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A Ameaça à Diversidade Lingüí. üística. Tópicos. 1. Diversidade Lingüí

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(1)

A Amea

A Amea

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à

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Diversidade Ling

Diversidade Ling

üí

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stica

stica

E a Documenta

E a Documenta

ç

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ão

ão

como Resposta M

como Resposta M

í

í

nima

nima

Sebastian Drude

Museu P.E. Goeldi

CIELLA, 30 de março 2007, UFPA

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 2

-T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

7.

Documentação Lingüística

T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

7.

Documentação Lingüística

1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

x No mundo existem ca. 5.000–6.000 línguas x Não há um número exato, porque a

diferenciação entre língua e dialeto é variável x As línguas pertencem a centenas de famílias

lingüísticas, e há muitas línguas isoladas x A distribuição é muito heterogênea

x Tamanho de comunidades de falantes varia muito, 1 – 1.000.000.000

(2)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 5

-1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

(Fonte: Ethnologue / SIL)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 6

-1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

(Fonte: Ethnologue / SIL)

1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

x No mundo existem ca. 5.000–6.000 línguas x Não há um número exato, porque a

diferenciação entre língua e dialeto é variável x As línguas pertencem a centenas de famílias

lingüísticas, e há muitas línguas isoladas x A distribuição é muito heterogênea

x Tamanho de comunidades de falantes varia muito, 1 – 1.000.000.000

x Há uma paralela entre diversidade biológica e diversidade cultural e lingüística

1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

PORÉM: “Diversidade Lingüística” é

um conceito complicado:

x

O que é uma língua?

x

Qual é a unidade de medida?

Dialetos? Línguas? Famílias?

Segundo qual análise / estudo?

x

Qual é a unidade de referência?

Extensão geográfica?

Unidade Política?

População?

(3)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 9 -x Nas Américas há ca. 1.000 línguas

x No Brasil são ca. 170 línguas indígenas

x O tamanho mediano é ca. 200 falantes p. língua x Poucos falantes são típico para línguas nas

terras baixas tropicais (cf. Pápua, África Equat.)

1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 10

-1. Diversidade Ling

1. Diversidade Ling

üí

üí

stica

stica

Brasil: 170 2,464 300.000 0,0052 1.764 ~200

Diversidade ling. genética no Brasil:

x

Há mais do que 40 famílias diferentes

x

Pelo menos duas dessas famílias tem

maiores ramos ou sub-famílias

(os ‘troncos’ Tupí e Macro-Je)

x

Além disso há mais do que dez línguas

isoladas

1. Diversidade Ling

(4)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 - 13 - Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 14

-T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

7.

Documentação Lingüística

x Nas Américas há ca. 1.000 línguas x No Brasil são ca. 170 línguas indígenas

x O tamanho mediano é ca. 200 falantes p. língua x Poucos falantes são típico para línguas nas

terras baixas tropicais (cf. Pápua, África Equat.)

x Em 1500 eram possivelmente 1200+ línguas x Há várias línguas de uso restrito ou inativas x Muitas línguas já não se passam mais para a

próxima geração

2. Diversidade Amea

(5)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 17

-x

Muitas das línguas tem muito poucos

falantes

x

Para padrões Europeus, TODAS as

línguas indígenas no Brasil têm

pouquíssimos falantes!

x

Há quem defende que uma língua com

menos do que 1.000.000 não pode

sobreviver

2. Diversidade Amea

2. Diversidade Amea

ç

ç

ada

ada

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 18

-51

51-

-2. Diversidade Amea

2. Diversidade Amea

ç

ç

ada

ada

x

Muitas das línguas indígenas no Brasil

tem muito poucos falantes

x

Mesmo quando há ‘muitos’ falantes, em

vários casos a nova geração não aprende

mais a língua como língua materna

x

Em vários casos há somente (alguns)

velhos que falam (ou lembram) a língua

x

Em todos estes casos, a língua está em

vias de desaparecimento / extinção

2. Diversidade Amea

2. Diversidade Amea

ç

ç

ada

ada

Isto é uma tendência mundial:

x

Há estimas que 50% das línguas estão

em vias de extinção e vão desaparecer

até o fim do século

x

E mais 40% devem estar em vias de

extinção no final deste século

x

Assim, em 2150 teriamos somente

400-800 línguas no mundo

x

No Brasil? 30? 20?? 10???

2. Diversidade Amea

(6)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 21

-T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

7.

Documentação Lingüística

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 22

-3. O

3. O

patrimônio

patrimônio

: o que se perde

: o que se perde

Segundo a UNESCO:

A extinção de cada língua resulta na perda

irrecuperável de conhecimento singular

incorporado nas línguas por milhares de

anos, inclusive conhecimento ecológico.

Cada uma língua pode ser a chave para

responder uma pergunta científica.

Sem estas línguas, cientistas tem muito

menos evidência para aprender mais sobre

a estrutura e função das línguas do mundo,

e sobre a pre-história humana.

3. O

3. O

patrimônio

patrimônio

: o que se perde

: o que se perde

Os SUJEITOs da perda, segundo a UNESCO,

são os cientistas, e a humanidade em geral.

Falta o sujeito mais atingido: as comunidades

indígenas e seus descendentes.

Aqui entra a relação estreita entre língua e

cultura, e entre estes e a identidade.

De fato, a língua pode ser o emblema mais

marcante para a identidade individual e

especialmente a identidade de grupos.

x

Bruna Franchetto:

A agonia e a morte de uma língua resulta

em sérios danos à saúde intelectual de

seu povo, a suas tradições orais, suas

formas artísticas (poesia, música,

oratória), seu conhecimento, sua

ontologia e perspectiva cosmológica.

3. O

(7)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 25

-x

A individualidade da voz

x

A individualidade da fala / expressão

x

Vocabulários específicos

x

Dimensões da variabilidade lingüística:

z Tempo (períodos)

z Espaço geográfico (dialetos)

z Espaço social (socioletos, generoletos,...) z Situação comunicativa (registros, estilos) z Méio (escrito – oral – assobiado – sinais)

3. O

3. O

patrimônio

patrimônio

: o que se perde

: o que se perde

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 26

-x

Um indivíduo domina uma língua melhor

se ele/ela domina mais ‘idioletos’.

x

A diversidade significa riqueza!

x

Para cada variedade existe uma

comunidade de praticantes que se

reconhecem

x

Isto vale muito mais ainda para línguas

x

Imagine não mais ter com quem falar

a tua língua materna! Solidão...

3. O

3. O

patrimônio

patrimônio

: o que se perde

: o que se perde

x

No Brasil, falar uma língua indígena é a

prova mais forte de ser ‘índio’

x

Há vários povos que tentam recuperar

línguas ancestrais, inclusive como apoio

na luta por território tradicional

x

Usualmente os descendentes de índios

tribais procuram sua ‘identidade’ e

sentem falta de uma língua nativa

x

Com a língua se perde muito da cultura

3. O

3. O

patrimônio

patrimônio

: o que se perde

: o que se perde

T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

(8)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 29

-4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

í

nguas morrem

nguas morrem

x

Perda populacional

z Claro que há casos de genocídio

z Mas a demografia não pode ser o fator

decisivo – há pequenas comunidades com línguas vitais, e grandes com línguas em vias de extinção; o número de índios aumenta

z Povos indígenas com poucos ou sem falantes

x

Perda de falantes e da fala:

TROCA LINGÜÍSTICA

(language shift)

As comunidades / os falantes abandonam as línguas gradualmente

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 30

-4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

í

nguas morrem

nguas morrem

x

O declínio lingüístico usualmente é um

processo gradual, de um estado de uma

língua ser levemente ameaçada até as

etapas finais da agonia lingüística

x

O processo se manifesta em três níveis:

z

Fatores Externos

z

Conseqüências no uso

z

Conseqüências estruturais

4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

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nguas morrem

nguas morrem

x Causa principal: exploração e integração de áreas remotas, na escala mundial (“colonização”, hoje: “globalização”) e na escala nacional

x Grupos indígenas são marginalizados x Evangelização, demonizando a cultura

tradicional

x Sanções contra línguas minoritárias, pressão social até repressão declarada e chacinas x A língua nativa é visto como inferior e como

impecilho na ascenção social

x Falta de escolaridade em línguas indígenas

4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

í

nguas morrem

nguas morrem

Fatores externos:

x

Pressão política

x

Pressão econômica

x

Pressão religiosa

x

Pressão educacional

x

Migração

x

Mudança cultural

x

PERDA DE PRESTÍGIO

(9)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 33

-4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

í

nguas morrem

nguas morrem

Conseqüências no uso:

x

Surge o bilingüismo

x

Distribuição de domínios de fala

x

Esta é cada vez mais desfavorável:

A língua dominante ocupa mais espaço

x

Crucial é o domínio da interação com a

mais nova geração (nenéns, crianças)

x

Se este passa para a ling. dominante, a

língua é abandonada e fica moribunda

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 34

-4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

í

nguas morrem

nguas morrem

Conseqüências estruturais:

x

O léxico não se desenvolve ou se recolhe

x

Code-switching causa reestruturações

x

Simplificações na estrutura (normal em

situações de contato)

x

Reduções da estrutura (anormal,

comprometem a funcionalidade)

x

Diminui a proficiência dos bilíngües

x

Variações exageradas

4. Porque e como as l

4. Porque e como as l

í

í

nguas morrem

nguas morrem

Resumido:

x Uma língua está ameaçada desde que ela está em contato com uma língua mais dominante (isto é, em uma situação de diglossia)

x A distribuição de domínios no presente e no futuro define a vitalidade lingüística

x Quando a transmissão para a próxima geração acaba, a língua entra nas etapas finais do

declínio, em agonia, está em vias de extinção

x Morre quando não há mais domínios (uso)

x Está extinta quando não há mais falante nativo

T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como e as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

(10)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 37

-5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

x

Há duas regiões marcadamente

multi-lingüísticas no Brasil: A. Xingú e Vaupés

x

São duas regiões de refúgio, afastadas

x

Nas duas, a língua / variedade é o

emblema principal dos diferentes grupos

x

Tiveram padrões culturais diferentes

x

Tiveram histórias de contato diferentes

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 38

-5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xing

ú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

é

s

s

Xingú: Três famílias e uma líng. isolada x Aruak: Waurá, Mehinaku, Yawalapiti x Karib: Kuikuro, Kalapalo, Nahukwa, Matipu x Tupí: Kamayurá, Awetí x

x Trumai (isolada)Trumai (isolada)

5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

Padrões culturais do Xingú:

x

Endogamia lingüística preferida

x

Vale a língua da aldeia de moradia

x

Sistema multi-lingüíst. no nível regional

x

Muitos são bilíngües passivos (matern.)

História de contato do Xingú:

x

Pacífica, mas doenças reduziram a

população dramaticamente; fusão e

desaparecimento de alguns grupos

5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

Línguas em vias de extinção no Xingú:

x

Yawalapiti

z minoritária na própria aldeia

z Substituição por Kuikuro, Kamayurá z 15 falantes, nenhuma criança

x

Trumai

z Contato intensivo com o Português

z Três aldeias, em cada uma dúzia de falantes z A língua dominante é o Português

(11)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 41

-5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

As outras línguas: estáveis mas ameaçadas

x

Português ocupa novos e velhos domínios:

z Educação, saúde, comunicação com ‘brancos’ z Comunicação intertribal (domínio antigo!!)

x

Domínios de prestígio se perdem:

Cantos, fala do chefe, narrativas

x

Jovens tem muito interesse pela vida

nas cidades, tecnologia... Æ migração?

x

Atividade missionária

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 42

-5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

Vaupés: Línguas Tucano:

Barasana, Desana, Eduria/Taiwano, Karapana,

Kubeo, Makuna, Waikhana (Piratapuyo),

Siriano, Tatuyo, Tukano, Tuyuka, Wanano,

Yurutí, Bará Tanimuka/Retuarã

Vaupés: Línguas Arawak:

Tariana, Baré, Baniwa, Coripako

Línguas Makú

(fora do sistema Vaupés):

Hup, Yuhup, Kakua, Nukak

5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

Padrões culturais do Vaupés:

x Exogamia lingüística preferida

x Vale a língua do pai (= a aldeia de moradia) x Sistema multi-lingüíst. no nível individual x Todos são multilíngües ativos

História de contato do Vaupés:

x Escravidão, fugas p. áreas remotas x Constante ação missionária

(12)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 45

-5. Exemplos: o Alto Xing

5. Exemplos: o Alto Xingú

ú

e o Vaup

e o

Vaupé

és

s

Línguas em via de extinção no Vaupés:

x

Tariana Æ Tukano

z Pressão dos Tukano que fugiram z Substituição por Tucano pela missão z 100 falantes, quase nenhuma criança

x

Waikhana Æ Tukano

z Casam principalmente com fal. de Tukano z Perto da missão, fuga e dispersão

z Migração para as ‘cidades’ por educação

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 46

-T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como e as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

7.

Documentação Lingüística

6. O que fazer? : Respostas

6. O que fazer? : Respostas

O futuro das línguas indígenas

x

Muitas línguas vão desaparecer

x

Um futuro possível está em um

bi- ou multilingualismo estável

x

Para isso muitos domínios precisam

ser ocupados pela língua nativa

x

Imprescindível: Orgulho de ser

diferente

x

Ver multiligualidade como vantagem

6. O que fazer? : Respostas

6. O que fazer? : Respostas

O que precisa ser feito no nível nacional

x

Precisamos conhecer melhor a situação

das línguas – levantamento

x

Apoiar a pesquisa e centros regionais

x

Investir na formação de lingüistas,

inclusive de lingüistas indígenas

(cf. Maria Pankararu, Rogério Ferreira da Silva )

x

Reconhecer as línguas como patrimônio e

assumir a tarefa de protegê-las

(13)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 49

-6. O que fazer? : Respostas

6. O que fazer? : Respostas

O que

o pesquisador pode fazer

x

Conscientizar os índios e outros do risco

x

Desenvolver um planejamento lingüístico:

z Domínios a serem (re)tomadas

z Léxico a ser desenvolvido

z Ajudar estabelecer a língua na educação z Desenvolver a escrita, materiais

x

Documentar a língua e cultura

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 50

-T

T

ó

ó

picos

picos

1.

Diversidade Lingüística

2.

Diversidade Ameaçada

3.

O ‘patrimônio’ : o que se perde

4.

Porque e como e as línguas morrem

5.

Exemplos: o Alto Xingú e o Vaupés

6.

O que fazer? : Respostas

7.

Documentação Lingüística

7.

7.

Documenta

Documenta

ç

ç

ão Ling

ão Ling

üí

üí

stica

stica

x Desde 1992 o problema é percebido e

discutido entre os lingüistas

x Pelo menos é possível DOCUMENTAR,

inclusive para uma possível revitalização

x Um novo ramo: a lingüística documentacional

x ‘Documentação’ ganha um novo sentido,

diferente de uma gramática e um dicionário (descrição)

x Criação de acervos sustentáveis digitais que

registram o uso da língua

x

A partir dos anos 90 surgem programas

de documentação de línguas ameaçadas

x

Alguns dos maiores hoje são:

z DOBES (VWS, Alemanha) z ELDP (SOAS, London) z EMELD (LinguistList) z AILLA (U. Texas)

z PARADISEC (Australia) z LACITO (França)

z LDA (LDC, U. Pennsylvania) z ELF (Yale U.)

7. Documenta

(14)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 53 -x DOBES (

DOkumentation BEedrohter

Sprachen

, documentação de línguas

ameaçadas) é uma iniciativa da Fundação Volkswagen

x A Fundação NÃO é relacionada à empresa x Começou em 2000 com 8 projetos e um

projeto tecnológico no Instituto Max Planck / Nijmegen

x No início resolvemos questões metodológicas x Até agora são mais que 35 projetos de

documentação dentro do programa DOBES

7. Documenta

7. Documenta

ç

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ão Ling

ão Ling

üí

üí

stica

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Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 54

-O Brasil no Programa D-OBES

7. Documenta

7. Documenta

ç

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ão Ling

ão Ling

üí

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7. Documenta

7. Documenta

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ão Ling

ão Ling

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stica

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Entre estes tem 3 projetos no Alto Xingú:

x Kuikuro (Karib, Bruna Franchetto,

Museu Nacional / UFRJ)

x Trumai (isolada, Raquel Guirardello,

MPI Nijmegen & Museu Goeldi)

x Awetí (Tupí, Sebastian Drude,

Freie Univ. Berlin & Museu Goeldi)

Agora há mais um projeto sobre línguas do Brasil:

x Mawé (Tupí), Bakairí, Kashuyana (Karib)

(Sérgio Meira, Leiden & Museu Goeldi)

7. Documenta

(15)

Sebastian Drude Diversidade Lingüística e Documentação 03/07 57

-O que é uma documentação lingüística?

x Uma documentação moderna contém um corpus de dados primários (gravações em áudio e vídeo) de textos de uma grande variedade de domínios

x Os textos devem ser organizados conforme seu conteudo e acompanhados por anotações x O mínimo de anotações em DOBES são

uma transcrição e uma tradução

x Uma documentação deve ser digital em

formatos estandardizados e permanentes, e

acessível ao grande público, p.ex. via a

internet

7. Documenta

7. Documenta

ç

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ão Ling

ão Ling

üí

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A Amea

A Amea

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Diversidade Ling

Diversidade Ling

üí

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stica

stica

E a Documenta

E a Documenta

ç

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ão

ão

como Resposta M

como Resposta M

í

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nima

nima

Sebastian Drude

Museu P.E. Goeldi

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