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Negociação da Carreira de Enfermagem PROPOSTA REFORMULADA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) Parte 1 (entregue a 20.Fevereiro.2009)

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SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES

Negociação da Carreira de Enfermagem

PROPOSTA REFORMULADA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS) – Parte 1

(entregue a 20.Fevereiro.2009)

Enquadramento, Âmbito de Aplicação, Estrutura de Desenvolvimento Profissional, Outros

Aspectos e Transição de Categoria

Notas de esclarecimento e análise e Comentários

A – Enquadramento da Carreira de Enfermagem no Sistema de

Carreiras da Administração Pública

Mantém a Carreira de Enfermagem: • Como Carreira Especial (art.º 1º);

• Classificada como de grau 3 de complexidade funcional (art.º 8.º) – máxima complexidade. • Com inadmissível fixação de deveres (art.º 4º)

SEP/CNESE: Este enquadramento não tem qualquer consequência nas soluções preconizadas pelo MS. MS classifica Carreira de Enfermagem com MÁXIMA COMPLEXIDADE funcional (“exigida aos titulares de

Licenciatura” – art.º 44 da Lei 12-A/2008) MAS fixa que agimos sobre “ordens”, “instruções” e “directivas bem

definidas” e DIMINUI OS NOSSOS VENCIMENTOS E AS NOSSAS EXPECTATIVAS SALARIAIS relativamente aos de igual complexidade. Não temos uma Licenciatura Administrativa, nem somos Licenciados de 2.ª – UM INSULTO.

MS classifica Carreira de Enfermagem como ESPECIAL (porque, entre outros aspectos, estamos “sujeitos a

deveres especiais mais exigentes que os previstos para os das Carreiras Gerais” – art.º 41 da Lei 12-A/2008, que decorrem da natureza da função e das condições particulares da prestação), MAS, para além de RETIRAR

algumas “coisas especiais” que temos, REMETE N SOLUÇÕES PARA AS CARREIRAS GERAIS (Avaliação do Desempenho, Duração e organização do tempo de trabalho, Transição e Progressão Salarial) e NÃO COMPENSA O RISCO E PENOSIDADE.

B – Âmbito de aplicação

Aplica-se:

• Aos Enfermeiros em Contrato de Trabalho em Funções Pública (CTFP) – SPA e EPEs (ar.tº 2º, n.º 1); • Nos Açores e Madeira, sem prejuízo de adaptações locais (ar.tº 2º, n.º 2);

• Aos ACTUAIS Enf. em CIT das EPEs e PPP, mas, APENAS aos que detenham um CIT à data de entrada em vigor desta Carreira,

o Desde que o requeiram, a todo o tempo, por escrito, à entidade patronal e ao Ministro da Saúde (art.º 21º, n.ºs 4 e 5).

(2)

SEP/CNESE: Relativamente aos CITs das EPEs:

• Aos actuais CITs, embora possam requerer a aplicação deste Decreto Lei (DL) da Carreira, em termos de

quadro jurídico, continua a aplicar-se-lhes o Código do Trabalho do Sector Privado em todas as matérias, à excepção do que ficar regulado neste DL da Carreira.

• Este DL da Carreira não se aplica às futuras admissões em CIT (colegas admitidos após a entrada em

vigor desta Carreira), que serão a generalidade. A estes aplicar-se-á um Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) tendo por base o Código do Trabalho do Sector Privado.

Relativamente aos (art.º 21.º):

ƒ ACTUAIS Enf. em CIT das EPEs e PPP QUE NÃO OPTEM por este DL da Carreira (n.º 4), ƒ FUTUROS Enf. em CIT das EPEs e PPP (n.ºs 1)

ƒ ACTUAIS e FUTUROS Enf. que estejam em Regime de Cedência de Interesse Público junto das PPP (n.º 2) 1 - A aplicação desta Carreira de Enfermagem opera-se (n.º 1 e 2):

ƒ Nos termos dos diplomas que definem o regime jurídico dos trabalhadores dessas entidades (Código do Trabalho e Leis próprias dessas Entidades),

ƒ E nos termos em que for autorgado o Instrumento de Regulação Colectiva (IRC) aplicável (AE, ACT, …)

2 – A estas situações, mesmo que se aplique a Carreira, não se aplica a “Grelha Salarial” – “são estabelecidas remunerações mínimas em sede do IRC” (n.º 3)

SEP/CNESE: Com este Proposta do MS passamos a ter:

i) Enf.ºs CTFP – Aplica-se este DL da Carreira, matérias a serem fixadas em Acordo Colectivo de Carreira Especial

– ACCE (nos termos do RCTFP), e outras matérias da Lei 12-A/2008 e da Lei 59/2008 (RCTFP).

ii) Actuais Enf.ºs a CIT das EPEs – Aplica-se este DL da Carreira, matérias a serem fixadas em Acordo Colectivo

de Trabalho - ACT (nos termos do Código do Trabalho) e outras matérias do Código do Trabalho.

iii) Actuais (que não optem) e Futuros Enf.ºs a CIT das EPEs (que serão a generalidade nos próximos anos) –

Será negociado um ACT (nos termos do Código do Trabalho).

C - Instrumento de Regulamentação Colectiva

– IRC (art.º 17º e 22º) 30 dias após a publicação deste DL da Carreira desencadeia-se o processo de contratação colectiva de IRC.

ƒ As normas do DL da Carreira só podem ser afastadas pelas normas do Ac. Col. Car. Especial (nos termos do RCTFP) se estas forem mais favoráveis;

ƒ As normas do DL da Carreira podem ser afastadas pelas normas do Ac. Col. Trabalho (nos termos do Código do Trabalho) mesmos que estas sejam mais desfavoráveis.

Esta solução do MS continua a ser inadmissível

Esta solução do MS pretende “acalmar” os actuais CITs das EPEs Esta solução do MS significa que

NÃO HÁ RAZÕES CONSTITUCIONAIS, NÃO HÁ RAZÕES JURÍDICAS, NÃO HÁ RAZÕES MATERIAIS, NÃO HÁ RAZÕES ORGANIZACIONAIS E DE FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES PARA QUE NÃO SE APLIQUE A

MESMA CARREIRA e condições de trabalho (na íntegra) A TODOS OS ENFERMEIROS (actuais e futuros), COMO DEFENDEMOS. É uma questão de opção política. Não há qualquer outro constrangimento.

D – Estrutura de Desenvolvimento Profissional

1 – Áreas, Estrutura de Carreira e Conteúdos Funcionais – PARA O FUTURO A – Áreas de Intervenção:

(3)

B – Estrutura:

ƒ 2 Categorias – Pluricategorial (artº. 3º) o Enfermeiro (Prestação de Cuidados)

o Enfermeiro Principal (Prestação de Cuidados e Gestão operacional – Serviço de Acção Médica/Unidade Funcional)

ƒ Cargos de Gestão, de acordo com a organização interna das Instituições (art.º 14.º)

o Gestão “transversal” e estratégica – Departamentos/Centros de Responsabilidade/Unidades de Gestão e Conselho de Administração

ƒ Cargos de Assessoria Especializada, de acordo com a organização interna das Instituições (art.º 14.º)

C – Conteúdos Funcionais:

Fixa um conteúdo funcional genérico para os enfermeiros integrados nas Categorias (art.º 5º):

ƒ Prestação de Cuidados (Gerais e Especializados), Investigação, Formação, Participação em júris Conteúdo Funcional da Categoria de Enfermeiro (art.º 6º):

ƒ Prestação de Cuidados (Gerais e Especializados), e, ƒ Enfermeiros com Especialização:

o Orientar enfermeiros …no que concerne à definição e utilização de indicadores; Planear e organizar o trabalho a executar pela equipa; Assegurar a formação em serviço; Investigação

Conteúdo Funcional de Enfermeiro Principal (art.º 7º)

ƒ Para além das da Categoria de Enfermeiro; Funções técnicas de coordenação e chefia funcional; Gestão de Recursos Humanos (Gestão operacional ao nível do Serviço/Unidade Funcional)

SEP/CNESE: Entre outros aspectos incompreensíveis, o MS “farta-se de inventar” para fixar conteúdos funcionais que justifiquem 2 Categorias. Não desenvolve qualquer conteúdo funcional relativo à Gestão (operacional, transversal e estratégica).

JÁ TODOS PERCEBEMOS QUE A EXISTÊNCIA DE 2 CATEGORIAS É EXCLUSIVAMENTE UM “TRAVÃO” AO DESENVOLVIMENTO SALARIAL.

Nos termos do REPE e do DL da Licenciatura em Enfermagem, todos os Enfermeiros têm qualificações para a Prestação de Cuidados, Formação, Gestão e Investigação.

2 – Admissão, Recrutamento e Mudança de Categoria (art.ºs 9º e 10º)

ƒ Inscritos na OE; Os Enfermeiros Principais devem deter o Título de Enfermeiro Especialista; ƒ Recrutamento para Enfermeiro e para Enfermeiro Principal (CTFP) é por Concurso;

ƒ Recrutamento para Enfermeiro e para Enfermeiro Principal (CIT sujeitos ao Código do Trabalho) é por Processo de Selecção !!??;

ƒ Mudança de Categoria, de Enfermeiro para Enfermeiro Principal (é condição deter o título de Enf. Especialista), é por Concurso;

ƒ Concurso é regulado por PORTARIA

SEP/CNESE: Com a Proposta do MS, apenas um pequeno n.º de Enfermeiros com o Título de Enfermeiro Especialista é que serão Enfermeiro Principal (o Acesso a esta Categoria está condicionado a Postos de

Trabalho/Vagas livres e a Concurso. E tudo isto está condicionado à existência de Orçamento … cada vez “mais curto” … e decisão do CA.

Significa que os ACTUAIS ENF. ESPECIALISTAS (que não detêm a Categoria) e os FUTUROS ENF. ESPECIALISTAS NÃO TÊM ACRÉSCIMO REMUNERATÓRIO decorrente da obtenção de competências especializadas = exploração de “mão de obra” especializada.

Como propõe o SEP/CNESE,

num quadro de Carreira com Categoria Única (em que todos têm a possibilidade de atingir o topo salarial) e em que os Enf. Especialistas “progridem 2 escalões” automaticamente após o “Curso de Especialização”, o Modelo de Desenvolvimento Profissional/”Internato da Especialidade”/Alteração Estatutária da Ordem dos Enfermeiros, entre muitos outros aspectos, é um instrumento determinante para regular o acesso ao Título de

Enfermeiro Especialista (Vagas anuais de acesso ao Internato da Especialidade/Estudo de Necessidades de Enfermeiros …Enf. Especialistas por Instituição e por domínio de Especialização são meios determinantes)

(4)

SEP/CNESE: A Proposta do MS não regula nada sobre a Gestão operacional dos Serviços. Apenas refere que a “função gestão” (e só fala em gestão de Recursos Humanos) é exercida por um Enfermeiro Principal. Isto significa que, para o futuro, de entre os Enfermeiros que “ascendam” a Enfermeiro Principal:

ƒ O CA escolhe (sem critérios e de forma arbitrária) um Enfermeiro Principal para gerir o Serviço

ƒ O CA determina (sem fundamento e de forma discricionária) quanto tempo exerce a função e quando deixa de a exercer

ƒ O CA explora estes colegas = não lhes paga mais 3 – Cargos de Gestão e Assessoria Especializada (art.º 14º)

Os Enfermeiros que exercem a “função gestão” ao nível dos Departamentos/Centros de Responsabilidade/Unidades de Gestão (de acordo com a organização das Instituições) e os Enfermeiros que prosseguem Assessoria Especializada são recrutados de entre:

ƒ Categoria de Enfermeiro, com Especialização; ƒ Categoria de Enfermeiro Principal

Exercem a função em Comissão de Serviço, de 3 anos, renovável por iguais períodos e remuneração a fixar.

SEP/CNESE: O MS propõe requisitos altamente insuficientes, e, ao não fixar condições de não renovação da Comissão de Serviço, torna o exercício da função precária e vai imperar o livre arbítrio/discricionariedade na renovação/cessação da Comissão de Serviço. Não propõe qualquer regulação para o exercício da Assessoria Especializada.

A proposta do SEP/CNESE

(para os futuros Chefes – Gestão operacional e Supervisores – Gestão transversal)

ao propor a fixação de requisitos; a forma de selecção (Concurso); o exercício da função em Comissão de Serviço automaticamente renovável, fixando as condições de não renovação (“Categoria atípica”); e a correspondente remuneração, garante estabilidade no exercício das funções.

4 – Avaliação de Desempenho (art.º 16º)

ƒ Aplica-se o SIADAP, com as adaptações introduzidas por IRC (Ac. Col. Car. Esp. ou Ac. Col. Trab.). ƒ Na ausência dos referidos IRC as adaptações são feitas por PORTARIA

Até aos IRC ou Portaria aplica-se o SIADAP directamente.

SEP/CNESE: Na Proposta do SEP/CNESE este DL de Carreira deve integrar os princípios e mecanismos gerais do Sistema de Avaliação do Desempenho … 3 Menções Qualitativas (1 diferenciadora do mérito) e SEM QUOTAS.

E – Outros aspectos

1 – Duração e organização do tempo de trabalho ( art.º 13º)

ƒ 35 horas semanais

ƒ Aplica-se directamente o RCTFP (Lei 59/2008)

SEP/CNESE: MS propõe que as questões relativas aos Horários de Trabalho, Trabalho Extra., Pagamento de Horas Extra. e de Qualidade, etc, etc sejam AS DO REGIME GERAL.

MS propõe acabar com as condições particulares de prestação inerentes à Psiquiatria, Oncologia, Cuidados de Saúde Primários, etc

O SEP/CNESE QUER NEGOCIAR

Os Regimes de Trabalho (Normal, Parcial, Horário Acrescido, Dedicação Exclusiva/Plena); os Horários de Trabalho (jornada diária, ausências, adaptabilidade/aferição, trabalho extra., prevenção); os Feriados; Faltas; Pagamentos de Horas de Qualidade, Horas Extra., Prevenção, etc; Formação Contínua;

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Risco e Penosidade; etc 2 – Período Experimental e Mapas de Pessoal

ƒ O Período Experimental é de 90 dias (art.º 15º)

ƒ Os Mapas são automaticamente actualizáveis (art.º 20)

10 – TRANSIÇÃO – PARA OS ACTUAIS ENFERMEIROS

TRANSIÇÃO DE CATEGORIA PARA A NOVA CARREIRA (art.º 18º)

1 – TRANSITAM PARA A CATEGORIA DE ENFERMEIRO

ƒ Enfermeiro

ƒ Enfermeiro Graduado ƒ Enfermeiro Especialista

ƒ Enfermeiro Chefe nos escalões 1 a 5!! ƒ Enfermeiro Supervisor nos escalões 1 a 4

2 – TRANSITAM PARA A CATEGORIA DE ENFERMEIRO PRINCIPAL

ƒ Enfermeiro Chefe nos escalões 5!! a 7 (SEP: na grelha salarial vê-se que é escalão 6 e 7); ƒ Enfermeiro Supervisor nos escalões 5 e 6.

SEP/CNESE: A proposta do MS é INTOLERÁVEL

MS “descategoriza” a generalidade dos actuais Enfermeiros;

MS obriga os actuais Enf. Chefes (do escalão 1 ao 5) e Supervisores (do escalão 1 ao 4) a deixarem de exercer a “função gestão” dos Serviços e Instituições (a Categoria de Enfermeiro não integra a “função gestão”); MS deixa, de imediato, a generalidade dos Serviços sem 1 Enfermeiro Principal (Os CA podem começar a

escolher um Enfermeiro para gerir o Serviço);

MS não garante que actuais Enf. Chefes (escalão 6 e 7) e Supervisores (escalão 5 e 6), apesar de transitarem para Enf. Principal, continuem a exercer a “função gestão”;

SEP/CNESE defende que

Os ACTUAIS Enfermeiros mantenham a Categoria e o actual exercício de funções

Lisboa, 26 de Fevereiro de 2008

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