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Newsletter Área do Apoio Social

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Academic year: 2021

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Área de Apoio Social

Newsletter Área de Apoio Social

Chegamos ao fim do 3.º ano da publicação da newsletter da Área de Apoio Social e neste editorial vou destacar duas ações de que nos orgulhamos:

Participação no livro SERVIÇO SOCIAL NA SAUDE – Capitulo - Serviço Social e qualidade em saúde contexto hospitalar – já publicado. A preocupação constante com a qualidade prestada aos utentes pelas organizações de Saúde é imperativa. O serviço social na área da saúde surge associado a uma função histórica, no acesso aos cuidados de saúde na qualificação e humanização dos serviços. Neste sentido, de acordo com a moldura da humanização de cuidados e de forma a incentivar a criação e implementação de sistemas e processos da eficácia das práticas profissionais do assistente social temos, progressivamente, vindo a assistir à elaboração e identificação de distintos indicadores de qualidade nas organizações de saúde enquanto premissa para a adesão a padrões de elevada qualidade nos cuidados de saúde ao utente. Este trabalho, parte do conhecimento e da prática dos Assistentes Sociais integrados numa organização de saúde acreditada.

A concepção de uma Escala de Complexidade de Intervenção Social em Adultos em Contexto Hospitalar (ECISACH), instrumento que permite aferir, com rigor, o nível de complexidade da intervenção dos Assistentes Sociais dos hospitais.

Esta escala destaca o contexto sócio familiar do doente, tendo em conta as diferentes limitações e potencialidades, à situação clínica e ao número de acções realizadas durante o processo de intervenção profissional. A conjuntura actual do país faz apelar à iniciativa e criatividade dos Assistentes Sociais (como tem acontecido), uma vez que se procura responder de forma adequada e, cada vez mais, promover a criação de respostas para as situações de grande complexidade, procurando sinergias junto dos parceiros.

Quero agradecer a todas as equipas a disponibilidade e vontade de manter o Apoio Social com identidade própria, promovendo o diálogo que una o saber, o saber ser, o saber estar e o saber fazer. BEM HAJAM. Até Breve!

Maria Augusta Lopes (Coordenadora da Área de Apoio Social CHLC) N. º 6 F E V E R E I R O 2 0 1 3 M A R I A A U G U S T A L O P E S C o o r d e n a d o r a Á r e a d e A p o i o S o c i a l C H L C , E P E F I C H A T É C N I C A Á r e a d e A p o i o S o c i a l C H L C , E P E R E S P O N S Á V E L P E L A E D I Ç Ã O A n a R i b e i r o C o n v i d a d o s N e s t a E d i ç ã o : R i t a B a r a t a ( C a s a d o G i l ) P a r t i c i p a ç ã o N e s t a E D I Ç A O : D â n i a I s m a i l F á t i m a X a r e p e I n ê s E s p í r i t o S a n t o I s a b e l F . C o s t a M a r t a T r i n d a d e T â n i a G a m a n h o

Editorial

O que eu ouço, ESQUEÇO

O que eu vejo, LEMBRO

O que eu faço, APRENDO

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Nos passados dias 9 e 10 de Outubro a Fundação Casa do Gil desenvolveu o encontro nacional de respostas sociais pós-hospitalares no auditório do Oceanário de Lisboa.

Depois destes dois dias de comunicações, onde se teve contacto com várias instituições, técnicos, práticas – e que se revelaram extremamente importantes na forma como olhamos para a nossa intervenção isoladamente ou mesmo para a inter-venção em rede.

Quando se fala em intervenção social é importante especificar o enquadramento: médico, educativo-pedagógico, social e emocional-afectivo, e porque, neste enquadramento, na vida da criança e do jovem é necessário envolver a família, as institui-ções governamentais, equipamentos sociais e a comunidade em geral.

Na sequência destes dois dias, existem duas questões que se colocam:

Que caminhos a seguir? E que soluções encontrar?

Os caminhos são todos os que foram explana-dos ao longo das diversas comunicações mas, acima de tudo, é sempre possível reinventar práticas.

As soluções a encontrar passam, resumida-mente, por dois aspectos. O primeiro, o esta-belecimento de prioridades e o segundo, a cooperação entre as entidades e de uma for-ma for-mais flagrante entre o nosso país e os PALOP onde são necessárias condições médi-cas e sociais de tratamento.

Ficamos todos a aguardar o II Encontro. Rita Barata

P á g i n a 2

I Encontro Nacional de Respostas Sociais Pós

I Encontro Nacional de Respostas Sociais Pós

I Encontro Nacional de Respostas Sociais Pós

I Encontro Nacional de Respostas Sociais Pós----Hospitalares

Hospitalares

Hospitalares

Hospitalares

Caminhos e Soluções

Caminhos e Soluções

Caminhos e Soluções

Caminhos e Soluções

N e w s l e t t e r Á r e a d e A p o i o S o c i a l

Destacamos quatro pontos fundamentais de resumo:

∗ Partilhar uma visão opti-mista e positiva das capa-cidades de mobilização das entidades

∗ A intervenção passa efec-tivamente por equipas multidisciplinares, com recursos.

∗ É importante incentivar cada vez mais a preven-ção primária orientada para as famílias.

∗ Deixar esta ideia que cada criança é um ser único – que apresenta as suas fragilidades, sensa-ções e leituras próprias – cada criança tem o seu ritmo que é importante observar e respeitar.

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N e w s l e t t e r Á r e a d e A p o i o S o c i a l

“A área da Procriação Medicamente Assistida implica a necessidade de um envolvimento multidisciplinar na avaliação do casal. Consi-dera-se imperioso a colaboração regular do Serviço Social na aludida abordagem por forma a assegurar uma decisão final na ava-liação do casal que previna situações de risco das crianças que venham a nascer na sequên-cia de técnicas de PMA”. Graça Pinto (2011) - Directora da UMR/MAC.

Face a um diagnóstico de infertilidade, temos que ter presente que este é um aconteci-mento indutor de sofriaconteci-mento que poderá contribuir para alterações com uma difícil adaptação ao nível do contexto social. Neste sentido, as razões que levam um homem ou uma mulher, sejam elas conscientes ou inconscientes num determinado período da sua vida, a querer ter um filho, relacionam-se com uma multiplicidade de aspectos e razões: biológicas, sociais ou psicológicas, sendo por vezes difícil identificar face à sua interligação e complexidade.

Assim, a avaliação social pretende:

∗ Ser um instrumento de informação e análise permitindo um melhor entendi-mento e conhecientendi-mento da dinâmica sócio relacional do casal;

∗ Ser um espaço de partilha / expressão de sentimentos e aconselhamento para o casal;

∗ Avaliar a vivência da patologia infecciosa e o seu impacto na dinâmica individual e conjugal;

∗ Compreender o desejo na mulher e no homem para o exercício da parentalida-de.

Durante o ano de 2012 foram avaliados socialmente, no Pólo MAC – CHLC, 193 casais, o que se traduz em 579 entrevistas sociais, das quais 386 individuais e 193 de casal.

Em 32% das situações, pelo menos um dos elementos, tinha patologia crónica com indi-cação para técnicas de procriação medica-mente assistida.

Fátima Xarepe, Isabel Freitas e Costa, Marta Trindade, Tânia Gamanho

P á g i n a 3

INTERVENÇÃO SOCIAL EM PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

- PÓLO MAC (CHLC) -

Avaliar uma relação conjugal é muitas vezes um acto não definitivo, a dinâmica relacional é influenciada por variáveis voláteis tais como: momentos de paixão, ternura, raiva, desconfiança, proximidade, distanciamento, conflitos, mudanças constantes do contexto social actual… J.Gameiro (2012) - Psiquiatra / Terapeuta Familiar .

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O acompanhamento implica a definição de um plano de cuidados com o utente, no qual são considerados aspectos essenciais ao sucesso do tratamento como a capacitação para a ges-tão da doença, desenvolvimento da coesão familiar, informação funcional e orientação em termos de recursos comunitários, elaboração de metas a atingir e inserção sócio cultural. Todos estes aspectos são trabalhados a par de um suporte emocional contínuo.

O acompanhamento ao utente/ família assen-ta em redes de suporte formal e informal. Na primeira é contemplada a família e os seus amigos ou conhecidos; na segunda, está inseri-da a embaixainseri-da do país de origem em Portu-gal, entre outros recursos da comunidade pro-porcionados pelo Estado português, engloban-do a área da Saúde, a Educação, a Justiça, a Protecção de Crianças, entre outras.

O Assistente Social constitui-se como elemen-to integrado numa equipa multidisciplinar, sendo esta uma forma de contornar os cons-trangimentos existentes, actuando numa pers-pectiva de sucesso na transferência adequada do utente do HDE para a comunidade ou para outra instituição e, se necessário na garantia da continuidade da prestação de cuidados.

Dânia Ismail (Assistente Social do HDE)

P á g i n a 4

A Intervenção Social na Unidade de Ortopedia

- constrangimentos -

N e w s l e t t e r Á r e a d e A p o i o S o c i a l

O Serviço Social procede à mediação entre as responsa-bilidades do Governo portu-guês e as da embaixada do país de origem, preenchen-do a lacuna social preenchen-do utente que, de outra forma, ficaria sem suporte quer a nível informativo, quer a nível de obtenção de recursos na comunidade portuguesa, onde estarão inseridos durante o seu tratamento.

O Serviço Social do Hospital Dona Estefânia (HDE) atua ao nível do acolhimento social dos utentes da Unidade de Ortopedia, com particular incidência na recolha de informação relevante que permita assegurar a continuidade de cuida-dos e a preparação da alta. Esta recolha de infor-mação deve conter alguns itens essenciais, como a nacionalidade, etnia, religião, escolaridade, situação profissional dos familiares, as suas con-dições socioeconómicas e habitacionais.

O acolhimento sistemático é sempre justificado, em utentes provenientes de países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP’ s), pois estes reúnem fatores críticos que justificam, por si só, a intervenção do Serviço Social, tais como a inserção sócio cultural, a ausência de apoio ao nível de ação social local, a inacessibilidade ao Sistema Nacional de Saúde, a ausência de apoio familiar, o prolongamento do tratamento / pro-telamento da alta hospitalar e o incumprimento das responsabilidades estabelecidas no Acordo de Saúde, por parte das embaixadas. Estes fato-res apfato-resentam-se como constrangimentos à intervenção social, podendo ocorrer em qual-quer momento do processo de acompanhamen-to até à alta hospitalar.

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O Serviço Social pode ser considerado uma das profissões mais exigentes e desgastantes nos tem-pos actuais, por ser das mais implicadas nas situa-ções de vulnerabilidade social, em ambientes dis-funcionais, complexos e conflituosos, partilhando com utentes e seus familiares, momentos de medo, angústia, ansiedade, sofrimento, procuran-do de forma integrada e participada construir um projecto de vida sustentável e saudável como res-posta a estas situações problemáticas (Pinto, 2009).

A par da satisfação dos utentes, da qualidade dos cuidados e da eficiente utilização dos recursos, a satisfação dos profissionais é referida na Lei de Bases da Saúde e no Plano Nacional da Saúde 2004-2010, apontando a satisfação dos profissio-nais como um dos 4 critérios de avaliação periódi-ca do SNS, bem como uma Estratégia para a Ges-tão na Mudança, para melhorar os indicadores de desempenho e no apoio à decisão na avaliação do grau de satisfação dos profissionais de saúde.

Considera-se a satisfação profissional um binómio quanto à sua importância profissional/ organiza-ção. Expósito defende que as teorias de qualidade de vida laboral têm como premissa que os profis-sionais, para contribuir na melhoria da qualidade dos cidadãos e de serviço, têm de estar motivados e satisfeitos com as actividades que realizam.

De modo a identificar e conhecer o nível de satis-fação laboral dos Assistentes Sociais do CHLC, foi

aplicado um questionário conce-bido pelo Prof. Josep L. Meliá (1998) versão reduzida S20/23 e readaptado para avaliação dos AS do CHLC, no decorrer do ano 2012.

Lloyd et al. (2002) referem que os assistentes sociais têm sido identificados nos grupos profissionais sujeitos a experienciar no trabalho situações de risco, stress e burnout.

N e w s l e t t e r Á r e a d e A p o i o S o c i a l P á g i n a 5

O questionário é constituído por 29 itens distri-buídos em 5 factores.

A satisfação com a supervisão avalia sobretudo, as relações pessoais com a hierarquia, a supervisão sobre o trabalho que realiza, o tipo, a proximidade e a frequên-cia com que é feita;

73% de satisfação

A satisfação em relação ao ambiente físico corresponde às percepções que os AS têm em relações às instalações da Área de Apoio Social, espaço físico, higiénico, ilumina-ção, ventilação e climatização;

78% de insatisfação

A satisfação quanto aos benefícios e políticas da organização corresponde ao salário, formação e promoções que o CHLC promove, bem como nas negociações da con-tratualização de benefícios e direitos laborais;

91% de insatisfação

A satisfação intrínseca ao trabalho está relacionado as oportunidades de promo-ção, com a autonomia para realizar as actividades e do sentimento de realização com o seu exercício profissional;

59% de satisfação

A satisfação com a participação avalia o poder de decisão e a autonomia com que os AS realizam as suas tarefas no âmbito da sua prática profissional, bem como se consideram ter um papel preponderante na cooperação da equipa de trabalho e na partici-pação nas decisões da área de apoio social.

72% de satisfação

Os resultados reflectem o facto dos participan-tes se mostrarem mais satisfeitos com a dimen-são intrínseca à actividade profissional e a pos-sibilidade de participarem activamente no desenvolvimento da Área de Apoio Social, reve-lando-se menos satisfeitos com os aspectos extrínsecos (ambiente físico, politicas organiza-cionais e benefícios). O trabalho assume uma importância central na vida do ser humano pelo desafio e sensação de utilidade que cria e não apenas pelas recompensas que acarreta como o salário e o estatuto social (Francès, 1984).

Inês Espírito Santo (Assistente Social do HSM)

S

AT I S F A Ç Ã O

L A B O R A L

D O S

A S S I S T E N T E S

S O C I A I S

D O

C H L C

Houve uma participação de 30 Assistentes Sociais do CHLC, maioritariamente com idades entre os 30-49 anos, 17 com vinculo laboral de contrato em funções públicas e 13 com con-trato individual de trabalho.

O trabalho realizado pelos assistentes sociais é problemático e envolve frequentemente situações sociais complexas que implicam geralmente escolher e n t r e a l t e r n a t i v a s insatisfatórias (Rushton, 1987).

Estes profissionais estão mais sujeitos a situações de desgaste emocional, e por conseguinte pode-rá levar à insatisfação laboral. HSJ; 5 HSAC; 8 HSM; 5 HCC; 4 HDE; 8 MAC; 0

Referências

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