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Um Estudo Comparativo de. Algoritmos Genéticos e Beam Search para o Problema de Alocação de Células de Telefonia Celular

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Academic year: 2021

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Um Estudo Comparativo de

Algoritmos Genéticos e Beam Search para o

Problema de Alocação de Células de Telefonia Celular

Anibal Tavares de Azevedo

e Cassilda Maria Ribeiro

Resumo: Este cap´ıtulo apresenta o problema de atribui¸c˜ao de c´elulas `as centrais de telefonia m´ovel. Este problema ´e conhecido como um problema de otimiza¸c˜ao NP-completo. Isto significa que ainda n˜ao se encontrou um m´etodo de otimiza¸c˜ao exato que seja capaz de encontrar a solu¸c˜ao ´otima do problema num tempo computacional razo´avel. Uma alternativa para a solu¸c˜ao deste tipo de problema ´e a utiliza¸c˜ao de m´etodos heur´ısticos, pois eles permitem que se encontre uma solu¸c˜ao de boa qualidade num tempo computacional bastante satisfat´orio. Trˆes heur´ısticas s˜ao apresentadas para resolver este problema, sendo duas baseadas em Algoritmos Gen´eticos e uma relacionada ao Beam Search. Os resultados mostram a qualidade das solu¸c˜oes produzidas por cada m´etodo tanto em termos num´ericos como atrav´es de uma an´alise gr´afica da aloca¸c˜ao de c´elulas para cada central. E observado o melhor desempenho do Beam´ Search devido a capacidade deste m´etodo em lidar com problemas cujas solu¸c˜oes devem atender muitas restri¸c˜oes.

Palavras-chave: Rede de telefonia celular, Otimiza¸c˜ao combinat´oria, Beam search, Algoritmo gen´etico. Abstract: This chapter presents the optimization problem of cell assignment to switches in a cellular mobile network. This optimization problem is known to be NP-Complete. It means, until now, it can not be solved by exact optimization algorithms, so the alternative is the heuristic methods, which can practically lead to good feasible solutions to problems of a certain size in a satisfactory computational time. Three heuristics are presented to solve these problems such that two of them are based on Genetic Algorithms and one is the Beam Search. It is also presented the solutions for each approach in terms of numerical and visualization of the cellular allocation for each central. We observed that the Beam Search Method always produces the best solutions. A possible explanation is the fact that the Beam Search Method is especially designed to deal with severely constrained problems.

Keywords: Cellular mobile network, Combinatorial optimization, Beam search, Genetic algorithm.

1. Introdução

Uma rede sem fio capaz de oferecer diferentes servi¸cos tais como: voz, v´ıdeo, correio eletrˆonico, etc; e acess´ıvel a partir de um terminal ´unico ´e chamada Rede de Comunica¸c˜ao Pessoal (RCP). Os diferentes servi¸cos da RCP s˜ao oferecidos por regi˜oes. Essas regi˜oes, tamb´em chamadas de zona de cobertura, s˜ao divididas em pequenas ´

areas geogr´aficas denominadas de c´elulas. As c´elulas s˜ao, ent˜ao, as unidades b´asicas do sistema de telefonia celular t´ıpica. Cada c´elula ´e respons´avel pelos servi¸cos oferecidos (cobrir) a um certo n´umero de assinantes. Para tanto, em cada c´elula existe uma esta¸c˜ao b´asica (antena) que faz a comunica¸c˜ao entre os assinantes pertencentes `a mesma c´elula. Al´em disto, cada c´elula est´a conectada a uma central de telefonia m´ovel (central de comuta¸c˜ao) que ´e a respons´avel por fazer as liga¸c˜oes entre os assinantes de duas c´elulas diferentes. Cada central de telefonia m´ovel tem capacidade de comutar um determinado n´umero de assinantes. Assim, v´arias c´elulas podem ser conectadas a uma mesma central, bastando que se respeite a capacidade m´axima da mesma. Contudo, uma c´elula n˜ao pode estar conectada a duas ou mais centrais ao mesmo tempo.

As c´elulas possuem, por raz˜oes de c´alculos, o formato hexagonal, formando algo parecido com uma colm´eia de abelhas. O raio deste hex´agono varia de acordo com o n´umero de assinantes por unidade de superf´ıcie (1, 2, 4, 8, 16 e 32 quilˆometros). No exemplo da Figura1 as c´elulas A e B est˜ao conectadas `a central telefˆonica 1 e as c´elulas C e D est˜ao conectados `a central telefˆonica 2.

Autor para contato: anibal.azevedo@fca.unicamp.br

(2)

Figura 1. Divis˜ao do sistema de telefonia celular em c´elulas.

As antenas situadas nas c´elulas utilizam canais de r´adio para fazer a comunica¸c˜ao entre os assinantes da rede de telefonia m´ovel e, para evitar interferˆencias, os grupos de canais de r´adios utilizados por duas c´elulas adjacentes s˜ao diferentes.

Quando um usu´ario em comunica¸c˜ao se move de uma c´elula para outra, a esta¸c˜ao b´asica (antena) da nova c´elula tem a responsabilidade de manter a comunica¸c˜ao deste usu´ario, devendo para isto alocar para ele um novo canal de r´adio. A transferˆencia de comunica¸c˜ao de uma esta¸c˜ao b´asica para outra ´e chamada (em inglˆes) de handoff. O mecanismo que envolve a transferˆencia de um usu´ario entre duas esta¸c˜oes b´asicas (c´elulas) ocorre quando o n´ıvel do sinal recebido do usu´ario fica muito fraco. Existem dois tipos de handoff. No exemplo da Figura1, quando o usu´ario se move da c´elula A para a B, o handoff ´e chamado de simples porque as duas c´elulas est˜ao conectadas `a mesma central telefˆonica de comuta¸c˜ao, e o custo induzido para se fazer a transferˆencia de A para B n˜ao ´e elevado. Por outro lado, quando o usu´ario se move da c´elula A para a c´elula C, o handoff ´e dito complexo e custo induzido para se fazer esta transferˆencia ´e alto, pois as duas centrais de comuta¸c˜ao (1 e 2) devem estar ativas durante o processo de handoff e a base de dados contendo informa¸c˜oes sobre os assinantes deve ser atualizada.

O Problema de Atribui¸c˜ao de C´elulas a Centrais (PACA) consiste em atribuir n c´elulas a m centrais telefˆonicas de comuta¸c˜ao de modo ´otimo, isto ´e, encontrar uma atribui¸c˜ao de c´elulas a centrais que respeite certas restri¸c˜oes e minimize o custo total de opera¸c˜ao. Na minimiza¸c˜ao do custo total de opera¸c˜ao, dois fatores devem ser considerados. O primeiro deles ´e o custo da liga¸c˜ao entre os assinantes das c´elulas e a central de comuta¸c˜ao na qual elas est˜ao conectadas. Este custo ´e chamado de custo de cabeamento. O segundo fator ´e o custo gerado pelo handoff entre c´elulas.

O PACA tal como formulado porMerchant & Sengupta(1995) ´e um problema NP-Completo e, portanto, de dif´ıcil solu¸c˜ao. Aqui ser˜ao apresentadas duas vers˜oes de um algoritmo gen´etico e uma vers˜ao do algoritmo Beam Search para resolu¸c˜ao do PACA. A primeira vers˜ao do Algoritmo Gen´etico usa uma estrat´egia de factibiliza¸c˜ao das solu¸c˜oes e a segunda usa uma estrat´egia de penaliza¸c˜ao. Ser˜ao apresentadas compara¸c˜oes entre as duas vers˜oes do Algoritmo Gen´etico e o Beam Search.

2. O Problema de Atribuição de Células a Centrais

Uma das tarefas mais importantes no planejamento de redes de telefonia celular m´ovel ´e encontrar uma atribui¸c˜ao de c´elulas `as centrais telefˆonicas de comuta¸c˜ao que seja ao mesmo tempo barata e eficaz. O que se pretende ent˜ao ´e encontrar uma atribui¸c˜ao de c´elulas `as centrais que respeite algumas restri¸c˜oes e minimize o custo total de opera¸c˜ao considerando dois fatores. O primeiro fator a ser considerado ´e o custo da liga¸c˜ao entre os assinantes das c´elulas e a central telefˆonica `a qual elas est˜ao conectadas (custo de cabeamento). Este custo depende da distˆancia entre a c´elula e sua central. O segundo fator ´e o custo gerado pelo handoff entre c´elulas. Assim, uma atribui¸c˜ao l´ogica ´e fazer com que duas c´elulas sejam conectadas a uma mesma central telefˆonica se a frequˆencia do handoff entre elas ´e alta.

O problema de se atribuir n c´elulas a m centrais numa rede de telefonia celular ´e um problema NP-completo (AbuAmara et al., 2006) e, por isto, de modo geral os m´etodos de busca exaustiva n˜ao s˜ao adequados para resolvˆe-los. Para se encontrar a solu¸c˜ao ´otima deste problema atrav´es de uma busca exaustiva, seria necess´ario examinar todo o espa¸co de solu¸c˜oes poss´ıveis. Por exemplo, para uma rede com 150 c´elulas e 4 centrais telefˆonicas; rede esta considerada de tamanho m´edio; seria necess´ario examinar (4150) solu¸oes poss´ıveis.

Utilizando-se um computador capaz de examinar uma solu¸c˜ao a cada 1ns, seriam necess´arios 6, 46 × 1073anos

para examinar todas as solu¸c˜oes poss´ıveis. Este problema vem sendo bastante estudado e devido `a dificuldade de se resolvˆe-lo os m´etodos utilizados na sua resolu¸c˜ao s˜ao invariavelmente as heur´ısticas.

Um dos primeiros a propor um modelo e uma heur´ıstica para a resolu¸c˜ao do problema de atribui¸c˜ao de c´elulas a centrais foi Merchant & Sengupta (1995), depois Saha et al. (2000) apresentaram algumas heur´ısticas e fizeram algumas compara¸c˜oes com as heur´ısticas j´a existentes, comparando inclusive com a heur´ıstica de Merchant & Sengupta (1995). Hedible & Pierre (2000) estudaram este problema de maneira sistem´atica e usaram a Busca Tabu (Houeto & Pierre,2002), algoritmos gen´eticos (Hedible & Pierre, 2000)

(3)

e Simulated Annealing (Quintero & Pierre, 2003). Algoritmos combinando duas ou mais t´ecnicas de solu¸c˜ao tamb´em j´a foram propostas. Na abordagem proposta por Menon & Gupta (2002) a t´ecnica de Gera¸c˜ao de Colunas ´e combinada com a meta-heur´ıstica Simulated Annealing. Houeto & Pierre (2002) propuseram um Algoritmo Mem´etico e na compara¸c˜ao com o Busca Tabu obtiveram melhores resultados para problemas de tamanho m´edio e grande. Salom˜ao(2005) propˆos um m´etodo de gera¸c˜ao de colunas eAbuAmara et al.(2006) propuseram uma heur´ıstica usando t´ecnicas de computa¸c˜ao evolutiva.

2.1 Formulação matemática do problema

O problema de atribui¸c˜ao de c´elulas a centrais de comuta¸c˜ao foi formulado porMerchant & Sengupta(1995) como um problema de programa¸c˜ao inteira com vari´aveis zero-um como mostrado a seguir.

Sejam n c´elulas que devem ser atribu´ıdas a m centrais de comuta¸c˜ao. ´E assumido que a localiza¸c˜ao das c´elulas e das centrais ´e fixa e conhecida.

Sejam Hij e Hij0 respectivamente os custos por unidade de tempo dos handoffs simples e complexo que

ocorrem entre as c´elulas i e j (i, j = 1, · · · , n). As taxas de handoffs entre c´elulas podem ser estimadas usando-se ou as estat´ısticas de medi¸c˜ao do tr´afego de chamadas existentes nos sistemas, ou modelos anal´ıticos e de simula¸c˜ao (Alonso et al.,1992;Nanda,1993). Portanto, ´e assumido que os custos de handoffs s˜ao conhecidos e proporcionais `a freq¨uˆencia de handoffs que ocorrem entre as c´elulas i e j.

Seja ciko custo de cabeamento por unidade de tempo entre a c´elula i e a central de comuta¸c˜ao k. Seja λi

o n´umero de chamadas que a c´elula i faz por unidade de tempo e seja Mka capacidade da central k de efetuar

chamadas. O objetivo deste problema consiste em atribuir cada c´elula a uma central de modo a minimizar o custo total por unidade de tempo. Esse custo tem dois componentes: o custo do handoff por unidade de tempo e o custo de cabeamento entre as c´elulas e as centrais. A otimiza¸c˜ao deste problema deve ser feita de modo que a capacidade m´axima de cada central n˜ao seja violada e que cada c´elula seja atribu´ıda a uma ´unica central.

Seja xik a vari´avel que representa a atribui¸c˜ao de uma c´elula i `a uma central k. Assim pode-se escrever

que xik= 1 se a c´elula i for atribu´ıda `a central k e zero caso contr´ario. Como cada c´elula s´o pode ser atribu´ıda

`

a uma ´unica central, tem-se a restri¸c˜ao dada pela Equa¸c˜ao (1).

m

X

k=1

xik= 1, ∀i = 1, · · · , n. (1)

A restri¸c˜ao de capacidade das centrais de efetuar as chamadas ´e dada pela Equa¸c˜ao (2).

m

X

k=1

λixik≤ Mk, ∀k = 1, · · · , m. (2)

O custo total de cabeamento ´e dado pela Equa¸c˜ao (3).

n X i=1 m X k=1 cikxik (3)

Para se definir os custos de handoff foram criadas as vari´aveis dadas pela Equa¸c˜ao (4).

zijk= xikxjk, ∀i, j = 1, · · · , n, ∀k = 1, · · · , m (4)

Observe que a Equa¸c˜ao (4) ´e tal que zijk = 1 se as c´elulas i e j s˜ao conectadas na mesma central de

comuta¸c˜ao k e zijk = 0 caso contr´ario. Deste modo, pode-se definir a Equa¸c˜ao (5).

yij = m

X

k=1

zijk= 1, ∀i, j = 1, · · · , n (5)

A partir da Equa¸c˜ao (5) ´e poss´ıvel verificar que se yij = 1, ent˜ao, as c´elulas i e j est˜ao conectadas `a mesma

central de comuta¸c˜ao e se yij = 0, ent˜ao, as c´elulas i e j est˜ao conectadas a centrais distintas. Assim, o custo

(4)

n X i=1 m X k=1 cikxik+ n X i=1 n X j=1 Hijyij+ n X i=1 n X j=1 Hij0 (1 − yij) (6)

SegundoHedible & Pierre(2000), o custo do handoff simples Hij pode ser considerado irrelevante quando

comparado ao custo do handoff complexo Hij0 . Fazendo-se, ent˜ao, hij = Hij0 − Hij, substituindo-o em (6) e

desconsiderando a parte constante, a fun¸c˜ao objetivo a ser minimizada ´e dada pela Equa¸c˜ao(7).

n X i=1 m X k=1 cikxik+ n X i=1 n X j=1 hij(1 − yij) (7)

As restri¸c˜oes (4) e (5) s˜ao condi¸c˜oes de igualdade que foram usadas para definir as vari´aveis zijk e yij.

Assim, zijk pode ser substitu´ıda em (5) de modo a se obter a equa¸c˜ao yij= m

X

k=1

xikxjk, que por sua vez pode

ser substitu´ıda na fun¸c˜ao objetivo. Com estas modifica¸c˜oes o problema pode ser formulado como dado por (8). min n X i=1 m X k=1 cikxik+ n X i=1 n X j=1 hij− n X i=1 n X j=1 m X k=1 hijxikxjk sujeito `a: m X k=1 xik= 1, ∀i = 1, · · · , n n X i=1 λixik≤ Mk, ∀k = 1, · · · , m xik= 0ou1, ∀i = 1, · · · , n, ∀k = 1, · · · , m (8)

Na formula¸c˜ao (8), note que as restri¸c˜oes (4) e (5) foram integradas na fun¸c˜ao objetivo e por isto puderam ser eliminadas do problema tal que o problema ´e n˜ao-linear. Este problema tem sido resolvido como um problema de Programa¸c˜ao Linear Inteira (Menon & Gupta, 2002; Merchant & Sengupta, 1995; Salom˜ao,

2005). Para isto basta que n˜ao se incorpore as restri¸c˜oes (4) e (5) `a fun¸c˜ao objetivo, mas ao se proceder deste modo, o problema, que j´a ´e grande, torna-se ainda maior, pois para cada vari´avel zijk s˜ao acrescentadas mais

quatro restri¸c˜oes.

Neste cap´ıtulo s˜ao propostos trˆes algoritmos para resolver o PACA. Os algoritmos utilizam formula¸c˜ao matem´atica mostrada anteriormente, sem transform´a-lo em um problema linear. Dois dos algoritmos que ser˜ao apresentados s˜ao do tipo Algoritmo Gen´etico e o outro ´e um Beam Search.

3. Algoritmos Genéticos

Os algoritmos gen´eticos (AGs) foram introduzidos porHolland(1975). Tratam-se de algoritmos de busca geral cujo funcionamento baseia-se nos mecanismos existentes na gen´etica e na teoria da evolu¸c˜ao natural. A id´eia apresentada por Holland despertou o interesse de outros autores tais como Goldberg (1989) e Michalewicz

(1996) que aprofundaram os conceitos e t´ecnicas envolvendo os AGs. Foi Goldberg (1989) quem descreveu a forma usual dos algoritmos gen´eticos como sendo t´ecnicas de busca estoc´astica baseadas no mecanismo de sele¸c˜ao natural e gen´etica natural.

Os AGs se diferenciam das t´ecnicas convencionais de pesquisa na medida que eles utilizam um conjunto aleat´orio de solu¸c˜oes iniciais chamado popula¸c˜ao. A popula¸c˜ao ´e ent˜ao um conjunto de indiv´ıduos ou cromossomos sendo que cada cromossomo representa uma solu¸c˜ao para o problema. Cada cromossomo ´e ent˜ao, uma sequˆencia de s´ımbolos chamada de genes. O gene ´e a menor unidade de informa¸c˜ao em um cromossomo e cada gene representa uma vari´avel da solu¸c˜ao do problema. Os cromossomos ou indiv´ıduos (solu¸c˜oes) evoluem atrav´es de sucessivas itera¸c˜oes, chamada gera¸c˜ao. Durante cada gera¸c˜ao (itera¸c˜ao), os cromossomos s˜ao avaliados atrav´es de uma fun¸c˜ao de avalia¸c˜ao tamb´em chamada de fitness. A pr´oxima gera¸c˜ao (itera¸c˜ao) ´e obtida com a cria¸c˜ao de um novo cromossomo que pode ser formado de dois modos:

• Utilizando um operador de crossover (ou cruzamento) que mescla dois cromossomos da gera¸c˜ao atual; • Modificando o cromossomo atrav´es de um operador de muta¸c˜ao.

(5)

Uma nova gera¸c˜ao (t + 1) ´e ent˜ao formada selecionando, de acordo com a avalia¸c˜ao dos cromossomos (solu¸c˜oes), alguns dos pais e descendentes gerados e rejeitando outros cromossomos, de modo a manter as popula¸c˜oes com tamanhos constantes. Depois de v´arias gera¸c˜oes, o algoritmo converge para o melhor cromossomo, o qual se espera que represente uma solu¸c˜ao ´otima ou pr´oxima ao valor ´otimo para o problema. Por ser uma ferramenta de prop´osito geral, o Algoritmo Gen´etico pode ser aplicado a problemas cuja estrutura inviabiliza a aplica¸c˜ao de m´etodos exatos, tal como o problema de aloca¸c˜ao de c´elulas de telefonia celular cuja formula¸c˜ao apresenta um problema combinat´orio. A Figura2, a seguir, mostra a estrutura geral do Algoritmo Gen´etico utilizada para resolver o PACA tal que S(t) =S1, S2, · · · , Sb ´e uma popula¸c˜ao de b indiv´ıduos de

uma (itera¸c˜ao) gera¸c˜ao t.

Figura 2. Estrutura geral de um algoritmo gen´etico.

3.1 Representação dos cromossomos para o PACA

Os AGs tˆem como princ´ıpio a evolu¸c˜ao atrav´es de gera¸c˜oes de uma popula¸c˜ao de indiv´ıduos (ou cromossomos). Indiv´ıduos nada mais s˜ao do que uma poss´ıvel solu¸c˜ao do problema, ou seja, s˜ao pontos dispostos dentro do universo de busca da solu¸c˜ao ´otima. Deste modo, a primeira coisa a ser definida na implementa¸c˜ao de um algoritmo gen´etico ´e como codificar um indiv´ıduo, isto ´e, como cada indiv´ıduo da popula¸c˜ao representa uma solu¸c˜ao para o PACA. Aqui, a representa¸c˜ao de cada indiv´ıduo da popula¸c˜ao S(t) foi feita atrav´es de um vetor s cujo elemento st

j= k indica que a antena j foi alocada para central k tal como dado na Figura 3.

Figura 3. Codifica¸c˜ao que relaciona uma solu¸c˜ao do PACA com um cromossomo do AG.

Ent˜ao, a cada gera¸c˜ao (itera¸c˜ao t) uma popula¸c˜ao com b indiv´ıduos (solu¸c˜oes), pode ser armazenada em uma matriz S(t) de dimens˜ao (n × b), onde n ´e o n´umero de antenas e b os indiv´ıduos da gera¸c˜ao t. De modo geral pode-se adotar b como sendo igual ao n´umero de antenas n. Assim, cada coluna com q = 1, · · · , n da matriz representa uma solu¸c˜ao (indiv´ıduo) para o problema de aloca¸c˜ao de antenas na gera¸c˜ao t. Ent˜ao, cada elemento st

j,q da matriz S(t), representa a decis˜ao tomada na gera¸c˜ao t de se atribuir a antena j a uma central

k, isto ´e, St

j,q= k. A Figura 4mostra a matriz S(t), para um exemplo com duas centrais e 4 antenas. Nesta

figura supondo t = 1, os genes do individuo 1 s˜ao os elementos da primeira coluna da matriz S(t). Assim, nesta coluna s1

1,1 = 2 significa que a antena A1 foi atribu´ıda a central 2 na gera¸c˜ao 1, s12,1 = 1 significa que

a antena A2 foi atribu´ıda a central 1 na gera¸c˜ao 1, s13,1= 1 indica que a antena A3 foi atribu´ıda a central 1 na gera¸c˜ao 1 e assim por diante. Neste exemplo considerou-se o n´umero de indiv´ıduos iguais ao n´umero de antenas, isto ´e, b = 4.

(6)

Figura 4. Representa¸c˜ao das b melhores solu¸c˜oes atrav´es da matriz S(t).

O n´umero de indiv´ıduos de uma popula¸c˜ao deve ser escolhido em fun¸c˜ao do problema a ser resolvido. Com um n´umero muito baixo de indiv´ıduos, o universo de busca pode ser representado de maneira muito pobre. J´a com um n´umero muito grande de indiv´ıduos, o tempo computacional pode se tornar invi´avel. (Haupt,

2000) fez um estudo sobre como identificar o n´umero ideal de indiv´ıduos. No PACA, uma boa escolha ´e ter, no m´ınimo, o n´umero de centrais. Testes computacionais para instˆancias de pequeno porte indicam que um tamanho adequado para a popula¸c˜ao ´e de 50 indiv´ıduos desde que combinado com operadores de muta¸c˜ao apropriados.

Definindo que uma solu¸c˜ao para o PACA est´a associada a uma coluna Sq da matriz S(t) de popula¸c˜ao, isto ´e, Sq=st1,q, s2,qt , · · · , stn,q com sti,q , onde i refere-se a antena; k refere-se `a central onde a antena i foi

atribu´ıda e q refere-se `a coluna da matriz S(t).

Uma das formas mais frequentes de codifica¸c˜ao de solu¸c˜ao utilizada na literatura ´e a bin´aria, mas neste trabalho foi utilizada uma codifica¸c˜ao de solu¸c˜ao do tipo inteira. Este tipo de codifica¸c˜ao foi escolhido pois a codifica¸c˜ao bin´aria demanda um vetor de solu¸c˜oes de maior tamanho. Observe tamb´em que uma vez obtida uma solu¸c˜ao Sq, fica f´acil de se obter dos valores das vari´aveis x

ik do problema dado pela Equa¸c˜ao (8), pois

xik = 1 para todo gene sti,q = k representado no individuo Sq e xik = 0, caso contr´ario. A obten¸c˜ao dos

valores das vari´aveis xik se faz necess´ario para se calcular o valor da fun¸c˜ao objetivo durante ao execu¸c˜ao do

algoritmo.

3.2 Tratamento das restrições

Uma vez definida a codifica¸c˜ao das solu¸c˜oes ´e preciso pensar em como respeitar as restri¸c˜oes do PACA, ou seja, a atribui¸c˜ao de antenas `as centrais deve ser feita de modo que o total de assinantes atribu´ıdos a uma central n˜ao ultrapasse sua capacidade. Para tanto, foram estabelecidas duas estrat´egias de atribui¸c˜oes e cada qual est´a associada a um algoritmo gen´etico.

1. Estrat´egia de Factibiliza¸c˜ao: Toda vez que uma solu¸c˜ao infact´ıvel ´e gerada aplica-se um operador heur´ıstico de repara¸c˜ao (Din & Tseng,2002) que consiste nos seguintes passos.

• Passo 1: Para uma dada solu¸c˜ao infact´ıvel Sq, ordenar as centrais em ordem crescente de acordo

com a utiliza¸c˜ao de suas capacidades.

• Passo 2: Ap´os a ordena¸c˜ao, criar duas listas de centrais: uma lista L1 com k1 centrais em ordem

decrescente de viola¸c˜ao da capacidade e outra lista L2 com k2 centrais em ordem decrescente de

capacidade ociosa.

• Passo 3: Para i = 1, · · · , k1verificar se a i-´esima central de L1 pode ter sua capacidade respeitada

transferindo-se sua primeira atribui¸c˜ao de antena para a j-´esima central de L2(j = 1, · · · , k2) desde

que a j-´esima central n˜ao ultrapasse sua capacidade m´axima. Repetir este procedimento para a segunda antena alocada `a i-´esima central e assim por diante at´e que a central que estava infact´ıvel seja factibilizada. Ao se fazer isto, se a capacidade da j-´esima central se esgotar, passa-se para a pr´oxima central na lista L2 com capacidade dispon´ıvel.

2. Estrat´egia de Penaliza¸c˜ao: Seja Sq uma solu¸ao que produz uma infactibilidade g (Sq) relativa `as

restri¸c˜oes de capacidade. Adiciona-se ent˜ao uma penalidade p (Sq) ao valor da fun¸ao objetivo f (Sq)

para reduzir a probabilidade deste indiv´ıduo, que representa esta solu¸c˜ao, de participar da popula¸c˜ao da pr´oxima gera¸c˜ao. Esta estrat´egia foi inicialmente proposta porGoldberg(1989) e torna o problema irrestrito e a fun¸c˜ao objetivo passa a ser dada pela Equa¸c˜ao (9):

min f (Sq) + p (Sq) · g (Sq) (9) onde:

(7)

f (Sq) = n X i=1 m X k=1 cikxik+ n X i=1 n X j=1 hij− n X i=1 n X j=1 m X k=1 hijxikxjk, p (Sq) = 100  max i {cik} + maxi    m X j=1 hij     , g (Sq) = max ( 0, n X i=1 λixik− Mk )

A fun¸c˜ao de penaliza¸c˜ao p (Sq) ´e geral e n˜ao depende de ajustes para cada instˆancia em quest˜ao, pois foi

constru´ıda de modo que a penalidade ´e calculada considerando os custos de cabeamento (cik) e handoff

(hij), bem como das capacidades das centrais (Mk) de cada instˆancia. 3.3 Função de avaliação (fitness)

O terceiro passo a ser realizado ´e definir a fun¸c˜ao de avalia¸c˜ao da solu¸c˜ao, ou seja, a fun¸c˜ao de fitness. Ela ´

e respons´avel por estabelecer uma rela¸c˜ao de ordem entre os indiv´ıduos de uma popula¸c˜ao para uma dada gera¸c˜ao t. A fun¸c˜ao de fitness deve ser tal que os indiv´ıduos mais aptos tenham uma melhor avalia¸c˜ao de modo que estes indiv´ıduos quando presentes na solu¸c˜ao fa¸cam com que a fun¸c˜ao objetivo do problema seja menor. Isto se aplica tanto para a estrat´egia de factibiliza¸c˜ao (fun¸c˜ao objetivo do problema (1)), como para a estrat´egia de penaliza¸c˜ao (fun¸c˜ao objetivo do problema (9)).

A fun¸c˜ao de fitness utilizada ´e a da Equa¸c˜ao (10), onde Sq ´e o q-´esimo indiv´ıduo de uma popula¸ao t, que

representa uma solu¸c˜ao.

F it(Sq) = 1

1 + f (Sq) + p (Sq) (10)

3.4 Seleção

O quarto passo a ser realizado ´e a sele¸c˜ao de indiv´ıduos para a pr´oxima gera¸c˜ao. N˜ao foram realizados testes com todas as possibilidades de processo de sele¸c˜ao, devido `a ˆenfase da literatura na elabora¸c˜ao de operadores de muta¸c˜ao e crossover como forma de superar a dificuldade em se obter solu¸c˜oes fact´ıveis e ao mesmo tempo com baixo valor de fun¸c˜ao objetivo (Hedible & Pierre,2000;Din & Tseng,2002;Dianati et al.,

2003). O processo de sele¸c˜ao empregado ´e do Roulette Wheel, ou seja, ´e realizado um sorteio aleat´orio onde a probabilidade de sorteio do q-´esimo indiv´ıduo, de uma popula¸c˜ao com k indiv´ıduos, para participar da pr´oxima gera¸c˜ao ´e diretamente relacionado ao seu fitness tal como dado pela Equa¸c˜ao (11):

Q(Sq) = F it(S q) k X t=1 F it(Sq) (11)

Al´em disto, o melhor indiv´ıduo de todas as gera¸c˜oes sempre ´e selecionado para a pr´oxima gera¸c˜ao (elitismo).

3.5 Operadores de crossover e mutação

A seguir ´e necess´ario estabelecer os chamados operadores de crossover. Esses operadores tem a fun¸c˜ao de gerar novos indiv´ıduos para a popula¸c˜ao combinando as informa¸c˜oes de gera¸c˜oes anteriores contidas em seus indiv´ıduos. Foram estabelecidos dois operadores e a defini¸c˜ao de qual dos dois operadores ser´a utilizado ´e feita atrav´es de um sorteio aleat´orio em que cada um dos operadores tem 50% de chance de ser escolhido. Os operadores utilizados s˜ao:

• Crossover OX: Primeiro seleciona-se aleatoriamente dois indiv´ıduos I1 e I2 de uma gera¸c˜ao t. O vetor

de solu¸c˜oes Sq possui n (n´umero de antenas) elementos e um valor aleat´orio inteiro r ´e sorteado dentro

do intervalo [1 n − 1]. Ap´os isto, os genes de I1que est˜ao nas posi¸c˜oes r + i, at´e n s˜ao trocados com os

genes de I2que tamb´em est˜ao nas posi¸c˜oes r + i at´e n, de modo que esta troca gere dois novos indiv´ıduos

(8)

Figura 5. Exemplo de aplica¸c˜ao do operador de crossover OX.

• Crossover CE: Este operador ´e uma modifica¸c˜ao do que ´e apresentado no trabalho de Din & Tseng

(2002). Ele consiste em primeiro empregar o crossover OX para obter dois novos indiv´ıduos N1 e N2.

O segundo passo ´e, para cada um dos novos indiv´ıduos, escolher dois elementos vi e vj. Ent˜ao, todo

elemento do vetor de solu¸c˜ao Sq , cujo valor ´e igual ao valor contido em i ser´a trocado pelo valor contido

em j e vice-versa. A Figura6ilustra o funcionamento deste operador para o indiv´ıduo N1, i = 2 e j = 4.

Figura 6. Exemplo de aplica¸c˜ao do operador de crossover CE.

O pr´oximo passo consiste em definir os Operadores de Muta¸c˜ao. Foram definidos quatro Operadores de Muta¸c˜ao que ser˜ao apresentados a seguir. Eles s˜ao utilizados para alterar informa¸c˜oes existentes dentro de um ´unico indiv´ıduo. O Algoritmo Gen´etico emprega um processo de sorteio que considera diferentes probabilidades de utiliza¸c˜ao de cada operador de muta¸c˜ao. Estas probabilidades levam em conta o custo de utiliza¸c˜ao do operador. Todas as muta¸c˜oes empregadas foram extra´ıdas do trabalho deDin & Tseng(2002). • Muta¸c˜ao Simples (S): Este operador de muta¸c˜ao simplesmente realiza a muta¸c˜ao de um gene sti,q do

indiv´ıduo Sq na itera¸c˜ao t, de acordo com uma probabilidade dada por pela Equa¸c˜ao (12).

pmit= 0, 5 ×

 max (F it(S(t))) − F it(Sq)

max (F it(S(t))) − avg(F it(S)) 

(12)

onde: F it(Sq) ´e o fitness do indiv´ıduo Sq na gera¸ao t, max(F it(S(t))) ´e o maior valor de fitness na

gera¸c˜ao t e avg(F it(S)) =

b

X

q=1

F it(Sq) !

/b ´e a m´edia do fitness da popula¸c˜ao com b indiv´ıduos na gera¸c˜ao t.

• Muta¸c˜ao Menor Custo de Cabeamento Primeira Preferˆencia (MMCPP): Este operador de muta¸c˜ao orienta a redu¸c˜ao de custo de cabeamento, privilegiando a atribui¸c˜ao de uma antena `a central mais pr´oxima. Dada uma antena Ai e uma central Ck com custo de cabeamento cik, que ´e o menor de todos

os custos de cabeamento, ent˜ao, isto resultar´a em uma maior probabilidade da antena Ai ser atribu´ıda

`

a central Ck. A probabilidade de que uma antena Ai seja selecionada aleatoriamente, e que estava

atribu´ıda `a central j, passe a ser atribu´ıda para a central k, ´e dada por (13):

pmik= Lmax− cik m X i=1 (Lmax− cik) (13) onde: Lmax= m max k=1 {cik}

(9)

• Muta¸c˜ao Maior Peso Primeira Preferˆencia (MPPP): Este operador de muta¸c˜ao considera que o custo de handoff ´e importante e que duas antenas Ai e Aj com grande valor hij devem ter uma probabilidade

maior de pertencerem `a mesma central. Assim, a probabilidade de que o valor st

i,q (aloca¸c˜ao para a

antena Ai) seja transformado no valor stj,q (aloca¸c˜ao para a antena Aj ) ´e dado pela Equa¸c˜ao (14).

pmik= hij n X i=1 n X j=1 hij (14)

• Muta¸c˜ao M´ınimo Incremento Radial Primeira Preferˆencia (MIRPP): Este operador de muta¸c˜ao tem por objetivo a verifica¸c˜ao da redu¸c˜ao do custo de handoff quando antenas Ai e Aj, inicialmente atribu´ıdas

a centrais distintas, passam a serem alocadas a uma mesma central. Para tanto, ´e introduzida uma medida de varia¸c˜ao do custo de handoff, ∆hij, quando a antena Ai ´e atribu´ıda `a mesma central da

antena Aj. A partir desta medida ´e calculada a probabilidade que o valor vi(aloca¸c˜ao `a antena Ai) seja

transformado no valor vj (aloca¸c˜ao `a antena Aj) atrav´es da Equa¸c˜ao (15).

pmik= ∆hij n X i=1 X k∈Ωi (D − (∆hik+ R)) (15) onde: ∆hij = X k∈Ωi hjk− hij− hji, R = min i∈Nminj∈N{∆hij} , D = max i∈N maxk∈Ωi |∆hik+ R|, N = {1, 2, 3, ..., n}

o conjunto dos ´ındices das antenas e Ωj o conjunto de antenas que n˜ao pertencem `a mesma central que

foi atribu´ıda `a antena Aj.

A principal diferen¸ca entre a Equa¸c˜ao (15) e a Equa¸c˜ao (14), ´e que a Equa¸c˜ao (15) capta detalhada e corretamente a varia¸c˜ao no custo de handoff quando ocorre a modifica¸c˜ao da atribui¸c˜ao de uma antena de uma central para outra, mas a um custo computacional elevado, ao passo que a Equa¸c˜ao (14) fornece apenas uma estimativa desta varia¸c˜ao, mas sua utiliza¸c˜ao ´e de baixo custo computacional.

Devido ao alto custo computacional no c´alculo da Equa¸c˜ao (15), foi desenvolvido um mecanismo, em adi¸c˜ao `as muta¸c˜oes especificadas anteriormente, que visa aumentar a utiliza¸c˜ao da muta¸c˜ao MIRPP de acordo com o n´umero de gera¸c˜oes sem melhoria no valor da fun¸c˜ao objetivo. Inicialmente o algoritmo considera as seguintes probabilidades de utiliza¸c˜ao das muta¸c˜oes: 30% para MPPP, 1% para MIRPP e 69% para MMCPP. Se ap´os 10 gera¸c˜oes n˜ao ocorrer melhoria no valor da fun¸c˜ao objetivo do melhor indiv´ıduo da popula¸c˜ao (que ´

e sempre passado para a pr´oxima gera¸c˜ao), ent˜ao, a probabilidade de uso de MIRPP, puso, ser´a incrementada

segundo a Equa¸c˜ao (16). puso= min  γ, maxθ, γ1 − eN/α−t  (16) onde: γ ´e o maior valor que a probabilidade de escolha da muta¸c˜ao MIRPP pode assumir, γ = 5% ; θ ´e o menor valor que a probabilidade de escolha da muta¸c˜ao MIRPP pode assumir, θ = 1%; t ´e um ´ındice que indica qual a gera¸c˜ao atual; N ´e o n´umero m´aximo de gera¸c˜oes, atribu´ıdo como 1000; α ´e o parˆametro que indica o n´umero de gera¸c˜oes sucessivas que poder´a ocorrer incremento no valor de puso, assumido como α = 7.

Se para um dado valor de γ ocorrer em uma dada gera¸c˜ao uma melhoria no valor da fun¸c˜ao objetivo do melhor indiv´ıduo, ent˜ao, faz-se uma redu¸c˜ao na probabilidade de utiliza¸c˜ao da muta¸c˜ao MIRPP de acordo com a Equa¸c˜ao (17). puso= γ  1 − eN/β−t  (17) onde: β ´e o parˆametro que indica o n´umero de gera¸c˜oes sucessivas que poder´a ocorrer decr´escimo no valor de puso, assumido como β = 8.

A Figura 7 fornece um indicativo da evolu¸c˜ao do valor de puso ao longo das gera¸c˜oes de acordo com a

Equa¸c˜ao (16) e com a Equa¸c˜ao (17).

A Figura7(a)ilustra o comportamento do Algoritmo Gen´etico com rela¸c˜ao `a probabilidade de muta¸c˜ao (puso). Observe que o algoritmo procura adotar valores mais altos de utiliza¸c˜ao da muta¸c˜ao MIRPP `a medida

(10)

(a) Incremento de puso (b) Decremento de puso

Figura 7. Exemplo da evolu¸c˜ao dos incrementos de puso ao longo das gera¸c˜oes com a Equa¸c˜ao (16) e evolu¸c˜ao

dos decrementos de puso ao longo das gera¸c˜oes com a Equa¸c˜ao (17).

que o n´umero de gera¸c˜oes sem melhoria da fun¸c˜ao objetivo se aproxima do n´umero m´aximo adotado, que neste caso ´e 1000. A Figura7(b) mostra a evolu¸c˜ao dos decr´escimos da probabilidade de muta¸c˜ao puso cada vez

que 10 gera¸c˜oes n˜ao apresentam melhoria no fitness do melhor indiv´ıduo de uma popula¸c˜ao. Com esta figura ´e poss´ıvel verificar que no in´ıcio a ado¸c˜ao de valores altos de muta¸c˜ao MIRPP n˜ao perdura muito tempo, pois a cada gera¸c˜ao com melhoria, os valores de decr´escimos a serem aplicados s˜ao altos. Ap´os 500 gera¸c˜oes os valores de redu¸c˜ao s˜ao muito pr´oximos de zero.

Foram implementadas duas vers˜oes do algoritmo gen´etico: uma que emprega a estrat´egia de penaliza¸c˜ao (AGP) e outra que usa a estrat´egia de factibiliza¸c˜ao (AGF). As duas vers˜oes utilizam a estrutura de dados descrita na Se¸c˜ao3.1, a fun¸c˜ao de avalia¸c˜ao (Equa¸c˜ao (10)) e o processo de sele¸c˜ao de indiv´ıduo para a pr´oxima gera¸c˜ao (Equa¸c˜ao (11)). A Tabela1resume as caracter´ısticas que diferenciam as duas vers˜oes dos Algoritmos Gen´eticos.

Tabela 1. Algoritmos Gen´eticos implementados.

Restri¸c˜oes Crossover Muta¸c˜ao

AGP Penaliza¸c˜ao OX S

AGF Factibiliza¸c˜ao OX, CE MCCP, MPPP, MIRPP

4. Método Beam Search

O Beam Search (BS) ´e um m´etodo heur´ıstico para resolver problemas de Otimiza¸c˜ao combinat´oria. Pode-se dizer que ele ´e uma adapta¸c˜ao do m´etodo de Branch and Bound onde somente os n´os mais promissores de cada n´ıvel da ´arvore de busca s˜ao guardados na mem´oria para serem visitados, enquanto que os demais n´os s˜ao descartados permanentemente. Como uma grande parte dos n´os da ´arvore de busca ´e descartada, isto ´e, somente alguns poucos n´os s˜ao selecionados para serem analisados, o tempo de execu¸c˜ao do m´etodo ´e polinomial com o tamanho do problema. Em resumo pode-se dizer que o Beam Search ´e uma t´ecnica de busca em ´arvore que utiliza um n´umero de solu¸c˜oes em paralelo. O n´umero de solu¸c˜oes em paralelo ´e chamado de largura de busca e ´e denotado por β.

O Beam Search foi usado pela primeira vez pela comunidade de Inteligˆencia Artificial para tratar problemas de reconhecimento de fala (Lowerre, 1976). Desde ent˜ao, tem aparecido na literatura v´arias aplica¸c˜oes deste m´etodo em problemas de sequenciamento da produ¸c˜ao (Fox, 1983; Ow & Morton, 1988a,b) criaram uma varia¸c˜ao do m´etodo, para o qual deram o nome de Beam Search filtrado. Outra variante do m´etodo foi proposta porDella Croce & T’Kindt(2002). A esta variante foi dado o nome de Beam Search Recuperado (Recovering Beam Search). Valente et al. (2005) desenvolveram um Beam Search que mistura as vers˜oes propostas porOw & Morton(1988a) eDella Croce & T’Kindt (2002).

(11)

4.1 Árvore completa

Como j´a foi dito anteriormente, o BS consiste numa t´ecnica de busca em ´arvore, logo ´e preciso que se gere uma ´

arvore com as solu¸c˜oes poss´ıveis do problema. Mas vale lembrar que esta t´ecnica n˜ao gera todas as solu¸c˜oes, pois n˜ao se trata de um algoritmo de busca exaustiva. Assim ser˜ao geradas somente as solu¸c˜oes dentro de uma certa largura de busca β, pr´e-determinada.

Ser´a utilizado um exemplo para mostrar como seria a ´arvore de solu¸c˜oes se fossem consideradas todas as solu¸c˜oes poss´ıveis. Sejam n = 4, o n´umero de c´elulas (antenas) que devem ser atribu´ıdas a m = 2 centrais de comuta¸c˜ao. Cada c´elula (antena) Aitem capacidade de realizar um n´umero fixo de chamadas λipor unidade

de tempo. Assim, o n´umero de chamadas cobertas pela antena A1´e λ1, e λ2´e o n´umero de chamadas cobertas

pela antena A2e assim por diante. Essas chamadas ser˜ao realizadas pela central de comuta¸c˜ao Cj, se a c´elula

Ai estiver conectada `a central Cj. Cada uma destas centrais tem uma capacidade Mj de efetuar chamadas.

Ou seja, M1 ´e a capacidade da central C1, M2 ´e a capacidade da central C2 e assim sucessivamente. Cada

c´elula s´o pode estar conectada a uma ´unica central. A vari´avel ´e xij, onde xij = 1 significa que a c´elula i est´a

conectada a central j e xij = 0, caso contr´ario.

As Tabelas 2 e 3 mostradas a seguir apresentam as informa¸c˜oes sobre custo de cabeamento, custo de handoff, n´umero de chamadas de cada antena e capacidade das centrais, para o problema da Figura8.

Tabela 2. Custo de Cabeamento Cikentre as antenas e as centrais,

n´umero de chamadas λide cada antena e capacidade Mi de cada central.

Antena Cik λi Central 1 Central 2 1 0 0 4 2 4 4 4 3 4 4 4 4 8 8 4 Mi 10 10

Tabela 3. Custo de handoff Hij entre as antenas.

Antena 1 2 3 4

1 0 3 2 2

2 3 0 1 51

3 2 1 0 4

4 2 51 4 0

Antes de construir a ´arvore de decis˜oes com todas as solu¸c˜oes poss´ıveis para este problema ´e necess´ario estabelecer as seguintes defini¸c˜oes:

• (D.1) A ´arvore ´e constru´ıda por n´ıveis e, a cada n´ıvel i, ´e estabelecida a atribui¸c˜ao da i-´esima antena a k-´esima central.

• (D.2) Os n´os da ´arvore associados ao n´ıvel 1 s˜ao chamados de n´o semente.

• (D.3) De (D.1) vem que a ´arvore possui n n´ıveis e que uma solu¸c˜ao completa, com a atribui¸c˜ao de todas as antenas a todas as centrais s´o ser´a obtida ao se definir as atribui¸c˜oes at´e o n´ıvel n.

• (D.4) A cada n´ıvel i, ao se realizar a atribui¸c˜ao da i-´esima antena `a k-´esima central, s˜ao contabilizados dois custos: custo fixo de cabeamento Cke custo de handoff Hijconsiderando todas as k − 1 atribui¸c˜oes

anteriores.

A Figura 8 mostra como ´e a ´arvore de decis˜oes para este problema, considerando-se todas as solu¸c˜oes poss´ıveis.

Os n´os de cada n´ıvel da ´arvore representam uma atribui¸c˜ao. Come¸ca-se a construir a ´arvore fixando uma central, por exemplo, a central C1 e atribuindo a ela uma c´elula, por exemplo, A1. Assim, o n´o 1 do n´ıvel

(12)

Figura 8. ´Arvore de solu¸c˜oes fact´ıveis considerando o n´o semente C1

no n´ıvel 1 (´arvore da esquerda) e C2no n´ıvel 1 (´arvore da direita).

N1 significa que a c´elula A1 foi atribu´ıda a central C1, isto ´e, x11= 1. Para esta atribui¸c˜ao inicial foi dado

o nome de n´o semente. Uma vez feita a atribui¸c˜ao do n´o semente segue-se fazendo as demais atribui¸c˜oes, sempre levando em conta as atribui¸c˜oes que j´a foram feitas nos n´os anteriores. Note que o n´umero de n´os sementes ´e igual ao n´umero de centrais m, logo s˜ao criadas m ´arvores, uma para cada central.

Em cada n´o da Figura 8 tamb´em est˜ao representados os custos fixos de cabeamento e custos de handoff relativos `a atribui¸c˜ao efetuada no n´o. Os n´os marcados com uma cruz fornecem uma atribui¸c˜ao infact´ıvel e, por esta raz˜ao, eles s˜ao automaticamente eliminados do processo. ´E importante frisar que o n´umero total de solu¸c˜oes ´e de mn = 24 = 16 solu¸oes poss´ıveis, mas que dentre estas apenas 6 eram fact´ıveis, justificando a

aplica¸c˜ao de um procedimento de busca em ´arvore, como o ´e o BS.

4.2 Árvore de soluções do beam search

Um melhor detalhamento e descri¸c˜ao da adapta¸c˜ao do Beam Search para o PACA pode ser obtido emRibeiro et al. (2009) e Ribeiro et al. (2011). Para fins did´aticos aqui ser´a ilustrado a aplica¸c˜ao do BS no exemplo fornecido na Se¸c˜ao4.1.

As Figuras (9(a))-(11(b)), apresentam a resolu¸c˜ao detalhada do exemplo da Se¸c˜ao4.1pelo BS. No exemplo ´e considerada largura igual a β = 2. Os passos a serem seguidos para se resolver o exemplo s˜ao:

(a) (b)

Figura 9. Passos da execu¸c˜ao do BS para o exemplo da Se¸c˜ao4.1(Parte 1).

1. Construir os n´os do n´ıvel 1 (um n´o para cada central). Os custos de cabeamento e handoff, neste n´ıvel s˜ao iguais `a zero (veja Tabelas2e3).

2. No n´ıvel 2 inicialmente s˜ao criados 4 n´os, pois a partir da atribui¸c˜ao feita no n´ıvel 1, existem 4 atribui¸c˜oes poss´ıveis para a antena 2 a saber: A2C1 e A2C2 na ´arvore da esquerda e A2C2 e A2C1 na ´arvore da

direita. Esta situa¸c˜ao esta descrita na Figura 9(a) e corresponde ao primeiro passo do Beam Search. Como a largura da busca ´e dois, somente dois destes n´os permanecem na ´arvore.

3. Para escolher quais n´os do n´ıvel 2 devem permanecer ´e realizada uma busca em profundidade, at´e o ultimo n´ıvel, para cada uma das 4 aloca¸c˜oes parciais do n´ıvel 2. Esta busca escolhe os n´os com atribui¸c˜oes fact´ıveis e com menor custo de cabeamento mais handoff. Tal situa¸c˜ao est´a descrita na Figura 9(b) e corresponde ao segundo passo do Beam Search. A Figura 10(a) mostra quais foram os n´os escolhidos

(13)

(a) (b)

Figura 10. Passos da execu¸c˜ao do BS para o exemplo da Se¸c˜ao4.1(Parte 2).

(a) (b)

Figura 11. Passos da execu¸c˜ao do BS para o exemplo da Se¸c˜ao4.1(Parte 3).

para ficar na ´arvore. A seguir ´e feita uma arborescˆencia dos n´os do n´ıvel 3 (passo 1) e depois uma busca em profundidade a partir destes n´os (10(b)) de modo a se escolher quais n´os do n´ıvel 3 v˜ao permanecer na ´arvore. A Figura 11(a) mostra os n´os escolhidos do n´ıvel 3. A Figura11(b) mostra arborescˆencia (passo 1) dos n´os da Figura11(b)e a nova solu¸c˜ao gulosa (passo 2). Obtˆem-se assim duas solu¸c˜oes finais: A1C1, A2C2, A3C1, A4C2com custo de 28 e A1C2, A2C1, A3C2, A4C1com custo de 36. Adota-se ent˜ao

a solu¸c˜ao de menor custo entre as duas.

5. Resultados Computacionais

Com o intuito de se fazer um estudo comparativo entre as duas vers˜oes do algoritmo gen´etico (AGP e AGF), do Beam Search (BS) e do m´etodo apresentado por Merchant & Sengupta (1995) (MS) foram feitos testes computacionais com 28 instˆancias com dimens˜oes variadas. Foram testadas as mesmas instˆancias utilizadas por Merchant & Sengupta (1995). Os resultados obtidos s˜ao apresentados na Tabela 4 a seguir. Come¸ cou-se com problemas de tamanho considerado pequeno (15 antenas e 2 centrais), at´e problemas de tamanho considerado m´edio (125 antenas e 4 centrais).

Os resultados na Tabela4 indicam que o algoritmo gen´etico com estrat´egia de factibiliza¸c˜ao das solu¸c˜oes (AGF) apresenta melhores resultados do que a estrat´egia de penaliza¸c˜ao (AGP). Al´em disto, o mecanismo de controle do uso de muta¸c˜oes permitiu a redu¸c˜ao do esfor¸co computacional demandado pelos operadores gen´eticos do AGF, sem que isto ocasionasse a perda de qualidade das solu¸c˜oes obtidas.

Disto pode-se concluir que estrat´egias cujo foco ´e verificar a factibilidade das solu¸c˜oes v˜ao, na maioria das vezes, apresentar melhores resultados que as estrat´egias de penaliza¸c˜ao. A prova disto ´e o pior desempenho desta estrat´egia em compara¸c˜ao com o AGF e o BS. A qualidade da solu¸c˜oes encontradas para o AGP, na maioria das instˆancias, s´o n˜ao ´e pior que a heur´ıstica deMerchant & Sengupta (1995). Isto pode ser melhor visualizado atrav´es das Figuras12(a), 12(b), 12(c) e12(d) que fornecem a qualidade das melhores solu¸c˜oes obtidas para cada metodologia para a instˆancia com 60 antenas e 5 centrais.

A qualidade das solu¸c˜oes obtidas pelos algoritmos AGP, BS, AGF e MS para a instˆancia com 60 antenas e 5 centrais pode ser verificada visualmente atrav´es Figuras12(a),12(b),12(c)e12(d). Nestas figuras ´e poss´ıvel

(14)

Tabela 4. Resultados obtidos com AGP, AGF, MS e BS.

#A #C

Fobj

Gen´eticos Heur´ıstica Beam Search

AGF AGP MS BS 15 2 130,9110 130,9110 140,5057 134,6165 3 124,6243 126,5147 136,8644 131,9053 4 100,8334 102,5019 106,0827 100,8334 5 105,7730 112,6118 110,5230 106,4477 30 2 328,2806 328,2806 331,2613 328,2806 3 346,2276 347,1058 348,8777 345,5388 4 289,8188 307,1258 305,1077 285,9955 5 252,7450 298,2984 250,2420 246,7576 45 2 940,6231 945,8115 1136,7193 960,3399 3 546,0876 605,9818 592,2188 555,8071 4 532,5536 614,1382 642,3129 529,0161 5 477,7655 591,5730 498,2100 427,9526 60 2 921,9139 980,5671 924,6604 921,9139 3 716,2282 903,9688 875,8786 767,2522 4 773,8595 913,4981 755,2581 739,8948 5 728,4790 917,4070 825,8006 696,0658 75 2 1537,6759 1636,7313 1538,8437 1537,6759 3 998,1641 1287,5002 996,1693 995,4171 4 1435,9658 1621,9197 1450,8298 1444,1450 5 1043,2567 1420,2235 1066,2254 973,0930 100 2 1736,0389 2046,8755 1738,4696 1736,0389 3 1389,0926 1888,8002 1405,1077 1401,5673 4 1518,0191 2316,4231 1471,2770 1448,9114 5 1631,1551 2400,4563 1867,2980 1466,6661 125 2 2914,4800 3376,5644 2917,0490 2914,4800 3 2221,1392 2974,0999 2454,2371 2213,7804 4 3023,9196 3784,9294 3184,9914 2959,1424 5 2150,9579 3133,3012 2284,7271 2041,4051

constatar que quanto menor o valor da solu¸c˜ao, em termos de valor da fun¸c˜ao objetivo, mais compacto ´e o agrupamento de c´elulas pertencentes a mesma central. Por exemplo, a melhor solu¸c˜ao obtida pelo AGP para as c´elulas pertencentes a central 2 est˜ao bem distantes entre si o que implica em um grande custo de handoff. A solu¸c˜ao apresentada pela heur´ıstica MS tamb´em apresenta o mesmo tipo de caracter´ısticas para as c´elulas pertencentes `a central 3. J´a para as solu¸c˜oes do AGF e BS ´e poss´ıvel perceber que as solu¸c˜oes propostas s˜ao tais que as c´elulas percentes a uma mesma central formam grupos mais nitidos e compactos.

Na compara¸c˜ao entre o algoritmo BS com a MS, o BS teve melhores resultados em 100% dos casos e comparando do BS com os AGs, o BS teve melhores resultados em 71, 4% dos casos. Os resultados do AGF s´o foram melhores que o BS nos problemas de menor porte. Outra vantagem do BS adv´em do fato dele n˜ao necessitar de uma solu¸c˜ao inicial e toda solu¸c˜ao que ele fornece ´e sempre fact´ıvel.

As compara¸c˜oes de tempo computacional entre os m´etodos n˜ao foi estudada tendo em vista que que o problema em quest˜ao ´e de planejamento e a qualidade das solu¸c˜oes obtidas ´e mais importante. Todos os m´etodos foram implementados em Matlab 7.0.1, Windows XP e foram executados num Pentium 4 com processador de 2 GHz e mem´oria RAM de 1Gb.

Tanto o Beam Search como os Algoritmos Gen´eticos podem ser facilmente implementados em paralelo. No caso do Beam Search a implementa¸c˜ao em paralelo ´e mais simples porque os processos n˜ao requerem nenhuma comunica¸c˜ao entre eles. Como cada central, no n´ıvel 1, resulta numa ´arvore independente (n´o semente), basta colocar um processador para trabalhar em cada uma destas ´arvores. Deste modo, cada uma destas ´

arvores pode ser resolvida de modo totalmente independente, n˜ao sendo necess´ario nenhuma comunica¸c˜ao entre processadores durante o processo de resolu¸c˜ao das ´arvores.

(15)

(a) AGP (b) BS (c) AGF

(d) MS

Figura 12. Melhores solu¸c˜oes obtidas para o AGP, BS, AGF e MS para a instˆancia com 60 antenas e 5 centrais.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq pelo apoio financeiro atrav´es do processo do Edital Universal do CNPq, n´umero 472385/2007 − 0.

Referências

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Notas Biográficas

Anibal Tavares de Azevedo ´e graduado em Matem´atica Aplicada e Computacional, tem mestrado, doutorado e p´ os-doutorado em Engenharia El´etrica (UNICAMP, 1999, 2002, 2006 e 2007, respectivamente). Foi Professor Assistente da UNESP-Guaratinguet´a (2007-2011) e atualmente ´e Professor Assistente da Faculdade de Ciˆencias Aplicadas da UNICAMP. Tem interesse na ´area de meta-heur´ısticas e otimiza¸c˜ao combinat´oria, como aplica¸c˜oes em problemas de sistemas de potˆencia, planejamento e controle da produ¸c˜ao, telecomunica¸c˜oes e log´ıstica portu´aria.

Cassilda Maria Ribeiro ´e graduada em Engenharia Mecˆanica (UNESP, 1982), mestre em Engenharia El´etrica (UNICAMP, 1985) e doutor em Automa¸c˜ao Industrial e Inform´atica (LAAS-Toulouse-Fran¸ca, 1991). Atualmente ´e Professora Assistente do Departamento de Matem´atica da Faculdade Engenharia de Guaratinguet´a da UNESP. Tem interesse na ´area de meta-heur´ısticas e otimiza¸c˜ao combinat´oria, como aplica¸c˜oes em problemas de telecomunica¸c˜oes e log´ıstica.

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