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CONEXÃO BRASIL X ESTADOS UNIDOS: A GESTÃO SOCIAL E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A FAVOR DO IMIGRANTE BRASILEIRO

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CONQUISTAS ANTE O SUPERLATIVISMO CIBERNÉTICO E A

SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA - GO De 25 A 26 DE OUTUBRO DE 2018 Brasileiro

de

Sistemas

ISSN: 2446-6700

CONEXÃO BRASIL X ESTADOS UNIDOS: A GESTÃO

SOCIAL E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO A FAVOR DO IMIGRANTE BRASILEIRO

João Victor De Oliveira Cunha Amanda Ferreira Aboud de Andrade

Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal do Maranhão joao_oliveira.15@hotmail.com amandafa85@hotmail.com

Resumo

O número de brasileiros que buscam uma nova vida no exterior, principalmente nos países de primeiro mundo, vem crescendo consideravelmente, mudando totalmente o perfil do Brasil de um país que recebe imigrantes para um país de evasão populacional. Este artigo pretende entender e definir o papel desenvolvido por uma Organização de Terceiro Setor, que atua por meio da Tecnologia da Informação e Comunicação, para o reforço da identidade do imigrante brasileiro residente nos Estados Unidos, principalmente os que vivem na área de Boston - Massachusetts. Para isto, utilizou-se os métodos de estudo de caso e pesquisa bibliográfica. O primeiro se deu no Digaaí, organização que visa fortalecer a identidade cultural do imigrante brasileiro. Assim, foi possível a identificação de quatro papéis principais desenvolvidos pela organização estudada: Promotor Cultural, Formador Social, um Reforço ao Espírito Comunitário e o de Fomentador de Pesquisas e Repositório.

Palavras-Chave: Tecnologia da Informação e Comunicação, Gestão Social, Imigrantes.

Abstract

The number of brazilians that look for a new life on another country, mainly in the countries knowns how first world, has increased considerably, changing the Brazil profile of a country that receive immigrants for a country that has a population evasion. This article intends to understand and to define the roles developed by a third sector organization that works through Information and Communication Technology and Social Management for strengthen the identity of brazilians immigrants who lives in United States of America, that mainly lives in the Boston City - Massachusetts. Thereunto, was used the methodologies of case study and bibliographic research. The first occurred in the Digaaí, organization that wants to strengthen the cultural identity of brazilian immigrants. Then, was possible the identification of four

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differents main roles development by the organization: Cultural Promoter, Social Former, a Reinforcement of Community Spirit and a Research Forwarder and Repository.

Keywords: Information and Communication Technology, Social Management, Immigrants.

Introdução

Como afortunadamente dito por Fleischer (2001), nas três últimas décadas os brasileiros têm buscado os países de Primeiro Mundo como refúgio utópico e com intenções de uma vida melhor. Contudo, nem sempre os países de destino têm políticas, normas ou programas específicos que contemplem este imigrante, cabendo a outras organizações desempenhar tal papel, sendo que, na maioria das vezes, estas não têm uma ligação direta com o Governo ou empresa privada. São estas as famosas organizações de terceiro setor.

Autores como Tenório (2008), França (2008) e Cabral (2004) trabalham o conceito de Gestão Social, uma modalidade de gestão não focada em primeiro momento no lucro enquanto capital, mas com as questões e problemáticas sociais. Utilizando da articulação com as outras esferas gerenciais, consegue encontrar soluções que priorizem o coletivo e a solidariedade.

O contato com os imigrantes é difuso, eles estão espalhados geograficamente e sofrem por questões sociais diversas, dessa forma o uso da tecnologia da informação e comunicação viabiliza o acesso a essas pessoas e a difusão do conhecimento, bem como possibilita a aquisição de habilidades e capacidades, contribuindo para o empoderamento da comunidade. (Biroche & Pozzedon, 2016).

Juntando estas premissas, o presente estudo se constrói sobre o seguinte questionamento: “Qual o papel exercido por uma organização do terceiro setor, através do uso da Tecnologia da Informação e Comunicação e da Gestão Social, para o reforço da identidade política, social e cultural do imigrante brasileiro nos Estados Unidos?”. Através desta pergunta inicial, o artigo objetiva definir os papéis desenvolvidos pelo Digaaí, através

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da Gestão Social e da Tecnologia da Informação e Comunicação, para o reforço da identidade dos imigrantes brasileiros que vivem nos Estados Unidos, com ênfase os residentes na região de Boston - Massachusetts.

Tal objetivo, anteriormente citado, motivou-se pelo aumento expressivo de imigrantes brasileiros no território dos Estados Unidos, sem que haja, porém, um aumento nas políticas públicas (tanto brasileiras, quanto norte americanas) que possam amparar este imigrante em todas as suas necessidades básicas, havendo assim uma clara transferência de responsabilidade entre o Estado e certas organizações filantrópicas.

A primeira parte do artigo apresenta os conceitos de Gestão Social e sua ligação com o Terceiro Setor e a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação nas organizações que a praticam, logo após apresentam-se dados sobre os imigrantes brasileiros nos Estados Unidos e, posteriormente, no estado de Massachusetts. Após o referencial teórico, têm-se a apresentação do Digaaí e seus principais resultados, depois algumas discussões pertinentes ao tema e, por fim, as considerações finais do estudo.

Gestão Social

Segundo Schommer & França (2008), a expressão Gestão Social tem sido utilizada para identificar as mais diversas práticas sociais, que não sejam necessariamente de autores governamentais, mas, sobretudo, ONGs, associações, fundações e, mais recentemente, também iniciativas do setor privado relacionadas às noções de cidadania corporativa ou de responsabilidade empresarial. Vale-se ressaltar, que em outro de seus artigos, Gerauto França Filho (2008) escalona que a Gestão Social se trata de um ideal de gestão que não se orienta, em princípio, para uma finalidade econômica, opondo-se assim a tradição de desenvolvimento das técnicas e metodologias gerenciais em administração.

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Mas afinal, o que vem a ser Gestão Social? Antes de responder esta questão, é necessária uma diferenciação entre alguns conceitos de gestão existentes. França (2008) afirma que enquanto forma de Gestão Organizacional, a Gestão Social se difere de pelo menos duas outras: a Gestão Privada, doravante conhecida como Gestão Estratégica nos estudos de Tenório (2008) e a Gestão Pública.

A Gestão Estratégica corresponde àquela praticada pelas organizações dentro do espaço chamado mercado (França, 2008). Guilherme Tenório (2008) aprofunda tal conceito ao explicitar que, ao atuar determinado pelo mercado, a Gestão Estratégica torna-se um processo de Gestão que prima pela competição, onde o concorrente é visto como rival e o lucro é o foco principal, o alvo a ser atingido dá mais exímia forma. Tenório (2008) continua o contraponto ao mostrar a Gestão Social como determinada pela solidariedade, sendo uma gestão que prioriza a concordância, a inclusão do outro e o seu alvo/motivo é a solidariedade. Já a Gestão Pública acontece nos seios das organizações/instituições públicas de Estado e nas suas mais diversas instâncias de poder e atuação (França, 2008).

Após tal diferenciação, e seguindo os estudos de Washington José de Souza & Marcos Dias de Oliveira (2006), tem-se que a Gestão Social é compreendida como o conjunto de políticas e estratégias organizacionais que visam a promoção do bem-estar dos indivíduos e coletividade, destinando-se a instauração de elos de integração do homem com o seu semelhante e com o ambiente que o rodeia. Cançado & Pereira (2014) reforçam que uma característica do conceito de Gestão Social é a tomada de decisão pensada no coletivo, sendo isto a base para tal tipo de gestão. Conforme Tenório (1998), a epistemologia de desenvolvimento da Gestão Social não pode ser colocada de acordo com mecanismo de mercado, já que estes orientam a Gestão Estratégica.

Gerauto Carvalho de França Filho (2008) chama atenção que a Gestão Social, do ponto de vista de sua racionalidade, pretende subordinar as lógicas instrumentais a outras

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lógicas mais sociais, políticas, culturais e ecológicas e acrescenta ao seu conceito que o termo pode sugerir que a gestão das demandas e necessidades de caráter social podem ser sanadas para além do Estado, através da própria sociedade, suas articulações e mecanismos de auto-organização. Isto faz um paralelo com as atribuições que normalmente são destinadas unicamente ao Estado por meio das políticas públicas.

Carrion & Calou (2008) ressaltam que a Gestão Social propõe, sem diminuir a importância econômica, uma maior centralidade na proteção da vida, na preservação do meio ambiente, no atendimento das necessidades e no desenvolvimento das potencialidades humanas.

Cabral (2004) ressalta que o termo vem sendo usado tanto para a definição da ação gerencial dos programas com finalidade social, quanto para ressaltar a influências do social nos processos gerenciais. A autora continua conceituando Gestão Social como o processo de organização, decisório e produtivo de bens públicos de proteção social, num espaço não estatal e se concretizando na representação e articulação de questões sociais.

De acordo com Barros & Castros (2018), a Gestão Social é orientada para e pelo social em diversos espaços de articulação da sociedade civil, Estado e mercado. Assim, sua finalidade é a transformação social, o processo gerencial é participativo e não a primazia do Estado.

Gestão Social e Terceiro Setor

Diferentemente do segundo e primeiro setores, o terceiro setor desenvolve atividades públicas através de associações profissionais, voluntárias, fundações privadas, instituições filantrópicas, movimentos sociais organizados, ONGs e outras/demais organizações assistenciais ou/e caritativas da sociedade civil. (Tenório, 1998).

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Coelho (2000) enfatiza que a terminologia terceiro setor é frequentemente confundida com o setor terciário da economia, este é tudo aquilo que não se pode ser considerado agricultura ou indústria, ou seja, atividades de serviços, transporte e comunicação. Já o outro tem uma abrangência mais ampla e se diferencia por atender, em algum aspecto, a necessidade do coletivo.

É válido dizer que o termo Terceiro Setor foi utilizado primariamente por pesquisadores Norte Americanos na década de 70 e, na década seguinte, por pesquisadores europeus. Sendo que, nos últimos 15 anos, a literatura americana vem buscando analisar e avaliar a atuação deste setor que cresce exponencialmente desde da década de 70. (Coelho, 2000)

Tenório (1998) relata que o Terceiro Setor vem sendo apontado como uma solução para muitos problemas sociais, o que condiz com os estudos de Coelho (2000) que analisa o esforço em estudar tal setor, como uma consequência do papel que este pode desempenhar junto ao governo. E, completa, que se depositam no terceiro setor as esperanças para o alcance uma sociedade mais justa.

Dowbor (1999) acredita que um novo caminho vem sendo construído através da relação de parceria que envolve o setor estatal, organizações não governamentais e empresas privadas. Sendo, assim o terceiro setor torna-se uma alternativa de organização que pode, ao se articular entre o Estado e a iniciativa privada, assegurar a cidadania e trazer resposta inovadora a dilemas e problemas.

Cabral (2003) aponta que as demandas que são encaminhadas e atendidas pelo terceiro setor são de caráter social e aproxima os cidadãos, de maneira cooperativa e solidária, para resolução destas por um caminho mais político. A autora ainda articula que os objetivos afetos de uma Organização de Terceiro Setor são problemáticos sociais, para quais indivíduos criam uma solução/iniciativa de caráter privada.

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Alinhando-se ao conceito de Gestão Social ao de Organizações do Terceiro Setor, encontram-se finalidades e pontos em comum em ambos os conceitos. A priorização das demandas sociais, o interesse pelo estado de bem-estar coletivo, a não priorização do lucro em caráter efetivo e monetário, o desenvolvimento das potencialidades cidadãs do indivíduo e o surgimento a partir de uma necessidade do social não suprida por outro órgão, na maioria dos casos o próprio Estado.

Uso de tecnologia de comunicação na Gestão Social

As tecnologias de informação e comunicação (TICs) compõem os estudos de ciência da informação, que “estuda as propriedades da informação e que a analisa enquanto fenómeno social e enquanto processo” (Freitas, 2012, p.17). Assim, preocupa-se com a organização, armazenamento e sistematização do conhecimento, representando a informação no meio natural ou artificial, “com uso de códigos para uma eficiente transmissão de mensagens e o estudo dos serviços e técnicas de processamento da informação e respectivos sistemas de programação” (Freitas, 2012, p.19).

Esse uso da informação é essencial para a gestão social, para a qual as fontes e sistematização dos conteúdos são tão fundamentais quanto o uso dado a essa informação e a disseminação dos conhecimentos. Dessa forma, organização e descrição da informação são essenciais para um bom gerenciamento e tomada de decisão, Cruz (2012) fala sobre a importância da catalogação dos dados, esse conjunto de registros documentais que podem ser acessados e recuperados, dando confiabilidade para informação.

Nesse ínterim, as plataformas digitais aparecem como solução de amplo acesso na sociedade da informação, com o ambiente virtual sendo utilizado como principal base para formação de redes e fortalecimento dos laços entre os membros, inclusive com troca de conteúdo e armazenamento da informação.

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Segundo Correa (2009, p. 163), esse é um caminho sem volta:

A digitalização hoje ocorre em rede mundial, conectando computadores, dispositivos e, especialmente,

pessoas. Seja na forma mais imperceptível (quando realizamos uma transação por meio de um cartão

magnético, por exemplo), seja na mais explicita (quando nos conectamos à internet), a sociedade

conectada se faz presente e natural.

O papel das TICs nesse processo é conectar as pessoas, em se falando de gestão social, o uso das redes potencializa o alcance de resultados, ao unir pessoas independentemente da sua localidade, aproximadas pela causa que defende e pelo bem que buscam. Começando assim um sistema de governança, entendido como “processo de coordenação de atores, de grupos sociais, de instituições ou de redes empresariais para alcançar objetivos discutidos e definidos coletivamente” (Villela & Pinto, 2009, p.1068).

Essas autoras fundamentam a discussão e o uso das TIC para o desenvolvimento local, ou de um grupo (como é o caso desse estudo), a partir da relação da governança com democracia, tendo o plano de fundo as conexões em redes via plataformas digitais (Villela & Pinto, 2009, p.1077):

A aproximação da governança com a democracia enfatiza a necessidade de gerenciar o setor público de modo transparente (accountability), participativo, criativo e responsável, combinando a ação interorganizacional com um grande conjunto de relações, que podem ser estabelecidas entre governos, empresas, ONGs, associações comunitárias etc. Dada a complexidade que caracteriza os atuais processos de desenvolvimento, a discussão de redes e de governança é fundamental para se entender o conceito de desenvolvimento local, que pressupõe melhorias da qualidade de vida substantiva e instrumental de determinada localidade.

A priorização de demandas, escolha de temas, formas de atuação, atores da rede, entre outras decisões no ambiente da gestão social precisam ser claramente definidas e pensadas de maneira transparente, o público ao acessar as plataformas ou outras TICs não podem ter

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dúvidas sobre as informações e intenções do grupo, sob o risco de inviabilizar o projeto como um todo.

Conexão Brasil X EUA

Lima & Castro (2017) chamam atenção para o conturbado cenário brasileiro (tanto na esfera econômica, quanto na social) que se instaurou durante a década de 60 até o início da década de 90, um ambiente de incertezas e grandes dificuldades econômicas advindas de fatos como:

 Em 1960, a instabilidade política e oscilações econômicas que se refletia devido a instauração da Ditadura Militar. Porém, é necessário salientar que no decorrer desta década, houve o rápido crescimento do PIB devido, principalmente, ao setor industrial.

 Em 1979, com o aumento da taxa de juros internacionais e do segundo choque do petróleo, a economia brasileira sentiu um novo impacto negativo. O aumento na taxa de inflação, que chegou a ultrapassar a casa dos três dígitos, já indicava a recessão que viria no próximo ano.

 Em 1980, uma forte recessão econômica marcou o país com altas taxas de desemprego que permaneceram até o final da década, desencadeando também o aumento nos empregos informais.

 Em 1990, outro período de altas taxas inflacionárias atinge o Brasil.

Dentre outros pontos, como as Reformas Econômicas de Fernando Collor, trouxeram mais frustrações ao povo brasileiro. Isto somado as clássicas problemáticas sociais brasileiras, como a corrupção e a violência urbana, são incentivos para a saída dos brasileiros de sua terra natal. Em pesquisas realizadas nos Estados Unidos, bem como em outros países,

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a qualidade de vida é o principal motiva acusado pelos brasileiros para a mudança. (Lima & Castro, 2017).

Marinucci (2005) chama atenção para a inversão dos fluxos migratórios brasileiros, onde o Brasil, país cuja identidade foi formada pela contribuição de sucessivos fluxos de imigrantes, agora se torna num país de evasão populacional.

O brasileiro nunca emigrou tanto quanto nos últimos anos, principalmente para os Estados Unidos. A Tabela 1 mostra a evolução nos números de brasileiros na população norte americana de 2005 a 2016. Nota-se que, em 2016, a população de brasileiros vivendo nos Estados Unidos ultrapassou a marca de 400 mil habitantes.

Tabela 1. Imigrantes brasileiros nos EUA

ANO POPULAÇÃO 2005 303.555 2006 345.535 2007 345.565 2008 351.914 2009 372.650 2010 361.814 2011 371.015 2012 371.529 2013 367.691 2014 368.782 2015 386.639 2016 426.809

Fonte: Tabela elaborada pelo autor, com base nos dados do U.S. Census, American Community Survey (ACS) e American FactFinder

Não há uma unanimidade no perfil dos emigrantes brasileiros nos EUA, porém crê-se que boa parte seja formada por pessoas de classe média ou classe média-baixa, advindos principalmente das regiões Sul e Sudeste do Brasil, com destaque para o estado de Minas

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Gerais. Seus objetivos, normalmente, se associam a fatores econômicos, principalmente a busca de empregos, onde boa parte dos emigrantes brasileiros inicia suas atividades no setor terciário. (Marinucci, 2005)

A Flórida é a região que mais concentra brasileiros nos EUA, com cerca de 260.000 brasileiros. Em segundo, temos o estado de Massachusetts com cerca de 218.000 brasileiros, com destaque para as regiões de Boston e a região da Costa Norte (North Shore), a região conhecida como Metro West e a região da Costa Sul do estado e suas ilhas de Martha‟s Vineyards e Nantucket (South Shore, Cape Cod & Islands) (Lima & Castro, 2017).

Brasileiros em Massachusetts

Segundo com Siqueira e Lima (2007), os brasileiros são a quinta maior comunidade de imigrantes residente em Massachusetts. Uma população mais jovem que no resto do país, com média de idade entre 20 e 34 anos. A média de brasileiros empregados em Massachusetts é maior do que média no resto do país, 70% dos brasileiros residentes no estado estão empregados, sendo que as principais atividades empregatícias desenvolvidas por eles são: no setor industrial (43%), atividades de cunho administrativas (15%) e na área de construção civil (14%). Contudo, Soraya Fleischer (2001) chama atenção para a crescente procura de empregos por brasileiras na área de faxina doméstica na região (housecleaning).

De acordo com a Fiscal Policy Institute (FPI), em 2012, nos EUA, 11.929 pequenos negócios do território americano eram de propriedade de imigrantes brasileiros.

Dos brasileiros residentes em Massachusetts, 15% é naturalizado americano (índice abaixo da média nacional de 21%). Os índices de educação também deixam a desejar, somente dois terços dos brasileiros residentes em Massachusetts tem o diploma de high school (equivalente ao ensino médio no Brasil), contra a média nacional de 80%. Na questão econômicas, os gastos dos brasileiros contribuem em até US$ 1 Bilhão por ano e rendem os

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cofres estaduais e federais cerca de US$ 295 Milhões (impostos), gerando mais de 9.500 empregos indiretos para região. No que tange ao empreendedorismo, estima-se que haja mais de mil empresas brasileiras em Massachusetts e estas contribuam com vendas anuais de até US$ 272 Milhões. Estes negócios colaboram com cerca de US$ 179 Milhões para produção regional e US$ 12,8 Milhões em impostos, além de ocasionarem em torno de 1.756 empregos indiretos (Siqueira & Lima, 2007).

Metodologia

Antônio Carlos Gil (2008) define pesquisa como um processo sistemático e formal de desenvolvimento do método científico, onde o objetivo é a descoberta de respostas para problemas mediante a utilização de métodos científicos.

Ainda seguindo os estudos de Gil (2008), este trabalho pode ser definido como uma pesquisa exploratória, já que busca esclarecer, modificar, confirmar e/ou desenvolver ideias, proporcionando uma visão geral em relação a um determinado fato. Enquanto os procedimentos usados, temos:

 Pesquisa Bibliográfica: Pois parte foi desenvolvida a partir de um material já existente, principalmente livros e artigos, com a finalidade fundamentar teoricamente os resultados, dados, discussões e informações aqui apresentados.  Pesquisa Documental: Por trabalhar com materiais que ainda não receberam um

tratamento analítico. Exemplos destes são: relatórios de pesquisa, reportagens, etc. O levantamento das informações pertinentes aos estudos foi realizado tanto por meio dos dados disponibilizados na plataforma, quanto com uma entrevista ocorrida com o criador do Digaai: Álvaro Lima, no dia 4 de novembro de 2017, em Jamaica Plain (bairro histórico de Boston - Massachusetts). Para tal, segundo Lakatos & Marconi (2003), utilizou-se uma

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entrevista despadronizada, pois foram utilizadas perguntas abertas e dentro de uma conversa, com a finalidade de se conseguir explorar mais amplamente a questão trabalhada.

Digaai: história e ações

O Digaai é, a priori, uma plataforma digital, sem fins lucrativos e sem laços de apoio governamental, que visa agregar e fazer a curadoria da produção cultural dos imigrantes brasileiros pelo mundo afora, com a missão de reforçar a identidade cultural deste anteriormente citado. Lançado em 2012, a plataforma é de idealização do maranhense Álvaro Lima, atual Diretor de Pesquisas da Prefeitura de Boston - Massachusetts.

Buscando facilitar a conectividade entre as comunidades brasileiras transacionais, os visitantes da plataforma têm acesso a dados, pesquisas, conteúdos e compartilhamento de histórias em relação a imigração brasileira, resultados de quinze anos de estudo e pesquisa do criador da plataforma e, também, fruto das parcerias que foram (e vêm sendo) firmadas pela organização. Hoje a plataforma conta com grandes parceiros, como a Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Em sua fase desenvolvimento inicial, a plataforma contava com ferramentas principais (Tabela 2), com a evolução da organização, o Digaai começou a agir com um contato ainda mais direto com os imigrantes brasileiros, através de ações presenciais que visavam aumentar a participação política e social dos brasileiros dentro do estado de Massachusetts, bem como resgatar e manter viva a memória brasileira (Tabela 4), além de desenvolver novas ferramentas digitais (Tabela 3).

A ONG conta hoje com um espaço físico chamado Digaai SPACE, onde ocorrem as principais ações com os imigrantes brasileiros residentes em Boston e nas cidades próximas. O espaço se localiza em Rose Fitzegerald Kennedy Greenway, no mesmo bloco do Consulado Brasileiro, o que dá uma posição estratégica para realização das ações descritas na Tabela 4.

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Tabela 2. Ferramentas iniciais do Digaai

DigaaWIKI

Uma página de compartilhamento de conteúdo, onde quaisquer pessoas, desde que tenhas os direitos autorais, podem compartilhar e acrescentar novas páginas. É uma parte colaborativa e focada na diáspora brasileira.

DigaaiDATAHUB

Ferramenta que permite a exploração de dados, fotos, vídeos, etc., sobre a população de imigrantes brasileiros mundo a fora.

DigaaiDATAVERSE (Hemeroteca)

Onde os colaboradores podem compartilhar, publicar, extrair, referenciar e analisar dados referentes a diáspora brasileira.

DigaaiSLIDESHARE

Onde os colaboradores podem carregar e compartilhar apresentações, em diversos formatos, sobre a imigração brasileira no mundo.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nas informações disponibilizadas no site do Digaai. Tabela 3. Novas ferramentas disponibilizadas na plataforma Digaai

Digaai MAPAS Somando ao DataHub da plataforma, nesta ferramenta é

possível ter a disponibilização dos dados por mapas de locais.

Digaai INFOGRÁFICO

S

Ferramenta que disponibiliza compilados de dados e informações de maneira mais interativa e visualmente mais acessível.

Digaai BLOGS

Um mapeamento de todos os blogs relacionados a imigração brasileira no mundo, onde é possível acompanhar as notícias mais recentes e a distribuição dos blogs no globo.

Digaai NOTÍCIAS

Agrega notícias produzidas pela diáspora brasileira ou que sejam de interesses destas.

Digaai SUAHISTÓRIA

Onde os imigrantes brasileiros podem contar sua experiência pessoal. Esta ferramenta tem o objetivo de resgatar a memória brasileira, através da pesquisa, organização e disponibilização de histórias pessoais.

Digaa DOCUMENTOS

Somando ao DATAVERSE, essa ferramenta disponibiliza acesso a diversos documentos sobre o Digaai, a imigração brasileira e assuntos correlatos.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nas informações disponibilizadas no site do Digaai. Tabela 4. Ações presenciais do Digaai

Cine Digaai

Trata-se de uma série de exibições cinematográficas, que visa reunir pessoas interessadas pela sétima arte brasileira. A proposta é que após o filme, haja uma discussão sobre a obra apresentada, a cultura e sociedade do Brasil. Em geral, as discussões são mediadas por especialistas em cultura brasileira.

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Parcerias Institucionais

Através das parcerias institucionais, o Digaai torna mais acessível ao imigrante brasileiro determinadas oportunidades. Como, por exemplo, a parceria realizada com a Resilient Coders, que possibilitou o ensino da linguagem de programação para crianças brasileiras.

Digaai Bate Papo

Trata-se de um grupo de conversa interessado na prática da Língua Inglesa e da Língua Portuguesa e na interlocução entre diferentes culturas.

Digaai Memórias

Ligado ao Conte Sua História, esta ação traz pessoas da comunidade para compartilharem sua história e experiências de vida e imigração.

Digaai Leitura

É um clube do livro que promove a interação, discussão e interpretação de diferentes pontos de vista sobre um livro, sendo aberto a qualquer um e foca tanto na literatura americana, quanto na brasileira.

Digaai Brincadeirices

Pensado para celebrar a infância, porém não só para crianças. Adultos e crianças descobrem juntos através de brincadeiras, filmes, shows.

Digaai Passeios a Pé

Possibilita aos participantes conhecerem e explorarem mais sobre a história da Região, através de passeios pela cidade e pontos turísticos.

Digaai Diálogos

É uma ação que aproxima os imigrantes de políticos, personalidades e intelectuais americanos, a fim de incentivar a participação política e social dos brasileiros.

Digaai Oficinas

Workshops que visam explorar a tecnologia utilizada na construção da plataforma, tendo como meta a contribuição dos participantes para o melhoramento do Digaai.

Digaai Instante Evento ocasional que traz juntos artista imigrantes brasileiros e

artista de Boston para apresentações e discussões.

Digaai Estágio

É uma parceria entre o Digaai e President’s Volunteer Service Award, que premia o trabalho dos voluntários em três categorias (Ouro, Prata e Bronze). As oportunidades de estágio vão desde no próprio Digaai até outros projetos que tenham correlação com o trabalho desenvolvido pela ONG.

Digaai Sarau

Evento bimestral, onde cultura brasileira pode ser apreciada por todos, principalmente não brasileiros, e em diversas formas, como música, dança, literatura, etc.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nas informações disponibilizadas no site do Digaai. A plataforma já ganhou relevância em vários eventos, de cunho migratório e

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colaborativa que visam criar mudanças sociais através da arte, design e tecnologia e é organizada pelo Engagement Lab do Emerson College) e a Semana Global de Diáspora (Global Diaspora Week) de 2014.

Principais resultados

A ONG Digaai possibilitou a aproximação dos imigrantes brasileiros a ponto de fortalecer a organização destes em território americano. Mas em quê uma comunidade mais unida contribui? O fortalecimento comunitário aumenta as chances de as vozes dos imigrantes brasileiros serem ouvidas, ou seja, reforça uma garantia de maior participação política e social. Marinucci (2005) frisa o aumento no número de associações brasileiras nos EUA, que crescem mesmo com as dificuldades que os imigrantes encontram (jornada de trabalho, distância, disponibilidades financeiras, entre outras).

A compilação de dados em uma mesma plataforma facilitou o alcance a informações e serve/serviu de incentivo para o aumento da produção científica e elaboração de pesquisas, como a própria pesquisa elaborada pela organização chamada “Como votam os imigrantes brasileiros”, que já teve duas edições, em 2010 e em 2014, onde o objetivo é entender como, mesmo fora do Brasil, os imigrantes entendem e se comportam perante a eleição em sua terra natal, os resultados estão disponíveis no site. Quanto a produção científica, além da coleção de artigos que o site reúne, pode-se dar destaque ao livro “Brasileiros nos Estados Unidos: meio século (re)fazendo a história”, elaborado por Álvaro Lima & Alanni de Castro.

Quanto a reversão dos índices negativos, as ações (com ênfase nos workshops, estágio e fortalecimento de parcerias) promovidas pelo Digaai facilitam o acesso do imigrante brasileiro a qualificação e cria uma rede de networking (tanto com outros brasileiros, quanto com americanos e, até mesmo, pessoas de outra nacionalidade) que podem abrir portas para os brasileiros.

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O fortalecimento dos laços da comunidade imigrante brasileira, proporcionado pelas ações de vivência, permitiu maior integração deste grupo com a política da região, através da organização de espaços de discussão e do contato mais direto com representantes políticos, além de uma participação direta com brasileiros se candidatando a cargos de vereadores em cidades próximas a Boston, por exemplo.

Discussões

A pesquisa aqui apresentada ressalta um conceito já apresentado por Tenório (1998), onde as organizações do Terceiro Setor surgem como uma solução para problemas e questões sociais em que o poder público ou as iniciativas privadas não conseguem atingir ou não têm interesse em fazê-lo. Diante da ineficiência e, às vezes, inexistência de políticas públicas voltadas para uma determinada questão, a chama inicial para solucionar os problemas parte do poder de articulação daqueles que sofrem as consequências e suas capacidades de gerenciarem seus poucos recursos em prol do bem-estar de um grupo, comunidade, classe ou afim.

Enquanto aos métodos da pesquisa, infortunadamente, a pesquisa detém certo limite enquanto ao estudo dos resultados alcançados pelo Digaai em longo prazo, tanto pelo fato de as ações e projetos desenvolvidos serem recentes, tanto pela natureza das resoluções de problemas de cunho social, que demandam um tempo relativamente longo para mostrar respostas efetivas. A possibilidade de conhecer o precursor da ONG permitiu a visualização do projeto do Digaai, bem como a realização da pesquisa na região de Boston/Massachusetts proporcionou uma maior visualização da realidade do imigrante brasileiro na região.

O estudo de caso apresentado é um reforço comprobatório dos conceitos apresentados no embasamento teórico, com um ressalvo de que, mesmo tendo uma finalidade diferente da Gestão Estratégica, a Gestão Social ganha cada vez mais contribuições da anteriormente

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citada, ao passo que esta busca cada vez mais parcerias com outras organizações e instituições e o fortalecimento de sua identidade através de ações de propaganda e comunicação para tornar seus produtos (no caso do Digaai, tanto os projetos e programa presenciais quanto a plataforma digital) acessíveis e procurados, estratégias tradicionalmente da Gestão Estratégica de Marketing.

Os trabalhos já publicados sobre o tema caminham juntos a uma mesma direção indicando a relação essencial entre as instituições de terceiro setor e a Gestão Social, sendo essas apontadas como o berço deste tipo de gestão. Todavia, este trabalho em especial se difere por apresentar uma situação de dualidade entre dois estados sociais diferente, onde nem as políticas adotadas pelo Governo Americano (aqui englobando todas as esferas de governo, inclusive as prefeituras das cidades) e nem as atitudes do Governo Brasileiro (representando em território americano na figura do consulado) foram capazes de suprir as necessidades específicas do imigrante brasileiro, cabendo a este próprio conseguir meios de manter vivo seus traços culturais e se colocar no papel de protagonista de sua jornada para conquistar maior participação na sociedade americana.

Considerações finais

O desenvolvimento do estudo aqui apresentado permitiu levantar algumas considerações em relação aos objetos de estudos. Primeiro, apesar das claras diferenças entre os propósitos e funcionalidades entre a Gestão Social e as demais categorias de gestão, anteriormente explicitadas por França (2008) e Tenório (2008), percebe-se um ponto comum na gênesis de ambos os tipos, principalmente em relação a Gestão Estratégica, o fator de a detecção de uma necessidade ter dado início a construção da organização, contudo faz-se necessário explicitar que o conceito de oportunidade para Gestão Social pode ser encarado como a descoberta de uma forma de contribuição com a sociedade, ou um determinado

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grupo, priorizando-se a solidariedade mútua, o bem-estar do público-alvo e desenvolvimento de ações que gerem uma situação favorável a equidade.

Segundo, no que diz respeito ao questionamento inicialmente levantado em relação ao papel da Gestão Social dentro de uma organização de terceiro setor para o reforço da identidade do imigrante brasileiro nos Estados Unidos, faz-se os seguintes apontamentos específicos:

 O primeiro papel que se pode definir é o de Promotor Cultural, à medida que o Digaai organiza, planeja, promove, expõe e torna acessível, à população em geral, a cultura brasileira, com a intenção que os imigrantes ainda se sintam como brasileiro e não esqueçam suas raízes culturais, bem como propaguem estas nos espaços que frequentam e se apropriam.

 O segundo papel trata-se do de Formador Social, esta característica em especial está presente nas ações e projetos que trabalham o empoderamento político do imigrante e a capacidade crítico/analítica voltada para a sociedade que estes estão ligados (seja no Brasil ou nos EUA), onde os imigrantes são constantemente convidados a refletir suas realidades, a realidade do outro e como estes podem conquistar mais espaços.

 O terceiro papel é ligado ao Reforço do Espírito Comunitário. O Digaai permite a integração da comunidade brasileira, estreitando laços entre os imigrantes brasileiros, garantindo a estes mais forças e um sentimento de companheirismo e ajuda mútua.

 O quarto papel está ligado mais a plataforma digital da ONG, o papel de Fomentador de Pesquisas e Repositório. Ligado a trabalho digital proposto pelo Digaai, que armazena as mais diversas informações da diáspora brasileira pelo

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mundo e, ao passo que faz isto, facilita o acesso a dados e a inicialização de novos estudos no assunto.

Também é possível realizar algumas pontuações mais generalistas em relação ao tema ao se associar a experiência aqui relatada ao embasamento teórico previamente apresentado. Estes apontamentos estão listados abaixo:

 O surgimento de organizações que trabalhem a Gestão Social, em sua maioria das vezes, é favorecido e decorrente da incapacidade de outras organizações, em ênfase as ligadas ao Estado, em promoverem práticas voltadas ao um público que necessita de uma atenção especial ou de um reforço para exercer em plenitude seus direitos ou alcançar um patamar mínimo de igualdade social.

 Gestão Social e Gestão Estratégica não devem ser encaradas como antagonistas, ambas podem trabalhar juntas em um mesmo propósito, benéfico para as duas e sem, necessariamente, perderem as características que as definem.

 A empatia (capacidade de se identificar com outra pessoa, se colocar no lugar do outro) pode ser apontada como um dos mecanismo que mantém e origina a Gestão Social.

Este estudo, bem como outros com a mesma temática, abre alas para mais enfoque a Gestão Social e como esta pode suprir necessidade sociais e se fortalecer com as práticas gerenciais propostas pela ciência da administração, contudo para isto é necessário entendê-la em sua origem e desenvolvimento.

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