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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

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Academic year: 2021

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(1)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Odontologia Restauradora

Disciplina de Inflamação e Reparação

(2)
(3)

INFLAMAÇÃO

Conceito

Causas da Inflamação

Classificação da Inflamação (Aguda

vs Crônica)

Inflamação Aguda

Fenômenos Vasculares

Fenômenos Exsudativos

Sinais Cardinais

Resultados da Inflamação Aguda

Tipos de Inflamação Aguda

(4)

CONCEITO

Inflamação ou flogose tem origem no latim inflamare e do grego phlogos, que

significam “pegar fogo”.

É uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente

pela saída de líquidos e células do sangue para o interstício.

A reação inflamatória é um dos componentes mais importantes da execução da

resposta imunitária e faz parte dos mecanismos defensivos contra um grande

número de agressões.

(5)

O QUE CAUSA UMA INFLAMAÇÃO?

Exógenas Endógenas

Físicas Químicas Biológicas

Estresse metabólico Frio, Calor, Radiação, Trauma Ácidos, Cáusticos, Metais Pesados Vírus, Fungos, Bactérias Degeneração ou Necrose tecidual Alteração na resposta imunológica

(6)

Característica Aguda Crônica Início Rápido: minutos Lento: dias

Infiltrado celular Principalmente neutrófilos Monócitos / macrófagos e linfócitos

Dano ao tecido, fibrose Geralmente leve e

autolimitado Pode ser grave eprogressivo

Sinais locais e sistêmicos Proeminente Menos

Inflamações: AGUDA e CRÔNICA

(7)

Etapas sequenciais da reação inflamatória típica

O agente agressor, localizado em tecidos

extravasculares, é reconhecido pelas células e moléculas

hospedeiras.

Os leucócitos e as proteínas plasmáticas são recrutados

da circulação para o local onde o agente agressor está

localizado

Os leucócitos e proteínas são ativados e trabalham

juntos para destruir e eliminar a substância agressora

A reação é controlada e finalizada.

O tecido danificado é reparado.

Inflamação aguda

(8)

Os principais componentes da inflamação

aguda:

1) Alterações no calibre e fluxo vascular

2) Permeabilidade vascular aumentada

3) Respostas dos vasos linfáticos

Fenômenos

Exsudativos

Fenômenos

Vasculares

Emigração dos leucócitos a partir da microcirculação e acúmulo no foco da

lesão (recrutamento e ativação celular).

(9)

Fenômenos Vasculares

1) Alterações no calibre e fluxo vascular:

Vasoconstrição transitória

Vasodilatação arteriolar

Aumento do fluxo sanguíneo

Vermelhidão (eritema) e calo

(10)

Fenômenos Vasculares

2) Permeabilidade vascular aumentada

A contração celular endotelial cria lacunas

intercelulares.

Fluido rico em proteínas e leucócitos movem-se

para os tecidos extravasculares

Isso deixará os glóbulos vermelhos mais

concentrados, aumentando a viscosidade do

sangue e diminuindo a circulação → Estase.

É um processo reversível induzido por histamina,

bradicinina, leucotrienos e muitos outros

(11)

Fenômenos Vasculares

3) Respostas dos vasos linfáticos

Na inflamação,

o fluxo linfático é aumentado e ajuda a drenar o fluido do

edema do espaço extravascular.

Além de fluidos, leucócitos, detritos celulares e microrganismos podem entrar

na linfa.

Os vasos linfáticos podem se tornar secundariamente inflamados (linfangite),

assim como os linfonodos que os drenam (linfadenite).

Os linfonodos inflamados estão frequentemente

aumentados

, devido à

hiperplasia dos linfócitos e células fagocíticas

(12)

Os principais componentes da inflamação

aguda:

1) Alterações no calibre e fluxo vascular

2) Permeabilidade vascular aumentada

3) Respostas dos vasos linfáticos

Fenômenos

Exsudativos

Fenômenos

Vasculares

Emigração dos leucócitos a partir da microcirculação e acúmulo no foco da

lesão (recrutamento e ativação celular).

(13)

Fenômenos Exsudativos

É a sequência de eventos no recrutamento de leucócitos do lúmen vascular para o espaço extravascular. Isso consiste de:

1. Marginação, Adesão ao endotélio e Rolagem

ao longo da parede do vaso 2. Adesão firme ao endotélio

3. Transmigração entre células endoteliais

4. Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático.

(14)

● Marginação:

● O processo de acumulação de leucócitos na periferia dos vasos

● Rolagem:

● é o processo de ligação dos leucócitos na superfície endotelial, aderindo transitoriamente ao longo do caminho ● São mediados pela família da selectina

de moléculas de adesão

● Adesão firme às superfícies endoteliais:

● Essa adesão é mediada por integrinas expressas nas superfícies celulares de leucócitos interagindo com seus

(15)

● Esse movimento de leucócitos é chamado

Diapedese

● A migração de leucócitos é estimulada por

quimiocinas que estimulam o movimento dos leucócitos em direção ao seu

gradiente químico

● Após sair da circulação, os leucócitos se movem nos tecidos em direção ao local da lesão por um processo chamado

quimiotaxia

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(17)

Sinais Cardinais

➔ vasodilatação arteriolar (histamina e substancia P) -> hiperemia ativa e fluxo sanguíneo rápido inicial

➔ as vênulas menores dilatam-se, mas as maiores sofrem pequena constrição, aumentando a pressão hidrostática na microcirculação

Ao mesmo tempo, ocorre

hemoconcentração local (pela saída de plasma para o interstício) em que as hemácias tendem a empilhar-se e a formar aglomerados, tornando o sangue mais viscoso e a circulação mais lenta

(18)

Sinais Cardinais

➔ Poros interendoteliais (histamina, substância P, prostaglandinas e leucotrienos)

➔ Pressão oncótica intersticial

➔ Circulação linfática sobrecarregada ➔ Pode ser rico ou pobre em proteínasImunidade inata:

(1) possibilita a saída de anticorpos e de complemento, que tem ações inibidora, lítica e opsonizadora sobre microrganismos;

(2) o fibrinogênio exsudado polimeriza-se e forma fibrina, favorece a migração de leucócitos e representa uma barreira à invasão de microrganismos;

(3) permite a saída de proteínas inibidoras de proteases (antiproteases) e removedoras de radicais livres, reduzindo o potencial lesivo da inflamação

(19)

Sinais Cardinais

Agressão tecidual resulta na acumulação de metabólitos do ácido araquidônico.

➔ Prostaglandinas e leucotrienos -> degranulação de mastócitos -> ativação direta de fibras nervosas, macrófagos e linfócitos.

➔ Compressão de fibras nervosas aferentes -> edema ➔ Início do processo de sensibilização periférica com

conseqüente exacerbação da resposta ao estímulo doloroso

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(21)

Resolução (regeneração)

● Eliminação de estímulos de lesão ● Diminuição de mediadores e células

inflamatórias agudas.

● Substituição de célula lesionada ● Retorno à função normal

Resultados da Inflamação Aguda

Cicatrizes ou fibrose (reparação)

● Cura por substituição do tecido conjuntivo

Progressão da resposta à inflamação

crônica

● Quando a resposta inflamatória aguda não pode ser resolvida

(22)

Tipos de Inflamação Aguda

Inflamação Aguda Exsudativa

Inflamação Aguda Necrosante

(23)

Inflamação Aguda Exsudativas

Exemplo: Rinite Serosa (geralmente alérgica) que se caracteriza por abundante

exsudato fluido e incolor eliminado pelas narinas.

SEROSA: Caracterizado por exsudato

fluido, aspecto de soro

FIBRINOSA: Caracterizado por exsudato

rico em fibrina

SEROFIBRINOSA: exsudato fluido,

porém rico em fibrina

SERO-HEMORRÁGICAS ou

SEROFIBRINO-HEMORRÁGICA: Quando

ocorre junto a uma hemorragia.

(24)

Inflamação Aguda Exsudativas

CATARRAIS: Quando há exsudação líquida e de leucócitos

na superfície das mucosas, com descamação do epitélio e

secreção de muco que juntos caracterizam o catarro.

Nas mucosas as inflamações assumem aspectos morfológicos com características especiais.

(25)

Inflamação Aguda Exsudativas

PSEUDOMEMBRANOSA: Geralmente de origem bacteriana, na qual o agente produz

toxinas que determinam necrose do epitélio, iniciando os fenômenos de exsudação de

células e fibrina.

A fibrina forma uma camada espessa sobre a

mucosa, tomando o aspecto de uma

membrana

(pseudomembranosa),

geralmente esbranquiçada, que, se for

arrancada, deixa uma superfície cruenta.

Exemplo: Colite pseudomembranosa

(26)

Inflamação Aguda Necrosante

São aquelas acompanhadas de extensa área de necrose do tecido

inflamado.

Exemplo: Enterocolite necrosante de recém-nascidos, em que acontece a inflamação e necrose do tecido do intestino favorecendo a colonização por bactérias intestinais.

(27)

Inflamação Aguda Purulenta (supurativa)

● Podem ser agudas ou crônicas e acontecer em qualquer órgão. ● Principal característica: Pus.

● São causadas por bactérias as quais induzem grande exsudação de fagócitos e fibrina.

Possui aspecto viscoso; coloração e cheiro podem variar de acordo com a bactéria causadora.

Toxinas bacterianas matam os fagócitos que geram uma liberação maciça de hidrolases na área inflamada, com consecutiva necrose dos tecidos.

(28)

Pústula

É uma inflamação aguda purulenta de

pele

ou mucosa,

circunscrita, em que o pus se

acumula

entre o epitélio e o conjuntivo

subjacente, formando uma elevação,

normalmente de cor amarelada.

Exemplo: Piodermites por bactérias e viroses como a varicela em que a inflamação serosa induzida pelo vírus é complicada por bactérias que causam pústulas.

(29)

Abscesso

O abscesso é formado por:

● cavidade central, ocupada pelo pus.

● camada interna, formada por tecido infiltrado por leucócitos e em processo de destruição. É a

membrana piogênica que precisa ser eliminada para que ocorra a cura.

● camada externa, formada pelo tecido em que ocorrem os fenômenos vasculares e exsudativos.

(30)

A forma habitual de

cura

do abscesso

Algumas inflamações purulentas, como osteomielites e a própria periodontite apical, drenam o pus para o exterior, mas não se curam devido a permanência do agente agressor.

Cicatrização, que ocorre

após a absorção do pus e da membrana piogênica.

Eliminação do pus pela ulceração ou fístulas para o exterior (drenagem de abscessos endodônticos) ou para condutos naturais (abscesso do pulmão que pode abrir-se em brônquios).

(31)

Abscesso Frio

É utilizada para indicar material necrótico,

liquefeito e fluido que segue por gravidade

estruturas anatômicas pré-formadas (ex: fáscias) e

se deposita em local distante de sua origem.

Não se refere a uma inflamação purulenta verdadeira.

(32)
(33)

Fleimão

Fleimão pútrido: produzido por associações

de bactérias (germes da putrefação)

Fleimão enfisematosos: germes gasógenos

Fleimão duro: indica inflamação purulenta

difusa, com pouco liquefação, na qual o exsudato se infiltra nos tecidos e os torna duros.

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(35)

Inflamação x COVID-19

(36)

Obrigado pela atenção!

São José dos Campos, 10 de agosto de 2020.

(37)

Referências:

BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo Patologia Geral. 6 ed. [Reimpr.] Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019. COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos da Polpa. 11 ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2017.

DIOGO, H.M.; SILVA, J.O. Fisiologia da dor. Rev. Multidiscip. Saúde, v1, n.2, p.23-33, 2009.

KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins basic pathology 10 ed. [e-book] Elsevier Health Sciences, 2017. MENDES, A. N.; FILGUEIRAS, L. A. Human milk as protection factor against necrotizing enterocolitis in newly born

premature. Boletim Informativo Geum, v. 7, n. 3, p. 16-23, jul./set. 2016

Imagens: Banco público de imagens online https://br.depositphotos.com/home.html

Referências

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