ESTABILIZADORES
DE COLUNA
Introdução 3
Quando recorrer a estabilizadores de coluna? 6
Quais equipamentos e técnicas o profissional pode buscar para o tratamento? 12
Como decidir qual o melhor tratamento para o paciente? 20
Conclusão 24
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INTRODUÇÃO
A tecnologia tem possibilitado avanços cada vez
mais significativos para a atuação dos profissionais da reabilitação, seja em qualquer área da saúde. Um bom exemplo são as técnicas e os aparelhos estabilizadores de coluna desenvolvidos ao longo dos anos.
Graças a esses recursos, os pacientes podem alcançar resultados mais efetivos e satisfatórios com o tratamento, com ganhos impressionantes para a autonomia, a independência e o bem-estar
de pessoas de todas as idades.
Nesse sentido, é preciso que os terapeutas tenham pleno conhecimento sobre o funcionamento e os benefícios dessa metodologia de tratamento.
Foi por esse motivo que criamos este e-book! Trata-se de um guia completo sobre estabilizadores de coluna, destinado aos profissionais da reabilitação física.
Vamos explicar em quais casos os estabilizadores são mais indicados, apresentar as técnicas e os equipamentos mais utilizados na atualidade e demonstrar quais são os fatores determinantes na escolha do tratamento adequado para cada paciente.
Para começar, vamos falar sobre as situações nas quais é preciso recorrer a estabilizadores de coluna para potencializar os resultados do tratamento.
QUANDO RECORRER A
Na rotina da reabilitação física, existem vários quadros nos quais, independentemente do tipo de patologia ou das razões que levaram o paciente a buscar o tratamento, o problema principal a ser resolvido é conseguir a estabilização na coluna.
Vamos, agora, recordar as principais situações que comprovam essa afirmação, começando pelos casos de dor cervical crônica, cada vez mais comuns devido a problemas posturais.
DOR CERVICAL CRÔNICA
A rotina de trabalho em frente à tela dos computadores, o uso intenso do celular e a postura errada ao fazer trabalhos manuais ou ao dormir são algumas das principais causas de dor cervical crônica, um problema de saúde extremamente comum na atualidade.
Traumas e hérnias na coluna também podem desencadear os sintomas, que exigem uma avaliação rigorosa para que se possa identificar corretamente as causas da disfunção e, então, iniciar o tratamento.
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QUANDO RECORRER A ESTABILIZADORES DE COLUNA?
Assim, o objetivo principal é recuperar e manter a estabilização da coluna, buscando eliminar os desvios posturais ou os vícios inadequados na realização de movimentos.
Assim como a região cervical, a lombar também está bastante sujeita a traumas e quadros de dor devido a sobrecargas, um padrão postural inadequado, entre outros motivos.
LOMBALGIA
A lombalgia é uma condição que prejudica bastante a execução das atividades diárias, levando cada vez mais pacientes a buscar ajuda na reabilitação física.
Na maioria das vezes, os quadros de dor são originados por causas mecânicas, especialmente o aumento da
tensão nos músculos paravertebrais, que ficam sobrecarregados ao tentar compensar a instabilidade da região.
Mais uma vez, o tratamento será focado nas causas do problema, e não em sua consequência, que é a dor
na coluna lombar. Para isso, é preciso recuperar a estabilidade por meio de técnicas específicas que visam ao fortalecimento muscular.
OSTEOPOROSE
A promoção do fortalecimento muscular também está presente na intervenção em pacientes com osteoporose, mais um caso no qual a estabilização da coluna pode ser uma técnica essencial para o sucesso do tratamento.
Na osteoporose, a fragilidade óssea pode levar a
desequilíbrios posturais e outras complicações que prejudicam a vida diária dos pacientes, tais como fraturas e contraturas.
Por meio da estabilização da coluna, é possível prevenir deformidades, aumentar o tônus muscular e favorecer a manutenção do bom condicionamento físico com a prática de atividades como hidroginástica e natação.
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QUANDO RECORRER A ESTABILIZADORES DE COLUNA?
A osteoporose é uma disfunção mais comum em mulheres, assim como a incontinência urinária. Entenda melhor a questão!
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
A incontinência urinária ocorre devido à contração contínua dos esfíncteres da bexiga e da uretra, causando incômodo e constrangimento aos pacientes.
Uma das causas dessa disfunção é a fraqueza dos músculos que compõem o assoalho pélvico.
Por isso, o tratamento de pacientes com incontinência urinária é beneficiado de maneira significativa pelo uso de procedimentos estabilizadores da coluna.
Entretanto, os estabilizadores de coluna não são indicados apenas para pacientes que apresentam alguma disfunção de saúde. Atletas e pessoas que praticam atividade física também podem ser incluídos nesse grupo, como você verá a seguir.
ATLETAS EM BUSCA DE ALTA PERFORMANCE
Quem pratica atividades físicas como musculação, corrida ou ciclismo, seja de forma amadora ou profissional, pode melhorar o desempenho no treino e os resultados alcançados por meio de técnicas de estabilização da coluna.
Com a orientação certa, é possível ganhar agilidade, flexibilidade, resistência e estabilidade, prevenindo lesões e deixando o corpo mais preparado para a execução correta dos movimentos durante o exercício.
Uma vez identificados os casos nos quais é possível recorrer a estabilizadores de coluna para otimizar a performance dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida, vamos apresentar quais são os equipamentos
QUAIS EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS
O PROFISSIONAL PODE BUSCAR
A estabilidade da coluna é garantida pela atuação de um grupo específico de músculos formado pelos paravertebrais profundos, os abdominais, o assoalho pélvico e o diafragma.
Esse grupo é responsável por formar uma caixa para manter os órgãos internos sob uma pressão ideal, a chamada pressão intra-abdominal.
Assim, a pressão intra-abdominal é o principal componente da estabilização da coluna, sendo que os exercícios e equipamentos chamados de estabilizadores da coluna atuarão para manter ou recuperar a atividade da musculatura responsável pela
pressão intra-abdominal.
Vamos, agora, conhecer os três principais métodos de estabilização da coluna utilizados na atualidade.
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QUAIS EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS O PROFISSIONAL PODE BUSCAR PARA O TRATAMENTO?
ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR TERAPÊUTICA
A estabilização segmentar terapêutica é uma técnica baseada em exercícios específicos bastante conhecida pelos profissionais que atuam na reabilitação física.
Essa metodologia foi desenvolvida por fisioterapeutas australianos visando à prevenção de qualquer sobrecarga na coluna, criando condições para o desenvolvimento pleno e gradual dos músculos estabilizadores de todos os segmentos.
Assim, o treino é alinhado aos princípios do
Na primeira fase, a musculatura é isolada e o treino acontece sem carga. Na segunda fase, começam as associações com movimentos dos membros inferiores e superiores.
Na terceira fase, são introduzidos exercícios funcionais e, finalmente, na quarta fase da estabilização
segmentar, a musculatura interna é ativada com os músculos globais, somando-se velocidade, intensidade e funcionalidade.
A técnica exige a coordenação dos movimentos com a respiração. Para isso, os profissionais atuam junto com seus pacientes, buscando promover a execução dos exercícios com o máximo de percepção da contração muscular.
Com a progressão do tratamento, a estabilização segmentar terapêutica recupera a ação conjunta e antecipada de toda a musculatura responsável pela pressão intra-abdominal, prevenindo a sobrecarga da coluna e devolvendo o bem-estar aos pacientes.
Outra metodologia para estabilização da coluna bastante conhecida é o pilates, assunto sobre o qual falaremos agora.
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QUAIS EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS O PROFISSIONAL PODE BUSCAR PARA O TRATAMENTO?
PILATES
Quando desenvolveu a metodologia do pilates, em 1920, Joseph Humberts tinha como objetivo criar uma rotina de exercícios que integrasse corpo, mente e espírito, aproximando as bases da reabilitação ocidental e oriental.
O resultado é uma metodologia que une concentração, respiração, flexibilidade, força e controle para promover o fortalecimento da musculatura responsável pela pressão intra-abdominal, à qual Humberts chamou de “casa de força”.
Assim, todos os exercícios do pilates exigem a conexão do músculo transverso abdominal com a musculatura do assoalho pélvico por meio da respiração. Esse controle deve ser mantido durante toda a
O pilates oferece algumas vantagens, como o baixo impacto sobre as articulações e o aumento da consciência corporal, tornando-o uma boa alternativa,
inclusive, para quem busca o emagrecimento mas enfrenta quadros de dor articular.
Entretanto, um dos principais resultados da técnica é a estabilização da coluna, com correção dos desvios e sobrecargas.
Para finalizar essa seção do nosso guia, vamos falar sobre como o uso do biofeedback pode favorecer os procedimentos estabilizadores de coluna e também para outros tratamentos realizados pelos fisioterapeutas.
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QUAIS EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS O PROFISSIONAL PODE BUSCAR PARA O TRATAMENTO?
ESTABILIZADORES COM SENSORES ANALÓGICOS
A ação dos músculos responsáveis pela manutenção da pressão intra-abdominal e, consequentemente, pela estabilização da coluna, é feita de maneira automatizada,
sem que seja preciso um comando voluntário.
Entretanto, algumas técnicas de tratamento desenvolvidas na área da reabilitação física estabeleceram formas de enviar estímulos intencionais a determinados músculos — um exemplo é a metodologia chamada biofeedback.
Na rotina clínica da fisioterapia, o biofeedback é utilizado
tanto para a definição de diagnósticos quanto como recurso terapêutico.
No caso da estabilização da coluna, o biofeedback possibilita o emprego de sensores analógicos baseados no uso da pressão para identificar como a musculatura acionada durante os exercícios está atuando.
Os dados coletados pelo equipamento são transformados em informações que ajudam ambos, terapeuta e paciente, a melhorarem o desempenho durante o tratamento.
Particularmente nos casos de incontinência urinária, quando é preciso dar uma atenção especial ao assoalho pélvico, o uso de sensores analógicos durante os exercícios estabilizadores pode aumentar o sucesso do tratamento.
Diante de tantas possibilidades para otimizar os resultados, pode ser difícil decidir qual é a melhor metodologia para um tratamento seguro e produtivo.
Por isso, na última seção do nosso material sobre estabilizadores de coluna, vamos falar sobre os aspectos que precisam ser considerados ao escolher o melhor tratamento para cada paciente.
COMO DECIDIR QUAL O MELHOR
TRATAMENTO PARA O PACIENTE?
Para decidir qual é o melhor tratamento para o paciente, o terapeuta deve considerar uma série de questões, relacionadas tanto ao diagnóstico clínico quanto aos aspectos subjetivos
da intervenção terapêutica.
Muitas vezes, pode ser difícil para a pessoa que se encontra em reabilitação compreender os comandos de cada exercício e realizar os movimentos da maneira certa. Por não se sair bem, o paciente pode ficar desmotivado, comprometendo ainda mais os resultados do seu tratamento.
Assim, além de garantir o objetivo principal — que é a estabilização da coluna — os procedimentos e equipamentos a serem utilizados devem ser capazes de garantir o máximo desempenho do paciente, contribuindo para a promoção do seu bem-estar e da sua qualidade de vida.
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COMO DECIDIR QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA O PACIENTE?
Dessa forma, a tecnologia pode ser uma grande aliada da intervenção terapêutica, colaborando não apenas para a plena recuperação física, mas promovendo mais engajamento e satisfação com o tratamento por parte dos pacientes.
QUAIS AS VANTAGENS OFERECIDAS PELA TECNOLOGIA?
Na atualidade, a reabilitação física conta com a ajuda de aparelhos e dispositivos tecnológicos cada vez mais avançados, que possibilitam alcançar melhores resultados com o tratamento proposto.
Um bom exemplo dessa realidade é o MioStab. Trata-se de um equipamento que permite uma análiTrata-se mais precisa do biofeedback, por meio de um manômetro acoplado a uma bolsa que é inflada, permitindo o uso da medida de pressão como indicativo sobre a forma como o exercício está sendo realizado.
A cada sessão de tratamento, o terapeuta define a configuração ideal do MioStab de acordo com as necessidades do paciente.
Os dados sobre a contração muscular fornecidos pelo equipamento são utilizados, em tempo real, para guiar o paciente sobre os ajustes necessários, promovendo a execução ideal de todos os movimentos.
Dessa forma, o paciente consegue tomar consciência dos movimentos realizados pela musculatura responsável pela pressão intra-abdominal, mantendo-se concentrado nos comandos do terapeuta.
Assim, o melhor método de tratamento é aquele que possibilita a parceria mais produtiva entre terapeuta e paciente: a atuação do terapeuta é reforçada positivamente e o desempenho do paciente é otimizado, assim como os resultados alcançados.
E, assim, chegamos ao final do nosso guia completo sobre estabilizadores de coluna!
Esperamos que as informações que compartilhamos aqui tenham ajudado você a compreender melhor quando os estabilizadores de coluna podem ser usados para permitir que os pacientes alcancem melhores resultados com o tratamento e tenham ganhos efetivos em seu bem-estar e sua qualidade de vida.
Ao aumentar o seu conhecimento enquanto profissional da reabilitação, queremos contribuir não apenas para o seu crescimento na carreira, mas também para a valorização dessa área tão importante da saúde.
Por isso, conte sempre com a parceria da Miotec para tornar a sua jornada e de seus pacientes cada vez
mais repleta de conquistas diárias!
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A Miotec Equipamentos Biomédicos iniciou suas atividades em 2002 com a missão de entender as necessidades dos pacientes e de desenvolver soluções para dar suporte aos profissionais da área da saúde, para que eles tenham mecanismos mais eficientes a favor dos tratamentos feitos.
Tendo como objetivo a melhoria das capacidades físicas e motoras daqueles que precisam de tratamentos fisioterapêuticos, a Miotec desenvolve diversos produtos para contribuir com a qualidade de vida dos pacientes. Para saber mais sobre a empresa e o que ela oferece, acesse o site e faça contato!