´atodo, ap´os a deposic¸˜ao de energia por um ´unico f´oton de cintilac¸˜ao. Esta propriedade ´e chamada a eficiˆencia quˆantica (Quantum Efficiency - QE) do tubo fotomultiplicador e ´e tipicamente 25% para a maior parte dos tubos fotomultiplicadores.

Figura 2 – Esquema e diagrama de um tubo fotomultiplicador.

Fonte: Adaptado de (BAILEY et al., 2004)

Fotodiodos, por outro lado, s˜ao baseados em semicondutores que possuem uma elevada sensibilidade para detectar os f´otons de cintilac¸˜ao de energia substancialmente mais baixos. Estes detectores s˜ao tipicamente na forma de diodos PIN (PIN refere-se `as trˆes zonas do diodo: do tipo P, intr´ınseco, do tipo N). A fabricac¸˜ao de um fotodiodo PIN envolve a derivac¸˜ao de um metal alcalino, tal como o l´ıtio, num semicondutor do tipo p, tal como sil´ıcio dopado. A cintilac¸˜ao de f´otons incidentes produzem pares de el´etron-lacuna no detector e um campo

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el´etrico aplicado neles resultam em um fluxo de carga que pode ser medido atrav´es de um circuito externo. Uma desvantagem significativa dos fotodiodos ´e o baixo SNR alcanc¸ado devido `a presenc¸a de um fluxo de cargas termicamente ativadas e uma amplificac¸˜ao muito baixa do sinal intr´ınseco. Nos ´ultimos anos, um novo tipo de fotod´ıodo, chamado de fotodiodo (APD -Avalanche -Avalanche Photo Diode), tem sido desenvolvido, que proporciona uma amplificac¸˜ao interna do sinal, melhorando assim o SNR.

2.1.3 Resolu¸c˜ao de Temporiza¸c˜ao e Detec¸c˜ao de Coincidˆencias

A resoluc¸˜ao do temporizac¸˜ao de um detector PET descreve a incerteza nas caracter´ısticas de temporizac¸˜ao de um detector de cintilac¸˜ao, devido a flutuac¸˜oes estat´ısticas. A resoluc¸˜ao de temporizac¸˜ao ´e importante porque envolve a detecc¸˜ao de dois f´otons provenientes de um ´unico evento coincidente. Uma vez que a resoluc¸˜ao de temporizac¸˜ao representa a variabilidade nos tempos de chegada do sinal para diferentes eventos, ele precisa ser devidamente contabilizados quando detecta eventos coincidentes. A Figura 3 mostra um esquema de dois detectores configurados para medirem f´otons coincidentes sendo emitidos a partir de um ponto equidistante dos dois detectores.

Figura 3 – Esquema de detectores configurados para medirem f´otons coincidentes.

Fonte: Adaptado de (BAILEY et al., 2004)

2.1.4 Espalhamento de F´otons

Um PET scan adquire trˆes tipos de eventos de coincidˆencia: verdadeira, aleat´oria e coincidˆencias de espalhamento. Coincidˆencias verdadeiras s˜ao emiss˜oes a partir de pontos de aniquilac¸˜oes que entram no detector sem sofrer quaisquer interac¸˜oes significativas dentro do campo de vis˜ao (FOV - Field Of Vision) da imagem. Coincidˆencias aleat´orias surgem devido `a detecc¸˜ao acidental de dois eventos n˜ao relacionados dentro da janela de tempo de coincidˆencia. Estas coincidˆencias adicionam uma imagem de background e reduzem o contraste. E por

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fim, coincidˆencias de espalhamento s˜ao eventos verdadeiros de coincidˆencia de pontos de aniquilac¸˜ao individuais, no entanto, um ou ambos os f´otons sofreram espalhamento Compton dentro do FOV da imagem antes de entrar no detector. Uma vez que coincidˆencias espalhamento levam a um erro de posicionamento das linhas de resposta, deturpam a verdadeira distribuic¸˜ao de atividade dentro do FOV, ou seja, piora o contraste da imagem.

Na Figura 4 o evento (1) mostra um evento coincidente onde um dos raios γ ´e espalhado, levando uma incoerˆencia na linha de resposta (LOR - Line Of Response) (linha pontilhada) para a reconstruc¸˜ao da imagem. Os eventos (2) e (3) representam dois eventos independentes com apenas um f´oton a ser detectado. Se eles ocorrem dentro da janela de tempo de coincidˆencia, uma LOR incorreta ´e atribu´ıda (coincidˆencia aleat´oria).

Figura 4 – Eventos de coincidˆencias aleat´orias e de espalhamento em PET scan.

Fonte: Adaptado de (BAILEY et al., 2004)

2.1.5 Resolu¸c˜ao de Energia

A resoluc¸˜ao de energia de um detector de radiac¸˜ao caracteriza a sua capacidade de distinguir radiac¸˜ao em diferentes energias. Em PET, uma boa resoluc¸˜ao de energia ´e necess´aria para um detector, especialmente na formac¸˜ao de imagens espaciais em modo 3D, a fim de alcanc¸ar um bom contraste de imagem e reduzir as contagens de background na imagem. O Full width at half maximum (FWHM) ´e ilustrado na Figura 5, e ´e definido como a largura da distribuic¸˜ao a um n´ıvel que ´e apenas metade do m´aximo do pico. A resoluc¸˜ao de energia do detector ´e convencionalmente definido como o FWHM dividido pela centr´oide do pico H0 (KNOLL,

(19)

Figura 5 – Definic¸˜ao da resoluc¸˜ao de um detector. Para picos cuja forma ´e gaussiana com desvio padr˜ao σ .

Fonte: Adaptado de (KNOLL, 2010)

2.1.6 Tempo Morto

O tempo morto ´e definido como a quantidade m´ınima de tempo em que um detector separa dois eventos, a fim de que eles sejam gravados como dois pulsos separados. Em outras palavras, o tempo necess´ario para um detector processar um sinal, neste intervalo de tempo outras interac¸˜oes ser˜ao perdidas num sistema de contagem. Essas “perdas” podem se tornar bastantes graves quando altas taxas de contagem s˜ao encontradas, e quaisquer medidas de contagem feitas sob estas condic¸˜oes devem incluir alguma correc¸˜ao para essas perdas.

Segundo Knoll, 2010, dois modelos de comportamento de sistemas de contagem do tempo morto tem sido usados: paralyzable e nonparalyzable. Num modelo nonparalyzable, como mostrado na Figura 6, assumi-se um tempo fixo τ para seguir cada evento verdadeiro que ocorre durante o “per´ıodo vivo”do detector. Eventos verdadeiros que ocorrem durante o tempo morto s˜ao perdidos e n˜ao tˆem qualquer efeito sobre o comportamento do detector. Neste caso, o detector nonparalyzable iria gravar quatro contagens de seis interac¸˜oes verdadeiras. Em contrapartida, num modelo paralyzable, o mesmo tempo morto τ ´e assumido para seguir cada um dos eventos verdadeiros que ocorrem durante o per´ıodo vivo do detector. Eventos verdadeiros que ocorrem durante o tempo morto, no entanto, embora ainda n˜ao contabilizados como contagens, estendem o tempo morto por um outro per´ıodo τ ap´os o evento perdido. Na Figura 6, apenas trˆes contagens s˜ao registadas de seis eventos verdadeiros.

2.2

GATE

O GATE ´e uma ferramenta computacional, de distribuic¸˜ao livre, para simulac¸˜oes num´ericas utilizadas em aplicac¸˜oes m´edicas. Entre suas principais funcionalidades, o GATE permite simular sistemas PET, tomografia por emiss˜ao de f´oton ´unico (SPECT), tomografia computadorizada (CT) e aplicac¸˜oes em radioterapia.

(20)

Figura 6 – Ilustrac¸˜ao para dois modelos de comportamento do tempo morto em detectores PET.

Fonte: Adaptado de (KNOLL, 2010)

1. Definir a geometria do scanner1;

2. Definir a geometria do fantoma(neologismo da palavra inglesa phantom); 3. Estabelecer os processos f´ısicos envolvidos;

4. Iniciar a simulac¸˜ao;

5. Estabelecer o modelo do detector; 6. Estabelecer as fontes;

7. Especificar o formato de sa´ıda dos dados; 8. Iniciar a aquisic¸˜ao dos dados.

2.2.1 Geometria

A definic¸˜ao de uma geometria ´e um passo fundamental no planejamento de uma simulac¸˜ao, pois ´e atrav´es dela que o dispositivo de imagem e objeto a ser analisado s˜ao descritos. A geometria no GATE ´e baseada em volumes e cada volume ´e ligado em sequˆencia seguindo uma estrutura hier´arquica. Os volumes da geometria devem ser caracterizados por uma forma, dimens˜ao, posic¸˜ao e de qual material ´e composto. O volume world ´e o ´unico volume j´a definido no GATE, isto ´e, n˜ao necessita de “parentesco”. Todos os outros volumes devem ser definidos como “filhos” de outro volume, anteriormente definido. O volume world consiste em um paralelep´ıpedo centrado na origem do sistema de coordenadas cartesianas, e tem dimens˜oes definidas pelo usu´ario. O rastreamento de qualquer part´ıcula p´ara caso atravesse as dimens˜oes do volume world (GUIDE, 2014). A lista de materiais dispon´ıveis ´e definida no arquivo

1 Visando `a manutenc¸˜ao das palavras-chaves utilizadas no GATE, algumas express˜oes s˜ao mantidas na l´ıngua

(21)

chamado GateMaterials.db que deve ser importado na simulac¸˜ao. Tamb´em ´e poss´ıvel transladar e rotacionar os volumes, todavia, deve-se atentar para n˜ao ultrapassar os limites do volume world.

2.2.2 Geometria do Scanner

Antes de definir a geometria do scanner, o usu´ario tem a opc¸˜ao de visualizar sua construc¸˜ao. Para isto, deve ser usada uma interface gr´afica OpenGL proveniente do GEANT4 para visualizac¸˜ao online, atrav´es de scripts de comando. O scanner deve ser inserido como volume filho do world. Neste momento o usu´ario deve definir o tipo de scanner (e suas dimens˜oes) a ser simulado, como por exemplo, o cylindricalPET. No GATE, outros tipos de scanner podem ser modelados como, Scanner, CTscanner, cylindricalPET, Ecat, ecatAccel, OPET, SPECTHead e OpticalSystem. No scanner s˜ao acoplados volumes que ser˜ao compostos por outros volumes chamados, rsector, modules, submodules, crystal e layer (GUIDE, 2014).

2.2.3 Geometria do Fantoma

Para a construc¸˜ao do fantoma no GATE, o usu´ario utiliza o mesmo princ´ıpio da construc¸˜ao do scanner. O fantoma tamb´em deve ser definido como filho do world. O usu´ario deve definir a forma, a dimens˜ao, a posic¸˜ao e qual material ´e composto. ´E poss´ıvel recuperar as interac¸˜oes dos efeitos Compton e Rayleigh dentro do fantoma definindo um detector sens´ıvel associado ao volume do fantoma usando o comando phantomSD (GUIDE, 2014).

2.2.4 Processos Eletromagn´eticos Envolvidos na Simula¸c˜ao GATE

Os processos eletromagn´eticos s˜ao usados para simular as interac¸˜oes eletromagn´eticas das part´ıculas com a mat´eria. Estas interac¸˜oes s˜ao derivadas de pacotes do GEANT4 (GUIDE, 2014). Estes est˜ao divididos em trˆes modelos:

1. Standard para energias de 1 keV a 100 TeV; 2. Livermore para energias de 250 eV a 100 GeV;

3. PENELOPE (PEnetration and Energy LOss of Positron and Electrons) para energias de 250 eV a 1 GeV.

Os modelos Livermore e PENELOPE simulam espalhamento Rayleigh, diferentemente do Standard, onde este fen ˆomeno ´e desprezado devido `a faixa de energia.

2.2.5 M´odulo Digitizer

Conforme o manual do GATE, o m´odulo digitizer ´e o processo de simular a resposta eletrˆonica de um detector em um scanner, realizando convers˜oes das interac¸˜oes de f´otons e

(22)

part´ıculas carregadas em contentores de energia, posic¸˜ao de detecc¸˜ao e coincidˆencias. Para isso, porc¸˜oes da geometria do scanner s˜ao definidas como detectores sens´ıveis que registram as interac¸˜oes dentro dessas regi˜oes.

Sensibilidade dos detectores ´e usada para armazenar a informac¸˜ao da interac¸˜ao da part´ıcula nos volumes, onde cada interac¸˜ao ´e chamada de hit. Dois tipos de volumes sens´ıveis s˜ao definidos no GATE: No cristal usando o comando crystalSD, respons´avel na detecc¸˜ao de hitsde interac¸˜oes dentro de porc¸˜oes do scanner; e no fantoma usando o camando phantomSD, respons´avel na detecc¸˜ao e contagem das interac¸˜oes de baixa energia.

O m´odulo digitizer simula um processo de detecc¸˜ao realista para construc¸˜ao de observ´aveis f´ısicos a partir dos hits. Os observ´aveis f´ısicos de cada detector s˜ao: a energia, determinado pela soma dos hits em cada detector e a posic¸˜ao, determinada pelo centr´oide da energia ponderada das diferentes posic¸˜oes dos hits (GUIDE, 2014). O digitizer, no GATE, consiste em uma cadeia de m´odulos de processamento que toma uma lista de hits dos detectores sens´ıveis e a transforma em um pulso, chamado de single.

O subm´odulo adder soma a energia depositada pelos hits para produzir um pulso, haja vista que, uma part´ıcula gera m´ultiplos hits ao entrar num detector sens´ıvel.

O subm´odulo readout adiciona os pulsos juntos num grupo de volumes sens´ıveis definidos pelo usu´ario. Isto produz um pulso contendo a energia total depositada no interior do grupo de volumes sens´ıveis. A posic¸˜ao deste pulso ´e definida como a mesma do pulso do adder que possui maior energia, adotando a pol´ıtica ”o vencedor leva tudo”, conforme mostrado na Figura 7.

Figura 7 – Esquema do m´odulo digitizer.

(23)

´

E poss´ıvel inserir outros parˆametros para sua modelagem como o Energy Blurring - que simula o borramento gaussiano do espectro de energia de um pulso depois da leitura do m´odulo Readout; o Crystal Blurring - geralmente ´util para atribuir uma resoluc¸˜ao de energia diferente para cada cristal no bloco detector, entre um valor m´aximo e m´ınimo; o Thresholder e o Upholder - que define a janela de energia; o Pile Up e o Dead Time - que modela o tempo-resposta dos detectores; o Memory Buffers - que modela a perda de dados devido a um sobrecarregamento de um buffer de mem´oria, realizando uma leitura peri´odica, seguindo uma determinada frequˆencia de leitura; o Coincidences Sorters - que define os classificadores de coincidˆencia; e o Coincidences Chain - define uma cadeia de m´ultiplos processos, enriquecendo os dados de sa´ıda da simulac¸˜ao. E por fim, os pulsos s˜ao transformados em observ´aveis f´ısicos de um scanner, isto ´e, singles.

2.2.6 Fontes

Para introduzir uma fonte numa simulac¸˜ao GATE, o usu´ario precisa definir o tipo, entre eles voxelized, linacBeam, phaseSpace, PencilBeam, TPSPencilBeam ou GPS (General Particle Source), assim como parˆametros de ˆangulo, posic¸˜ao, energia e sua distribuic¸˜ao (GUIDE, 2014). O volume da fonte tamb´em pode ser definido. Outras distribuic¸˜oes de fontes podem ser usadas como. Point, Beam, Plane, Surface ou Volume. Caso a forma n˜ao seja definida, o GATE estabelece a forma Point como padr˜ao.

2.2.7 Sa´ıda de Dados

A plataforma GATE oferece diversos formatos de sa´ıda de dados, entre eles: ASCII, Bin´arios e ROOT. Este ´ultimo armazena diversas vari´aveis referentes aos processos Coincidences, Hits e Singles. ´E necess´ario que o usu´ario defina no m´ınimo um formato de sa´ıda, haja vista que todos os formatos de sa´ıda no GATE est˜ao inicialmente desabilitados.

2.3

IHC - Interface Humano Computador

Este trabalho, ao apresentar objetivos realacionados a criac¸˜ao de uma ferramenta computacional que ser´a usada por pessoas, faz-se necess´ario um estudo da interac¸˜ao entre humanos e computadores, o IHC. Como a ´area preocupada com design, IHC ´e definido como a avaliac¸˜ao e a implementac¸˜ao de sistemas computacionais interativos para uso humano, e, ainda, com o estudo dos principais fenˆomenos subjacentes a eles (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003). Dentre os elementos que garantem boa interface em computac¸˜ao, destacam-se as ferramentas funcionais, capazes de melhorar a seguranc¸a, a usabilidade e a utilidade dos sistemas computacionais. As interfaces para usu´arios humanos s˜ao produtos de trabalhos interdisciplinares, que agregam profissionais de campos distintos em torno do objetivo comum de aperfeic¸oar a aprendizagem da funcionalidade dos sistemas.

(24)

Nos conceitos b´asicos do IHC, a denominac¸˜ao interface amig´avel ou interface agrad´avel designa a interface capaz de disponibilizar est´ımulos visuais, como cores, formas, fontes, texturas e outros elementos, de forma equilibrada e harmˆonica, visando n˜ao saturar a vis˜ao nem sobrecarregar a capacidade de assimilac¸˜ao dos sujeitos diante do crescente fluxo informacional (BATISTA; PRODUC¸ ˜AO, 2003). Em se tratando da interface interativa, refere-se `aquela que propicia ao indiv´ıduo controlar as atividades dos sistemas de computac¸˜ao, de forma f´acil e ´agil, e tamb´em de maneiras variadas, sem provocar erros no momento de uso.

2.4

Porquˆ

e Django?

Django ´e um framework que permite a construc¸˜ao r´apida de aplicac¸˜oes web de alto desempenho e elegˆancia utilizando linguagem Python (HOLOVATY; KAPLAN-MOSS, 2009); possui f´acil comunicac¸˜ao com banco de dados; o Django disp˜oe de um servidor de desenvolvimento, recurso altamente recomendado para desenvolvedores web; recursos de debug eficientes para detecc¸˜ao de erros de implementac¸˜ao; as URLs (Uniform Resource Locator), enderec¸o de rede de p´aginas web, se apresentam em um esquema simples, sem a necessidade de formas como: .php, .cgi, 0, 2097, 1-1-1928, 00, comumente vistos em URLs de p´aginas web. Logo, uma vez que o tempo ´e um fator importante para este trabalho, os recursos oferecidos pelo Django torna-o a opc¸˜ao mais vi´avel para desenvolvimento web.

2.5

JQuery

JQuery ´e uma biblioteca JavaScript que possibilita a manipulac¸˜ao de elementos dos templates escritos em HTML. Eventos de mostrar ou ocultar parˆametros que poder˜ao ser necess´arios ou desnecess´arios no momento da implementac¸˜ao est˜ao definidos atrav´es das func¸˜oes do Jquery.

2.6

CSS

CSS (Cascading Style Sheets) ´e uma liguagem de folhas de estilo utilizadas na definic¸˜ao da apresentac¸˜ao de templates HTML (SILVA, 2008). Esta linguagem ´e respons´avel pelo posicionamento, estilizac¸˜ao de fontes e cores e principalmente na formatac¸˜ao de espessura, altura, bordas, entre outras caracter´ısticas dos elementos HTML, descritos na p´aginas web.

2.7

GitHub

GitHub ´e um Servic¸o de web hosting compartilhado para controle de vers˜ao de software. Esta ferramenta fornece planos comerciais e gratuitos para projetos de c´odigo aberto com a disponibilidade de criac¸˜ao de reposit´orios p´ublicos e privados. Este recurso tem o intuito de gerenciar os c´odigos das vers˜oes deste projeto, visando o seu desenvolvimento e

(25)

aprimoramento, al´em de permitir poss´ıveis colaborac¸˜oes, pois o c´odigo estar´a num reposit´orio do GitHub.

2.8

HTML

A Linguagem de Marcac¸˜ao de Hypertexto, ou simplesmente HTML, sigla abreviada do inglˆes (HyperText Markup Language), ´e uma linguagem utilizada para publicac¸˜ao de conte´udo na web (SILVA, 2008). Esta linguagem ser´a utilizada para criar os templates das p´aginas web deste trabalho. Cada p´agina possuir´a seu template que ir´a conter seus formul´arios espec´ıficos, para preenchimento dos dados de entrada, em cada etapa da arquitetura de simulac¸˜ao.

(26)

3 METODOLOGIA

Nesta sec¸˜ao, a metodologia ser´a dividida em duas partes: metodologia de desenvolvimento e funcionamento. A metodologia de desenvolvimento conter´a as informac¸˜oes, em detalhes, dos recursos utilizados para construc¸˜ao da aplicac¸˜ao web, nomeada WebGUIGATE. Em adic¸˜ao, na metodologia de funcionamento conter´a as informac¸˜oes de como a interface ir´a funcionar, detalhando os parˆametros de entrada a serem inseridos, como uma esp´ecie de tutorial.

3.1

Metodologia de Desenvolvimento

Linguagem HTML e CSS, foram importantes, no que se refere `a organizac¸˜ao dos formul´arios que s˜ao respons´aveis por receber os parˆametros de entrada inseridos pelo usu´ario. Atrav´es do JQuery, os eventos de mouse criados s˜ao respon´saveis por tornar a aplicac¸˜ao intuitiva, evitar erros de implementac¸˜ao e contribuir no entendimento do funcionamento de uma simulac¸˜ao usando o GATE, ou seja, ao utilizar a aplicac¸˜ao, o usu´ario compreender´a com facilidade a metodologia de funcionamento de uma simulac¸˜ao.

O esquema de contruc¸˜ao da WebGUIGATE est´a descrito na Figura 8. Utilizando o framework Django, foram criados os arquivos: views.py que recebem os dados de entrada coletados nos formul´arios; os arquivos forms.py onde est˜ao definidos os formul´arios; e os arquivos models.py respons´aveis por salvar as vari´aveis no banco de dados. Para cada tela da aplicac¸˜ao ser´a criado um arquivo HTML nomeado index.html, localizados na pasta Templates. Atrav´es do Django, aplicativos foram criados de forma did´atica, seguindo a l´ogica da arquitetura de construc¸˜ao de uma simulac¸˜ao PET, apresentados na forma de p´aginas web, sendo elas: General Settings, Scanner, Physic, Phantom, Source, Digitizer e Outputs.

Mesmo com o recurso de criac¸˜ao de formul´arios via linguagem Python, usando a classe Forms do Django, a maioria dos formul´arios foram criados usando a linguagem HTML, uma vez que a classe Forms, da vers˜ao Django utilizada, n˜ao interage de forma satisfat´oria com as func¸˜oes de animac¸˜ao do JQuery. Em adic¸˜ao, o ´unico arquivo models.py constru´ıdo ´e o respons´avel pelo cadastro de usu´arios, nos outros casos, as vari´aveis ser˜ao salvas em arquivos de texto.

As definic¸˜oes das URLs est˜ao presentes no arquivo chamado urls.py, que importa um m´odulo Python chamado URLconf (configurac¸˜ao de URL).

3.1.1 A GUIGATEClass

No desenvolvimento da classe principal, a GUIGATEClass, foi utilizada a liguagem de programac¸˜ao Python por ser muiltiplataforma e possuir uma sintaxe mais “limpa” e sucinta comparada a outras linguagens de programac¸˜ao conhecidas (HORSTMANN; NECAISE, 2013). A GUIGATEClass, possui as func¸˜oes fundamentais para criac¸˜ao dos scripts, recebendo

(27)

Figura 8 – Esquema de construc¸˜ao da WebGUIGATE.

Fonte: Autor.

os parˆametros de entrada dos formul´arios intermediados por arquivos views.py, para criar arquivos de sa´ıda, as macros. As macros criadas s˜ao arquivos de texto que possuem extens˜ao .mac. Estas cont´em os scripts que implementam as etapas de uma simulac¸˜ao de um PET, baseados no manual da vers˜ao 7.0 do GATE. A Figura 9 abaixo mostra um exemplo de um script, implementando um fantoma cil´ındrico simples.

Figura 9 – Script de um fantoma cil´ındrico simples.

Fonte: Adaptado de (GUIDE, 2014).

3.1.2 Templates

Como visto em 2.4, mesmo utilizando o framework Django, foi prefer´ıvel utilizar os recursos do HTML para construc¸˜ao de formul´arios, uma vez que sua interatividade em conjunto com os recursos do JQuery, respondem melhor aos objetivos deste trabalho, no que se refere aos efeitos dinˆamicos dos elementos dos formul´arios que mudam sua apresentac¸˜ao, de acordo com a interac¸˜ao do usu´ario.

(28)

3.1.3 Dinˆamica da Aplica¸c˜ao

Este recurso foi utilizado para criar diversos eventos que, de alguma forma, ir˜ao direcionar o usu´ario no preenchimento correto dos dados de entrada. Com este recurso, poss´ıveis erros b´asicos de implementac¸˜ao ou na sequˆencia l´ogica de construc¸˜ao dos scripts, ser˜ao evitados.

Por exemplo, na escolha da forma da fonte, item do formul´ario do aplicativo Source, o usu´ario tem as opc¸˜oes: Point, Beam, Plane, Surface e Volume. Se a opc¸˜ao Volume for escolhida, opc¸˜oes de volume ser˜ao apresentadas no p´roximo campo do formul´ario como: cylinder, box, sphere, parallelepiped e ellipsoid. Caso a opc¸˜ao Plane for escolhida, opc¸˜oes de planos ser˜ao apresentados, como: circle, annulus, ellipsoid2, square, or rectangle, e assim por diante.

Seguindo a mesma l´ogica, se o usu´ario escolhe a forma Volume e o tipo da forma cylinder, ser˜ao solicitados, no pr´oximo campo do formul´ario, os parˆametros referentes `a definic¸˜ao de um cilindro(raio da base e altura).

3.1.4 Estiliza¸c˜ao

As folhas de estilos das p´aginas encontram-se em arquivos nomeadas style.css (linguagem CSS) dentro dos diret´orios de cada p´agina da aplicac¸˜ao. Para a primeira vers˜ao, ser´a utilizada uma estilizac¸˜ao simples, uma vez que o foco estar´a no funcionamento da interface.

3.2

Metodologia de Funcionamento

3.2.1 A WebGUIGATE

Como dito anteriormente, a WebGUIGATE est´a dividida em sete aplicativos principais: General Settings, Scanner, Phantom, Physics, Source, Digitizer e Outputs, conforme mostrada na Figura 10. Cada aplicativo possui formul´arios para preenchimento dos dados de entrada. Assim que os dados forem submetidos, as func¸˜oes definidas em cada arquivo views.py ser˜ao acionadas, que por sua vez, executar˜ao as classes definidas na classe principal da aplicac¸˜ao, a GUIGATEClass.

3.2.2 General Settings

No aplicativo General Settings, o usu´ario definir´a os parˆametros gerais de simulac¸˜ao: grau de verbosidade; tempo de simulac¸˜ao e n´umero de fatias; gerador de n´umeros aleat´orios; e definic¸˜ao dos parˆametros do volume world.

Grau de verbosidade: o aumento da verbosidade, acarretar´a no aumento do tamanho dos arquivos de sa´ıda da simulac¸˜ao, uma vez que, a verbosidade est´a ligada diretamente ao n´ıvel de detalhamento dos resultados. Tempo inicial, tempo final e n´umero de cortes: neste campo, o usu´ario pode definir o in´ıcio e o fim da aquisic¸˜ao, assim como o n´umero de cortes da simulac¸˜ao. Gerador de n´umeros aleat´orios: o Ranlux64, o James Random e o Mersenne Twister est˜ao

(29)

Figura 10 – Esquema de funcionamento da WebGUIGATE.

Fonte: Autor.

dispon´ıveis, sendo o Mersenne Twister o gerador padr˜ao do GATE. Volume world: definic¸˜ao das dimens˜oes do volume world que est´a definido como um paralelep´ıpedo.

3.2.3 Scanner

Neste ambiente, o usu´ario poder´a modelar o seu scanner. Nesta vers˜ao, a aplicac¸˜ao est´a limitada apenas `a modelagem de um ´unico tipo de scanner, o cylindricalPET. Nesta tela, o formul´ario possui alguns parˆametros de entrada diferentes dos quais s˜ao exigidos pelo manual, uma vez que, um novo algoritmo de modelagem de scanner foi desenvolvido. No entanto, a quantidade de parˆametros solicitados ´e menor, comparado ao manual, facilitando sua implementac¸˜ao. O algoritmo mencionado est´a descrito em detalhes no Ap^endice B. A Figura 11 apresenta as definic¸˜oes dos novos parˆametros de entrada.

Onde, CFOV ´e a distˆancia entre o centro e um bloco do scanner; x, y e z as dimens˜oes do cristal; PitchX (crystal) e PitchZ(crystal) a distˆancia entre os centros de dois crystais vizinhos em seus respectivos eixos; PitchX (module) e PitchZ(module) a distˆancia entre os centros de dois m´odulos vizinhos em seus respectivos eixos; e o NumberO f Heads a quantidade de blocos do scanner.

3.2.4 Phantom

Fantomas anal´ıticos, ideais para modelagem de fantomas NEMA (The Association of Electrical Equipment and Medical Imaging Manufacturers), podem ser implementados neste aplicativo. Formas como, cilindros, cubos, esferas, cones e elips´oides est˜ao dispon´ıveis. O

(30)

Figura 11 – Definic¸˜ao dos novos parˆametros para implementac¸˜ao do scanner.

Fonte: Adaptado de (VIEIRA et al., 2014).

usu´ario pode definir v´arios fantomas para criar formas mais complexas que atendam suas necessidades. Volumes em movimento tamb´em podem ser modelados, utilizando mudanc¸as em sua posic¸˜ao e orientac¸˜ao a cada espac¸o de tempo, como: translac¸˜ao, rotac¸˜ao, orbitais e oscilac¸˜oes.

3.2.5 Physics

A vers˜ao 7.0 GATE traz uma grande mundanc¸a na definic¸˜ao dos processos eletromagn´eticos numa simulac¸˜ao. Em vers˜oes anteriores, era necess´ario construir uma macro com todos os processos eletromagn´eticos desejados. A partir da vers˜ao 7.0, ´e altamente recomendado que o usu´ario escolha um construtor de uma lista de processos f´ısicos (physic list builder). Para usar um construtor, o comando addPhyslicsList deve ser usado.

Esses physic list builders s˜ao m´odulos fornecidos pelo GEANT4 que cont´em os processos eletromagn´eticos. Os physic list builders fornecidos s˜ao:

1. emstandard 2. emstandard opt1 3. emstandard opt2 4. emstandard opt3 5. emlivermore 6. emlivermore polar

(31)

7. empenelope

Cada construtor cont´em uma lista de processos f´ısicos que interagem objetivando resultados espec´ıficos, por exemplo, se o usu´ario tem interesse em alta precis˜ao no rastreamento de el´etrons, p´ositros e ´ıons, utilizando baixa energia e sem a presenc¸a de campo magn´etico, ele deve optar pelo emlivermore. Mais detalhes sobre os physic list builders s˜ao encontrados na comunidade do GEANT4 (CERN, 2012).

3.2.6 Source

Nesta etapa, o usu´ario pode modelar uma ou mais fontes atrav´es da definic¸˜ao de parˆamentros conforme descritos no manual do GATE. Tipo de part´ıcula emitida, valor da energia e sua distribuic¸˜ao, tempo de meia vida, atividade e tipo de emiss˜ao angular dever˜ao ser informados pelo usu´ario. A fonte tamb´em poder´a se apresentar na forma n˜ao pontual. Planos, superf´ıcies e volumes poder˜ao ser definidos seguindo uma mecˆanica similar `a definic¸˜ao de formas para os phantoms. ´E poss´ıvel anexar fontes `a volumes em movimento para simular movimentos involunt´arios do paciente.

3.2.7 Digitizer

O m´odulo Digitizer ´e destinado `a modelagem do detector. Parˆametros como janela de energia, resoluc¸˜ao temporal, tempo morto e regras de coincidˆencias, entre outros, est˜ao dispon´ıveis atrav´es dos subm´odulos do Digitizer, como visto em 2.2.5. Um algoritmo escrito em JQuery est´a implementado neste aplicativo com o objetivo de guiar o usu´ario no preenchimento dos dados de entrada. Trˆes templates foram criados para este aplicativo: Digitizer, coicidences sorter e coincidences chain tornando-o mais intuitivo, haja vista que esta etapa possui muitos parˆametros de entrada.

3.2.8 Output

E por fim, na tela Outputs, o usu´ario seleciona o tipo de sa´ıda de dados que resultar´a da simulac¸˜ao. Os formatos ASCII, bin´ario e ROOT est˜ao dispon´ıveis conforme visto em 2.2.7.

(32)

4 RESULTADOS

4.1

WebGUIGATE

Na p´agina inicial, conforme Figura 12, a WebGUIGATE possui um sistema simples de cadastro, onde ser´a solicitado nome de usu´ario, e-mail e senha. Ap´os a realizac¸˜ao do cadastro, o usu´ario poder´a iniciar a implementac¸˜ao do seu sistema PET. A seguir ser˜ao apresentados os esquemas das p´aginas, suas func¸˜oes e formul´arios de inserc¸˜ao de dados de entrada.

Figura 12 – P´agina inicial WebGUIGATE.

Fonte: Autor.

4.1.1 General Settings

Ao processar esta p´agina, o GUIGATEClass cria uma macro principal, a MainMacro.mac, a macro que define o n´ıvel de verbosidade, a Verbose.mac e a macro de visualizac¸˜ao, a Visualization.mac. A MainMacro.mac importa todas as macros e cont´em os parˆametros gerais da simulac¸˜ao, discutidos em 3.2.2. A Figura 13 exibe com detalhes os parˆametros de entrada do aplicativo General Settings.

4.1.2 Scanner

A macro Scanner.mac ser´a criada pelo processamento da p´agina Scanner. A Figura 14 exibe os parˆametros necess´arios para modelagem de um sitema PET, tipo cil´ındrico, conforme visto em 3.2.3.

(33)

Figura 13 – P´agina para definic¸˜ao de parˆametros gerais da simulac¸˜ao.

Fonte: Autor.

Figura 14 – P´agina para modelagem do scanner.

Fonte: Autor.

4.1.3 Phantom

Quando processada, esta p´agina cria a macro Phantom.mac, onde se define o(s) fantoma(s) modelado(s) pelo usu´ario. No campo, onde se define a forma do fantoma, foram adicionadas

(34)

func¸˜oes do JQuery que interagem com a escolha da forma do fantoma, isto ´e, os parˆametros mudam de acordo com o forma escolhida, ver Figura 16, evitando poss´ıveis erros e/ou ausˆencia de parˆamentros fundamentais. A Figura 15 exibe os parˆametros de entrada do aplicativo Phantom.

Figura 15 – P´agina para modelagem do phantom.

Fonte: Autor.

Figura 16 – Interatividade dos campos em resposta `as ac¸˜oes do usu´ario, no aplicativo Phantom.

Fonte: Autor.

4.1.4 Physics

Nesta p´agina, a physic list builder deve ser definido, como visto em 3.2.5. O usu´ario tˆem a opc¸˜ao de definir as regi˜oes de cortes (Cuts), que s˜ao respons´aveis por definir uma regi˜ao onde n˜ao haver´a produc¸˜ao de part´ıculas secund´arias; e os Maximun Step Size3 que limitam a distˆancia entre duas interac¸˜oes em cada volume implementado. Assim que processado, este

3 Segundo o manual, as regi˜oes de Cuts e Maximun Step Size devem ser utilizados somente por usu´arios

(35)

aplicativo cria a macro Physic.mac. A Figura 17 exibe os parˆametros de entrada do aplicativo Physic.

Figura 17 – P´agina para definic¸˜ao do physic list builder.

Fonte: Autor.

4.1.5 Source

Nesta p´agina, os dados de entrada processados criam a macro Source.mac. Mais de uma fonte pode ser implementada. Em adic¸˜ao, fontes tipo backToback (f´otons em sentidos opostos) e fastI124 (esquema de decaimento simplificada de um emissor beta n˜ao-puro de iodo-124 no qual p´ositrons s˜ao emitidos, mas n˜ao nˆeutrons) descrito no manual do GATE (GUIDE, 2014) podem ser modelados. A Figura 18 exibe os parˆametros de entrada do aplicativo Source.

Figura 18 – P´agina para modelagem da fonte.

(36)

4.1.6 Digitizer

Nesta tela, os dados s˜ao processados criando a macro Digitizer.mac que ir´a modelar o comportamento dos detectores do scanner. Func¸˜oes JQuery est˜ao em diversos elementos do formul´ario. Um exemplo ´e o campo Energy Blurring, que pode seguir dois comportamentos diferentes: a lei do inverso do quadrado ou a lei linear. Para cada comportamento s˜ao solicitados seus respectivos parˆametros. A Figura 19 exibe os elementos da implementac¸˜ao do m´odulo Digitizer.

Figura 19 – P´agina para modelagem do m´etodo de digitalizac¸˜ao dos detectores.

Fonte: Autor.

Caso o usu´ario queira definir os classificadores de coincidˆencia, dever´a marcar yes na pergunta “ Add Coincidences Sorter ? ” e uma p´agina chamada Coincidences Sorter contendo um formul´ario espec´ıfico ser´a aberta, conforme a Figura 20.

Da mesma forma, caso o usu´ario queira definir uma cadeia de coicidˆencias, ele deve marcar yesna pergunta “ Add Coincidences Chain ? ” e uma p´agina chamada Coincidences Chain ser´a aberta para implementac¸˜ao, conforme Figura 21. Os scripts criados nas p´aginas Coincidences Sortere Coincidences Chain ser˜ao adicionadas `a macro Digitizer.mac

(37)

Figura 20 – P´agina para definic¸˜ao dos classificadores de coincidˆencias.

Fonte: Autor.

Figura 21 – P´agina para definic¸˜ao de cadeia de coincidˆencias.

Fonte: Autor.

4.1.7 Outputs

Nesta estapa, o usu´ario deve definir os tipo de s´aida de dados, como visto em 3.2.8. Caso nenhum tipo de sa´ıda de dados for marcado, o comando /gate/output/allowNoOutput ser´a adicionado aos scripts de simulac¸˜ao uma vez que o GATE apresenta apresenta um erro, caso n˜ao seja definido o formato de sa´ıda de dados. A Figura 22 exibe os elementos da definic¸˜ao do Output.

A simulac¸˜ao poder´a ser iniciada ao responder a opc¸˜ao yes em Run the simulation?. A WebGUIGATE aciona o GATE e carrega os scripts. Este trabalho est´a em andamento

(38)

exatamente nesta etapa.

Figura 22 – P´agina para definic¸˜ao do tipo e conte ´udo dos resultados da simulac¸˜ao.

Fonte: Autor.

4.1.8 Download

Uma tela extra foi criada para exibir os resultados gerados pela WebGUIGATE. Nesta tela, os scripts gerados em cada etapa poder˜ao ser baixados imediatamente ap´os o t´ermino da implementac¸˜ao dos parˆametros de entrada. A Figura 23 exibe os arquivos de sa´ıda para download.

Figura 23 – P´agina para download dos resultados.

Fonte: Autor.

4.2

Valida¸c˜

ao

Para realizar a validac¸˜ao foi realizada duas simulac¸˜oes do scanner de um microPET FOCUS 220, cujos parˆametros foram obtidos de (SILVA, 2010). A primeira simulac¸˜ao foi usado o m´etodo tradicional, escrevendo cada macro manualmente, e segunda de forma autom´atica, atrav´es da aplicac¸˜ao WebGUIGATE que recebe apenas os parˆametros de entrada. As macros criada pela WebGUIGATE est˜ao dispon´ıvel no Ap^endice A deste trabalho.

A simulac¸˜ao do microPET FOCUS 220 foi realizada, implementando uma fonte de Fl´uor-18 esf´erica de 2 mm de raio e atividade de 10000 Bq centrada na origem do sistema de coordenadas,

(39)

inserida num fantoma anal´ıtico esf´erico de 2 cm de raio e sua composic¸˜ao definida como acr´ılico (PMMA), visualizado na Figura 24. A simulac¸˜ao foi realizada num tempo de aquisic¸˜ao de 240 s.

Figura 24 – Simulac¸˜ao de um microPET FOCUS 220 usando o GATE, atrav´es de macros criadas pela WebGUIGATE.

Fonte: Autor.

Nas MainMacro (macro principal respons´avel por importar as outras macros: scanner, phantom, physics, source, digitizer e outputs) de cada run foi adicionado um actor estat´ıstico - um script que extrai informac¸˜oes da simulac¸˜ao entre os quais: n´umero de eventos, n´umeros de passos geom´etricos e f´ısicos e n´umero de tracks. Abaixo, ´e mostrado os scripts usados para criac¸˜ao do actor:

1. /gate/actor/addActor SimulationStatisticActor MyActor 2. /gate/actor/MyActor/save MyOutput.txt

A Tabela 2 mostra alguns valores estat´ısticos das duas simulac¸˜oes, evidenciando uma diferenc¸a relativa menor que 0, 5 % para todas as vari´aveis em quest˜ao.

Tabela 2 – Comparac¸˜ao estat´ıstica de parˆametros da simulac¸˜ao proposta usando scripts escritos manualmente (GATE) e scripts escritos automaticamente (WebGUIGATE).

Manualmente (GATE) Automaticamente (WebGUIGATE) diferenc¸a relativa N´umero de eventos 2371988 2369237 0, 12%

N´umetro de tracks 7423276 7408135 0, 20% N´umero de passos 35019903 34969275 0, 14% N´umero de passos f´ısicos 22311101 22267427 0, 20% N´umero de passos geom´etricos 12708802 12701848 0, 05%

(40)

4.3

Dificuldades

Uma das dificuldades encontradas neste projeto foi no momento de entrega dos resultados de simulac¸˜ao ao usu´ario. Ap´os o t´ermino do preenchimento dos dados de entrada, o usu´ario pode iniciar a simulac¸˜ao de seu modelo implementado. Neste momento a aplicac¸˜ao importaria as macros criadas e abriria um agente externo, ou seja, o ambiente de operac¸˜ao do GATE, acionado dentro do terminal do sistema do servidor, onde as macros seriam carregadas. Assim que as macros fossem carregadas e a simulac¸˜ao inicializada, o c´odigo da WebGUIGATE iria exportar os resultados simulados. No entanto os resultados n˜ao estariam dispon´ıveis, pois o GATE ainda estaria processando, ocasionando um erro na hora do envio dos resultados ao usu´ario. Este problema foi resolvido utilizando o m´etodo wait(), da biblioteca sys do Python, que “espera”o GATE processar os resultados, interrompendo temporariamente o c´odigo da WebGUIGATE.

O tempo de simulac¸˜ao foi outro problema encontrado, uma vez que o mesmo varia de acordo com o n´ıvel de detalhes do scanner, do fantoma, n´umero de hist´orias, physic list builder de precis˜ao, hardware do servidor, entre outras vari´aveis, tornando invi´avel uma simulac¸˜ao instantˆanea. Formas para soluc¸˜ao deste problema est˜ao sendo estudas, entre elas, a criac¸˜ao de um banco de dados contendo os resultados de simulac¸˜oes dos equipamentos PET e fantomas mais utilizados, objetivando a entrega imediata dos resultados. T´ecnicas de interpolac¸˜ao para ajuste dos resultados aos parˆametros de entrada tamb´em est˜ao sendo estudados. Tais soluc¸˜oes est˜ao presentes nas perspectivas deste trabalho. Este problema foi parcialmente resolvido por meio de uma func¸˜ao, criada em linguagem Python, que realiza uma pr´e-simulac¸˜ao utilizando um tempo de aquisic¸˜ao mil vezes menor que o inserido pelo usu´ario, contabilizando o tempo e por fim multiplicando-o por mil. Dessa forma uma mensagem com o tempo estimado ´e impresso na tela download e ao fim da simulac¸˜ao, uma notificac¸˜ao, via e-mail, pode ser enviada ao usu´ario. Recentemente foi identificado um erro que provavelmente seja na instalac¸˜ao do GATE no computador simulado. Manualmente o GATE funciona normalmente (abrindo o terminal e executando-o na forma tradicional), entretanto, ao execut´a-lo atrav´es da WebGUIGATE um erro tipo bash ´e apresentado. Esse tipo de erro ´e proveniente das definic¸˜oes das vari´aveis de ambiente do sistema Linux, ou seja, a WebGUIGATE n˜ao reconhece o diret´orio do execut´avel do GATE, todavia, a instalac¸˜ao do GATE foi corretamente realizada utilizando o procedimento de instalac¸˜ao do seu manual. Formas de resolver este problema, est˜ao sendo pesquisadas na comunidade do GATE.

Outra dificuldade est´a na implantac¸˜ao da aplicac¸˜ao na web. Al´em de um dom´ınio, ´e necessario um servidor com um grande espac¸o de armazenamento para alocar os resultados de simulac¸˜ao, logo, envolvendo um grande custo financeiro. O GDN (Grupo de Dosimetria Num´erica) adquiriu, recentemente, um servidor e o disponibilizou para a viabilizac¸˜ao deste trabalho.

(41)

5 CONCLUS ˜

OES

A WebGUIGATE realizou com ˆexito a criac¸˜ao dos scripts para a simulac¸˜ao do microPET FOCUS 220 apresentando uma diferenc¸a relativa menor que 0.5 % na quantidade de eventos detectados. Esta diferenc¸a ´e facilmente explicada, uma vez que os m´etodos MC, dentro do GEANT4, utilizam geradores de n´umeros aleat´orios.

As etapas de implementac¸˜ao seguem uma l´ogica da arquitetura de simulac¸˜ao PET, contida no manual do GATE, apresentando-se de forma intuitiva, ou seja, acelerando o aprendizado da linguagem de scripts para realizac¸˜oes de simulac¸˜oes usando o GATE. Esta did´atica, ´e de grande importˆancia para pesquisadores que est˜ao iniciando trabalhos de simulac¸˜ao.

A dinˆamica das telas evitam erros fundamentais de implementac¸˜ao como erros de digitac¸˜ao e equ´ıvocos nas unidades de medidas, comumente encontrados no momento da criac¸˜ao dos scripts. Al´em de promover uma alta acessibilidade, por se tratar de uma aplicac¸˜ao web estando compat´ıvel com os navegadores mais populares e superando as dificuldades de instalac¸˜ao dos pr´e-requesitos de instalac¸˜ao do GATE como sistemas operacionais e pacotes adicionais.

O ´unico pr´e-requesito para realizar uma simluc¸˜ao usando a WebGUIGATE ´e no preenchimento dos parˆametros de entrada nos formul´arios, consequentemente, um ganho consider´avel de tempo no processo de criac¸˜ao dos scripts ´e facilmente percebido. Ao utilizar WebGUIGATE, o usu´ario implementa seu PET scan de forma mais r´apida e com a mesma eficiˆencia, comparado `a implementac¸˜ao tradicional escrita manualmente.

o algoritmo criado para reduzir a quantidade de parˆametros de entrada para implementac¸˜ao do scanner, mostrou-se eficaz para cˆameras PET do tipo cil´ındricas, reduzindo a quantidade vari´aveis e gerando a mesma macro do scanner implementado manualmente. A possibilidade de implementac¸˜ao de outros tipo de cˆameras PET est´a listada nas perspectivas deste trabalho.

Diversos fantomas do tipo anal´ıtico est˜ao dispon´ıveis para implemetac¸˜ao. A possibilidade de implementar v´arios fantomas na mesma simulac¸˜ao oferece a criac¸˜ao de fantomas mais complexos, recurso importante para estudos e an´alises no controle da qualidade.

A etapa de modelagem dos detectores disponibiliza diversos parˆametros como, efeito quˆantico, tempo morto, janela de energia, janela de coincidˆencias, simulac¸˜ao das perdas estat´ısticas e ru´ıdo eletrˆonico, entre outros citados em 3.2.7, oferece uma maior precis˜ao nos resultados da simulac¸˜ao.

Portanto, nesta primeira vers˜ao, a WebGUIGATE suporta a implementac¸˜ao de modelos PET tipo cil´ındrico, assim como diversas formas de fantomas anal´ıticos, fontes tipo GPS, e detectores, obtendo as macros com os scripts como resultados que poder˜ao ser baixados no final do preenchimento dos formul´arios, (na tela download) facilitando o processo de implementac¸˜ao.

(42)

6 PERSPECTIVAS

As perpectivas para este trabalho est˜ao relacionadas abaixo:

1. Implementac¸˜ao para outros tipos de PET scan, al´em do cylindricalPET; 2. Implementac¸˜ao de fantomas voxelizados;

3. Implementac¸˜ao de outros tipo de fontes, al´em do GPS; 4. Implementac¸˜ao de fontes voxelizadas;

5. Implementac¸˜ao de volumes em movimento; 6. Leitura e tratamento de arquivos ROOT;

7. Utilizac¸˜ao de clusters para maior velocidade nas simulac¸˜oes;

8. Criac¸˜ao de um algoritmo pratic´avel que realize o envio dos resultados de simulac¸˜ao; 9. Criac¸˜ao de banco de dados de simulac¸˜oes dos PET scanners mais utilizados;

10. Modelagens de outros equipamentos como SPECT, CT e h´ıbridos, ex: PET/MRI; 11. Avaliar dose em simulac¸˜oes de radioterapia;

12. Melhoria do design da aplicac¸˜ao, sistema de cadastro de usu´arios; 13. Criac¸˜ao de um help com tutorial de utilizac¸˜ao;

(43)

REFER ˆ

ENCIAS

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(45)

AP ˆ

ENDICE A – SIMULAC

¸ ˜

AO DO MICROPET FOCUS 220

Como estudo de caso, o microPET FOCUS 220 foi simulado, utlizando as macros criadas pela WebGUIGATE, complementando a validac¸˜ao da aplicac¸˜ao. Para isso, s˜ao mostrados abaixo os scripts das macros criada pela ferramenta WebGUIGATE, por meio dos valores de referˆencia obtidos de (SILVA, 2010).

#******************************* MAINMACRO ********************************** #========================================================================# # :) G U I - G A T E: A USER-FRIENDLY TOOLS FOR PET SCANNERs MODELS (:

#========================================================================# #******************************************************************************* # DISCLAIMER

#

# The author of this software system, nor their employing # institutes, nor the agencies providing financial support for this # work make any representation or warranty, express or implied, # regarding this software system or assume any liability for its use. #

# This code implementation is the intellectual property of the # Leanderson Cordeiro/Igor Vieira/Daniel Bonifacio, Brazil.

# (Contact: leoxofisicogmail.com/igoradiologiagmail.com/danielird.gov.br) # By copying, distributing or modifying the Program (or any work

# based on the Program) you indicate your acceptance of this # statement, and all its terms.

# ***************************************************************************** # V I Z U A L I Z A T I O N /vis/disable # V E R B O S I T Y /control/execute Verbose.mac # S C A N N E R /control/execute Scanner.mac # P H A N T O M /control/execute Phantom.mac

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# P H Y S I C S /control/execute Physics.mac # I N I T I A L I Z E /gate/run/initialize # D I G I T I Z E R /control/execute Digitizer.mac # S O U R C E /control/execute Source.mac # O U T P U T /control/execute Output.mac # M E A S U R E M E N T S E T T I N G S /gate/application/setTimeStart 0. s /gate/application/setTimeStop 240. s /gate/application/setTimeSlice 240. s # R A N D O M /gate/random/setEngineName MersenneTwister /gate/application/startDAQ #****************************** VERBOSITY ********************************* /gate/verbose Physic 0 /gate/verbose SD 0 /gate/verbose Actor 0 /gate/verbose Cuts 0 /gate/verbose Step 0 /gate/verbose Error 0 /gate/verbose Warning 0 /gate/verbose Output 0 /gate/verbose Beam 0 /gate/verbose Volume 0 /gate/verbose Image 0 /gate/verbose Core 0 /run/verbose 0 /event/verbose 0

Referências

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