Atividade elétrica de vias
sensoriais
Integração Polissensorial
U n i v e r s i d a d e d e S ã o Paul o F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d e R i b e i r ã o Pr e t oDe par t ament o de Fi si ol ogi a
Lab de Neur of i si ol ogi a e Neur oet ol ogi a Exper i ment al
Disciplina: RCG212
Estrutura e Função do Sistema Nervoso Curso: Medicina
Período: 3º Semestre
Roteiro de aula
• 1. Características eletrofisiológicas dos neurônios.
• 2. Potencial de ação, potenciais pós-sinápticos excitatórios e inibitórios.
• 3. Definição de potencial evocado ou induzido. Sistema de registro. Sincronismo entre estimulação e registro.
• 4. Caracterizando vias sensoriais por meio dos potenciais evocados. Vias visual, auditiva e olfatória.
• 5. Geradores neurais e as ondas correspondentes aos potenciais evocados. Correlação entre lesões e registros.
• 6. Critérios para determinar normalidade e patologia nos potenciais evocados. Latência e amplitude. Técnicas de promediação.
• 7. O potencial evocado na pesquisa básica, na prática clínica e no
acompanhamento cirúrgico. Protocolos experimentais com combinação de lesões e registros para mapear as vias sensoriais.
• 8. Potenciais evocados sensoriais versus potenciais relacionados com eventos. • 9. Potenciais evocados como ferramentas complementares de análise
O eletrencefalograma representa a voltagem registrada entre dois
eletrodos colocados no escalpo, o que representa uma medida da
atividade coletiva (populações neuronais) elétrica cerebral
Principles of Neural Science (Kandel et al, 1991)
do Tálamo do córtex contralateral
Sinapses nas células piramidais corticais geram potenciais
pós-sinápticos que podem ser detectados no escalpo
Tempo (segundos) Posição do s el etr od os de registr o Início da crise
Anim
at
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ain.
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e
V
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is
, R.
199
8.
Potenciais evocados auditivos (PEA) são
modificações na atividade elétrica do
cérebro (i.e. no eletrencefalograma - EEG)
produzidas por estímulos auditivos. PEAs
consistem de deflexões positivas e
negativas (ou ondas) sincronizadas com o
estímulo. PEAs são produzidas por
modificações no potencial elétrico
(sináptico) através das membranas
neuronais no dado sistema sensorial.
PEAs são muito menores que o EEG, e são, assim,
invisíveis no EEG não processado. Ondas circulares
produzidas pela queda de uma pedra na água parada
é uma boa analogia. A queda desta mesma pedra no
mar causa as mesmas oscilações, que são, no entanto,
mascaradas pelo movimento natural do mar.
O método mais comum para o isolamento dos PEAs
no EEG é a promediação do EEG em resposta a
estímulos idênticos. O PEA será constante para todos
os estímulos (porque é sincronizado com estímulo)
enquanto que o ruído de fundo variará de forma que
240 Hz
50 Hz
http://www.vis.caltech.edu/~rodri/papers/Evoked_Potentials.pdf
2006, Quiroga RQ, Encyclopedia of Medical Devices and
I - Cóclea
II - Nervo Acústico
III - DCN - Núcleo Coclear Dorsal VCN - Núcleo Coclear Ventral
IV - SO - Complexo Olivar Superior V - LL - Lemnisco Lateral
VI e VII - IC - Colículo Inferior
MG - Corpo Geniculado Medial
A capacidade de captar o PEA de regiões distantes a partir do
escalpo depende de quatro fatores:
(1) O número de células ativadas pelo estímulo;
(2) O grau de sincronismo desta ativação (quanto mais
síncrona a ativação, maior a resposta);
(3) A geometria da estrutura ativada (dependendo do arranjo
das células, os dipolos microscópicos produzidos pela ativação
de cada neurônio podem se somar ou se cancelar
mutuamente);
(4) A capacidade dos tecidos adjacentes (ossos, músculos,
líquor, glia) em conduzirem eletricidade.
Anestésicos gerais afetam primariamente os fatores (1) e (2) e
podem afetar indiretamente o fator (3).
Um exemplo é a hipótese de que anestesia
geral diminui o nível de consciência por
interferir no ritmo tálamo-cortical de 40 Hz.
É seguro assumir que as alterações no PEA
induzidas por anestésicos devem refletir
eventos neuronais que contribuem para a perda
da consciência.
CONCLUSÕES
Há pelo menos duas razões para a busca de medidas
neurofisiológicas da ação dos anestésicos no cérebro:
(1) Para descobrir os mecanismos pelos quais a
anestesia geral causa perda da consciência; e
(2) Para que seja possível o monitoramento em tempo
real para uso clínico.
A Resposta Auditiva de Latência Média (RALM) e a
Resposta Auditiva de Estado-Estável (RAEE) em 40 Hz
ambos oferecem oportunidades para a investigação dos
mecanismos anestésicos pelo fato de que estas respostas
Julia Louise Wunderlich,
Barbara Katherine
Cone-Wesson.
Maturation of CAEP in
infants and children: A
review
Hearing Research 212
Potenciais de
tronco
Humano
Potenciais de
tronco
Rato
E
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 1.5 7.0 2.5 3.5 4.5 5.5 6.5 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 1.5 7.0 2.5 3.5 4.5 5.5 6.5 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0Estudos de potenciais evocados facilitam o
Avaliações Práticas – Situações da Vida Real
Emissões otoacústicas
https://www.youtube.com/watch?v=fsBL5UvVQg4
Children´s Play Audiometry
https://www.youtube.com/watch?v=Sqdv-FUr9AI
Easy-to-Use Calming Strategies for Autism
https://www.youtube.com/watch?v=13DiS7cPgX0
See The Amazing Moment When Deaf Babies Hear For The
First Time || BEST Babies Compilation
https://www.youtube.com/watch?v=Z7Xom02e7SA
Years later, child's cochlear implants are his 'ears'
EEG: Visually evoked potentials (VEP)
https://www.youtube.com/watch?v=iXXxL0EOJqs
Visual Evoked Potentials 101
https://www.youtube.com/watch?v=YctzfiBqUiU
Visual Pathway and Lesions
A
P
L
M
Adaptado de Kandel et al 2000 1 2 3 4 5 6 superfície
Potencial
Evocado
Visual em
Cobaia
Forma e
nomenclatura dos
potenciais
relacionados aos
eventos
quimiossensórios.
Estimulação olfatória
com 2-feniletanol
(50%, ISI 30 s, um
indivíduo saudável)
(A) P1 e N1: componentes agudos relacionados à qualidade do estímulo;
P2: componente tardio relacionado ao significado do estímulo; (B) N1 e
P2: amplitude e grandes médias para Fz, Cz e Pz para potencial
quimiossensório eventos-relacionados após estimulação com 2-feniletanol
(50%, ISI 30 s, um indivíduo saudável) e após estimulação trigeminal
Taste & Smell: Crash Course A&P #16
https://www.youtube.com/watch?v=mFm3yA1nslE
Apo E4 Alleles and Impaired Olfaction as
Predictors of Alzheimer's Disease
Referências e Links:
1. Roberto Lent. Cem Bilhões de Neurônios- Conceitos Fundamentais de Neurociencia. Atheneu. 2002
2. Kandel et al. Principles of Neural Science. McGraw-Hill. 2000
3. Purves et al. Neuroscience. Sinaauer Associates, Inc, 2001
The Cochlea - graphic tour of the inner ear's machinery http://www.sissa.it/bp/Cochlea/index.html
Animações foram adaptadas de:
Digital Anatomist Washington University.
Animated Brain. Voneida, TJ e Vardaris, R. 1998.
Human Physiology. McGraw-Hill. Red Five Interactive. 2000 Software utilizado: Virtual Dub - GNU General Public License. http://www.virtualdub.org
Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE)
Alunos: Marcio de Araújo Furtado (2003); Artur Fernandes (2012) Victor Rodrgues Santos (2015)
Orientador: Prof. Dr. Norberto Garcia-Cairasco