TEORIA
DO ESTADO
ROTEIRO DAS AULAS ... 5
Aula 1: Apresentação do Curso ... 5
Aula 2: O signifi cado das palavras e o feitiço da linguagem ... 6
PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA. ... 7
AULA 3: POLÍTICA, PODER E ESTADO: CONHECENDO OS CONCEITOS ... 7
Aula 4: O conceito de Estado moderno ... 8
Aula 5: Ideologia e dominação ... 9
PARTE II: DEMOCRACIA E SUAS TEORIAS ... 10
Aula 6: Democracia e liberalismo ... 10
Aula 7 e 8: Os diferentes modelos institucionais das democracias contemporâneas e suas restrições à vontade da maioria. ... 12
Aulas 9, 10 e 11: A democracia pluralista. ... 13
Aulas 12, 13 e 14: A democracia minimalista. ... 14
Aula 15 e 16: A democracia participativista. ... 15
PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL ... 16
Aulas 15 e 16: A transição democrática ... 16
Aula 17: As características do sistema político brasileiro (visão negativa). ... 17
Aula 18: As características do sistema político brasileiro (visão positiva). ... 18
Aula 19 e 20: Democracia e Reforma Política ... 19
Aulas 21, 22 e 23: Democracia, Direito e Poder Judiciário ... 20
BIBLIOGRAFIA ADICIONAL ... 21
IV. ANEXO Seleção de fotos e documentos sobre a democracia brasileira e a história política do país. ... 24
1. APRESENTAÇÃO GERAL
a) Tema. A democracia moderna é o tema do curso de Ciência Política. Ele constará de três partes:
1. O conceito de política; 2. Teorias da democracia; 3. A democracia no Brasil.
A segunda parte será especialmente enfatizada.
b) Abordagem: O curso buscará apresentar visões confl itantes sobre os assuntos tra-tados.
c) Organização: O curso foi montado com base em tópicos, que serão analisados de maneiras distintas por diferentes autores. A ênfase nessas visões confl itantes justifi ca a extensão das leituras e a eventual repetição de assuntos ao longo do programa. A opção pelo estudo da democracia moderna levou necessariamente à exclusão de alguns autores clássicos na matéria, especialmente os mais antigos.
2. OBJETIVOS
Os principais objetivos do curso são:
• Apresentar os conceitos fundamentais da análise política contemporânea; • Identifi car as idéias centrais das teorias do Estado democrático;
• Examinar os principais problemas da construção democrática no Brasil do século XX.
Uma preocupação constante do curso é a relação entre política e direito. Haverá ênfase na dimensão política do direito.
O curso tem duas metas: primeiro, desenvolver nos alunos a capacidade de visualizar a política e a democracia de forma menos convencional; segundo, estimular os alunos a perceberem a democracia como um processo em permanente aperfeiçoamento, para o
4. DESAFIOS E DIFICULDADES
Foram escolhidos alguns dos melhores autores contemporâneos nacionais e estran-geiros, independentemente da difi culdade dos textos. Cabe ao professor torná-los inte-ligíveis. A outra opção seria adotar livros de divulgação, do tipo “Introdução à Ciência Política”. Estes não seriam difíceis de ler; entretanto, dariam aos alunos uma falsa sensa-ção de segurança em assuntos muito controversos, entre outras limitações.O programa incorpora uma longa bibliografi a, em acréscimo aos textos que deverão ser lidos pelos alunos. Essa bibliografi a será utilizada pelo professor, e poderá servir, eventualmente, a futuros interesses dos alunos.
5. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados com base em:
a. Duas provas escritas e participação em aula;
b. Uma prova fi nal para aqueles que não obtiverem média semestral igual ou superior a sete (7,0).
ROTEIRO DAS AULAS
AULA 1: APRESENTAÇÃO DO CURSO
Nesta primeira aula, o professor apresentará os objetivos do curso, a bibliografi a a ser lida, a dinâmica de trabalho a ser empregada e os métodos de avaliação que serão utilizados. Aproveite este momento para tirar suas dúvidas iniciais sobre o curso de Ciência Política.
AULA 2: O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS E O FEITIÇO DA LINGUAGEM
Nesta aula será discutido o seguinte texto:
LEITURA OBRIGATÓRIA:
GIANNETTI, Eduardo. O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Trecho a ser lido: Capítulo 10, “Sobre o uso errôneo da linguagem”, pp. 173-183.
TEMA CENTRAL: A IMPORTÂNCIA DO SIGNIFICADO DOS CONCEITOS.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como se responde a uma pergunta sobre o signifi cado de uma palavra? • O que é uma defi nição?
• De onde surgem os signifi cados das palavras?
• O que nos ensina a recomendação baconiana de “pensar como pensam os sá-bios, mas falar como falam as pessoas comuns”?
• Em que consiste a armadilha da falsa segurança?
• O que você acha da idéia de que se leva mais a sério um texto obscuro do que um claro e preciso?
PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA.
AULA 3: POLÍTICA, PODER E ESTADO: CONHECENDO OS CONCEITOS
As aulas que se seguem utilizarão um texto de um importante pensador italiano, Norberto Bobbio:
LEITURA OBRIGATÓRIA:
BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 2000.
Trechos a serem lidos: Conceito de Política, pp. 159-173; Poder Político, p. 216; Política e Sociedade, pp. 222-226; Política e Direito, pp. 232-238.
Basicamente, os mesmos textos podem ser encontrados em: Bobbio, Norberto. O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.
TEMA CENTRAL: COMO SE DÁ A RELAÇÃO ENTRE PODER E DIREITO.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Qual é a origem etimológica da palavra “política”? E qual é o signifi cado atual desse conceito?
• Qual é a diferença entre defi nições descritivas e prescritivas de política? • Quais são os três elementos constitutivos do Estado?
• O que se entende por “bem comum”?
• O que Bobbio quer dizer com “fi m mínimo” da política? • O que se entende por “poder”? E o que signifi ca “autoridade”?
AULA 4: O CONCEITO DE ESTADO MODERNO
Esta aula discute a classifi cação weberiana de Estado moderno.
WEBER, Max. A Política como Vocação. in: WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Editora Cultrix, 2000
Trechos a serem lidos: 55-57; 59-62.
TEMA CENTRAL: O CONCEITO WEBERIANO DE ESTADO MODERNO. QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como Weber a questão da racionalidade no mundo moderno? Quais são os diferentes tipo de racionalidade para o autor?
• Quais são os elementos que legitimam a autoridade na visão weberiana? • O que seria o “político profi ssional” para Weber? Você poderia identifi car este
tipo de político no Brasil contemporâneo?
• Qual a diferença entre “ética da convicção” e “ética da responsabilidade”? Pense em políticos brasileiros que podem ser vistos como mais convictos ou mais responsáveis:
AULA 5: IDEOLOGIA E DOMINAÇÃO
Nesta aula, será discutido o seguinte texto:
LEITURA OBRIGATÓRIA:
MACHADO, Mario Brockmann. “Ideologia, socialização política e dominação”. Da-dos, 23, 2, 1980, pp. 131-149. (Ler, apenas, pp. 131-138.)
Este artigo apresenta uma teoria da ideologia política. Talvez contenha também o embrião de uma teoria geral da política. Observe como o autor apresenta, passo a passo, a problemática central de sua refl exão, os pressupostos de sua teoria, e os principais conceitos que serão utilizados, defi nindo-lhes os signifi cados empíricos e especifi cando as relações teóricas que se supõe existirem entre eles.
Procure fazer uma leitura dinâmica, sem se deter em cada parte, mas não deixe de registrar alguns conceitos centrais: sistema político, dominação, ideologia, socialização política e atores políticos.
TEMA CENTRAL: COMO SE DÁ O PROCESSO DE LEGITIMAÇÃO IDEOLÓGICA DO GRUPO DOMINANTE.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que Mario Machado entende por “processo de socialização política”? E quais são seus estágios?
• De quais fatores depende a legitimação ideológica?
PARTE II: DEMOCRACIA E SUAS TEORIAS AULA 6: DEMOCRACIA E LIBERALISMO
Esta aula será baseada, mais uma vez, em escritos de Norberto Bobbio.
LEITURA OBRIGATÓRIA:
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988. Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 3 e 8.
TEMA CENTRAL: A RELAÇÃO ENTRE O LIBERALISMO POLÍTICO (LIMITES AO PODER DO ESTADO) E A DEMOCRACIA (AMPLITUDE DO ACESSO ÀS POSIÇÕES DE MANDO). QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como podemos ser governados sem sermos oprimidos?
• Qual é a diferença entre a democracia dos antigos e a democracia dos modernos? • A democracia sempre foi valorizada positivamente?
• Por que a democracia dos antigos não faria mais sentido nos dias de hoje? • O que é a regra da maioria? Quais são os seus limites?
• Quais são os argumentos a favor e contra a regra da maioria?
• Qual é o conteúdo mínimo do Estado democrático segundo Bobbio?
• De acordo com Bobbio, qual é o fundamento de uma sociedade democrática? • Quais são as promessas não cumpridas da democracia?
• “Excesso de democracia” é um tema bastante discutido. O que você pensa disso? • O que é a apatia política? Você acha que ela existe no Brasil? Por quê?
• Por que se fala em uma suposta “ingovernabilidade da democracia”? Você acha que a democracia brasileira é ingovernável?
• Caracterize o “governo das leis” e o “governo dos homens”. Quais são as princi-pais diferenças entre eles?
• Você acha que no Brasil temos um “governo das leis” ou um “governo dos ho-mens”? Por quê?
• Qual é a relação entre liberalismo e democracia?
• Quais são os pressupostos e as principais características do Estado liberal? • O que é o jusnaturalismo? Qual a sua relação com o liberalismo?
• O que é o contratualismo? O que o une à doutrina dos direitos do homem? • Quais são os limites do poder do Estado? Quais são os mecanismos que
impe-dem o uso abusivo desse poder?
• O que seria a “igualdade na liberdade”? Quais são os seus dois princípios fun-damentais?
• Defi na tirania da maioria. Quais são os meios de evitá-la?
• O que é o neoliberalismo? Em que ele se diferencia do liberalismo? • O que são as utopias?
AULA 7 E 8: OS DIFERENTES MODELOS INSTITUCIONAIS DAS DEMOCRA-CIAS CONTEMPORÂNEAS E SUAS RESTRIÇÕES À VONTADE DA MAIORIA.
Para esta aula a leitura será:
LEITURA OBRIGATÓRIA:
LIJPHART, Arend. Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Trechos a serem lidos: pp. 27-38; 54-60; 247-261.
TEMA CENTRAL: COMO OS MODELOS DE WESTMINSTER E CONSENSUAL LIMITAM À VONTADE DA MAIORIA.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Elenque as características fundamentais do modelo de Westminster: • Elenque as características do modelo consensual:
• O atual sistema político brasileiro guarda quais características destes modelos? • Quais são os limites às mudanças constitucionais nestes dois modelos?
• Como se dá a mudança constitucional brasileira? Qual destes dois modelos mais se assemelha ao processo de alteração constitucional no Brasil?
• É possível impor limites democráticos ao poder legislativo das maiorias parla-mentares? Como?
• Quem deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democracias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil?
AULAS 9, 10 E 11: A DEMOCRACIA PLURALISTA.
Nestas aulas será discutido um livro de um dos mais importantes cientistas políticos da atualidade: Robert Dahl.
LEITURA OBRIGATÓRIA:
DAHL, Robert. Sobre a Democracia. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2001.
Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 8, 13 e 14.
TEMA CENTRAL: A RELAÇÃO ENTRE O PLURALISMO DE GRUPOS DE PODER NA SOCIEDADE E O PODER DO ESTADO.
LEITURA AUXILIAR:
TOCQUEVILLE, Alexis. A Democracia na América. São Paulo: EDUSP, 1977.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Quais seriam, segundo o autor, os principais adversários da democracia? • Faça um pequeno resumo das origens e dos primeiros desenvolvimentos da
democracia. Como era a democracia em Atenas e em Roma?
• Se a democracia refere-se ao mesmo tempo a um ideal e a uma realidade, des-creva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal em sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real?
• Quais são as vantagens da democracia em relação a qualquer alternativa viável? • Quais são as instituições políticas exigidas por uma moderna democracia
AULAS 12, 13 E 14: A DEMOCRACIA MINIMALISTA.
Nestas duas aulas serão discutidas duas obras de outro autor central do curso, o cientista político polonês Adam Przeworski.
LEITURAS OBRIGATÓRIAS:
PRZEWORSKI, Adam. Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.
Trechos a serem lidos: pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44 e 56-60.
PRZEWORSKI, Adam. Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. Trechos a serem lidos: pp. 37-44, 59-61.
TEMA CENTRAL: A DEMOCRACIA COMO UM PROCESSO DE INSTITUCIONALIZA-ÇÃO DA INCERTEZA.
LEITURA AUXILIAR:
SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Edi-tora Zahar, 1984, cap. 21 e 22.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como se dá no capitalismo a tensão entre mercado e Estado? E como a demo-cracia se relaciona com essa tensão?
• O que signifi ca dizer que a democracia é um governo pro tempore?
• Qual a relação entre democracia e incerteza? Você concorda que a incerteza é inerente à democracia? Que tipo de incerteza é essa?
• O que leva os atores políticos a participar do jogo democrático? E o que os faz aceitar derrotas?
• Qual foi o dilema eleitoral dos partidos socialistas europeus? • Qual a diferença entre reforma e revolução?
• Qual seria a importância dos fatores econômicos na manutenção e durabilidade das democracias?
AULA 15 E 16: A DEMOCRACIA PARTICIPATIVISTA.
Nesta aula será fi nalizada a segunda parte do curso dedicada às teorias da democra-cia. Estude os seguintes textos:
UNGER, Roberto Mangabeira. Democracia Realizada: a alternativa progressista. São Paulo: Boitempo, 1999.
Trechos a serem lidos: experimentalismo democrático, pp.11-16; resumo, pp. 207-219.
LEITURA AUXILIAR:
FALCÃO, Joaquim. Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janeiro: FGV, 2004. Trecho a ser lido: “democracia, mudança e terceiro setor”, pp. 49-67.
TEMA CENTRAL: A AMPLIAÇÃO DA DEMOCRACIA POPULAR (ADOÇÃO DOS ME-CANISMOS DE DEMOCRACIA DIRETA).
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que você entende por “experimentalismo democrático”? Como é possível reconstruir instituições?
• Quais seriam os passos para se colocar em prática o experimentalismo democrá-tico no Brasil? Quais são os riscos envolvidos?
• Pense nas formas alternativas de participação organizadas pela sociedade civil: associações voluntárias, ONG’s etc. Identifi que exemplos no caso brasileiro. • O que signifi ca o termo “democracia concomitante”?
PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL
AULAS 15 E 16: A TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA
Nestas duas aulas será iniciado o terceiro e último módulo do curso: a democracia no Brasil. Nesta primeira aula analisaremos o processo de transição democrática (1979-1988). FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.
Trecho a ser lido: “O regime militar e a transição para a Democracia”, pp. 251-310 (especialmente 251-262, 283-285 e 306-310).
Leitura alternativa do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515.
TEMA CENTRAL: ENTENDER TRÊS MECANISMOS INSTITUCIONAIS DO PROCESSO DE TRANSIÇÃO (LEI DE ANISTIA, 1979; LEI ORGÂNICA DOS PARTIDOS, 1979 E A CONSTITUIÇÃO DE 1988)
QUESTÕES PROPOSTAS: Sobre o texto de Boris Fausto:
• Qual é a importância da Guerra Fria para o entendimento de 1964? • O que signifi cava a expressão “radicalização política”?
• Como a ausência de uma ditadura pessoal durante os governos militares facili-tou a transição para a democracia? Compare o caso brasileiro com o chileno. • Qual o signifi cado política da Lei de Anistia de 1979?
• Quais as razões políticas da Lei Orgânica dos Partidos de 1979?
• Quais instrumentos de poder da Constituição de 1967 que se pode encontrar na Constituição de 1988 no que tange ao Executivo?
AULA 17: AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO (VI-SÃO NEGATIVA).
Nesta aula vamos discutir a visão negativa sobre as três características mais impor-tantes do sistema político brasileiro: o presidencialismo, o regime federativo e a nature-za fragmentada dos partidos.
LEITURA OBRIGATÓRIA:
LAMOUNIER, Bolívar. Da Independência a Lula: dois séculos de política brasileira. São Paulo: Augurium, 2005.
Trechos a serem lidos: 1964, pp.133-135; reforma política, pp. 235-260; democra-cia representativa e direta, pp. 274-284;
TEMA CENTRAL: O CARÁTER NEGATIVO DO PRESIDENCIALISMO, DO FEDERALIS-MO E DA FRAGMENTAÇÃO PARTIDÁRIA SEGUNDO BOLÍVAR LAFEDERALIS-MOUNIER. QUESTÕES PROPOSTAS:
• Seriam os regimes parlamentaristas mais aptos a garantir a continuidade da democracia do que os regimes presidencialistas?
• Por que a fragmentação partidária é vista como um problema?
• Qual é o impacto das medidas provisórias na relação entre o Executivo e o Le-gislativo?
AULA 18: AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO (VISÃO POSITIVA).
Nesta aula vamos discutir a visão positiva sobre as três características mais importan-tes do sistema político brasileiro: o presidencialismo, o regime federativo e a natureza fragmentada dos partidos.
LEITURAS OBRIGATÓRIAS:
LIMONGI, Fernando e FIGUEIREDO, Argelina. Executivo e Legislativo na Nova Ordem Constitucional. São Paulo: Editora FGV, 1999.
Trechos a serem lidos: pp. 41-55.
AMORIM NETO, Octavio e TAFNER, Paulo. Governos de Coalizão e Mecanismos de Alarme de Incêndio no Controle Legislativo das Medidas Provisórias Dados, vol.45, no.4, Rio de Janeiro, 2002.
Trechos a serem lidos: 1-6.
TEMA CENTRAL: O CARÁTER POSITIVO DO PRESIDENCIALISMO, DO FEDERALIS-MO E DA FRAGMENTAÇÃO PARTIDÁRIA SEGUNDO LIFEDERALIS-MONGI E FIGUEIREDO E AMORIM NETO E TAFNER.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Como Limongi e Figueiredo entendem o papel do presidente na formação da coalizão governante? Quais instrumentos de poder o presidente utiliza para for-mar esta coalizão?
• Na visão de Limongi e Figueiredo os parlamentares cooperam com o presidente no processo legislativo?
• Qual o e feito da fragmentação partidário sobre a formação da coalizão gover-nante na visão de Limongi e Figueiredo?
• Qual a importância do uso de MPs para a formação das coalizões governantes segundo Amorim Neto e Tafner?
• Como a dubiedade da expressão constitucional “relevância e urgência” para o exercício das MPs abriu espaço para que o Executivo as utilizasse indiscrimina-damente?
AULA 19 E 20: DEMOCRACIA E REFORMA POLÍTICA
Para esta aula serão lidos os seguintes textos:
LEITURA OBRIGATÓRIA:
REIS, Fábio Wanderley. “Engenharia e Decantação”. In Benevides, Maria Victoria, Paulo Vannuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cidadania. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidadania, 2003.
Trecho a ser lido: pp. 20-32.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Décadas de Espanto e uma Apologia Democrá-tica. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Trecho a ser lido: pp. 121-144.
QUESTÕES PROPOSTAS:
• Tendo como base a leitura de Fábio Reis posicione-se a respeito de algumas das recomendações de reforma política discutidas no Brasil nos últimos anos, a saber: redução do número de partidos, fi nanciamento público de campanhas, voto distrital, voto em lista fechada, voto facultativo, fi delidade partidária, cláu-sula de desempenho e proibição de coligação em eleições proporcionais. • O que Wanderley Santos denomina de “engenharia doutrinária”?
• Você considera pertinente a associação entre representação proporcional e frag-mentação do eleitorado? Você acha que a adoção do sistema eleitoral majoritá-rio resolveria esse suposto problema?
• Qual seria a conseqüência do sistema eleitoral majoritário para as minorias políticas?
AULAS 21, 22 E 23: DEMOCRACIA, DIREITO E PODER JUDICIÁRIO
Para estas duas últimas aulas temáticas do curso, deverão ser lidos os seguintes textos:
LEITURA OBRIGATÓRIA:
MACHADO, Mario B., “Raízes do controle externo do Judiciário”. Monitor Público, 8, 1996.
Trechos a serem lidos: 5-9.
ARANTES, Rogério Bastos. “Judiciário: entre a justiça e a política”. In Lúcia Avelar e Antonio Octavio Cintra (orgs.). Sistema Político Brasileiro. Rio de Janeiro: Fun-dação Konrad-Adenauer, 2004.
Trechos a serem lidos: 79-108
QUESTÕES PROPOSTAS:
• O que Locke, Montesquieu e os Federalistas podem nos ensinar sobre a separa-ção de poderes?
• Em que consiste o controle externo do Judiciário?
• Por que o controle externo do Judiciário seria compatível e até mesmo reque-rido pelo princípio da separação dos poderes? Resuma e avalie os argumentos apresentados no texto. O que você pensa sobre isso? Concorda? Discorda? • Em que consiste a judicialização da política? Como ela ocorre no Brasil? • O que é o ativismo judicial? Você acha que ele constitui uma ameaça ao
princí-pio da separação dos poderes?
• O que é controle de constitucionalidade segundo Arantes?
• Quais as principais diferenças entre sistema difuso clássico e centralizado clássi-co? Quais os principais exemplos?
• Como funciona o sistema híbrido brasileiro? Este sistema aumenta o poder do STF? Por quê?
BIBLIOGRAFIA ADICIONAL
ACEMOGLU, Daron and ROBINSON, James. Economic Origins of Dictatorship and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
AMORIM Neto, Octavio. Presidencialismo e Governabilidade nas Américas. Rio de Janeiro: Editora FGV/Konrad Adenauer Stiftung, 2006.
AVRITZER, Leonardo e Fátima Anastásia, orgs. Reforma Política no Brasil. Belo Ho-rizonte: UFMG, 2006.
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CARDOSO, Fernando Henrique. A Arte da Política. Rio de Janeiro: Civilização Bra-sileira, 2006.
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RODRIGUES, Leôncio Martins e LAMOUNIER, Bolívar. A Reforma da Política. Rio de Janeiro, Edições do Fundo nacional de Cultura, 2002. (Cadernos do Nosso Tempo – nova série, 7.)
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1 (defi nição de democracia, pp. 17-39, 40-61; eleições e opinião pública, pp. 123-156; participação, pp. 156-161; tecnologia, pp. 161-168; maioria e minoria, pp. 181-199); vol. 2 (defi nição, pp. 7-20; democracia direta e indireta, pp. 34-58; liberdade, pp. 59-106; igualdade, pp. 107-144; liberalismo, pp. 145-184). SCHMITT, Carl. Th e Concept of the Political. Chicago: Th e University of Chicago
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SCHMITTER, Philippe and Kahl, Terry. “What democracy is...and is not”. Journal of Democracy, 2, 1996, pp. 75-88. (Ler, especialmente, 75-80.)
SCHUMPETER, J. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
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SHAPIRO, Ian. Th e State of Democratic Th eory. Princeton: Princeton University Press, 2003.
SOUSA SANTOS, Boaventura. Reinventar a Democracia. Lisboa: Gradiva, 1998. SOUZA, Amaury de. “Cardoso and the struggle for reform in Brazil”. Journal of
De-mocracy, 10, 3, 1999, pp. 49-63.
SPRUYT, Hendrik. “Th e origins, development, and possible decline of the modern State”. In Annual Review of Political Science, 5, 2002, pp. 127-149.
STORING, Herbert, ed. Th e Anti-Federalist. Abridgement by Murray Dry. Chicago: Th e Chicago University Press, 1985.
TILLY, Charles. Democracy. Cambridge University Press, 2007.
TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América. Belo Horizonte e São Paulo, Itatiaia e EDUSP, 1977.
TOURAINE, Alain. O Que é a Democracia? Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
UNGER, Roberto Mangabeira. O Direito e o Futuro da Democracia. São Paulo: Boi-tempo, 2004.
1 Estas fotos e documentos fazem
par-te do arquivo do CPDOC. O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas abriga uma série de documentos relevantes sobre a história recente do país. Seu acervo é uma fonte privilegiada de consulta no Rio de Janeiro: o CPDOC possui o mais importante acervo de arquivos pesso-ais de homens públicos do país, com cerca de 1,8 milhão de documentos. Esses arquivos são abertos à consulta pública, informatizada e disponível na internet por meio do site www.cpdoc. fgv.br. O endereço do CPDOC é: Praia de Botafogo, 190 14° Andar – Botafogo, Cep- 22253-900, Rio de Janeiro, RJ. Telefone: (21) 2559.5676 / 2559.5677; Fax: (21) 2559.5679; E-mail: cpdoc@ fgv.br. O horário de atendimento da sala de consulta é de segunda a sexta-feira, das 09.00 h às 16.30 h.
IV. ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS.1
1. REVOLUÇÃO DE 1930
a) Getúlio Vargas no Paraná, durante a Revolução de 1930.
Fonte: CPDOC
b) Cavalaria Gaúcha no Obelisco da Avenida Rio Branco.
Fonte: CPDOC
2. ESTADO NOVO
Getúlio Vargas fala à nação por ocasião da instauração do Estado Novo, na presença de autoridades no palácio do Catete (1937).
3. QUEDA DE VARGAS
Bustos de Getúlio Vargas após a queda de seu governo em 1945.
Fonte: CPDOC
4. 1964
a) Passagem das tropas de Minas Gerais por Petrópolis após a vitória do movimento militar.
Fonte: Arquivo Etelvino Lins / EL c 1964.04.09 doc 3 / CPDOC
5. CAMPANHA PELAS DIRETAS
b) Ulisses Guimarães e outros durante comício pró-diretas.
Fonte: CPDOC
6. Congresso Nacional, Brasília: promulgação da Constituição de 1988 (05 de ou-tubro de 1988)
FELICIANO GUIMARÃES
Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Rela-ções Internacionais pela UNICAMP. Pesquisador Visitante em Ciência Política pela Yale University. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Tuiuti do Paraná É pesquisador do Centro de Estudos das Negociações Internacionais do Depto. de Ciência Política da USP (CAENI-USP). Tem experiência nas áreas de Teoria Política, Economia Internacional, Burocracias e Organizações Internacionais.
FICHA TÉCNICA
Fundação Getulio Vargas
Carlos Ivan Simonsen Leal
PRESIDENTE
FGV DIREITO RIO
Joaquim Falcão DIRETOR Sérgio Guerra VICE-DIRETOR DE PÓS-GRADUAÇÃOEvandro Menezes de Carvalho
VICE-DIRETOR DA GRADUAÇÃO
Thiago Bottino do Amaral
COORDENADOR DA GRADUAÇÃO
Rogério Barcelos Alves
COORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDÁTICO
Paula Spieler
COORDENADORA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES E DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Andre Pacheco Mendes
COORDENADOR DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Marcelo Rangel Lennertz
COORDENADOR DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – CLÍNICAS
Cláudia Pereira Nunes
COORDENADORA DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – OFICINAS
Márcia Barroso
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – PLACEMENT
Diogo Pinheiro