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DERAL - Departamento de Economia Rural

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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DERAL - Departamento de Economia Rural

ANÁLISE DE CONJUNTURA AGROPECUÁRIA AVICULTURA DE POSTURA

2012/2013

PANORAMA MUNDIAL

Segundo a FAO (Anualpec 2013, p. 261), a produção mundial de ovos em 2011 ficou em torno de 1,220 trilhão de unidades anuais, espalhando-se por todos os continentes do planeta.

Os principais países produtores de ovos (unidades) são: China (482,974 bilhões), EUA (91,855 bilhões), Índia (63,500 bilhões), México (47,623), Japão (41,900 bilhões), México (47,623 bilhões), Rússia (40,788 bilhões) e Brasil (40,731 bilhões).

No contexto mundial a produção de ovos para consumo humano é crescente, partindo de 1,022 trilhões de unidades em 2003, para 1,220 trilhões em 2011, o que resultou num crescimento de 19,41% no período.

TABELA 01 – PRODUÇÃO MUNDIAL DE OVOS, SEGUNDO PRINCIPAIS PAÍSES, 2002, 2006 e 2011. (milhões de unidades) Países/Anos 2003 2006 2011 China 403.600 418.718 482.974 EUA 87.473 91.800 91.855 Índia 40.403 50.663 63.500 Japão 42.173 41.611 41.900 México 37.451 45.801 47.623 Rússia 36.296 37.651 40.788 Brasil 31.423 35.207 40.731 Total 1.021.583 1.088.225 1.219.900

Fonte: FAO (Anualpec 2012 - FNP Consultoria e Agroinformativos)

De acordo com estes dados estatísticos da FAO e no mesmo período de análise, o Brasil experimentou um crescimento de 29,62% na produção nacional de ovos, saindo de 31,423 bilhões de unidades em 2003, para 40,731 bilhões em 2011.

Entre os produtores mundiais, sete países representam 66,59% da produção mundial. O Brasil aparece na condição de sétimo produtor de ovos, com 40,731 bilhões de unidades anuais, que representam 3,34% da produção total do mundo.

Considerando o panorama mundial de produção, demanda de alimentos e o crescimento populacional, combinado com a crise econômica mundial que acomete especialmente os países centrais, supõe-se que a produção de ovos tende a estabilização ou na melhor hipótese a um ligeiro crescimento de não mais que 2%, puxado principalmente pelos

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países emergentes (China, Índia e Brasil). PANORAMA NACIONAL

A distribuição geográfica do plantel de aves poedeiras de ovos comerciais (ovos brancos e vermelhos), dá-se da seguinte forma: 50,2 (região Sudeste), 20,1% (região Sul), 15,7% (região Nordeste), 10,3% (região Centro-Oeste) e 3,7% (região Norte).

De 2003 a 2012, o plantel nacional de poedeiras comerciais cresceu 33,95% - 63,862 milhões de cabeças (2003), para 85,546 milhões de cabeças (2012).

TABELA 02 – BRASIL: PLANTEL DE POEDEIRAS COMERCIAIS, 2003, 2007 e 2012 (em mil cabeças)

Regiões Ovos

brancos Ovos vermelhos Total Part. %

2003 2007 2012 2003 2007 2012 2012 * 2012 Norte 1.438 1.207 1.763 388 838 1.427 3.190 3,7 Nordeste 8.113 7.583 9.670 1.758 6.307 3.723 13.393 15,7 Sudeste 28.019 22.920 31.018 7.393 4.132 11.942 42.960 50,2 Sul 5.991 4.744 6.197 5.861 5.705 11.007 17.204 20,1 C. Oeste 3.614 3.538 6.741 1.287 2.913 2.058 8.799 10,3 Brasil 47.175 39.992 55.389 16.687 19.895 30.157 85.546 100,0

Fonte: Anualpec 2012 (FNP Consultoria e Agroinformativos) Nota: * 2012 (ovos brancos + ovos vermelhos)

Produção de ovos, segundo o IBGE

Quando se trata de dados estatísticos da avicultura de postura, tem-se como fontes: ANUALPEC, IBGE, UBABEF e CONAB.

O IBGE, realiza três pesquisas, a saber: Censo Agropecuário (último foi realizado em 2006), Pesquisa da Pecuária Municipal (últimos dados de 2011) e a Pesquisa Trimestral de Ovos (última de 2012, mas com produção nacional parcial - estabelecimentos com mais de 10.000 aves poedeiras).

TABELA 03 - BRASIL e REGIÕES - Produção de ovos comerciais, 2002 e 2011 (em 1000 dúzias)

Brasil e Regiões 2002 (A) 2011 (B) Var. % (B/A)

Brasil 2.579.213 3.394.020 31,59 Norte 63.008 126.004 99,98 Nordeste 439.396 513.761 16,92 Sudeste 1.182.434 1.437.184 21,54 Sul 684.047 926.318 35,41 Centro Oeste 210.328 390.754 85,78

Fonte: IBGE (www.sidra.ibge.gov.br) - Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM)

Assim, por esta pesquisa do IBGE (2011) o Brasil produz 3,394 bilhões de dúzias de ovos ou 40,728 bilhões de unidades (ovos).

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base: 2011): Sudeste (42,34%), Sul (27,29%), Nordeste (15,14%), Centro Oeste (11,51%) e Norte (3,71%).

De 2002 para 2011, as citadas regiões geográficas brasileiras, experimentaram crescimento da produção de ovos, conforme segue: Centro Oeste (85,78%), Norte (99,98%), Sul (35,41%), Sudeste (21,54%) e Nordeste (16,92%).

TABELA 04 - BRASIL e PRINCIPAIS ESTADOS: Produção de Ovos Comerciais, 2002 a 2011

(1.000 dúzias)

Brasil/Estados 2002 (A) 2011 (B) Var. % (B/A) PartIc. % - 2011

Brasil 2.579.213 3.394.020 31,59 -São Paulo 769.711 881.445 14,52 25,97 Minas Gerais 319.133 366.452 14,83 10,80 Paraná 289.216 388.733 34,41 11,45 Rio G. do Sul 242.497 315.611 30,15 9,30 Santa Catarina 152.325 221.974 45,72 6,54

Fonte: IBGE (www.sidra.ibge.gov.br) - Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM)

Depois de vislumbrar as regiões geográficas, tem-se que os cinco estados da federação, principais produtores de ovos, são: São Paulo (25,97%), Minas Gerais (10,80%), Paraná (11,45%), Rio Grande do Sul (9,30%) e Santa Catarina (6,54%).

Dentre cinco estados com destaque na produção de ovos, Santa Catarina foi o que apresentou o maior crescimento na produção de ovos comerciais, no período de 2002 a 2011, um percentual de 45,72%.

De outro lado, os estados de São Paulo e Minas Gerais, foram aqueles que amargaram a pior performance produtiva, respectivamente 14,52% e 14,83.

No Paraná, as regiões que destacam-se são: Sudoeste (28,9%), Oeste (27,9%), Norte Central (19,5%), Noroeste (7,9%) e Metropolitana de Curitiba (7,0%).

Já os municípios paranaenses principais produtores de ovos comerciais, são (milhões de dúzias): Arapongas (30,64), Cascavel (27,45), Dois Vizinhos (24,03), Cruzeiro do Sul (18,74), Pato Branco (16,60), Santo Antônio da Platina 12,96), Mandaguari (10,87), Capitão Leônidas Marques (10,37) e Lapa (10,00).

Quando se trata de Brasil, os principais municípios produtores de ovos, são (milhões de dúzias): Bastos - SP (226,03), Santa Maria de Jetibá - ES (153,65), Itanhandu - MG (84,09), Primavera do Leste - MT (62,23), Manaus - AM (56,00) e Montes Claros - MG (41,82).

Produção de ovos de galinha aumenta 4,8% em relação a 2011

A produção de ovos de galinha em 2012 (2,689 bilhões de dúzias) aumentou 4,8% em relação a 2011, enquanto o efetivo de galinhas, de 499.855 mil cabeças, no último dia do ano cresceu 3,9%, segundo informações da Pesquisa Trimestral de Ovos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelo levantamento do IBGE (Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos), em 2012, a produção brasileira de ovos de galinha atingiu 2,689 bilhões de dúzias.

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No Paraná, no período em análise a produção anual foi de 256,534 milhões de dúzias, 1,07% a menos que aquela obtida em igual período de 2011, cuja produção atingiu 259,316 milhões de dúzias.

São Paulo é o principal estado produtor de ovos de galinha, participando com 29,22% do total nacional, seguido por Minas Gerais (10,87%), Paraná (9,54%), Rio Grande do Sul (7,77%), Espirito Santo (7,15%), Mato Grosso (6,10%), Santa Catarina (5,49%), e, Goiás (5,47%).

TABELA 05 - PARANÁ e BRASIL - Produção de ovos de galinhas - 2007 a 2012

Ano Paraná (1.000 dz) Brasil (1.000 dz)

2012 256.534 2.689.451 2011 259.316 2.566.720 2010 229.647 2.457.877 2009 224.338 2.360.972 2008 213.406 2.281.542 2007 205.777 2.168.906

Fonte: IBGE Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos (www.sidra.ibge.gov.br/bda)

-Nota: 1 - O levantamento do IBGE não corresponde à produção total do País, pois as informações levantadas

originam-se de estabelecimentos com plantel de, no mínimo, 10 mil galinhas poedeiras. A produção efetiva brasileira é maior que a apontada. 2 - O número levantado abrange todos os tipos de ovos de galinhas produzidos, ou seja, incluem também os ovos férteis para a produção de matrizes e comerciais, de corte e e postura.

Em 2012, o estado que destacou-se positivamente foi o Espirito Santo que experimentou aumento de 17,1% sobre o ano anterior, vindo a seguir o Mato Grosso, com crescimento de produção de 16,5%.

Dentre os estados principais produtores, o destaque positivo foi apenas São Paulo, que teve crescimento de 4,9%, sendo que nos outros o que se viu foi decréscimo na produção - Minas Gerais (- 2,1%), Paraná (-1,08%) e o Rio Grande do Sul (- 0,4%)

As exportações de 2012 (Brasil): US$ 100,421 milhões e 36.533 toneladas

Segundo o AGROSTAT Brasil, em 2012, as exportações brasileiras de ovos e gemas de ovos somaram US$ 100,42 milhões para um volume de 36.533 toneladas, inferior à performance de igual período de 2011.

Já no tocante ao valor exportado (4,66%: receita cambial), porém com crescimento de 20,96%, no volume exportado.

Para o Paraná no período analisado, viu-se uma queda tanto da receita cambial (44,74%), e também no volume exportado (40,51%).

Considerando-se o ano de 2010, 2011 e 2012, eis os dados da exportação nacional, segundo os produtos:

Ovos (receita cambial, volume e preço médio)

2012: (US$ 100.420.502, 36.533 toneladas e US$2.748,76/t), 2011: (US$ 105.326.980, 30.203 toneladas e US$ 3.487,30/t) e 2010: (US$ 109.929.000, 41.026 toneladas e US$ 2.679,50/t).

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São os principais exportadores desse produto: Minas Gerais (16.102 toneladas e US$ 29,077 milhões), Rio Grande do Sul (11.048 toneladas e US$ 18,100 milhões), São Paulo (4.466 toneladas e US$ 29,257 milhões), Paraná (2.378 toneladas e US$ 11,626 milhões) e Santa Catarina. (1.359 toneladas e US$ 7,763 milhões),

TABELA 06 - PARANÁ e BRASIL - Exportações de Ovos e Gemas de Ovos - 2008 a 2012

Ano Quantidade (Kg) Valor (US$ FOB) -

BRASIL 2012 36.532.974 100.420.502 2011 30.203.310 105.326.980 2010 41.025.983 109.929.000 2009 46.534.039 82.097.076 2008 45.242.737 91.647.044 PARANÁ 2012 2.377.518 11.626.022 2011 3.996.209 21.038.049 2010 4.329.040 19.612.162 2009 3.680.234 11.999.570 2008 4.325.212 19.366.767

Fonte: Agrostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC (www.agricultura.gov.br)

Gemas de Ovos (receita cambial, volume e preço médio)

2012: (US$ 173.132,58, 58 toneladas e US$ 2.985,03/t e 2011: (US$ 1.522.992, 535 toneladas e US$ 2.846,71/t. São exportadores desse produto: São Paulo e Paraná.

Em 2010 o Paraná passou a exportar gemas de ovos, atingindo um volume de 3.217 kg e receita cambial de US$ 22.301.

Somando-se ovos e gemas de ovos, eis os números (receita cambial, volume e preço médio):

2012: US$ 11.626.022, 2.378 toneladas e US$ 4.888,99/t e 2011: US$ 21.038.049, 3.996 toneladas e US$ 5.264,48/t e 2010: US$ 19.612.162, 4.329 toneladas e US$ 4.530,41/t). O bom desempenho das exportações é resultado de esforços do Instituto Ovos Brasil junto ao mercado externo, via ações promocionais do produto do setor de postura, como a instituição da marca “Brazilian Egg” e a promoção do ovo nacional em feiras internacionais.

Também o setor de postura participou de uma série de encontros com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), buscando destravar a abertura de determinados mercados-alvo, o que resultou na conquista de mais mercados e a exportação atual para 24 países, dos quais cita-se alguns:

Angola, Emirados Árabes, Japão, Arábia Saudita, Uruguai, Bélgica, Catar, Portugal, Kuwait, Estados Unidos da América, Bolívia, Omã, Congo e Tailândia.

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TABELA 07 - BRASIL - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO, DISPONIBILIDADE INTERNA E PLANTEL DE POEDEIRAS COMERCIAIS, 2006 a 2012

Ano Produção (milhões

de unidades) Exportação (milhões de unidades) Disponibilidade Interna (milhões de unidades) Plantel de Poedeiras (1.000 cabeças) 2006 23.575,30 382,30 23.198,30 98.696,20 2007 24.251,00 523,80 23.733,40 85.226,50 2008 22.670,00 904,90 21.773,10 78.654,40 2009 22.181,00 930,70 21.254,40 77.910,20 2010 21.269,00 820,50 20.451,70 73.175,00 2011 20.843,60 483,80 20.362,10 71.711,50 2012 * 21.885,78 580,56 21.275,22 75.297,75

Fonte: Conab/Sugof/Geole - Julho/2011. * Estimativa da Conab

Nota: 1 - Plantel de Poedeiras e produção de Ovos (Fonte: Associação Paulista de Avicultura - APA; 2 - Exportação e

+Importação (Fonte: SECEX). Importação (milhões de unidades): 2006 (5,3), 2007 (6,2), 2008 (8,0), 2009 (4,1), 2010 * (3,2) e 2011 * (2,3); - Disponibilidade per capita (unidade/hab/ano): 2006 (125,0), 2007 (126,5), 2008 (114,8), 2009 (111,0), 2010 * (105,8) e 2011* (104,5); - População (milhões de habitantes): 2006 (185,56), 2007 (187,64), 2008 (189,61), 2009 (191,48), 2010 * (193,25) e 2011 * (194,93) - * SEAB/Deral (estimativa)

PANORAMA ESTADUAL

Segundo dados do DERAL/DEB (2011), no Paraná, as regiões que se destacam na produção de ovos de galinha para consumo, são: Apucarana (18,9%), Paranavaí (14,49%), Maringá (13,6%), Cascavel (10,8%), Francisco Beltrão (9,7%) e Curitiba (7,3%). No período de 2007 (184,03 milhões de dúzias) para 2011 (172,12 milhões de dúzias), a produção de ovos decresceu 6,5%, sendo responsáveis por isso as regiões de Toledo, Curitiba, e Paranavaí, fato decorrente de sucessivas crises cíclicas de preços e custos, modernização da atividade, aliada à oscilação e mudança na demanda de ovos.

No contexto da economia agropecuária, em 2011, a avicultura de postura teve Valor Bruto de Produção de R$ 225,34 milhões, maior que a do ano anterior que atingiu a cifra de R$ 206,61 milhões.

O Valor Bruto de Produção da agropecuária paranaense, R$ 50,5 bilhões, em 2011, sendo que a avicultura de postura (ovos comerciais) contribuiu com R$ 225,34 milhões (172,01 milhões de dúzias).

Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) o Valor Bruto da Produção Animal de 2012, atingiu a cifra de R$ 153,778 bilhões, distribuídos assim: Carne Bovina (62,180 bilhões), Carne de Frango (42,335 bilhões), Leite (30,315 bilhões), Carne Suína (10,841 bilhões) e Ovos (8,108 bilhões, produção de 88,264 milhões de caixas de 30 dúzias de ovos e um preço médio real de R$ 2,76 por dúzia).

As mais recentes projeções da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2013 o valor bruto da produção (VBP) da pecuária brasileira deve aumentar 9,07 em 2013, atingindo a cifra de R$ 167,726.

Para a avicultura de postura a expectativa é que o VBP 2013 cresça 16,15%, passando de R$ 8,108 bilhões (2012) para 9,417 bilhões (2013), resultado de um crescimento de 3% na produção de ovos (90,912 milhões de caixas 30 dúzias) e de 12,88% nos preços ao produtor.

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Preços de produtos da agropecuária

No Paraná o preço médio anual ao produtor, cresceu 16,75 % em relação ao ano de 2011. Quando se analisa o ano de 2012 para a avicultura de postura, é apropriado que se vislumbre duas etapas: a de janeiro a agosto e a de setembro em diante.

Numa visão da evolução dos preços médios do ovo no decorrer do ano de 2012, vê-se que até agosto (R$ 51,89/caixa 30 dúzias) a tendência foi de crescimento, porém a partir de setembro (R$ 47,99/caixa de 30 dúzias), o preço começou a sofrer a influência mais acentuada da alta dos custos de insumos, em especial, do farelo de soja e do milho. TABELA 08 - PARANÁ - PRODUTOS DA PECUARIA E INSUMOS: PREÇOS MÉDIOS NOMINAIS ANUAIS RECEBIDOS E PAGOS PELOS PRODUTORES, de 2011 e 2012

Produtos & Preços 2011 2012 Var.% (2012/2011)

Produtor

Boi gordo (@) 95,57 93,38 - 1,98

Suíno raça (kg) 2,24 2,38 6,25

Frango vivo (kg) 1,76 1,94 10,23

Ovo Branco Grande (30 dz) 41,43 48,38 16,75

Leite 0,78 0,80 2,56 Milho (Sc 60 kg) 22,41 23,52 4,95 Soja (Sc 60 kg) 42,08 59,41 41,18 Atacado Milho (Sc 60 kg) 25,47 27,02 6,09 Farelo de Soja (t) 642,52 1.018,42 58,50

Fonte: SEAB-PR - DERAL/DEB

Até agosto de 2012 o preço do ovo ao produtor (tipo grande), elevou-se atingindo valor médio estadual de R$ 51,89/caixa de 30 dúzias. O preço médio estadual de setembro foi de R$ 47,99/caixa 30 dúzias e o de outubro foi 47,07, sendo que a partir de novembro retomou caminho de alta atingindo valor de R$ 52,71 e chegando em dezembro no valor de R$ 55,63, o melhor mês para o segmento.

No ano de 2012, o preço do farelo de soja subiu 58,5%, enquanto que o milho (atacado) elevou-se 6,09%, numa comparação com o preço médio nominal de 2011, pressionando os custos de produção dos avicultores e reduzindo as margens de comercialização.

TABELA 09 - PARANÁ – OVOS TIPO GRANDE: PREÇOS MÉDIOS NOMINAIS NOS 3 NÍVEIS DO MERCADO, 2008 a 2012 Período Ao Produtor (R$/ cx 30 dz) Atacado (R$/ cx 30 dz) Varejo (R$/Dz) 2008 39,87 45,07 2,46 2009 34,29 42,56 2,34 2010 35,51 41,13 2,36 2011 41,43 45,73 2,57 2012 48,38 51,95 2,94

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Em 2012, apesar do susto com a elevação do valor dos principais insumos (milho e soja), devido a seca no Brasil (América do Sul) e a quebra da safra dos EUA, o preço do ovo terminou o ano maior que o de 2011, nos três níveis do mercado (ao produtor, no atacado e varejo), possibilitando a recuperação das margens de lucro e da rentabilidade da atividade avícola de postura.

Com a explosão do preço das matérias-primas, o setor avícola de postura buscou ajustar a oferta de ovos à demanda no mercado consumidor, acelerando o descarte das galinhas e reduzindo o alojamento de pintinho.

Também, buscou alternativas visando reduzir os custos de produção, via substituição do farelo de soja, introduzindo à ração de aves maiores proporções de sorgo, aminoácidos sintéticos e enzimas, por exemplo.

O bom desempenho dos preços dos ovos nos três níveis do mercado, apesar da alta dos custos de produção no segundo semestre de 2012, foi conseguido graças a oferta compatível com a demanda e o melhor poder aquisitivo do consumidor, que ajudaram a sustentar os preços dos ovos em patamares maiores daqueles vigentes em 2011 e anteriores.

Mas, o setor avícola de postura adentrou o ano de 2013 preocupado com os preços do milho, principal insumo da avicultura de postura, juntamente com o farelo de soja, cujos preços fecharam o ano em valores maiores daqueles registrados em 2011.

TABELA 10 - PARANÁ - OVO, MILHO e FARELO DE SOJA: COTAÇÕES MÉDIAS ANUAIS e RELAÇÃO DE TROCA , 2008 a 2012

Ano/Itens Ovo (A) Milho (B) Farelo de Soja (C) B/A * C/A

2008 39,87 (0,66) 21,96 698,99 36,60 1,059,08 2009 34,29 ((0,57) 18,74 814,27 32,88 1.428,54 2010 35,51 (0,59) 18,13 634,33 30,73 1.075,14 2011 41,43 (0,69 25,47 642,52 36,91 931,19 2012 48,38 (0,81) 27,02 1.018,43 45,70 1.257,31 Fonte: SEAB/DERAL

Nota: * Dúzias de ovos necessários para aquisição de uma saca de milho (60 kg) ou uma tonelada de farelo de soja. (A) - Branco, grande, na granja, PR (R$/caixa de 30 dúzias e R$/dúzia); (B) - R$/Saca de 60 kg, Atacado, PR; (C) - R$/tonelada, Atacado, PR

Na Tabela 10, expõe-se as cotações médias de milho e farelo de soja, principais insumos utilizados na atividade criatória e a relação de troca (poder de compra), frente aos mesmos. Quanto ao milho, a relação de troca mais favorável foi em 2010 e a pior, em 2011 e 2012, enquanto que para o farelo de soja, os piores momentos foram em 2009 e 2012.

IMPORTÂNCIA DA AVICULTURA DE POSTURA PARA A ECONOMIA PARANAENSE A avicultura de postura têm significativa importância para a economia paranaense, contribuindo para a geração de empregos diretos e indiretos em toda cadeia produtiva (granjas, fábricas de rações, matrizeiros, atacadistas,varejistas, indústrias de processamento de alimentos, etc).

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Gera renda e riqueza para muitos municípios paranaenses. Fortalece e possibilita a diversificação da economia agropecuária. Fornece um alimento de alto valor nutritivo a preços acessíveis aos consumidores, quando comparado com outras fontes de proteína de origem animal (carnes e produtos cárneos, leite e produtos derivados).

É fator de agregação de valor para a produção de milho e soja do estado do PR, resultando em um produto de alto valor nutritivo e fonte de proteína (ovo). Possibilita a diversificação do parque agroindustrial paranaense e da economia agropecuária.

Contribui para a geração de renda e riqueza para a economia agropecuária. - VBP 2011: R$ 225,34 milhões, sobre o VBP da Pecuária (R$ 21 bilhões), VBP da agricultura (R$ 26,16 bilhões) e sobre o VBP da agropecuária paranaense (R$ 50,50 bilhões). Em 2012, as exportações brasileiras de ovos e gemas de ovos geraram US$ 100,42 milhões, resultando para o Paraná US$ 11,63 milhões.

Portanto, é de vital importância a busca permanente pelo fortalecimento da avicultura de postura do Estado do Paraná, historicamente o 3º produtor nacional de ovos comerciais e plantel de aves de postura (2011: 9,54% da produção). É necessária e fundamental a modernização da atividade avícola de postura (equipamentos, implementos agrícolas, instalações - galpões, etc).

PERSPECTIVAS PARA 2013

Para 2013 continua a expectativa e preocupação do setor avícola de postura, acerca do comportamento dos preços do milho e do farelo de soja. Os custos de produção dos ovos, tenderão a continuar elevados, especialmente devido a manutenção dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional.

O consumo per capita, que em 2011 e 2012 ficou em 160 - 162 por habitante, conforme informações do Instituto Ovos Brasil, deve permanecer estável com tendência de elevação, especialmente por conta das campanhas em prol do ovo (nutritivo e saudável) e do maior poder de compra dos consumidores.

Um grande desafio para a cadeia de postura será a implementação total do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC). Outro desafio será resolver o impasse sobre a Instrução Normativa 59 (2/12/2009), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa), que exige uma série de adequações nas granjas, entre elas a colocação de telas em todos os galpões avícolas.

Também, há no setor avícola de postura a expectativa da abertura de novos mercados e o fomento das exportações de ovos (2010: 41.026 t e US$ 109,93 milhões, 2011: 30.205 t e US$ 105,35 milhões e 2012: 36.533 t e US$ 100,42 milhões), objetivando reduzir a dependência do mercado interno.

Outras demandas ou desafios para o setor avícola de postura, são: bem estar animal, elaboração e divulgação de informações, tendências de mercado e aperfeiçoar a comercialização de ovos. Segundo a UBABEF a produção nacional de ovos comerciais situam-se nos seguintes patamares: 2010 (28.851.931.851 unidades), 2011 (31.554.292.135 unidades) e 2012 (31.775.108.1257 unidades).

---Responsável: Roberto de Andrade Silva

Referências

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