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Panorama Semanal. Análise Fundamentalista Análise XP. Top Picks. Índice. Estratégia & Portfólio. 11 de Agosto, Destaques na Agenda

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Análise Fundamentalista

Panorama Semanal

Estratégia & Portfólio

Análise XP

Top Picks

Racional das alterações:

Nesta semana, optamos pela redução de Cielo, devido aos anúncios e incertezas a respeito do projeto que permite ao comerciante estabelecer diferença de preço de venda quando o pagamento ocorrer por meio de cartão de crédito. Esta perspectiva de decisão está contribuindo para a expressiva, repentina e acelerada desvalorização/volatilidade desfavorável do ativo. Neste sentido, estamos reduzindo nossa posição como medida preventiva a movimentos mais bruscos. Com isso, aumentamos BB Seguridade no portfólio dessa semana. A motivação para elevação de nossa exposição ao ativo está apoiada no movimento que ocorrerá em função do resultado trimestral amanhã, nossa expectativa positiva com o desempenho da instituição em seu período de sazonalidade mais favorável e evolução relevante de sua performance financeira e operacional.

Reduz: Cielo (CIEL3: -5%)

Aumenta: BB Seguridade (BBSE3: +5%)

Portfólio final: Cielo (15%), BB Seguridade (25%), Estácio (15%), Itausa (25%), Petrobras (10%),

Embraer (10%).

Visão Macroeconômica Retrospectiva

A semana passada não trouxe muita novidade, mas alguns pontos valem ser ressaltados tanto no que tange a divulgações econômicas quanto a desdobramentos geopolíticos. Na China vale o destaque para os dados de inflação, assim como no Brasil. Ainda no cenário doméstico, destaque para oferta de swap cambial oferecido pelo BC.

Perspectiva

Ao longo desta semana, teremos números importantes da atividade econômica na China, nos EUA e na Zona do Euro. No Brasil, teremos importantes divulgações como o resultado das vendas no varejo em junho e o IBC-Br do mesmo mês.

Destaques na Agenda

Índice

Resumo

Visão Macroeconômica Visão Macroeconômica: Agenda Top Picks: Portfólio Sugerido Top Picks: Estatísticas & Rentabilidade Estudo da Semana

Disclaimer

Dia Hora Local Indicador

11/08/2014 15:00 BRA Balança comercial semanal 12/08/2014 05:00 BRA IPC FIPE- Semanal

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Visão Macroeconômica

Retrospectiva

A semana passada não trouxe muita novidade, mas alguns pontos valem ser ressaltados tanto no que tange a divulgações econômicas quanto a desdobramentos geopolíticos. Na parte da agenda de dados internacionais, a inflação segue bem comportada na China. Em julho, os preços ao consumidor subiram 2,3% YoY e confirmaram as expectativas dos analistas. A alta de julho já tinha sido observada em junho. Os preços dos alimentos e demais itens do IPC apresentaram tendência de baixa no mês passado.

Os preços ao produtor recuaram 0,9%, que é o ritmo de queda mais fraco desde abril de 2012. Essa redução da queda dos preços ao produtor pode refletir alguma aceleração da demanda das empresas, após os fortes estímulos que o governo vem implementando desde o início do ano. Como o objetivo do governo chinês é de uma alta de 3,5% do índice de preços ao consumidor, o comportamento recente da inflação permite ao governo chinês adotar novas medidas para estimular a economia. Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do resultado da inflação de agosto medida pelo IPCA. A variação de 0,01% do IPCA de julho esteve bem abaixo da esperada pela mediana das expectativas do mercado (0,10%).

No lado geopolítico, as notícias de que o governo russo encerrou seus exercícios militares na fronteira com a Ucrânia animaram os mercados de ações e de outros ativos nas economias emergentes.

Por fim, o BC comunicou ao mercado um aumento da rolagem de swap cambial com vencimento em 01/09. Nesta segunda-feira, o BC ofertará 10 mil contratos de swap cambial, que equivalem a US$ 500 milhões, para a rolagem do vencimento de 01 de setembro. Nesta ocasião, vencerão US$ 10,07 bilhões de contratos de swap cambial. Ao longo da primeira semana de agosto, o BC ofertou US$ 400 milhões para esta rolagem. Caso mantenha o lote de 10 mil contratos até o penúltimo dia útil do mês, o BC terá vendido o equivalente a US$ 9 bilhões ou 90% do volume a ser resgatado. Assim, o BC terá elevado o percentual de rolagem dos vencimentos de swap cambial, provavelmente, por causa da recente alta da taxa de cambial.

Perspectiva

Ao longo desta semana, teremos números importantes da atividade econômica na China, nos EUA e na Zona do Euro. No Brasil, teremos importantes divulgações como o resultado das vendas no varejo em junho e o IBC-Br do mesmo mês.

Na China, teremos, na quarta-feira, a divulgação das vendas no varejo e da produção industrial de junho. Na Europa, teremos a divulgação dos índices ZEW de confiança dos investidores alemães de agosto, tanto em relação ao desempenho da Alemanha como em relação ao desempenho da Zona do Euro. Estes índices tendem a cair, por conta da crise na Ucrânia e as sanções à Rússia (que, afinal, já começam a ser retaliadas, o que ameaça as exportações da Zona do Euro). Na quarta-feira, teremos a produção industrial da Zona do Euro de junho e, quinta-feira, teremos o PIB da região. No mesmo dia será divulgada a inflação da Z. do Euro, cujo núcleo deve ter continuado em +0,8% YoY, muito abaixo dos 2,0% que deixariam o BCE confortável quanto ao risco de deflação. E, na sexta-feira, será divulgado o PIB do Reino Unido.

Nos EUA, amanhã serão divulgadas as estimativas do USDA para a oferta e demanda agrícolas mundiais. Quarta-feira teremos as vendas no varejo de julho. Na sexta-feira, teremos o Empire Manufacturing de agosto. No mesmo dia será conhecida a produção industrial de julho e o índice de confiança do consumidor da U. de Michigan.

Ainda na agenda dos indicadores de inflação, na sexta-feira a FGV divulgará o IGP-10 de agosto. Na agenda de indicadores, a Pesquisa Mensal do Comércio de junho na quinta-feira.

Por fim, atenção ao discurso que Alexandre Tombini proferirá na manhã de sexta-feira (9h00) e ao dado de IBC-Br a ser divulgado que pode acalentar as discussões quanto a uma possível recessão técnica na economia brasileira.

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Visão Macroeconômica: Agenda

Hora Local Indicador

Data Exp.

Ant.

08:00 BRA IGP-M Inflation 1st Preview Ago -0.29% -0.50%

08:30 BRA Central Bank Weekly Economists Survey -- --

--15:00 BRA Balança comercial semanal Ago 10 --

---- CHI Novos empréstimos Yan Jul 780.0B 1080.0B

-- CHI RMB financiamento agregado Jul 1500.0B 1970.0B

-- CHI Oferta monetária Jul 5.7% 5.3%

05:00 BRA IPC FIPE- Semanal Ago 7 0.23% 0.11%

06:00 EUR Pesquisa ZEW (Expectativas) Ago -- 48.1

08:30 EUA NFIB Otimismo pequenos negócios Jul 96.0 95.0

11:00 EUA Ofertas de emprego JOLTS Jun 4550 4635

15:00 EUA Orçamento mensal Jul -$96.0B

---- BRA Serasa July Consumer Credit Delinquency -- --

--02:30 CHI Vendas no varejo (a.a.) Jul 12.5% 12.4%

02:30 CHI Produção industrial (a.a.) Jul 9.2% 9.2%

06:00 EUR Produção industrial SAZ (a.m.) Jun 0.4% -1.1%

09:30 EUA Vendas no varejo exc auto (a.m.) Jul 0.4% 0.4%

09:30 EUA Vendas no varejo exc auto e gás Jul 0.4% 0.4%

11:00 EUA Estoques de empresas Jun 0.4% 0.5%

12:30 BRA Currency Flow s Weekly -- --

---- CHI Investimento direto no exterior (a.a.) Jul 0.8% 0.2%

06:00 EUR IPC (a.m.) Jul -0.6% 0.1%

06:00 EUR PIB SAZ (a.a.) 2T 0.7% 0.9%

09:00 BRA Vendas no varejo (a.a.) Jun 3.5% 4.8%

09:30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego Ago 9 295K 289K

09:30 EUA Índice de preços de importação (a.m.) Jul -0.4% 0.1%

09:30 EUA Seguro-desemprego Ago 2 2500K 2518K

09:30 EUA Índice de preços de importação (a.a.) Jul 0.9% 1.2%

-- BRA Criação de empregos formais Total Jul 7102 25363

08:00 BRA IGP-10 Inflação FGV M/A Ago -0.42% -0.56%

08:30 BRA Atividade econômica (a.m.) Jun -1.27% -0.18%

09:30 EUA Índice Empire State, manufatura em Nova York Ago 20.00 25.60

09:30 EUA Demanda final IPP (a.m.) Jul 0.1% 0.4%

09:30 EUA IPP exceto alimentos e energia (a.m.) Jul 0.2% 0.2%

09:30 EUA Demanda final IPP (a.a.) Jul 1.7% 1.9%

09:30 EUA IPP exceto alimentos e energia (a.a.) Jul 1.6% 1.8%

10:15 EUA Produção industrial (a.m.) Jul 0.3% 0.2%

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

sexta-feira, 15 de agosto de 2014 segunda-feira, 11 de agosto de 2014

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Top Picks: Portfólio Sugerido

Petrobras (PETR3)

A Petrobras é uma companhia de capital aberto que atua como uma empresa integrada de energia nos seguintes setores: exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombustíveis. A companhia tem como acionista majoritário o governo brasileiro.

Itausa (ITSA4)

O grupo foi constituído para centralizar as decisões financeiras e estratégicas de um conjunto de empresas. Atualmente sua composição está, quase exclusivamente, apoiada em Itaú Unibanco (96%). Neste sentido, a melhor definição do ativo e suas perspectivas podem ser obtidas através de uma análise a respeito do banco Itaú Unibanco. O banco enxugou custos e despesas nos últimos trimestres, além de ter realizado aquisições relevantes, como a participação remanescente da Redecard e CorpBanca. Acreditamos que o desempenho continua superando as expectativas do mercado, sendo a melhora performance dentre as instituições financeiras. O banco demonstra que segue em tendência positiva em termos de queda de inadimplência, evolução de sua margem com clientes, custos operacionais sob controle e continuidade do foco em ganhos de eficiência. Principal risco de curto prazo, o julgamento que tramita no STF, pode gerar desconforto e volatilidade no período de investimento. Porém, acreditamos que a instituição dispõe de excesso de capital suficiente para absorver impactos significativos tendo um cenário mais favorável mais favorável para instituições financeiras. Vale ressaltar que consideramos que o ativo se encontra em patamar descontado, se comparado ao seu desempenho operacional (P/E 2014: 7,3 & 2015:6,5). No relativo, o setor em questão torna-se mais atrativo. Em função da evolução em termos de preço dos demais setores do meio financeiro.

Cielo (CIEL3)

A Cielo tem como atividades principais a prestação de serviços de credenciamento de estabelecimentos comerciais e de estabelecimentos prestadores de serviços para a aceitação de cartões de crédito e de débito, bem como de outros meios de pagamento ou meios eletrônicos necessários para registro e aprovação de transações não financeiras. Atualmente a empresa se encontra em patamares considerados atrativos em termos de preço, visto o posicionamento diferenciado no mercado de adquirência, em que as margens e perspectivas de crescimento justificam o patamar de seus indicadores de valor e expectativas para o ativo. O racional de investimento está igualmente apoiado em seus resultados financeiros consistentes e ganhos de market share, mesmo com a atuação mais agressiva por parte de seus concorrentes com menor participação no mercado, no sentido de obter a fatia maior no segmento (GetNet e Rede). Os receios do mercado quanto a possíveis intervenções do governo já foram encerrados com a definição do Banco Central como o regulador oficial do setor.

Estácio (ESTC3)

A Estácio é um dos mais relevantes grupos educacionais do país, com 78 cursos de graduação, mestrado, doutorado e cursos de extensão, para uma base de mais de 330 mil alunos. Atualmente conta com 260 mil alunos presenciais (com forte presença no RJ) e cerca de 70 mil alunos em EAD. Tanto no segmento presencial quanto no EAD, a empresa tem apresentado um crescimento de 2 dígitos em sua base de aluno. A empresa está em um momento de ganhos de margem e melhora operacional, que pode ser observado nos resultados dos últimos trimestres. Recentemente a Estácio adquiriu a UniSEB, marca muito forte em EAD, principalmente no estado de SP. Além do EAD ser um segmento muito promissor (cresce 2 dígitos nos últimos anos), com essa aquisição a Estácio entra em São Paulo, região em que a empresa não tinha uma presença muito forte. Outro ponto a se destacar é o FIES, financiamento oferecido pelo governo e que já está em andamento, proporcionando condições muito atraentes para os alunos, ao mesmo tempo que diminui a evasão e aumenta o ticket médio para as instituições participantes. Das empresas do setor de educação preferimos a Estácio, por se tratar de um case com maior visibilidade quanto aos ganhos de margem e crescimento, ao passo que para Kroton e Anhanguera ainda tem muito trabalho para fazer no curto prazo, com relação a fusão das empresas.

BB Seguridade (BBSE3)

A instituição representa um agregado de instituições focadas em produtos no mercado de seguros (BB Seguros), corretagem (BB corretora) e resseguros (IRB-Brasil). Se é verdade que a empresa é controlada por um banco Estatal, o risco de intervenção é, em nossa visão, mitigado pela parceria com entes privados (ex: Mapfre). Consideramos igualmente atrativo o fato de que o setor de seguros ser ainda inicial no Brasil, considerando o todo da economia. Seguimos vendo a empresa como uma excelente forma de se expor a um setor com crescimento acima da média e menos correlacionado com o desempenho agregado. A empresa é bastante lucrativa, com retorno alto, capilaridade e ampla capacidade de expansão a partir da baixa penetração na base de cliente do Banco do Brasil. Vale ressaltar que o anúncio de criação de uma nova instituição financeira por parte do BB e Banco Postal é considerado uma nova possibilidade de expansão para suas operações. Nossa expectativa com relação a criação de valor, no curto prazo, está baseada na perspectiva de resultados favoráveis para o 2º trimestre, sua qualidade superior no setor e sazonalidade favorável.

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Top Picks: Estatísticas & Rentabilidade

Rentabilidade (~12:50h) Carteira 18,6 5,7 15,0 1,1 17,8 76,0 - - - -Ibovespa 9,4 -17,7 8,2 -17,3 6,9 -10,3 - - - -dif. p.p. 9,2 p.p. 23,4 p.p. 6,8 p.p. 18,5 p.p. 10,9 p.p. 86,4 p.p. - - - -Carteira -1,9 1,0 25,5 19,6 - - - -Ibovespa -1,5 -3,7 3,4 3,3 - - - -dif. p.p. -0,4 p.p. 4,8 p.p. 22,2 p.p. 16,4 p.p. - - - -*Inicial: Carteira XP 30/4/2009 Carteira 76,47 - -1008,2% 166,2% 3412,5% 1519,3% 39,69 168,00 0,00 3005,5% 18709,0% 0,0%

TTM: Últimos 12 meses (Traling Twelve months)

Maior Retorno Semana Menor Retorno Semana Alpha (TTM) Vol. (TTM) # Sem. # Sem. Positivo # Sem. Negativo Retorno Médio Semana

Estatísticas:Top Picks

Portfólio Beta (TTM) Beta (atual) VaR (TTM) Sharpe (TTM) Portfólio semana 4 sem. 26 sem. 52 sem.

Inicial*

Portfólio 2014 2013 2012 2011 2010

Performance: Top Picks

70,0 80,0 90,0 100,0 110,0 120,0 130,0 140,0 150,0

DESEMPENHO

Top Picks Ibovespa

160 180 200

DESEMPENHO HISTÓRICO

-8,00 -6,00 -4,00 -2,00 0,00 2,00 ESTC3 BBSE3 CIEL3 Top Picks IBOV PETR3 ITSA4 EMBR3

∆% Semanal

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Estudo da Semana: Crônica de uma crise anunciada

Zeina Latif

Alguns setores são relativamente mais sensíveis ao ciclo econômico. O mercado imobiliário é um deles. Otimismo se transforma em euforia e momentos de correção são logo interpretados como estouro de bolha. Os excessos do passado estão pesando sobre o mercado imobiliário neste momento. O impacto sobre a economia não será desprezível. O peso da construção civil no PIB é relevante, próximo de 15%, tendo também importante papel no mercado de trabalho. Diferente do ocorrido no início da década passada, quando medidas estruturais melhoraram o ambiente regulatório e reduziram a insegurança do setor, a agenda dos últimos anos foi voltada para o incentivo à demanda. Mudança de agenda e exagero na dose. A fatura chegou.

Entre 2004 e 2005, importantes avanços ocorreram: a criação do Patrimônio de Afetação (tratamento individualizado para cada empreendimento da construtora), a consolidação da Alienação Fiduciária (mais garantias a credores) e correção de distorções tributárias no mercado imobiliário (isenção de IR sobre ganhos de capital quando a venda do imóvel é seguida de compra de outro em até 180 dias).

Já a agenda pós-crise global de 2008 foi de estímulo e subsídios à demanda, principalmente com aumento do crédito ao consumidor via bancos públicos, aliado a corte de taxas de juros. O estoque de crédito imobiliário que vinha crescendo em ritmo mais moderado, saltou de 1,8% do PIB no início de 2008 para o atual patamar de 8,9%. Como proporção da renda anual dos indivíduos, o crédito residencial saltou de 4% e para 16%.

Há uma diferença importante entre as duas agendas. Melhoras institucionais têm por objetivo reduzir o risco efetivo de crédito por meio, por exemplo, de melhores garantias ou menor risco jurídico. Políticas de estímulo e subsídios, por outro lado, apenas transferem o risco para uma terceira parte, muitas vezes o governo, com implicações fiscais.

O estímulo excessivo da demanda veio acompanhado de significativa valorização dos imóveis, com os preços atingindo alta recorde de 30% anual em meados de 2011, segundo a Fipe. A oferta reagiu rapidamente, bem como os custos do setor. Os salários na construção civil passaram a crescer em ritmo acelerado, com ajustes acima de 10% ao ano em média entre 2011 e 2013. Preços de insumos, de equipamentos e da terra também ficaram mais pressionados. As margens das construtoras não tardaram a comprimir.

O mercado começou a estrangular quando a demanda passou a dar sinais de arrefecimento, por conta da excessiva valorização dos imóveis e a desaceleração da economia.

A reação do governo foi tentar novamente estimular a demanda via maior oferta de crédito imobiliário. As concessões para pessoa física aceleraram, atingindo alta de 50% ao ano em meados de 2013. Além disso, em 2013 o governo elevou de R$ 500 mil para até R$750 mil o valor do imóvel para saque dos recursos do FGTS e o valor da casa própria a ser financiado dentro do Sistema Financeiro da Habitação. Tentativas para manter a bicicleta rodando.

A bicicleta está parando. A demanda por imóveis está caindo com o menor dinamismo do mercado de trabalho e com o aumento recente de inadimplência na economia, de empresas e indivíduos. No segmento residencial, pesquisa do Banco Central mostra recuo da demanda. Numa escala de -2 a +2, o indicador está em zero nos dois primeiros trimestres de 2014, o que indica neutralidade, ante 0,72 na média de 2011, quando a pesquisa começou. Assim, as concessões de crédito mobiliário crescem agora a taxas anuais bem mais moderadas: 3,5% na média dos últimos três meses até junho ante 27% na média de 2013. Este movimento pode ainda se aprofundar até que as famílias consigam equilibrar suas finanças, num quadro de deterioração do mercado de trabalho em curso.

Como consequência, a alta de preços de imóveis arrefece, e traz consigo margens mais estreitas para as construtoras, que ainda enfrentam pressão de custos relevante. Sondagens na construção civil mostram que, diferente do quadro dos anos anteriores, quando os principais problemas enfrentados pelos empresários do setor eram a falta de trabalhador qualificado e o custo da mão-de-obra, agora esses problemas perdem espaço e passam a concorrer com a falta de demanda. Assim, recua a confiança do empresário do setor, com os índices da FGV e da CNI apontando o caminho do pessimismo.

O quadro de excesso de oferta em relação à demanda deve persistir por um tempo. Talvez comprometendo 2015 e até 2016, com repercussões sobre preços ainda por vir. Segundo especialistas, há quantidade importante de construções a serem entregues. Um cenário de queda de preços relativos (preços subindo menos que a taxa de inflação) nos vários segmentos do setor poderá ser inevitável. Ajuste de preços é peça central para equilibrar o mercado.

O impacto perverso sobre o mercado de trabalho já aparece. O setor que tanto se destacou na geração de empregos, potencializando a queda das taxas de desemprego nos últimos anos, agora sofre. Segundo o Ministério do Trabalho (RAIS/Caged), o emprego formal na construção civil, que representa 6% do total, cresceu apenas 1,2% em 2013 e está no campo negativo em 2014, ou seja, já ocorrem demissões líquidas no setor, após ter registrado altas média de ocupação líquida de 14% ao ano entre 2005 e 2011.

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Disclaimer

1. O atendimento de nossos clientes pessoas físicas e jurídicas (não institucionais) é realizado por agentes de investimento. Todos os agentes de investimento que atuam através da XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos Corretora”) encontram-se devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários. A relação completa de agentes de investimento da XP Investimentos Corretora pode ser consultada no site http://www.cvm.gov.br > Agentes Autônomos > Relação dos Agentes Autônomos contratados por uma Instituição Financeira > Corretoras > XP Investimentos e no site http:// www.xpi.com.br, da XP Investimentos. Na forma da legislação da CVM, o agente autônomo de investimento não pode administrar ou gerir o patrimônio de investidores. O agente de investimento é um intermediário e depende da autorização prévia do cliente para realizar operações no mercado financeiro.

2. Este relatório foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (´XP Investimentos Corretora´) e tem como único propósito fornecer informações que possam ajudar o investidor a tomar sua decisão de investimento. Este relatório não constitui oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data da divulgação deste relatório e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis.

3. O analista de investimento responsável pela elaboração deste relatório, em conformidade ao artigo 17, I, da Instrução Normativa CVM n. 483/10, declara que as recomendações expressas neste relatório refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à pessoa ou a instituição à qual está vinculado.

4. O analista de investimento está indiretamente envolvido na intermediação dos valores mobiliários objeto deste relatório, em conformidade ao artigo 17, II, c, da Instrução Normativa CVM n. 483/10. 5. A remuneração do analista de investimento responsável por este relatório é indiretamente influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela pessoa a que esteja vinculado, em conformidade ao artigo 17, II, e, da Instrução Normativa CVM n, 483/10.

6. Os instrumentos financeiros discutidos neste relatório podem não ser adequados para todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de cada investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A rentabilidade de instrumentos financeiros pode apresentar variações, e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste relatório em relação a desempenhos futuros. A XP Investimentos Corretora se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.

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11. Este relatório é baseado na avaliação dos fundamentos de determinadas empresas e dos diferentes setores da economia. A análise do ativo objeto do relatório utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento. 12. Este produto é indicado, sobretudo, a investidores cujo perfil haja sido definido como Moderado, Moderado-agressivo, Agressivo, de acordo com a Política de Suitability empregada pela XP Investimentos.

13. Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, dependendo das cotações nos mercados. O investimento em ações é um investimento de risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. O patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.

Referências

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