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GABRIEL BENICIO PASCOAL DA SILVA CONSTRUÇÃO CIVIL: GESTÃO NA QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA NO SETOR. Londrina 2020

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Londrina 2020

GABRIEL BENICIO PASCOAL DA SILVA

CONSTRUÇÃO CIVIL: GESTÃO NA QUALIFICAÇÃO DA

MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA NO SETOR

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Londrina 2020

CONSTRUÇÃO CIVIL: GESTÃO NA QUALIFICAÇÃO DA

MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA NO SETOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.

Orientador: Rafael Marochi

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GABRIEL BENICIO PASCOAL DA SILVA

CONSTRUÇÃO CIVIL:

GESTÃO NA QUALIFICAÇÃO DA MÃO

DE OBRA TERCEIRIZADA NO SETOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Msc. Fábio Aparecido Vaz Dantas

Prof. Dr. Rodrigo Nagata

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DA SILVA, Gabriel Benicio Pascoal. Gestão na Qualificação de Mão de Obra Terceirizada na Construção Civil. 2019. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – UNOPAR, Londrina, 2019.

RESUMO

Frente ao grande crescimento do setor de construção civil nos últimos anos, às inovações tecnológicas e o alto valor voltado para à mão de obra de um projeto, este instrumento tem como objetivo principal conceituar a terceirização que acontece na construção civil, apontando as vantagens e desvantagens da gestão que ocorre nos canteiros de obras, e como problemática central: quais as formas de mapear e qualificar a mão de obra terceirizada no canteiro de obra? Eu um primeiro momento, esse trabalho estudará a utilização de mão de obra terceirizada para o desenvolvimento de uma gestão de qualidade na construção civil, seguirá descrevendo as práticas de gestão de qualidade no processo de terceirização dos serviços nas obras e por fim, descreverá e discorrerá acerca dos impactos causados na terceirização pelas técnicas adotadas. Esse instrumento deu-se por meio de uma criteriosa pesquisa bibliográfica pautada em materiais como livros, revistas artigos acadêmicos, jornais, entre outros dos últimos anos. Notou-se no decorrer deste que a terceirização é uma realidade abrangente e crescente nesse setor, todavia, há muito o que evoluir por ambas as partes para que os objetivos traçados sejam alcançados.

Palavras-chave: Construção Civil; Gestão; Canteiro de Obras; Terceirização; Construtoras.

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DA SILVA, Gabriel Benicio Pascoal. Management in the Qualification of Outsourced Labor in Civil Construction. 2019. 32f. Course Conclusion Paper (Graduation in Civil Engineering) - UNOPAR, Londrina, 2019.

ABSTRACT

Faced with the great growth of the civil construction sector in recent years, technological innovations and the high labor value of a project, this instrument aims to conceptualize the outsourcing that happens in civil construction, pointing out the advantages and disadvantages management that occurs in construction sites, and as a central problem: what are the ways to map and qualify outsourced labor at the construction site? At first, this paper will study the use of outsourced labor for the development of quality management in civil construction, will continue to describe the quality management practices in the process of outsourcing services in the works and finally, describe and discuss about the impacts caused on outsourcing by the techniques adopted. This instrument was made through a careful bibliographical research based on materials such as books, magazines, academic articles, newspapers, among others of recent years. It has been noted throughout this that outsourcing is a widespread and growing reality in this sector, however, there is much that has to be evolved by both parties to achieve the goals set.

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CBIC Câmara Brasileira da Indústria e Construção CLT Consolidação das Leis Trabalhistas

FVS Ficha de Verificação de Serviço

ISO International Organization for Standardization NBR Norma Brasileira

NF Nota Fiscal

PES Procedimentos de Execução de Serviços PIB Produto Interno Bruto

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 8 2. USO DA TERCEIRIZAÇÃO EM AUXÍLIO AO DESENVOLVIMENTO DE UMA GESTÃO DE QUALIDADE NO SETOR CIVIL ... 10 3. TÉCNICAS DE GESTÃO DE QUALIDADE NA TERCEIRIZAÇÃO DOS SERVIÇOS NA CONSTRUÇÃO ... 15 3.1 PRÁTICAS DECONTROLE DESERVIÇOS E MATERIAISTERCEIRIZADOS ... ... 18 4. TÉCNICAS ADOTADAS QUE CAUSAM IMPACTOS NO PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO ... 21 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 26 REFERÊNCIAS ... 27

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1. INTRODUÇÃO

A falta de mão de obra qualificada nos canteiros de obras vem se apresentando como um dos principais problemas na construção civil. Grande parte das construtoras utilizam mão de obra terceirizada, acarretando desvantagens para as empresas, pois muitas terceiras e subempreiteiros contratados possuem baixa qualificação. O processo de terceirização é importante porque pode impactar de forma negativa ou positiva no custo da construção civil. Desse modo, a produtividade e a competitividade bem alinhadas em suas funções e especializações conseguem reduzir custos e riscos no processo de terceirização ou subcontratação. Todavia, como não há uma gestão de qualidade bem elaborada ou até mesmo elaborada, mas não executada no canteiro de obra, as falhas começam aos poucos aparecer, de forma que pode afetar o relacionamento com cliente ou gerar um retrabalho, onde o valor estipulado e fechado no contrato acaba se tornando um prejuízo muito alto. Desse modo, discutir a respeito da qualificação da mão de obra terceirizada é de extrema importância, pois, a partir dessa qualificação e do uso desses serviços qualificados, o resultado final das obras entregues terá a qualidade esperada.

As empresas, frente à essa realidade, tendem a pensar no quanto ganhariam se estivessem contratando e fazendo uso de mão de obra qualificada, o quanto estariam lucrando e o quanto deixam de lucrar por não possuir pessoal capacitado em algumas funções. Com crescimento da demanda na construção civil, passou-se a exige mais mão de obra qualificada nos canteiros de obras, fazendo com que a gestão dos subempreiteiros seja realizada de forma ideal para causar resultados positivos. Entende-se que nesse trabalho as práticas da qualidade que determinarão o processo eficaz na gestão e qualificação na construção civil para garantir o melhor gerenciamento e aproveitamento no canteiro de obra.

Considerando a busca pela flexibilização dos custos e redução de encargos que fez com que a terceirização na construção civil ganhasse espaço, deixando as pequenas e grandes empresas atuem em diversos serviços, a problemática a ser analisada no decorrer deste é: quais as formas de mapear e qualificar a mão de obra terceirizada no canteiro de obra? Além da problemática, este instrumento conta com o objetivo principal: conceituar a terceirização que acontece na construção civil, apontando as vantagens e desvantagens da gestão que ocorre nos canteiros de obras, e os secundários: Estudar a utilização de mão de obra terceirizada para o

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desenvolvimento de uma gestão de qualidade na construção civil; descrever as práticas de gestão de qualidade no processo de terceirização dos serviços nas obras e discorrer sobre a os impactos causados na terceirização pelas técnicas adotadas.

Desse modo, surge a importância de determinar diretrizes para estabelecer uma qualificação correta para os terceiros envolvidos na construção civil, de forma que haja a padronização dos processos e implantação de novas gestões de qualidade, para um controle e execução de atividades, entendendo a importância de uma terceirização qualificada na construção civil e como isso pode impactar de forma positiva ou negativa.

Com base na problemática exposta, este instrumento será realizado por meio de uma revisão de literatura, com base em materiais publicados nas últimas três décadas, por meio de pesquisas sites, revistas, livros, artigos, jornais, etc., e utilizando descritores como: gestão, qualificação, terceirização, mão de obra e construção civil.

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2. USO DA TERCEIRIZAÇÃO EM AUXÍLIO AO DESENVOLVIMENTO DE UMA GESTÃO DE QUALIDADE NO SETOR CIVIL

A construção civil é um dos maiores setores de serviço que mais contrata trabalhadores. Estes, na grande maioria trata-se de indivíduos com baixa escolaridade e qualificação profissional, se comparados com outros setores. O setor é ainda o que possui a maior participação no PIB (Produto Interno Bruto) com aproximadamente 64,7% das cadeias produtiva, de acordo com o CBIC (Câmara Brasileira da Indústria e Construção) (CBIC, 2012).

Vieira (2006) assegura que o setor da construção civil passou por inúmeras mudanças desde seu início até a atualidade, não devendo mesmo ser diferente, uma vez que a mão de obra que compõe esse setor também crescer de forma exacerbada, elevando os avanços tecnológicos, bem como a implantação de materiais, sistemas e equipamentos. Os profissionais da área precisam acompanhar essa evolução, e uma das formas mais eficazes para isso é a participação em cursos de aperfeiçoamento e qualificação de mão de obra.

Esse setor é de extrema importância para a situação econômica do país, já que a mesma possui uma capacidade importante de gerar empregos, sendo responsável por grande parte da mão de obra nacional. Todavia, as condições de trabalho causam problemas e transtornos para o setor, sendo os principais a alta rotatividade de funcionários, o despreparo dos mesmos e os índices elevados de acidentes (VIEIRA, 2006).

Borges (2004) menciona que na construção civil, setor que presta serviços, depende diretamente da mão de obra de pessoas. Quanto melhor qualificados esses trabalhadores estiverem melhor conceituadas a empresa será no mercado. Entretanto, devido ao desinteresse das empresas em investir em pessoal, a mão de obra apresenta-se cada vez mais desqualificada. Investir em pessoal e treinamentos não é uma prática corriqueira exercida pelas organizações, criando uma dificuldade na obtenção dos resultados desejados, bem como um baixo padrão de qualidade em virtude da desqualificação da mão de obra.

Em termos gerais, a mão de obra da construção civil é caracterizada por pessoas com pouca qualificação e instrução, baixa grau de escolaridade e que precisam utilizar de um esforço físico grande para exercer sua função. De acordo com

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Lima (2011), a construção civil é o setor que mais apresenta rotatividade de colaboradores. Em média 86,2% dos funcionários são dispensados pelas empresas.

A terceirização é um método de gestão empresarial que tem se conceituado como uma prática de transferência das obrigações secundárias distribuídas para terceiros, ou seja, empresas subcontratadas, deixando a empresa principal responsável apenas nas atividades ligadas diretamente ao negócio em que a mesma atua (NESE, 2013).

Esse método flexibiliza os custos e permite que haja redução de encargos causados pela divisão da mão de obra. Desse modo, há uma redução significativa no orçamento das construtoras, que por sua vez, não têm mais os custos com encargos sociais, previdenciários, trabalhistas, treinamentos, entre outros, que passam a ser terceirizados (SILVA, 2016).

De acordo com Borges (2004), a terceirização ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, quando as indústrias bélicas não conseguindo suprir a demanda por armamentos, nem as necessidades dos países que estavam em conflito, precisaram aprimorar tanto o produto, quanto as técnicas de produção. Desse modo, foi preciso reunir o foco na produção dos armamentos e terceirizar algumas das atividades ditas como secundárias. Com o mercado em constante competição e internacionalização econômica, a terceirização dos serviços mostrou-se uma alternativa comum para as empresas que pretendem manter o foco nos produtos finais e no aumento da produção (BORGES, 2004).

Na década de 70, no Brasil, deu-se início a uma reestruturação no modelo de gestão da mão de obra, utilizando a terceirização como meio de produção, encaminhando o trabalho para a flexibilização. Com a crise econômica, a opção foi melhorar as condições da produção e reduzir os custos, tornando a terceirização premissa para a flexibilização dos gastos de mão de obra por meio da redução e até mesmo eliminação dos encargos trabalhistas, sociais e previdenciários (BORGES, 2004).

Quando se fala da terceirização da mão de obra na construção civil, é importante salientar que o responsável pela obra conheça e saiba quais os setores que ele pode terceirizar, e com quais empresas ele pode contar nesse processo. Havendo a determinação e legalização diante de um contrato de prestação de serviços, todas as tarefas que serão executadas no decorrer da obra devem ser registradas nesse documento, garantindo maior segurança e profissionalismo para

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ambas as partes, já que o contrato pode ter um prazo de duração maior (FREITAS, 2017).

A vantagem nesse processo, é que, em situações trabalhistas, a empresa se responsabiliza menos, cumprindo apenas a sua parte como em qualquer outra situação comercial. Desse modo, pode-se considerar que em tarefas específicas, a terceirização da mão de obra possui mais benefícios para a empresa contratante (FREITAS, 2017).

A legislação do trabalho baseia-se em um conjunto de leis chamado CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), criada por meio do decreto nº 5452 do dia 01 de maio de 1943, na qual trata das relações trabalhistas e cuida da situação dos colaboradores. Todavia, com o passar dos nãos, a legislação vai sendo modernizada, objetivando a redução da interferência do Estado no relacionamento entre empregadores e empregados. Ainda é muito corriqueiro funcionários de empresas terceirizadas buscarem seus direitos na Justiça do Trabalho, alegando algum tipo de vínculo empregatício ou princípios de subsidiariedade e solidariedade, exigindo direitos trabalhistas do contratante, mas que deixaram de acontecer pelas empresas terceirizadas (SILVA, 2016).

Silva (2016) enfatiza ainda que o Brasil está crescendo qualitativamente em suas formas de contratação, criando novas maneiras de trabalhos temporários, reduzindo encargos trabalhistas e demissão temporária. Além disso, na negociação salarial foram feitas tabelas salariais atualizadas anualmente, que englobam pedreiros, encarregados, serventes, mestres, arquitetos, engenheiros, etc.

O gerenciamento quando realizado de maneira adequada no processo de aquisição dos produtos e serviços mantem a qualidade da obra, eleva os lucros e reduz o custo de uma construção. Com o intuito de obter uma gestão dos subempreiteiros eficiente, as construtoras em implementação do sistema de gestão de qualidade. Os mesmos, ainda padronizam e registram esses procedimentos e garantem o processo aquisitivo dos produtos e serviços, a fim de que os mesmos aconteçam de forma correta e sem a interferência na qualidade final do produto (SILVA, 2016).

Silva (2016) enfatiza que o planejamento das subempreiteiras é ineficiente, o que passa a exigir das empresas contratantes uma atenção maior voltada às microempresas envolvidas no empreendimento e que precisam de um processo de compatibilização. Todavia, Kamien e Li (1990) a terceirização contribui na redução da

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variabilidade da produção, desde que seja utilizada como técnica para a programação das obras. Terra (2017) discorrem que ao utilizar a mão de obra durante a análise do planejamento, é necessário que seja introduzida mais uma variável que se trata do estudo da alocação das equipes (sobreposições), o que não acontece em casos de emprego da mão de obra realizada em subempreitadas.

Pereira (2003) em um estudo analisou algumas construtoras e concluiu que a maioria se interessa em buscar, difundir e promover uma produção qualitativa. Porém, para que isso aconteça, as mesmas utilizam a implantação dos sistemas de gestão qualitativa, uma vez que, acreditam que as exigências destes como treinamentos, utilização de alguns procedimentos para execução, rigorosidade no controle dos serviços e a análise das falhas ocorridas, ajudam no resultado final desta garantia.

Para que um sistema de gestão da qualidade seja implantado com sucesso, é necessário que haja uma reorganização no seu ciclo de desenvolvimento. A conscientização dos profissionais, a alta direção da empresa, diferenciais que inovam e o profissionalismo no processo de gestão, fazem com que a estabilidade e flexibilidade seja alcançada (NESE, 2013).

Picchi (1993) lista algumas necessidades recorrentes no processo de implantação do sistema de gestão de qualidade relacionados à mão de obra. São eles: treinamento também dos subempreiteiros; extinção das barreiras entre departamentos, que pode ser continuado por barreiras entre as empresas em casos que a subempreiteira se faz presente; trabalho coletivo, considerando como um grupo as equipes de trabalhos que são formados por associações entre as próprias empresas.

Ainda em seu estudo, Pereira (2003) notou que as construtoras acreditam que o sucesso da terceirização depende da relação existente entre as subempreiteiras e as construtoras, e que a ação mais necessária é a atenção na hora de selecioná-las. Considerando a importância da implantação de um sistema de gestão de qualidade, a maior parte das construtoras elaboram técnicas e formulários pautados na gestão, controle e processo de execução dos produtos e serviços terceirizados que garantam a padronização dos processos. As vantagens em utilizar a mão de obra terceirizada fomentam o setor da construção civil a continuar utilizando esse tipo de prática, além de reduzir os custos com os encargos e criar a flexibilização dos serviços. A terceirização também faz com que as construtoras foquem em seu produto final, responsabilizando as subempreiteiras pela execução da obra (SILVA, 2016).

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Todavia, é indispensável que as construtoras possuam um modelo de gestão das subempreiteiras para contratar, selecionar, administrar e controlar os serviços prestados e os materiais dispensados pelos mesmos. Tais modelos tendem a fornecer todas as diretrizes para as etapas processuais de aquisição dos produtos e serviços, auxiliando os gestores nas tomadas de decisões (SILVA, 2016).

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3. TÉCNICAS DE GESTÃO DE QUALIDADE NA TERCEIRIZAÇÃO DOS SERVIÇOS NA CONSTRUÇÃO

O gerenciamento realizado de forma adequada durante o processo aquisitivo de produtos e serviços auxilia na manutenção da qualidade da obra, aumentando o lucro e reduzindo o custo do empreendimento. Objetivando uma gestão eficaz, as construtoras têm investido em implementação dos sistemas de qualidade, que padronizam e registram os procedimentos e asseguram que o processo aquisitivo dos produtos e serviços aconteçam da forma correta, sem a interferência na qualidade final do imóvel.

Em seus estudos, Pereira (2003) avaliou algumas construtoras e percebeu que algumas delas possuem grande interesse em promover e difundir a qualidade na produção. Para tanto, as mesmas têm utilizado sistemas de qualidade, já que acreditam que as exigências dos mesmos com procedimentos, treinamentos, rigor de controle dos serviços e análises dos erros ocorridos, auxiliam para tal garantia.

Souza (1997) sugere a existência de uma formação empresarial de um comitê qualitativo a fim de assegurar o desenvolvimento e a implantação do sistema de gestão de qualidade. Essa formação responde de forma direta a diretoria organizacional composta por colaboradores que ocupem posições importantes na produção, administração, diretoria, etc. Entre as funções citadas pelo autor e que precisam ser analisadas, destacam-se: gerenciamento do processo conceptivo e da implantação do processo de gestão de qualidade; coordenação e elaboração do diagnóstico da empresa, no que diz respeito à qualidade, análise dos resultados e definição das prioridades de ação; definição do sistema de gestão de qualidade que deverá vir a ser implantado na empresa de acordo com a NBR (Norma Brasileira) ISO (International Organization for Standardization) 9001, bem como o plano de ação para sua instalação; definição de métodos de treinamentos e sensibilização de colaboradores e gerência executiva para o teste de qualidade; definição dos times de qualidade para a elaboração de procedimentos padronizados no espaço gerencial, operacional e técnico da organização; definição dos documentos de qualidade e treino dos times também de qualidade em análise, padronização e racionalização processual, e implementação do ciclo PDCA; avaliação dos resultados dos times na orientação, qualidade e acompanhamento dos processos de implantação dos procedimentos padrões; criação de grupos de auditoria internos dos sistemas

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qualitativos e planejamento das auditorias; elaboração do manual de qualidade, bem como a implantação do mesmo dentro da empresa; avaliação dos resultados alcançados por meio da implantação do sistema de gestão de qualidade e promoção de ações corretivas ideais para o aperfeiçoamento contínuo.

Todavia, Antunes (2008) enfatiza que a consultoria externa também pode ser utilizada caso a empresa não conte com um coordenador de qualidade. Essa consultoria inicia um trabalho por meio do diagnóstico empresarial e através de documentos internos desenvolvidos pela empresa de maneira a levar em consideração sua cultura interna, bem como os trabalhos previamente realizados. Além do acompanhamento de todas as etapas de implantação, desde o diagnóstico e criação do SGQ (Sistema de Gestão de Qualidade), o consultor tem autonomia para verificar a adequação de acordo com os requisitos da norma, até sua íntegra e total implementação e assimilação por todos que utilizam o mesmo.

Para que haja garantia de um processo aquisitivo de produtos e serviços eficientes, as construtoras precisam adotar técnicas que vão desde o planejamento das aquisições como conceituação dos requisitos que precisam ser atendidos, técnicas que precisam ser implantadas, controle dessas aquisições e seu término.

Duca (2015) enfatiza que a contratação dos subempreiteiros pelas empresas do seu estudo é realizada pelo setor de suprimentos e para que a os funcionários iniciem o processo. O engenheiro responsável pela obra deve entregar um formulário devidamente preenchido com as informações de todos os detalhes indispensáveis para a execução das atividades, contendo o escopo, descrição do serviço e levantamento das quantidades que serão utilizadas.

No que diz respeito a compra de materiais, Zanini (2011) observou que inúmeras empresas usam ordem de compra. Esse documento conta com a especificação do material adquirido, bem como a descrição detalhada, quantidade, unidade, valor, condição de pagamento e dados para a emissão da NF (Nota Fiscal), dados da empresa, etc.

Logo em seguida, um cronograma de aquisições é estabelecido, e a definição de prazos e datas depende exclusivamente da política adotada pela construtora. A diferença entre os prazos de requisição, seleção e formalização da contratação, relaciona-se com o tipo da política que o setor responsável por essa etapa escolhe seguir. Algumas construtoras preferem selecionar somente fornecedores

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cadastrados, outras, analisam os documentos e situação legal e fiscal dos futuros contratados para poder habilitá-los ao processo (SERRA e FRANCO, 2002).

De acordo com Serra (2001), a maioria das empresas buscou implementar um banco de dados que possuem as informações acerca do desempenho das subcontratadas para ajudar no sistema de concorrência. Duca (2015) complementando essa ideia, sugere a utilização de formulários avaliativos dos fornecedores, uma vez que, por meio do preenchimento dos mesmos, a construtora consegue criar um banco de dados somente com empreiteiros qualificados. Por meio do processo de desenvolvimento qualitativo, os fornecedores tendem a esperarem que exista mais critério para a escolha dos fornecedores potenciais.

Ohnuma (2003) notou, em seu estudo, que algumas empresas valorizam subempreiteiros qualificados e cadastrados, o que faz com que haja uma seleção aguçada no cadastro de fornecedores. Esse método auxilia no desenvolvimento de vários outros processos, como a escolha para a contratação durante a fase avaliativa dos fornecedores, a gestão de dados gerados pela construtora, etc.

Durante o processo seletivo são determinados alguns requisitos para que os fornecedores estejam aptos para a concorrência. Zanini (2011) fala de alguns critérios utilizados por essas empresas para qualificar os fornecedores: comprovação de experiências passadas; consulta do histórico de fornecimento; testes dos serviços por um tempo; pedido de amostra dos produtos e verificação da certificação do fornecedor.

Todavia, Pereira (2003) afirma que as construtoras divergem em suas opiniões no que diz respeito à contratação das subcontratadas. Para algumas construtoras, a certificação das terceirizadas não é algo que as torne tão diferente das outras, algumas outras construtoras não exigem a certificação por acharem que se trata de uma exigência exagerada para as subempreiteiras.

Vivancos e Cardoso (2000) notaram que as construtoras, com o passar do tempo começaram a exigir critérios de qualidade dos fornecedores de materiais, considerando como um dos principais fatores na seleção dos mesmos, a qualidade. Após a adequação dos requisitos aquisitivos, as construtoras contatam os fornecedores escolhidos para iniciarem os trabalhos.

Duca (2015), em seu estudo de caso, percebeu que a construtora estudada faz uso de um documento padrão para a convocação dos fornecedores. Esse documento é conhecido como carta-convite. O uso desses é uma realidade na maioria dos casos,

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uma vez que, as mesmas registram e passam de maneira adequada as principais informações para os subempreiteiros, de maneira a garantir a agilidade e confiança no processo da concorrência.

As construtoras têm usado da técnica de elaboração de um mapa avaliativo das propostas dos subempreiteiros, o que contribui para a compreensão global da proposta juntamente com a definição antecipada dos principais determinantes do serviço. Sendo assim, a empresa que insistir na contratação utilizando do critério prioritário de menor valor, considerará também os inúmeros outros parâmetros (SERRA e FRANCO, 2002).

Ohnuma (2003) percebeu que uma das construtoras de seu estudo, antes de fechar o mapa de concorrência tenta executar uma negociação e análise das condições previamente impostas por meio da carta-convite com cada subempreiteiro candidato. Desse modo, desde a seleção, as empresas buscam esclarecer os pontos contemplados na carta para evitar futuros problemas após a escolha do subempreiteiro.

3.1 PRÁTICAS DE CONTROLE DE SERVIÇOS E MATERIAIS TERCEIRIZADOS

Vivancos e Cardodo (2000) analisaram algumas construtoras, formalizaram e implantaram técnicas de execução dos serviços para auxiliar as mesmas a dominarem a tecnologia que possivelmente será utilizada posteriormente. Para que houvesse a execução desses documentos, as construtoras tiveram o auxílio dos coordenadores de aproximadamente 40 obras, entre eles, engenheiros, mestres e consultores externos.

Pereira (2003) afirma que ao elaborara técnicas de execução e avaliação dos sistemas gerenciais de qualidade, que as empresas construtoras envolvem as subempreiteiras nos debates sobre as técnicas de execução e também dos critérios de controle. Essa atitude justifica-se pelo fato de que na produção existem inúmeras nuances que não são notadas pelos técnicos, mas que precisam ser tratadas, tornando a participação dos subempreiteiros de cunho positivo.

De acordo com Vivancos e Cardoso (2000), as construtoras aumentaram a política de treinamento da mão de obra, fornecendo capacitação para os operários em consonância com os sistemas de gestão de qualidade. Pereira (2003) afirma que, as

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subempreiteiras seguem as técnicas utilizadas pelas construtoras, mesmo que essas tenham desenvolvido seus procedimentos particulares.

Para Ohnuma (2003) as construtoras realizam um processo de autocontrole da qualidade dos serviços prestados por meio de uma série de controle, sendo:

 Inspeção e testes durante o processo da FVS (Ficha de Verificação de Serviço);

 Controle dos produtos e análise crítica dos problemas notados;

 Ações corretivas e preventivas para a exclusão das causas de não conformidade, a fim de evitar a repetição ou ocorrência.

Zanini (2011) enfatiza que a qualidade dos produtos e serviços percebidos como críticos, interferem na qualidade final do produto. Desse modo, quanto mais relevante for esses itens, maior deve ser sua especificação e qualificação. Sendo assim, é editada uma lista com os principais serviços e produtos controlados durante a obra, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1 – Produtos e Serviços Controlados

Fonte: Zanini, 2011.

Segundo Splendor (2012), as construtoras realizam uma lista com os materiais prioritários. Para que isso aconteça, elas deixam um funcionário para realizar a verificação e as conformidades, para que esses materiais estejam aptos a entrarem nos canteiros de obras, atendendo as especificações e qualidades necessárias.

Vivancos e Cardoso (2000) afirmam que a preocupação das empresas em ter bons funcionários é exacerbada. E que os mesmos passam a exercer papel

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indispensável no controle de garantia de qualidade dos produtos, uma vez que, é deles a responsabilidade de controle de produtos.

Os mestres de obras passaram a ser responsáveis por garantir que os serviços fossem realizados de acordo com os procedimentos de elaboração estabelecidos pelas construtoras. Desse modo, a atividade de controle de qualidade dos serviços que anteriormente era feito de forma informal pelos mestres de obra, e que passou a ser executado formalmente e registrada (VIVANCOS e CARDOSO, 2000).

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4. TÉCNICAS ADOTADAS QUE CAUSAM IMPACTOS NO PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO

Silva (2016) enfatiza que devido à importância de se implantar um sistema de gestão de qualidade, algumas construtoras produzem formulários propostos para gestão, controle de qualidade e execução dos materiais e serviços terceirizados que objetivam garantir a padronização de todo o processo. Algumas técnicas e procedimentos, por mais que utilizem nomenclaturas diferentes possuem a mesma função. Veja algumas delas:

Manual de qualidade: trata-se do documento que conceitua o sistema de gestão de qualidade da empresa, e que é utilizado como referência no momento da implantação e manutenção do sistema. O formato e execução são determinados pela própria organização, às vezes, com a ajuda de um consultor contratado. Nesse manual relata-se o escopo e os procedimentos previamente documentados (FRAGA, 2011).

O objetivo desse manual é detalhar o sistema de gestão de qualidade que a empresa optou por utilizar, e ser referência concreta para clientes e fornecedores externos e internos para a implantação e manutenção desse sistema (PICCHI, 1993). De acordo com Melichar (2013) após a conscientização por parte da gerência das empresas construtoras, bem como o comprometimento dos sistemas de gestão de qualidade das mesmas, percebe-se que a criação de um manual é somente uma semelhança, independentemente do formato, sempre serão notadas neles diretrizes e organizações do SGQ.

De maneira geral, um manual de qualidade estabelece além da descrição do sistema de gestão de qualidade empresarial, as políticas gerais utilizadas para regulamentar o bom funcionamento da empresa relacionado com os aspectos indispensáveis para o bom desempenho da mesma, inclusive as políticas voltadas para as atividades de terceirização.

Silva (2016) defende que cada empresa usa a estrutura mais adequada para as suas necessidades. Até 2008 a elaboração de um manual de qualidade era exigida pelo ISO 9001, porém, em sua versão atualiza da de 2015, o mesmo deixou de ser obrigatório.

Plano de qualidade da obra: Souza e Abiko (1997) afirmam que no manual de qualidade consta o sistema de qualidade aplicado à empresa, porém, dificilmente o

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mesmo conseguirá ser aplicado em todas as obras que a empresa administra, havendo a necessidade de adequação e particularização do sistema de gestão de qualidade. Desse modo, o plano de qualidade possui essa função, ou seja, descrever qual a aplicação do sistema de gestão de qualidade de uma obra, exclusivamente.

O plano explica detalhadamente as especificidades da empresa e do sistema de gestão que deve ser aplicado particularmente em uma obra, abrangendo o controle da projeção a qualidade dos produtos utilizados, a performance na execução, operação e reparo da obra, detalhando os procedimentos que deverão ser utilizados em cada situação (SOUZA E ABIKO 1997).

Ribeiro e Curado (2001) enfatizam que quando se trata da gestão de subempreiteiros, alguns estudos precisam ser realizados no decorrer do processo de planejamento, seja apenas daquela produção ou do empreendimento, de forma geral. Dessa forma, é importante centralizar as decisões no plano de qualidade do empreendimento, que é o instrumento fundamental para aplicar os conceitos de gestão em uma obra.

Ohnuma (2003) afirma que o plano também pode ser utilizado para as atividades que englobem a gestão dos subempreiteiros, já que, vários aspectos abordados nele dizem respeito às atividades prestadas por tais fornecedores.

Procedimentos operacionais de serviços: esses procedimentos descrevem o passo a passo das tarefas a serem executadas, assegurando os resultados esperados e reduzindo diversos tipos de desvios na execução. Os mesmos são arquivados como documentos pelas construtoras e possuem como tema os inúmeros serviços e tarefas executados durante a obra, desde as gerenciais até a contratação de funcionários, serviços e produtos, bem como os serviços de campo (MOREIRA, 2014).

A elaboração dos procedimentos padrões dos diversos processos é uma das táticas para o alcance do sucesso na implementação dos programas qualitativos das construtoras. Além de marcar a tecnologia e fazê-la parte do patrimônio empresarial essa prática permite a transmissão das exigências aos subempreiteiros de forma clara (PEREIRA, 2003).

Os PES (Procedimentos de Execução de Serviços) detalham de que forma as tarefas podem ser executadas. E é a partir de então que são geradas as FVS. Portanto, todos os envolvidos no processo e nas etapas de construção precisam estar treinados e cientes no mesmo (MELICHAR, 2013).

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Os procedimentos precisam ser especificados e sucintos, englobando as características julgadas como as mais importantes no momento da execução do serviço, bem como para o desempenho do produto após a obra ser entregue ao comprador. Além disso, os mesmos precisam ser elaborados com base nas normas técnicas existentes no Brasil, na experiência dos profissionais de diversas áreas, de projetos, planejamento e manutenção. Esses procedimentos têm que fazer parte do acervo empresarial para serem usados quando precisarem (SOUZA e ABIKO, 1997).

De acordo com Serra (2001), as subempreiteiras que executam os serviços específicos costumam elaborar seus próprios procedimentos durante a execução dos serviços. Já as subempreiteiras que executam serviços não tão específicos não têm procedimentos, e diversas vezes não procuram cria-los. De maneira geral, as construtoras usam seus procedimentos operacionais para criarem diretrizes executivas e posteriormente fornecer as terceirizadas, que quase sempre não contam com procedimentos operacionais próprios. Desse modo, os procedimentos servem como referencial de execução, tendo em contrato e servindo como elemento para a análise das conformidades dos serviços fornecidos pelas terceirizadas.

Fichas de análise de serviços: Melichar (2013) afirma que as fichas verificativas dos serviços são as ferramentas mais utilizadas pelas construtoras no intuito de controlar a qualidade constante na inspeção e rastreabilidade.

Essas fichas precisam ser elaboradas para cada tipo de serviço e precisa possuir campos sem preenchimentos, para que os mesmos sejam ocupados na obra, durante o processo de execução da mesma. As fichas funcionam como um registro de qualidade adquirida pelos serviços, que se faz necessária para a retroalimentação sistemática (SOUZA e ABIKO, 1997).

Em seus estudos, Fraga (2011) notou que uma das técnicas adotadas pelas construtoras é o acompanhamento da obra a fim de analisar se o processo executivo está sendo realizado de acordo com as solicitações da norma. No mesmo, se faz o uso de uma tabela checklist citando todos os indicadores que deverão ser avaliados, como: limpeza e organização, estocagem, manutenção de qualidade, etc. Nesses itens encontram-se subitens mais detalhados para cada assunto.

As construtoras elaboram ficha de verificação de serviços de acordo com os procedimentos que monitoram e controlam a execução dos trabalhos, objetivando a qualidade final do produto (MOREIRA, 2014). De acordo com Melichar (2013) ao registrar os serviços executados, facilita que sejam detectadas as conformidades, bem

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como a adoção das ações de correção, e se, a situação for oposta, há a comprovação de que o serviço foi realizado de forma correta.

Controle de materiais: A especificação de produtos deveria seguir um critério de definição de requisitos para a aquisição dos mesmos. Por meio desses processos qualificativos tanto dos fornecedores quanto dos produtos, escolhe-se apenas aqueles fornecedores com condições de atender as exigências solicitadas. Tais especificações precisam estar em contratos e também nos pedidos, sendo analisadas por meio do controle dos documentos de compra. Por meio do planejamento e controle dos materiais, almeja-se a qualidade desse processo, garantindo às obras o atendimento qualitativo dentro do prazo e da qualidade previamente combinados (PICCHI, 1993). O material que é depositado no canteiro de obras, precisa passar pelo controle no momento do recebimento para ser registrada a qualidade dos mesmos. Esses registros vão diretamente para a retroalimentação sistêmica. Desse modo, as especificações precisam ser aperfeiçoadas e os cadastros sempre atualizados. A implementação desse sistema, em um primeiro momento, pode se mostrar um tanto quanto custoso, fazendo-se necessária a racionalização e o controle, analisando apenas as características denominadas essenciais e simples. Com o passar dos anos, algumas especificações mais detalhadas podem ser estabelecidas em consonância com fornecedores mais preparados (SOUZA E ABIKO, 1997).

Procedimento gerencial da contratação de serviços: esses procedimentos detalham passo a passo do processo de contratação de serviços, estabelecendo diretrizes para a análise e escolha dos prestadores. Ohnuma (2003) enfatiza que esses procedimentos de gerência agem como fluxo de informações de apoio, orientando e auxiliando indivíduos no processo de escolha.

Choma e Choma (2007) enfatizam que os problemas corriqueiros da contratação têm início pela falta de padronização dos processos empresariais, que permitem que ocorram situações diferentes na contratação em diversas obras de uma mesma empresa construtora. Sendo assim, surge a importância de estabelecer diretrizes nos momentos de seleção e contratação dos terceirizados.

A proposta metodológica do desenvolvimento das avaliações e seleções é uma ferramenta que tende a minimizar os problemas ocorridos entre a empresa que contratou e a empresa que foi contrata da (SERRA e FRANCO, 2001).

De acordo com Serra e Franco (2002) a técnica de contratação dos serviços contratados de uma construtora segue as seguintes etapas:

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1) Pesquisa de mercado que objetiva a identificação dos subempreiteiros mais capacitados;

2) Quando há uma empresa favorável, o envio de carta-convite para a participação de um tipo de concorrência livre pela empresa;

3) Elaboração do mapa de cotação com serviços e ofertas recebidas; 4) Análise central das propostas, levando em consideração os preços e condições de pagamento, bem como os prazos de entrega, qualidade do serviço e do atendimento;

5) Após a escolha final e contratação dos fornecedores, a avaliação trimestral continua.

A importância desse processo de seleção, avaliação inicial e de desempenho dos terceirizados são advindos do fato de que o fornecedor acaba se tornando uma extensão do contratante.

Dessa forma, busca-se analisar a capacidade técnica, administrativa e gerencial antes de contratá-lo efetivamente, e também continuar avaliando-o periodicamente enquanto estiver prestando serviços ainda (OHNUMA, 2003).

Diante do exposto, os procedimentos de gerência de contratação de serviços tornam-se ferramentas indispensáveis para auxiliar os gestores responsáveis pela terceirização durante o processo de contratação das empresas que prestam serviços, além de fornecerem diretrizes para que haja a contratação dos subempreiteiros mais indicados na execução de determinados serviços.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A terceirização no setor civil é uma técnica recorrente e indispensável, uma vez que, na construção civil existem inúmeras atividades que se deixadas apenas para uma empresa, não alcança o resultado esperado. Algumas dessas atividades apresentam riscos envolvidos, tanto financeiros quanto estruturais.

A terceirização acarreta vantagens consideráveis para o setor, uma vez que, impulsionam a produção e influenciam o setor a continuar utilizando-se dessa prática. A terceirização além de reduzir custos de encargos sociais, gera flexibilidade de serviços, faz com que as empresas construtoras foquem somente nos produtos finais, deixando a responsabilidade executória por conta das terceirizadas.

Todavia, notou-se no decorrer deste, a importância de as construtoras possuírem um modelo de gestão para os subempreiteiros a fim de contratar, selecionar, administrar e controlar os serviços prestados, bem como os produtos fornecidos pelos mesmos. Tais modelos apresentam diretrizes em todas as etapas processuais da aquisição de materiais e serviços, e auxiliam na gestão de tomada de decisões.

As construtoras esperam das terceirizadas a capacidade de execução de determinados serviços de maneira eficaz, a fim de reduzir perdas e gastos. A terceirização é uma realidade abrangente e crescente nesse setor, todavia, há muito o que evoluir por ambas as partes para que os objetivos traçados sejam alcançados. Vale salientar também que é de extrema importância que os contratos sejam claros e específicos em suas cláusulas, a fim de designar as responsabilidade e atribuições específicas de cada parte, para evitar problemas e contradições futuras.

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REFERÊNCIAS

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OHNUMA, D. K. Modelo de processos para a gestão de subempreiteiros: estudos de casos em empresas construtoras de edifícios. 2003. 188p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo.

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