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c) PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE DECISÃO ÍNDICE ITEM REFERÊNCIA INTERESSADO ASSUNTO CONSELHEIRO RELATOR Fernando de Oliveira Fernandes

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c) PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE DECISÃO

ÍNDICE

ITEM REFERÊNCIA INTERESSADO ASSUNTO CONSELHEIRO

RELATOR SITUAÇÃO RELATÓRIO 1 PC 0687/2010 Automar Veículos e Serviços Ltda Pedido de reconsideração da Decisão PL-0995/2010 do Confea

Gracio Serra Pendente

2 PC 1142/2010 ENGEL MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS LTDA Pedido de reconsideração da Decisão PL-1563/2010, do Confea.

José Cícero Pendente

3 PC 1409/2009 (Tomos I e II) Fernando de Oliveira Fernandes Pedido de reconsideração da Decisão Plenária nº PL-0256/2010

Idalino Hortêncio Pendente

Subseção V

Do Pedido de Reconsideração

Art. 119. Da decisão do Plenário do Confea cabe um único pedido de reconsideração interposto pela parte legitimamente interessada, sem efeito suspensivo, desde que apresentados novos fatos e argumentos.

§ 1º O pedido de reconsideração, após análise técnica ou jurídica, é dirigido ao presidente que designará conselheiro relator.

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§ 2º O conselheiro relator deve apresentar o relatório e voto fundamentado na primeira sessão plenária ordinária subseqüente à designação.

Art. 120. Julgado procedente o pedido de reconsideração, o Plenário do Confea poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão.

Parágrafo único. Da revisão da decisão do Plenário do Confea não poderá resultar agravamento da sanção.

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ITEM 1 PROCESSO : CF-0687/2010

INTERESSADO : Automar Veículos e Serviços Ltda

ASSUNTO : Pedido de reconsideração da Decisão PL-0995/2010, do Confea que manteve a Notificação e Auto de Infração nº 64819 do Crea-SP

RELATOR : Conselheiro Federal Gracio Paulo Pessoa Serra

Ref. SESSÃO: Sessão Plenária Ordinária 1.372 DECISÃO Nº: PL-0995/2010

REFERÊNCIA: PC CF-0687/2010

INTERESSADO: Automar Veículos e Serviços Ltda.

EMENTA: Mantém a Notificação e Auto de Infração nº 64819, do Crea-SP. DECISÃO:

O Plenário do Confea, reunido em Brasília no período de 18 a 20 de agosto de 2010, apreciando a Deliberação nº 0494/2010-CEEP, relativa à matéria em epígrafe, que trata de recurso interposto ao Confea pela Automar Veículos e Serviços Ltda., estabelecida na Avenida D. Pedro II n° 2285, Jardim Universitário, em Rancharia - SP, autuada pelo Crea-SP mediante o Auto de Notificação e Infração n° 64819, lavrado em 17 de janeiro de 2008 por infração ao art. 59 da Lei nº 5.194/66, ao exercer atividades da Engenharia Mecânica na execução de atividades privativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea sem estar devidamente registrada no Crea-SP, e considerando que o processo foi analisado, em 27 de novembro de 2008 pela Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, que concluiu pela manutenção do Auto de Notificação e Infração, e posteriormente, em 10 de dezembro de 2009, o processo foi analisado pelo Plenário do Crea, que decidiu manter a autuação, expedindo a Decisão PL/SP n° 1282/2009; considerando que a interessada alegou em seu recurso ao Plenário do Confea que tem como objeto social o comércio de veículos novos e usado, peças e acessórios, combustíveis e lubrificantes, com oficina mecânica para assistência técnica, e locação de veículos automotores; e que não exerce qualquer atividade de montagem de veículos, sendo restrita a venda, locação e assistência técnica, com mera reposição de peças defeituosas por semelhantes novas, sem qualquer alteração da estrutura mecânica; considerando que a PL 1919/2009, tomou decisão no sentido de que a localização de problemas e substituição de peças defeituosas implica a necessidade de um conhecimento técnico específico, o qual é ministrado em cursos superiores e técnicos da área de Engenharia Mecânica; considerando que o art. 3º do estatuto social da interessada “comércio de veículos novos e usados, peças e acessórios, combustíveis e lubrificantes, com oficina mecânica para assistência técnica, e locação de veículos automotores”; considerando a Decisão Normativa nº 39, de 8 de julho de 1992, a qual estabelece a obrigatoriedade do registro das concessionárias de veículos automotores nos Creas; considerando que, segundo consta dos autos, o Crea agiu devidamente quando da lavratura da Notificação e Auto de Infração, em face da constatação de infração à legislação vigente, capitulando, adequadamente, a infração cometida e a penalidade estipulada; considerando que a penalidade por infração ao dispositivo descrito acima está capitulada na alínea “c”, art. 71, – multa, e alínea “c”, art. 73, da Lei nº 5.194, de 1966; considerando que a multa na época da autuação encontrava-se regulamentada pela Resolução nº 503, de 21 de setembro de 2007, art. 4º - R$ 226,00 a R$ 459,00; considerando o Parecer nº 0374/2010–GAC/ATE, DECIDIU, por unanimidade, manter a Notificação e Auto de Infração nº 64819, pelo exercício

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de atividades da Engenharia Mecânica na execução de atividades privativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea sem estar devidamente registrada no Crea-SP, bem como o registro do profissional responsável, devendo a Automar Veículos e Serviços Ltda. efetuar o pagamento da multa regulamentada pela Resolução nº 503, de 21 de setembro de 2007, art. 4º, no valor de R$ 459,00 (quatrocentos e cinqüenta e nove reais), conforme previsto pelo Regional, corrigido na forma da lei. Presidiu a sessão o Presidente MARCOS TÚLIO DE MELO. Presentes os senhores Conselheiros Federais ANA KARINE BATISTA DE SOUSA, ANDERSON FIORETI DE MENEZES, GRACIO PAULO PESSOA SERRA, IDALINO SERRA HORTÊNCIO, JOSE CICERO ROCHA DA SILVA, JOSE CLEMERSON SANTOS BATISTA, JOSE LUIZ MOTA MENEZES, KLEBER SOUZA DOS SANTOS, LINO GILBERTO DA SILVA, LUIZ ARY ROMCY, MARIA LUIZA POCI PINTO, MARTINHO NOBRE TOMAZ DE SOUZA, PEDRO LOPES DE QUEIRÓS, PEDRO SHIGUERU KATAYAMA, PETRUCIO CORREIA FERRO, ROBERTO DA COSTA E SILVA e SANDRA MARIA LOPES RAPOSO.

Cientifique-se e cumpra-se. Brasília, 30 de agosto de 2010. Marcos Túlio de Melo

Presidente

PARECER 677/2011-GAC

Trata o presente processo de pedido de reconsideração da Decisão nº PL-0995/2010, do Confea, datada de 30 de agosto de 2010, impetrado, tempestivamente, por Automar Veículos e Serviços Ltda., protocolizado no Confea em 25 de fevereiro de 2010 (fl. 14 do processo do Confea).

Por meio da Decisão PL-0995/2010, o Plenário do Confea decidiu, por unanimidade, manter a Notificação e Auto de Infração nº 0374/2010, pelo exercício de atividades da Engenharia Mecânica na execução de atividades privativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea sem estar devidamente registrado no Crea-SP, bem como o registro de profissional responsável, devendo a Automar Veículos e Serviços Ltda. efetuar o pagamento da multa regulamentada pela Resolução 503, 21 de setembro de 2007, art. 4º, no valor de R$ 459,00 (quatrocentos e cinqüenta e nove reais), conforme previsto pelo Regional, corrigido na forma da lei.

1. Análise de Pressupostos de Admissibilidade

No tocante ao pedido de reconsideração, são adotadas as disposições previstas nos arts. 119 e 120 do Regimento do Confea, aprovado pela Resolução nº 1.015, de 30 de junho de 2006, e na Resolução nº 1.008, de 9 de dezembro de 2004, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, conforme transcrições que se seguem:

a) Regimento do Confea:

Art. 119. Da decisão do Plenário do Confea cabe um único pedido de reconsideração interposto pela parte legitimamente interessada, sem efeito suspensivo, desde que apresentados novos fatos e argumentos.

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§ 1º O pedido de reconsideração, após análise técnica ou jurídica, é dirigido ao presidente que designará conselheiro relator.

§ 2º O conselheiro relator deve apresentar o relatório e voto fundamentado na primeira sessão plenária ordinária subseqüente à designação.

Art. 120. Julgado procedente o pedido de reconsideração, o Plenário do Confea poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão. Parágrafo único. Da revisão da decisão do Plenário do Confea não poderá resultar agravamento da sanção.

b) Resolução nº 1.008, de 2004:

Art. 33. Da decisão proferida pelo Plenário do Confea, cabe um único pedido de reconsideração, que não terá efeito suspensivo, efetuado pelo autuado no prazo máximo de sessenta dias contados da data do recebimento da notificação.

1.1. Critério de solicitação por parte interessada

Como pressuposto, somente aqueles que figuram em um dos pólos da relação processual pode pleitear pedido de reconsideração.

Critério atendido, tendo em vista que Automar Veículos e Serviços Ltda. é parte diretamente interessada no presente processo.

1.2. Critério de novos fatos e argumentos

O pedido de reconsideração deve ser aceito apenas quando a parte interessada apresentar novos fatos e argumentos. E somente após cumpridos tais critérios de admissibilidade é que o mérito do pedido pode ser analisado;

A interessada alega em seu pedido de reconsideração que a Lei Federal 6.729/79, que dispõe sobre a concessão comercial entre produtores e distribuidores de veículos automotores de via terrestre (concessionárias), vincula à montadora de veículos a responsabilidade quanto aos aspectos técnicos do veículo e não à concessionária, como é o caso da interessada.

Critério não atendido tendo em vista que tal alegação se trata de interpretação da interessada que não a isenta de sua responsabilidade quanto à prestação de assistência técnica, conforme consta em seu objeto social à folha 40. 2. Considerações

Considerando que os critérios de admissibilidade de pedido de reconsideração se referem à apresentação de novos fatos e argumentos pela parte interessada que justifiquem invalidar ou modificar a decisão;

Considerando que o pedido de reconsideração não apresenta fatos novos e sim expõe uma interpretação da Lei Federal 6.729/79, o que não invalida a Decisão PL-0995/2010 ou qualquer outro normativo deste Federal;

Considerando que a supracitada lei define distribuidor, ou concessionário, em seu art. 2º, inciso II, in verbis:

II - distribuidor, a empresa comercial pertencente à respectiva categoria econômica, que realiza a comercialização de veículos automotores, implementos e componentes novos, presta assistência técnica a esses produtos e exerce outras funções pertinentes à atividade; (grifo nosso)

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Considerando que a lei em questão define em seu art. 3º, inciso II como objeto de concessão, in verbis:

II - a prestação de assistência técnica a esses produtos, inclusive quanto ao seu atendimento ou revisão;

Considerando que a referida lei dispõe em seu art. 5º, inciso I e § 2º quanto à responsabilidade do concessionário no exercício de suas atividades e quanto às obrigações na prestação de serviços inerentes aos veículos automotores, in verbis:

Art. 5° São inerentes à concessão:

I - área operacional de responsabilidade do concessionário para o exercício de suas atividades; (grifo nosso)

2° O concessionário obriga-se à comercialização de veículos automotores, implementos, componentes e máquinas agrícolas, de via terrestre, e à prestação de serviços inerentes aos mesmos, nas condições estabelecidas no contrato de concessão comercial, sendo-lhe defesa a prática dessas atividades, diretamente ou por intermédio de prepostos, fora de sua área demarcada. (grifo nosso)

Considerando, portanto, que a atividade de assistência técnica praticada pela interessada não a isenta de proceder ao registro no Crea-SP, bem como registrar profissional responsável para o setor de prestação de assistência técnica.

Dessa forma a alegação apresentada no pedido de reconsideração não justifica a mudança da Decisão PL-0995/2010, uma vez que não foi atendido o critério de admissibilidade.

3. Conclusão

À vista da legislação em vigor, sugerimos ao Plenário do Confea não conhecer o presente pedido de reconsideração, visto que não foi atendido o critério de admissibilidade, que se refere à apresentação de novos fatos e argumentos pela parte interessada.

Opinamos, também, que o processo seja encaminhado à Gerência de Apoio aos Colegiados – GAC para providências no que diz respeito à designação de conselheiro relator.

É o parecer.

Brasília, 15 de junho de 2011.

JOÃO RICARDO RAMOS SOARES

Engenheiro Agrônomo – Crea-DF nº 17.441/D Profissional de Atividades de Logística

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ITEM 2 PROCESSO : CF-1142/2010

INTERESSADO : Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda

ASSUNTO : Pedido de reconsideração da Decisão PL1563/2010 do Confea que restituiu o processo ao Crea-SC para que o plenário do Regional analise e decida quanto ao recurso apresentado pela interessada.

RELATOR : Conselheiro Federal José Cícero Rocha da Silva Ref. SESSÃO: Sessão Plenária Ordinária 1.374

DECSÃO Nº: PL-1563/2010 REFERÊNCIA: PC CF 1142/2010

INTERESSADO: Engel Manutenção de Maquinas Industriais Ltda

EMENTA: Restitui o processo ao Crea-SC para que o plenário do Regional analise e decida quanto ao recurso apresentado pela pessoa jurídica Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda.

DECISÃO:

O Plenário do Confea, reunido em Brasília no período de 27 a 29 de outubro de 2010, apreciando a Deliberação nº 0754/2010-CEEP, relativa à matéria em epígrafe, que trata de recurso tempestivamente interposto ao Confea, em 30 de março de 2010, pelo Engenheiro de Controle e Automação Denis Alexandre Kohler em nome da empresa Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda, CNPJ nº 10.539.877/0001-09, estabelecida na Travessa Campo Grande, 138, bairro Bucarein, cidade de Joinville-SC, que solicitou seu registro junto ao Crea-SC, indicando como seu responsável técnico o Engenheiro de Controle e Automação supracitado, conforme dispõe o art. 59 da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro 1966, e considerando que em 13 de maio de 2009, o Engenheiro Denis Alexandre requereu registro junto ao Crea-SC da pessoa jurídica Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda., apresentando-se como responsável técnico; considerando que em 3 de junho de 2009, o registro da empresa fora deferido pela Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE), com aprovação para as atividades de “manutenção e serviços de engenharia em automação industrial”; considerando que em 19 de junho de 2009 a Câmara Especializada de Engenharia Industrial CEEI solicitou a grade curricular do profissional e o conteúdo programático das disciplinas cursadas; considerando que em 16 de outubro de 2009, a CEEI indeferiu o registro por entender, a partir da análise curricular, que o profissional não possui atribuição para “serviços de manutenção de máquinas e equipamentos”; considerando que em 13 de novembro de 2009, a CEEE manteve o deferimento para atividades de “manutenção e serviços de engenharia em automação industrial”; considerando que a alínea “h”do art. 34 da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966, dispõe como uma das atribuições dos Conselhos Regionais: “examinar os requerimentos e processos de registro em geral, expedindo as carteiras profissionais ou documentos de registro”; considerando, ainda, que a alínea “e” do supracitado artigo dispõe como atribuição do Conselho Regional: “julgar, em grau de recurso, os processos de imposição de penalidades e multas”; considerando que a alínea “e” do art. 27 dispõe como atribuição do Conselho Federal: “julgar em última instância os recursos sobre registros, decisões e penalidades impostas pelos Conselhos Regionais”; considerando que o presente processo não fora apreciado pelo Plenário do Conselho Regional; considerando, portanto, que houve uma supressão de instância quanto à apreciação do recurso do interessado da decisão da CEEI; considerando o Parecer nº 0820/2010-GAC/ATE, DECIDIU, por unanimidade, restituir o processo ao Crea-SC para que o plenário do Regional analise e decida quanto ao recurso apresentado pela pessoa jurídica Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda., nos termos da alínea “e” do art. 34 da

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Lei 5.194 de 1966. Presidiu a sessão o Presidente MARCOS TÚLIO DE MELO. Presentes os senhores Conselheiros Federais FRANCISCO XAVIER RIBEIRO DO VALE, JOSE CICERO ROCHA DA SILVA, JOSE CLEMERSON SANTOS BATISTA, JOSE LUIZ MOTA MENEZES, LINO GILBERTO DA SILVA, LUIZ ARY ROMCY, MARIA LUIZA POCI PINTO, PEDRO LOPES DE QUEIRÓS, PETRUCIO CORREIA FERRO, REGINA CARDOSO MORANDI e ROBERTO DA COSTA E SILVA.

Cientifique-se e cumpra-se.

Brasília, 05 de novembro de 2010. Marcos Túlio de Melo

Presidente

PARECER 461/2011-GAC

Trata-se de recurso interposto tempestivamente ao Confea, em 30 de março de 2010, pelo Engenheiro de Controle e Automação Denis Alexandre Kohler em nome da empresa Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda, CNPJ nº 10.539.877/0001-09, estabelecida na Travessa Campo Grande, 138, bairro Bucarein, cidade de Joinville-SC, que solicitou seu registro junto ao Crea-SC, indicando como seu responsável técnico o Engenheiro de Controle e Automação supracitado, conforme dispõe o art. 59 da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro 1966.

Observa-se que quando da primeira análise do processo, em 12 de julho de 2010, não se observou o fato da apreciação pelo Plenário do Regional, o que naquela ocasião originou a sugestão pelo encaminhamento para diligência por supressão de instância gerando a PL-1563/2010 a qual decidiu por restituir o processo ao Crea-SC para que o plenário do Regional analisasse e decidisse quanto ao recurso apresentado pela pessoa jurídica Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda.

Embora o Regional tenha encaminhado o processo como pedido de reconsideração apreciar-se-á, em razão do princípio da eficiência administrativa, o mérito inicial, ou seja, recurso apresentado ao Confea em razão do indeferimento do recurso apresentado ao plenário do Regional;

Histórico

Em 13 de maio de 2009, o Engenheiro Denis Alexandre Kohler requereu registro junto ao Crea-SC da pessoa jurídica Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda., apresentando-se como responsável técnico; (fl. 01)

Em 3 de junho de 2009, o registro da empresa fora deferido pela Câmara Especializada de Engenharia Elétrica CEEE, com aprovação para as atividades de “manutenção e serviços de engenharia em automação industrial”. (fl. 16)

Em 19 de junho de 2009, a Câmara Especializada de Engenharia Industrial CEEI solicitou a grade curricular do profissional e o conteúdo programático das disciplinas cursadas; (fl. 16 v)

Em 16 de outubro de 2009, após apreciar a grade curricular do interessado, a CEEI indeferiu o registro por entender, a partir da análise curricular, que o profissional não possui atribuição para “serviços de manutenção de máquinas e equipamentos”; (fl. 46 v)

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Em 13 de novembro de 2009, a CEEE manteve o deferimento para atividades de “manutenção e serviços de engenharia em automação industrial”; (fl. 46 v)

Em 12 de março de 2010, o Plenário do Crea-SC decidiu que o Engenheiro Denis Alexandre Kohler está apto como Responsável Técnico para as atividades de manutenção e serviços em Engenharia em Automação Industrial; (fl. 47)

Considerações

Considerando que atribuições do Engenheiro de Controle e Automação são aquelas dispostas no art. 1º da Resolução 427, de 5 de março de 1999, no que se refere ao controle e automação de equipamentos, processos, unidades e sistemas de produção, seus serviços afins e correlatos;

Considerando que os objetos sociais da pessoa jurídica Engel Manutenção de Máquinas Industriais Ltda., são, conforme consta à folha 10:

- Serviços de Manutenção de Máquinas e Equipamentos Industriais;

- Serviços de Engenharia em Projetos Elétricos, Eletrônicos, Industriais e Automação Industrial;

Considerando que a Câmara Especializada de Engenharia Elétrica aprovou registro do profissional para as atividades de Manutenção e Serviços de Engenharia em Automação Industrial, as folhas 16 e 46v;

Considerando que as atribuições do Engenheiro Mecânico são aquelas dispostas no art. 12 da Resolução 218, de 29 de junho de 1973, dentre elas a atividade 17 (operação e manutenção de equipamento e instalação) referentes a: processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos;

Considerando que a atividade 17 (operação e manutenção de equipamento e instalação) da Resolução 218/73 aplicada ao Engenheiro Mecânico é conferida, dentre outras, em razão de disciplinas como Manutenção Mecânica, Elementos de Máquinas I e Elementos de Máquinas II, anexas;

Considerando que as disciplinas acima expostas foram retiradas da grade curricular do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual Paulista – UNESP;

Considerando que na grade curricular observada a disciplina Manutenção Mecânica possui com pré-requisitos as disciplinas Elementos de Máquinas I e II;

Considerando que, embora a Engenharia de Automação seja uma habilitação específica, que teve origem nas áreas elétrica e mecânica do Curso de Engenharia, a partir do cotejo entre as ementas das disciplinas Manutenção Mecânica e Elementos de Máquinas I e II e as ementas das disciplinas apresentadas pelo curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Santa Catarina não se encontra equivalência entre aquelas e estas disciplinas;

Considerando o disposto no art. 25 da Resolução 218/73, in verbis:

Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo

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outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade

Considerando que a manifestação da Câmara Especializada Engenharia Industrial referente aos serviços de manutenção de máquinas e equipamentos poderiam ser exercidas por um Engenheiro Mecânico ou por um Técnico Mecânico supervisionados por um Engenheiro;

Considerando, portanto, não haver fundamentos para alterar a decisão proferida pelo plenário do Regional;

Conclusão

Sugerimos à Comissão de Ética e Exercício Profissional - CEEP propor ao Plenário do Confea conhecer do recurso, negando-lhe provimento, mantendo-se a decisão do Plenário do Crea-SC no sentido de que o Engenheiro de Automação e Controle Denis Alexandre Kohler está apto para as atividades de manutenção e serviços em Engenharia de Automação e Controle como Responsável Técnico da empresa Engel Manutenção de Máquinas Industriais.

É o parecer.

Brasília-DF, 4 de abril de 2011.

JOÃO RICARDO RAMOS SOARES Eng. Agrônomo – CREA-DF nº. 17.441/D

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ITEM 3 PROCESSO : CF-1409/2009 (Tomos I e II) INTERESSADO : Fernando de Oliveira Fernandes

ASSUNTO : Pedido de reconsideração da Decisão nº PL-0256/2010 que determinou ao Crea-MG não cadastrar o Curso de Extensão em Georreferenciamento.

RELATOR : Conselheiro Federal Idalino Serra Hortêncio Ref. SESSÃO: Sessão Plenária Ordinária 1.368

DECISÃO Nº: PL-0256/2010 REFERÊNCIA: PC CF-1409/2009

INTERESSADO: Fernando de Oliveira Fernandes e a empresa Castela Consultoria Ltda

EMENTA: Determina ao Crea-MG não cadastrar o Curso de Extensão em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Consultoria Ltda e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia, conforme os dispositivos do Anexo III da Resolução nº 1.010, de 2005.

DECISÃO:

O Plenário do Confea, reunido em Brasília no período de 24 a 26 de março de 2010, apreciando a Deliberação nº 035/2010-CEAP, relativa à matéria em epígrafe, que trata do cadastramento de curso de extensão em georreferenciamento de imóveis rurais, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Consultoria Ltda e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia, e considerando que a concessão de extensão de atribuições de título, competências e atividades profissionais no Sistema Confea/Crea decorre da análise dos perfis de formação profissional obtida formalmente, mediante cursos comprovadamente regulares, cursados após a diplomação, devendo haver decisão favorável da câmara especializada envolvida; considerando que, dentro da definição de curso regular (inciso X do art 2º da Resolução nº 1.010, de 2005) para a finalidade supracitada, incluem-se os cursos de pós-graduação credenciados ou senso lato, considerados válidos, em consonância com as disposições legais que disciplinam o sistema educacional; considerando a Resolução CES/CNE nº 1, de 2007, que disciplina as condições de oferta dos cursos de pós-graduação; considerando que, da análise de documentação curricular acostada ao processo, verifica-se que, não obstante a carga horária de 360 horas e a titulação do seu corpo docente, o curso em apreço não se enquadra nas demais condições de curso de especialização lato senso previstas na Resolução CES/CNE nº 1, de 2007 (denominação, monografia/trabalho de conclusão de curso e matrícula), mas atende às prescrições da Decisão nº PL-2087, de 2004, ainda em vigor; considerando o Parecer PROEX nº 0080/2008, emitido em 6 de novembro de 2008, pela Diretoria de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Uberlândia, do qual consta que “o projeto atende as diretrizes e os princípios para a extensão, somos de PARECER FAVORáVEL à aprovação e à realização do mesmo”; considerando que consta do objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Consultoria Ltda e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia, que o curso em tela é de extensão; considerando que a Câmara Especializada de Agrimensura do Crea-MG deliberou por não cadastrar o curso em apreço, fundamentando-se no § 3º do art 2º do Anexo III da Resolução nº 1.010, de 2005; considerando que o dispositivo supracitado reza: “Para efeito deste Regulamento, os cursos de extensão e de atualização não são considerados cursos regulares”, DECIDIU: 1) Determinar ao Crea-MG não cadastrar o Curso de

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Extensão em Georreferenciamento, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Consultoria Ltda e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia, conforme os dispositivos do Anexo III da Resolução nº 1.010, de 2005. 2) Dar ciência da decisão à Fundação de Apoio Universitário e à Universidade Federal de Uberlândia. Presidiu a sessão o Engenheiro Civil MARCOS TÚLIO DE MELO. Presentes os senhores Conselheiros Federais AFONSO LUIZ COSTA LINS JUNIOR, ANA KARINE BATISTA DE SOUSA, ANDERSON FIORETI DE MENEZES, ETELVINO DE OLIVEIRA FREITAS, FRANCISCO XAVIER RIBEIRO DO VALE, GRACIO PAULO PESSOA SERRA, IDALINO SERRA HORTÊNCIO, JOSE CICERO ROCHA DA SILVA, JOSE LUIZ MOTA MENEZES, JOSÉ ROBERTO GERALDINE JÚNIOR, KLEBER SOUZA DOS SANTOS, LINO GILBERTO DA SILVA, LUIZ ARY ROMCY, MARIA LUIZA POCI PINTO, MODESTO FERREIRA DOS SANTOS FILHO, ORLANDO CAVALCANTI GOMES FILHO, PEDRO LOPES DE QUEIRÓS, PEDRO SHIGUERU KATAYAMA, PETRUCIO CORREIA FERRO e ROBERTO DA COSTA E SILVA.

Cientifique-se e cumpra-se. Brasília, 31 de março de 2010. Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo Presidente

PARECER Nº 801/2011-GAC

Trata o processo de cadastramento do Curso de Extensão em Georreferenciamento, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Engenharia e Consultoria Ltda. e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia.

Mediante protocolo CF 2947, de 12 de julho de 2011, o Eng. Fernando de Oliveira Fernandes, representante da empresa Castela Engenharia e Consultoria Ltda., apresenta pedido de reconsideração da Decisão Plenária n° PL-0256, de 31 de março de 2010, in verbis:

DECIDIU:

1) Determinar ao Crea-MG não cadastrar o Curso de Extensão em Georreferenciamento, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Consultoria Ltda e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia, conforme os dispositivos do Anexo III da Resolução nº 1.010, de 2005.

2) Dar ciência da decisão à Fundação de Apoio Universitário e à Universidade Federal de Uberlândia.

Análise processual:

Data do protocolo no Confea: 12 de julho de 2011.

Data de encaminhamento ao analista: 25 de julho de 2011. Histórico:

O processo tem início por meio de uma reclamação do Eng. Fernando de Oliveira Fernandes contra a Câmara especializada de Agrimensura do Crea-MG, que estaria indeferindo as solicitações de anotação do curso de georreferenciamento para os concludentes do curso oferecido pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis – PROEX da Universidade Federal der Uberlândia (fl. 01).

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Em 25 de maio de 2009, a Câmara Especializada de Agrimensura do Crea-MG informa que, em reunião realizada em 21 de maio de 2009, decidiu pelo indeferimento da solicitação de cadastramento do curso de extensão em georreferenciamento oferecido pela Universidade Federal de Uberlândia, por não atender o estabelecido nos artigos 3° e 4° da Resolução n° 1.016, de 2006, e artigo 2° do Anexo III da Resolução n° 1.010, de 2005, do Confea (fl. 31).

Em 13 de outubro de 2009 é elaborada a Informação n° 165/2009-GAC/ATE que conclui pelo encaminhamento do processo à Comissão de Educação e Atribuição Profissional – CEAP (fls. 92/93).

Em 8 de dezembro de 2009, atendendo solicitação da CEAP, o processo é novamente analisado e o Parecer n° 1244/2009-GAC/ATE conclui que “de acordo com a legislação do Ministério da Educação sobre o assunto, entendemos que o curso em tela não atende a todos os requisitos de um curso de pós-graduação lato sensu, e, desta forma, não está abrangido pela Resolução n° 1.010, de 2005” (fls. 97/99).

Em 4 de fevereiro de 2010, a CEAP delibera sobre o assunto por meio da Deliberação n° 035/2010-CEAP (fls. 185/186).

Em 31 de março de 2010, durante a realização da Sessão Plenária n° 1.368, a deliberação da CEAP é apreciada pelo Plenário do Confea, emitindo a Decisão Plenária n° PL-0256/2010 (fls. 188/189).

Por meio do ofício 0812, de 5 de abril de 2010, o Confea encaminha ao Eng. Fernando de Oliveira Fernandes cópia da citada decisão (fl. 191).

Do pedido de reconsideração:

O pedido de reconsideração está disciplinado na Subseção V do Regimento do Confea, aprovado pela Resolução n° 1015, de 2006, que estabelece:

Art. 119. Da decisão do Plenário do Confea cabe um único pedido de reconsideração interposto pela parte legitimamente interessada, sem efeito suspensivo, desde que apresentados novos fatos e argumentos.

§ 1º O pedido de reconsideração, após análise técnica ou jurídica, é dirigido ao presidente que designará conselheiro relator.

§ 2º O conselheiro relator deve apresentar o relatório e voto fundamentado na primeira sessão plenária ordinária subseqüente à designação.

Art. 120. Julgado procedente o pedido de reconsideração, o Plenário do Confea poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão. Parágrafo único. Da revisão da decisão do Plenário do Confea não poderá resultar agravamento da sanção.

No pedido de reconsideração o profissional alega que quando da consulta formulada pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária – INCRA, acerca dos profissionais habilitados a desenvolverem as atividades definidas pela Lei n° 10.267, de 2001, no tocante à regularização de propriedades rurais, foi aprovada a Decisão Plenária n° PL-2087/2004, que decidiu (fls. 203/206):

1) Revogar a Decisão PL-0633, de 2003, a partir desta data.

2) Editar esta decisão com o seguinte teor: I. Os profissionais habilitados para assumir a responsabilidade técnica dos serviços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais para efeito do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR são aqueles que, por meio de cursos regulares de graduação ou técnico de nível médio, ou por meio de cursos de pós-graduação ou de qualificação/aperfeiçoamento profissional, comprovem que tenham cursado os seguintes conteúdos formativos: a) Topografia aplicada ao georreferenciamento; b) Cartografia; c) Sistemas de referência; d) Projeções cartográficas; e) Ajustamentos; f) Métodos e medidas de posicionamento geodésico. II. Os conteúdos formativos não precisam constituir disciplinas, podendo estar incorporadas nas ementas das disciplinas onde serão ministrados estes conhecimentos aplicados às diversas modalidades do Sistema; III. Compete às câmaras especializadas procederem a análise curricular; IV. Os profissionais que

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não tenham cursado os conteúdos formativos descritos no inciso I poderão assumir a responsabilidade técnica dos serviços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais para efeito do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR, mediante solicitação à câmara especializada competente, comprovando sua experiência profissional específica na área, devidamente atestada por meio da Certidão de Acervo Técnico – CAT; V. O Confea e os Creas deverão adaptar o sistema de verificação de atribuição profissional, com rigorosa avaliação de currículos, cargas horárias e conteúdos formativos que habilitará cada profissional; VI. A atribuição será conferida desde que exista afinidade de habilitação com a modalidade de origem na graduação, estando de acordo com o art. 3º, parágrafo único, da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e serão as seguintes modalidades: Engenheiro Agrimensor (art. 4º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Agrônomo (art. 5º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Cartógrafo, Engenheiro de Geodésica e Topografia, Engenheiro Geógrafo (art. 6º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Civil, Engenheiro de Fortificação e Construção (art. 7º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Florestal (art. 10 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Geólogo (art. 11 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Minas (art. 14 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Petróleo (art. 16 da Resolução 218, de 1973); Arquiteto e Urbanista (art. 21 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Operação - nas especialidades Estradas e Civil (art. 22 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Agrícola (art. 1º da Resolução 256, de 27 de maio de 1978); Geólogo (art. 11 da Resolução 218, de 1973); Geógrafo (Lei 6.664, de 26 de junho de 1979); Técnico de Nível Superior ou Tecnólogo - da área específica (art. 23 da Resolução 218, de 1973); Técnico de Nível Médio em Agrimensura; Técnicos de Nível Médio em Topografia; e Outros Tecnólogos e Técnicos de Nível Médio das áreas acima explicitadas, devendo o profissional anotar estas atribuições junto ao Crea. VII. Os cursos formativos deverão possuir carga horária mínima de 360 horas contemplando as disciplinas citadas no inciso I desta decisão, ministradas em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação; VIII. Ficam garantidos os efeitos da Decisão PL-633, de 2003, aos profissionais que tiverem concluído ou concluírem os cursos disciplinados pela referida decisão plenária e que, comprovadamente, já tenham sido iniciados em data anterior à presente decisão.

Informa, ainda, que as Câmaras Especializadas de Agrimensura insurgiram-se contra a Decisão Plenária n° PL-2087/2004, motivo pelo qual, segundo o interessado, o Confea teria aprovado de forma suplementar as seguintes decisões:

Decisão Plenária n° PL-0265/2007:

1) Orientar o Crea-SP a acolher a anotação de cursos de

aperfeiçoamento/qualificação de nível técnico de Georreferenciamento para efeito de atualização dos prontuários dos profissionais técnicos de nível médio; 2) Informar os demais Creas desta decisão.

Decisão Plenária n° PL-1347/2008:

1) Recomendar aos Creas que: a) as atribuições para a execução de atividades de Georreferenciamento de Imóveis Rurais somente poderão ser concedidas ao profissional que comprovar que cursou, seja em curso regular de graduação ou técnico de nível médio, ou pós-graduação ou qualificação/aperfeiçoamento profissional, todos os conteúdos discriminados no inciso I do item 2 da Decisão nº PL-2087/2004, e que cumpriu a totalidade da carga horária exigida para o conjunto das disciplinas, qual seja 360 (trezentas e sessenta) horas, conforme está estipulado no inciso VII do item 2 dessa mesma decisão do Confea; b) embora haja a necessidade de o profissional comprovar que cursou, nas condições explicitadas no item anterior, todas as disciplinas listadas no inciso I do item 2 da Decisão nº PL-2087/2004, não há a necessidade de comprovação de carga horária por disciplina; c) para os casos em que os profissionais requerentes forem Engenheiros Agrimensores, Engenheiros Cartógrafos, Engenheiros Geógrafos, Engenheiros de Geodésia e Topografia ou Tecnólogos/Técnicos da modalidade Agrimensura, os seus respectivos pleitos serão apreciados somente pela Câmara Especializada de

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Agrimensura; serão, entretanto, remetidos ao Plenário do Regional quando forem objetos de recurso; e d) para os casos em que os profissionais requerentes não forem Engenheiros Agrimensores, Engenheiros Cartógrafos, Engenheiros Geógrafos, Engenheiros de Geodésia e Topografia nem Tecnólogos/Técnicos da modalidade Agrimensura, os seus respectivos pleitos serão apreciados pela Câmara Especializada de Agrimensura, pela câmara especializada pertinente à modalidade do requerente e, por fim, pelo Plenário do Regional. 2) Determinar aos Creas que cancelem a concessão de atribuições para o exercício de atividades de georreferenciamento que estiver em desacordo ao entendimento acima exposto.

Decisão Plenária n° PL-0503/2009:

...considerando que a Decisão nº PL-2087/2004 condiciona a concessão de atribuições profissionais para a execução dos serviços supracitados à conclusão, com aproveitamento, de cursos regulares de graduação ou técnico de nível médio ou de pós-graduação ou de qualificação/aperfeiçoamento profissional que possuam conteúdos formativos referentes ao georreferenciamento de imóveis; considerando que o interessado apresentou documentação escolar comprovando ter concluído com aproveitamento o Curso de Georreferenciamento de Imóveis Rurais da Escola Média de Agropecuária Regional da CEPLAC – EMARC, em Uruçuca-BA;

...

DECIDIU acolher o recurso do interessado para, no mérito, dar-lhe provimento, determinando que o Crea-BA proceda: 1) à anotação do Curso de Georreferenciamento de Imóveis Rurais no cadastro profissional do Técnico em Agrimensura ANTONIO PEREIRA RAMOS. 2) à expedição de certidão especial, certificando que o Técnico em Agrimensura ANTONIO PEREIRA RAMOS possui atribuições para executar as atividades de georreferenciamento de imóveis rurais, para credenciamento junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, sem a necessidade de acompanhamento e supervisão de um profissional de nível superior da modalidade Agrimensura.

Informa que a partir de 2004 a empresa Castela Engenharia e Consultoria Ltda. firmou parceria com a Universidade Federal de Uberlândia, através da Faculdade de Engenharia Civil – FECIV que vem ministrando o curso de Georreferenciamento de Imóveis em modalidade que atende plenamente ao que dispõe a Decisão Plenária n° PL-2087/2004, e que os egressos dessas turmas vinham recebendo os respectivos acréscimos de atribuições por parte de todos os Creas no Brasil (fl. 206)

Alega que atualmente alguns egressos que concluíram o curso no segundo semestre de 2009 receberam o acréscimo de atribuição, entretanto, outros concludentes não receberam o acréscimo de atribuição em função da informação do Crea-MG de que o curso ministrado pela Universidade Federal de Uberlândia não possuía registro no regional.

Reafirma que o curso de georreferenciamento promovido pela Castela Engenharia de Consultoria Ltda. ocorre por intermédio de parceria com duas das mais renomadas instituições de ensino de nível superior do Estado de Minas Gerais, que o conteúdo programático atende plenamente o que preconiza a decisão plenária do Confea. Que dos quase de 500 (quinhentos) profissionais que concluíram o curso, a massiva maioria já recebeu o acréscimo de atribuições para assumir a responsabilidade técnica dos serviços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, sendo que tal reconhecimento se deu por parte de grande número de Creas em todo o Brasil

Por fim, solicita que o Confea reconsidere na íntegra a Decisão Plenária n° PL-0256/2010 e determine ao Crea-MG, bem como aos demais Creas que cadastrem o curso de georreferenciamento oferecido pela Castela Engenharia e Consultoria Ltda., beneficiando os profissionais egressos, aos quais a jurisprudência largamente ampara, e valorizando o legítimo trabalho desenvolvido e reconhecido por importantes organismos de ensino superior no Estado de Minas Gerais (fl. 209).

(15)

Análise técnica:

Analisando toda a documentação acostada ao processo, em especial a cópia do Processo n° 007/2009, da Universidade Federal de Uberlândia - UFU, que trata do curso de georreferenciamento, o Parecer n° 0080, de 6 de novembro de 2008, da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, conclui favoravelmente a realização do curso visto que a análise da documentação estava de acordo com as exigências observadas na legislação vigente da instituição de ensino e que o projeto atende as diretrizes e os princípios para a extensão (fl. 152).

Posteriormente a proposta do curso foi analisada pela Faculdade de Engenharia da UFU que emitiu parecer favorável a realização do curso, ressalvando que “por se tratar de um curso de extensão, serão emitidos os devidos certificados...uma vez atendidos os requisitos acadêmicos pelos alunos, a UFU deverá emitir o certificado independentemente de quaisquer pendências entre o aluno e a empresa contratante, portanto, toda a documentação acadêmica deverá ficar arquivada na UFU” (fl. 156).

E ainda, o contrato celebrado entre a Castela Engenharia e Consultoria Ltda. e a Fundação de Apoio Universitário – FAU, com a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia, estabelece como objeto a cooperação entre as partes para a realização do I Curso de Extensão em Georreferenciamento, com duração de 360 (trezentos e sessenta) horas, visando capacitar e desenvolver tecnicamente os profissionais da agronomia, agrimensura e engenharia difundida os conhecimentos relativos às áreas de formação (fl. 173).

Desta forma, não há dúvida que o curso de georreferenciamento oferecido é um curso de extensão.

A confusão entre as terminologias adotadas para os cursos de pós-graduação no sistema de ensino superior levou o Conselho Nacional de Educação – CNE, por meio do Parecer CNE/CES n° 617/1999, a apreciar o projeto de resolução que fixava as condições de validade dos certificados dos cursos de especialização, sendo que uma das justificativas para propor a regulamentação sobre o assunto era justamente que a “inexistência de uma conceituação para cursos de aperfeiçoamento e especialização levou a prática corrente de utilizar dois termos simultaneamente aperfeiçoamento/especialização para uma única regulamentação (fls. 221/223).

Assim, a primeira regulamentação dos cursos de pós-graduação por parte do CNE ocorreu com a Resolução CNE/CES n° 1/20011, sendo revogada em parte com a aprovação da Resolução n° 1, de 8 de junho de 2007, que estabelece normas para funcionamento de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, onde no § 2° do art. 1° foram excluídos da regulamentação da resolução os cursos de pós-graduação denominados de aperfeiçoamento e outros (fls. 224/225).

Paralelamente a regulamentação do CNE2, o Confea estudava a reformulação

da Resolução n° 218, de 1973, que culminou com a aprovação da Resolução n° 1.010, de 2005, que dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.

Para não gerar dúvida ou dúbia interpretação, a resolução em seu art. 2 adota as seguintes definições: atribuição profissional é o ato específico de consignar direitos e responsabilidades para o exercício da profissão, em reconhecimento de competências e habilidades derivadas de formação profissional obtida em cursos regulares; título profissional é o título atribuído pelo Sistema Confea/Crea a portador de diploma expedido por instituições de ensino para egressos de cursos

1

Resolução CNE/CES n° 1, de 2001, que estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação.

2

Regulamentação dos cursos de pós-graduação e aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais nas áreas da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Técnicos e Tecnólogos.

(16)

regulares, correlacionado com o(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional, em função do perfil de formação do egresso, e do projeto pedagógico do curso; atividade profissional é a ação característica da profissão, exercida regularmente; competência profissional é a capacidade de utilização de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos profissionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade; e curso regular é o curso técnico ou de graduação reconhecido, de pós-graduação credenciado, ou de pós-graduação senso lato considerado válido, em consonância com as disposições legais que disciplinam o sistema educacional, e devidamente registrado no Sistema Confea/Crea.3

Assim, a Resolução n° 1.010, de 2005, do Confea é clara ao estabelecer que a extensão da atribuição inicial aos portadores de certificados de formação profissional adicional obtida no nível de formação pós-graduada no lato sensu, expedidos por curso regular registrado no Sistema Confea/Crea, decorrerá da análise dos perfis da formação profissional devendo haver decisão favorável da câmara especializada envolvida, sendo exigida a prévia comprovação do cumprimento das exigências estabelecidas pelo sistema educacional para a validade dos respectivos cursos4.

A Resolução n° 1.016, de 2006, incluiu o Anexo III na Resolução nº 1.010, de 2005, instituindo o regulamento para o cadastramento das instituições de ensino e de seus cursos, estabelecendo no seu art. 2°:

Art. 2º O cadastramento institucional é a inscrição da instituição de ensino que oferece cursos regulares no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea nos assentamentos do Crea em cuja circunscrição encontrar-se sua sede, em atendimento ao disposto nos arts. 10, 11 e 56 da Lei nº 5.194, de 1966. § 1º A finalidade do cadastramento institucional é proporcionar ao Crea informações indispensáveis ao processo de registro profissional dos egressos dos cursos regulares oferecidos pela instituição de ensino.

§ 2º O cadastramento institucional é constituído pelo cadastramento da instituição de ensino e pelo cadastramento individual de cada curso regular por ela oferecido. § 3º Para efeito deste Regulamento, os cursos de extensão e de atualização não são considerados cursos regulares.

O Curso de Georreferenciamento ofertado pela Castela Engenharia e Consultoria Ltda., conforme contrato celebrado com a Universidade Federal de Uberlândia – UFU, apesar de contar com uma carga horária de 360 (trezentos e sessenta) horas, é um curso de extensão, não se enquadrando nas demais condições previstas para cursos de especialização lato sensu, conforme estabelece a Resolução CES/CNE n° 1, de 2007.

O Anexo III na Resolução nº 1.010, de 2005, estabelece no § 3° do art. 2° que os cursos de extensão e de atualização não são considerados cursos regulares, portanto não são passíveis de cadastramento no Regional para fins de extensão de títulos, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais.

Enfim, tanto a Resolução CES/CNE n° 1, de 2007, e a Resolução n° 1.010, de 2005, do Confea, excluem das normas os cursos de pós-graduação denominados de aperfeiçoamento, extensão e de atualização.

Portanto, a Decisão Plenária PL-0256/2010 é correta ao determinar ao Crea-MG não cadastrar o Curso de Extensão em Georreferenciamento, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Engenharia e Consultoria Ltda. e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia.

O pedido de reconsideração foi baseado em decisões anteriores do Plenário do Confea, entretanto, devemos considerar que quando da edição da Decisão Plenária n° PL-2087/2004, o Conselho Federal estava estudando a reformulação da

3

Resolução n° 1.010, de 2005, art. 2°, incisos II, III, IV, VII e X.

4

(17)

Resolução n° 218, de 1973, sendo que o conceito de curso de regular somente foi adotado em 2005 com a aprovação da Resolução n° 1.010. Assim, erroneamente, as Decisões Plenárias PL-0265/2007, PL-1347/2008, e PL-0503/2009 foram proferidas, ainda, com o conceito expresso na Decisão PL-2087/2004, carecendo, então, de reformulação.

Legislação consultada:

A análise do processo baseou-se no seguinte dispositivo legal:

a) Resolução n° 1.015, de 30 de junho de 2006, que aprova o Regimento do b) Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea.

c) Parecer CNE/CES n° 617/1999, que aprecia o projeto de resolução que fixa condições de validade dos certificados de cursos de especialização.

d) Resolução CNE/CES n° 1, de 2001, que estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação. (revogada em parte)

e) Resolução CNE/CES n° 1, de 2007, que estabelece normas para funcionamento de cursos de pós graduação lato sensu, em nível de especialização.

f) Resolução n° 1.010, de 22 de agosto de 2005, que dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.

Conclusão:

Ante o exposto, sugiro:

1) Conhecer o pedido de reconsideração da Decisão Plenária n° PL-0256/2010, interposto pelo Eng. Fernando de Oliveira Fernandes, para no mérito negar-lhe provimento;

2) Ratificar os termos da Decisão Plenária n° PL-0256/2010;

3) Determinar à Gerência de Assistência aos Colegiados – GAC estudos visando a reformulação das Decisões Plenárias 0265/2007, 1347/2008, e PL-0503/2009 com posterior envio à Comissão de Educação e Atribuição Profissional - CEAP;

4) Solicitar ao Creas a relação de profissionais que obtiveram a extensão de atribuições com base no Curso de Extensão em Georreferenciamento, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Engenharia e Consultoria Ltda. e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia.

5) Determinar aos Creas o cancelamento dos processos de extensão de atribuições para o exercício de atividades de georreferenciamento dos egressos do Curso de Extensão em Georreferenciamento, objeto do termo de contrato celebrado entre a empresa Castela Engenharia e Consultoria Ltda. e a Fundação de Apoio Universitário, sob a interveniência da Universidade Federal de Uberlândia.

Esse é o nosso parecer.

Brasília, 28 de julho de 2011.

ADILSON JOSÉ DE LARA Arquiteto - Crea-PR nº 21.379/D Profissional de Atividades de Logística Sênior

Referências

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