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Traumatismo, repetição e comportamento infracional 1

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Academic year: 2021

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Traumatismo, repetição e comportamento infracional1

Aline Guimarães Bemfica2 Em “Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna” (1908), Freud apresenta uma leitura psicanalítica do criminoso: “aquele que em consequência de sua constituição indomável não consegue concordar com a supressão3 das pulsões, torna-se um criminoso diante da sociedade” (FREUD, p. 173, 1908). O termo “constituição indomável”, inicialmente, nos causou muito incômodo, pois poderia remeter a uma leitura fatalística do indivíduo que cometeu um crime ou uma infração. Esse incômodo nos conduziu a duas vertentes de trabalho: buscar o contraponto da ideia de supressão da pulsão na tese freudiana da renúncia pulsional a partir da referência ao processo de “hominização do individuo” (1939) e, em um segundo momento, percorrer algumas referências do vasto campo conceitual da repetição na clínica freudiana. A compulsão à repetição é considerado por Freud (1920) como um dos maiores obstáculos da clínica psicanalítica e apresenta algo de indomável concernente ao sujeito, merecendo, portanto, um destaque na relação do homem com a civilização.

Ao esclarecer que a civilização produz modificações nas disposições pulsionais dos homens e em suas tendências destrutivas e anti-sociais (1930), Freud apresenta a vertente econômica do psiquismo e da vida humana em uma perspectiva dualista: satisfação e renúncia, princípios de prazer e de realidade, considerados, respectivamente, processos primário e secundário do psiquismo (1911), pulsão de vida e pulsão de morte (1920). Esses dualismos não pressupõem o equilíbrio. Essa constatação foi realizada a partir da verificação no comportamento dos homens de ações causadoras de sofrimento e constantemente repetidas, da existência de sonhos que repetem situações dolorosas, das repetições de destino e do fracasso no tratamento

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Fizemos neste ensaio um percurso eminentemente freudiano. Entendemos que o assunto abordado mereceria uma articulação com outros campos de saber e também com a psicanálise de orientação lacaniana. Entretanto, se trata neste momento de alguns primeiros passos fundamentais, concernentes à complexa articulação expressa no título deste trabalho. Passos estes que, possivelmente, nos conduzirão a outras articulações teóricas que estejam a altura dos adolescente e das subjetividades próprias à nossa época.

2 Doutoranda em Teoria Psicanalítica, UFRJ – RJ. Bolsista Capes. 3

No original da língua alemã temos o verbo Triebunterdrückung. Este pode significar reprimir, subjugar. Conforme Tania Coelho, literalmente, este termo significa “cair atrás”, “como quando alguma coisa desliza sob outra que a apaga, faz desaparecer”. A impertinência da tradução do verbo suprimir é devido ao fato que uma exigência pulsional vai sempre em direção ao seu objetivo, a saber: a satisfação. A impossibilidade de supressão da pulsão inclui, em contrapartida, a possibilidade de suas variadas vicissitudes. Em relação a tradução aqui empregada agradeço também a Jacqueline Oliveira pela sua contribuição.

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analítico. Apresentava-se, assim, o mais-além do princípio do prazer (1920), base do mal-estar na cultura, abrindo o campo para a nova teoria do pulsional (segunda tópica freudiana) que encontra na pulsão de morte a sua maior expressão.

A condição mais radical do humano é o desamparo infantil ineliminável que encontra no desejo de contar com o pai protetor um de seus destinos. Em 1927, no ensaio “O futuro de uma ilusão” (1927), Freud esclarece que tanto o conhecimento científico como a religião são ilusões necessárias em face ao desamparo. Também o fundamento da relação entre os homens encontra suporte em uma de suas primeiras teses, na qual enfatiza que “o desamparo inicial dos seres humanos é a fonte primordial de todos os motivos morais.” (FREUD, 1895, p. 431). O homem desamparado constrói - a partir da relação com o outro - os seus pontos de referência, as suas formas de lidar com a castração, com os limites do possível e do impossível, com a lei e a relação com o que é permitido ou proibido. A ineliminável necessidade de amor e proteção do indivíduo e também a existência dos desejos incestuosos e parricidas inconscientes, e, especialmente, a culpa correspondente a esses desejos, são basilares na construção dos laços entre os homens. Essas duas referências – o desamparo e a culpa – pressupõe o consentimento com a privação da satisfação dos desejos pulsionais inconscientes fundamentais no projeto civilizatório. A referência ao termo privação apresenta a condição do humano em luta constante com os desejos pulsionais “do canibalismo, do incesto e da ânsia de matar” (FREUD, p. 20, 1927).

No ano de 1939, no ensaio “Moisés e o monoteísmo”, texto no qual avança em suas investigações sobre a organização social humana (iniciada em 1912 em seu ensaio “Totem e Tabu”), Freud apresenta o que denominou como “função de hominização” do indivíduo. Esta função é relativa à possibilidade de tornar-se humano (menschwerdung) e ocorre concomitantemente ao aparecimento das organizações sociais. Assinalam-se as seguinte tarefas: adiamento da vida sexual e desencadeamento difásico da mesma (Período de amnésia infantil – período de latência – remanescentes ou cicatrizes); renúncia pulsional; reconhecimento das obrigações mútua; introdução das instituições definidas e invioláveis consideradas como os primórdios da moralidade e da justiça; renúncia ao parricídio e ao incesto cuja consequência é a possibilidade da aliança fraterna e, por fim, o tabu do incesto e injunção à exogamia. Entretanto, a função de hominização da cultura inclui a impossibilidade de livrar-se de uma exigência pulsional, tal como esclarece ao dizer que “certamente não é fazer com que a exigência

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desapareça (...) Isso em geral é impossível e, tampouco, de modo algum, é de se desejar”. (FREUD, p. 240, 1939)

A impossibilidade de livrar-se da exigência da pulsão parece dialogar, no campo da cultura, com a relação do sujeito e a autoridade interna, tal como lemos no ensaio “O mal-estar na cultura” (1930): “uma satisfação irrestrita de todas as necessidades apresenta-se-nos como o método mais tentador de conduzir as nossas vidas, isso porem significa colocar o gozo antes da cautela, acarretando logo seu próprio castigo” (FREUD, p 85, 1930). Assim, a satisfação imediata da pulsão ou o reinado da pulsão de morte, é contraposta ao princípio de realidade e ao princípio de civilidade que incidem sobre o homem considerado - em termos freudianos - “virtualmente inimigo da civilização” (FREUD, p. 16, 1927)

Dessas considerações iniciais destacamos que para Freud a renúncia pulsional ou o antagonismo pulsão (Trieb) /civilização (Kultur)4 produz como consequência o conflito psíquico. Este ocorre devido à impossibilidade de satisfação (Befriedigung) da pulsão diante das restrições sociais e morais impostas pela civilização e que encontram sua primeira expressão na vida familiar do sujeito e na construção das barreiras éticas e morais. Posteriormente, essas restrições são efetuadas com o auxílio de outras instituições.

A impossibilidade do homem se abster da exigência pulsional é apresentado o contexto de 1915, especificamente em “As pulsões e suas vicissitudes”, texto no qual o conceito de pulsão é apresentado como uma força constante de impacto da qual o organismo não consegue se livrar: “A pulsão jamais atua como uma força momentânea de impacto, mas sempre como uma força constante” (FREUD, p. 19, 1915). A ideia de uma força de impacto constante apresenta a articulação entre pulsão/traumatismo devido a exigência de trabalho feita ao psiquismo em sua relação com o corpo. Isso porque a exigência de trabalho psíquico é acompanhada da impossibilidade de tradução ou de

4 Esse paradigma é também verificado na obra freudiana em suas discussões sobre a religião e a neurose obsessiva (1927), na apresentação dos tempos de guerra (1914-1915), na colaboração com Einstein sobre a impossibilidade de alcançar a paz mundial visto a presença incisiva da pulsão de morte (1932), no diálogo estabelecido com Aichornn sobre o trabalho educativo de jovens delinquentes (1925), na hipótese mítica da fundação da civilização a partir de um ato criminoso que instaura a vida compartilhada em coletividade (1913), na relação do homem e sua sexualidade e as restrições da civilização (1908). Mas, fundamentalmente os textos “O futuro de uma ilusão” (1927) e “O mal-estar na civilização” (1930).

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representação da exigência pulsional que adquire, portanto, o estatuto de elemento perturbador.

Posteriormente, em “Análise terminável e interminável” (1937), Freud retoma a articulação entre o traumático e a pulsão pelo viés do resíduo intratável. Essa leitura remete às considerações freudianas em “Formulação sobre os dois princípios do funcionamento psíquico” (1911), texto no qual define os processos inconscientes como “processos mais antigos, primários, resíduos de uma fase de desenvolvimento em que eram os únicos tipos de processo mental” (FREUD, p. 278, 1911). Esse resíduo pulsional encontra satisfação na repetição, conjugando, assim, a ideia de trauma e compulsão à repetição. Essa ideia parece encontrar ressonância também em 1923, no texto “O ego e o ID”, a partir da definição da neurose como uma defesa contra a incidência constante da força pulsional que compõe o Isso. Os resquícios da primeira satisfação pulsional do isso produzem efeitos no acesso à realidade psíquica constituída a partir dos mecanismos de defesa e fuga. Essas defesas são responsáveis pela organização da realidade ou a significação do mundo pelo homem e incluem os processos conscientes e os resíduos dos processos inconscientes, remanescentes, tal como testemunham os sonhos e a tendência a afastar as impressões aflitivas.

Na construção da realidade psíquica, as pulsões, território do Isso freudiano, deverão ser organizadas pelo eu e pelo supereu, produzindo como consequência uma sujeição parcial destas. Esse alçamento pulsional apresenta a função socializante do complexo edipiano no qual o supereu, seu herdeiro, contribui (devido ao registro da culpa) para a limitação da satisfação pulsional. Mas, em sua vertente mortífera, na medida em que porta a dosagem de agressividade dirigida a outrem e internalizada, contribui para a própria destruição do indivíduo. Essa particularidade do supereu apresenta uma articulação entre o pulsional, o traumatismo e a repetição.

Dessa breve articulação entre o isso, o trauma e a compulsão a repetir, extraímos a referência à excitação psíquica, aos elementos intraduzíveis ao psiquismo e, portanto, perturbadores, e à função do supereu. Estas referências parecem apontar um campo clínico importante no trabalho com indivíduos cometeram algum crime. O lugar do crime na economia psíquica corresponde as mais variadas problemáticas subjetivas. Nesse sentido, entendemos que caberá ao analista verificar que oferta será possível fazer - no que diz respeito a escuta analítica - a cada vez e em cada caso - na medida em que a

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psicanálise não é um dispositivo universal cuja premissa seria a aplicação a todos os indivíduos.

O traumatismo do encontro com a puberdade: uma breve e parcial leitura do que esta em jogo no comportamento infracional dos adolescentes

Como vimos, a compulsão a repetir é o grande obstáculo da clínica psicanalítica. No campo de trabalho com adolescentes infratores, localizamos uma certa compulsão a agir que muitas vezes se antecipa ao uso da palavra. Entretanto, não trabalharemos aqui com a noção sociológica da “adolescência”. Seguiremos, mais uma vez, a via freudiana, e utilizaremos o termo puberdade (1905) para explorar o que está em jogo nesse tempo subjetivo que marca o encontro com o corpo púbere e a atualizacão das questões edipianas e relativas à escolha de objeto.

Trabalharemos com mais uma referência ao traumatismo5 que poderá contribuir para nossa parcial leitura do comportamento infracional dos adolescentes no encontro com a puberdade. A relação entre puberdade e trauma é expressa na ideia de retro-regressão, na qual a eflorescência sexual infantil (até então represada) que desperta na puberdade de forma excessiva, traumática, coloca desafios à clínica psicanalítica. Em relação as consequências psíquicas desse encontro traumático que é a puberdade, em “Os três ensaios sobre a sexualidade” (1905) Freud utiliza-se da metáfora do túnel cavado em uma montanha, com abertura em ambos os lados, para dizer dos resquícios da sexualidade infantil atualizados no encontro com a puberdade. Resquícios concernentes ao re-encontro com o objeto perdido, a re-escolha de objeto amoroso e às identificações do primeiro tempo da unificação das pulsões. Na puberdade as pulsões parciais exigem do sujeito um novo trabalho de unificação que caracteriza o processo difásico da sexualidade conjuntamente à presença de novos recalcamentos:

Pode ser considerado típico da escolha de um objeto que o processo é difásico, isto é, que ele ocorre em duas ondas. A primeira delas ocorre na idade entre dois e cinco anos, e se interrompe ou regride durante o período de latência; é caracterizada pela natureza infantil dos objetivos sexuais. A segunda onda se instala com a puberdade e determina o resultado final da vida sexual (FREUD, 1905, p. 206).

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Lembramos aqui que a etiologia do trauma articulou-se inicialmente (1895) à relação entre a sedução e o sexual a partir da existência de um trauma sexual real decorrente da sedução de um adulto. O caso que melhor apresenta essa primeira teoria do trauma é o conhecido caso Emma (1895), no qual o encontro pubertário atualiza e confere valor traumático a uma cena primeira e infantil.

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Na medida em que a vida sexual infantil teve que ser abandonada (devido à incompatibilidade com a realidade), os resíduos que permaneceram (pois esse abandono não é efetivo) podem gerar respostas sintomáticas ou se manifestar em forma de atos e comportamentos, incluindo-se aqui, o comportamento infracional. Esses resíduos podem também encontrar lugar nos mais variados sentimentos inconscientes contra o ego, especialmente, no sentimento de culpa. Importante lembrar também que abandono dos primeiros objetos de amor podem ser interpretados pelo

infans como algo degradante, contribuindo para a violência do supereu contra o sujeito:

A tensão entre o severo superego e o ego, que a ele se acha sujeito, é por nós chamada de sentimento de culpa, expressa-se como uma necessidade de punição (FREUD, 1930, p . 127).

Em relação à possibilidade de encontrar pontos de ancoragem para o pulsional no encontro com a puberdade, a saída apresentada por Freud fundamenta-se na articulação do sujeito à cultura e na formação do ideal do eu ou supereu. Em uma primeira leitura, a interdição do supereu na infância introduz a diferenciação entre o permitido e do proibido, o possível e o impossível. Trata-se da lei internalizada, assimilada pelo sujeito e que tem no pai como exceção, modelo do pai freudiano, o ideal do eu como medida da satisfação pulsional. Nessa construção do ideal do eu, o eu sofre uma frustração, renunciando e se organizando a partir de elementos recalcados. Todo esse processo psíquico reencontra na puberdade mais um desafio: o declínio da autoridade parental que, em contrapartida, apresenta a necessidade de que se mantenha a diferença transgeracional e os ritos de iniciação “tão importantes para o progresso da cultura, entre a nova e a velha geração” . (FREUD, 214, 1905).

Diante do desafio em lidar com as pulsões no encontro com a puberdade, a orientação freudiana apresenta também a importância da função parental que se estende as demais instituições sociais no tratamento dado ao pulsional. Pois estas contribuem também inserir no princípio de prazer um longo desvio que “implica a postergação de uma satisfação imediata, bem como a renúncia à diversas possibilidades de conseguí-la, e a tolerância provisória ao desprazer” (FREUD, 1920,p. 137).

Mas, em face a fragilidade da ficção paterna, como ficam as referências freudianas do tratamento dado ao pulsional no processo civilizatório e no encontro com a

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puberdade? Diante da renúncia à renúncia pulsional trata-se na contemporaneidade de qual mal-estar? Parece mesmo não se tratar mais do mal-estar concernente a renúncia da satisfação pulsional, mas, contrariamente, ao mal-estar referente à exigência desmedida de satisfação da pulsão. Essa observação não deixa entretanto de nos reenviar, talvez mais do que nunca, a referência ao ideal do eu ou supereu. O supereu freudiano, em sua primeira versão apresenta-se como interditor ou herdeiro do complexo edipiano (primeira tópica). Mas, em sua segunda versão, apresenta-se o supereu em articulação direta com a pulsão de morte (1923). Essa versão vai de encontro à formulação de Jacques-Allain Miller ao afirmar que “a pulsão de morte é pulsão do supereu" (MILLER, 2002, p.30-31) Entendemos que isso explica-se a partir dos resquícios inconsciente das identificações primárias do sujeito - não unificadas no ideal do eu – e, portanto, residuais, retornando, legiferante, sobre o sujeito.

Essa referência ao supereu e seus efeitos nefastos sobre o sujeito acompanha a discussão realizada por Coelho dos Santos (2005) sobre o diagnóstico diferencial na modernidade e na contemporaneidade, pautado na rarefação dos representantes paternos e seus efeitos na relação do sujeito ao social. Tendo em vista “o afrouxamento da organização edípica que modifica o regime das relações entre o gozo e a lei ou, se quisermos, entre o permitido e o proibido” (SANTOS; p. 78, 2012) apresenta-se a particularidade dos efeitos do supereu sobre o sujeito na atualidade, retornando ainda mais violentamente sobre o sujeito. Posicionamento este que nos ajuda a formular uma perspectiva de trabalho ou um índice de tratamento do pulsional em face às respostas à puberdade na via dos atos infracionais cometidos pelos adolescentes.

Aprendemos a partir da psicanálise freudiana que o encontro pubertário é sempre traumático para o sujeito. Especialmente devido ao quantun de excitação psíquica/corporal que incide sobre o púbere, acionando os resíduos inconscientes presentes na compulsão a repetição. Nesse sentido, nossa aposta, com a qual concluímos parcialmente este trabalho, é que em face a atualidade das respostas juvenis via ato infracional (especialmente os atos infracionais que respondem à compulsão à repetição e às questões edipianas), o tratamento das questões inconscientes superegóicas seria um campo de trabalho possivelmente fecundo.

A tarefa psicanalítica ou a possibilidade de uma abordagem psicanalítica no tratamento desses casos apontaria, assim, para a seguinte vertente: o tratamento do

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superego residual, inconsciente e mortífero, ativado no encontro com a puberdade, com o objetivo de possibilitar novas formas de enlaces ao social. Entendemos que essa vertente de tratamento vai de encontro a problemática da incidência violenta do pulsional no contexto frágil e atual da referência edipiana, cuja consequência é a produção de um excedente pulsional hiperlocalizado ou deslocalizado (SANTOS; p. 80, 2005) que pode produzir, cada vez mais, respostas não subjetivadas que retornam repetitivamente via comportamento infracional. Respostas que, em ultima instância, incidem violentamente sobre o próprio sujeito. Essa vertente do tratamento dos efeitos superegóicos que causam malefícios ao sujeito implica necessariamente a referência à castração como contraponto aos efeitos nocivos do superego.

Referência Bibliográfica:

COELHO DOS SANTOS, T. . A psicopatologia psicanalítica em Freud e Lacan.

http://www.berggasse19.psc.br/site/wp-content/uploads/2012/07/A-psicopatologia-psicanal%C3%ADtica-de-Freud-a-Lacan.pdf

COELHO DOS SANTOS, T. A angústia e o sintoma na clínica psicanalítica. Red de revistas científicas da América Latina. Vol 1. Março, 2001. P. 106- 124

FREUD, S. As pulsões e suas vicissitudes (1915). Rio de Janeiro: Imago, 1969. p.117-149 . (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIV).

_________. Além do princípio de prazer (1920). Rio de Janeiro: Imago, 1969. p. 13-78. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XVIII).

_______. O Ego e o ID (1923) . Rio de Janeiro: Imago, 1969. p. 15-77 . (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIX).

_________. O futuro de uma ilusão (1927). Rio de Janeiro: Imago, 1969. p. 15-63 . (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XXI).

________. O mal-estar na civilização (1930). Rio de Janeiro: Imago, 1969. (Edição Standard Brasileira da Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XXI).

MILLER, J.-A. (2002) Biología lacaniana y acontecimento del cuerpo. Buenos Aires: Coleción Diva.

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