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Smart Portugal Webinars: Conversas digitais sobre inteligência urbana em tempo de pandemia

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Academic year: 2021

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(1)webinars Conversas digitais sobre inteligência urbana em tempo de pandemia.

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(3) webinars Conversas digitais sobre inteligência urbana em tempo de pandemia.

(4) Edição: Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa. NOVA Information Management School (NOVA IMS). Coleção: NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, Nº 1 Autores: Miguel de Castro Neto António Almeida Henriques Redator: Tiago de Melo Cartaxo Apoio técnico: Henrique Costa Mota Assessoria de Comunicação: F5C – First Five Consulting Produção de Conteúdo de Design: Ana Filipa Goulão Design gráfico e paginação: UP - Agência de Publicidade ISBN: 978-972-8093-17-4 Versão digital: http://hdl.handle.net/10362/98506. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - AtribuiçãoCompartilhaIgual 4.0 Internacional. 4. Media Partner:.

(5) Índice 1 – Notas Introdutórias. 7. 2 – Sumário Executivo. 11. 3 – Inteligência urbana em tempo de pandemia. 15. 3.1 – Coesão territorial. 17. 3.2 – Resposta à emergência social. 20. 3.3 – Turismo inteligente. 24. 3.4 – Ensino e inclusão territorial. 27. 3.5 – Comércio: entre a proximidade e a tecnologia. 31. 3.6 – Privacidade e proteção de dados pessoais. 34. 4 – Conclusões e perspetivas futuras. 39. 5 – Fichas técnicas dos Webinars43 5.1 – Inteligência Urbana e Coesão Territorial no Combate à Pandemia. 45. 5.2 – Covid-19: Inteligência urbana na resposta à emergência social. 46. 5.3 – Turismo inteligente: e depois da pandemia?. 47. 5.4 – Ensino no pós-pandemia: desafios da inclusão territorial. 48. 5.5 – Futuro do comércio: entre a proximidade e a tecnologia. 49. 5.6 – Inteligência urbana e privacidade no combate à pandemia. 50. 6 – A NOVA Cidade. 53. 5.

(6) 6.

(7) 1 – Notas Introdutórias. 7.

(8) O combate à COVID-19 que temos vindo a travar nos últimos meses colocou os autarcas entre os principais protagonistas das múltiplas batalhas diárias que, localmente nas câmaras municipais e juntas de freguesia, estão na linha da frente da resposta às necessidades das populações e na implementação de medidas de prevenção que assegurem, tanto quanto possível, a saúde pública e, paralelamente, as urgentes medidas de recuperação da economia e de resposta à emergência social que desponta. Foi precisamente neste contexto, em que constatamos que aqueles autarcas que adotaram estratégias visando tirar partido da transformação digital para lançar iniciativas de inteligência urbana estão hoje mais bem apetrechados para gerir esta crise, que decidimos lançar os SMART PORTUGAL Webinars. Estas conversas digitais visaram debater, semanalmente e de forma temática, os principais desafios e oportunidades que enfrentamos no quadro da inteligência urbana e coesão territorial no combate à pandemia.. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA Information Management School e Coordenador da 8. NOVA Cidade – Urban Analytics Lab.

(9) Ao longo dos anos de trabalho como autarca, tenho acompanhado de perto o dia-a-dia das pessoas, das famílias, das empresas e das associações do meu concelho. Vivo com eles os momentos felizes e também aqueles que podem, por vezes, ser mais difíceis. A pandemia que atingiu o nosso país e as nossas cidades, vilas e aldeias foi um momento que nos obrigou a procurar reinventar a forma como governamos e gerimos o nosso território, sempre mantendo a proximidade com as populações. Do comércio à saúde e à ação social, do ensino à promoção do turismo e da cultura, os desafios têm sido enormes para todos nós, que nos propomos sempre trabalhar para garantir a coesão do territorial e a inclusão de todos, sem exceção. Os SMART PORTUGAL Webinars foram uma oportunidade para debater o presente e o futuro das nossas comunidades, com os diferentes setores da nossa sociedade e ao mais alto nível, com a certeza de que a inteligência urbana e territorial muito nos pode ajudar neste caminho.. António Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. 9.

(10) 10.

(11) 2 – Sumário Executivo. 11.

(12) Os SMART PORTUGAL Webinars corresponderam a um ciclo de conferências via online promovidos pela NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, o laboratório de inteligência urbana da NOVA IMS – Information Management School, a escola da Universidade NOVA de Lisboa dedicada à gestão de informação e ciência dos dados. As seis conversas digitais decorreram com periodicidade semanal, entre os dias 8 de abril e 13 de maio de 2020. Com um tema previamente definido para cada webinar, o objetivo da iniciativa foi fazer face à necessidade de debater as mais variadas matérias relacionadas com a inteligência urbana, durante o período de estado de emergência em Portugal provocado pela pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2, bem como de que forma pode a mencionada inteligência urbana, os seus instrumentos e diferentes soluções servir para ultrapassar as dificuldades e os impactos da Covid-19 na sociedade e nos territórios. Os debates foram moderados por Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA IMS – Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, e tiveram como participante residente António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”, que têm vindo a distinguir-se como responsáveis pela organização e dinamização de uma vasta quantidade de iniciativas de âmbito nacional em matéria de inteligência urbana, de que é exemplo maior o Smart Cities Tour da ANMP. Foram convidados a participar nos seis webinars protagonistas de diversos sectores e sempre ao mais alto nível de representatividade, incluindo público, privado e social, como membros do governo, representantes da academia ou dirigentes de empresas. Com a intenção previamente determinada de não ultrapassar uma hora de debate, os webinars versaram, de forma mais específica, sobre as temáticas da coesão territorial, resposta à emergência social, turismo inteligente, ensino e inclusão territorial, proximidade e tecnologia no comércio, e privacidade e proteção de dados pessoais. Após uma primeira ronda de exposição por parte dos oradores participantes, o debate incluiu sempre uma segunda ronda de resposta, bem como um espaço aberto a perguntas ou comentários por parte da assistência, tanto nas plataformas ZOOM como Facebook. Além da transmissão em direto nas referidas plataformas ZOOM e Facebook, cada um dos webinars ficou disponível no perfil de Facebook da 12. NOVA Cidade – Urban Analytics Lab. Os SMART PORTUGAL Webinars contaram ainda com a colaboração da Revista Smart Cities, na qualidade de media partner oficial, a quem desde já.

(13) se agradece pela disponibilidade e divulgação desta iniciativa. Espera-se que as sessões dos SMART PORTUGAL Webinars, que se mantêm disponíveis para a consulta de qualquer internauta interessado na temática da inteligência urbana, possam ter contribuído para uma ainda melhor ideação e implementação de estratégias e instrumentos de inteligência urbana nos mais diferentes sectores da sociedade portuguesa, no combate à pandemia da Covid-19 e na gestão dos próximos tempos.. 13.

(14) 14.

(15) 3 – Inteligência urbana em tempo de pandemia. 15.

(16) As estratégias, instrumentos e soluções de inteligência urbana têm vindo a ser promovidas em toda a atividade desenvolvida pela NOVA Cidade – Urban Analytics Lab desde a sua criação, em especial no que respeita ao contributo da mesma para a melhoria da governação das cidades, a promoção da sustentabilidade e a próprio impulso para a inovação, o crescimento económico e a criação de emprego. No entanto, a propagação da pandemia Covid-19 trouxe novos desafios às cidades, vilas e territórios, bem como às comunidades que neles habitam, trabalham ou visitam. As temáticas que se seguem correspondem às matérias escolhidas pela organização dos SMART PORTUGAL Webinars, como áreas-chave para o recurso à inteligência urbana e territorial no combate à pandemia e gestão do chamado período de “desconfinamento”, após a vigência do estado de emergência em Portugal. Para além das dimensões económicas e sociais, abordamos também questões como a utilização de dados pessoais, para melhor gerir momentos de crise como o caso da Covid-19 – nomeadamente a utilização de telemóveis na monitorização da localização de cidadãos em quarentena ou a análise de registos de transações de cartões de crédito de infetados e imagens de câmaras de segurança de forma a recriar os seus movimentos e identificar interações anteriores – e suas implicações éticas, foram alguns dos temas abordados. Em destaque esteve ainda a capacidade da ciência dos dados e da inteligência artificial para antecipar o desenvolvimento da pandemia. Para tal acontecer, é indispensável a libertação dos dados relevantes em tempo real e com a granularidade necessária em Portugal, para que se compreenda os diferentes fenómenos e se antecipe o futuro.. 16.

(17) 3.1 – Coesão territorial A capacidade da inteligência urbana desempenhar um papel chave no combate à pandemia e de ser uma arma efetiva nas várias frentes de batalha foi o primeiro tema escolhido para debate nos SMART PORTUGAL Webinars.. Inteligência Urbana e Coesão Territorial Oradores convidados:. Nelson de Souza Ministro do Planeamento. António Saraiva Presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal. Alexandre Fonseca Presidente Executivo da Altice Portugal. Painel residente:. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA IMS, Coordenador da NOVA Cidade. António Almeida Henriques Presidente da CM Viseu, Vice-Presidente da ANMP. O primeiro webinar realizou-se na quarta-feira, 8 de abril, tendo assumido as smart cities e a coesão territorial em contexto de pandemia como destaque. Teve como objetivo geral debater temas como o regime de teletrabalho, o ensino à distância e os serviços remotos, enquanto desafios ou oportunidades para o futuro da inteligência urbana e do reforço da coesão territorial. Neste sentido, os oradores convidados foram o Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, responsável no governo por matérias relacionadas com os desafios estratégicos e investimentos que o país enfrenta; o Presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, representando o sector da indústria nacional ao mais alto nível; e o Presidente Executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, que tem vindo a liderar. 17.

(18) a adaptação das infraestruturas de telecomunicações em Portugal, para fazer face às exigências da pandemia. A importância da transformação digital para fortalecer a economia portuguesa, depois da crise provocada pela COVID-19, e a necessidade de procurar novos modelos de negócio, reuniram consenso no primeiro webinar dedicado à coesão territorial. Miguel de Castro Neto abriu a sessão lançando o repto: “será a inteligência urbana uma resposta aos desafios que a pandemia coloca e capaz de apoiar a recuperação económica de que iremos necessitar assegurando simultaneamente uma maior coesão territorial?” De acordo com o Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, o Governo Português encontra-se já a preparar o período pós-CODIV 19, que prevê a promoção de modelos de negócio que passam pelo reforço da utilização da tecnologia e pela qualificação de pessoas e organizações, incluindo a administração pública. António Almeida Henriques salientou o carácter extraordinário da situação que se tem vivido nas últimas semanas, explicando que os responsáveis políticos estão a trabalhar “num cenário que não estava previsto, com uma grande dose de imprevisto.” Acrescentando ainda que a primeira preocupação para a sociedade portuguesa nesta situação de exceção é “a saúde, mas depois vem o apoio aos cidadãos” e às empresas, sendo que “é necessário pensar no dia seguinte [à pandemia]”. O mesmo sublinhou Nelson de Souza, defendendo ser necessário preparar o futuro, esclarecendo que o pós-crise decorrerá em dois tempos. Primeiro o tempo de “cuidar daqueles que saíram profundamente afetados desta crise2, em que é necessário “assegurar liquidez” e, de seguida, “assegurar aquilo que falta para repor as condições para que essas empresas, que souberam resistir a estas condições dificílimas tenham a sua continuidade.” Acrescentou também que existe “um segundo tempo de aprendermos com esta crise e de avançarmos com aquilo que gostaríamos de ter tido e não tivemos à nossa disposição, que são modelos de negócio diferentes, de acesso à tecnologia e do seu uso eficiente, modelos que exploram convenientemente a capacidade das pessoas com competências adquiridas, e, naturalmente, estratégias que assentem na qualificação das pessoas, das organizações e da administração pública.” 18. Estas declarações seguiram a linha traçada por António Saraiva, sobre a tarefa de recuperar a economia, estabelecendo a transformação digital como imperativo. O presidente da CIP sublinhou que se vive um período de disrupção, que obrigou à alteração de comportamentos, atitudes e for-.

(19) mas de trabalho, mas que as empresas estão a procurar adaptar-se, num processo que requer todo o apoio, com acesso facilitado e rápido. “Temos a tarefa de salvar a economia”, disse, acrescentando que o futuro terá de ser construído com o foco na transformação digital e explorando as oportunidades que a crise também está a criar. Alexandre Fonseca defendeu esta mesma ideia, esclarecendo que “é necessário garantir que as empresas continuam a existir”, para que seja possível preparar o futuro. E, para que isso aconteça, “é fundamental que as medidas, do ponto de vista económico, sejam tomadas com a mesma celeridade com que são tomadas as decisões para proteção das pessoas”, acrescentou. As posições apresentadas mereceram a concordância dos restantes participantes e internautas que acompanharam o primeiro SMART PORTUGAL Webinar, organizado semanalmente pela NOVA Cidade, sublinhando a preocupação com “o dia seguinte” e apontando como necessidades, para o futuro, o reconhecimento da importância da transformação digital, a promoção da literacia digital e a uniformidade de informação no sector público. Foi ainda enfatizado o facto de a rede digital em Portugal ter uma penetração relevante, o que permitiu suportar o aumento significativo de fluxos, em consequência da determinação de confinamento das populações e da exploração do teletrabalho pelas empresas. Neste sentido, Alexandre Fonseca afirmou que “o investimento feito pelos operadores, nos últimos anos, foi decisivo.” António Almeida Henriques concluiu o debate, afirmando ser fundamental “pensarmos no dia de amanhã e pensarmos também para ir refletindo sobre novos modelos de construção da sociedade” e prevendo que o esforço para ultrapassarmos esta situação dramática terá de ser um esforço de todos, incluindo os governos, os autarcas, os empresários, dos trabalhadores e das famílias. O futuro dependerá, portanto, deste esforço conjunto de um Portugal que, com os seus 900 anos de história e um ADN excecional, ultrapassará mais esta dificuldade. Este primeiro encontro serviu de kick-off para o conjunto de webinars semanais que se seguiram, onde se debateu a capacidade da inteligência urbana ter um papel chave no combate à pandemia e desenvolvimento do país. A exigência de garantir a coesão territorial em Portugal, não apenas durante o período de pandemia, mas também e cada vez mais no futuro, foi um elemento com que todos os intervenientes concordaram, como reforçou Miguel de Castro Neto “a inteligência urbana assumirá um papel fundamental neste caminho que o país tem de fazer, com a participação de todos sem exceção e cobrindo todo o território nacional.”. 19.

(20) 3.2 – Resposta à emergência social Os SMART PORTUGAL Webinars reuniram-se pela segunda vez na quarta-feira, dia 15 de abril de 2020, com o objetivo de debater as situações de fragilidade social emergentes no contexto de pandemia, bem como as possíveis respostas e ferramentas ao dispor das instituições.. Covid-19: Inteligência urbana na resposta à emergência social Oradores convidados:. Manuel Lemos Presidente da União das Misericórdias Portuguesas. Humberto Carneiro Provedor da Misericórdiade Póvoa do Lanhoso. João Bento CEO dos CTT. Rui Sabino CEO da ESRI Portugal. Painel residente:. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA IMS, Coordenador da NOVA Cidade. António Almeida Henriques Presidente da CM Viseu, Vice-Presidente da ANMP. O tema da emergência social tem vindo a tornar-se uma questão cada vez mais premente no âmbito da pandemia, em especial no que concerne à situação dos lares ou na possibilidade de alterações relativamente a matéria de criação ou manutenção de empregos, mas também no respeitante aos cidadãos que se encontram mais distantes dos centros urbanos e que podem ter mais dificuldade no acesso aos serviços e infraestruturas. A inteligência urbana assume, neste contexto, um papel fundamental no 20. suporte à gestão do território e à tomada de decisões por parte das entidades públicas, no apoio a quem mais precisa e a quem sofre maiores dificuldades económicas..

(21) Para debater o tema, Miguel de Castro Neto e António Almeida Henriques convidaram para oradores da segunda sessão dos SMART PORTUGAL Webinars Manuel Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, e João Bento, CEO dos CTT, duas instituições de cobertura nacional, que acompanham diariamente e de perto os problemas das populações locais. O debate contou também com a participação de Rui Sabino, CEO da ESRI Portugal, responsável pelos dashboards oficiais dos números da evolução da Covid-19 em Portugal e que identificam também os equipamentos encerrados e eventos cancelados por todo o país. O recurso à tecnologia tem-se revelado essencial no funcionamento da economia, mas também para apoiar quem mais precisa. Foi precisamente a importância do papel da tecnologia na construção de soluções e de respostas ao setor social que serviu de mote para a realização da segunda sessão dos SMART PORTUGAL Webinars, com um painel de especialistas nas áreas da ação social, tecnologia e empresas. Nesta lógica, o webinar teve como tema “Covid-19: Inteligência Urbana na resposta à Emergência Social.” Miguel de Castro Neto enumerou alguns desafios da inteligência urbana, sublinhando que “a transformação digital e a atual capacidade de sensorização possibilita-nos conhecer muito melhor a realidade, o que nos permite planear e agir de forma mais eficiente e até atuar proativamente, mesmo antes de os problemas acontecerem.” Esta opinião foi partilhada também por António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da ANMP, onde é ainda Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. O autarca explicou que a atual pandemia veio expor o “débil conhecimento que a Segurança Social tem sobre a realidade das IPSS”, vincando que a tecnologia terá “um papel importante para melhorar o conhecimento que temos em relação a estas instituições e também para darmos uma resposta melhor às populações mais carenciadas e aos setores mais estigmatizados.” Almeida Henriques defendeu ainda a criação de uma plataforma única de apoio social e uma monitorização mais ativa da população envelhecida, apoiada pela monitorização dos apoios que são diariamente promovidos e ainda a criação de plataformas que permitam a promoção do envelhecimento ativo. Por serem um grupo de risco que tem sido particularmente afetado pelos efeitos do COVID-19, mas também devido às tendências demográficas da sociedade portuguesa, os mais idosos estão no centro das preocupações quer das IPSS, quer dos próprios municípios. O desafio está, portanto, nes-. 21.

(22) te momento em saber como a tecnologia pode ajudar-nos a cuidar melhor dos nossos idosos. Para Manuel Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, é urgente “utilizar a tecnologia para nos adaptarmos às alterações sociais e ao envelhecimento da população”, sendo que há um novo perfil de idosos que está a começar a chegar aos lares e que são pessoas que lidam melhor com computadores e tecnologia. “A tecnologia pode ser um instrumento de combate à solidão e à insegurança dos idosos”, assegura o responsável pela União das Misericórdias Portuguesas. Os exemplos de como a transformação digital já está a ser aplicada no terreno para apoiar as populações mais fragilizadas são inúmeros. Humberto Carneiro, Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa do Lanhoso, deu o exemplo da plataforma GTA- Gestão de Tarefas e Atividades, que permite uma redução do tempo de registos, o reforço da segurança dos utentes e a monitorização de indicadores, entre outras valências. O espírito inovador e disruptivo desta plataforma valeu à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa do Lanhoso o Prémio Saúde Sustentável, na categoria da área dos cuidados continuados. “Este é um caso de como a transformação digital pode ter um papel relevante no desenho de novos de modelos de gestão na nossa atividade”, garante Humberto Carneiro. Mas os exemplos continuam. João Bento, Presidente-Executivo dos CTT, que este ano comemoram 500 ao serviço das populações e chegando a todo o território nacional, salientou algumas das iniciativas tomadas pela sua empresa para responder aos desafios que o COVID-19 trouxe, explicando que, com o surgimento desta pandemia, os CTT aceleraram “algumas iniciativas na área digital para responder às necessidades atuais”. Entre essas iniciativas destaca-se a parceria com a Associação Nacional de Farmácias, que permitiu implementar um serviço de entrega de medicamentos às populações, via CTT. Outra iniciativa relevante dos CTT foi a criação, juntamente com o Ministério da Economia, de lojas online para pequenos comerciantes. Segundo João Bento, “há hoje 700 pequenas e médias empresas que até agora não estavam no comércio online e agora estão”, acrescentando ainda que os CTT disponibilizarão em breve nas suas lojas oficiais kits com máscaras de proteção a preços acessíveis. O esforço da adaptação dos diversos agentes políticos, económicos e sociais à nova realidade digital é também corroborado por Rui Sabino, CEO 22. da ESRI Portugal, responsável pelos dashboards dos números da evolução da Covid-19 em Portugal. De acordo com o dirigente da empresa, “de uma semana para a outra vimos como as empresas passaram a utilizar ferramentas tecnológicas, com base na localização, para gerirem a sua ativida-.

(23) de, assegurarem a continuação de prestação de serviços e monitorizarem os seus colaboradores. Muitas entidades perceberam que a localização é um fator estratégico para as suas atividades”. Rui Sabino deu o exemplo do município de Viseu, que lançou uma aplicação para a gestão e recolha de resíduos que permite comunicar à proteção civil quais são as zonas da cidade que estão limpas e desinfetadas. Há também, neste momento, entidades a utilizar a georreferenciação para fazer a mitigação do contágio do COVID-19. O responsável da ERSI Portugal referiu ainda as muitas plataformas criadas para ajudar a identificar os produtores agrícolas que estão disponíveis para vender os seus produtos. Referiu outrossim os casos das plataformas que identificam as lojas de comércio local abertas, permitindo evitar as grandes concentrações de pessoas nos hipermercados e, ao mesmo tempo, ajudar a dinamizar a economia local. Tudo isto está a ser feito com o recurso à tecnologia e com o foco na georreferenciação. No segundo encontro deste conjunto de webinars semanais, voltou, portanto, a ser debatida a capacidade da inteligência urbana como tendo um papel chave no combate à pandemia e desenvolvimento do país, desta vez no fomento à capacidade de resposta à emergência social. António Almeida Henriques terminou reconhecendo que as novas plataformas comerciais podem vir a ser “a forma de ajudarmos a salvar o nosso comércio de proximidade.” Por outro lado, esclareceu que a área social cada vez será mais importante, na lógica da proximidade, devendo as tecnologias estar ao serviço deste trabalho de proximidade dos diferentes atores que, todos os dias, desenvolvem. Quando queremos, sabemos colaborar uns com os outros e consertar esforços para ajudar os outros.” Se isto é possível fazer neste momento de pandemia, também será possível fazer daqui para o futuro, “em que temos de estar atentos à recuperação da economia e à perspetiva do apoio social.”. 23.

(24) 3.3 – Turismo inteligente O estado do turismo em Portugal e a capacidade que o sector tem para utilizar as novas tecnologias no processo de recuperação que se seguirá à pandemia de Covid-19 foram os temas em debate na terceira sessão dos SMART PORTUGAL Webinars, que se realizou na quarta-feira, dia 22 de abril de 2020, através das plataformas ZOOM e Facebook.. Turismo inteligente: e depois da pandemia? Oradores convidados:. Francisco Calheiros Presidente da Confederação do Turismo de Portugal. Luís Araújo Presidente do Turismo de Portugal. Nuno Ribeiro Co-CEO da Ubiwhere. Painel residente:. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA IMS, Coordenador da NOVA Cidade. António Almeida Henriques Presidente da CM Viseu, Vice-Presidente da ANMP. Este debate teve como convidados o Presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros; o Presidente do Turismo de Portugal, I.P., Luís Araújo; e o Co-CEO da Ubiwhere, Nuno Ribeiro. A iniciativa, que contou também com os participantes residentes António Almeida Henriques e Miguel de Castro Neto, focou-se na atual realidade do turismo. Este tem sido, nos últimos anos, o motor do crescimento da 24. economia portuguesa, mas também é dos sectores mais afetados pelos efeitos globais da pandemia de Covid-19. O período que se segue à abertura dos mercados, depois da redução ou le-.

(25) vantamento das medidas de contingência para evitar a propagação da Covid-19, constitui um teste à capacidade dos agentes económicos do sector do turismo para revitalizarem os seus negócios, mas também à capacidade de Portugal manter a sua capacidade e potencial de atração turística. O pós-pandemia representa agora, também, um desafio para as soluções de inteligência urbana ao serviço do turismo, que já vinham sendo utilizadas de forma crescente ao longo dos últimos anos, e que podem agora servir ainda melhor o desenvolvimento do setor. É, por isso, essencial tirar partido dos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos, alicerçados na utilização de soluções analíticas capazes de explorar o big data disponível, o que permitirá melhorar a gestão dos locais com maior atração e promover outros destinos com elevado potencial e que ainda não foram descobertos. Os participantes na terceira sessão dos SMART PORTUGAL Webinars, dedicado à atual situação do turismo, acreditam que o sector vai, naturalmente, retomar a atividade, mas agora em estritas condições de segurança, para gerar confiança nos consumidores. A tecnologia terá também neste sector um papel essencial a desempenhar na gestão do pós-pandemia. Neste debate, o Presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, defendeu que Portugal tem de ser considerado “um destino [turístico] extraordinariamente responsável e seguro, do ponto de vista sanitário”, para que o sector do turismo possa retomar a atividade, a médio prazo, após o levantamento gradual das restrições impostas pelo combate à pandemia de Covid-19. Esta perceção começa a ser construída agora, com as medidas adotadas e com a preparação da reabertura da economia. Acrescentou ainda Francisco Calheiros que o nosso país tem de ser considerado “o santuário da sanidade, porque vai ser importante ser um exemplo, quando a retoma vier.” António Almeida Henriques referiu a importância do sector do turismo na economia, que, em cinco anos, mais do que triplicou o número de dormidas, para cerca de 350 mil, e registava taxas de crescimento da ordem dos 13%, antes de sofrer aquilo a que Miguel de Castro Neto intitulou de “impacto brutal” e “incalculável, no curto prazo”, da pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2 (o novo coronavírus). No entanto, António Almeida Henriques considera que, apesar da violência da provação criada pela pandemia, o turismo português continua a ter condições para recuperar. Asseverou o autarca de Viseu que “Portugal é uma boa marca, do ponto de vista do turismo interno, mas também internacional”, afirmou, acrescentando que se trata de um “bom ponto de partida” para a recuperação e “as competências continuam cá”.. 25.

(26) O Presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, concordou com António Almeida Henriques, sublinhando que “os recursos de Portugal estão cá” e que o objetivo tem de ser manter a capacidade para responder à procura, depois da pandemia, acrescentando que Portugal tem “de estar na linha da frente quando derem o sinal de partida [para a retoma] e com o motor a trabalhar.” Luís Araújo apontou ainda que a recuperação passa, obviamente, por continuar a existir oferta, mas também pelas conectividades – “porque tem de haver voos” – e pela análise dos mercados, que não vão retomar todos ao mesmo tempo. Sustentou o responsável pela Autoridade Nacional de Turismo que o foco inicial será o mercado interno, que é responsável por quase 35% das dormidas, seguindo-se Espanha, que Almeida Henriques considera como o “mercado interno alargado”, especialmente para os concelhos do interior português, que se encontram mais próximos da raia. Para que tal aconteça, a confiança é, portanto, fundamental, mas também a criatividade para a reinvenção do sector, que passa, por exemplo, pelo tratamento da informação existente, pela promoção direta através de canais digitais e pela criação de redes colaborativas na oferta turística. E aqui entra, necessariamente, a tecnologia, que, como refere o Co-CEO da Ubiwhere, Nuno Ribeiro, permite ajudar a criar as condições para concretizar a perceção de segurança necessária à confiança de quem visita Portugal. Isto traduz-se, naturalmente, na gestão dos acessos, na vigilância para que se evite a aglomeração e pessoas, na análise de indícios de doença, no próprio apoio para tornar a experiência mais segura, através, por exemplo, de assistentes virtuais e de check-in automático. António Almeida Henriques acrescentou ainda que, da experiência que tem sido desenvolvida, ao longo dos últimos 4 anos, com o Smart Cities Tour, por vezes há uma ideia de que a tecnologia parecia separar as pessoas. Ora, este é o momento em que nos apercebemos todos que é exatamente a tecnologia que nos passou a aproximar. Desde a família aos amigos ou até mesmo aos vizinhos que nem se conheciam e passaram a conhecer-se. “E porque não aproveitar estas redes colaborativas para fazer chegar lá fora conteúdos de Portugal que, por vezes, são até desconhecidos?” Podemos, por isso, com as soluções tecnológicas e a inteligência urbana, transformar este momento numa oportunidade, também no setor do Turismo. Miguel de Castro Neto encerrou os trabalhos do webinar, salientando a 26. importância que as redes colaborativas terão neste futuro próximo. Torna-se, cada vez mais, essencial mapear e conhecer melhor a realidade, usando a tecnologia para “conhecer e poder comunicar a experiência insubstituível que é visitar o nosso território.”.

(27) 3.4 – Ensino e inclusão territorial O ensino e a forma como o setor tem de se adaptar às contingências do estado de exceção provocado pela pandemia de Covid-19 foi o tema da quarta sessão dos SMART PORTUGAL Webinars, que se realizou na quarta feira, dia 29 de abril, pelas 17:00, e que teve como convidados o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa; a Reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas; e Presidente-executivo da RTP – Rádio e Televisão de Portugal, Gonçalo Reis.. Ensino no pós-pandemia: desafios da inclusão territorial Oradores convidados:. João Costa Secretário de Estado Adjunto e da Educação. Ana Costa Freitas Reitora da Universidade de Évora. Gonçalo Reis Presidente-Executivo da RTP – Rádio e Televisão de Portugal. Painel residente:. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA IMS, Coordenador da NOVA Cidade. António Almeida Henriques Presidente da CM Viseu, Vice-Presidente da ANMP. Como habitual, a quarta sessão dos SMART PORTUGAL Webinars contou com a intervenção dos participantes residentes António Almeida Henriques e Miguel de Castro Neto, que receberam os convidados e deram início aos trabalhos. Foi reconhecido por todos que o sistema de ensino foi alvo de uma disrupção repentina, devido ao confinamento decretado em pleno decurso do ano letivo. Esta realidade obrigou a que fossem encontradas, rapidamen-. 27.

(28) te, soluções que permitissem o cumprimento de objetivos dos sectores da educação e do ensino superior. O debate proposto neste SMART PORTUGAL Webinar versou sobre a capacidade de o ensino responder ao desafio de chegar a todos os pontos do país, cumprindo a sua função numa situação de exceção como aquela que o país tem vivido, no âmbito da pandemia. Procura-se, nos dias de hoje, identificar as necessidades e as soluções existentes, especialmente no que respeita ao ensino à distância, que ganhou proeminência durante este período, e o que pode ser apreendido com outras experiências de serviços apoiados em novas capacidades tecnológicas já desenvolvidas. Cumpre retirar desta sessão a importante mensagem apresentada por Gonçalo Reis, Presidente Executivo da RTP: “Informar, entreter e educar. Educar é uma das componentes fundamentais do serviço público”, afirmando que o “Estudo em Casa” veio para ficar. Gonçalo Reis insistiu que “os méritos do estudo em casa são méritos permanentes, válidos daqui a seis meses, daqui a um ano. Este é um serviço que veio para ficar”. O “Estudo em Casa” foi, deste modo, uma das soluções encontradas pelo Governo, em parceria com o serviço público de televisão, para garantir o acesso a conteúdos educativos a todas as crianças do Ensino Básico e tem batido recordes de audiências nas manhãs televisivas. “Temos aulas com 500.000 pessoas”, explicou Gonçalo Reis. O serviço está disponível também na RTP Play, onde o número de visitantes semanais passou de um milhão para 1.8 milhões, e chega ainda a Angola e a Moçambique. “Temos relatos de avós que vêm a telescola para aprenderem e terem conversa com os netos, é um espaço de comunidade”, adiantou o Presidente Executivo da RTP. O mencionado serviço – que é necessariamente público – nasceu da necessidade de inclusão e coesão social e territorial do ensino, no atual contexto de pandemia. Com esta iniciativa, “constatou-se o que se sabia: que todos os alunos tinham acesso a TV, mas muitos não têm acesso a PC ou tablet. Mais grave, constata-se mais do que nunca, que a cobertura de fibra ótica não existe numa boa parte do país, o que coloca os cidadãos numa situação de grande desigualdade.” Adiantou, aliás, António Almeida Henriques que “só no concelho de Viseu, cerca de um terço não está coberto para não falar da inexistência 28. de cobertura GSM.” E o autarca deixou o repto ao Governo: “Que se mobilize os operadores, participando de uma forma direta, para que a rede de fibra ótica chegue a todas as casas, não só pelas questões do ensino, mas também da economia, pela promoção da coesão territorial. No GSM o.

(29) mesmo panorama, tantos anos depois existem autênticos buracos negros sem qualquer cobertura, e sem simetria na qualidade de acesso por parte dos operadores.” O plano das infraestruturas, a nível de equipamentos, rede e conectividade, é precisamente o primeiro eixo do Plano para a Transição Digital na Educação, que está a ser ultimado pelo Governo, além da capacitação dos professores e da produção de conteúdos educativos adaptados a esta fase de transição. João Costa, Secretário de Estado Adjunto e da Educação garantiu que o Plano “está a ser produzido de forma muito acelerada nas suas diferentes vertentes”, estrutura financeira e estabelecimento de prioridades. “O atual momento deu-nos uma filigrana das necessidades de equipamentos e de rede por todos e país. O objetivo do Governo é darmos uma resposta muito melhor às escolas no próximo ano letivo, do que aquela que estamos a conseguir dar agora, até porque estamos a falar de operações financeiras de grande complexidade e também de um momento de rutura de stocks”, adiantou o responsável governamental. Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora, destacou alguns avanços permitidos pelo atual momento de restrições, considerando que “há coisas que não voltarão atrás, há uma capacidade dos docentes tirarem dúvidas online, de fazermos reuniões por videoconferência, percebemos que não havia a necessidade de deslocações de professores para júris de provas académicas, os concursos para a carreira docente e não docente têm funcionado bem, tudo isto representa uma poupança enorme. As pessoas não se deslocam, não perdem o seu tempo, não usam o automóvel, não poluem o ar, são enormes vantagens.” No entanto, a Reitora da Universidade de Évora enfatizou a necessidade de voltarmos a viver em sociedade, de alcançar um equilíbrio entre a vivência na academia e a modernização tecnológica, onde a sua Universidade tem vindo a procurar novas soluções para aplicar quer no próximo ano letivo, quer nos sistemas de avaliação ainda este ano. Notou Ana Costa Freitas que “a avaliação como acontecia, não vai acontecer mais. Terá de se fazer necessariamente de forma diferente”, adiantando que seria necessário “ter uma FCT para a inovação pedagógica e termos financiamento para inovação pedagógica.” Acrescentou a responsável académica que “começámos a mudança e devíamos mantê-la”, concluindo “que este é o momento certo”. Para o Secretário de Estado Adjunto e da Educação o atual contexto permitiu-nos mesmo “questionar se a forma como avaliávamos era interessante e justa. Este é um momento para pensarmos, todos, no que é avaliar no contexto educativo”. Mas não só. Afirmou ainda que algumas linhas orientadoras da educação, já identificadas como necessárias, tornam-se. 29.

(30) agora evidentes e urgentes. Desde logo, a necessidade de dominar metodologias múltiplas de ensino e de avaliação; a necessidade de desenvolvimento de competências múltiplas, como a autonomia, a responsabilidade, a resolução de problemas e as competências digitais. Explicou que “é fundamental trabalhar a literacia mediática e a literacia científica, principalmente entre os jovens. As redes sociais estão a ser inundadas por informação sem qualquer credibilidade científica. É essencial trabalharmos dimensões como o pensamento critico” e a importância de diferenciar abordagens pedagógicas. “A necessidade de não termos uma aula igual para todos os alunos tornou-se completamente evidente. E é importante não perdermos isso no final deste período”. No entanto, o responsável político considerou que a principal lição a retirar deste período foi a de que nada substitui, no processo educativo, a relação presencial. Nas suas palavras, “certamente ficaremos com recursos, com outro know-how, mas o ato educativo é, sobretudo, uma relação que se estabelece presencialmente”. E deixou ainda o alerta: “O ensino básico e secundário é um sistema educativo, mas é também um sistema de proteção social. Há crianças que só comem porque comem na escola, há crianças que são identificadas como crianças em risco de violência, de abusos, de negligência, de maus tratos porque a escola deteta estas marcas. Há comunidades e grupos que só estão na escola porque é obrigatório. Com o ensino à distância, essa função social da escola está seriamente comprometida.” João Costa assegurou que foram estabelecidas redes que garantiram a prestação de refeições aos alunos carenciados, bem como a proximidade e a “presencialidade” num momento em que ela esteve impedida, inclusive com redes de voluntários. Verificou-se ainda “uma cooperação muito grande da parte das autarquias, dos municípios, das juntas de freguesia, que têm sido em muitos contextos, em muitos territórios, quem garante este controlo do bem-estar de muitas crianças e jovens, e até de muitas famílias.” Sobre a necessidade de atuar ao nível local, em várias frentes, António Almeida Henriques afirmou que nunca como nesta fase se sentiu “que faz sentido a descentralização, no contexto educativo, da saúde, da proteção civil. Nunca foi tão importante a proximidade, mas, obviamente, sempre em ligação com o poder central”. No âmbito deste processo de reabertura também no setor do ensino, Miguel de Castro Neto terminou sublinhando a importância do contacto entre professores e alunos. Como professor universitário que é, recordou que 30. todas estas novas plataformas têm desempenhado um papel essencial, mas, ainda assim, não garantem totalmente “aquela energia que só existe quando se está na sala com os alunos.”.

(31) 3.5 – Comércio: entre a proximidade e a tecnologia Com a reabertura gradual do comércio, ainda fortemente impactado por medidas restritivas sanitárias, os desafios e as possibilidades tecnológicas ao serviço do setor estiveram em discussão na quinta edição dos SMART PORTUGAL Webinars.. Futuro do comércio: entre a proximidade e a tecnologia Oradores convidados:. João Vieira Lopes Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. Ana Jacinto Secretária-Geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal. Gaspar D’Orey CEO do Dott. Painel residente:. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA IMS, Coordenador da NOVA Cidade. António Almeida Henriques Presidente da CM Viseu, Vice-Presidente da ANMP. O debate realizou-se na quarta feira, 6 de maio, às 17:00, e teve como convidados João Vieira Lopes, Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Ana Jacinto, Secretária-Geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e Gaspar D’Orey, CEO do Dott. Como habitual, também esta sessão dos SMART PORTUGAL Webinars contou com a intervenção dos participantes residentes António Almeida Henriques e Miguel de Castro Neto, que moderaram o debate.. 31.

(32) Num momento em que as relações tradicionais de proximidade no comércio, serviços, restauração e hotelaria, estão fortemente comprometidas, e perante projeções que apontam para a maior recessão global desde 1929, considerou-se essencial discutir o papel da tecnologia na reinvenção destes setores para um regresso progressivo à generalidade das atividades económicas. A atual crise, que ditou o encerramento da generalidade dos estabelecimentos comerciais durante seis semanas, tem sido uma oportunidade para acelerar a transição digital também no comércio de proximidade. Neste âmbito, o Dott, que iniciou a sua atividade há cerca de um ano e é hoje um dos maiores shoppings online do país, registou uma subida de 20%, nos últimos 40 dias, no número de empresas que vendem os seus produtos através da plataforma e conta já com mais de 900 empresas e mais de dois milhões de produtos na sua oferta. Para Gaspar D’Orey, “nada limita que um comerciante que tenha uma loja de rua possa vender para o outro lado do mundo hoje em dia. A tecnologia veio permitir isso. Os retalhistas devem ver o digital como um aliado e como um potenciador do seu negócio.” Esta inovação chegou mesmo à própria realidade das feiras regionais. O Dott organizou, recentemente, a primeira feira digital: a Feira dos Vinhos e do Queijo DOP, “o que significa termos dezenas de pequenos produtores, a vender online para o país inteiro. E já temos várias feiras planeadas para abrir nos próximos meses”. João Vieira Lopes reconheceu o atraso, principalmente do pequeno comércio, no desafio da transição digital, mas destacou as oportunidades do momento. Do ponto de vista do responsável da CCP, “por um lado, muitas pessoas redescobriram este tipo de comércio e, por outro, é a oportunidade de darem o salto tecnológico e integrarem-se na digitalização do conjunto da economia e alargarem a sua capacidade de intervenção. Penso que esse será um dos grandes ganhos à saída desta crise”. Adiantou ainda que, “curiosamente, já tinha existido um salto na crise de 2008, também por más razões, mas que acabaram por criar uma oportunidade. Com o alastramento do desemprego, muitos filhos de comerciantes acabaram por ir trabalhar com os pais e acabaram por rejuvenescer os negócios e serem pioneiros na introdução do digital neste tipo de estabelecimentos.” Uma oportunidade que a Secretária-Geral da AHRESP reconheceu que existe, embora, para isso, seja necessário que as empresas sobrevivam ao atual momento.. 32 19/05/2019. 15/09/2019. 12/01/2020. Resultados de procura por “compras online” no Google Trends. 10/05/2020.

(33) Na perspetiva de Ana Jacinto, existe “aqui uma grande oportunidade para as empresas se digitalizarem e reinventarem, existem grandes oportunidades de construir ofertas interessantes em territórios com menor densidade populacional, mas é necessário que existam empresas”. A representante do sector da restauração e da hotelaria alertava para o facto dos apoios do Governo e da banca não estarem a chegar às empresas, o que leva 27% das empresas inquiridas pela AHRESP a considerarem avançar para processos de insolvência. Estes apoios não se esgotam, contudo, no Governo e na banca. Falar do pequeno comércio é falar de proximidade, também ao nível do poder local. Por isso mesmo, António Almeida Henriques destacou o papel das autarquias, dando o exemplo de Viseu. O município isentou todas as taxas e tarifas das esplanadas até ao final do ano, como forma de compensar os bares e restaurantes pela limitação da sua capacidade, e prepara-se para lançar a campanha “Viseu compra aqui”, com o objetivo de dinamizar o comércio local. O Presidente da Câmara Municipal de Viseu e Vice-Presidente da ANMP admitiu ter “a certeza de que as pessoas vão sentir-se motivadas para comprar mais no comércio de proximidade, até pela dimensão das lojas.” Muito embora tenha reforçado a importância da transição para o digital no pequeno comércio, uma vez que “alguns restaurantes em Viseu serviram mais refeições no último mês, através das vendas online com serviço de entrega, do que serviriam em condições normais.” António Almeida Henriques aproveitou ainda para reter cinco palavras fundamentais para o momento que o país tem vivido e também para os próximos tempos: “confiança, segurança, reinvenção, resiliência e cooperação.” Por isso mesmo, feiras como a de São Mateus, que comemora os seus 628 anos de história, mesmo que não tenham condições para se realizar em termos físicos, não podem deixar de estar presentes na vida dos portugueses na mesma. Ficou já provado que, recorrendo às novas tecnologias, é possível continuar a colocar vários produtos à disposição daqueles que habitualmente visitam estas feiras. Miguel de Castro Neto, que moderou o painel, acabou por recordar a capacidade portuguesa em “encontrar novos caminhos para fazer negócio, apesar da necessidade recorrente de diminuir a burocracia e sistematizar e disseminar a informação visando combinar de forma virtuosa as potencialidades da transformação digital e do comércio eletrónico com as relações humanas e o comércio de proximidade tradicional”.. 33.

(34) 3.6 – Privacidade e proteção de dados pessoais A dicotomia entre a privacidade dos dados e os meios tecnológicos atualmente disponíveis para controlo de um novo surto epidémico esteve em discussão na sexta e última sessão dos SMART PORTUGAL Webinars.. Inteligência urbana e privacidade no combate à pandemia: entre utopia e distopia Oradores convidados:. João Marques Vogal da Comissão Nacional de Proteção de Dados. Jorge Portugal General Manager da COTEC Portugal. Fernando Matos Presidente da Data Science Portuguese Association. Painel residente:. Miguel de Castro Neto Subdiretor da NOVA IMS, Coordenador da NOVA Cidade. António Almeida Henriques Presidente da CM Viseu, Vice-Presidente da ANMP. O debate realizou-se na quarta-feira, 13 de maio, às 17:00, e teve como convidados João Marques, Vogal da Comissão Nacional da Proteção de Dados; Jorge Portugal, General Manager da COTEC Portugal; e Fernando Matos, Presidente da Data Science Portuguese Association, contando, como regularmente, com a intervenção dos participantes residentes António Almeida Henriques e de Miguel de Castro Neto, que moderaram a discussão. 34. As várias possibilidades tecnológicas com vista ao controlo da mobilidade dos cidadãos e de um ressurgimento do pico da infeção, em contraponto com a utilização de dados pessoais e a perda progressiva de privacidade, representaram alguns dos temas a abordar neste último SMART PORTUGAL Webinar..

(35) Fernando Matos, Presidente da Data Science Portuguese Association, reconheceu que “as melhores respostas que devem ser dadas a esta crise podem ser de facto conseguidas através da ciência dos dados e os nossos responsáveis políticos deveriam olhar para este tema com muita seriedade.” O responsável da associação considerou também pouco provável que o país alcance o sucesso na retoma da economia sem a monitorização dos infetados. Para isso, acrescentou que Portugal precisa “de identificar os infetados, não necessariamente com dados como nome e morada, mas sabendo que aquele ID de telemóvel pertence a um infetado. É o nível mínimo de dados de que necessitamos para desenvolvermos aplicações que sejam realmente eficazes.” Fernando Matos defendeu o desenvolvimento de uma app global, disponibilizada por uma das grandes empresas do sector – a Google ou a Apple – e que fosse supervisionada por entidades governamentais, e obrigatória para quem queira sair de casa. Nas palavras de Fernando Matos, “a app aprenderia a calcular uma probabilidade sobre quem poderá estar infetado em virtude dos contactos que teve no passado, e recomendaria testes e confinamento para alguns. Tudo o que fuja muito desta linha, parece-me que não terá muitos resultados. É possível fazer algumas análises quase académicas, mas sem grandes resultados.” Adiantou ainda que olha “com muita frustração para algum do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Deviam estar a ser construídos modelos de risco que prevejam o contágio, nomeadamente em virtude deste relaxamento de medidas, e de que forma isso impactará as necessidades de capacidade extra nos hospitais.” Ora, foi precisamente isso que a COTEC Portugal, em parceria com a NOVA IMS, procurou concretizar. O projeto COVID-19 Insights disponibiliza já, nos dias de hoje, um elemento de estimativa de risco, a nível nacional, regional e por concelho, além de um elemento de previsão, da incidência e prevalência da infeção, mas também do número de internados, nomeadamente em Unidades de Cuidado Intensivo. Notou Jorge Portugal que esta solução “dá-nos a capacidade de antecipar o futuro, para podermos tomar melhores decisões.” O responsável pela COTEC Portugal defendeu a construção de estratégias segmentadas de “desconfinamento” e retoma para cada região e, para isso, acrescentou que “os dados e a inovação ao nível da aplicação de modelos que permitam definir estratégias diferenciadas podem ter um papel muito importante.” No entendimento do dirigente da COTEC Portugal, dados como a capacidade de resposta médica em cada região, a capacidade de teste e deteção da propagação, a estrutura da atividade económica, a mobilidade dos fluxos regionais, entre outros, permitiriam traçar o perfil e uma estratégia diferenciada a nível regional. Dados e modelos que, em nenhum momento, devem colocar em causa os direitos conquistados pelos cidadãos ao longo da história da Humanidade.. 35.

(36) Jorge Portugal adiantou também que “a forma como a Europa, e o nosso país em particular, entende os direitos, liberdades e garantias, deve ser preservada. Não deve haver dúvidas sobre essa matéria.” Estas questões de privacidade prendem-se não só com a própria natureza dos dados, mas também com a construção dos modelos. No entendimento do responsável da COTEC, “o artigo 22º do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), que regula a aplicação dos algoritmos, a necessidade da transparência e explicabilidade dos algoritmos, é um aspeto inegociável. Temos uma grande aversão a aplicações que são caixas negras, cujos algoritmos não são conhecidos, nem validados.” Foi dado como bom exemplo Singa-. 36 COVID-19 Insights (https://insights.cotec.pt).

(37) pura, “que publicou o seu algoritmo de tracing, de forma a que qualquer pessoa possa testá-lo e ver o que está lá dentro.” Já sobre a natureza dos dados, o RGPD que, em 2018, veio limitar o acesso a dados pessoais, regula, no entanto, diferentes níveis de acesso e utilização dos dados em função do contexto. João Marques explicou que “existem no regulamento fundamentos que nos habilitam a tratar essa informação, para os efeitos, nomeadamente, de garantir a saúde pública da sociedade.” O vogal da CNPD acrescentou que o RGPD não proíbe o uso de dados pessoais, mas sim regula a sua utilização em função das necessidades. Ademais, “a questão não é se posso usar ou não dados pessoais, mas até que ponto necessito dessa identificabilidade para garantir os resultados a que me proponho, e se posso ou não introduzir mecanismos de ruído nessa informação, para garantir o mínimo de intrusão possível na privacidade das pessoas.” Na prática, António Almeida Henriques notou que o atual regime cria dificuldades para quem está no terreno, explicando que “para um autarca é essencial termos os dados de alguém que tenha testado positivo e que esteja confinado para o podermos apoiar, fazendo-lhe chegar alimentos e medicamentos, por exemplo.” O Presidente da Câmara Municipal de Viseu e Vice-Presidente da ANMP alertou ainda para a dificuldade da partilha de dados em Portugal. “Quase que cada instituição tem a sua própria leitura números. Quando a autarquia, no âmbito da proteção civil, quis saber com rigor todos os utentes dos nossos lares e de quem estava em assistência domiciliária, os dados compilados pela autarquia versus os dados da segurança social, dava uma diferença de 1000 pessoas. O que é um número que nos preocupa. É importante que as várias instituições que desenvolvem serviço público possam ter uma partilha mais transparente de dados. Falta interação entre as várias instituições. Diria que ainda estamos nos antípodas daquilo de deveria ser o modelo de organização do Estado.” Ainda assim, no âmbito desta temática, o autarca de Viseu reconhece que, como lembra a sabedoria popular, “no meio está a virtude” e será possível encontrar um caminho e soluções ponderadas, com a participação de todos os atores. No encerramento do webinar, Miguel de Castro Neto destacou ainda a necessidade da disponibilização de dados abertos e harmonizados, explicando que “hoje temos de facto uma oportunidade para desenvolver projetos muito interessantes, caso os dados estejam disponíveis num formato aberto e padronizado.” Esta foi mais uma evidência de que ainda há um longo percurso a realizar na utilização dos dados, de forma segura, para promover o bem-estar e a saúde dos cidadãos.. 37.

(38) 38.

(39) 4 – Conclusões e perspetivas futuras. 39.

(40) Ao longo de seis sessões dos SMART PORTUGAL Webinars, foi possível verificar que a inteligência urbana, a analítica urbana e a utilização dos dados podem desempenhar um papel essencial, não apenas no planeamento e na governação dos territórios e prestação de serviços de qualidade aos cidadãos, mas também em momentos cruciais como aquele que atualmente vivemos. Desde temas relacionados com a coesão e a inclusão territorial, em que se procura que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços a serem prestados pelas entidades públicas, independentemente do local onde vivam – e estes serviços incluem o ensino, a saúde ou o apoio social –, ao próprio acesso ao comércio ou a turismo adaptado à modernidade, a inteligência urbana ou territorial apresenta-se como um instrumento que será cada vez mais necessário para o futuro, mas que o é já no presente. A participação nos SMART PORTUGAL Webinars de representantes dos mais diversos sectores, desde a administração central à local, passando pelo sector social ou pelas grandes empresas multinacionais ou empresas de menor dimensão, é o reconhecimento de que a realidade da pandemia em Portugal é um problema real e a inteligência urbana apresenta os instrumentos e as soluções para que o combate a este flagelo possa ser um caminho mais suave e garantir a todos a esperança de que será possível ultrapassar este momento, como o foi noutro momentos da História. Não será a primeira vez que se referirá que os dados são o petróleo do século XXI. É urgente utilizá-los, mas é também urgente saber como fazê-lo. A NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, em colaboração com os seus parceiros, em especial também a ANMP, tem desenvolvido um trabalho intenso nesta matéria, com as diversas iniciativas e projetos que tem idealizado e implementado. E este tempo em que as nossas comunidades foram afetadas por uma crise sem precedentes, é mais um momento em que não quisemos ficar de fora. A inteligência e a analítica urbanas fazem parte do ADN da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, que estará ao lado de quem, no terreno, procura servir as comunidades locais, a sustentabilidade, a economia e agora, mais do que nunca, também a saúde das nossas populações.. 40.

(41) 41.

(42) 42.

(43) 5 – Fichas técnicas dos Webinars. 43.

(44) A presente secção destina-se a identificar as características e especificidades de cada webinar, explicitando a data e hora de cada sessão, bem como os oradores e as métricas relativas à participação e divulgação do mesmo.. 44.

(45) 5.1 – Inteligência Urbana e Coesão Territorial no Combate à Pandemia Data:. → 8 de abril de 2020, 17:00 horas. Oradores convidados:. → Nelson de Souza, Ministro do Planeamento → António Saraiva, Presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal → Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal. Painel residente:. → Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA IMS – Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab → António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. Métricas de participação. → ZOOM: 50 participantes → Facebook: 2003 Pessoas alcançadas; 603 Interações; 8 partilhas; 1,1 mil visualizações. Link para a sessão em Facebook:. https://tinyurl.com/iu-coesao-territorial. 45.

(46) 5.2 – Covid-19: Inteligência urbana na resposta à emergência social Data:. → 15 de abril de 2020, 17:00 horas. Oradores convidados:. → Manuel Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas → João Bento, CEO dos CTT → Rui Sabino, CEO da ESRI Portugal. Painel residente:. → Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA IMS – Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab → António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. Métricas de participação. → ZOOM: 60 participantes → Facebook: 2776 Pessoas alcançadas; 789 Interações; 13 partilhas; 1,5 mil visualizações. Link para a sessão em Facebook:. https://tinyurl.com/iu-resposta-emergencia. 46.

(47) 5.3 – Turismo inteligente: e depois da pandemia? Data:. → 22 de abril de 2020, 17:00 horas. Oradores convidados:. → Francisco Calheiros, Presidente da Confederação do Turismo de Portugal → Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal → Nuno Ribeiro, Co-CEO da Ubiwhere. Painel residente:. → Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA IMS – Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab → António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. Métricas de participação. → ZOOM: 250 participantes → Facebook:3678 Pessoas alcançadas; 1222 Interações; 17 partilhas; 2,1 mil visualizações. Link para a sessão em Facebook:. https://tinyurl.com/turismo-inteligente. 47.

(48) 5.4 – Ensino no pós-pandemia: desafios da inclusão territorial Data:. → 29 de abril de 2020, 17:00 horas. Oradores convidados:. → João Costa, Secretário de Estado Adjunto e da Educação → Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora → Gonçalo Reis, Presidente-Executivo da RTP – Rádio e Televisão de Portugal. Painel residente:. → Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA IMS – Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab → António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. Métricas de participação. → ZOOM: 60 participantes → Facebook: 1870 Pessoas alcançadas; 570 Interações; 8 partilhas; mil visualizações. Link para a sessão em Facebook:. https://tinyurl.com/ensino-pos-pandemia. 48.

(49) 5.5 – Futuro do comércio: entre a proximidade e a tecnologia Data:. → 6 de maio de 2020, 17:00 horas. Oradores convidados:. → João Vieira Lopes, Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal → Ana Jacinto, Secretária-Geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal → Gaspar D’Orey, CEO do Dott. Painel residente:. → Miguel de Castro Neto, Subdiretor da NOVA IMS – Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab → António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Presidente da Mesa da Secção de Municípios “Cidades Inteligentes”. Métricas de participação. → ZOOM: 50 participantes → Facebook: 1351 Pessoas alcançadas; 242 Interações; 5 partilhas; 588 visualizações. Link para a sessão em Facebook:. https://tinyurl.com/futuro-comercio 49.

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