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Academic year: 2021

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     Tradução: Graça Salgueiro

     A dinâmica da atual vida política colombiana demonstra que dia-a-dia aumentam as semelhanças entre Juan Manuel Santos como presidente da Colômbia, e o terrorista desmobilizado do M-19 Gustavo Petro, atual prefeito de Bogotá, em que pese que Santos provém da mais rançosa aristocracia bogotana e Petro se formou como “dirigente político” em um dos grupos narco-terroristas mais sanguinários, dos quais enlutaram a Colômbia durante sua acidentada história.

     A seguinte comparação fica a critério dos leitores para que cada um avalie e julgue: 

     1. Desmedido afã de protagonismo publicitário

      Basta sintonizar as cadeias de rádio ou televisão para ouvir ou ver ondas de propaganda demagógica e politiqueira, projetada para enaltecer imagens pessoais, quer seja de Santos ou de Petro, com vistas a futuros comícios eleitorais, financiada com o dinheiro que os

colombianos contribuímos em impostos nacionais ou os bogotanos em impostos estaduais.

     O presidente Santos, no canal institucional e as emissoras de cobertura nacional, com desaforado oportunismo ressalta que seu governo de prosperidade pôs computadores nas escolas, que os trabalhadores agora têm seguridade social, que determinadas empresas recebem bandidos desmobilizados das FARC, etc.

     O prefeito Petro, no canal Capital, faz apologia ao terrorismo comunista das FARC que trouxe como conseqüência mortes de chefes da UP (Unidad Patriotica), e nas emissoras locais para ressaltar a Bogotá Humana, com argumentos de melhoria do transporte urbano, o conto chinês do lixo, as novenas dos abonos, a recepção de deslocados por culpa do

narco-terrorismo comunista, os subsídios de serviços públicos aos “pobres” pago com o dinheiro dos odiados “ricos”, etc.

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     Porém, claro, por seu poder político e capacidade de influência, Santos foi além. Não só financiou um caríssimo ato re-eleitoral para Obama em Cartagena, com a presumível

contra-prestação de ser capa da revista  Time. Enquanto isso, Petro foi capa da Revista

Semana ,

algo que na verdade é demasiado para sua inaptidão e falta de coerência administrativa governamental.

     2. Todos os seus atos politiqueiros com vistas eleitorais

     Governar é o que menos fizeram Petro e Santos em seus cargos. O prefeito de Bogotá gastou ingente orçamento e energias em procurar brigas com seus “inimigos de classe”, com os contratados privados, com a Câmara dos Deputados, o Ministério Público distrital, com seus funcionários, com exceção do questionado e recém destituído Secretário de Governo, mas no fundo só procura fazer politicagem calculada com os “pobres” para projetar a médio prazo sua iludida e mínima opção presidencial.

    Por sua parte, Santos dedicou-se a ficar bem com gregos e troianos, a fazer coalizões politiqueiras e repartições de bolos burocráticos com a aristocracia de sua classe, com os politiqueiros liberais e conservadores, com um congresso carente de autoridade moral, com umas altas cortes questionadas, com os comunistas, com os empresários e com os “pobres”, por meio da manipulação calculada das 100.000 residências grátis, com a construção da etérea paz, com a falta de caráter ante os governantes vizinhos sócios das FARC, etc. E tudo isto, com a única ambição pessoal, também iludida e mínima de ser eleito.

     3. Anúncios espalhafatosos e barulhentos de decisões transcendentais que voltam

atrás na última hora

     Santos anunciou com bandas e fanfarra a reforma da educação. Seu governo investiu multi-milionários recursos em assessorias, preparação de textos com os artigos da lei do projeto da reforma, e propaganda nos meios de comunicação. Bastou que os estudantes, ao que tudo indica infiltrado pelos padrinhos políticos das FARC protestassem com veemência, para que Santos voltasse atrás sem que ninguém respondesse pelo dinheiro gasto no espantalho.

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     Depois se inventou uma espúria reforma à justiça, monumento à vergonha mundial de um Congresso venal e umas altas cortes questionadas por todo lado, que depois de ser aprovada no painel de comando pelos congressistas, caiu sozinha ante as críticas que gerou.

    Para ofuscar essa aberração moral, política e jurídica, como os mágicos, Santos sacou o ás da manga e propôs uma reforma constitucional ao Foro Penal Militar, junto com um

demagógico e caríssimo - em todos os sentidos - processo de paz com as FARC que, se continuar com sua habitual linha de reversões e mudanças de opinião, se converterá em outro oneroso fiasco similar à La Uribe, Tlaxcala e El Caguán.

    Por sua parte, Petro deixou para trás a construção do metrô de Bogotá, aprovado por seus antecessores, acabou quebrando a cidade por todas as partes, inventou reajustes caóticos ao tráfego de veículos, não quis receber o dinheiro apropriado pela Nação para que o

Transmilenio chegue ao aeroporto, impediu a construção da Autopista Longitudinal e para rematar, meteu politicagem, demagogia e idiotices à transferência de responsabilidade da coleta de lixo da Empresa de Aqueduto.

    Porém, quando a situação fez metástase da crise sanitária e administrativa, muito ao estilo de Santos, Petro recuou, jogou a culpa em terceiros e com cinismo tapou os onerosos custos de sua miopia governamental.

    4. Traição aos movimentos políticos que os projetaram

    Santos traiu a nove milhões de colombianos que acreditaram que ante a impensável opção de Mokus para dirigir a guerra contra o braço armado do Partido Comunista, Santos seria o continuador da Estratégia de Segurança Democrática.

    Conseguido o imerecido cargo de presidente, Santos deu as costas a seu chefe natural e no afã de ser condecorado com o Prêmio Nobel da Paz não só ressuscitou os cadáveres políticos de César Gaviria, Rafael Pardo Rueda e da demagógica direção nacional do Partido Liberal, senão que por baixo da mesa reiniciou conversações com as FARC, pelas costas de seus eleitores e de todo o povo colombiano.

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    Em sua banda ideológica, Petro conseguiu posicionar-se como congressista da República por meio do Polo Democrático. Sem contribuir com nada mais que agressões verbais contra o presidente Uribe, passou pelo Capitólio com o defasado sonho de ser presidente ou prefeito de Bogotá. E sem pensar duas vezes, como é característico dos comunistas, traiu seu partido até conseguir a imerecida prefeitura de Bogotá.

    5. Inimigos declarados de Álvaro Uribe Vélez

    Desde duas vertentes políticas diferentes e em representação de dois grupelhos diferentes, Petro e Santos odeiam o ex-presidente Álvaro Uribe Vélez.

    Petro porque, como terrorista desmobilizado, representa um setor mínimo de dinossauros políticos que acreditam que destruindo a Colômbia e promovendo a combinação de todas as formas de luta, a “classe operária” chegará ao poder.

    Por sua parte, Santos odeia Uribe porque o ex-presidente antioquenho se opõe às

estúpidas concessões com os narco-terroristas, e porque de certa forma é a sombra que não o deixa entregar o país aos aristocratas de sempre, seus “amigos de classe”, aqueles que

acreditam que têm sangue azul, duvidosos nomes tradicionais e o direito natural de governar eternamente a Colômbia.

    6. Ambos governam para satisfazer Chávez

    Petro quer dirigir as empresas públicas de Bogotá como a caixa menor de seu projeto comunista para a cidade, da mesma maneira que Chávez dirige a PDVSA na Venezuela, porém, além disso pretende prestar-lhe contas, pois não seria nada estranho que sua

campanha eleitoral pudesse ter recebido dinheiro do camarada bolivariano, seu amigo da alma.

    Santos não só desconheceu a realidade da cumplicidade de Chávez com os terroristas colombianos, senão que é sabido de todos que poderia levá-lo à atual emboscada em que estão metidos De La Calle e os mudos negociadores, lhe deu patente de corso para que as FARC façam a décima conferência em Havana, consigam reconhecimento internacional e

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fortaleçam seu ambicioso movimento político com vistas às eleições de 2014 e 2018, quando em concordância com o Plano Estratégico, pode-se chegar a um governo de transição ao socialismo do século XXI. Para completar, Santos chama Chávez de seu “mais novo melhor amigo”.

    7. Ambos são inferiores ao desafio consubstancial com o cargo que ocupam

   Os fatos e as pesquisas de opinião o demonstram. Após a vergonhosa reforma da justiça, a falta de clareza com a direção das Forças Militares, o espantalho das conversações de paz em Havana e a humilhante sentença de Haya sobre o mar territorial, Santos ficou nu em sua verdadeira dimensão: um excelente jogador de pôquer, um habilidoso politiqueiro, mas um péssimo estadista e muito questionado governante.

    Após a recuada do novo esquema do lixo, a ausência de obras e ações com visão a longo prazo e a sinuosidade pessoal e profissional do atual prefeito de Bogotá, ficou demonstrado que Petro continua pensando como quando era bandido propagandista armado da esquerda extremista, que confunde governar com armar bate-bocas, que é um péssimo estadista e um mal governante.

   8. Vaidade desmedida

   Os fatos indicam que Santos e Petro não somente se crêem eleitos de Deus, senão deuses em ato e potência. Imbuídos do esquema politiqueiro tradicional da Colômbia, ambos acreditam ser omnímodos e irrefutáveis. À parte isso, seus egos superam os de Lucho Garzón, Angelino Garzón, Enrique Peñalosa, Roy Barreras, Benedetti, Vargas Lleras e as divas do

entretenimento, todos juntos...

   9. Nenhum dos dois tem uma estratégia integral concreta para governar

    Petro e Santos são experts em improvisar e em fazer politicagem com o dinheiro público. Cada um a seu estilo e conveniências pessoais, em cenários diferentes mas com a mesma gente bajulada a longo e médio prazo para cooptar seus votos.

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   Ambos utilizaram potenciais adversários eleitorais em seus gabinetes para queimá-los. Santos queimou o leviano ex-ministro de Defesa Rodrigo Rivera, embarcou Vargas Lleras na futilidade das casas grátis e bloqueou Gina Parodi, pondo-a a brigar com Petro.

   Por sua parte, Petro levou Navarro Wolf como secretário de governo para queimá-lo, mas como entre bandidos já desmobilizados se conhecem as trapaças, Navarro o deixou só e começou a bloquear-lhe a desmedida ambição presidencialista.

   Pelas razões anteriores e muitas mais, fica claro que Petro e Santos são diferentes por origem social, mas demasiadamente parecidos em seus estilos de desgoverno, politicagem, oportunismo, demagogia e manejo personalista com os recursos públicos, orientados à promoção de suas imagens pessoais nos meios de comunicação.

   Isso é o que a terra produz e não há adubo para melhorar a colheita.

   Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

     Analista de assuntos estratégicos – 

     www.luisvillamarin.com

   Lea aquí las obras escritas por el coronel Luis Villamarín

   

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Referências

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