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Nº 72 setembro/outubro 2014 R$15,00. revista. Águas farmacêuticas. REVISTA DA SBCC N o 72 SETEMBRO/OUTUBRO 2014 NBR sbcc.com.

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Nº 72 setembro/outubro 2014

R$15,00

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sbcc.com.br

Águas farmacêuticas

NBR 7256

RE VI ST A D A SBCC N o 72 SE TE MBRO/ OUTUBRO 2014

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ÁGUAS FARMACÊUTICAS

Ponto crítico na produção

A qualidade da água é algo fundamental para a excelência na produção da

indústria farmacêutica, com cuidados extremos que começam no projeto e se

estendem até a manutenção dos sistemas

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Set/Out - 2014 - SBCC

Teste de endotoxina é uma das análises realizadas para avaliar a qualidade da água farmacêutica produzida

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ÁGUAS FARMACÊUTICAS

No Brasil, a norma que rege os sistemas de água para usos farmacêu-ticos é a RDC 17 de 16 de abril de 2010 da ANVISA (Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária), entidade que publicou um complemento específico sobre o assunto em 2013, o “Guia de Qualidade

para Sistemas de Purificação de Água para Uso Farmacêutico” (veja box na página 18). É preciso, ainda atender ao disposto na Farmacopeia Brasileira, 5ª Edição, que foi estabelecida pela RDC nº. 49, de 23 de novembro de 2010, e que determina os parâmetros para que

uma água seja considerada PW ou WFI. Para PW, leva-se em consideração a contagem total de bactérias (<100 UFC/ ml), ausência de pseudômonas e outros patogênicos, condutividade e TOC (car-bono orgânico total, na sigla em inglês). Para WFI, somam-se a estes parâme-tros a esterilidade, total de particulados e de endotoxinas bacterianas.

“Vale ressaltar, no entanto, que quando se deseja exportar o produto, é preciso ficar atento qual farmacopeia precisa ser respeitada. A maior parte dos países aceita a farmacopeia ame-ricana ou a europeia. Porém, quando o objetivo é exportar para a Comunidade Europeia, é indispensável atender aos requisitos locais, já que vários aspec-tos não estão harmonizados entre as farmacopeias, como, por exemplo, a quantidade de metais pesados que pode estar presentes nas análises das águas. Por outro lado, a forma de mo-qualidade da água usada em

processos da indústria far-macêutica é um tema particularmente sensível no que diz respeito ao controle de contaminação. Afinal, a água pode ser utilizada não só para a limpeza de materiais e embalagens primárias (que terão contato direto com o produto) como também na própria composição do medicamento. Utilizar água com qualidade inferior à necessária, além de gerar um problema regulatório, pode incluir no processo um agente de con-taminação, já que a água tem grande susceptibilidade para agregar compos-tos diversos e sofrer recontaminação, mesmo após a etapa de purificação. Surge daí a relevância do sistema de produção de águas de características farmacêuticas, que tem como principais funções a produção de água purificada (AP, na sigla em português, ou PW -

Purified Water, na sigla em inglês), que

pode ser usada no estado líquido ou para a formação de vapor, e água para injetáveis (API, em português ou WFI -

Water For Injections).

A

Sistema de produção

de águas farmacêuticas

tem como principais

objetivos produzir

água purificada (PW)

e água para injetáveis

(WFI)

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nitoramento de alguns parâmetros, tais como a condutividade, é diferente em cada farmacopeia. Para alguns, deve ser feita a medição em uma determina-da temperatura e, em outros, ela pode ser medida a qualquer temperatura com uma correção pré-definida. Enfim, é preciso seguir a farmacopeia brasi-leira e usar qualquer outra como com-plemento”, destaca Rodolfo Cosentino, Diretor da Giltec.

Produção de PW e WFI

Existem diferentes tecnologias que podem ser utilizadas para a produção de PW e de WFI, mas todo o processo começa com um pré-tratamento, que dependerá da composição da água

de entrada, recebida da concessio-nária ou de outra fonte, e que, por regulamentação, deve ser potável. “É necessário avaliar a dureza da água e os níveis de cálcio e magnésio antes de iniciar o abrandamento. A água fornecida é clorada, então é neces-sário retirar o cloro, o que pode ser feito utilizando-se um filtro de carvão ativado ou através de adição de pro-dutos químicos”, exemplifica Elisa Liu, Coordenadora de Projetos da SPL e Diretora Técnica da SBCC. Ela ressal-ta ressal-também a importância de se consi-derar variações sazonais, que podem alterar as características da água recebida. As etapas de pré-tratamento serão definidas de acordo com a qua-lidade da água de entrada e como se deseja que ela esteja no momento em

que entra no processo de produção de PW ou WFI.

Depois do pré-tratamento, a água geralmente passa pela osmose re-versa, que remove a maior parte das impurezas da contaminação iônica, orgânica e de partículas e contaminan-tes com menos de 1 nm de diâmetro. Esta etapa pode ser simples ou em duplo passo, no caso da produção de PW. Para atingir os parâmetros de condutividade, utiliza-se a deionização ou a eletrodeionização, processos que removem os íons da água.

Algumas farmacopeias, como a da União Europeia, exigem a destilação como etapa da produção de WFI; ou-tras, como a americana, aceitam a os-mose em duplo passo ou a destilação. O Guia específico da ANVISA registra

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ÁGUAS FARMACÊUTICAS

que: “destilação é a técnica preferida, uma vez que é considerada uma téc-nica mais robusta, devido à mudança de fase da água, e em alguns casos, por causa do equipamento que é ope-rado em temperaturas muito elevadas. A água da rede pública de abasteci-mento pode conter contaminantes, tais como cloretos e substâncias orgânicas voláteis. Pelo fato de esses contami-nantes possuírem um tamanho físico menor do que a água, as membranas semipermeáveis usadas na osmose reversa não são capazes de retê-los. Além disso, não existem atualmente métodos eficazes de identificação de todos os possíveis contaminantes tóxi-cos presentes na água”.

Outra questão importante com re-lação às tecnologias escolhidas para a produção de águas farmacêuticas diz respeito ao uso de aditivos químicos, como os usados para ajustar o pH ou remover carbonatos e amônia, uma sa-ída adotada para proteger e dar mais durabilidade às membranas usadas na osmose reversa. As normas brasilei-ras permitem seu uso, mas o sistema deve prever um estágio posterior para removê-lo.

Cuidados no projeto

Além de uma análise precisa de quais tecnologias optar e de todas as etapas que serão necessárias para se obter a água nas condições dese-jadas, é preciso ficar atento a outras questões para garantir um sistema de produção de águas farmacêuticas efetivo e eficiente. Um dos pontos mais importantes tem relação com o dimen-sionamento correto do volume de água que será utilizado, pois colocar em operação um novo ponto de saída é

algo dispendioso e pode ser inviável. Mesmo um aumento na mesma linha de produção pode trazer problemas. “Uma elevação súbita e drástica no consumo pode baixar o nível do tanque e até fazer com que a bomba cavite, caso ultrapasse o ponto mínimo. Há também o risco de contaminação de todo o sistema, caso falte água e entre ar na tubulação”, comenta Elisa.

Independente das tecnologias uti-lizadas, todo o sistema de água deve idealmente promover a constante recirculação da água (em loop), para evitar a formação de biofilmes nas tu-bulações de distribuição. Além disso, seu desenho não deve possibilitar a existência das chamadas “pernas

mor-tas”, ou seja, caminhos de tubulação de via única, nos quais a água não circula, gerando alto risco de cresci-mento de impurezas pelo fato de ficar parada. Pelo mesmo motivo, a veloci-dade na tubulação deve ser mantida em regime turbulento. Em instalações muito grandes, uma solução para se evitar tubulações muito extensas para se garantir a recirculação é incluir nos projetos diferentes tanques e loop res-pectivos.

Também é preciso atenção para qualquer contingência que possa gerar alterações na água potável recebida, aquela que será transformada em PW ou WFI. “Por exemplo, interrupções no fornecimento podem levar à neces-Controle microbiológico da água realizado no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), no Rio de Janeiro

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Set/Out - 2014 - SBCC

sidade de abastecimento por cami-nhões pipa, fazendo com que entre no processo de pré-tratamento água de características diferentes daquele que ele foi projetado. Neste caso, é neces-sário avaliar se será preciso alguma ação de correção”, diz Elisa.

Qualificação de

desempenho

Por serem considerados sistemas críticos de qualidade e de impacto direto na qualidade e segurança de medicamentos, os sistemas de água para uso farmacêutico devem ser qualificados, seguindo procedimentos

previamente escritos e aprovados. O objetivo da qualificação é proporcio-nar uma compreensão lógica de todo o sistema, bem como gerar subsídios técnicos para a correta implementação dos procedimentos operacionais, em especial os de sanitização, limpeza,

manutenção e amostragem. Para comprovar a confiabilidade e robustez do sistema em operação durante um período prolongado, o Guia da AN-VISA recomenda obter a qualificação passando-se por três fases:

Fase 1 – É uma etapa de estudo e precede a utilização da água pela indústria farmacêutica. Deve ser re-alizada sempre que um sistema está iniciando as atividades produtivas ou quando sofre mudanças que impactem no processo. Seu foco é o monitora-mento intensivo de todos os pontos amostrais do sistema para todos os parâmetros especificados para água, todos os dias consecutivos, por no mínimo duas semanas. É também uma etapa importante para avaliar se o sistema possui capacidade de produ-zir, armazenar e distribuir PW ou WFI de forma confiável. São vários seus objetivos, direcionados, entre outros pontos, para se estabelecer parâme-tros de funcionamento; desenvolver as

A Qualificação

de Desempenho

visa comprovar a

confiabilidade e

robustez da operação

durante um período

prolongado

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ÁGUAS FARMACÊUTICAS

especificações de operações; deter-minar os procedimentos de operação, limpeza, sanitização e manutenção; demonstrar a capacidade de produção e distribuição da água na qualidade e na quantidade requerida.

Fase 2 – Etapa em que já se ad-mite o uso da água para a produção, envolve um período de duas semanas de monitoramento intensivo e imple-mentação de procedimentos aprimora-dos após a finalização satisfatória da fase 1. Tem como meta demonstrar a operação consistente dentro das espe-cificações estabelecidas e comprovar que a produção e distribuição são consistentes e estão de acordo com os procedimentos operacionais definidos como padrão.

Fase 3 – Geralmente realizada durante um ano após a fase 2, quan-do se espera que os procedimentos operacionais devem estar revisados, ajustados e implementados. Visa de-monstrar desempenho confiável du-rante um período longo de produção e assegurar que as variações sazonais foram consideradas e avaliadas.

Controles de qualidade

e sanitização

Para garantir que as condições previstas em projeto se mantenham durante a operação, são recomenda-dos uma série de controles diários. É preciso retirar amostras de água após a geração e antes da entrada no tan-que – a fim de avaliar se a água gerada está na qualidade desejada; realizar amostragens nos pontos de uso – para ver se há alguma contaminação na tubulação; além do monitoramento do TOC, que pode ser feito de forma con-tínua e online.

“Devem ser monitorados e registra-dos toregistra-dos os parâmetros críticos. No mínimo, deve se ter registros de con-dutividade, TOC, contagem microbio-lógica e, para, WFI também de endoto-xinas. Além disso, quando os sistemas trabalham em alta temperatura, visan-do maior controle de contaminação, também devem existir registros destas temperaturas nos lugares mais frios do sistema”, detalha Cosentino, da Giltec.

“Quando os sistemas são sanitizados por ozônio devem existir registros do teor de ozônio antes e depois da lâm-pada ultravioleta e no retorno do anel de circulação”, complementa.

Em termos de sanitização, Elisa explica que cada sistema de água, de-vido às diversas variáveis envolvidas, tem seu plano único, definido pelo que foi observado durante a qualificação de desempenho. “Como a qualidade da água fornecida varia de acordo com questões sazonais – por exemplo, no outono com a queda das folhas,

tem--se maior quantidade de material orgâ-nico na água fornecida; há o período das cheias etc – é preciso um tempo para se conhecer o sistema e como ele se comporta, para se estabelecer a periodicidade de sanitização; criando gráficos que apontam as tendências e quais os momentos necessários para a sanitização. Porque para um siste-ma, pode ser que o loop suporte cinco meses para só então começar a tender a ter crescimento microbiano e neces-sitar de sanitização, mas outro pode demandar uma sanitização em tempo menor, três meses, por exemplo”, ex-plica Elisa.

Os estágios de pré-tratamento também precisam ser bem analisados para que se defina qual a periodici-dade de retrolavagem de filtros (e de carvão ativado, quando se utilizar), regeneração de resinas e, no caso da osmose reversa, avalia-se se é necessário fazer uma limpeza quími-ca ou se já chegou o momento de se trocar a membrana. “O que garante o controle de um sistema de água é ter uma boa operação, um bom mo-nitoramento e manutenção contínua”, sentencia Elisa. “Mas é preciso, tam-bém, ter o registro do histórico de seu funcionamento; deve-se ter em mente que as pessoas das equipes mudam, saem da empresa por di-versos motivos e levam com ela este conhecimento, informações riquíssi-mas. É fundamental que a empresa tenha processos estruturados que registrem as tendências históricas, a fim de identificar variações sazonais importantes fazendo com que um pro-fissional recém-chegado que vá atuar diretamente na gestão do sistema de água tenha, de pronto, entendimento completo do desempenho do siste-ma”, recomenda.

Parâmetros críticos

do sistema devem

ser monitorados

rotineiramente;

sistema também

deve ser alvo de

um programa de

manutenção específico,

preventivo e contínuo,

baseado em dados

coletados durante

a Qualificação de

Desempenho

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Set/Out - 2014 - SBCC

A experiência de

Biomanguinhos

No Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro-RJ, a água é um insumo essencial, por ser utilizada na formulação de vacinas, kits diagnósticos, biofármacos, diluen-tes e também na lavagem de frascos que entrarão em contato diretamente com o produto e água para utilidades, como as torres de resfriamento e de caldeiras. São nove sistemas de água independentes, mantidos em circula-ção contínua, que geram, cada um, entre 15 e 30 metros cúbicos por dia para atender os diversos laboratórios e processos.

Lá, a água fornecida pela Cedae--RJ (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) entra na central de tratamento, passa por uma filtragem por zeólitas, que realiza a filtração dos íons responsáveis pela

dureza como magnésio e chumbo, depois segue para um abrandamento. Após isso, a água segue para as mem-branas de osmose reversa e passam pelo eletrodeionizador. O gerador de ozônio libera ozônio no tanque de ar-mazenamento, que é posteriormente lisado por lâmpadas ultravioletas em moléculas livres de radical oxigênio e O2. Para a produção de PW, o sistema

é mantido a temperatura de 15ºC; já na produção de WFI, a água circula entre 80ºC e 95ºC e os trocadores de calor são utilizados para que ela saia na temperatura adequada a cada proces-so nos pontos de saída.

Para controlar a eficiência do processo de produção de águas far-macêuticas, Bio-Mangunhos conta com um sistema de monitoramento online que analisa temperatura, pres-são, vazão, TOC e condutividade em todas as válvulas realizando medi-ções a cada três horas de operação, gerando oito registros diários das condições apresentadas, informações

Central de Tratamento de Água Purificada do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos)

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ÁGUAS FARMACÊUTICAS

que estão disponíveis via painel para operadores. “Pressão, vazão e tempe-ratura são parâmetros críticos para o desempenho do sistema, que possui limites que precisam ser respeitados. Se os indicadores mostram que está se chegando perto destes limites, isso significa que o sistema não está tendo um bom desempenho e é preciso en-trar com medidas preventivas ou cor-retivas”, explica Barbara Scangarelli de Andrade, Analista da Qualidade e Co-ordenadora do Programa de Monitora-mento de Águas de Bio-Manguinhos. “Contamos com um histórico coletado regularmente desde 2008 que nos permite entender questões relacio-nadas à sazonalidade que impactam nas características da água recebida e, assim, temos dados confiáveis para tomar decisões”, complementa.

Há, também, uma série de ensaios microbiológicos para controle da con-taminação. “Para as águas potável e purificada, são realizados ensaios para detecção de bactérias heterotró-ficas, coliformes totais/termotolerantes

(E coli) e Pseudomonas sp; para a WFI e vapor puro são realizados os ensaios de detecção de bactérias he-terotróficas e endotoxinas, conforme a Farmacopeia Brasileira 5ª edição de 2010. Os ensaios são realizados dia-riamente, seguindo rodízio de pontos conforme validado pela qualificação de desempenho”, detalha Carina Cantelli Pacheco de Oliveira, Gerente do Labo-ratório de Controle Microbiológico de Bio-Manguinhos.

A experiência da

Ophthalmos

A publicação do “Guia de Qualida-de para Sistemas Qualida-de Purificação Qualida-de Água para Uso Farmacêutico” foi o ponto decisivo para que a Ophthalmos, indústria farmacêutica especializada em produtos oftalmológicos com sede na capital paulista, revisse seus pro-cessos e optasse pela atualização do seu sistema de produção de água far-macêutica. A empresa segue a

farma-copeia americana para definir os parâ-metros de WFI, utilizada em toda sua linha de produtos estéreis. Além disso, utiliza WFI para a limpeza de áreas, vidrarias, equipamentos e utensílios, e para abastecer os equipamentos que fazem parte do processo de lavagem de frascos-ampolas e esterilização de produtos e materiais.

Na Ophthalmos, o sistema de pré--tratamento realiza a remoção de cál-cio e magnésio, além de fornecer água com teor mínimo e controlado de cloro. A água WFI é então produzida por ter-mocompressão e para sua estocagem e distribuição são empregados tanque e tubulação de aço inox 316L. “A distri-buição da água produzida é feita com a ajuda de bomba de recirculação com controle automático, que alimenta o sistema com pressão e velocidades suficientes para atender às demandas nos pontos de uso e permitindo o re-torno da água não utilizada ao tanque”, explica Maria Rossana Travesso, Su-pervisora da Garantia de Qualidade da Ophthalmos.

Guia de Qualidade para Sistemas de Purificação

de Água para Uso Farmacêutico

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, em 2013, o “Guia de Qualidade para Sistemas de Purificação de Água para Uso Farmacêutico”. O documento, com 28 páginas, tem como objetivo principal descrever os requisitos mínimos necessários para os sistemas de produ-ção de água para uso farmacêutico, bem como atualizar o mercado farmacêutico sobre as tendências regulatórias da Anvisa, no que se refere a:

• Materiais de construção dos sistemas de purificação de água.

• Tecnologias de produção de água purificada (AP). • Tecnologia de produção de água para injetáveis (API).

• Distribuição e armazenamento de água para uso farma-cêutico (purificada e injetável).

• Qualificação dos sistemas de AP e API. • Revisão dos sistemas de AP e API.

Entendendo que as Boas Práticas de Fabricação são dinâmicas e estão em constante evolução, o Guia ressal-ta a importância das indústrias farmacêuticas buscarem a melhoria contínua nos processos de produção de água purificada e de água para injetáveis, com o intuito de reduzir os riscos de contaminação e, desta maneira, “contribuindo para a melhoria na qualidade, segurança e eficácia dos me-dicamentos consumidos pela população”.

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Para garantir a amostragem adequada para os controles de qua-lidade, foram instaladas válvulas de amostragem sanitárias em pontos estratégicos, permitindo o monitora-mento microbiológico e fisicoquímico de todo o sistema. Os controles são realizados diariamente por meio de um programa de amostragem pre-viamente determinado com base em

dados de validação. Foram instala-dos sensores conectainstala-dos ao painel de controle para monitorar constan-temente a condutividade, vazão e a temperatura, além de um equipamen-to para moniequipamen-torar o TOC.

Utiliza-se ainda o painel de con-trole para monitorar a qualidade da água através dos sensores instalados na recirculação, indicar o estágio do

processo, comandar a drenagem da água dos tanques e acionar o alarme em caso de não conformidades.

A manutenção do sistema de pro-dução de água segue um programa específico, cuja periodicidade é defini-da de acordo com o instrumento ava-liado. E a sanitização é do tipo térmica, realizada diariamente após o término da produção.

Sistema de produção de águas farmacêuticas da Ophthalmos e o painel de controle que permite ao operador monitorar a qualidade da água através de sensores instalados na recirculação

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