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Tópicos de biotecnologia uma perspectiva
nos livros didáticos de biologia do ensino
médio a partir do PNLD
Candido Coelho de Sá Neto1;
Nerilson Marques Lima2;
Thiago Coelho Silveira3;
Teresinha de Jesus Aguiar dos Santos Andrade4;
1 Estudante do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas; Participante do Grupo de Pesquisa Núcleo de Investigação Aplicado as Ciências-NIAC do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia–IFMA- Campus São Raimundo das Mangabeiras; E-mail:candido221@hotmail.com; 2 Pós doc. da Universidade Federal de Juiz de Fora; E-mail: nerilsonmarques@gmail.com;
3 Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFMA do Campus Presidente Dutra; Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos e Pesquisas em História, Cultura e Poder-LAHIS; E-mail: thiago.silveira@ifma.edu.br;
4 Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFMA do Campus Presidente Dutra; Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Investigação Aplicado as Ciências-NIAC; E-mail: teresinha.andrade@ifma.edu.br;
RESUMO
O livro didático atinge seu propósito quando estabelece uma forte parceria com o profes-sor, de maneira que possa converter em realidade os objetivos propostos para a educação. O presente estudo analisou cinco livros didáticos de biologia do 3º ano do Ensino Médio a fim de verificar como o ensino de biotecnologia tem sido contemplado e estruturado nes-ses materiais. A metodologia constou de análise bibliográfica investigativa e descritiva dos vários aspectos referentes aos temas de biotecnologia (precisão conceitual, atualização dos temas, imagens, concordância com o(s) capítulo(s) no(s) qual(is) estão inseridos nos livros de biologia. Os resultados indicam que existe uma disparidade entre os livros analisados demonstrando que os livros devem melhorar alguns aspectos observados, como quase a inexistência de sugestão de pesquisa com conteúdo da internet, raríssimos exercícios de fixação dos conteúdos e pouquíssimos textos sobre ética na Biotecnologia, embora essas obras possam auxiliar no processo de ensino-aprendizagem dos conceitos relacionados ao tópico investigado. Sobressaiu a linguagem aplicada na apresentação dos conteúdos, apesar de científica e formal, a conotação da linguagem utilizada é acessível de fácil com-preensão sem expressões que dificultam o entendimento dos leitores. É impossível pensar em Ciências, na atualidade, sem associá-la aos assuntos discutidos na Biotecnologia, pois seu estudo promove impactos em diversos setores da sociedade.
Palavras-chave: Ensino, biologia, bioética, biotecnologia, material didático.
Recebido em 23/07/2020; Aceito em 18/11/2020; Publicado na web em 19/03/2021
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Biotechnology topics: a perspective in
biology textbooks for high school from
the PNLD
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ABSTRACT
The textbook achieves its purpose when establishes a strong partnership with the teacher, so that it can convert into reality the objectives proposed for education. The present study analyzed five biology textbooks from the third year of high school in order to verify how biotechnology teaching has been contemplated and structured in these materials. The methodology consisted of investigative and descriptive bibliographic analysis of several aspects related to biotechnology themes (conceptual precision, updated themes, pictures, chapter(s) agreement to the biology books at which are inserted in biology textbooks. The results indicate that there is a disparity among the books analyzed demonstrating that books should improve some aspects noted, such as almost the nonexistence of research suggestion using internet content, very rare drilling activities and few texts about ethics in Biotechnology, although these works can assist the teaching-learning process of concepts related to the investigated topic. The language applied to the presentation of contents, although scientific and formal, the language connotation is accessible and easily understood without expressions that obstruct the readers comprehension. It is impossible to think about science today without associating it to the subjects discussed in Biotechnology, because its study promotes impacts in various society sectors.
Keywords: Teaching, biology, bioethics, biotechnology, didactic material.
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1 INTRODUÇÃO
No cenário educacional brasileiro, o livro didático é uma importante ferramenta para auxiliar o trabalho do professor e referên-cia na formação de crianças e adolescentes matriculados em escolas públicas e privadas (SANTOS & MARTINS, 2011). O Brasil tem um dos programas mais avançados de aqui-sição de livros escolares, que assegura a dis-tribuição gratuita de milhões de exemplares à rede pública de ensino. Percorrer esse ca-minho, de escala e qualidade, exige da in-dústria editorial absorver as peculiaridades e necessidades do cotidiano escolar no pro-cesso de concepção do livro, envolvendo o trabalho de uma equipe multidisciplinar de profissionais altamente capacitados e com experiência em sala de aula (BRASIL, 1997). Nessa direção, tem-se em mente, especial-mente no caso das escolas públicas, que o livro didático se constitui no principal refe-rencial de leitura que as crianças e adoles-centes têm acesso durante a fase escolar de forma contínua, ao mesmo tempo em que se mostra como a ferramenta mais acessível ao docente (ROMANATT, 2005). Na impos-sibilidade, este material exerce o importante papel de aproximar o público discente do co-nhecimento produzido de forma sistemática. Por muito tempo, a prática de educar foi centrada na figura do professor que passava os conteúdos e os alunos absorviam ou me-morizavam sem fazer qualquer reflexão ou questionamento ou indagação e, ao final, o conteúdo era cobrado em forma de uma avaliação (OLIVEIRA, 2014). No ensino de
ciências, este contexto levava, e talvez ain-da leve, ao que Moreira (2018) denomina de preparação para a testagem. Em outras palavras, o autor está apontando para um dia a dia escolar que dá ênfase na prepara-ção dos alunos para resoluprepara-ção de questões a fim de alcançarem os melhores índices de rendimento possíveis em exames internos ou externos, refletindo também na produ-ção de livros didáticos.
Para Nicola e Paniz (2016), o livro didático é um material de suma importância e de grande aceitação, pois fornece uma organização siste-matizada dos conteúdos incluindo métodos de aprendizagem da disciplina. Um livro não deve se resumir apenas a conteúdos (história, português, geografia, química), mas também deve ser construído pedagogicamente com uma percepção de aprendizagem.
É ainda importante destacar que o bom uso do livro didático reside na influência cons-tante do professor e a sua mediação entre o livro didático e o aluno, por isso, é indispen-sável que o livro didático exponha ao aluno diversas formas de linguagem para que, a partir daí, o aluno possa analisar que há con-textos em que ele pode utilizar uma forma ou outra de linguagem (ANTUNES, 2004). No atual modelo educacional, a transmis-são do conhecimento em sala de aula se dá por meio de um sistema transmissor e dog-mático, em que, na grande parte das aulas, o livro didático é utilizado para responder exercícios didáticos e fornecer conteúdo para servir de decoreba para avaliações ou trabalhados que serão apresentados. Neste sentido, segundo Zabala (1998), há uma
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versão de papéis: o livro didático acaba sen-do priorizasen-do ao ser usasen-do em demasia em detrimento do envolvimento do aluno na construção da aprendizagem. Nessa pers-pectiva, o ato educativo acaba se desenvol-vendo para que o livro didático ensine, e não para que o aluno aprenda.
Por isso, é necessário que professores e alu-nos aumentem a capacidade de exploração das funções que o livro didático pode forne-cer em sala de aula, saindo da mesmice de sua utilização; sendo necessário que a equipe pedagógica e os docentes consolidem a uti-lização do livro como um instrumento da consolidação e da construção ativa da apren-dizagem dos alunos, incentivando a reflexão, dando-lhe subsídios pra se transformarem em cidadãos construtores do próprio conhe-cimento e não apenas meros memorizadores de material pré-estabelecido e aplicação me-cânica de fórmulas. Consequentemente, os alunos podem atuar como agentes ativos na construção do próprio conhecimento, pois ao ter o seu senso investigativo estimulado, eles passam a buscar novas informações e despertam o interesse pelos conteúdos (VAS-CONCELOS & SOUTO, 2003).
Os avanços da biotecnologia estão de todas as maneiras em nossas vidas, as pesquisas científicas e/ou biotecnológicas garantiram melhorias em diferentes setores da socieda-de e, socieda-dessa maneira, trouxe muitos bene-fícios (FERRARI & PEREIRA, 2013). Neste contexto, o ensino de biologia tem o ob-jetivo de despertar a formação do espírito científico dos alunos, preparando para en-frentar os desafios da sociedade
contempo-rânea. Dentre os assuntos trabalhados nes-sa disciplina, destaca-se a biotecnologia e todas as suas aplicações. No entanto, embo-ra incorpoembo-rados no cotidiano, muito ainda precisa ser esclarecido e compreendido. Te-mas envolvendo questões polêmicas sobre biotecnologia, tais como clonagem de orga-nismos, clonagem reprodutiva, organismos geneticamente modificados e alimentos transgênicos entre outros são na maioria das vezes sugeridos como leitura comple-mentar nos livros de biologia do ensino médio. Estes estão sendo apresentados de forma simples e lúdica, com exemplos reais e concretos do dia a dia, de forma que esti-mulem a curiosidade, favorecendo o verda-deiro aprendizado ou de forma compacta e superficial? Em se tratando do ensino de um tema tão relacionado com a vida, como o ensino da biotecnologia, como o aspecto ético, tão preponderante para a formação de cidadãos, está sendo abordado nos livros de biologia do 3º do Ensino Médio? Portan-to, o que se pretende investigar é como os conteúdos relacionados à biotecnologia, es-tão sendo apresentados nos livros de biolo-gia do 3º ano do Ensino Médio.
A partir dos elementos discutidos até aqui, prosseguimos com este trabalho na pers-pectiva de abordar o papel do livro didático no ensino de biologia e as concepções de biotecnologia presentes no ensino médio permitindo apresentar o referencial teó-rico que foi utilizado na construção desta pesquisa, passando para a apresentação da metodologia empregada e a discussão dos resultados alcançados.
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O livro didático no ensino de biologia
Para os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNs), o ensino na área de ciências deve propiciar um aprendi-zado útil à vida e ao trabalho, assim como desenvolver no aluno competências, habi-lidades e valores que lhes permitissem uma visão crítica sobre a natureza das ciências e do conhecimento científico. O documento também aponta que a educação no ensino médio deve ter como um de seus principais objetivos informar o aluno a respeito do mundo em que vive, para que ele possa in-terferir neste de maneira positiva.
A biologia é uma das áreas das ciências na-turais que estuda as estruturas de regulação dos organismos e as interações dos seres vi-vos com o meio ambiente (CASAGRANDE, 2006). A formação educacional sobre con-teúdos neste campo pode contribuir para que cada indivíduo seja capaz de compre-ender os processos e conceitos biológicos, aprendendo a tomar decisões de interesse individual e coletivo, no contexto de um quadro ético de responsabilidade e respeito que leve em consideração o papel do ho-mem na biosfera (KRASILCHIK, 2008). A compreensão do ensino de ciências bio-lógicas permite ao aluno a habilidade de assimilar, refletir, criticar e aprofundar seus conhecimentos em relação aos processos biológicos e a entender a importância dos mesmos na construção de tecnologia que irão gerar benefícios ou não à sociedade (TEIXEIRA, 2000). Dessa forma, quando se compreende a importância e a aplicação dessa ciência, o indivíduo passa a ter
con-dição de se posicionar diante de temas di-versos da sociedade moderna.
De acordo com Silva (2003), um livro didá-tico de biologia deve conter conteúdos con-textualizados e relacionados ao desenvolvi-mento tecnológico, no caso em especial, a biotecnologia. Portanto, o livro didático é um recurso fundamental para o acesso ao ensino de biologia, quando de forma sim-ples e clara, demonstra a estruturação dos organismos e as interações dos seres vivos com o meio ambiente e proporciona conhe-cimentos para o entendimento da própria existência humana. Por meio dele é possível fortalecer a importância e aplicabilidade da ciência no dia a dia do indivíduo, poden-do-se posicionar de forma racional sobre di-versos temas nesta sociedade tão moderna e complexa (CASAGRANDE, 2006).
É necessário que os livros didáticos de biolo-gia sejam reavaliados constantemente quan-to aos diferentes conteúdos, sobretudo, no que se refere à abordagem ética, pois esta fer-ramenta contribui para a qualidade da edu-cação, para a construção do conhecimento científico e para a cidadania. Desse modo, é perceptível a urgência de uma reutilização e abordagem em relação aos livros didáticos de biologia, deixando de trabalhar mecani-camente e basimecani-camente com duas utilida-des: exercícios e conteúdo para decoreba. É imprescindível à intervenção docente para transformá-lo em um prazeroso meio de pesquisa e de complemento aos conceitos que são ensinados (ROMANO et al., 2015). Nesse contexto, os livros deixam de ser a única fonte de conceitos e conhecimentos
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que podem ser empregados no âmbito es-colar por docentes e educandos, passando a contribuir na formação de cidadãos críti-co-reflexivos e com maior desenvoltura para participar de discussões e problemas históri-cos, culturais e sociais (CORRÊA, 2000). Nesse ínterim, Vaz et al. (2012) mostraram a necessidade de compreender os livros como um produto de uma época determinada, refletindo o momento político, econômi-co, social e cultural em que está inserido. Assim, enquanto na década de 1950 a 1960 o ensino de biologia direcionava-se para as questões do método científico e para a inte-ração dos alunos em práticas laboratoriais. Nos dias atuais, podemos dizer que o ensi-no de biotecensi-nologia e sua reprodução ensi-nos materiais didáticos reflete a influência do contexto contemporâneo em que vivemos e a inserção cada vez maior de tecnologia na sociedade em suas múltiplas dimensões. Os conteúdos dos livros didáticos de biologia devem ser atualizados e ampliados em bus-ca de novas maneiras de inclusão de temas relacionados à nova biologia, como transgê-nicos, clonagem, células-tronco, fertilização in vitro, teste de paternidade, projeto geno-ma, sequenciamento, DNA recombinante, PCR, variabilidade genética e melhoramen-to genético, pois como afirma El-Hani et al. (2011), pesquisas evidenciam que existem aspectos relevantes a serem abordados de forma mais eficiente nos livros didáticos. Os avanços científicos e tecnológicos têm proporcionado transformações relevantes em inúmeras áreas, inclusive no campo das ciências biológicas e saúde, em que se
des-tacam técnicas biotecnológicas para o tra-tamento de doenças, como, por exemplo, a terapia gênica (SOUTO & VASCONCELOS, 2002). Surge, dessa forma, a necessidade de mais produções científicas que tomem estes materiais como objeto de estudo, visando à indicação de fragilidades a serem sanadas com o fim de ampliar a qualidade dos livros que chegam às escolas.
Concorda-se com Silva (2003) ao afirmar que as fotos, gráficos, esquemas e ilustra-ções presentes nos livros didáticos servem de apoio ao conteúdo, complementando-o. Portanto, quando se detecta que todas as obras possuem ilustrações em praticamen-te todas as páginas dedicadas ao praticamen-tema bio-tecnologia, as quais estão vinculadas aos textos, percebe-se a preocupação em con-tribuir com a compreensão das aplicações biotecnológicas. Muitos educadores não tiveram essas práticas na sua formação, e por isso merecem atenção especial ainda às atividades sugeridas nas coleções, pois são fundamentais para o desenvolvimento da capacidade investigativa e do pensamento científico que são diretamente estimulados pela experimentação.
Como Vaz et al. (2012) apontam, os recur-sos didáticos são de grande importância para que os jovens estudantes se apropriem dos conceitos inerentes à aprendizagem do conteúdo de biologia, de forma que os li-vros associados a outras atividades são im-portantes nesse processo. Outros recursos complementares ou adicionais que são en-contrados nos livros didáticos para facilitar e direcionar a interação entre o livro e os
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professores e alunos são os glossários, atlas ilustrativos, cadernos de exercícios, guias de atividades experimentais, complemen-tam as necessidades do aluno, oferecendo novas oportunidades de exercitar o conhe-cimento em construção e proporcionando melhor compreensão das informações tra-balhadas ao longo da obra. Seus procedi-mentos estimulam uma postura reflexiva e investigativa sobre os fenômenos da natu-reza e a aplicação do método científico, es-timulando a análise de fenômenos, o teste de hipóteses e a formulação de conclusões.
Concepções sobre ensino de biotecnologia no ensino médio
A biotecnologia é a aplicação de conheci-mentos químicos e biológicos e de novas tecnologias nas áreas de saúde, alimentos, química, eletrônica, energética e ambiental. Dessa maneira, pode ser definida como uso das tecnologias que utilizam organismos vi-vos ou produtos elaborados a partir deles, para criar ou modificar produtos para fins específicos (MALAJOVICH, 2016). Abrange diferentes campos do conhecimento, desde ciências básicas (biologia molecular, micro-biologia, biologia celular, genética, genô-mica, embriologia etc.), ciências aplicadas (técnicas imunológicas, químicas e bioquí-micas) e outras tecnologias (informática, ro-bótica e controle de processos), assim, a bio-tecnologia é considerada um conjunto de conhecimentos que permite o uso de agen-tes biológicos (organismos, células, organe-las, moléculas) para se obter bens ou asse-gurar serviços (MALAJOVICH, 2017, 2016).
Os avanços alcançados pelo desenvolvi-mento científico e tecnológico na área da biotecnologia, principalmente nos últimos trinta anos, têm colocado a humanidade frente a situações até pouco tempo inimagi-náveis. São praticamente diárias as notícias de diferentes partes do mundo relatando a utilização de novos métodos investigativos e/ou de técnicas desconhecidas, assim como a descoberta de medicamentos mais efica-zes no controle de doenças tidas até agora como fora de controle (GARRAFA, 1999). Diferentes temas de natureza social como clonagem de organismos, clonagem repro-dutiva, organismos geneticamente modifi-cados e alimentos transgênicos necessitam ser abordados e discutidos em aulas de bio-logia. Tais temas têm grande relevância na vida social e, portanto, precisam ser cada vez mais inseridos no processo ensino--aprendizagem para que seja alcançado um desenvolvimento racional e sustentável da sociedade, exercendo assim de forma plena sua cidadania por meio dos seus conceitos éticos (OLIVEIRA, 2011).
O impacto da biotecnologia atinge vários setores produtivos assim transformou nossa vida cotidiana. Também permitiu o desen-volvimento de diferentes técnicas, como por exemplo: cultivo microrganismos para produção de medicamentos, tratamento de despejos sanitários pela ação de microrga-nismos em fossas sépticas, o desenvolvi-mento de plantas resistentes a doenças, a produção de plásticos biodegradáveis, de-tergentes mais eficientes, biocombustíveis; processos industriais e agrícolas menos
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poluentes, métodos de biorremediação do meio ambiente e centenas de testes diag-nósticos (BINSFELD, 2011).
O tema da biotecnologia impõe para o pro-fessor de ciências a condição de usar o co-nhecimento científico, tecnologias educa-cionais e estratégias didáticas inovadoras e criativas que, muitas vezes, não estiveram presentes na sua formação inicial (PEZARI-NI & MACIEL, 2018). No livro didático de biologia de Ensino Médio, esse assunto apa-rece com a linguagem textual casual, mas apresentam outros elementos informativos que facilitam a atividade docente e o pro-cesso de ensino aprendizagem, pois conse-quentemente facilitam a compreensão pelo aluno. Por exemplo, os recursos visuais fornecem suporte vital às ideias e informa-ções contidas no livro quando aliados aos conceitos informados por meio da lingua-gem verbal, atuando como elementos vi-tais na comunicação dos conhecimentos científicos (COUTINHO & SOARES, 2010). Por isso, a utilização de imagens e ilustra-ções esquemáticas de alguns processos da biotecnologia, ou seja, o passo a passo de técnicas são importantes mecanismos que favorecem a aprendizagem significativa. Além do livro-didático, o ensino de bio-tecnologia poderá contar com a ajuda da televisão, internet, vídeos e filmes que apresentam os conteúdos de maneira mais atraente, trazendo informações mais atua-lizadas sobre os conteúdos e até mesmo as últimas pesquisas sobre um determinado assunto. No entanto, os professores e me-diadores devem ter em mente que estas
mesmas mídias não são constituídas com o aspecto pedagógico necessário para o pro-cesso de aprendizagem, devendo ser elenca-das como um suporte pedagógico do livro e não como substituto do mesmo. Dessa for-ma, será possível estimular o ensino de bio-tecnologia, fortalecendo a análise dos fenô-menos biotecnológicos e podendo diminuir a divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que se constatam as relações entre a pesquisa cien-tífica e os meios de produção industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade (KRASILCHIK, 2008).
O ensino de biologia deve priorizar questões em benefício à formação cidadã, de manei-ra crítica e reflexiva, uma vez que permeia questões de natureza ética, filosófica, cultu-ral e religiosa (VAZ et. al., 2012). Desta ma-neira, devem-se criar situações para envol-ver os alunos em atividades que promovam o aprendizado de biotecnologia. Além disso, é necessário criar condições adequadas ao desenvolvimento da atitude científica e crí-tica dos fatos no estudante (RELVAS, 2017), tornando a aprendizagem dos conhecimen-tos biotecnológicos em sala de aula num de-safio prazeroso e significativo para todos. É transformá-la em um projeto coletivo, em que a vontade de buscar o novo, o desco-nhecido e suas potencialidades em ver seus riscos e limites sejam a oportunidade para o exercício e o aprendizado das relações so-ciais e dos valores (DELIZOICOV; ANGOT-TI; PERNAMBUCO, 2002).
O mundo atual vive em constante transfor-mação, imerso em tecnologia e inovações. É
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imperativo que temas atuais, em que se em-prega conhecimento tecnológico, devam aparecer nos livros didáticos de preferência de forma combinada, o desenvolvimento de conhecimentos práticos e contextualiza-dos, os quais respondam às necessidades da vida contemporânea e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que correspondam a uma cultura geral e uma visão de mundo (BRASIL, 1997).
No âmbito do Ensino Médio, a educação científica e tecnológica deve ser assegura-da para que esta venha contribuir de forma crítica e participativa com o desenvolvi-mento da sociedade. Assim, a sua compre-ensão deve desenvolver nos estudantes as inter-relações entre o entendimento cientí-fico e as mudanças tecnológicas, tornando--se não apenas consumidores de tecnologia e informação, mas partícipes do processo de evolução tecnológica. Também se espera que sejam capazes de absorver os diversos impactos que as tecnologias podem produ-zir, mantendo sua qualidade de vida e da sociedade em que está inserido.
Os alunos devem ter consciência de que as ciências evoluem e as verdades de hoje po-derão não ser as verdades de amanhã, mas que eles poderão sempre, a qualquer mo-mento, tomar posse das novas verdades ins-tauradas pelo progresso, graças às habilida-des adquiridas na escola (SILVA, 2003). Com isso, poderão superar um dos problemas co-muns nos assuntos relacionados ao ensino de biotecnologia, que além do despreparo e desatualização de alguns professores, é a for-ma superficial, porém descrita de for-maneira
complexa, de como alguns conteúdos que são abordados nos livros didáticos (VILELA, 2007; SOUTO; VASCONCELOS, 2002).
2 METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada com pro-pósitos claros visando à produção teórica a partir de investigação bibliográfica. Dessa maneira, foi usada uma abordagem quali-tativa e análise dos conteúdos de maneira descritiva (LAKATOS & MARCONI, 2017; GIL, 2017). Para a concretização do trabalho proposto, foi realizada a análise de cinco li-vros didáticos de biologia do 3º ano do Ensi-no Médio utilizados nas escolas públicas da rede estadual e federal de educação do mu-nicípio de São Raimundo das Mangabeiras, estado do Maranhão, fornecidas pelo Pro-grama Nacional do Livro Didático (PNLD) (BRASIL, 2017) para o Ensino Médio.
A escolha pelos livros adotados, neste mu-nicípio, deu-se com o intuito de aproximar a pesquisa da realidade dos pesquisadores, naquele momento, vinculados a uma esco-la de Ensino Médio da cidade, bem como por terem sido aprovadas no PNLD de 2015 a 2017 (BRASIL, 2014). Dados oficiais infor-mam que a cidade possui uma população estimada de 18.868 habitantes, alcançando 1.032 matrículas no Ensino Médio e 98,2% de taxa de escolarização entre jovens de 6 a 14 anos (BRASIL, 2019).
Para a análise dos conteúdos, foram sele-cionados alguns temas básicos de biotecno-logia que consideramos essenciais: células troncos, modificação genética, clonagem e
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transgênicos. Para esses temas, foram observados os seguintes aspectos: presença ou au-sência nos livros, precisão conceitual e atualização dos temas, além da concordância com os capítulos nos quais estão inseridos; quantificação das páginas dos conteúdos seleciona-dos, fazendo uma relação entre o número de páginas referentes ao conteúdo analisado e o número total de páginas do livro em análise; quantidade de figuras e gravuras; quanti-dades de exemplos práticos. Ao final da análise, foram contabilizados valores atribuídos à presença e à qualidade dos temas analisados nesse estudo.
A avaliação destas categorias foi feita por meio de leitura, procurando identificar os con-teúdos relacionados à biotecnologia. A partir dessa seleção, foram delimitados os critérios de análise para cada conteúdo de acordo com as informações apresentadas na Tabela 1, conforme apresentamos a seguir.
Tabela 1: Aspectos qualitativos da análise dos livros.
ASPECTO OBSERVAÇÃO
Aspectos Teóricos
Deve-se observar a adequação entre o conteúdo científico e o nível cognitivo dos alunos, clareza e concisão na linguagem utilizada, associação do conteúdo à realidade cotidiana dos alunos a contextualização do conteúdo à realidade cotidiana dos alunos, a atualidade dos textos. Textos complementares
De acordo com Vasconcelos e Souto (2003, p.5), textos complementares podem garantir uma abordagem mais atualizada, uma vez que em sua maioria tratam de questões presentes de forma mais direta na realidade do aluno.
Recursos Visuais
Contém outros elementos informativos, visando facilitar a compreensão do aluno, melhorando a aprendizagem e tornando as informações mais claras, devendo ter relação direta com o texto. De acordo com Vasconcelos e Souto, a escolha de ilustrações deve levar em conta a possibilidade de contextualização, utilizando ilustrações representativas, com exemplos da realidade do aluno.
Aspectos metodológicos Incentivo à pesquisa, preposição de experimentos, exercícios que apresentam conexão com o cotidiano. Aspectos éticos
A existência ou não de textos que exemplifiquem a importância da ética no tratamento dos conteúdos relacionados à biotecnologia.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017.
Na seção seguinte, passamos à análise e discussão dos resultados, segundo os critérios apresentados acima.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os livros didáticos do 3° ano de biologia do Ensino Médio escolhidos para análise das temáticas de biotecnologia foram selecionados com base nas recomendações do PNLD de Biologia (BRASIL, 2017), dando-se preferência aos que são adotados pelas escolas de São Raimundo das Mangabeiras-MA, conforme apresentamos na metodologia.
Na Tabela 2: Informações sobre os livros didáticos do ensino médio analisados quanto à presença e nível de abordagem de conteúdos relacionados à Biotecnologia, apresentamos a descrição das cinco obras utilizadas para análise neste estudo. Vale ressaltar que todos os livros consultados foram exemplares doados pelas instituições de ensino.
Tabela 2: Levantamento dos conteúdos de biotecnologia nos livros didáticos do Ensino Médio. CONTEÚDOS L01 L02 LIVROSL03 L04 L05
DNA recombinante + + + + +
Clonagem DNA + + + + +
Identificação de pessoas + + + + +
PCR + + + + +
Mapeamento (variabilidade humana) + + + + +
Terapia gênica + + + + + Vacinas gênicas + + + + + Triagem Populacional + + + + + Proteoma + + + + + Clonagem + + + + + Organismos transgênicos + + + + + Biologia sintética + - - -
-Recuperação de espécies extinção + - - -
-Aconselhamento genético + - - -
-Diagnóstico
Pré natal + - - -
-Legenda: (+) presente (-) ausente. Fonte: Elaborada pelos autores, 2017.
Segundo as orientações apresentadas pelos PCNs (BRASIL, 1997) e nas Orientações Curri-culares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006), o professor deve ter o texto como principal ferramenta de trabalho. E este, por sua vez, deve estar em lugar de destaque no cotidiano escolar, pois por meio do trabalho orientado para leitura, o aluno consegue apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista, argumentar (STAHL & ISAIA, 2012).
Os conceitos apresentados nas obras contribuem na perspectiva de “capacitar o educando para interpretar fatos e fenômenos – naturais ou não – sob a óptica da ciência, mais especifi-camente da Biologia, para que, simultaneamente, adquira uma visão crítica que lhe permita tomar decisões usando sua instrução nessa área do conhecimento” (BRASIL, 2006).
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Observa-se, na Tabela 3, que as coleções apresentaram um desempenho regular quanto à explanação dos conteúdos. No entanto, é importante ressaltar que os te-mas podem estar associados a vários con-teúdos, como sugerem os PCNs (BRASIL, 1997) e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006). Por exem-plo, reconhece-se que o tema DNA pode ser amplamente trabalhado numa abordagem interdisciplinar, integrando várias áreas do conhecimento e promovendo uma rela-ção entre o progresso científico e o avanço tecnológico. De acordo com Frison et al. (2009), é necessário, então, entender que um ensino cujo fim seja a formação de ci-dadãos deve ir muito além de uma aborda-gem fragmentada dos conteúdos, apenas vinculados a aspectos teóricos.
Biotecnologia é ciência, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Rede Estadual de Ensino (MARANHÃO, 2014) e Wiggers (2016), ao estudar as tecnologias propõe incluir a biotecnologia como um dos
con-teúdos estruturantes do ensino de Ciências, nas suas mais diversas facetas, permitindo uma análise de seus impactos nos aspectos ambientais, sociais, econômicos, políticos e éticos. Assim também é a preocupação com a qualidade dos livros didáticos utilizados no Ensino Médio.
Verifica-se que o livro L01 aborda 100% dos conteúdos descritos, quer seja os que são re-lacionados com a biotecnologia tradicional (DNA recombinante, clonagem DNA, iden-tificação de pessoas, PCR, mapeamento da variabilidade humana, terapia gênica, vaci-nas genicas, triagem populacional, proteo-ma, clonagem e organismos transgênicos), que, também, estão presentes de forma des-critiva nos livros L02, L03, L04 e L05, quer seja os conteúdos mais atualizados como a biologia sintética, recuperação de espécies em extinção, aconselhamento genético e diagnóstico pré-natal. Os conteúdos clona-gem e organismos transgênicos não estão presentes nos livros L02, L03, L04 e L05. A Tabela 3 apresenta os resultados alcançados.
Tabela 3: Índices quantitativos dos livros de biologia.
Nº CARACTERÍSTICA L1 L2 LIVROL3 L4 L5
01 Nº de páginas 23 16 24 24 22
02 Nº Figuras Ilustrativas 19 08 14 09 10
03 Nº Figuras esquemas 08 11 18 22 12
04 Nº Textos Complementares 02 05 01 03 03
05 Nº Textos incentivos à pesquisa 01 01 - - 01
06 Nº de Textos sobre ética na Biotecnologia 01 - 01 01 01
07 Nº.de Exercícios de fixação 01 01 01 01 02
08 Existência de sugestão de pesquisas com conteúdo de internet e demais mídias Sim Não Não Sim Sim 09 Nível da linguagem utilizada Acessível Acessível Acessível Acessível Acessível
10 Nº de tópicos 16 - - 04 10
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Pode-se afirmar pelo que está apresentado na Tabela 3, que livro L01 possui o maior volume de conteúdos e a distribuição é fei-ta na mesma proporção de quantidade de páginas dos outros livros. Isso significa que os temas estão mais compactados dos que nos outros exemplares analisados, o que pode dificultar a melhor exposição de in-formações. Nicola e Paniz (2016) argumen-tam em torno da necessidade da disciplina de biologia se mostrar próxima dos alunos, o que muitas vezes é dificultado pelo uso de nomenclaturas consideradas complexas – o que não identificamos nesta obra ape-sar da crítica apontada, ou ainda, segundo Souza, Marchi e Strohschoen (2016), pela falta de uma alfabetização científica reali-zada de forma apropriada. Considerando essas questões, entendemos que o livro L01 poderia dedicar um espaço maior na obra para uma discussão mais detalhada dos conceitos apresentados, proporcionando melhores condições de aprendizagem por parte dos discentes.
O livro L02 não possui textos que abordam a questão ética na biotecnologia e nem su-gestões de pesquisa via sítios eletrônicos, deixando de apontar também outras vi-sões sobre temas polêmicos da biotecnolo-gia. Partindo do posicionamento de Souza, Marchi e Strohschoen (2016) poderiam di-zer, então, que este material deixa de apro-veitar o potencial de utilização da cibercul-tura pelos alunos, na medida em que não aponta caminhos alternativos de aprendi-zagem. Consideramos, portanto, que o li-vro didático carrega consigo a possibilidade
de incentivar o uso dos sítios eletrônicos a favor da aprendizagem e não contra esta. Por sua vez, os livros L03 e L04 não apresen-tam textos de incentivo à pesquisa, dificul-tando a solidificação da alfabetização e do letramento científico discutidos por Souza, Marchi e Strohschoen (2016), ao passo em que perde a “possibilidade de aproximar a evolução do conhecimento às reais necessi-dades da maneira de ensinar Ciências e Bio-logia” (2016, p. 27). Há, nestes exemplares, a necessidade de melhoria nesta questão, pois a mesma é essencial para a aprendizagem de conteúdos relacionados à biotecnologia.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As análises dos resultados permitiram con-cluir que as extensões dos conteúdos de biotecnologia dos cinco livros apresentam um desempenho satisfatório, apresentan-do 24 páginas de média, exceto o L02 que apresentou apenas 16 páginas. Quanto aos conteúdos dos livros analisados, todos apresentaram um bom desempenho no que se refere à linguagem aplicada na apre-sentação dos conteúdos, apesar de científi-ca e formal, de modo que a conotação da linguagem utilizada é acessível e de fácil compreensão, sem expressões que dificul-tam o entendimento dos leitores. Ainda se observou que as coleções utilizaram grande número de recursos visuais de cunho ilus-trativo e esquemas explicativos, os quais demonstram de forma dinâmica como acontecem os processos biotecnológicos dentro do conteúdo apresentado.52
Em se tratando de números de textos complementares, de incentivos à pesquisa e ética na biotecnologia que venham a dar maiores subsídios teóricos ao processo de ensino e aprendizagem, todos os livros analisados apresentam um pequeno número de textos. O livro L01 apresentou 3 (três), L02 conta com 6 (seis), L03 contém 2 (dois), L04 apresenta 4 (quatro) e L05 conta com 5 (cinco). Isso demonstra uma fragilidade que pode ser sanada, o que por si só não implica em uma avaliação negativa das obras.
É impossível pensar em ciência na atualidade sem associá-la aos assuntos discutidos na biotecnologia. Seu estudo promove impactos em diversos setores da sociedade por meio de técnicas inovadoras e pela revolução no tratamento de doenças, no uso de novos me-dicamentos para aplicação em humanos e animais, na multiplicação e reprodução de espécies vegetais e animais, no desenvolvimento e melhoria de alimentos, promoção do desenvolvimento sustentável, na recuperação e tratamento de resíduos químicos, dentre outras áreas que possam ser exploradas. Portanto, apesar das críticas levantadas em torno de eventuais fragilidades encontradas nas obras, acreditamos que os exemplares analisa-dos possuem uma abordagem apropriada acerca analisa-dos conteúanalisa-dos ligaanalisa-dos à biotecnologia e cumprem um papel importante na aproximação dos alunos do Ensino Médio ao conhe-cimento científico mais atual.
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