EFEITO DA RAIZ DE TAIUIÁ
., C e1La..to.óan.the.& hila.Ju,ana.COGN.� CUCURBITACEAE� SOBRE ALGUNS ARTRÕPODOS.
MAssARU YoKOYAMA E:ngenhe iro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. OCTAVIO NAKANO
Tese apresentada
i
Escola Superiorde Agricultura 11Lulz de Queiroz",
da Unlversidade de S�o Paulo, para
obtl,lnção do título de Doutor em · Ciincias, Ãrea de Concentraç�o:
Entomologia.
p
I R A
e
I
e
A B A
ESTADO
DESÃO PAULO - BRASIL
Y54e Yokoyama, Massaru Efeito da raiz de taiuiá, Ceratosanthes h�la riana Cogn., cucurbitacea, sobre alguns artropo dos.- Piracicaba, 1988.
64p.
Tese - ESALQ Bibliografia.
1. Artrópode Efeito da raiz de taiuiá 2. Inseto Efeito da raiz de taiuiá 3. Isca tóxica 4. Taiuiá -Raiz I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Quei roz, Piracicaba
EFEITO DA RAIZ DE TAIU IÁ
., C e.JL�oh a.11.the.1> h.ila1Lú1.na.·COGtL
.,CUCURBITACEAE
.,SOBRE ALGUNS ARTRÓPODOS
Aprovada em: 23.02.1989
Comissão Julgadora:
Prof. Dr. Octavio Nakano
Prof. Dr. Jairo Teixeira Mendes Abrahão
Prof. :nr. Keigo Minorai
Prof. Dr. Jos5 Djair Vendramirn
Prof. Dr. Antonio Carlos Busoli
MASSARU YoKOYAMA
USP
USP
USP
USP
UNESP
Orientador
• i i •
VEVICATÕRIA
i minha mae, SHIZUE,
ao meu pai, HITOSHI
(ln memo�lan),
i
minha e�po�a,
LfVIA;
ao
meu
6llho,
BRUNO�
.• i i i '
A G R A D E C I M E N T O S
O autor agradece a tbdos que direta ou indire tamente contribuíram para .a realização deste trabalho, e em especial:
• Ao Prof. Dr. Octivio Nakano, pela amizade1 e�
tímulo e preciosa orientação.
, À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá ---- .
ria - EMBFJ\PA1 pela oportunidade de t:reinamento a nível de
Pós-Graduação
. Aos Professores do Departamento de Entomolo
gia, da Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz"
ESALQ/USP, pela amizade e ensinamefitos .
do resumo em
incentivo.
. Ao Prof. Dr. Evoneo Berti Filho, pela versao língua inglesa.
'.i V•
• À Chefia do Centro Nacional de Pesquisa de A!,
roz e Feijão - CNPAF/EMBRAPA (Goiânia-G0)
1pelas
concedidas.
facilidades
• Ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvi
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fLOXoma anc.u.o.xa ...• · ... �. . . 1 7 3.2. Repelência do extrato da raiz de taiuiá ao ácaro
rajado ····••.•···· ... ·...•...•...•... 19· 3.3. Influência do extrato da raiz de taiuiá na
ovipu-. siçio e mortalidade do icaro rajado ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-.ovipu-. ovipu-.
••••• , ••• <t • " ••••••••••••••••••••••••• p"' � • • • • • • • • • • 20
3.4. Efeito de diferentes doses do extrato da raiz de
taiuiá sobre o ácaro rajado ; ... �.� ...•..•... . 21 3.5. Eficiência e açao re�idual de alguns inseticidas
associados à raiz de taiuiá (isca tóxica) no con trole de vaquinhas V1abnox1ea bpeeio-0a e Cenoxoma
o ... fl e. ua.·ta ... • ... , ... 't • , • • • • • • • • • • • 2 2 3.6. Controle de· alguns insetos atrav�s de iscas
t6xi
cas (raiz de taiuiá + metomil;, na cultura do fei
.• -v, i •
Página 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.� ••• : •• ;... 26
4.1. Prefer�ncia alimentar de Viab�otica �pecio�a e C!
tLotoma aJz.c..uata .. . . .. ,g • • • � • • 9' • • ·· , • • • • • • .• • • , • • • • • • • • • 26
4.2� Repelfncia do extrato da raiz de taiuiá ao acaro
rajado ··"···�··· ... �... 28
4.3. Influ�ncia do extrato (cucürbitacinas) da rai·z de taiuiá na oviposição e mortalidade
do
ácaroraja-ao .... e • • • Q • � • • � • • • • Ili • 4 • • " • • • • • • • 11 ' • 9 .• • • e, • • 1) " • o • • 3 o
4.4. Efeito de diferentes doses do extrato da raiz de
taiuiá sobre o ácaro rajado ..•... , .... , . • . . . • . • • • 33 4.5. Efici�ncia e açao residual de álguns inseticidas
associados a raiz de �aiuiá Ciscá t6xica) no con
trole das vaquinhas V. �petioha e C. aftcuata.. ... 38 4.6. Controle· de alguns insetos atrav�s de iscas
t6xi-cas (raiz àe taiuiá � metomi1): na cultura do fei
jão PhaJeolu� vulgani� 1, •. ,, .••.••..•. ,... 45 5. CONCLUSÕES ...•.••..•.•••. · •..••.•••••. _. • • • • • • • • • . 5 7 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁ_FICAS... 59
.vii.
E.FEITO DA RAIZ DE TAHJIÁ .. e
vr.ai�,Ol>an:thvJ hi,l.aJtianaCOGN,., CUCURBITACEAE
.,
SOBRE ALGUNS ARTRÓPODOS
RESUMO
Autor: MASSARU YOKOYAMA Orientador: Prof. Dr. OCTAVIO NAKANO
A raiz de taiuiá (Cena:to-0an:the� ·hilaniana Cogn.) apresenta, em sua composiçici química, substincias denominadas cucurbitacinas, que afetam o comportamento de alguns artrópodos.
Em vista disso, foi realizado este trabalho - com os·seguintes objetivos: levantar a entomofauna atraída
pela raíz de taiuiá; estabelecer o número mínimo de iscas tóxicas para o controle das vaquinhas VlabJLo:t.ic.a ,� pe.c.io,s a e Ce.no:t.oma anc.ua:t.a; avaliar a prefer�ncia alimentar das vaqu! nhas; estudar o efeito tóxico e outros efeitos do extrato da raiz de taiuiá sobre o ácaro rajado (Te.:tnanyehub un:tic.ae).
Para avaliar a prefer�ncia alimentar das va qQinhas, testaram-se dois substratos� folíolos de feijoeiro
(cultivar Carioca) ·e raiz de taiuiá. As medidas de consumo foram tomadas em peso, e verificou-sé que a
'D.
1.>pe.c.io1.>ate-.viii. ve prefer�ncia pelos folíolos do feijoeiro e o C. a�cuata pela raiz de taiuii.
No experimento visando a repel6ncia do ex trato da raiz d� taiuiá ao ácaro rajado, os folíolos de fei joeiro foram divididos em regiões. As áreas das regiões ba sal, central e apical dos folíolos foram tratadas com o ex _trato. Ap6s duas horas da aplicação do extrato, procedeu-se
a infestação de 5 ácaros/parcela. As avaliações das 24, 48 e 72 horas ap6s·a infestação, indicaram uma nítida prefer6� eia do ácaro rajado em se estabelecer em áreas não tratadas. No estudo da influ�ncia do extrato da raiz de taiuiá na oviposição e mortalidade, os ácaros foram colo cados individualmente sobre os discos d� folíolos do feijo eiro com extrato, aplicado em diluições de 0%, 50% e 100%. Os resultados indicam diferenças significativas na oviposi ção, devido imortalidade dos ácaros.
Na avaliação do efeito t6xico do extrato da raiz de taiuiá, utilizaram-se doses crescentes de 0%;25%;50%; 75% e 100%. O extrato não teve uma ação de choque efetiva, pois a mortalidade inicial foi muito baixa. Após 72 horas a · mortalidade dos icaros aumentou expressivamente, provavel
mente devido
i
ingestão de resfduos do extrato.Na avaliação da eficiência. e da açao residu al de alguns inseticidas, associados
i
raiz de taiuii para o controle de vaquinhas, os mais eficientes para o controle.ix. de V • .6pecio.6a. fciram: Metomil, Carbaril e Carbofuran, e pa ra
V.
a�cuata. o Carbaril e Aldrin. A ação residual de Carba ril e Aldrin foi a maisefetiva.--O levantamento da entomofauna atraída pela raiz de taiuiá foi realizado em condições de campo na cultu ra do feijão. Os insetos de importincia econ6mica na cultu ra do feijão, atraídos pela raiz de taí uiá, foram: Viab�aLi .. ca �pe.cia.óa, Ce.�a.tama a�cu..a.ta (Coleoptera - Chrysomelidae),
Pi..e.zodo�u-6 gu..ildini..i, Ne.za.�a. vLt1.idu..la, Eu-6ch"i...õ.tu.ti h�o-6
(He-miptera-Pentatomidae) e Mega.Lotomu-6 palle..óce.n-6.
Com r�laçio ao total de vaquinhas mortas em diferentes níveis de iscas tóxicas, observou-se uma correla çao positiva entre essas duas varíiveis estudadas.
SUMMARY
EFFECT OF THE ROOT OF
Cenato1.:,an.the1.:, _hllanianaCOGN,
(CUCURBITACEAE)
ON
SOME
ARTHROPODS
Autho:r:
MASSARU YOKOYAMA
Adyiser:Pr.
OCTÁVIONAKANO
The root of Cetw . .to1.:,an:the1.:, hLtaff.iana Cogn. has in its composition substances called cucurbítacins which affect the behaviour of some arthropods. On the strenght of it several. experiment s were carried out with the following objectives: to catalogue the entomofauna attracted by the root; to con trol the leaf beetles Viab4o.tic.a 1.:,pec.ia1.:,a and Ce4otoma an c.uata (Coleoptera - Chrysomelidae) with toxic baits (root of Cenato1.:,anthe1.:, + insecticide), to determine the feeding prefe
rence of the beetles, and to study the toxic and other effects of the extract of the root on the two-spotted spider mite Te� itrnnyc.hu.-6 tuitic.ae. The insects of economic importance which were attracted by the root were: V, J.:ipec.ioha and C. anc.uata (Coleop.-Chrysomelidae), Piezodo4uJ.:i guldinil, Nezana vinldu la, EMc.hl-.stu.6 heno1.:, (Hemiptera - Pentatomidae); Mega-e.otomu.,.5 palle..1.:,c.en1.:, {Hemiptera - Alydidae). The extract of the root
d<. i,
affected the oviposition, include a high Eortality and had a effect of repellence pn the two�spotted spider mite. As to the feeding preference
V.
�pee�o�a.preferred the root of C. hLtaJLJ .. a.n.a.1. INTRODUCÃO
•Algumas esp€cies de plantas da família Cu curbitaceae possuem em sua composição, substâncias quími_ cas denominadas cucurbitacinas, que alteram o comportame� ·to de alguns artr6podos, exercendo uma açüo de atração ou
de repe16ncia. Partes destas plantas t�m sido no controle de alguns insetos, sio comumente
utilizadas conhecidas por taiuii, cabeça -de negro, melancia brava, abobrinha de mato, raiz de bugre, taiuii de fruta envenenada, etc.
No Brasil,são conhetidas duas espfcies de taiuii, cujas raízes sio atraentes de insetos, principal mente da família Chrysomelidae. A es�ãcie de taiuii encon
trada no Estado do Parani, foi classificada como Cayaponla ;t.a.yu.ya. Segundo HAMERSCHMIDT (1985), a raiz (mandioca ou batata de taiuii) € esponjosa, tuberos�· e amarelada, poden do atingir 2m de comprimento e 20 cm de diimetro. No Esta do de Goiis,a espãcie encontrada foi identificada como Ce �4to�anthe4
hllaniana
Cogn. 1 (Cucurbitaceae). A raiz f tu1 A esp�cie □e taiui� foi coletada em Goi�nia, Goi�s. Brasil e identi ficada pela Dr� M.L. Porto - Departamento de Bot�nica da Universidi de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
. 2 . berosa e amar�lada, possui a forma de piio. com um diiimetro de aproximadamente 15-20 cm.
Considerando-se, por outro lado, o efeito destas plantas �o comportamento de alguns artr6podos, f mui to importante o desenvolvimento de estudos que avaliem a possibilidade da sua utili�ação no controle de pragas.
Assim, no pres�nte trabalho, foi estudado o efeito da raiz de taiuii. (C. hili�iana) com o objetivo de identificar a errtomofauna atraída pela raiz, estabelecer o n6mero de iscas t6xicas (raiz de taiuiá + inseticida) nece� sirias para um controle efetivo. de crisom�lídeos e avaliar a influência do extrato de taiuiá no comp?rtamento do
rajado Te��any�hu� u�tieae. Com base nestes estudos,
acaro pode-rio ser obtidos subsídios que per�itam o emprego da raiz de taiuiá em estudos de comportamento, monitoramento e princi palmente corno m�todo alternativo de controle de insetos.
. 3.
2. REVISÃO DE LITERATURA
A família Cucurbi taceae, segundo RHEM et alii (1957), f composta de aproximadamente 850 espé�ies em 100 generos, distribuídas no mundo. De maneira geral, as cucur bit�ceas possue� em sua composição subst�ncias amargas e
ti
xicas, conhecidas como cucurbitacinas. Uma revisão de lite-ratura revelou que as cucurbitacinas t�m sido detectadas em64 espécies pertencentes a 30 gêneros. Segundo os mesmos au
tores, estes compostos foram encontrados nas seguintes par tes das plantas: em frutos (37 espécies ern 9 gêneros),· em raízes (2 4 espécies em 18 gêneros) e ern folhas ( 8 espécies em 6 g�neros).Al�m da família Cucurbitaceae, a ocorrência das cucurbitacinas foi detectada nas famílias Scropholaria� ceae (Gmelin, 1967); Cruciferae (Bull
&
Norton, 1970); BegQ niaceae CFokina & Belona, 1971); Euphorbiaceae (Paris & Te�_ser, 1972) e em Liliaceae CKupchan et. alii, 1978), citados -por RICE et alii (1981).
As cucurbitacinas sio subst�ncias amargas e tóxicas, e a sua existência é longamente conhecida (ENSLIN et alii, 1957; CHAMBLISS
&
JONES, 1966 e METCALP et alíi, 1980). São quimicamente classificadas como triterpenoste-• 4 . tracíclicos, com peso molecular variando de. 520 a S 74·, con forme figura 1. CHAMBLISS & JONES (1966) citarmn a existência ·de 14 compostos isolad:os de várias espécies de
cucurbita-ceas, designando-os pelas letras A até N, Lavie
&
Glotter (1971)*, citados por METCALF et alii (1982). identificaram .20 cucurbitacinas em plantas. · H3C CH) e"> o 1 1 o --e -o "º"zc ·•·o 1 5 ' "'-. tlli " •• o . %. KJC •t111 tl3C CtiJ . o Cucurl>ilot,nf. A or.d G A : R, O, R. • OHCuc ur bilrH. in1 8 ond O
C : R • OH, fí' • O ,O: R • COCH» 1): R-•H Cucv,bitocin1 [ ofld 1 (: R, COCH» I' fl•H
. Figura 1 - Prlnc(pais cucurbitacinas encontradas nas plantas da famflia Cucürbitaceae (RICE et alii, 1981).
Segundo RHODES et alii (1980), muitos her--bívoros nao se alimentam de ulantas J;
con-tendo cucurbitacinas, que são amargas, sendo detectadas a
*
LAVIE, D. & GLOTTER, E. The cucurbi.tacins, a group of T e.:tJulctjd-1..c. t.Jú,tVtpene/2. Forts. Chemie. Organ. Naturstcfffe, 29: 307-362, 1971.• 5 1
diluições tão baixas como 1 ppb. As cucurbitacinas, segundo Watt & Breyer-Bran�wijk (1962)*, citá.dos por METCALF et alii (i980), al�m de serem extremamente amargas, sao altamente t6xicas, tendo sido observado envenenamento agudo e morte de ovelhas e bois que cons�miram frutos ama�gos de Cucuml� e Cucu�bl�a. Com relação
i
toxicidade, David&
Vallance (1955)**, citados por METCALF et alii (1980), determinaram a LDso (intraperitoneal) para as cucutbitacinas pura�, sen do: cucurbi tacina A em camundongos � 1,2 mg/K:g PV, em ratos-2 ,O mg/Kg PV; cucurbitacina B em camundongos - 1,0 mg/Kg PV; cu·
curbi ta.cina C em camundongós - 6 ,8 mg/Kg PV. Em contraste com
a alta toxicidad� e o gosto extremamente amargo da cucurbi-tacina B para animais (LDs o � 1 mg/!Cg PV), METCALF et alii
(1980) determinaram que a LD�� para Vlab�otlca undeclmpunc �a,ta e Vla.bko,tlc.a. vi�gióe:-ta. é maior que 2000 mg/Kg PV. Estes d�dos indicam que estas espicies t�m desenvolvido um meca-nismo específico de destoxicaçio
normalmente t6xicas.
para essas As diferenças quantitativas dos
substâncias princípios amargos dentro de uma mesma espécie, segundo RHEM et a�ll 1 . .
* WATT, J.M. & BREYER-BRANDWIJK, M.G. The medicinal and p�isonous plants of Southsrn and Eastern Africa. (E.Q.S. Livingston, Edin
borough Q London), 2nd Ed., pp. 336-341, 1962.
** DAVID, A. & VALLANCE, O.K. Bitter principles of Cucurbitaceas. J.
. 6. (1957), podem ser geneticamente controladas ou devido às con dições de crescimento ou 8.ssociadas com o estágio de desen volvimento das plantas. Estes ·mesmos autores verificaram que as concentrações de cucurbitacina R nos frutos de Cueu ml.ó a.6nieanu.ó e Cuc.uml.ó lcnglpe.� col�tados em diferentes 1� calidades, variaram de 0,02% a 0,06% e 0,04% a 0,2%, respe�
tivamente.
A quantidade de. cucurbitacinas presentes em cucurbi taceas selvagens, de acordo com METCALF et alii (1980), varia de 0,02% a 0,3% do peso fresco dos frutos e raízes. NISHIDA et alii (_1986) obtiveram valores de 0,07% e 0,02% de cucurbitacinas B e E, respectiva�ente em raízes de Ce.na
to.óanthe-0 hlla�lana.
Em plantas completamente desenvolvidas, con-forme RHEM ét alii (_1957), a concentração maior das cucurbi tacinas ê geralmente encontrada em frutos e. raízes, com ex· ceção de Cueuml.ó angole.n..ól.ó e Cuc.u.nbLta. 6oe..tld,L6.ólma, cujas
folhas produzem uma quantidade apreciivel destes princípios (0,03\), sendo qu� os caules norm�lmente nio são amargos. Para METCALF et alii (1980) ,a. concentração maior das cucur bitacinas em frutos e raízes se deve ao fato destes compos tos serem �ltamente lipofílicos e, em consequ�ncia,·s�o se questrados e acumulados nos sítios de síntese em frutos e raízes.
• 7 •
de sementes em germinaçio continha 2% de cucurbitacina B e 0�15% de cucurbitacina D, a mais alta concentração encontra da rtuma planta ou parte da plinta.
CHAMBLISS
&
JONES (1966) �erificaram que em plântulas de Cueu�blta maxlma, os cotil�dones e raízes apr� sentaram alta concentração de cucurbitacinas B e E. Da COS TA&
JONES (1971a) verificaram que os hipocótilos de pepino continham somente cucurbitacina B e em menor quantidade C e E. SHARMA & HALL (1971a) demonstraram que nas plântulas ascucurbitacinas B e E estão contidas nos cotil6dones. HAYNES
&
JONES (1975) verificaram que as pl�ntulas de pepinos sel vagens continham �os cotilfdones somente cucurbitacinae.
RHEM et alii (1957) verificaram a existência de uma relação entre os grupos taxon&micos e a ocorrenc1a
-
. de cucurbitacinas B, C e E em plântulas. Assim, nas espe-cie� de Clt�ullu� ocbrre a cucurbitacina E, enquanto as va riedades de Cueunblta maxima e Cucu�bita pepo cont�m cucur bitacinas B e E, respectivamente.A comparaçao do contefido de cucurbitaci-nas, atrav�s da filogenia das espicies de Cueu�bita, cons truído por compatibi1idade genética (Whitaker & Bernis, 1964)* * WHITAKER, T.l✓• & BEMIS, .\tJ.P. Evolution in the genus Cu.ewib..Ua. Evo
• 8 •
e por taxonomia numérica (Rhodes et alii, 1968) *, citados por METCALF et alii (1982), sugere que as formas primitivas de cucurbitacinas foram B-D e E-I, e os glicosídeos aparecem com� modificações secundirias. Os mesmos autores verifica ram que a cucurbitacina B apresentou o menor limiar de res posta,· por ser o receptor s�nsorial evolticionariamente adaE
tado a esta cucurbitacina primitiva.
A associaçiio coevolucionária entre plantas da família Cucurbita�eae e o grupo dos cole6pteros diabroti cina, da tribo Luperini, da família Chrysomelidac, fornece um exemplo clássico do papel das cucurbitacinas como subs tâncias secundárias, atuando com_o cairomônios, agindo estas
como arrestantes e estimulantes alimentares. (CHAMBLISS & JONES, 1966; Da COSTA
&
J'ONES, 1971a; HOWE et alii, 1976; METCALF et alii ,' 1980; RHODES et alii, 1980; METCALF et alii, 1982;. FERGUSON et alii, 1983 e NISHIDA et aiii, 1986).Contardi (19 39) * *, ·citado por NISHIDA et alii ()986), foi o primeiro a relatar a agregação de Vlab�otic.a �pec.lo�a sobre a polpa de abóboras selvagens.
CHAMBLISS
&
JONES (J966) demonstraram que um "strain" mutante de melancia (C.L:t1tl!-Lf..u.6 vu..tga)L,t.6)apresen-* RHODES. A.M.; BEMIS, t�.?.; WHTAKER, T .W.; CARMER, S.E. A
numeri-e
I ._,_cal taxonomic study of u.cu.,'to,U..a,. Brittonia, 20: 251-260, 1958.
** CONT/\RDI, H. G. Estudios geneticos en Cu.c.Llll.bLta. y consideracionas
• 9 • tou uma atração específica para Viabnatlca undecimpunctata hawandl e uma ação repelente a Api-6 m�llláena e a
spp.
Veópula SINHA
&
KRISHNA (_1966) verificaram que a ali_ mentaçio de Aulaeophona áaveLcalll-6 sobre a cucurbitacina E é fort'emente influenciada pela temperatura.A ação de cucurbitacina sobre ácaros foi ob-servada por Da COSTA & JONES (19 71 a) . Constataram que a a 'limentação do ácaro rajado Tetnanychu-6 u.JL,U .. c,ae sobre plan tas amargas de pepino �ucuml-6 1.:iatlvu1.:i) tem efeitos delet€ rios �obre o desenvolvimento e crescimento dos estigios lar vais. Estes mesmos autores observaram que a mortalidade dos ácaros f 3 vezes maior, quando estes se ·alimentam por um longo período em plantas amargas, em_ relação a outros, · que se alimentam por um período menor em plantas amargas ou em outras plantas como o feijão.
Um grande nGmero de insetos da família Chry somelidae, subfamília Galerucinae, tribo Luperini, consomem plantas de cucurbiticeas. Entretanto, a ·relação das plantas hospedeiras€ relativamente escassa. Wilcox (1972)*, citado por METCALF et alii (1980), catalogou somente 29 plantas hospedeiras para 1528 espfcies da tribo Luperini (1,90%) das
* WILCOX, J.A. Coleopterorum Catalogues (Junk, The Hague, Netherlandsl, 15-III, Supplementa Pars 78, Fase. 2, pp. 221-434, 1972.
.10. espécies descritas, das quais 21 esp€cies eram cucurbita-ceas (72,0%). Urna detalhada revisKo bibliogrifica tim reve lado os seguintes nfimeros de esp�cies em virias g�neros de
Luperini se alimentando sobre cucurbiticeas ou associados com cucurb i tacinas, j un tamente com a.porcentagem do total das espécies descritas: Ac.a.lyma.., 14 (.20 ,9%) � Age..t.oc.e.Jr..a,. 2
(12,5%); Aulac.ophona, 20 (11,4%); Viabno.t.ic.a, 9 (2.7%); Lam p�oc.opa, l (10,0%); Pananapiac.aba, 2 (3,5%) e PaJr..ide.�, S (13 ,5%). Assim, mais de 80,% das plantas hospedeiras relacio nadas para os Luperini apresentam uma relação entre as cu curbitacinas e estes coleôpteros que estão amplamente dis tribuídos entre um número de gêneros no Velho Mundo (Aulac_�
phorina) e no Novo Mundo (Diabroticina).
FRAENKEL (1959} relata que um composto isol�
do, se for atraente, induziri alimentaçio quando aplicado
em
folhas de espécies de plantas, as quaisnã6
sio comumen te consumidas por determinado ·inseto, ou quando incorporado num meio neutro como papel filtro ou meio-agar.CHMvIBLISS & JONES (1966) constataram que ViE,;
bnotic.a unde.c.impunc.tata howandl consome papel filtro trata do com cucurbitacina B, D e E. SINHA &·KRISHNA (196�) veri ficaram o consumo de papel filtro tratado com cucurbttacina E por Au.ta.c.ophona. 6ove.ic.o.tLU,. Da COSTA E1 JONES (1971a) con�_
tataram que ·o papel filtro tratado com cucurbitacinas � co� sumida por Viabnotlc.a undec.lmpunc.tata howa�dl,
V,
Lab 'l.1J t.i_e..a.
.11.
ba.Ltea.:ta e A c.alyma. vi.:t.ta.:tct, .sendo a cucurbi tacina B a mais atrativa.
SHAR.i\1.A & HALL (1971b) observaram o consumo por Viabno-tic.a tinde.c.impun.c.;ta:ta dà cultivar 11Early Golden
Bush Scallop" de.Cuc.u.Jz.blta pe.po tratada com cucurbitaci nas, uma planta n�o preferida para a alimentação por este crisomelideo. METCALF et alii (1980) verificaram o mesmo com folhas de soja tratadas com cucurbitacinas B para D. unde.c.lmpunc.tita,
V.
vingi6e.na eV.
longic.oJz.nl�, plantas que não são consumidas normalmente por estas espécies. Os mesmos autores confirmaram estes testes com uma ampla varie dade de ervas daninhas.Com relaçio ao mecanismo de atraçio das cu curbitacinas is diabroticinas, estes insetos são muito �tra
ídos por frutos cortados de Cuc.uJLbLta (CHAMBLISS & JONES, 1966), plântulas lesionadas ou com ·"stress11hídrico (HAYNES &
JONES, 1975) e folhas e frutos injtiriados (METCALF et alii, 1980), sugerindo, de acordo com METCALF et alii (1980), que as cucurbitacinas, relativamente não voláteis, codestilariam com o vapor d1âgua da planta e assim atrairiam os
cole6pte-ros relativamente distantes. A agregaçio dos insetos, segu� do Da COSTA
&
JONES (1971a), € provavelmente devida ilibe raçao de ferom5nio emitido pelos insetos em alimentação.Segündo NIELSEN et alii (1977), a presença de cucurbitacinas tem demonstrado ser det.errente alimentar
.12.
para numerosos .insetos, incluindo Phyllo.tneta nemonum, V.
undulata,
P.
tetna�.tlgma., Phaedon cochllanla.e e P. cnu.el6e Jta.e. Os insetos do gên-ero Ce.fLo.toma. apresentaram comportame� to alimentar diferente quanto ã cucurbitacina B, a qual foi deterrente para C e.no.toma. .tnlóufLc.a..ta., segundo METCALF et a_lii (_1980), e estimulante, de acordo com NISHIDA et alii
(.1986) para Ce.fLo.toma. a11..cu.ata..
Com relação ao comportamento alimentar das diabroticinas, SHARMA & HALL (19 71a)- observaram que a Vla bnotlca u.nde.c.impunc.tci:ta se alimentava somente na s_uperfície inferior dos cotilédones de Cuc.unbi:ta. pe.po tratadas nos dois lados. Esses autores, comparando a concentração e os testes de icidos graxos e açficares, não conseguiram nenhuma rela çao quanto
i
teoria da discriminação dualística.METCALF et alii (1982), comparando o compor-tamente alimentar sobre as cucurbitacinas de 5 espécies de diabroticinas, a saber: ViabJto.tlc.a unde.c.lmpunc..tata howa.� di,
V.
vlngi&e.na, Ac.alyma vit.ta.ta,V.
longlconnl� eV.
cni!ta.ta, não encontraram nenhuma evi��ncia de alteração no es pectro de sensitividade is cucurbitacinas, considerando is to extraordinário, tendo em vista a substancial diferença na prefer�ncia dos hospedeiros destas esp�cies atualmente. Com exceção da Ac.a.lyma. vLt.:tata, a qual é uma praga específ.!_
ca das cucurbitáceas, as demais espêçies vivem·sobre vários hospedeiros, enquanto as larvas aparentemente se
desenvol-vem sobre as raízes de gramíneas. De acordo com METCALF (1979), a demonstração que um receptor funcional de cucurbi-· tacinas está presente em todas as espécies, sugere que nao s6 eles originalmente coevoluiram com as cucurbiticeas, mas também a transferência para as. gramíneas deve ter sido rela tivamente recente. Este mesmo autor .cita que a associação inicial entre as diabroticinas e as cucurbitâceas desenvolveu- se na América do Sul e Central, uma área onde a é uc.u..1ib,L;ta é o riginária e as diabToticinas obtiveram máxima diversidade. No �studo da gen�tica das cucurbitacinas, os pesquisadores concluíram que a herdabilidade dos frutos amargos de cucur bitáceas é controlada por um único gen dominante Bi. Em plantas homozigotas com alelo bi, nenhum princípio (cucurb!
tacina) será formado.
Da COSTA & JONES (1971b) verificaram que as · cucurbiticeas com gen6tipos bibi apresentavam completa fal
ta de cucurbitacinas, enquanto as que apresentavam o gen6t! tipo BiBi ou Bibi produziam plantas com cucurbitacinas.
A síntese de cucurbitacinas em CuQumi.6, Ci ttLu.llu.6 e Cu.c.utLbJ..:tcL, segundo ROBINSON et alii (1976), está associada a um Ünico gen Bi dominante.
Segundo RHODES et alii (1980) ,sao no mJ.IllTilO
..
.5 gens indepe�dentes que regulam a biossíntese das cucurbi tacinas: a) um gen Bi que regula a síntese nas· pl�ntulas;
Bi .. b ·
.14. tacinas nos frutos; e) um gen que controla !:1- quantidade de
cucurbi tacinas; d) um gen que governa. a natureza química das cucurbitacinas forniada•s; e) um gen MoBi que determina se a cucurbitacina existe como um aglicone llvre ou como um gl-l
cosídeo.
Para resistência de cucurbit§ceas a insetos, CHAMBLISS & JONES (1966) ressaltaram _a importâ.ncia das intera
ç5es dos mecanismos de defesa das plantas contra o ataque de insetos e as res·postas adaptativa·s dos mesmos no melhora menta de plantas resistentes a insetos.
Da COSTA & .JONES (_197la,b) verificaram que os mecanismos de resistência a insetos, antibiose e não-pref� rência, estão relacionados na resistência de Cuc.itmL� .éia.Z-<.Vlt-6
i
Vla.b�otic.a undec.lmpunc.tata howa4dl e a Tet4anyc.huJ.i u4tl c.ae. Estes autores constataram que os cultivares resisten tes atravfs da não-preferência, eram os gen6tipos que nao possuíam uma subs tâ_ncia a t ra tiva, no caso a cucurb i tacina, para os crisomelídeos, enquanto a presença destas cucurbita cinas conferia uma proteção químiia contra icaros e outros insetos, fato que demonstra o efeito da antibiose.Da COSTA & JONES l197la) consideram que a não-preferência é devida
à
ausência de estimulante alim.cn t�r, sendo iiualmente efetiva quando as plintulas sem cucur bitacinas foram testadas em"stand"pu},"O ou misturadas, haja visto que a Viabnotica undeelmpunctata howa4dl e A. vlttata. 15. aparentemente preferem definhar do que se alimentar em plã� tulas resistentes. Estes mesmos autores constataram que a resistência do pepino aos criio�elídeos esti associada com a suscetibilidade do icaro rajado Tetnanychu� unticae e a broca das cucurbitãceas Manganonla h�alinata, que ocorrem no Brasil.
SHARMA & HALL (1971b) sugerem que a seleção
. . . .
de plantas de cucurbiticeas com baixas concentraç6es de cu-curbitacinas, e assim conseguindo resistênci� por não-pref�
rência; pode reduzir os danos causados por insetos às plân tulas de culturas comerciais, tais como melancias, pepinos, abóboras e algumas- hortaliças e frutos consumidos nos trópicos, assim corno nas regiões temperadas.
O conhecimento do conteüdo total de cucurbi tacinas das virias partes vegetati�as de cucurbiticeas, foE nece um ponto de refer�ncia para determinar a suscetibilida de ao ataque das diabroticinas e no melhoramento de cultiva res resistentes por antixenose (RHODES et a.lii, 1980; MET CALF et alii, 1982).
A utilizaçio de partes de plantas como cau le, frutos ou raízes de cucnrb i taceas na forma de iscas tôxi cas, tem sido estudada corno rn�todo alternativo de tontrole de crisomelídeos.
RHODES et alii (1980) testaram a efici�ncia de iscas t6xicas, usando como atrativo ab6boras tratadas com
.16. Metomil e Tricloifon, sendo muito efetivo em eliminar co
leôpteros diabrotic.inas.
YOKOY.AJ.\'1A. et al ii -(19 82) usaram iscas tóxicas de raiz de taiuii (Cefta�o�an�he6 hilaniana) para o controle de Viab�otica �pecloJa e Cehotoma an�uata em feijoeiro e constataram o seu potencial como mitodo alternativo de con
trole.
SHAW et alii (_1984) utilizaram cucurbitaci nas e Carbaril para a captura e eliminaç�o d� Viabnotica bahbeni e Viabn?tlca vingl6e�a em �ilho, verificando que as armadilhas têm um grande potencial de uso no monitoramento da densidade popuJacional.
HAJ\1ERSCHMIDT (1985) usou taíuiií (C aya.po n.ia tayuya e Bnyona tayüya) e purungo [Lagena�la vulgaftih) como
atraentes dé Vlabnotica �peclo�a. Para o controle desta pr� ga em hortas, e�te autor recomenda a utilização de 40 iscas tóxicas/ha, uniformemente distribuídas.
Segundo MILANEZ (1987), o uso de iscas de
taiuiâ ( Cayapon,La.. .ta..yuya.) constitui-se numa pr_âtica auxili ar no controle de vaquinhas, pela sua atratividade e grande mortalidade de adultos. Segundo o autor, a eficiência tor-· na-se limitada em �pocas de altas infestações, no início .do desenvolvimento da cultura do feijio, em ireas extensas de
• 1 7 •
3. MATERIAL E MÉTODOS
Os experimentos de laborat6iio foram conduzi dos no Departamento de Entomologia - ESALQ/USP e o de campo
na Fazenda Capivara do Centro Nacional de Pesquisa de Arroz -e Feijão, CNPAF/EMBRAPA - Goiânia-GO.
Nos diversos experimentos executados os mate riais b�sicos utilizados foram: plantas ou folhas de feijo eiro Pha.�eolu� vulga�iA, Carioca, raiz de taiuii, Cenito Aanthe� hllaAlana, vaquinhas Vlab�o.:tl�a Apec.loha, Ceti..o.:toma
a.ti..c.ua.ta (Coleoptera�Chrysomelidae) e ãcaros rajados Te.:tnan1 c.huA uti..tlc.ae (Acari-Tetranychidae).
3alm PREFERÊNCIA ALIMENTAR DE Vi.ab1w:ti..c.a. .6pe.c.ioL>a. E CeJw
.toma aJLc..trn.ta
O experimento de prefer�ncia alimentar por folha de feijoeiro ou raiz de taiuii foi conduzido em condi ç6es de laborat6rio, no perfodo de 15/05 a 25/05/88. Os a dultos de VJ,abtw,t,éca. ,5 p!?,c.,LoA ct e C e,ti..o.tomct cutc.ua..:ta, ut i 1 izados no experimento, foram provenie11tes do campo de coletas efe tuadas na cultura do feijüo. O delineamento est�tistico foi
.18. Cada unidade experimental o� parcela foi cons tituída de uma placa cie Petri forrada com papel filtro e 3
discos de folha de feijoeiro (3,0 cm de
0)
e 3 discos de raiz de taiuiá (l,5 cm de0
e ± 3 mm de espessura). Os dis cos de folha e da raiz de taiuiá foram distribuídos alterna damente, eqüidistantes e de maneira a formar um círculo.Para o acondicionamento dos alimentos e dos setos, foi utilizada uma "inanga de vidro" (cilindro de dro de 10,5 cm de, e 11,5 cm de altura). Para evitai a
l. nH
ga dos insetos e minimizar a perda d'água por evaporaçao, a
abertura superior foi vedada por uma placa de Petri.
As parcelàs do tratamento 1 foram infestadas com 100 adultos de Via.bnq.t),c_a ,� pe.c..io.óa (10 adultos/parcela) e o tratamento 2 com 100 adultos de Cena.toma afLc..ua.ta. O tra tamente 3 nio foi infestado, servindo como testemunha-padr�o quanto
ã
perda de peso por evaporaçao dos discos da folha e da raiz de taiuii.Os alimentos (discos de folha e raiz) fica ram
i
disposição dos insetos por 24 horas. O consumo dos a limentos foi medido pela diferença dos pesos dos discos an• tes da infestação e ap6s o período de 24 horas. Estes pesos foram corrigidos devidoi
perda de wnidade pelos valores da téstemunha (testemunha 3). Diariamente os alimentos foram renovados, durante 7 dias consecutivos, período de duração do experimento.. 1 9 •
3,2, REPELÊNCIA DO EXTRATO DA RAIZ DE TAIUIÁ AO ÁCARO R8
JADO
Este experimento foi executado em condições de laborat6rio, visando observar o comportamento db acaro .rajado extrato em da folhas raiz
de feijoeiro tratadas com o de taiuiâ. O experimento foi inteira mente casualizaao com 4 tratamentos e 4 repetições, totali zando 16 parcelas. Cada parcela constou de uma placa de Pe tri, totalmente forrada com algodio umedecido e um folíolo de feijoeiro. Os tratamentos foram:
1. Testemunha-folíolo sem extrato de taiuiâ. 2. Folíolo com regiio apical tratada com ex trato de taiuiá.
3. Folíolo com a regiio central (cfrculo de 4 cm de
0)
tratada.o extrato.
4. Folíolo com a região basal ·tratada com O extrato da raiz foi obtido atrav€s da pre� sagem da raiz por uma morsa, e a sua aplicaçâo foi por pi� celamento. Cada folíolo foi infestado com 10 ácaros aclultos,duas horas ap6s a aplicaçâo do extrato. Os ácaros foram coloca dos sobre as �reas tratadas.
. 20.
horas ap6s a infestaç�o, contando-se o total de ácaros nas áreas com e sem tratamento.
3e3o INFLUÊNCIA DO EXTRATO DA RAIZ DE TAIUIÁ NA ÜVIPOSI
CÃO E MORTALIDADE DO
'ÁCARO RAJADO
O_presente experimento teve como objetivo o� servar a postura e a mortalidade de adultos do ácaro raj! do, em discos de folhas de feijoeiro tratadas com extrato da raiz de taiuii (cucurbitacinas).
O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 10 repetiç6es. Os tratamen tos foram:
1. Testemunha - sem extrato de taiuii.
2. Dose 1 - extrato de taiuiá diluído em 50%, 3. Dose 2 - extrato de taiuiá·puro.
Cada parcela foi constit.uída de uma placa de Petri com algo��º umedecido e 3 discos de folhas de feijoe! ro (_3 cm de
0).
Após a aplicação do extrato da raiz de tai uiinos discos, os mesmos foram deixados em condições ambie� tes por 3 horas, para a secagem completa do extrato. Poste riormente, foram efetuadas as infestações de 1 �caro raja do/disco (3 5caros/parcela)., 21 .
�
As contagens .do numero de ovos e de acaros mortos foram realizadas diariamente em binocular.
3,4, EFEITO DE DIFERENTES DOSES DO EXTRATO DA RAIZ
DE
TAIUIÁ SOBRE O ÁCARO RAJADO
O.experimento foi realizado no laboratório do Departamento de Entomologia - ESALQ/USP, com o objetivo de verificar o efeito de diferentes doses do extrato da raiz de taiuii sobre o ;caro rajado.· O delineamento estatístico do experimento foi inteiramente casualizado, com S tritamen tos e 6 repetiç6es, totalizando 30 parcelas. As- diferéntes doses do extrato da raiz de taiuii foram:
1. Dose 1 testemunha
-
agua. �2_. Dose 2 25% él.e extrato + 75% de agua. 3. Dose 3 50% de extrato + 50% de agua.
4 . Dose 4 75% de extrato + 25% de agua.
5 • Dose 5
-
100% de extrato.Cada parcela constou de uma placa de Petri, .com 1 disco de folha do feijoeiro, de 5 cm de di�metro. Ca
da disco de folha foi infestado com 5 icaros adultos. As di ferentes doses d6 extrato foram aplicadas por uma pistola de pintura, modelo Arpex 3. Cada tratamento foi distribuiJo
. 22. em uma área de 1 m2
, sobre a _qual pulverizaram-se 20 ml do extrato,,
As ava_liações foram efetuadas 24, 48 e 72 horas após a apiic�.
çio do extrato. A mortalidade do icaro rajado foi obtida a través da fÕrmuJa de Henderson
&
Tilton.3,5, EFICIÊNCIA E AÇÃO RESIDUAL DE ALGUNS INSETICIDAS AS
SOCIADOS
ÀRAIZ DE
TAIUIÁ(ISCA TÓXICA) NO CONTROLE
DE VAQUINHAS V,Lo..bf[o;t,<..c.o.. -0pe.c.io.6a. E. Ce.f[o:toma. a,f[c.uo.-ta.,
Este experimento foi real�zado em condições de laborat6rio, para verificar a eficifncia e a açao resi-dual de inseticidas no controle de vaquinhas. O delinéamen to estatístico foi inteiramente casualizado com 7 tratamen tos e 4 repetições, totalizando 28 parcelas. Os inseticidas testados foTam: 1 .. Metomil 2 • Acefato ..., Carbaril .:)
.
4. Triclorfon 5 • Aldrin 6. Carbofuran 7. · Testemunhaxica (pedaço de raiz de taiuiá + inseticida), acondicionada em uma "manga de vidro" (10, 5 cm de
0
e 1.1,5 cm de altura). A parte inferior da "manga de vidro" ficou numa placa de P�_ tri e a superio_r foi vedada com pano "voil", preso por fitaelástica. Em cada unidade experimental foram colocados
s·
a dul tos de C e.noto ma aii.c.ua.ta· e S de V,i.,abtLo.tJ..c.a .ó pe.c.io.6 a .•As eficiências dos inseticidas foram avalia das 24 e 48 horas após a infestação, procedendo-se a conta gem dos insetos·mortos. Para avaliar o efeito residual dos inseticidas, foram efetuadas infestaçBes contínuas em inter valos de 3 dias. A mortalidade dos insetos foi avaliada 24 h.oras apôs as infestaçoes. A eficiência d:os inseticidas foi calculada atrav€s da f6rmula de Henderson
&
Tilton.3,6, CONTROLE DE ALGUNS INSETOS ATRAVÉS DE ISCAS TÓXICAS
(RAIZ DE TAIUIÁ
+
METOMIL)) NA CULTURA DO FEIJÃO Ph9:_Este experimento foi realizado no campo exp� rimental do Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão
-CNPAF/EMBRAPA, localizado no município de Goiânia-GO, com
os seguin�es objetivos-:
a. Efetuar um levantamento do nGmero e esp� cies de indivíduos da entomofauna atraídos pela raiz de
.24. taiuiá.
b. Estabelecer o nfimero de iscas tóxicas ne cessário para um controle efetivo de vaquinhas desfolhado ras de feijoeiro.
O delineamento e�tatístico foi o de blocos ao acaso com 8 tratamentos e 4 re�etiç6es. Os tratamentos foram constituídos de diferentes quantidades de iscas t6xi cas, sendo a variação de zero (O) a sete (7) iscas tóxicas/ parcela.
Os tratamentos foram: 1. Sem isca tóxica .. 2. Uma isca t6xica.
3. Duas iscas t6xicas. 4. Tr�s iscas t6xicas. 5. Quatro iscas tóxicas. 6. Cinco iscas tóxicas. 7. Seis iscas tóxicas.
8. Sete iscas tóxicas.
A parcela teve uma área fitil de 500 m2 (20 x
25 m) de cultura do feijão, com bordaduras de 10 m entre os blocos e 5 m entre os tratamentos.
Cada isca tóxica foi colocada no centro de uma bandeja de pl�stico (Prolixo, cor azul claro, volume de 60 litros), preso num estilete de ferro a 25 e� d6 solo. A aplicação do produto foi sempre renovada posteriormente a u
. 25. ma chuva intensa ou após uma semana da Última aplicação.
Os insetos mortos foram coletados de 3 em 3 dias e acondicionados em frascos contendo ilcool 70%. No la boratório foram efetuadas a separ�ção, catalogação e conta gem dos insetos. O per!odo de coleta dos insetos prolongoti -se at€ o secamente completo das iscas tóxicas.
. 26.
4,· RESULTADOS E DISCUSSÃO
4,1,
PREFERÊNCIA ALIMENTAR DE
Viab11,otlc.a hpe.c.iaha
E
Cenota
ma aJL�u.ata
Os resultados do consumo diário (em miligra mas) de folíolos de feijoeiro e da raiz de taiuiá, encontram
-se na Tabela 1.
Pela anilise dos dados, observa-se que a vaqu! nha ViabJLotica hptc.ioja mostrou preferência alimentar por fo-lÍolos de feijoeiro. A quantid��e de fol11a e raiz de
taiuiá consumidos por 100 adultos em 7 dias foi 2.776,78 e 1.474,15 mg, respectivamente. Estes valores correspondem a 65,02% e 34,98% do total do alimento consumidci. O total de fo lÍolos do feijoeiro conswnido foi 1,8 vezes maior em relação do total da raiz de taiuiá.
A preferência alimentar de Ce.11,otoma ati:c.ua.;ta foi pela raiz de taiuiá. Estes inseios consumiram 3,040,11 e 1.524,86 mg de raiz de taiuiá e folíolos do feijoeiro, respe� tivamente. Em valores percentuais de alimento consumido, 66,60i corresponde ao peso da raiz de taiuiá e 3��40% do total de f6 lÍolo�_dJ f�ijoEiro.
Tabela
TRAT. Vi.abM:tlca. e eJW.toma.
Peso em mg e dados correlatos de folfolos do feijoeiro e raiz de taiuij consumidos por. 100 indivíduos de cada espécie,
V.
Jpec.io�a e C. àAcua.ta. Piracicaba/1988. DATA Consum-0 ��% de° 18/05 19/05 20/05 21/05 22/05 23/05 24/05 Total mêdio/dia ·consumo Folíolos 331, 75 529,85 390,70 201,68 324,39 487,57 510,85 2776,78 396,68 65,02 Taiuiá 367,98 252,49 240 , 12 25,36 169 ,08 3G6,71 132,41 1494, 15 213,45 Yi,98 ·Folíolo,; 154, 18 258,81 172,32 117, 16 216,57 260,2/-1 345,5 8 1524,86 217,83 33,40 Taiuiã 75 7,85 353,82 387, 18 171 ,45 615,06 510,93 243,82· 3040 , 11 43� ,30 66,60 N -...Ja�Quata mostraram cias opostas quanto� prefer�µt�� alimentar para os substratos: folíolos de feijoeiro e raiz de taiuiá.
º 28.
tendên--dois
4
m2
oREPELÊNCIA DO EXTRATO DA RAIZ DE TAIUIÁ AO ÁCARO RA
JADO
Na Tabela 2 consta o n�mero de icaros rajado em diferentes áreas de folíolo do feijoeiro, com e sem extrato ela ·.raiz de taiuiá, A tr·avés do número de ácaros/ áTea , observa-se que
os tetraniquídeos não permanece� nas áreas tratadas com o ex trato. Em todos os tratamentos, onde as áreas foliares foram tratadas com o extrato, a porcentagem de permanência do acaro rajado foi muito baixa, com um m�ximo de 7,5\, No trátamento 4 (testemunha - sem extrato)� o �caro rajado mostrou prefer�n c ia pela área basal. do foi Íolo. Os resultados indicam qv e 7 7, 5 % .dos ácaros rajados se estabeleceram na área basal do folíolo�
enquanto que somente 22,5% perm�neceram na 5rea apicaJ,
Segundo Da COSTA & JONES (1971 ), o icaro raja do tem preferência por plantas da família das cucurbitáceas sem cucurbitacinas na sua tomposição química. O comportamento do 5 caro �aja<lo evitando 5reas tratadas com o extrato da raiz de
Tabel a 2 -Dados parciais e totais de ácaro rajad9, em fol folos do feijoeiro nas areas com e sem extrato da ra iz de taiuiã e% de ácaros/área. Piracicaba/1988.
---._ __ A Be
D E F G H Tt-:AT.O,MENTOS Área apical tratada 1o
o
1o
o
o
o
.
Área b2sal não tratada 4 ,-5 4 5 5 5 e; ::, ✓. Área apLcal não tratadao
o
3 1 4 5o
o
2 Área central tratadao
'o
o
o
o
o
o
o
Área basal não tratada 5 5 2 4 1o
5 5 Área basal tratadao
o
1o
'o
o
1 1 3 /5..rea apical nio tratada 5 5 4 5 4 5 5 4 Testemunha -apical nio trat.o
3 1o
o
o
1 4 1: Testem�nha -basal não tratada 5 2 4 5 5 5 4 1 Total 2 38 13o
27 3 37 9 31 % de ácaros/ Área-5,00 95,00 32,50 0,0 067,50
7,50
92,50 22,50 77 ,50 100 ? 0 100, O 100 O . ' 100,o
N t.D.30. taiuiá, evidencia a açao repelente das cucurbitacinas, sen do esse efeito tamb€m constatado no presente ensaio.
4.3 ..
INFLU�NCIA DO EXTRATO DA RAIZ DE TAIUIÃ NA OYIPOSI
CÃO E MORTALIDADE DO ÁCARO RAJADO
Os dados de oviposição do ácaro rajado, em discos de folíolos do feijoeiro, tratados com o extrato · da raiz de taiuii, em diferentes doses, encontram-se na Tabela
3.
No tratamento 1 (testemunha - dose zero) a postura foi nitidamente superior em relação aos tratamentos 2 e 3, com a média de 51,93 ovos/ácaro. Comparando-se o to tal de ovos colocados em todos os tratamentos, os ácaros da testemunha foram responsáveis por 62,02% do total da ovipo sição. No tratamento 2 (dose l - extrato diluído em 50%), a oviposiçio foi cerca de 60% menor em relação
i
testemunha.A média de postura no tratamento 2 foi de 20,8 ovos/ãcaro. Os . 624 ovos deste tratamento, corresporidem a 24,84% do total. No tratamento 3 (dose 2 - extrato 100%), a oviposiçiio foi de apenas 13,14% do total, com a média de 11 ovos/ácaro. A comparação das médias de postura pelo teste Tukey ao nível de 5 % de probabilidade, mostra diferenças significativas cnt rc os tratamentos, com o tratamento 1 diferindo do tratamentoTabela 3 -Dados parciais e totais de· ovos de ãcaros rajado em folÍo1os do feijoeiro tratados com diferentes doses do extrato da raiz de taiuiá, Piracicaba/1988.
-~
R!:P. TRATAM[�-A B e D E F G H 1 J Total Média Transf. Tukev i X + 0,5 1. ::lose C -:tstemunha 116 i67 178 177 182 96 164 165 175 138 1558 12,44580 2. Dose i -Extrato diluído 50% 32 89 45' 52 14 46 103 70 74 43 624 7,73983 3. Dose Z -Extrato puro 24 24 17 29 30 13 21 65 71 36 33 0 5, 59 38 4 F = 50,21** OMS = 1, 73605 CV= 18,2013% " As médi_as seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Tabela 4 -NGmero e% de mortalidade acumulada de icaro rajado em fo1fu1os do feijoeiro trata dos com extrato da raiz de taiui;, durante 10dias. Plracicaba/1988. 16/03 17/03 1 .::los;, J -Testemunha O(G,0%) 0(0,0%) 2.Dose ; -Extrato di O (O ,0%) 13(43,3%) luído 50% 3.Dose 2 -Extrato p� O (O ,0%) 25(83,3%) ro 18i03 O (O ,0%) 5(60 ,O'l;) 5(90 ,0%) 19/03 O (C ,Oi;) 4(73 ,3%) 1(93,3%) 20/03 0(0 ,0%) 3(83,3%) 0(93,3%) 21/03 22/03 23/03 ,24/03 25/03 Total 3 ( 1 O ,0%) Z( 16,6�) _ 3(26,6)!) :2(66 ,6�) 10(100,0%) 30(100 ,0%) 5(100 ,0%) --30(100,0%) 2( 100 ,0%) --30 ( 100 ,0%) 5% .* a e v-' --'.32. 2, que por sua vez diferiu do tratamento 3.
Comparando-se os dados de postura do icaro ra jado do tratamento· 1 (testemunha) com os de LEHR
&
SMITH (1957), nota-se que a capacidade de oviposição foi bastante inferior aos resultados obtidos pelos referidos pesquisado res, que conseguiram uma variação de 77-134 ovos/f�mea. Es-sa diferença acentuada na oviposição deve-se à utilização de f�meas de diferentes idides, pois LEHR & SMITH (1957) ob tiveram longevidade de 18-21 dias . .A diminuição de ovos colocados nos tratamen tos 2 e 3 est� relacionada com a açio de repel;ncia e mort� lidade provocada pelo extrato da raiz de taiuiá. A presença do extrato na superfície.foliar, provoca irritação no acaro rajado, induzindo a uma excessiva movimentação e consequen temente uma diminuição na postura de ovos.
O comportamento do ácaro rajado em contato com o extrato da raiz de taiuiá, € semelhante ao citado por DAVIS (1952), que constatou que, após a aplicação do DDT so bre a superfície foliar, os ácaros exibiram uma locomoção excessiva, e em consequ�ncia houve redução na oviposição.
Os dados de mortalidade di5ria do ácaro raj� do e as respectivas porcentagens acumuladas, encontram-sena Tá.bela 4. No· tratamento 1 (dose O - testemunha) a mortalida de do ácaro rajado foi observada inicialmente no 6 9 dia após a
infcs-, 33. tação, Ji nos tratamentos 2 e 3 ioram observadas mortalidades
-de 43,3% e 83,3%, respectivamente, 48 horas apos a infesta-ção. No tratamento 2 (dose 1) a mortalidade ac_umulada de 83,3% foi obtida no 59 dia ap6s a infestação. Esta mesma porcenta gem de mortalidade foi verificada 48 horas apôs a infestação no tratamento 3 (dose 2), indicando que doses elevadas do extra to da raiz de taiuii, tendem a atuar com maior efici�ncia so bre o icaro, provocando moxtalidade em �enor tempo.
4,4, EFEITO DE DIFERENTES DOSES DO EXTRATO DA RAIZ DE
TAIUIÁ SOBRE O ÁCARO RAJADO
Os resultados de mortalidade ftos icaros, encon tram-se nas Tabelas 5, 6 e 7, corres�ondentes is avaliaç6es a-pós 24, 48 e 72 hotas.
A mortalidade do 5caro rajado nas 24 horas ini ciais apôs a aplicação das diferentes doses do extrato, �, re lativamente baixa, atingindo uma porcentagem de efici�ncia de 41 ,37% no tratament6 5 (d6se 4). Na 2t avaliação, 48 horas a pôs a infestação (Tabela 6) 1 a mortalidade acumulada do aca�
ro r�jado aumentou gradativamente em todos os tratamentos, O tratamento 5 (dose 4) foi relativamente eficiente, controlando 58,62% da popuJaçüo do icaro.
Tabela 5 -Número de ácaros mortos/parcela, total por tratamento e% de eficiência (%E), 24 horas ap6s a apl icaçio do extrato de taiuii. Piracicab�/1988. A
·s
e
D E F Total % E Média transf. Tukey ✓ x +º�s·
5%
*
-l,Dose O -Test.o
o
o
o
1o
1-0,79338
b 2.Dose 1-25%
o
o
1o
o
o
1 0,00.0,79338
b 3.Dose 2-50%
1o
o
o
2
1 4 10 ,341,0253
3
ab 4,Dose3
-75%
2 3 4 2o
1 1237.93
1,51438 a 5.Dose 4 -100% 2 4 4 2 1o
13 41 ,3 71,55613
a F =5�52**
OMS=
0,66159
CV=
34,5269%
* As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si. vl ..i::,.Tabela 6 -Mortal idade acumulada de ácaro rajado nas díversas parcelas, total por trata mento
e%
de eficiência(%E),
48 horas apósa
aplicação do extrato de taiuiá. Piracicaba/1988. A Be
D E F Total % E Média transf. Tukey lx + 0,5 1 5% •k -, 1 . Dose O -Tes t.o
o
o
o
·1o
1 -0,79338 e 2 • Dose 1-25%
1o
1o
1o
36,89
0,96593 bc 3. Dose 2 -50% 1o
1o
2 'l 6 17,24 1,17100 abc ;.. 4 . Dose 3 -75% 2 3 4 4o
1 1444,82
1,60441 ab 5.Dose 4 -100% 2 5 4 4 2 1 . 1858,62
1,82915
aF
=7,29**
DMS = 0,66863 · CV= 30,9460% * As médias seguidas da mesma letra não difer em estatisticamente entre si. v--1 lllJabela 7 -Mortal idade acumulada de ãcaros em diversas parce las, total por tratamento e ide efici�ncia (%E)� 72 horas ap6s a apl icaç�o.do extrato de taiuii. Piraci caba/1988. � P. A B
e·
D E F Total%
E Média trans-f, TRATAMENTOS-·. ✓
X+
Ü,5
1 1 .Dose O -Test. 1 1o
o
1o
3
-0,96593 2.Dose 1 -25% 1o
1o
1o
3
oroo
1 , 05220 3 .Dose 2 -50% 1 1 3 24
3 1440,74
1 $64893 4.Dose 3 -75% 5 4 4 5 2 3 2374,07
2,06417
5.Dose 4 -100% 2 5 44
J.¼ 4 2374,07
2,06861 ;::: = 19,24** OMS = 0,50L}252CV=
19,0409%
'" As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Tukey 5% * b b a a a 0-!°'
• 3 7 , extrato (Tabela 7), a mixima p�rcentagem de efici�ncia obtida foi de '74,07% nos tratamentos 4 e 5. A
com-paração das m�dias pelo teste Tukey, indica que os tratamen tos 3, 4 e 5 diferem estatisticamente dos tratamentos 1 e 2
(testemunha e dose 1), ao nível de 5% de probabilidade, mas não diferem entre si. A baix� concentração do extrato (trata mento 2 - dose 1), foi ineficiente no controle d6 icaro raja do. Embora o tratamento 3 não tenha diferido estatisticamente dos tratamentos 4 e 5, a efici�ncia (40,74%) de controle do
i
caro foi numericamente menor.Pelos resultados de mortalidade, verifica-se que o extrato da raiz de taiui� niio possui �ção de choque, a tuando de maneira lenta sobre o icaro rajado. Estes resulta d-os são comparáveis aos obtidos por Da COSTA & JONES (1971a}, embora os valores da porcentagem de mortalidade sejam menores do que os obtidos por eles. Se6-rundé 'esses autores r a mortal
ida-de larval do ácaro rajado foi ida-de 98?71% e 96,21% em híbridos
F1 do cruzamento de pepinos entTe as cultivares -"Marketer x Ewersweet11, com cucurbi tacina na sua compo.sição. Em híbridos
F1 (gen6tipo bibi) sem a presença de cucurbitacinas nas plan tas, a mortalidade larval observada foi de apenas 5,03%.
4,5, EFICIÊNCIA E AÇÃO RESIDUAL DE ALGUNS INSETICIDAS ASSO
CIADOS
ÀRAIZ DE TAIUIÃ (ISCA TÓXICA) NO CONTROLE DAS
VAQUINHAS
V. ipecio�aE
C, a�c.uataOs resulta.dos da açao direta dos inseticidas so bre as vaquinhas
V.
�pec.io�a; encontram�se nas Tabelas 8 e 9, para as avali�ç6es de 24 e 48 horas ap6s· a infestação. Os da� dos de mortalidade após 24 e. 4 8 horas de·e
R a1ic.uata: estão contidos nas Tabelas 10 � 11. Os dados d� mortalidade de V. �pe cio�a e C. a4c.uata, pela açao residual dos inseticidas, estão relacionados nas Tabelas 12 e 13.
Pelos resultados da Tabela 8, observa-se que as iscas de taiuiâ tratàdas· com os inseticidas metomil, carba ril e carbofuran, foram as mais eficientes no controle da V. �pec.io�a� De acordo com a Tabela 9, a porcentagem de efici�n
cia foi elevada, com exceção do inseticida _acefato, que não teve uma boa açao de choque, controlando apenas 16,6% dos insetos. A an�lise da vari�ncia dos dados 4as Tabelas 8 e 9, indica que os tratamentos
1,
3� 4, 5 e 6 diferiram estatisti camente dbs tratamentos 2 e 7 (atefato e testemunha) pelotes-te Tukey ao nível de 5% de probabilidade, mas não entre si.
diferiram Em relação ao controle de
e.
a�c.uata, 24 horas ap6s a infestação (Tabela 10), os inseticidas mais 6ficientcs foram: aldrin, triclorfon e carbaril, A mortalidade de C.an-T�bela 8 -Número de adultos
de
V.
�peci.o�a mortos/parcela, totai por tratamento e% de efici�n�ia (%E), 24 horas ap6s a infestaçio. Piracicaba/1988 . ---REP. TRAT. i • Metomi 1 2. Acefato 3. Ca rbar i 1 4. Trlclorfon 5. Aldrin 6 . Ca rbofu ran 7. Testemunha �-.. .. F =33,97**
·-. DMS = 0,516161CV=
13,8348%
A Be
5
3 4 o o o 4 5 4 1 4 1 3 3 2 4 4 4o.
oo
Média transf. D Tota1 % E /x + 0,,5" 5 1785,0
·2, 17064 o oo,o
0,70710 4 1785,0
2, 17729 4·. 1050,0
·1
,67303
3 1155
,0
1,79841 4 16 80,0 2, 12123o
o -0,70710 * As méài'as seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Tukey5%
*
a b a a ' : a a b v-l \DTabela 9 -Mortal idade acumulada de adultos de V. ,�pe.c.io.6a./parce1a, total por tr atamen to e% de eficiência, 48 horas após a infestação, Piracicaba/1988. '""-... ... ..._ Média transf. Tukev '--... ,_. REP. A B
e
D Total �6 E ✓x + 0,5' TRAT. .. '-,. -...5%
*
·-·
""'•·•·· 1 • Metomi l r.: ;) 55
5 20 100.,o
2,34521 a 2. Acefato 2 2o
1 5 16,6 í ,27353 . b 3. Carbar i 1 5 5 5 5 20 100,0 2,3'-¼521 a 4. Triclorfon 55
55
20 100,0 2,34521 a 5.Aldrln ,.. 5 5 5 ·20 100,0 2,34521 :) a 6 . Ca rbofu ra n 5 ,-5 5 20 100,0 2,34521 a ::, 7. Testemunha 1 1o
o
2 -0,96593 b F = 39,31.i-** DMS == 0,443371 . CV = 9, 66231 % * As médias seguidas da me sma letra não diferem estatisticamente entre si.Tabela 10 -Mortal idade de adultos/parcela de C. a,tcua;t.a,� total por tratamento e% de e ficiincia (%E), 24 horas ap6s a infestaçio. P[racicaba/1988. ··--·--·-·-�--� .,. ,..,.,_,��-�. TRAT. ..,,,, .__� 1 . Metoml 1 2. Acefato 3. Carbar i 1 4 .Triclorfon 5-Aldrin 6 . Ca rbofu ran 7, Testemunha F = 17,75** DMS = 0,63557 CV= 18,1002% A 1 1 4 1. 4 2
o
Be
2 1o
o
4 1 3 2 5 e.,
3 2o
o
D Total % E Média transf. ✓ X + Ü ,5 1 3 735
,0
1 ,47536o
15,
0
0,83652
,-3 'i2 60,01 ,83455
5
14 70, O1,97962
5 . 1995
,0
2,28924 1 840,0
1 ,56446o
o
-0,70710 * As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Tukey5%
*
b e ab ab a b e-·
Tabela 11 -Mortal idade acumulada de adultos/parcela de C. oJLeua.ta.� total por tratamen to e% de eficiincia (%E), 48 horas ap6s a infestaçio, Piracicaba/1988.
---Média transf.-...
.... A Be
D Total %.E Tukey ---._._, REP. ✓x + 0,5' TRAT. ---..� ... ... ... . 1 . Metomi l 2. Acefato 3. Ca rba ri l 4. Triclorfon 5. Aldrin 6 .. Carbofu ran7.
Testemunha F = 21,08** OMS= 0,48192 . CV = 'lO ,5462% 2 45
3 4 25
5 3 5 55
5 5 5 4 4 5 1 1o
4 15 72,2 2,04225 3 1255,5
1 ,86103 4 1783,5
2, 17064 5 20 100,0 2,34521 5 20 100,0 2,34521 4.
.., 1 / 83,5 ' 2 � 17729 o 2 -o ,96593 * As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si. 5% * ab b aba
a ab eTabela 12 -Número de adultos de V • .6pe.ci.o.6a, mortos pela ação residual das iscas tóxicas comdiferentes inseticidas•, aos 4, 7, 11, 15, 18 e 22 dias e as respectivas % de eficiência (%E). Piracicaba/1988. 4 Dias %E 7 Dias %E 11 Dias %E 15 Dias %E 18 Dias %E 22 Dias 1. Metcmi 1 11 55,0 13 61, 1 '! 15,8 3 10,5 o 0,0 o 2. Acefato o
º·
º 1 0,0 o 0,0 1 0,0 o 0,0 o 3. Carbari 1 17 85,0 19 94,4 19 . 9 1i,7 18 89,5 19 95,0 15 4. Triciorfon 2 10 ,o 4 11, 1 o o,n 1º·
º oº·
º o 5. Aldrin 14 70,0 20 100,0 13 63,2 16 78,9 20 100,0 1 6. Carbofuran 17 85,0 15 72,2 6 26,31 5 21,0 o 0,0 o 7. Testemunha o -2 -1 -1 -o %E () ,o o ,o 73,7 0,0 () ,o .(l ,O .i:,. (J-]Tabc1� 13 -Mortalidade de adultos de C, aJI.cua.:ta. pe1a ação residual das diferentes iscas tGxicas, dos 4, 7, 11 , 15, 18 e 22 dias, e as resp �ctivas % de eficiência (%E) • Pir acicaba/1988.
--=-.,,,.. ., 4 Dias %E 7 Dias %E 11 Dias %F. 15 Dias %E 18 Dias %E 22 Dias 1. Metcíl�; i 3 i0, 5 7 35,0 3 15,0 2 o,o o. 0,0 o 2. Acefato [) 0,0 2 10,0 o D,ü 2 0,0 o 0,0 o 3. Carbari J 18 89,5 20 100 ,o 20 100,0 20 100,0 20 100,0 i6 4. Tr i cl orfon 5 21,0 12 60,0 2 10,0 4 11, 1 o 0,0 o s. Aldrin 18 89,5 20 100,0 19 95,0 18 88 ,9 18 89,5 14 6. Carbofuran 8 36;8 7 35,0 í 5, 0 L 1 11,1 o