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- 46- PONTO 2<' - LIÇÃO 7 a INÍCIO DA COLO~IZAÇÃO. MARTIM AFFO~SO DE SOUSA. PRIMEIROS NUCLEOS COLONIAIS

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Texto

(1)

data da legitimação

devia ser mancebo

de cêrca de

15 anos, tendo nacido

pelos anos de 1480.

Casou-se

com

uma

filha

de Francisco

Porto-Carreiro,

da qual houve

tres filhos.

Dom.

Manuel, sendo Christóvão

Jacques

fidalgo

de sua

casa,

mandou-o

ao Brasil, dando-lhe

cem mil

reais para

armar

dois navios, viagem

que começou

em 1516.

Foi nessa

viagem

que

Christóvão

Jacques,

de-pois

de fundar

uma

feitoria

em Pernambuco,

en-controu ao

sul, em um porto de

Santa

Catarina,

nove

dos companheiros

de Solis, e navegou

até ao

Rio da

Prata.

Deu elle o nome de

Todos os Santos

á grande

baía a que aportou

no desempenho

de sua comissão.

E' o que nos ensina Rodolfo Garcia.

PONTO

2<' -

LIÇÃO

7

a

INÍCIO DA COLO~IZAÇÃO. MARTIM AFFO~SO DE SOUSA. PRIMEIROS NUCLEOS COLONIAIS

Descoberto

o caminho

maritimo

das

Indias

e

aportado

Cabral

ao Brasil,

teve Portugal

de

solu-cionar

dois grandes

problemas:

-

fundar

um

im-perio

asiatico

e colonizar

um continente

de

selva-gens.

O genio aventureiro

português,

que se havia

ce-lebrizado

nas façanhas

maritimas

do seculo XV,

le-vara

muitos

de seus patricios

a estabelecer-se

fóra

do reino.

Primeiro

nos Açores,

Madeira e Cabo Verde,

depois na costa africana,

na India

e no Brasil.

Durante

o reinado

de dom Manuel,

acusam

as

estatisticas

uma baixa

de metade

da população

por

(2)

esse efeito:

-

saíam

anualmente

do país mais de

oi

to mil homens

.

Entretanto,

não havia, entre os conselheiros

de

dom Manuel, um estadista capaz de conceber um

sis-tema

de colonizaç

ã

o

p

a

r

a

o Brasi

l.

Afim d

e se

r l

eva

da

a efeito a c

oloniza

ção,

era

impr

e

cindi

ve

l

um

ti

p

o

d

e pe

r

feito

ca

p

i

t

ã

o

-

m

ó

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d

a

c

o

st

a, q

u

e

d

e

l

a

ex

puls

as

s

e

definitivame

n

te

os cor

-sa

rios e f

u

ndasse

um cen

t

r

o

d

e ação militar,

como

na India; fazia-se mistér, em suma, a autoridade

de

um verdadeiro

estadista

colonizador.

Afóra isso, a fronteira

do Prata,

com o litigio

reg

ul

ado

aparentemente

pelo tratado

de Tordesillas,

e

nt

re

P

o

rtu

ga

l

e Espan

h

a,

carecia

de rigorosa

de-marcação.

Foi esse o tripl

i

ce

objetivo

da primeira

missão

colon

i

zadora

do Brasil

(1530),

confiada

por

dom

João

III

, o

Colonizador,

a Martim Affonso de Sousa,

com amp

l

os

poderes

de governador

da

Terra

do

Br

as

il

.

verdadeiro

legar

-

tenente

do

soberano,

se

-g

undo

se

l

ê nas Cartas-Patentes

de 20 de Novembro

d

e 1530 e no

Diario

de Pero Lopes de Sousa

.

S

u

a esq

u

adra

compunha

-

se

de cinco náus, sendo

a cap

it

a

n

ea

comandada

por Pero Lopes;

a

o

Mi

-guel,

por Heitor de Sousa; a

Rosa,

por Diogo Leite;

a

Princeza,

por Balthazar

Gonçalves;

e a

São

Vi-cenie, por Pero Lopes Pinheiro.

Como substituto

legal do capitão

-

mór,

vinha

o

vigario

Gonçalo Monteiro . Veiu tambem

Pero

Ca-pico, depois escrivão

da capitania

de São Vicente,

que, em 1527, voltara

ao Reino.

E tambem

Pedro

Annes, piloto, Henrique

Montes,

que

fôra

compa-nheiro

de Solis; os fidalgos Pedro Corrêa e João de

Sousa, formando

cêrca

de 400 pessôas

o total

da

expedição, que trouxe ferramentas.

instrumentos

de

lavoura

e sementes dentre as mais uteis da Europa.

(3)

Apressou-se

a partida

da esquadra

ante

a

no-tícia do desastre

sofrido pela Espanha

com a

expe-dição de Caboto, além de que se propalava

que

Fran-cisco I, da França,

tratava

do aparelhamento

de

nu-merosa

frota

de corso, com que pretendia

garantir

a exploração

do contrabando

em nosso litoral.

A primeira

armada

de colonização

portuguesa

zarpou

do Tejo a 3 de Dezembro

de 1530 e a 31 de

Janeiro

de 1531 montava

o cabo de Santo Agostinho,

tendo tomado

uma náu francesa

carregada

de

páu-brasil

e mais duas outras,

apresadas

por Pero

Lo-pes, junto á ilha de Santo Aleixo (Pernambuco).

Após ter reerguido

em Pernambuco

(Fevereiro

de 1531) a feitoria

destruida

pelos Franceses,

e feito

explorar

a costa por Diogo Leite, até ao rio Gurupi,

aportou

a esquadra

á baía

de Todos

os Santos,

tendo-se

avistado

ali com Diogo Alvares,

o

Cara-murú

(branco molhado),

e a 30 de Abril chegou ao

Rio de Janeiro, onde permaneceu

tres meses, fazendo

aí aliança

com os Tamoios e construindo

uma

casa-forte, uma forja e estaleiro para o preparo

das náus,

onde se apparelharam

dois bergantins

de 15 bancos

cada um, empregados

na exploração

dos rios do

in-terior.

Prosseguiu,

depois,

na

averiguação

de

nossa

costa meridional

até á proximidade

do cabo de Santa

Maria;

tomou

posse da terra

e lançou

padrões

n

o

esteiro

dos Querandins,

do rio Uruguai.

Desta última

emprêsa

foi incumbido

Pero

Lo-pes (12 de Dezembro

de 1531), que, para

esse fim,

subiu o rio num bergantim

com 30 homens,

regres-sàndo á ilha das Palmas,

onde os aguardava

o resto

da esquadra,

a qual, a 1° de Janeiro

de 1532,.partiu

para

o N. até Cananéa.

Depois

de alguns

dias de viagem, surgiu,

a 20

de Janeiro, a meia legua da abra de São Vicente, onde,

desembarcando

a 22 de Janeiro,

dia de São Vicente,

encetou Martim Affonso a sua emprêsa colonizadora,

(4)

fundando

a vila de São Vicente,

que,

verdadeira-mente, foi a primeira

capital que teve o Brasil,

obe-decendo e mtudo ao regimen comum ás vilas da

Co-rôa e ás do Mestrado

da Ordem de Christo.

S.~o VICENTErepresenta,

assim, "a celula mater

do Brasil", segundo se lê na inscrição

do seu escudo

municipal,

devido a Affonso Taunay.

Na ordem cronologica,

é o primeiro,

não só dos

municipios

de São Paulo, como de todo o Brasil.

O

segundo foi OLlNDA(1535) e o terceiro SANTOS(1545).

Aliás, já anteriormente

a 1532, era

esse ponto

da nossa costa assinalado

nos mapas

e portulanos

quinhentistas

por uma

torre

á

beira-mar

(Turibio

de Medina, Affonso Taunay

e Eugenio

de Castro).

Já ali foi encontrar

Martim Affonso os primeiros

mamalucos

(mamaluco,

segundo Th.

Sampaio, vem

de

mqmãruca,

o mestiço).

Diz Th. Sampaio

que

ao mestiço,

oriundo

do

branco

e do selvagem, deu-se nos primeiros

tempos

o nome de mamaluco,

que é como se lê em Gandavo

(1576), em frei

Vicente

do Salvador

(1627) e em

Simão

de Vasconcelos

(1664), e que só mais tarde

foi que se começou a pronunciar

mameluco,

confun-dindo-se com a denominação

dada

aos soldados

es-cravos do sultão do Egito.

Os mamalucos

paulistas,

encontrados

por

Mar-tim Affonso, eram

decendentes

de João Ramalho

e

de Antonio Rodrigues,

ali já residentes,

de data não

de todo averiguada,

e genros dos caciques Tibireçá

e

Caiubi (Tibireçá, o vigia ou guarda

da terra, o

maio-ral ou principal;

Caiubí, mata-verde).

João

Ramalho

e Antonio

Rodrigues,

segundo

alguns

autores,

entretinham

mesmo

correspon-dencia com o rei de Portugal.

Ao fundar

SÃo VICENTE,

Martim Affonso edificou

logo a Matriz, a Casa do Conselho, a cadeia da vila;

distribuiu

sesmarias,

proveu

oficios administrativos

(5)

e de justiça, convocou as primeiras

vereações, de que

faz menção frei Gaspar da Madre de Deus, em suas

Memorias

da Capitania

de São Vicente, relativas

ao

ano de 1542.

As atas anteriores

foram

destruidas,

com o

ar-quivo municipal,

por um maremoto,

que alagou todo

o litoral

de SÃo VICENTE.

Esta vila foi, durante

177 anos, desde sua

fun-dação até ao ano de 1709, a capital

dos Paulistas.

Só a 3 de Novembro

de 1709, com a creação da

capitania

de São Paulo

e

Minas do Ouro, deixou de

ser a cabeça da capitania,

que passou

á

vila de São

Paulo,

elevada

a cidade

em 1711.

Tendo-se

desavindo

com os colonizadores,

reti-rou-se

João

Ramalho

para

Piratininga,

e Martim

Affonso, em sinal de aliança com Tibireçá e os

Guaia-nazes, subiu ao planalto de Piratininga,

e ali, na Borda

do Campo e da

aldeia de João Ramalho, fundou uma

segunda vila, sob o nome de Santo André,

a 4 de

Fe-vereiro de 1533, fazendo entrega a Ramalho da

carta-patente

de capitão-mór

do Campo, título de grande

prestígio

entre os selvagens.

Martim

Affonso

e

Pero

Lopes

regressaram

a

Lisbôa em 1533.

Quanto

á

fronteira

do Prata,

feitas as

observa-ções astronomicas,

parece

haver-se

concluido

que

esse rio estava fóra

da demarcação

de Tordesillas.

Deve-se ainda

á

expedição

de Martim

Affonso

um assinalado

serviço:

-

o levantamento

da

pri-meira carta do nosso litoral, pelo padre

Gaspar

Vié-gas,

em 1534.

QUADRO SINóTICO

Descoberto

definitivamente

o Brasil,

teve

Por-tugal de demarcar,

desde logo, a vastidão

de nossas

costas

e garanti-Ias

contra

as incursões

de

(6)

flibus-teiros,

bem

como povoar

a nova

terra

e

adminis-trá-Ia

por prepostos

idoneos.

Esses foram

os fins principais

da

missão

colo-nizadora

de 1

53

0, incumbida

a M

a

rti

m

Affon

so

d

e

Sousa

,

qu

e

a r

e

ali

zo

u

pl

enamente.

SÃo

VICENTE,

fundado

a

22 de

Janeiro

de 1532.

por essa expedição.

é

o mais

antigo

dos

municipios

de todo o Brasil.

O segundo

é

Olinda

e o terceiro

Santos.

Ao fundar

SÃo

VICENTE,

Martim Affonso fez logo

as pri

n

cipais

edificações,

distribuiu

as terras

e deu

as pr

i

mei

r

as

providencias

'

administrativas.

João

R

amalho

e Antonio Rodrigues,

antigos

mo-radores

do local

(sem

se conhecer

a data

de sua

vinda),

prestaram-lhe

grandes

auxilios.

TRAÇOS BIOGRAFICOS

MARTIM AFFONSO DE SOUSA

Fidalgo

da

Casa

Real

e

Conselho,

senhor

do

Prado

e Alcoentre,

alcaide-mór

da

Casa

de

Bragança,

era filho de dom Lopo de

Sousa

e

de Brites de

Albu-querque.

.

Nacido em 1500,

foi pagem de dom João IH,

quan-do êste era principe.

Passou

parte

da mocidade

em

Salamanca.

Casou-se

com Anna

Pimentel,

dama

da rainha

dona Catharina.

Devido

ao prestígio

de que

gosava junto

a dom

João

IH, foi nomeado

para

a primeira

expedição

colonizadora

do Brasil.

Camões, na

estancia

67 do canto X dos

"Lusia-das",

fez o elogio

de Martim

Affonso

pelo

modo

seguinte:

"Este será MarLinho, que de Marte

O nome tem com as obras derivado,

Tanto em armas ilustre em toda parte,

(7)

Martinho

e

Marfim

são fórmas paralelas,

repre

-sentativas de

Marfinus,

que é derivado de

Mars,

como

nos ensina Epiphanio

Dias (pag.

246 dos

Lusiadas,

por ele comentados).

SISTEMA DE COLONIZAÇÃO FEUDAL DO BRASIL POR DOM

JoÃo m, DONATARIOS E FORAIS. CONDIÇÕES DE VIDa

SOCIAL DOS PRIMEIROS COLONOS

Logo após a partida

da expedição

de 1530,

de-cidiu-se dom João Hl a organizar o povoamento geral

do Brasil, dividindo-o

em capitanias

hereditarias

ou

donatarías,

segundo o velho sistema de colonização

feudal,

já experimentado

com proveito

nos Açores

e na Madeira, e sugerido ao monarca

português

por

Christóvão

Jacques

e João de. Mello e pelo letrado

Diogo de Gouvêa, como sendo o mais conveniente

ao territorio

brasileiro.

Esse sistema de senhorios,

-

que se frustrara,

aliás, em Cabo Verde e na costa da Guiné, -

foi

posteriormente

seguido pelos Franceses

no Canadá

(Seigneurs),

pelos Holandeses

(Patrone),

em 1630, no

Delaware

e no Hudson, e pelos

Ingleses

(Staroste),

na Carolina.

A Portugal,

país pequeno,

com tres milhões

de

habitantes

e então onerado pela conquista

da lndia,

não sobravam

recursos

para

realizar,

oficialmente

e por conta propria,

a formidavel

emprêsa da defesa

e colonização

da nova terra.

Assim, a metropole

distribuiu,

por doação, a 13

capítães-móres,

feudatarios

da corôa,

o continente

brasileiro,

dividido

em

15 quinhões,

formando

12

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