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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Odontologia. Tese

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Academic year: 2021

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Tese

Ensaio clínico randomizado duplo-cego comparando a

eficácia, longevidade e tolerância de duas concentrações de

peróxido de carbamida utilizadas no clareamento vital caseiro

Sônia Saeger Meireles

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Dados de catalogação na publicação

M511e Meireles, Sônia Saeger

Ensaio clínico randomizado duplo-cego comparando a eficácia, longevidade e tolerância de duas concentrações de peróxido de carbamida utilizadas no clareamento vital caseiro / Sonia Saeger

Meireles ; orientador Flávio Fernando Demarco ; orientadores Iná da S. Santos ; Álvaro Della Bona. -Pelotas : UFPel, 2008.

–119f.–Tese(Doutorado).Dentística.Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2008.

1.Dentística. 2.Clareamento dental.3.Peróxidos. Eficácia.

I.Demarco,Flávio F.(orient.). II.Santos,Iná(co-0rient). III.Della Bona, Álvaro. IV.Título.

Black

D2

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Ensaio clínico randomizado duplo-cego comparando a eficácia,

longevidade e tolerância de duas concentrações de peróxido de

carbamida utilizadas no clareamento vital caseiro

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Odontologia – Área de concentração

em Dentística.

Orientador: Prof. Dr. Flávio Fernando Demarco Co-Orientadores: Prof. Dr. Álvaro Della Bona

Profª. Drª. Iná da Silva dos Santos

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Banca examinadora:

Prof. Dr. Bernardo Lessa Horta

Prof. Dr. Fábio Herrmann Coelho de Souza Prof. Dr. Flávio Fernando Demarco (Orientador) Prof. Dr. Maximiliano Sérgio Cenci

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho:

A Deus, que me deu força, coragem e persistência desde o primeiro

momento, mostrando-me sempre o caminho a seguir.

Ao meu pai Antônio Augusto (in memoriam), sua ausência foi um dos

motivos que me impulsionou a sempre lutar por um futuro melhor.

À minha mãe Rosa, por nunca me faltar com palavras de amor, carinho e

incentivo. Pela garra e sacrifício com que sempre lutou para me proporcionar uma vida digna e repleta de sonhos concretizados.

Ao meu esposo Túlio, pelo amor, companheirismo, incentivo e paciência.

Sua compreensão foi essencial para que pudesse completar mais uma etapa de minha vida. Eu te amo, sempre.

Ao meu vovô Max, por acreditar e investir na minha realização profissional.

Aos meus familiares, pelo apoio e incentivo no decorrer de toda a

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AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador Prof. Dr. Flávio Fernando Demarco, pelo acolhimento,

confiança, aprendizado, amizade e paciência. Essa convivência foi de fundamental importância para o meu crescimento profissional e pessoal. Obrigada por me apresentar ao “verdadeiro” mundo científico, abrindo as portas para que eu pudesse interagir intensamente com o mesmo. A você, chefe, meu eterno respeito e gratidão!

À minha co-orientadora Profa. Dra. Iná da Silva dos Santos, exemplo de

competência e profissionalismo. Agradeço pelos ensinamentos na ciência epidemiológica, pelo apoio constante neste trabalho e pelos minutos de sabedoria que tanto enriqueceram o meu conhecimento.

Ao meu co-orientador Prof. Dr. Álvaro Della Bona, pelo apoio, pelos

ensinamentos e pelo exemplo de ética como profissional. Um agradecimento mais que especial por se fazer meu orientador na ausência do Flávio e, não medir esforços para me ajudar quando foi preciso. A você Álvaro, minha eterna admiração.

Ao amigo Samuel de Carvalho Dumith, pela grande ajuda durante o

constante plantão de dúvidas na área estatística. Valeu, amigo !!!

Ao amigo e Prof. Dr. Lino João da Costa, primeiro incentivador e

orientador de iniciação científica. Sempre presente e disposto a me orientar e impulsionar nas mais diversas decisões profissionais. Meu “pequeno” grande amigo, minha eterna gratidão.

Às AMIGAS, Nihad, Paula, Raquel, Renata e Sílvia. A nossa amizade

verdadeira foi um dos fatores que mais me deu forças para superar as dificuldades no decorrer da caminhada. VIPS vocês tornaram os meus dias muito mais felizes em Pelotas, podem ter certeza!

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Aos colegas e amigos do Mestrado e Doutorado. Nossa troca de

conhecimentos foi de fundamental importância para o meu crescimento científico e profissional.

Aos alunos da graduação Dárvi, Ferdinan, Luís, Patrícia, Sani e Ana Gabriela. Desta convivência, pude compreender a verdadeira relação de amizade e

aprendizado entre professor e aluno e, assim, apaixonar-me ainda mais pela profissão. Obrigada por toda a contribuição!

Aos amigos Damé e João. Pessoas amigas e queridas que me ensinaram

com muito afeto, alegria e sabedoria o dia-a-dia do professor na clínica da graduação. Adoro vocês!!!

À secretária da Pós-Graduação Josi, pela atenção, amizade e

disponibilidade. Obrigada por tudo querida!!!

Ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPel, agradeço

pela disponibilidade de toda infra-estrutura para que pudesse executar atividades científicas e docentes, fundamentais para minha qualificação profissional.

À empresa FGM Produtos Odontológicos, parceria constante na

disponibilização de produtos para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e atividades acadêmicas.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo financiamento através de bolsa de estudo durante o mestrado.

Aos pacientes deste estudo, cuja disponibilidade contribuiu diretamente

para a conclusão desta pesquisa.

Agradeço também a todos que direta ou indiretamente colaboraram para o desenvolvimento e conclusão deste estudo.

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NOTAS PRELIMINARES

A presente Tese foi redigida segundo o Manual de Normas para Dissertações, Teses e Trabalhos Científicos da Universidade Federal de Pelotas de 2006, adotando o Nível de Descrição 4 – Estruturas em Artigos, que consta no Apêndice D do referido manual. Disponível no endereço eletrônico: (http://www.ufpel.tche.br/prg/sisbi/documentos/Manual_normas_UFPel_2006.pdf).

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RESUMO

Meireles, Sônia Saeger. Ensaio clínico randomizado duplo-cego comparando a

eficácia, longevidade e tolerância de duas concentrações de peróxido de carbamida utilizadas no clareamento vital caseiro. 2008. 119f. Tese (Doutorado)

– Programa de Pós-Graduação em Odontologia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

O objetivo deste ensaio clínico randomizado duplo-cego foi verificar a eficácia, longevidade e tolerância de duas concentrações de peróxido de carbamida utilizadas no clareamento vital caseiro. Noventa e dois voluntários, com média de coloração dos seis elementos ântero-superiores C1 ou mais escura, foram randomizados em dois grupos (n= 46) de acordo com a concentração de peróxido de carbamida: 10% (PC10) ou 16% (PC16). Os participantes foram instruídos a usarem moldeiras carregadas com o agente clareador 2h/dia, durante três semanas. O registro da cor foi realizado através de escala de cores e espectrofotômetro digital no baseline, 1 semana, 6 e 12 meses após o tratamento. O grau de sensibilidade dentária foi registrado diariamente em escala analógica visual, variando de 0 (nenhum) a 4 (severa). Nas avaliações de 6 e 12 meses após o tratamento, foi aplicado questionário relacionado aos hábitos alimentares e de higiene oral a fim de verificar se estes fatores influenciariam na longevidade do tratamento clareador. Uma semana após o tratamento, ambas as concentrações resultaram em dentes significativamente mais claros que o baseline (p< 0.001), não sendo observada diferença significante entre os grupos (p> 0.1). O PC16 relatou mais sensibilidade dentária durante a primeira (p= 0.02) e terceira (p= 0.01) semanas de tratamento. No entanto, não foi observada diferença entre os grupos quanto ao grau de sensibilidade relatada (p= 0.09). Após 12 meses de acompanhamento, pacientes tratados com PC10 ou PC16 permaneceram com dentes significativamente mais claros que o baseline para todos os parâmetros de cor (p< 0.01) e mediana de cor (p< 0.001). Foi observada uma pequena regressão da mediana de cor para o PC16 quando comparado a uma semana pós-tratamento (p< 0.04). Nas avaliações de 6 e 12 meses, participantes do PC10 e PC16 relataram um alto consumo de alimentos e bebidas corantes, o qual não foi diferente entre os grupos (p> 0.5). Ambas as concentrações de peróxido de carbamida testadas foram bem toleradas e, embora se tenha observado uma pequena regressão da cor para o PC16, o efeito clareador permaneceu satisfatório após 12 meses de acompanhamento.

(10)

ABSTRACT

Meireles, Sônia Saeger. A randomized double-blind clinical trial comparing the efficacy, longevity and tolerability of two carbamide peroxide concentrations used for at-home vital bleaching. 2008. 119f. Tese (Doutorado) – Programa de

Pós-Graduação em Odontologia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

The aim of this double-blind randomized clinical trial was to verify the efficacy, longevity and tolerability of two carbamide peroxide concentrations used in at home vital bleaching. Ninety-two volunteers with shade mean C1 or darker for the six maxillary anterior teeth were randomized into two groups (n= 46) according to bleaching carbamide peroxide concentration: 10% (CP10) or 16% (CP16). Participants were instructed to use the whitening agent in a tray for two hours/day during three weeks. Shade evaluations were done with a value-oriented shade guide and a digital spectrophotometer at baseline and, at one week, 6 and 12 months after bleaching treatment. Tooth sensitivity was measured daily using a scale ranging from 0 (no sensitivity) to 4 (severe sensitivity). At 6 and 12-month follow-up periods, a questionnaire was applied including questions related to alimentary habits and oral hygiene aiming to verify if these factors could influence the durability of the bleaching treatment. One-week post-bleaching, both carbamide peroxide concentrations resulted in teeth significantly lighter than at baseline (p< 0.001) and, there were not significant differences between groups (p> 0.1). The group treated with CP16 related more tooth sensitivity during the first (p= 0.02) and third (p= 0.01) weeks of treatment than the CP10 group. However, no major difference was observed (p= 0.09) when the degree of tooth sensitivity between groups was compared. After 12-month follow-up, both concentrations resulted in tooth significantly lighter than baseline for all color parameters (p< 0.01) and tooth shade median (p< 0.001), and there was a tooth shade median relapse for CP16 when compared to 1-week post-bleaching (p< 0.04). At 6 and 12-month recalls, subjects from CP10 and CP16 reported a high consumption of beverage and food stains, which was not different between groups (p= 0.5). Both carbamide peroxide concentrations tested were well-tolerated and, although the shade relapse had been observed for the CP16 group, the whitening effect remained satisfactory after 12-month follow-up.

(11)

LISTA DE FIGURAS

PROJETO DE PESQUISA

Figura 1 Escala Vitapan® Classical. Cores dos elementos dentais

dispostas da tonalidade mais clara a mais escura (B1-C4).... 23

Figura 2 Vita Easyshade: espectrofotômetro digital utilizado para aferição objetiva da cor dos elementos dentais... 23

Figura 3 Espaço CIELab... 24

Figura 4 Matriz utilizada para o cálculo do kappa considerando-se as dezesseis cores da escala Vita®... 25

Figura 5 Matriz utilizada para o cálculo do kappa considerando-se o grau de saturação das cores... 25

Figura 6 Grau de saturação do matiz A... 26

Figura 7 Análise visual da cor dentária... 28

Figura 8 Quadro demonstrativo do processo de randomização dos indivíduos de acordo com o tipo de tratamento empregado... 29

Figura 9 Modelo de gesso pedra... 30

Figura 10 Modelo de gesso após remoção do palato... 30

Figura 11 Confecção dos alívios no modelo de gesso... 30

Figura 12 Remoção dos excessos da moldeira... 30

Figura 13 Prova da moldeira... 31

Figura 14 Demonstração da aplicação do agente clareador na moldeira... 31

Figura 15 Peso das bisnagas dos géis clareadores em balança de precisão... 32

Figura 16 Aplicação de questionário OIDP por operador devidamente treinado... 35

ARTIGO 2 Figura 1 Flowchart of the trial………76

(12)

LISTA DE TABELAS ARTIGO 1

Tabela 1 Inclusion an exclusion criteria………..…… 57 Tabela 2 Demographic characteristics and bleaching agents’ weight (g),

according treatment groups………...………...

58 Tabela 3 Shade medians, shade difference and p-values in different

evaluation periods for groups treated with 10% or 16% carbamide peroxide concentrations………

58

Tabela 4 Tooth color parameters at 4-weeks evaluation for groups treated with 10% or 16% carbamide peroxide……….

58 Tabela 5 Means (SD) values for weekly tooth sensitivity and degrees of

tooth sensitivity reported by volunteers during three weeks in different treatment groups……….

59

Tabela 6 Medians of answers scores of volunteers that completing the three weeks of bleaching in different treatment groups…………...

59

ARTIGO 2

Tabela 1

Adjusted means change from baseline for ∆L*, ∆a*, ∆b* and ∆E* at 1-week and 6-month recall for groups treated with 10% or 16% carbamide peroxide………

74

Tabela 2

Final median shade and, adjusted median shade changes from baseline and 1-week post-bleaching evaluation to 6-month recall evaluation for groups treated with 10% or 16% carbamide peroxide………

75

Tabela 3 Dietary behavior of volunteers that participated at 6-month recall… 75

ARTIGO 3

Tabela 1

Adjusted means change from baseline for ∆L*, ∆a*, ∆b* and ∆E* at 1-week, 6-month and, 1-year post-bleaching for groups treated with 10% or 16% carbamide peroxide………...

88 Tabela 2 Final median shade for different evaluation periods for groups

treated with 10% or 16% carbamide peroxide……….... 88 Tabela 3 Dietary behavior of volunteers of both treatment groups that

participated at 6-month and 1-year recalls……… 89

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

American Dental Association ADA

Comission Internacionale de L’Eclairage CIE

Consolidated Standards of Reporting Trials CONSORT

Eixo cromático (vermelho ao verde) a*

Eixo cromático (azul ao amarelo) b*

Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas FOUFPEL

Figura Fig

Light Emitting Diodes LED

Luminosidade L

Oral Impact on Daily Performances OIDP

Organização Mundial de Saúde OMS

Peróxido de carbamida PC

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SUMÁRIO 1 Projeto de Pesquisa 1.1 Introdução...14 1.2 Objetivos...20 1.3 Hipóteses...21 1.4 Materiais e Métodos...22 1.4.1 Aspectos éticos...22

1.4.2 Calibração dos examinadores...22

1.4.3 Seleção dos pacientes...26

1.4.4 Avaliação inicial...28

1.4.5 Confecção das moldeiras...29

1.4.6 Tratamento clareador...30

1.4.7 Avaliação clínica...32

1.4.8 Avaliação do grau de sensibilidade dentária...33

1.4.9 Aceitabilidade do paciente...33

1.4.10 Impacto da condição bucal na qualidade de vida...33

1.4.11 Hábitos alimentares e de higiene oral...35

1.4.12 Análise estatística...35 1.5 Cronograma...36 1.6 Orçamento financeiro...38 1.7 Referências...40 2 Artigo 1...43 3 Artigo 2...59 4 Artigo 3...76 5 Conclusões...90 Apêndices...91 Anexos...109

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1.1 INTRODUÇÃO

Atualmente, há um aumento da preocupação da população com sua aparência física. Neste contexto, os dentes apresentam uma característica importante, seja por razões pessoais ou exigências de trabalho, influenciando, desta forma, o comportamento dos indivíduos perante a sociedade. Associado a este fato, a odontologia cosmética têm ganhado papel de destaque na prática odontológica restauradora, direcionando o interesse dos clínicos para tratamentos conservadores e não-invasivos, dentre os quais se destaca o clareamento dental (SHETHRI et al., 2003; JOINER, 2006).

O escurecimento dos dentes é uma complicação comumente encontrada na clínica odontológica, e, pode ser causada por fatores de natureza extrínseca, intrínseca ou pela combinação de ambos (COLLINS et al., 2004; WALSH et al., 2005; JOINER, 2006). O manchamento extrínseco resulta da precipitação de corantes e pigmentos provenientes da dieta (café, chá, vinho ou tabaco), produtos de uso oral (clorexidina) ou ainda de bactérias cromogênicas sobre a superfície dentária. As manchas intrínsecas podem ser provenientes de fatores variados que resultam no manchamento do esmalte e dentina subjacente.Dentre os causadores de manchamento intrínseco, destacam-se o uso de antibióticos e a ingestão crônica de flúor durante o período de formação dos dentes, traumatismos, envelhecimento e necrose pulpar, iatrogenias, eritroblastose fetal, porfiria congênita, amelogênese e dentinogênese imperfeita (WATTS & ADDY, 2001; DAHL & PALLESEN, 2003; WALSH et al., 2005).

Diversas são as opções de tratamento para os dentes com alterações de cor, desde as mais invasivas como coroas totais, facetas de resina composta ou de porcelana, até as mais conservadoras, como o polimento da superfície dentária com pastas abrasivas, microabrasão do esmalte e clareamento de dentes vitais ou endodonticamente tratados (DELIPERI; BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004; WALSH et al., 2005). O clareamento dental, dentro de suas limitações, é

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considerado a opção mais conservadora, segura e que proporciona excelentes resultados estéticos no tratamento dos dentes com alteração de cor (MATIS, 2003; HAYWOOD, 2003). Este tipo de tratamento pode ser realizado tanto em consultório onde elevadas concentrações de peróxido de hidrogênio (PH) ou carbamida (PC) (30% a 50%) são aplicadas pelo dentista na superfície dentária, ou em casa, quando o próprio paciente através da utilização de moldeiras, géis auto-aplicáveis ou tiras clareadoras realiza o tratamento, geralmente com emprego de baixas concentrações de peróxido de hidrogênio (até 14%) ou peróxido de carbamida (10% a 22%) (HAYWOOD, 2003; SCCP, 2005; JOINER, 2006; BUCHALLA & ATTIN, 2007).

Os agentes clareadores são veículos de radicais de oxigênio, o qual possui baixo peso molecular, sendo capaz de se difundir livremente pelo esmalte e dentina e atuar na parte orgânica destas estruturas, promovendo o clareamento (HAYWOOD, 2003). Quando em contato com os tecidos dentais, o oxigênio promove a quebra das macromoléculas dos pigmentos ora por oxidação ora por redução e, ao final do processo, as macromoléculas são total ou parcialmente eliminadas da estrutura dental por um processo de difusão (DAHL & PALLESEN, 2003; SCCP, 2005).

O peróxido de hidrogênio se degrada em água e oxigênio, sendo este o responsável pelo clareamento (JOINER, 2006). O peróxido de carbamida, também chamado de peróxido de uréia ou peridrol uréia, atua como carregador do peróxido de hidrogênio. Quando em contato com os tecidos dentais ou umidade, se decompõe em peróxido de hidrogênio e uréia, e, subseqüentemente o PH degrada-se em oxigênio e água, enquanto que a uréia decompõe-degrada-se em amônia e dióxido de carbono. A uréia possui a capacidade de neutralizar o pH do meio, enquanto que a amônia aumenta a permeabilidade da estrutura dental, permitindo maior passagem do agente clareador (BARATIERI et al., 2004).

As técnicas de clareamento dental podem ser empregadas tanto para o tratamento de dentes endodonticamente tratados quanto de dentes vitais. Basicamente duas técnicas de clareamento têm sido empregadas para o tratamento dos dentes endodonticamente tratados: a técnica termocatalítica (imediata) e a walking bleaching (técnica mediata). Durante vários anos, a técnica imediata utilizando elevadas concentrações do PH (30-35%) associadas a uma fonte de calor externa foi a técnica mais empregada. No entanto, Attin et al. (2003), através de

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revisão da literatura, verificaram que a associação de altas concentrações de PH a fontes de calor é contra-indicada, uma vez que pode ampliar a abertura dos túbulos dentinários, facilitando a difusão do agente através da dentina e aumentando o risco de reabsorção cervical externa. A técnica walking bleaching consiste no selamento do agente clareador no interior da câmara pulpar por aproximadamente uma semana, sendo utilizados o PH (30-37%), o PC (27-37%) ou uma pasta contendo perborato de sódio associado à água destilada (DAHL & PALLESEN, 2003; BARATIERI et al., 2004). Agentes clareadores fotoativados também têm sido empregados para o clareamento de dentes desvitalizados, geralmente o PC ou PH em elevadas concentrações. Esta técnica permite o controle dos resultados desejados, uma vez que o agente pode ser aplicado em regiões específicas do dente (WARD, 2003).

O surgimento de novos materiais e técnicas permitiu a evolução do clareamento de dentes vitais, proporcionando um melhor desempenho e sucesso clínico deste tipo de tratamento (DELIPERI; BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004; GERLACH & BARKER, 2004). No clareamento realizado em consultório, o tempo de aplicação do agente clareador e a unidade fotoativadora utilizada mostram-se intimamente relacionados, uma vez que quanto maior a intensidade de luz emitida pela unidade, menor será o tempo da consulta clínica (HAYWOOD, 2003; JOINER, 2006). As unidades fotoativadoras mais empregadas para potencializar a degradação do peróxido de hidrogênio são os arcos de plasma, as fontes emissoras de lasers com diferentes comprimentos de onda, light emitting diodes (LED) e os fotopolimerizadores de luz halógena (BUCHALLA & ATTIN, 2007). O clareamento em consultório tem como principal vantagem a rapidez para visualização dos resultados, uma vez que geralmente utilizam elevadas concentrações dos agentes clareadores. No entanto, o tempo clínico da consulta, o custo, a possibilidade de múltiplas visitas e o aumento do risco de sensibilidade dentária, são algumas de suas limitações (PAPATHANASIOU et al., 2002, BUCHALLA & ATTIN, 2007).

Em se tratando do clareamento dental caseiro, além da técnica tradicional que emprega o uso de moldeiras carregadas com peróxido de carbamida em baixas concentrações (HAYWOOD & HEYMANN, 1989), também se pode observar um maior acesso dos pacientes a produtos (usualmente conhecidos como over-the-counter), que se encontram amplamente disponíveis em farmácias, shoppings e websites (GERLACH & BARKER, 2004). Estes agentes clareadores, na forma tiras

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clareadoras, géis ou pastas auto-aplicáveis, geralmente contêm baixas concentrações de PC ou PH (AUSCHILL et al., 2005; HASSON; ISMAIL; NEIVA, 2006; TREDWIN et al., 2006). No entanto, mesmo com o surgimento de novos agentes e métodos para a realização do clareamento caseiro, a técnica que utiliza moldeiras carregadas com baixas concentrações de PC ainda continua sendo a mais utilizada (NATHOO et al., 2002; MATIS et al., 2006; BRAUN; JEPSEN; KRAUSE, 2007).

Em 1968, o ortodontista Klusmeier, relatou a utilização de um anti-séptico oral Gly-Oxide a 10% (Marion Merrell Dow Inc.) para o tratamento de inflamações gengivais em alguns de seus pacientes que estavam em tratamento ortodôntico. Ele observou que o uso do Gly-Oxide, que continha peróxido de carbamida (PC) a 10%, melhorou a saúde gengival dos pacientes e também proporcionou o clareamento dos dentes. Em 1972, observou-se que o uso de outro anti-séptico oral o Proxigel1, que também continha o PC a 10%, proporcionou clareamento dental, este foi lançado no mercado e passou a ser o gel de escolha para o clareamento caseiro, devido a sua alta viscosidade, o que permitia uma maior permanência do produto na moldeira (LI, 1996).

Haywood & Heymann, em 1989, publicaram o primeiro estudo clínico sobre o clareamento dentário utilizando o Proxigel (PC 10%) associado a moldeira fabricada em máquina a vácuo. Após a utilização do gel por uma média de 7,5 horas por noite num período de 2 a 5 semanas, eles relataram um clareamento de duas tonalidades em relação ao baseline. Ficou estabelecida, desta forma, a técnica conhecida como “clareamento vital noturno” ou “clareamento vital caseiro”.

O clareamento caseiro de dentes vitais tem se tornado bastante popular. No estudo realizado por Weisman, em 2000, encontrou-se que esta modalidade de clareamento foi indicada por 95% dos dentistas. Em contraste, apenas 43% indicaram o clareamento de dentes vitais realizado em consultório para os seus pacientes. O clareamento caseiro tem como principais vantagens a fácil aplicação, redução do tempo para o tratamento no consultório, a alta aceitação dos pacientes e o custo (KIHN et al., 2000; HAYWOOD, 2003). Zekonis et al. (2003) ao realizarem um estudo em pacientes que utilizaram, simultaneamente, as duas técnicas de clareamento, a caseira e a de consultório, relataram que 84% dos mesmos

1

(19)

apontaram a primeira técnica como sendo a mais efetiva enquanto que 16% não perceberam diferenças nos resultados clareadores.

A maioria dos produtos comerciais para clareamento caseiro de dentes vitais utiliza PC a 10% (equivalente ao PH a 3,6%), com carbopol como agente espessante, o qual melhora a adesão aos tecidos dentais e prolonga o tempo de liberação de oxigênio (BASTING; RODRIGUES; SERRA, 2003; RODRIGUES; OLIVEIRA; AMARAL, 2007). Faz-se necessário esclarecer a importância do monitoramento profissional deste tipo de tratamento, a fim de evitar possíveis danos com a utilização incorreta dos diversos agentes clareadores disponíveis no mercado. Desta forma, a American Dental Association (ADA), em 2006, publicou um guia contendo normas de segurança e eficácia para realização de clareamento caseiro supervisionado pelo cirurgião-dentista. Este guia abrange o uso de qualquer agente clareador (PC ou PH) por qualquer processo de aplicação (moldeiras, dentifrícios, géis auto-aplicáveis ou outros processos) utilizado externamente, que vise aumentar a luminosidade dos dentes naturais pela alteração intrínseca da coloração dentária.

O índice de sucesso após o clareamento com PC a 10% pôde chegar a 43%, após 10 anos de conclusão do tratamento (RITTER et al., 2002). No estudo clínico com modelo half-mouth, pacientes com dentes manchados por tetraciclina realizaram clareamento caseiro com moldeiras carregadas com pelo menos duas das concentrações de PC (10%, 15% e 20%) durante seis meses. Após 5 anos de acompanhamento, mais de 65% do efeito clareador permaneceu para as três concentrações testadas (MATIS et al., 2006).

Apesar dos resultados favoráveis obtidos com este tipo de tratamento, alguns estudos têm reportado efeitos adversos. Dentre estes, os mais comumente relacionados ao clareamento caseiro são a sensibilidade dentária e a irritação gengival (KIHN et al., 2000; ZEKONIS et al., 2003; HAYWOOD, 2003). Estudos que investigaram os possíveis efeitos do peróxido de carbamida a 10% ou a 16% sobre o tecido pulpar, relatam que a alteração sofrida por este tecido é reversível e pode ser responsável pela sensibilidade dentária durante o tratamento (LEONARD et al., 2002; RITTER et al., 2002), entretanto, tal desconforto termina, espontaneamente, quando cessada a exposição aos agentes clareadores (KIHN et al., 2000; FUGARO et al., 2004). A sensibilidade dentária tem sido relacionada ao dinamismo dos fluidos. Quando uma quantidade suficiente de moléculas de oxigênio liberadas por

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PH ou PC se acumula no espaço intracoronal, a pressão pode ser aplicada a receptores de dor nos túbulos dentinários e atingir a polpa (CROLL, 2003).

Hasson; Ismail; Neiva (2006) publicaram revisão sistemática cujo critério de seleção seria a inclusão de estudos randomizados ou quasi-randomizados bem controlados que envolvessem agentes clareadores de uso caseiro. 416 estudos foram identificados, no entanto apenas 25 preencheram os critérios de inclusão, sendo que grande parte apresentava risco de vieses, relatavam curtos períodos de acompanhamento e eram patrocinados ou conduzidos por fabricantes. Os autores concluíram que há evidencias que os agentes clareadores são efetivos quando comparados a um placebo, no entanto há diferenças em relação à eficácia entre os diferentes produtos. Os autores também enfatizam a necessidade de longos e independentes estudos clínicos longitudinais que representem diferentes populações e possam analisar os efeitos adversos em longo prazo.

A concentração de peróxido de carbamida a 10% tem sido considerada como a de escolha para a realização do clareamento vital caseiro, uma vez que sua segurança e eficácia encontram-se bem documentadas na literatura (ZEKONIS et al., 2003; JUSTINO et al., 2004; MATIS et al., 2006; BRAUN; JEPSEN; KRAUSE, 2007). No entanto, recentemente, fabricantes, têm introduzido no mercado novas concentrações de peróxido de carbamida, variando de 3% a 22%, não havendo, porém, evidências suficientes se o aumento da concentração resultaria numa maior eficácia do efeito clareador, ou se estas concentrações poderiam resultar numa maior incidência de efeitos adversos, como a sensibilidade dentária ou irritação gengival, nos pacientes submetidos ao tratamento.

(21)

Comparar, através de um ensaio clínico randomizado duplo-cego, a eficácia1, longevidade e tolerância, do clareamento dental caseiro realizado com o peróxido de carbamida a 10% e a 16%.

1.2.2 Objetivos específicos

• Comparar a aceitabilidade dos pacientes selecionados quanto ao regime de tratamento empregado.

• Medir o impacto causado pelo tratamento clareador caseiro na qualidade de vida dos indivíduos participantes do estudo.

• Avaliar se o consumo de alimentos ou bebidas que contenham corantes na composição interferirão na durabilidade do tratamento clareador.

1

Segundo Medronho et al. (2005) eficácia refere-se ao resultado de uma intervenção realizada sob condições ideais de observação, bem controladas, como nos ensaios clínicos randomizados.

(22)

peróxido de carbamida a 16% será mais eficaz, mais duradouro e menos tolerante que o realizado com o peróxido de carbamida a 10%.

(23)

O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (FOUFPel) sob o parecer de N° 37/05 (Anexo 1). Os voluntários receberam uma carta de informação sobre o estudo (Apêndice 1) e aqueles que autorizaram a sua participação no mesmo, assinaram um termo de consentimento esclarecido (Apêndice 2). O delineamento deste estudo seguiu o guia publicado pelo Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT) para a elaboração de ensaios clínicos randomizados e controlados (ALTMAN et al., 2001).

1.4.2 Calibração dos observadores

Um grupo de três alunos graduandos da FOUFPel participou do exercício de calibração a fim de assegurar uniformidade diagnóstica da cor dentária. O processo de calibração foi composto por duas fases:

Primeira fase: inicialmente, foi ministrada, pela responsável do estudo, uma

aula teórica com duas horas de duração, que consistiu na apresentação dos conceitos básicos de cor, seus componentes e fatores que influenciam na sua interpretação. Foram também demonstrados dois métodos disponíveis para aferição da cor dos elementos dentais: a escala de cores Vitapan®1 (Fig. 1) e o espectrofotômetro digital2 (Fig. 2). Em seguida, foram apresentados dez slides que exibiam os aspectos faciais dos seis elementos ântero-superiores com diversidades em relação à coloração. Cada slide foi projetado por aproximadamente um minuto, sendo solicitado aos examinadores que, após a projeção, fosse realizado o diagnóstico da cor de cada elemento dental utilizando-se da escala de cor. Na seqüência, foram dadas as instruções relacionadas à rotina do exame clínico e apresentada a ficha a ser utilizada.

1

Escala Vitapan® Classical (Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen, Alemanha) 2

(24)

Figura 1 - Escala Vitapan® Classical. Cores dos elementos dentais

dispostas da tonalidade mais clara a mais escura (B1 – C4).

Figura 2 - Vita Easyshade: espectrofotômetro digital

utilizado para aferição objetiva da cor dos elementos dentais.

Segunda fase: foi dedicada ao exercício clínico, onde foi realizada a análise

da cor dos seis elementos ântero-superiores (n= 96) de dezesseis voluntários entre professores, alunos e funcionários da FOUFPel, em dois dias separados (n= 48/dia). O registro da cor foi feito digitalmente através do espectrofotômetro pela responsável pelo estudo e visualmente através da escala de cores pelos três examinadores. Os exames foram realizados à tarde, sob iluminação ambiente e solar e sem que houvesse qualquer comunicação entre eles.

A avaliação visual foi realizada pela comparação das cores tabuladas na escala Vitapan®, organizadas de B1 a C4 (do mais alto para o mais baixo valor), com o terço médio dos aspectos faciais dos seis dentes avaliados. Todos os voluntários foram atendidos pelos três examinadores, os quais contavam com o auxílio de anotadores que transcreviam os códigos dos diagnósticos para as fichas padronizadas.

(25)

O registro objetivo pelo espectrofotômetro foi adotado como padrão-ouro. Foram realizadas três leituras, com o posicionamento da ponta ativa do aparelho no terço médio de cada um dos seis dentes ântero-superiores e, em seguida, obtida uma média para a determinação da cor do dente. A leitura de cor dos dentes medida pelo espectrofotômetro foi baseada no sistema CIEL*a*b* o qual permitiu a especificação de percepções de cores em termos de um espaço tridimensional. Este sistema foi definido pela Comissão Internacional de Iluminação em 1967 e referido como CIELab. O L* representa a luminosidade variando de 0 (preto) a 100 (branco). Os eixos cromáticos são representados por a* (vermelho ao verde) e por b* (azul ao amarelo). A diferença total de cor ou da distância entre duas cores foi calculada pela fórmula: ∆E = [(∆L*)2 + (∆a*)2 + (∆b*)2]1/2 (CIE, Commission Internationale de

LۥEclairage 1978). As cores foram numeradas de 1 (B1, coloração mais clara) a 16 (C4, coloração mais escura) para fins de análise estatística (NATHOO et al., 2002) (Fig. 3).

Figura 3 – O espaço CIELab.

Fonte: www.design.udesc.br

Três voluntários (n= 18) foram selecionados aleatoriamente, em cada sessão clínica, para a repetição dos exames e observação das diferenças de diagnóstico entre os examinadores e o padrão-ouro.

Após a conclusão dos exames, verificaram-se, através das fichas, as divergências encontradas. Montaram-se matrizes para comparar as concordâncias, divergências e realização do coeficiente Kappa considerando-se todas as cores da escala Vita (C4 a B1) (Fig.4) ou também o agrupamento das cores pelo croma (Fig.5). O croma representa o grau de concentração ou saturação da cor e na escala Vitapan® é representado por números, sendo que o matiz A apresenta cinco graus

(26)

de saturação (1,2,3,3,5 e 4), os matizes B e C quatro graus (1,2,3 e 4) e o matiz D três graus de saturação (2,3 e 4) (Fig. 6). Caso o padrão-ouro tenha registrado um dente com coloração A3,5 o croma a ser considerado para o cálculo do Kappa era 3. O agrupamento das cores em função do croma foi dado devido à dificuldade de se obter uma boa concordância interexaminador diante das 16 cores tabuladas na escala. B1 A1 B2 D2 A2 C1 C2 D4 A3 D3 B3 A3,5 B4 C3 A4 C4 B1 A1 B2 D2 A2 C1 C2 D4 A3 D3 B3 A3,5 B4 C3 A4 C4 PADRÃO-OURO: EASYSHADE

CORES MAIS ESCURAS CORES MAISCLARAS

EXA M IN A D O R : CORES M A IS CORES M A IS B1 A1 B2 D2 A2 C1 C2 D4 A3 D3 B3 A3,5 B4 C3 A4 C4 B1 A1 B2 D2 A2 C1 C2 D4 A3 D3 B3 A3,5 B4 C3 A4 C4 PADRÃO-OURO: EASYSHADE

CORES MAISESCURAS CORES MAISCLARAS

CL AR A S ES C U R A S B1 A1 B2 D2 A2 C1 C2 D4 A3 D3 B3 A3,5 B4 C3 A4 C4 B1 A1 B2 D2 A2 C1 C2 D4 A3 D3 B3 A3,5 B4 C3 A4 C4 PADRÃO-OURO: EASYSHADE

CORES MAISESCURAS CORES MAISCLARAS

EXA M IN A D O R : CORES M A IS CORES M A IS CL AR A S ES C U R A S

Figura 4 – Matriz utilizada para o cálculo do Kappa considerando-se

as dezesseis cores da escala Vitapan® Classical.

Padrão-ouro: Easyshade CROMA 1 2 3 4 1 2 3 E xamin ador : CROMA 4

Figura 5 – Matriz utilizada para o cálculo do Kappa

(27)

Figura 6 – Grau de saturação do matiz A.

Um dos candidatos a examinador foi eliminado no processo de calibração por apresentar concordância de 20% comparada a 46% e 50% dos outros candidatos em relação ao padrão-ouro.

Foram necessárias treze sessões clínicas (avaliação de 10 pacientes/sessão) para a calibração dos dois examinadores selecionados. Vale ressaltar que um dos examinadores era do sexo feminino e o outro do masculino. Os atendimentos foram realizados sempre sobre as mesmas condições de iluminação. Novamente, montaram-se matrizes para comparar as concordâncias, divergências e realização do teste Kappa considerando-se todas as cores da escala Vitapan® (B1 a C4) e também o agrupamento das cores pelo croma (Figs. 4 e 5). Após a discussão dos resultados e quando o índice de concordância foi superior a 70%, de acordo com o agrupamento das cores em função do croma, iniciou-se o trabalho de campo.

1.4.3 Seleção dos pacientes

O tamanho da amostra foi calculado baseado em estudo prévio de Kihn et al. (2000). Para um poder de 90% e nível de significância de 5%, seria necessário um n amostral de 80 indivíduos (teste unicaudal), deste modo, foram acrescentados mais 15% para as perdas e recusas, obtendo-se um total de 92 pacientes.

A estratégia de busca dos indivíduos interessados em participar deste ensaio clínico foi realizada através da divulgação do projeto em jornal de circulação local (Diário Popular), rádio FM e website da Universidade Federal de Pelotas, bem como, exposição de cartazes na FOUFPel e Universidade Católica de Pelotas. O e-mail da responsável pelo estudo e o telefone da secretaria da Pós-Graduação da FOUFPel estiveram disponíveis nos meios de divulgação a fim de que os voluntários fornecessem seu nome, e-mail e telefones para contato.

(28)

As consultas, para os indivíduos que desejassem ter seus dentes clareados, foram agendadas e efetuadas na Clínica da Pós-Graduação da FOUFPel. Inicialmente, foi realizada a anamnese detalhada de cada caso e, em seguida, os pacientes receberam uma profilaxia profissional com taça de borracha associada à pasta de pedra-pomes e água, para remoção das manchas extrínsecas e realização do exame clínico. Este foi executado pelos dois examinadores selecionados no processo de calibração, a fim de verificar os critérios de inclusão e/ ou exclusão no mesmo.

Os critérios de inclusão foram:

1. Todos os seis dentes ântero-superiores deveriam estar presentes e a média da coloração final do paciente deveria ser C1 ou mais escuro.

2. Nenhum destes dentes poderia apresentar restaurações que envolvessem mais que 1/6 da face vestibular e, a localização da restauração não poderia interferir na disposição do espectrofotômetro.

3. O paciente deveria ter ao menos 18 anos de idade.

4. Pacientes com boa condição de saúde bucal (ausência de cárie ativa ou doença periodontal).

5. Pacientes com boa condição de saúde geral (ausência de problemas cardíacos, hipertensão ou diabetes descompensado).

Os critérios de exclusão foram: 1. Grávidas ou lactantes.

2. Pacientes sob tratamento ortodôntico.

3. Pacientes submetidos a algum tratamento clareador nos três anos anteriores. 4. Pacientes tabagistas.

5. Pacientes com histórico de sensibilidade dentária prévia. 6. Dentes com manchamento por tetraciclina ou fluorose.

7. Dentes com presença de lesões de abrasão, abfração ou erosão.

8. Presença de tratamento endodôntico em algum dos seis elementos ântero-superiores ou inferiores.

9. Presença de hábitos parafuncionais (bruxismo, apertamento).

Os pacientes que efetivamente se comprometeram a participar do follow-up assinaram um termo de consentimento livre-esclarecido (Apêndice 2).

(29)

1.4.4 Avaliação inicial

Após o término da anamnese e exame clínico, a cor dos elementos dentais foi registrada à tarde, sob iluminação ambiente e solar, utilizando-se de três métodos: 1) tomadas fotográficas através de máquina digital3 sempre sob as mesmas condições de flash, iluminação e enquadramento padronizado dos seis dentes ântero-superiores; 2) análise visual através da utilização da escala de cor Vitapan® Classical; 3) análise objetiva através de espectrofotômetro digital.

A avaliação visual da cor seguiu protocolo idêntico ao empregado no processo de calibração e foi realizada pelos dois examinadores selecionados no mesmo (Fig. 7).

Figura 7 – Análise visual da cor dentária.

A análise objetiva da cor também seguiu o protocolo empregado no processo de calibração. Em seguida, foi obtida uma média a partir da soma dos escores das cores dos seis dentes avaliados, e, os pacientes que apresentaram uma média maior ou igual a seis (coloração C1 ou mais escuro) foram randomizados em dois grupos de acordo com o agente clareador empregado: Peróxido de Carbamida (PC) a 10% ou a 16%4. O processo de randomização foi realizado através de sorteio, por um membro da equipe não envolvido diretamente no estudo. Foram colocados em uma caixa fechada quarenta e seis cartões de cada grupo de tratamento (A e B) e, em seguida, os cartões foram sorteados e alocados de forma aleatória para cada indivíduo (1-92) (Fig. 8).

3

Sony Cyber-shot P73, 4.1 Mega Pixels 4

(30)

1 B 21 A 41 B 61 A 81 A 2 A 22 A 42 A 62 B 82 B 3 A 23 B 43 A 63 B 83 B 4 B 24 B 44 B 64 A 84 A 5 B 25 A 45 B 65 B 85 B 6 A 26 B 46 A 66 A 86 A 7 A 27 B 47 B 67 A 87 B 8 B 28 A 48 A 68B 88 A 9 A 29 B 49 B 69 A 89 A 10 A 30 B 50 A 70 B 90 B 11 B 31 A 51 A 71 A 91 B 12 B 32 A 52 B 72 B 92 A 13 A 33 A 53 A 73 A 14 B 34 B 54 B 74 A 15 B 35 B 55 A 75 B 16 A 36 A 56 B 76 B 17 A 37 B 57 B 77 A 18 B 38 A 58 B 78 B 19 A 39 B 59 A 79 B 20 B 40 A 60 A 80 A

Figura 8 – Quadro demonstrativo do processo de randomização

dos indivíduos de acordo com o tipo de tratamento empregado.

1.4.5 Confecção das moldeiras

Em outra sessão clínica, ambas as arcadas dos pacientes incluídos no estudo foram moldadas com alginato5. Em seguida, foi vazado gesso pedra especial sobre o molde para obtenção de uma impressão mais fidedigna dos modelos (Fig. 9). Estes foram usinados em máquina recortadora de gesso até que o palato fosse completamente removido, apresentando um formato final de “U” ou “ferradura” (Fig. 10). Nos modelos, a porção vestibular dos dentes (de pré-molar a pré-molar) foi recoberta, por um único indivíduo, com cinco camadas de esmalte de unha cremoso, a fim de criar um reservatório para o gel clareador, facilitar o assentamento da placa e reduzir a pressão sobre os dentes (Fig. 11). As moldeiras para o clareamento foram confeccionadas, através da disposição de placas de vinil (FGM Produtos odontológicos), em plastificadora a vácuo6, com espessura de 0.35 mm. Os

excessos na porção vestibular e lingual foram recortados de forma que permanecesse uma espessura de aproximadamente 1 mm aquém do terço cervical (Fig. 12).

5

Jeltrate regular set, Dentsply International/L.D. Caulk Division,Milford, Delaware 6Plastvac – P6, Bio-art, São Paulo, Brasil

(31)

Figura 9 – Modelo de gesso pedra. Figura 10 – Modelo de gesso após

remoção do palato (Formato de ”U”).

Figura 11 – Confecção dos alívios

no modelo de gesso. Figura 12 –da moldeira. Remoção dos excessos

1.4.6 Tratamento clareador

Foram removidos os lacres de identificação das concentrações das seringas dos diferentes géis clareadores, e, a fim de mascaramento dos grupos de tratamento, um foi envolvido por fita adesiva branca (Grupo A) e o outro não foi envolvido (Grupo B), para não permitir a observação de qual produto foi distribuído a cada indivíduo. Isto foi feito pelo mesmo membro da equipe que realizou a alocação dos indivíduos. Deste modo, foi possível realizar o cegamento dos operadores.

Numa terceira sessão clínica, foram distribuídos para cada indivíduo um par de moldeiras e três bisnagas do gel clareador. As moldeiras foram entregues em caixas de proteção a fim de evitar a perda e facilitar sua higienização. O clareamento foi realizado simultaneamente em ambas as arcadas e englobaram os dentes envolvidos na linha do sorriso (de segundo pré-molar a segundo pré-molar, tanto superior quanto inferior). Todos os pacientes receberam instruções a serem seguidas durante o tratamento, de forma oral e escrita, também foi pedido que os mesmos provassem as moldeiras, de forma a certificarem a adaptação e presença

(32)

de áreas desconfortáveis (Fig.13). O modo de aplicação do agente clareador bem como a higienização da moldeira também foi demonstrado (Fig. 14). Os pacientes foram informados a usarem o agente clareador por duas horas no período da noite, após a última refeição, durante três semanas (Apêndice 5). Também foi distribuída uma escova e um creme dental livre de agentes clareadores para cada paciente, a fim da padronização do regime de higiene oral.

Figura 13 – Prova da moldeira.

Figura 14 – Demonstração da aplicação do

agente clareador na moldeira.

Para este estudo não foi incluído nenhum grupo placebo, pois diversos estudos têm demonstrado que os géis clareadores são eficazes em clarear quando comparados ao placebo (MATIS et al., 2000; MOKHLIS et al., 2000). Além disso, há que se ressaltar que a utilização do placebo não traz nenhum benefício para o indivíduo e seria difícil conseguir um número de pacientes adequado para alocar em todos os grupos, com os fatores de inclusão e exclusão colocados para o estudo.

A adesão inicial dos pacientes ao estudo (avaliação clínica após uma semana da conclusão do tratamento) foi avaliada pela quantidade de gel utilizada,

(33)

sendo as bisnagas do agente clareador pesadas em balança de precisão7 antes e após o tratamento (Fig. 15). Nas avaliações clínicas para a aferição da longevidade do tratamento (seis meses e um e ano), a adesão foi medida através da aplicação de questionários relacionados aos fatores de risco para o escurecimento dental, bem como, utilização de tratamentos complementares para manutenção do efeito clareador.

Figura 15 – Peso das bisnagas dos géis

clareadores em balança de precisão.

1.4.7 Avaliação clínica

Os pacientes foram reavaliados para verificar a eficácia do clareamento após uma semana de conclusão do tratamento, e, a longevidade do mesmo após 6 meses e 1 ano. A adesão ao acompanhamento foi obtida através do comprometimento dos indivíduos quando da assinatura do termo de consentimento esclarecido. Caso, no decorrer do tratamento ou nos períodos de reavaliação, os pacientes não comparecessem as chamadas, foram realizadas ligações telefônicas ou visitas domiciliares a fim de se evitar as perdas dos dados do estudo.

O protocolo para avaliação foi similar ao do baseline, sendo tiradas fotografias para cada indivíduo em cada período, com os mesmos parâmetros. As avaliações espectrofotométrica e visual da cor ao longo do tempo foram realizadas pelos mesmos examinadores que realizaram a alocação inicial. Nos períodos de

7

(34)

avaliação, a cor foi comparada com a obtida no baseline, bem como, com os outros períodos a fim de verificar quantos pontos houve de efeito clareador (4 semanas) e a longevidade do efeito clareador (6 meses e 1 ano).

1.4.8 Avaliação do grau de sensibilidade dentária

Para a avaliação da sensibilidade, foi entregue para cada indivíduo um diagrama especialmente desenvolvido no qual ele indicou o nível de sensibilidade dental experimentada durante o tratamento e até uma semana depois de concluído o mesmo. A sensibilidade dental foi determinada com a seguinte escala: 1-nenhuma, 2-leve, 3-moderada, 4-considerável, 5-severa (MATIS et al., 2000) (Anexo 3). Os indivíduos que experimentaram sensibilidade moderada ou superior foram instruídos a retornar a Clínica da Pós-Graduação da FOUFPel, para receberem tratamento com gel desensibilizante contendo nitrato de potássio e fluoreto de sódio8, o que tem

sido um tratamento efetivo para eliminação deste tipo de sensibilidade (RITTER et al., 2006). O uso do agente desensibilizante por um dia não substituiu o tratamento clareador naquele período, ou seja, o tratamento clareador naquele indivíduo foi aplicado por mais um dia.

1.4.9 Aceitabilidade do paciente

Após a conclusão do período de tratamento, os indivíduos receberam um questionário a fim de relatar a aceitabilidade sobre o regime de tratamento empregado. Foram realizadas sete perguntas, sendo os voluntários instruídos a respondê-las através de escores, variando de 1 a 5, ordenado das respostas mais “positivas” as mais “negativas”: 1- concordo, 2- concordo de alguma maneira, 3- nenhuma opinião, 4- discordo de alguma maneira, 5- discordo. As perguntas foram relacionadas às instruções para realização do tratamento, facilidade de uso, nível de conforto, sabor e satisfação geral (Apêndice 6).

1.4.10 Impacto da condição bucal na qualidade de vida dos pacientes

O Oral Impact on Daily Performances (OIDP) (ADYLIANON; VOURAPUKJARU; SHEIHAM, 1996) é um indicador sócio-dental baseado conceitualmente no International Classification of Impairments, Disabilities and Handicaps, modificado por Locker para o seu uso em odontologia (MASALU;

8

(35)

ASTROM, 2003). Mediante a avaliação da freqüência e da severidade dos impactos que afetam o desempenho diário dos indivíduos, o OIDP fornece um escore de impacto individual (ADYLIANON; SHEIHAM, 1997). Desta forma, o OIDP foi utilizado para medir o impacto oral causado pelo tratamento clareador em relação à capacidade dos indivíduos realizarem suas atividades diárias.

A classificação da severidade dá um peso à importância relativa do impacto odontológico percebido pelo indivíduo. Além dos aspectos já mencionados, também são questionados os problemas bucais e os sintomas percebidos pelos sujeitos como causadores de impacto, a fim de relacioná-lo à condição clínica, o que torna o OIDP mais consistente para ser utilizado na avaliação das necessidades de tratamento.

O OIDP inclui nove desempenhos para serem avaliados dentre os quais se analisam atividades físicas, psicológicas e sociais como: comer; falar e pronunciar adequadamente; limpar os dentes; dormir e relaxar; sorrir, gargalhar e mostrar os dentes sem embaraço; manter o estado emocional sem irritar-se; realizar a maior parte do trabalho ou papel social, apreciando o contato com as pessoas; prática de atividades esportivas.

Os desempenhos afetados foram classificados de acordo com a freqüência de impacto através do padrão de ocorrência: regularmente ou esporadicamente. Os desempenhos afetados também foram classificados de acordo com o grau de severidade atribuído pelo indivíduo: 0 – atividade não afetada; 1 – muito pouco afetada; 2 – pouco afetada; 3 – moderadamente afetada; 4 – muito afetada; 5 – extremamente afetada. Para cada impacto relatado, foram registrados o principal sintoma (dor, desconforto, limitação na função, insatisfação com a aparência ou outro) e o problema bucal responsável pelo impacto.

O instrumento foi traduzido para o português (traduzido novamente para o inglês) e utilizado na versão em português em uma população com características similares no Sul do Brasil (RAMOS-JORGE et al., 2007). Três entrevistadores foram devidamente treinados antes da aplicação do questionário (Anexo 4) com os indivíduos (Fig. 16).

(36)

Figura 16 – Aplicação do questionário

OIDP por operador devidamente treinado.

1.4.11 Hábitos alimentares e de higiene oral

Nos diferentes períodos de acompanhamento (6 meses e 1 ano), dois examinadores aplicaram um questionário padronizado contendo questões relacionadas aos hábitos alimentares e de higiene oral. Este procedimento foi realizado com o objetivo de verificar se estes fatores influenciariam na durabilidade do tratamento clareador. Os participantes responderam questões relacionadas à: (1) uso de creme dental com agente clareador na composição; (2) realização de outro tratamento clareador durante o período do estudo; (3) consumo de bebidas ou alimentos que continham corantes em sua composição. Adicionalmente, a freqüência e o tipo de bebida (café, chá, vinho, refrigerantes a base de cola e sucos) ou alimentos (beterraba, cenoura, alface ou alimentos industrializados) que continham corantes na composição, também foram avaliados (Apêndice 7).

1.4.12 Análise estatística

Os dados foram inseridos no Software SPSS v.11.0 e analisados a fim de verificar a normalidade da distribuição através do teste de Kolmogorow Smirnov. Devido à heterogeneidade da distribuição, foram aplicados os testes não paramétricos de Wilcoxon (comparação intragrupo) e Mann-Whitney (comparação entre grupos) para determinar a existência de diferenças estatisticamente significantes nos diferentes períodos de avaliação, em relação à coloração dos dentes e sensibilidade dentária. O teste de qui-quadrado foi utilizado para verificar

diferenças entre os grupos para as variáveis categóricas. As diferenças foram consideradas estatisticamente significantes com valor-p< 0.05.

(37)

Agosto de 2005 • Envio do projeto para o Comitê de Ética e Pesquisa da FOUFPel

• Requerimento dos materiais necessários Setembro a Dezembro

de 2005

• Levantamento bibliográfico

• Treinamento e calibração dos operadores Fevereiro e Março de

2006

• Levantamento bibliográfico

• Treinamento e calibração dos operadores Abril e Maio de 2006 • Levantamento bibliográfico

• Seleção da amostragem

• Avaliação clínica da cor (Baseline) • Início do tratamento clareador • Catalogação das fichas do baseline Maio a Julho de 2006 • Levantamento bibliográfico

• Avaliação do grau de sensibilidade

• Avaliação clínica após 1 mês do tratamento clareador Agosto a Setembro de

2006

• Levantamento bibliográfico

• Tabulação dos dados da avaliação de 1 mês

• Redação do artigo para publicação em periódico Internacional (baseline)

Outubro de 2006 • Defesa de dissertação de mestrado

• Envio do artigo (baseline) para Operative Dentistry Novembro a Dezembro

de 2006

• Levantamento bibliográfico

• Avaliação clínica após 6 meses do tratamento clareador

Janeiro a Março de 2007

● Levantamento bibliográfico

• Tabulação dos dados da avaliação de 6 meses

• Aceite artigo (baseline) - correções solicitadas pelo revisor

• Redação do artigo (avaliação 1 mês) Abril a Junho de 2007 • Levantamento bibliográfico

• Avaliação clínica após 1 ano do tratamento clareador • Preparação de resumos para apresentação no SBPqO Julho a Agosto de

2007

• Levantamento bibliográfico

• Tabulação dos dados avaliação de 1 ano

• Envio do artigo (avaliação 1 mês) para Operative Dentistry

(38)

Setembro de 2007 • Levantamento bibliográfico

• Apresentação de 3 trabalhos provenientes desta pesquisa no SBPqO

Outubro a Dezembro de 2007

• Levantamento bibliográfico

• Atualização dos telefones de contato dos pacientes participantes do estudo

• Redação artigo (avaliação 6 meses) a ser submetido ao Journal of Dentistry

Janeiro e Fevereiro de 2008

• Levantamento bibliográfico

• Aceite do artigo (avaliação 1 mês) – correções solicitadas pelo revisor

Março e Abril de 2008 • Levantamento bibliográfico

• Redação artigo (avaliação 1 ano) a ser submetido ao Clinical Oral Investigations

• Avaliação clínica após 2 anos do tratamento clareador • Preparação de resumos para apresentação no SBPqO • Qualificação da tese de doutorado

Maio a Junho de 2008 • Levantamento bibliográfico • Redação da tese de doutorado

• Aceite do artigo (avaliação 6 meses) – correções solicitadas pelo revisor

Agosto de 2008 • Defesa da tese de doutorado

• Envio do artigo (avaliação 1 ano) para o Clinical Oral Investigations

(39)

UNIDADE DISCRIMINAÇÃO PREÇO UNIT. PREÇO TOTAL 100 Taça de borracha R$ 0,80 R$ 80,00 02 Pedra Pomes R$ 3,10 R$ 6,20 50 Alginato R$ 17,30 R$ 865,00 50 Gesso pedra R$ 2,70 R$ 135,00 05 Cera utilidade R$ 6,00 R$ 30,00 80 Desensibilize KF 2% R$ 12,00 R$ 960,00 250 Placa para clareamento R$ 3,00 R$ 750,00

01 Fita adesiva R$ 2,80 R$ 2,80 10 Esmalte de unha R$ 2,00 R$ 20,00 180 Peróxido de Carbamida 10% (Whiteness, FGM) R$ 10,00 R$ 1.800,00 180 Peróxido de Carbamida 16% (Whiteness, FGM) R$ 10,00 R$ 1.800,00 100 Porta moldeiras R$ 2,00 R$ 200,00 100 Creme dental R$ 1,24 R$ 124,00 100 Escova dental R$ 1,00 R$ 100,00 04 Papel A4 c/ 500 folhas R$ 12,70 R$ 50,80 Participação em congressos R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 Plotagem painéis R$ 300,00 R$ 300,00 Impressões R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 TOTAL R$ 10.223,80

(40)

UNIDADE DISCRIMINAÇÃO PREÇO UNIT. PREÇO TOTAL

01 Máquina Digital Sony R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 01 Escala Vitapan® Classical R$ 440,00 R$ 440,00 01 Computador R$ 1.900,00 R$ 1.900,00 01 Plastificadora a vácuo R$ 940,00 R$ 940,00 01 Vita Easyshade R$ 12.500,00 R$ 12.500,00

(41)

Oral Epidemiology, v.24, p.385-389, 1996.

2. ADYLIANON, S.; SHEIHAM A. Oral impacts on daily performances. In: Slade GD, editor. Measuring oral health and quality of life. Chapel Hill: School of Dentistry, University of North Carolina; p.151-160, 1997.

3. ALTMAN, D.G.; SCHULZ, K.F.; MOHER, D.; EGGER, M.; DAVIDOFF, F.; ELBOURNE, D.; GØTZSCHE, P.C.; LANG, T. The Revised CONSORT Statement for Reporting Randomized Trials: Explanation and Elaboration. Annals of Internal

Medicine, v.134, n.8, p.663-694, 2001.

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5. ATTIN, T.; PAQUÉM F.; AJAM, F.; LENNON, A.M. Review of the current status of tooth whitening with the walking bleach technique. International Endodontic

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