• r .
-&JORNALISMO
REPÓRTER
QUE
NÃO
APURA IZERO
ANOXVIII-N24Deu
pau
JUNHO
2003 CURSOgc�J_�:ALISMO
UFSC...
no
New
York
Times
Matérias
falsas abalam
credibilidade
do maior
jornal
americano
Melhor
Jornal-laboratório
IPrêmio Foca Sind. dos
Jornalistas
de SC2000
...
convocouuma reuniãocom mais de600 funcionários e
jornalistas
paradiscutirocaso.Em meioadiversas
reclamações
sobreomodocomoconduziaa
redação,
Rainesadmitiua sua
parcela
deculpa,
Oeditorreconheceuqueo seu
complexo
deculpabilidade
debrancodo sul dosEUA,região
deintensosconilitos raciais,teveinfluênciana suadecisão de dartantaschan
cesaonegroJaysonBlair.
Além da necessidade
pessoal
de Rainesde não parecerracista,Blairfoi bene
ficiadoporuma
espécie
de sistema decotasde diversidade étnica queexistenamí
dia dosEUA,ouseja,umnúmero mínimo
denegros que cada empresa deveter, a
chamada"açãoafirmativa",Emjaneirode Blair:o
reporterficcionista
2001,Blair foi
promovido
arepórter
emtempo
integral
comapoiodotambémnegro Gerald
Boyd,
entãosubeditor administrativo. Oeditorexecutivona
época,
comaval dopublisher
doTimes,deixouclaroocompromissoda
companhia
com adiversidade étnica. BeatrizSinger,redatora do sítioObservatório da Imprensa,
afirma,
emartigosobreocaso,que "ficarealmentedificil dissociaracontrataçãode Blair da
obrigação
moral dojornal
maismoralmentecorretodos EUA".Conseqüências
- Oprimeiroefeitodadescoberta das
fraudes de Blair foiareuniãointerna,ondeos
problemas
internosforamexpostosem
público,
ArthurSulzberger
[r.,presidente
da Times Co.emembro da família quecontrolao
jornal
há 107 anos,foiacusado,aolado de RaineseBoyd,
de"terdestruídoacredibilidade do
jornal".
Depoisda investigaçãointernainicialnoTimes,que resultouno mea
culpa
do dia 11 de maio, foi criadaumacomissão commaisde 20
jornalistas,
inclusivequatro de fora dojornal,
pararever os
procedimentos
daRedação
everificarse ocontroleinternode
checagem
das matérias é tãorigorosoquantodeveriaser. "A saga deJayson Blairé,acimade tudo,umasaga muito triste",diz ChristineChinlund,om
busdman do BostonGlobe."Elaseinstituicomo umalem
brança
atodososjornalistas
eeditores sobreanecessidade deuma
vigilância
extremaquantoaexatidão, Nâopode
mos,jamais,abrir mãodisso".AlbertoDines,editor do Observatório daImprensa,afir
ma emartigode14demaioque"mesmoqueapuniçãodo
repórter
Blairsejaresultado deumsurtodeauto-flagelação
puritanaficam automaticamentedesfeitasedesmentidasas
afirmações
tantasvezesreiteradas- inclusivenesteObservatório
-de quea
grande
imprensaamericana éíncompetenteedesleixada",
Segundo
oLeMonde,diasdepois
depublicada
amatériaemquefoiacusado das fraudesJayson Blairconcedeu entrevistaaoThe New York Observerezombou dosantigos patrões."Eusou uma
ilustração
do que estáerradonoNewYorkTimes. (...)Eueraumnegro
naquele
jornal,
eissoéalgo
quepode
tantoprejudicar
comoajudar
umprofissional
naredação".
Odiário francês tambéminformouque Blair
já
assinoucontratocom umagente literárioeestá
negociando
apublicação
deumlivro,além desuaparticípaçãoemprogramasdetelevisão,eainda estudaaelabo raçãodo roteirodeumfilme sobraa suavida.
comportamentotão
antiprofissional,
queemabril de 2002Jonathan Landman,edi
tordo caderno de Notícias
Metropolíta
nas,notificouàdireção
deredação:
"Temos defazerJayson parar de escrever
paraoTimes. Agoramesmo."Masisso nãoaconteceu.Ele foisomenteadvertido
Jayson
Blairsupostamenteescreveu 73 matérias
jornalísticas
paraoNelliYork Timesentre outubro de 2002eabril de2003.Supostamentepor que
pelo
menos 36dessasreportagens ou nãoforam feitas por eleounão passavam de
ficção.
Foioqueo
próprio jornal
admitiuem umamaté riadequatropáginas
nodia11demaiodesteano.Blair
plagiou
jornaiseagências
denotícias,inventou situaçõese
declarações,
descreveu locaisecircunstâncias queviaem
fotografias
paraconvencer seuseditores que tinhaestado
naqueles lugares,
mentiutantoque levouopróprio
NY Timesa escreverque "o dano causadoao
jornal
e aosfuncionários nãoteráseesvaídona
próxima
semana, nopróximo
mêsou nopróximo
ano."Oseditoresdescobriramasinvençõesdo
repórter
apartirdeumartigodeBlair
publicado
nacapa daedição
de26de abrilsobreum soldado
desaparecido
noIra que. No dia 29 RobertRivard, editor do San AntonioExpress-News,enviou ume-mailaoNYTimes afirman do queamatériade Blaireramuitosemelhantea uma
reportagem
publicada
em seujornal
em18 de abril."Con tinueilendooquepenseisernossaprópria
reportagemrepublicada",
confessaRivard. Pressionadopelas
perguntassobreo artigo,Blair deixou o
jornal
em que trabalhou pormaisdequatro anos nodia do trabalho. Mas
seussuperioreshaviam descoberto apenasaúltima das fraudes.�averdade,Blair enganouseuschefes desdeo
princípio:
ainvestigação
internadescobriu que,ao contrário do que disse
quando
começouatrabalharcomoestagiário,
elenuncaterminouagraduação
naUniversi dade deMaryland.
DuassemanasantesdademissãoBlairescreveuoutra matéria sobrefuzileiros feridosnoIraque. Umdeles,es
creveu o
repórter, "questionou
alegitimidade
dasuadoremocional
quando
pensouno casodocolega
na camaaolado, ummaratonista que tinha
perdido
parte dapernapor causade umaminaterrestreno Iraque". Umacena
forte que Blair disseter
presenciado,
masquenunca ocor reu.OcaboJamesKlingel,
quesupostamenteteria ditoessaírase,disse quenuncaviuJayson Blair,sóconversou com
ele portelefone,enãotinhacertezaserealmenteteriadito
aquela
frase."UoartigosobremimnoNewYorkTimes",afirmouaos
investigadores
dojornal.
"A maiorpartedaquilo
cunãodisse", garante."Cada
jornal,
comocadabancoou departamentode
polícia,
confiaqueseusfun cionáriossigam determinadosprincípios,
e ainvestigação em cursomostrouqueo sr.Blair violou
repetidamente
odogma
básicodo
jornalismo,
que ésimplesmente
averdade",escreveu o
jornal
maisinfluentedosEs tadosUnidos,etalvez domundo,no seupedido de
desculpas
aopúblico.
Noentanto,osresponsáveis
porsupervisionarosrepórte
resnão deramaatenção
devidaaossinais de que Blairpoderia
estarquebrando
ocita dodogma.
Indícios
ignorados
-Duranteosqua
troanos emque Blairtrabalhouno Times,
vários editorese
repórteres
expressaram dúvidas sobresuamaturidadee
capacidade
detrabalho. Os erros eram tão
freqüentes,
oBoyd'
promoção
precipitada
3°Melhor
Jornal-laboratório
do Brasil
Expocom94
queseuempregoestavaemrisco,e me
lhorousua
performance, segundo
avaliaçãodoseditoresna
época.
Tanto queemoutubroelefoi
promovido
paraaeditariaNacional, eescolhido paracobriro caso do franco-atirador de
Washington.
Emmenosdeumasemana,umartigode
Blaircomdetalhes daprisãodeumsus
peitosaiunacapado
jornal,
e ascríticassurgiram
logo
emseguida.
Tanto oprocurador-geral
dos EUAquantoumfuncionário sênior do FBI negaramcertospon
tosdamatéria, eatémesmovários
repórteres
veteranosda sucursal do Timesem
Washington
questionarama veracidade das
informações
aoseditoresprincipais.Nofi nalde dezembro outrareportagem sobreo casoapareceu naprimeira
página
cominformações
supostamenteexclusivas defontesinternasnão
identificadas,
enovamentede Blairfoicontestado. "Não creio que
alguém
nainvestigação seja
responsável pelo
vazamento,porque gran departedisso está totalmenteerrado",
disseopromotorRobert HoranJunior,deFairfax,estado da
Virgínia,
Entreaprimeiracoberturaanalisada,em outubro
passado,
sobreosfranco-atiradores, atésua últimareportagem, Blair
despachou
artigosafirmandoestarem20cidadesde seis diferentes estadosdosEUA. No entanto, duranteesse
período
elenãoapresentounenhumacontade
hotel, aluguel
decarro oupassagemdeavião.Aúnicadespesa
que eleregularmente
enviava paraojornal
erado telefone celular. Gerald
Boyd,
um dos editores queapoiouaascensãodeBlairdentrodoTimes,admite que
a
distração
emrelação
aessedetalhe foium errograve."Terumrepórternacional que deveriaestar
viajando
para trabalhar paraojornal
eque nãoapresentanenhuma des pesa dessasviagensemquatromesesécertamentealgo
que deveriaterchamadoa nossa
atenção".
Politicamente correto de mais- Namatéria
emque
expôs
ocaso, oNYTimes deu
algumas
razões paraacontinuidadee ocresci
mento de Blairna
redação,
apesar das constantesreclamações
contra ele.Alguns
achavam que ele tinhaagressividade
eestilo. "Essecaraéfaminto",
disseoeditor-executivoHo well Rainesaolembrarpor que elee
Boyd
escolheram orepórter
paracobriro casodofranco-atirador.O
jornal
aindaapontavaparaaspou casreclamações
dos personagensdosartigosdeBlaireparaumafa
lha de
comunicação
entreoseditores.Masoreal motivo paratantapa
ciência sóapareceriamaistarde. No dia 14 de maioa
direção
dojornal
Melhor
Peça
GráficaI,
II,III,
IV,VeXI SetUniversitário88, 89, 90, 91,
92e98Jornal-laboratório
do CursodeJornalismo
da Universidade Federal de SantaCatarinaCONCLUíDO
EM 12/06/2003 Arte:AlexandreBrandão,
GiselePungan
Apoio:
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RexLabColaboração:
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Carlos AndréLaner,
RúbiaMuttiniCopy-writer:
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FernandaMenegotto, jeanne
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Gratuitaedirigida
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Maycon
Stahelin
Episódio
demite
os
dois
principais
editores
-§
Nodia dasdemissões,
opubli
]
sheragradeceu,
emmensagempara<3 os
funcionários,
aosex-cabeças
do diáriomaisfamoso do mundo por "colocaremos interessesdojqrnal
acimadasambições
pessoais".
Para MitchBlumenthal,
editordaseção
local doTimes,
"Rainesjá
cobriu bastanteosbastidores deWashing
ton
-ele sabia queem
situações
comoaque
enfrentou,
quem pagaopreço sempre éochefe".
Paraassumirocargode
Raines,
foi indicado
Joseph Levyveld,
ex-edi tor-executivodojornal,
de 66anos.Na tentativadeevitarnovos
escândalos,
foicria daumacomissão deobservadores para analisaros
procedimentos
daredação,
comocontratações,
promoções,
usode fontes anônimase otrabalho éefree-lancers.
Para MartinWolff,
umdosmaisrespeitados
críticos de rrúdia dosEUA,
nãoé osuficiente:"A
permanência
deSu1zberger
Jr.
comopublisher
aindaestáemdúvida".Felipe
Bãchtold
A crise
gerada pelo
casoJayson
BlairnoTheNew York Timesculminounospedidos
dedemissão,
nodia5 de
junho,
deHowellRaines,
editor-executivo do diárioedeGeraldBoyd,
gerente
editoriale segundo
nahierarquia.
Oescândalo Blairtrouxeittona
umasériededescontentamentosde
repórteres
eeditores do Timescontra
Raines,
que teriaumjeito
autocráticoe
arrogante
de comandarojornal.
Nodia
seguinte
àsdemissões,
ojornal
justificou
oocorridoemumeditoríalnaprimeira pagina,
di zendoque "obem-estardeumagrande
instituição
é sempre maisimportante
do queascarreirasdaque
lesqueaintegram".
ParaJerry
Nachman,
editorexecutivodarede deTV americana
MSNBC,
ademissão de HowellRaines seriaocorrespondente
no[orna
lismo à renúncia deRichard
Nixon,
presidente
americano,
nadécada de70.Osdois editores foram criticadosporteremne
gligenciado
apermanêncía
deJayson
Blair. Emnovembro
passado,
porexemplo,
Rainesdesignou
Blair paracobrirocasodo franco-atiradordeWashing
tonmesmo
após
ochefeda editoria delocal dojor
nalterlevantadosuspeitas
quantoaveracidade dasinformações apuradas pelo
repórter
fraudador.Aoutra
grande
acusação
contra
Raynes
eBoyd
diziarespeito
àssucessivas
promoções
que Blairrecebeuem suacurtacarreira. Em apenas
quatro
anosdejornal,
ele passou deestagiário
pararepórter
nacional. Oeditor-executivo,
que há doisanosmencionouBlairem umdiscurso paraaAssociação
deJornalistas Negros
como "umexemplo
docompromisso
do Times com as novas
gerações",
teriapermitido
aascensãodofraudadorpara dardiversidadeétnicaao COf- Raines:
ignorou
aoisos
po derepórteres.
Coma
revelação
do escândalo Blaire ademissão,
nofinal demaio,
de RichardBragg, repórter
acusado deomitira
partícípação
de colaborado res em suasmatérias(veja
textonapágina
3),
arelação
deRainescom seusrepórteres
eeditores foipiorando. Alguns
deseussubordinadoschega
ramadizerao
publisher
doTimes,
ArthurSulzberger
Jr,
queasdivergências
entreelese oeditorexecutivo eram
"insuperáveis".
-ZERO
"Navolta, pertodemeia-noite, fomos
surpreendidos
pelos
bombardeios de modo que nãopodemos
entrar.No carro,tivemos quefazerumavolta de 30quilômetros
sobreBagdá.
Estávamossemtelefonee sem umacâmera...". Em24 de março,o
jornalista
jorgeZicolilloenviouume-mail paraarevistaIXT,com otextoacima,umasupostamatéria sobreacobertura da guerra doIraque.Areportagemrelatavaumabatalhaem
Hayaf
de modo sombrioerealista.Areportagemseria.a
alegria
dequalquer
editor,senãofosse inventada. ZicolillonuncaestevenoIraque,inventoupautas, matériasepersonagens.Após
adescoberta, arevistaprocessou o
jornalista
epublicou
umeditorial sobo títuloAcoberturaque nãohouve,emque
explicou
asituaçãoa seusleitoresepediu
desculpas.
Tambémelogiou
oscompetidores,que cobriramaguerra in loco.
Ocasocomeçouemfevereiro,
quando
ZicolilloentrouemcontatocomEduardoZunino,umdoseditores daIXT,
comquem tinha trabalhadona3Puntos,darevistada edi
tora
Capital
Intelectual SA. Ficou acertado que elepartiriapara
Bagdá,
viaCaracas,emmeados defevereiro.Segundoarevista,Zicolillo
explicou
em umareunião que fariaacobertura da guerra paraos
iornais
francesesl'IixpresseLeMonde.ATXTpagariaUS$ 100 por matéria. Emseu primeiro
exemplar,
arevistapublicou alguns
testemunhos quenarravam comoestavaacidadeantesdo início guerra. Em21de marçoaIXTestampouumamatériasupostamenteescritaem
Bagdá,
emque Zicolilloafir-crise de credibilidade enfrentada
pelo
TheNewYork Timeseasdiscussõesin ternassobreosmétodosdereportagem
de seus
jornalistas
não parou no casoJayson
Blair.Trêssemanas emeiaapós
Blair
admitir que inventou ouplagiou
elomenos
36
desuasreportagens,
RickBragg,
outrorepórter
e umdosjornalistas
maisrespeitados
dosEUAevencedor doprêmio
Pulitzerem1996,
foi suspenso por duas semanaspela direção
do Times.Anunciousuademissãonodia 28 demaio
lamentou-se ao
Washington
Post que foi vítima da"atmosfera venenosa" queseabateu sobreocélebre diário desdeo casoBlair.
Bragg
foiobjeto
deumanotano TheNewYork Timesnaseção
Correções,
que retifica todososdiaserros menores
publicados
emedições
anteriores. A notamencionaumareportagempublicada
em15 dejunbo
de 2002ecreditadaaRickBragg,
correspondente emNova
Orleans,
sobreosprodutores
deostrasdo Golfo da Flórida.A
direção
dojornal
reconbeceu queamatériadeveriatersido assinadatam
bém
pelo
colaboradorfree-lancer
J.
WesYoder,
quefezasentrevistase a
apuração
dereportagemsobreavida dos
produtores
deostraemApalachicola.
RickBragg
teriaapenas visitadoacidadeeredigido
otex to final.Catherine
Mathis,
porta-vozdoTimes,
nãoquis
comentara
suspensão.
"Ojornal
nãocomentasuaspráticas
internas",
advertiu.Asuspensão
foidivulga
da por outrosdiáriosnova-iorquinos,
entre eles oNewYork Post e o
Daily
News. De acordocom oColumbia
Journalism
Review,
urnleitor escrevera aoTimesafirmando queBragg
nuncahaviasidovis taemApalachicola.
Desdeadivulgação
das fraudes deJayson
Blair(que
mereceram quatropáginas
dedesculpas
noTimes),
ojornal
ofereceumaespécie
de linha diretaaosleitores para quecomentem
pos
síveis furos em
matérias,
através do e-mailretrace@nytimes.com.
Segundo
ZefChafets,
colunista dositeMy
daily
news,ninguém
sabe exatamentequem está sendo avaliado.
Essa"atmosfera venenosa" queseabateusobre oTimesfoiomotivo
alegado
porBragg
aodecidirabandonar o
jornal, logo após
ter sido suspensopela direção.
Em entrevista aoWashington
Post,
Bragg
diztersidopunido
porpráticas
que considera"usuais"em
Jornalismo.
"
Vourecebê-la
(a
informação)
deumji'ee-lancer.
Vourecebê-la deumestagiário.
Vou recebê-la de um assistente. Se umrecepcionista
fizerentrevistas paramim, ireiusá las. Voumandar pessoas pormimse eu nãotivertempopara estarlá. Issonãoéincomum,é oque
nós
(jornalistas)
fazemos".,I
J
'I
REPÓRTERES
41UE
NÃO
APURAM II E IIIBragg justificou
suadependên
ciada
apuração
deoutraspessoaspor sofrer de umaforma séria de
diabetes,
quecausaproblemas
circulatórios nas pernas e dificulta suas
viagens.
"Minhafunção
erapegaroaviãoedormirno
hotel",
se defende aoWashington
Post."Já
ditei matériasde umaeroporto
depois
de escrevê-las no aviãocommaterial que
peguei
deentre vistas por telefone edepois
fuiaplaudido pelos
editores por 'fazer
mágicas'''.
Acha queainveja
otorna alvomaisvulnerável de crí
ticas,
e lembra-se do queum dosBragg:
prática
discutível editores do Times disseaeleumavez:"O
problema, Bragg,
é que vocêas escreve(as
matérias)
bem demais."Protegido
do editor- Desdeasrevelações
deJayson Blair,
aumentaramosquestionamentos
internos no Timessobreosmétodos de Howell
Raines,
editor-executivodojornal
desde setembro de 2001.Rainespermaneceunocargomaisumasemana
(veja
textona
página 2),
masadmitiu quepode
terfavo recido Blairemalguns
momentos,ealguns
acreditam que o mesmo
pode
ter sedado emrelação
aRick
Bragg.
Arelação
entreoeditore ojornalista
éantiga. Bragg,
autortambém de livros deficção,
pensou emsairdo
jornal
por duasvezes,umadelasapós
terfechadoumcontratomilionário paraa
publica
ção
de doislivros,
eoutra,após
umadiscussãocom oseditores sobreacobertura do desastre da espaço naveColumbia. Em ambasas vezes, Rainespediu
lhepessoalmente
que não deixasseojornal.
Bragg
concordouepermaneceu, atéofinal demaio.
Umdos comentaristas quecriticou os métodos
de
Bragg,
chamando-osdedúbios,
e arelação
delecomRaines, é Andrew
Sullivan,
ensaísta darevistaTimeecolunista do
Sunday
Timesof
London. Sullivan,consideradoumdosmais
provocativos
comentaristas da
atualidade,
escreveu em seu sítio(www.andrewsullivan.com)
queosmétodos de Bragg nada tinham de "usuais".Para
Sullivan,
ahistóriafoiescritacomo se
Bragg
estivesselá,
eele nãoestava."Háuma
diferença
entreusarestagiários
ecole gas para pegarpedaços
deinformação
efazerentre vistaspreliminares
e usar o trabalho deles como a carne e os ossosdeumahistória e.colocarseupró
prio
nomenela",
diz ele. O comentarista diz ainda queoquepermitiu
aBragg
tersesafado foiaproteção
do editor-executivo doTimes. "Osdoiscasos-Blaire
Bragg
-têm apenasumacoisaem comum: a
amizade de Raines".
Sullivan também
publicou
em seusítioadefesa do demissionário feita por Erin
Williamson,
umdosestagiá
rios de
Bragg
em NovaOrleans. Elecomentou os métodos do
trabalho,
não-remunerado,
quefazia: ojorna
lista telefonava parao
estagiário
al gumasvezespormês,
pedindo
pararealizar
pesquisas
ealgumas
entrevistas,
principalmente
compessoas periféricas à matériaem
questão.
Williamson telefonava para
Bragg,
onde quer que eleestivesse,
assim queconcluíao
trabalho,
e ojornalista
sempre o tratava com muita
polidez.
Quando
ahistóriaerapublicada,
Williamsonalia
inteiramente,
procuran donosparágrafos alguma
fraseouinformação
forne cida porele,
oque àsvezesacontecia. Oestagiário
alega
quenuncaesperou créditopelo
trabalho quefez, pois
apolítica
de nãoassinarotrabalho dosestagiários
eradoTimes,
enãodeBragg
especificamen
te. "Seeutivesseum
problema
comissonuncateriaaceitado a
função.
O queganhei
foi aexperiência
valiosa de
pesquisar
efazer entrevistasparaum repórter
degrande
posição",
dizele,
eacrescentaqueYodernuncareclamouoscréditos da matéria de
Apa
lachicola, pelo
mesmomotivo.Bragg
começouatrabalharnoTheNewYorkTimes em
1994,
edoisanosdepois ganhou
oPulitzer por "suas históriaselegantemente
escritassobre aAmérica
contemporânea'', segundo
osjurados
daassociação
que concede anualmenteoprêmio.
Antesde
integrar
aequipe
doTimes,
orepórter
trabalhouparaoLos
Angeles
Times,
paraoSt.Petersburg
Times eparao
Birmingham
News,
entre outros.Nascidono
Alabama,
freqüentou
aprestigiosa
universidadede
Harvard,
onde tambémjá
lecionouRedação
erecebeumaisde50
prêmios
porsuashistórias,
entreelaso
Distinguished
Writing
Award da SociedadeAmericanade Editores de
Jornais.
Alguns
deseuslivrosentraramparaalista dos mais vendidosnosEUA, comoAlloverbut the sboutin'.
Bragg
ésulista,
assimcomo oeditor Howell Raineselembra que apren
deua escreverescutandoosmestres,aspessoasnos
vales dos
Apalaches.
Apágina
naweb da EditoraRandom House
registra
queseus livros falam da vida cotidiana no suldopaís,
"datristeza,
dapobreza,
crueldade, bondade,
esperança,desesperança,
fé,
raivae
alegria
das pessoas comuns". Tudo insuficientedesvendado agorao
polêmico
método dereporta gem dopremiado
RickBragg.
Wendel Marlins
Repórter
argentino
forja
cobertura
no
Iraque
Vencedor do
Pulitzer
enganaNYT
Rick
Bragg
é
suspenso por
não
creditar
free-lancer, pede
a
conta
e
amplia
crise
Deautorde
best-sellers
amentiroso
Ele
enganou
editores,
não
viajou
e
inventou
matérias.
Mas
nega
aJ<HWOEQLtIHIES CONSPlR�CONTRAI<IR'IiNEI(
mavaterentrado
ilegalmente
noIraque eestavana casade umamigo sueco.Maistarde,afirmouqueestava
hospe
dadono Palestina,hotel gue ficou fa
moso COtnO
quartel-general
dejornalistas de todo mundo.
Masoseditores da IXTdesconfia
ram
quando
GustavoSierra,o correspondente
do Clarin, se auto-rotuloucomo oúnico
jornalista
argentinopresentena
capital
iraquiana.EntraramemcontatocomSierra,quedesconheciao
paradeiro
docolega.
Tambémaveriguaramqueo
correspondente doL'Express
eraVincent llugeuxe doLeMonde,Rémy
Ourdaneninguém
nestaspubli
caçõesconheciam ZicoliUo. Na alfânde- TXT:vítimado
"ficcionista"
ga não haviaregistroda saída de Zico
lillo do
país.
Entãopediram
aojornalista
umnúmero detelefoneefotoscom
Bagdá
aofundo,para provar que eleestavalá. Eleprometeudezfotos, mas em26de março,
enviousomenteotexto.Adecisão do semanário foi não
publicar
amatéria.Emface daacusação,Zicolillo
publicou
umaresposta nojornal
Clarin,afirmandoqueadenúnciasurgiuno mes momomentoemquepediu
seuspagamentos.Disse quearevistamandou ele fazer matérias paraTVe rádio. "Me
negueieissosepagacaro:agora querem mesujar",disseo
jornalista.
"Equando
Sierradisse queera oúnico(correspon
dente) porum meioargentinoestava
ri-gorosamentecerto:eunãoestavaporum
meioargentino".
Segundo
ositio Diário dos Diários, Zicolilloteria reclamadoquando
foipedida
suafoto, dizendo serdifícil trabalhar paraummeioque investi ga mais quea
polícia
deBagdá.
O
editor-geral
darevistarebateaacusação.Diz que
pecliu
otelefonenão paratransmissões derádio,maspara
poder
lo calizá-loemqualquer oportunidade.
"Elejá
estavacobrandomuitobarato porsuasmatérias. Nãoia
pedir
para ele fazermaistrabalho".Eles fizeramadenúncia para
confirmar que Zicolillo nãosaiudo
país.
"AJustiçapode
checar datasnospassaportesetemacesso aosdados daImigração,oque nãopodemos
fazer".ZicolillotrabalhounoClarin,foigerenteda Rádio El Mundoeéautorde vários livros deinvestigaçãoe econo
mia
-oúltimoeditadoem2002.Losnuevas
conquistado
resrelataem271páginas
osbastidores daprivatizaçãodeempresas
públicas
argentinase aentrada de grupos espanhóisnaeconomiado
país.
HOY: CORDERO
PATAGÓNICO
Wendel Marlins
Ofilósofo PeterSingerdefende quea
ética não éumsistemaideal,nobrenateo
riamas inútilna
prática;
osentidodela é orientarações. Imagineoque você fariaseIosseoeditor deumarevista,cuja primei ra
edição
temumamatéria fraudada. Es condeaverdade embaixo dotapeteou revelaao
público,
sendo alvo de críticasecorrendooriscode arranharaimagemdove
ículo. Santiago O'Donnel, editor-chefeda revistaargentina IXT,escolheua
segunda
opçãoparaobem da
própria
consciência. Masacredita queesteexemplo
de ética profissional nãosejacomum naArgentinae emoutros
países
da América do Sul.Ador de
cabeça
de O'Donnel começouquando
contratouo experientejornalista
Jorge Zicolillo,para cobriraguerra do Ira
que. Noacordo,Zicolillo disse queestava
aserviçode veículos francesesecobraria da IXT apenascemdólares por matéria.
Erabom demais paraserverdade. E não era."Adúvida foiumareaçãoquase espon
tâneaevirouuma bola deneve", disse O'DonnelaoZero. ElecontaqueZicolillo
eraevasivonasrespostas,nãoapresentava
casosconcretosoucontavacomoestavaa
sítuaçãonoIraque.Oeditor ficounumasi
maçãodelicada. Tinha mandadoum
repór
terparaumasituação perigosa,gue envol
via muitos riscosepreocupações.Não que
riaZicolillo
imaginando
quearevistades confiava desuahonestidade.Zicolillo era um
jornalista
famoso,ti nhaexperiência
internacional,ido à guer ras, trabalhadonoMéxico,noClarin,mais influente cliárioargentino, eescrito diversoslivros. Por queiriamentir,sepergun
tavaO'Donnel. Arespostaqueencontrou
é "mais queum casode psiquiatria".Ele acreclita queamentira,sejanumareporta
gemousobreacarreiraé
prática
maisco mumdo queseimagina.Ocasoextremode inventar umacobertura inteira
já
foi verificado.Falta agora acharospequenosproblemas
do coticliano. Uma das razões paraessacrítica estánafalta de controlesobreoqueaimprensa
publica
naArgentina. Em
países
como osEstados Unidos existeumamídiaespecializada
emcobrira
própria
mídia, comoColumbia Review, Poynter Institute,entre outros. No Brasil existemexperiências
do Observatório daImprensa,oInstituto
Guttemberg
e opró
prioZero.
ParaO'Donnela
vigilância pode
dimi nuiraimpunidade.
Ele também fala quenaArgentinaexiste muita
hipocrisia, principal
mente para apontar os erros alheios.
"Quando
senoticiaum caso como odeJaysonBlair
logo
falamoscomosão corruptosesseamericanos. Maseles têma cora
gem de exporessecasos".Eletemdúvidas
sefariamo mesmo no
país
dotango."Nãoestamossendovivos, estamos sendoton tos. Não
podemos
ocultardelinqüentes".
Diz queexistenaArgentinaum
grande
proteção corporativa,
prejudicial
aprofissão.
Atualmente,perguntasetodosos
jornalis
tas, mesmo os mais
prestigiados,
forammesmocobriraprimeiraguerra do
golfo
em]991. Ousenão existemerrosdein
formação
namatérias quesaem nosjornaiserevistas.
QuandoperguntamaO'Donnel porque
não checouafidelidadedas
informações
que Zicolilloapresentavaem seucurrículo,
algo
de praxenaprática
jornalística,
ele fazaseguintecomparação.Umsujeitoque é assaltadoquando
sacadinheiro deumcaixaeletrônico à noitenumbairroperi
goso não
pode
estarerrado. "Nóssomos avítima". Para ele
jornalismo
sefazcomconfiança,
tantodo editor que confianorepórter,quanto doleitor,que acreditanoque
lê. "Seum
jornalista
quer enganaroeditor, eleofará". E
quando
sequebra
esselimite derespeito,quemsai
perdendo
éao GRAMPO E O OFF
�
Etica
leva
repórter
a
romper
sigilo
Dossiê
ignora
costume
profissio
matéria
principal
da editoria de Políticadarevista IstoÉ
publicada
nosábado,
22de fevereiro
ra e taxativa. O senador baiano Antônio
Magalhães
mandou grampearseuini GeddelVieiraLima,
deputado
feder
tado.A provacabal éumadecepórter
LuizCláudioCunha
dia 30 dejaneiro.
"Eumandei grampearo turada matéria deIstoÉ.
Osenador nãoções,
quejá
estariamdestruídas,
masdeu
cumento chamado Relatório
Confi
de
transcrição
deconversastelefônidel Vieira Lima,
feitasentre 19 demaioe21 de
agosto
de
zooa.
oconteúdo<kt
reportagem,
porsisó,
éexplosivo.
Na,zya
utn
crimequeremeteaos
tempos
daditadura,
aarapongagett1�
eexpõe
osexpedíentes
usados para
cooptação
e "convencímentc' entrepolíticos
nosbem
acarpetados
erefrigerados
..gabinetes
brasilienses. A formausada
pelo jornalista
para darcredibilidade
eavalizar
ainfor
mação
apresentada
também causoualvoroço entrejornalístas
epolíticos.
Orepórter
e chefe dasucursal
deIsto11
emBrasíliaignorou
ocompromisso
de manteremsigilo.!)!
suafonte
aotornar
pública
umadeclaração
feitaemcàráter'confidencíal,
emoff.
LuizCláudio contou oepisódio
em queouviu de ACM aconfissão do grampoe se
pôs
comopersonagem
desuaprópria
reportagem.
AcaboucomotestemunhanoConselho de Eticado
Senado e reiterouo que
publicou.
Arepercussão
e disc docaso tomouossítiosespecializados
em
jornalismo
falamemtraição
àconfiança,
faltade
ética. Outros vêe gensnofim dacumplicidade
perniciosa
entrepolític
listas.
Acobertura do
episódio
que
passouaserehmaior grampoda
hístória'',
começou
naIstoÉ
antes da
publicação
dooff.
Nosábado,
oitoderevista
chegou
às bancascom umapequena chamada capasob o título de
Arapongagem:
"Conversas de Geddel comprometem
cúpula
doPMDB. ACMnegaautoriadogrampo".
Areportagem
sobreogrampo tinhacomomoteU111adenún
ciafeita porGeddelVieira Lima àPolícia Federal. Narra o
episódio
em que odeputado
baiano diz a PauloLacerda,
diretor-geral
daPFemBrasília,
que havia sidoVÍtima
d�
Uma escutatelefônicanaeleição
doanopassado.
Nomeio.da
reportagem
é mencionadoOrecebimento
doRelatório
C(jnfi�
dencial,
e asuspeita
sobre
ACMélevantada.
Mas<} t0111 deACM
grampeia,
é
Luiz Cláudio
Cunha,
repórter
daIstoÉ,
revelou rnaracutaias deAGM'110
tâ50
do
lCC
O
problema
está
na
scrição
ampeados
eincoerência.
O
repórter publicou
a
a.históriacomo se
h'
". " .l
notíciá mais natural
tstoria
comQ
uma
nottcia
natura.
mundo. Depois)
quando
Debois
..
auando
o. caSO
muda de
rumo
6 caso tomou outro rumo,o
r
�. . .mesmo
repórter
resolve
re-ele
mestnD
r a
fonte"
velar afonte". Na
primeira
'
matéria de
Istod,
deoitode
tevel,'
or*gem
do
Relat6rio CO�}'ta.é!f!,
tinha
acesso liumcalha
aço
Na.
reportagem
do dia22,
não.é
mdossiê,
tt1í.ls
smlOpróprio repórter,
a a·sfpr6pt:ip. ��9 ialtll.m
detalhes 4,e
comnoguill
()<Joe
nemdeclaraçõ
"Nã
posSQ!he
mosttar'\.
"Não,
não
Isso
é eríme".apresenta
ntra
osenador
baí';lno são o
depoimento
deGeddel,
queresponsabiliza
seu
íntnugo,
eoscomentáriosfeitos à mão por ACM
no dossiê que continha a
transcrição
das escutas.Aessa
altura,
aconversa reveladadaliaduassemanas,
já
havia acontecido.Asdeclarações
bombásticas publicadas
depois
permaneci
amem
off,
comafonte
queentregou
orelatório
ao repórter
de IstoÉ
mantida
sob
sigilo.
Guinada"
testemunha-chave
.g o
segundo episódio
j
envolvendo Luiz Cláudio:�
Cunha,
ACMe ooff
aeon:[
teceuquarenta
dias dei
pois.
Orepórter
foi con �vocado,
apedido
dedepu
�
tados
petistas,
pela
Conse lho deÉtica
eDecoro Parlamentar do Senado Fede
ral
aprestar
esclarecimentos sobreaconfissão que
teria ouvido de Antônio Carlos
Magalhães.
No depoimento,
LuizCláudio diz queoofffoi
quebrado
por umadecisão dadireção
de Istod,
depois
queaPolí ciaFederal informou sopre.
ail-Pertura
de
inquérito
parainvestigar
umesquema deeslea, "A
partir
daevolução
dosfatos,
comprova-sedocumento)
era aconsumação
deumcrimecomstatal.Osenador deixou deser
fonte,
parasetransalvo de
ínvestígação."
()QG
dagrampolândia
baiana cretaría deSegurança
Pública,
numaousada investidado senador baiano sobrea
máquina
estatal.ACMusou oEstado embenefíciopró
prio,
o que é umcrime,
paracometer outro
crime,
ogrampo.No
Senado,
ojor
nalista reafirmou tudo o
quesaiusobseu nome em
Isto
d
edivulgou
uma con versatelefônicagravada
enCM,
em que fica subentendido que osenador foi opo.
Apresentou,
também,
umlaudotécnico,
feitodo
Molina,
que afirma quea voz emquestão
rios
Magalhães.
LuizCláudio, junto
com a ex,sãoasúnicas testemunhas que afirmamterou
emqueo"homemmais
poderoso
daBahía" ilidadepelo
maiorcasode gramposilegais
Tadeu Martins
as
Say
O
absolve
�
®adfilha
de
Se ores; o senadorinterveio
.f
na}isfude
nmcluindo,
Ç(l111
aajuda.de
Kátia
�
Alves,
Secretária deSegurança,
seusdesafetos po II líticose amorososentreosgrampeados.
�
Exibindoseupoder
einfluência,
ACM telefona�
vapara
Adrianalogo
após
conversas delacom o«
miJ,rido,
contínnando
oassUIltocomo seestivessenUllla eXtensão.
Ounumrampo.
Adriana relatouç�l'ta
vez,após
uma aotelefoneemPláCido
tentavaconven deixar seuem-logo depois
do términodaue
Adriana
tinha"reagido
militO emdepel1der
do marido.�l1otíC1a�boO,!Qa
veiotlofiPal
de
fevereiro,
coma
revelação
domaterial entregue
por ACMao re£í:úz CláudiO Cunhada revista
IstoÉ.
OsenadorteriaforneQIl1a
roximadamente
200horasdeconversaseral
..GOOdel
Vieira Lima(PMDB-BA).
A Ç01111.t11111conversa entreorepórter
ihtemetpl,lfa.
4Ownlóad,
deramaorep
e osen casodimen
Metendoo
tica, Antônio Car cretário da Receita
rique
Cardoso. Asuspeí
jornal
deACM,
passouadisidoobtidas demaneirailícita.
dencial,
osdeputados
Geddel Vieiraepreenderam-se
ao abrirojornal
baianoedenciais da
campanha
deJosé
Serra,
nosquais
ostratando.A
hipótese
dogrampo
começoua sercogitada.
MinistrosMesa diretora
do
Senado
é
omissa ao·passar para
o
STF
$ão
do processo
do governo
J.lHC
amcartasdo senador denunciandoir-r�aridades
deversários
naBahia,
citandonomesde pessoa,empresas,rtú.meros,
info:rmações
que sópoderiam
seracessadas
porespiOhJigem.
Apartir
domomentoemquetranscrições
do grampo deGeddelVieiraforampublicadas
naim prensa,o.MinistérioPúblico
passouainvestigar
o caso echegounaSecretaríade
Segurança
Pública baiana. AnalisandoascartasenviadasporACMaosrninistrose as conversastelefôni casdos
supostosgrampeados,
nota-seclaramenteasemelhançanosassuntos tratados.
Agora,
cabeaoSupremo
TribunalFederal avaliaro caso. Secondenado,
osenadorperde
imediatamenteomandato, seguin
doas
determínações
daConstituição
Federal. Oprocurador
fe deralÉdson
Abdonentroujunto
aoMinistério Públicocomações
de
improbidade
administratiVacontraACM,
osenador César Bor ges(PFL-BA),
oex-governador
da Bahia OttoAlencar,
a ex-secretária de segurança
pública
KátiaAlves,
odeputado
federalPaulo
Magalhães (PFL-BA),
odelegado
da Polícia Civil baiana Valdir BarbosaeAlanJ;'arias,
assessortécnico queacrescentouà mãonomes nalistadogrampoordenado por ACM.Orelator do
processo ge
cassação,
senador GeraldoMes-quita
(PSB-AC)
pe..
entodoConselho de
Ética
doSe-nado.após
o ar adecisãoda Mesa Diretora denão
ções
sobreo casodosgrampos. Nodia 'res
(PDT-AM)
fezo mesmo.TiãoVia-no
Senado,
apresentou projeto
de resolução
doconselho.Paraele,
"manteroConnessas
circunstâncias,
é preservaroexercícioiaedocretinismo
parlamentar".
Marco Britto
A
repercussão
doepisódio
ilegal
ordenadapelo
senadorgalhães
(PFL-BA)
e suatramitação
viram apenas paradesmoralizara
quentemente, todosos seus ocupant
opinião
pública.
Acusado deusar aSeSegurança
Pública da Bahia(SSP-BA)
parpear
126 telefonescelulares,
deinimigos
patésua
ex-namorada,
osenadorteveprocessocassação
abertonaComissão deÉtica
eDecor Parlamentar doSenadoemvotação
apertada,
oitovotoscontrasete.Enviado àMesa
Diretora, presi
dida
pelo
senadorJosé Sarney
(PMDB-AP),
opro cesso foiarquivado
e encaminhado aoSupremo
TribunalFederal
(STF)
após
aprovação
dos senadores,
quenoplenário
acataram com49
votoscontra 25 decisão daMesa.ACMserájulgado
comopessoacomum,e sefor
punido,
suaconduta incondizente como homempúblico,
que deveriaser
averiguada
noSenado,
nãoterá relevância paraos
senadores,
os fatos referentesaos grampos antecedem omandato atualdosenador.
Ométodo
político-terrorista
do coronelbaiano nuncafoi revelado demaneiratãoexplícita
quanto-nos
primeiros
mesesde
2003,
com adivulgação
deconversastelefônicas do senadore orelato da
ex-namorada,
AdrianaBarreto,
que revelou para asrevistassemanaisoesquema deespionagem
aque foi submetida porter
rompido
relacionamentocomele.Nemofaro
aguçado
de ACMpôde
pressentir
o queestavapor vir