PONTOS CRÍTICOS DO
PROCESSO MAGISTRAL
• Segundo Paracelsus (1493-1541), “Todas as
substâncias são venenos; não existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta
diferencia o veneno do remédio”.
• O farmacêutico é o responsável por essa
PROCESSO MAGISTRAL
Para produzir formas farmacêuticas eficazes e de elevada qualidade, é necessário que os critérios incidentes sobre a formulação e a forma farmacêutica sejam os mais rigorosos, bem como o exame, a análise e a avaliação das mais diversas informações devem ser
realizados cuidadosamente pelos
farmacêuticos.
Pontos Críticos do Processo Magistral
RDC 67/2007
• 7.4.6. As substâncias submetidas a processo
de diluição devem estar claramente identificadas com os alertas:
• a) concentrado: “ATENÇÃO! ESTA SUBSTÂNCIA SOMENTE DEVE SER UTILIZADA QUANDO
DILUÍDA”.
• b) diluído: “SUBSTÂNCIA DILUÍDA” - nome da substância + fator de diluição.
PONTOS CRITICOS DO PROCESSO
MAGISTRAL
Anexo I da RDC 67/2007
Armazenamento – Organização (item 7.4). Pesagem (Ordem Manipulação) – (item 8.4) Água – controle efetivo (item 7.5).
Manipulação – controle em processo e ambiental (8.7 e 8.8)
Dispensação – conferir o que está dispensando e fornecer orientações necessárias (item 14). Pessoal – Responsáveis e treinados (3.2)
Principais fontes de não conformidade
Variação (“uma fonte de não conformidades”)
Erros (“a maior fonte de não conformidades”)
Complexidade (“causa raiz da variação e dos erros”)
Causas de erros
“Multitarefas” .... esquecimento.Ver X Enxergar!
Excesso de autoconfiança... Atitudes automáticas.
Monitoramento do Processo Magistral
Padronizar para controlar.
Identificar pontos críticos e estabelecer indicadores (itens de verificação).
Análise e controle do processo (itens de controle). “Um processo é controlado por meio de seus
efeitos”!
(CAMPOS, 2004)
“Poucas causas são vitais (pontos críticos) e muitas são triviais”. (Princípio de Pareto)
Processo
“Conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos”.
(CAMPOS, 2004)
Causas: matérias-primas, equipamentos, medidas,
infra-estrutura, mão-de-obra, método ou técnica.
Efeitos: produto ou serviço em conformidade ou
Medicamenton a forma de Cápsulas MANIPULAÇÃO DE SÓLIDOS E S Especificação - Princípios Ativos - Excipientes - Cápsulas Vazias Ordem de Manipulação de Cápsulas
- Balança (pesagem) - Gral e pistilo (trituração) - Tamiz (tamisação) - Encapsuladora (encapsulação) - Princípios ativos e excipientes encápsulados - Laboratorista (pesagem) - Laboratorista (tamisação/trituração) - Laboratorista (encapsulação)
- POP 01 - Pesagem de sólidos - POP 02 - Tamisação e trituração - POP 03 - Encapsulação -Tempo - Peso Médio Máquina M. Obra Método Material Medição Mapeamento de Processos
Modelo de Processo (Macroprocesso) (Ex: manipulação de sólidos)
Diagrama de causa e efeito
• Também conhecido como diagrama “Espinha de Peixe”, de “Ishikawa” ou 6M’s.
• É um diagrama que mostra a relação entre uma característica de qualidade (efeito) e os fatores que influenciam (causa), para fins de identificar, explorar, ressaltar e mapear fatores que são apontados com um problema (pontos críticos).
Diagrama de causa e efeito
Método Material Mão de Obra
Máquina Medição Meio Ambiente
Avaliação Farmacêutica da Prescrição
Método Material Mão de Obra
Máquina Medição Meio Ambiente
CAUSAS EFEITO Regime de trabalho Capacitação Motivação Saúde Ética Técnica Informação Regulatória Instrução Procedimento SISTEMA INFORMATIZADO Prescrição Citrato K Prescrição Furosemida
Semi sólidos/Líquidos
Método Mão de
Obra Material
Máquina Medição Meio Ambiente CAUSAS EFEITO Peso/Volume pH Teor Caract. Organolepticas Sensorial Microbiológico Estabilidade Teor Viscosidade
Líquidos
Vidraria calibrada ou aferida contra um padrão calibrado
Gral X cálice Conservação
Estabilidade Prazo de validade
Calibração de conta gotas Calibração de válvulas spray
Medidas caseiras Aparência Sistema solvente Flavorização
Sólidos
Método Mão de
Obra Material
Máquina Medição Meio Ambiente CAUSAS EFEITO •Teor •Peso médio •Uniformidade de conteúdo •Característica organolépticas •Desintegração •Dissolução
Sólidos
Tamanho de partículas Pellets
Calibração de dosadores Volumetria
Higroscopia (manipulado e estoque) Fluxo do pó
Perda no processo Sobrecarga
Sólidos
Aglutinação de pós
Excipientes semi-sólidos e líquidos Diluição Geométrica
Pós ou Líquidos
Uso interno ou externo Escolha do excipiente
Vitamina D, Fitoterápicos E.S., Fármacos higroscópicos. Evidenciação de homogeneidade
Balanças
• Calibração / Ajuste e verificação (Inmetro) • Instalação correta?
• Performance: balança apresenta linearidade e funcionamento adequado para trabalho na faixa de peso designada pelo
fabricante?
• A balança apresenta sensibilidade para a medida de grandezas requisitadas?
• Pesador acumula atividades extras?
• Conferência dos ingredientes a serem pesados (ex. leitor de código de barras).
• Dupla-checagem
• Conferência final com o peso teórico. • Pesagem
Mistura
• É a operação que diferencia os pós simples dos compostos. Esta pode executar-se por espatulação, por trituração em almofarizes ou, se é apreciável a quantidade do pó composto, em máquina ditas misturadores:
– Distribuição homogênea dos componentes ativos. – Homogeneidade na aparência.
– Garantia de liberação do fármaco no sítio
especificado e à velocidade apropriada.
(excipientes)
Mistura
• <proporção de substância ativa,
• > dificuldade em conseguir uma pequena variação no teor que seja aceitável. (Baixa dosagem)
• > número de partículas por unidade de parâmetro de dose unitária,
• < variação de conteúdo de substância ativa.
• Por conseguinte, uma forma de reduzir a variação seria aumentar o número de partículas (substância ativa) presentes no parâmetro de dose unitária.
Diluição Geométrica
• TEMMA 2006• ENUNCIADO – Na RDC 354 no item 4.1.5 que diz respeito a diluição dos fármacos, é citado o método de diluição geométrica. Descreva-o e informe quando ele deve ser aplicado.
Diluição Geométrica
• Operação Unitária• Metodologia
por volume
Segregação
Condição aleatória Condição não aleatória • Enchimento das máquinas
• Transporte dentro da tremonha
• (alimentador) de máquinas de compressão • Encapsuladoras
• Enchimento de saches.
Vibração Fluxo
Segregação
• A segregação fará com que aumente a variação de conteúdo nas amostras retiradas da mistura, assim como causará a reprovação do lote no teste de
uniformidade de conteúdo.
Ações preventivas e/ou corretivas: Tamização
Moagem
Cristalização Síntese
Seleção de adjuvantes com densidades semelhantes
Granulação
Redução da vibração
Pontos Críticos do Processo Magistral
RDC 67/2007
• 7.4.6. As substâncias submetidas a processo
de diluição devem estar claramente identificadas com os alertas:
• a) concentrado: “ATENÇÃO! ESTA SUBSTÂNCIA SOMENTE DEVE SER UTILIZADA QUANDO
DILUÍDA”.
• b) diluído: “SUBSTÂNCIA DILUÍDA” - nome da substância + fator de diluição.
Balança de precisão, ou seja, de 3 casas decimais tem uma incerteza absoluta de 0,001 g na leitura, mas esse não é o erro absoluto. Que no caso de uma balança de precisão é de 0,010 g, segundo o fabricante.
Margem de tolerância usual como erro de pesagem = +/- 0,5 %.
Teoria de propagação de erros: quando se realizam mais de uma pesagem em seqüência, zerando ou não a balança, o erro
total da pesagem agora é maior:
Er (A + B) = Er A + Er B Er ( 4 A) = 4 Er A
Portanto não adianta, pelo contrario, piora, o fato de querer pesar numa balança de precisão menos que 2 g de ativo diretamente sobre, por exemplo, 5 g de excipiente.
Sólidos
Shakes (bulk/sache) Fármacos Potentes!
Efervescentes
Qual a melhor forma de veicular?
Depende da dose, estabilidade química e física (temperatura), veículo dispersor/Edulcorante ....
PACIENTE!
Moldados
Método Mão de
Obra Material
Máquina Medição Meio Ambiente CAUSAS EFEITO Peso médio Teor Estabilidade Microbiológico Especificação Calibração de moldes
FAÇA SEGUNDO A CIÊNCIA
Pontos Críticos do Processo MagistralEstudos em animais
O fato dos resultados serem expressivos em animais não significa que eles se repitam em humanos.
Um exemplo claro neste sentido é o CLA.
Ao testar os suplementos em ratos, os resultados foram espantosos, com redução de 60% na
gordura corporal e aumento de 14% na massa magra (Park et al., 1997).
Estudos em animais
No entanto, os estudos em humanos não chegaram nem perto de reproduzir tais
achados e acabaram mostrando simplesmente que o produto não valeria a pena, pois os
resultados variavam do inexpressivo ao inexistente, além dos efeitos colaterais
(Terpstra et al., 2004; Larsen et al., 2003).
Supervalorização dos resultados
Muitas vezes os resultados são expressos de modo a passar uma falsa impressão de eficiência.
No caso do piruvato, por exemplo, há anúncios que
alardeiam um impressionante favorecimento de 48% na perda de gordura, comprovada cientificamente. No entanto, a análise dos dados nos mostra que o grupo que ingeriu piruvato perdeu 4 quilos, contra 2,7 para o grupo que ingeriu placebo, resultando em uma
Supervalorização dos resultados
Estes resultados são ainda mais insignificantes se
pensarmos que a média de peso dos indivíduos era superior a 100 quilos (Stanko et al., 1992).
Portanto, a análise dos dados nos faz sugerir que além, da ajudinha dada pelo desenho do estudo, houve muita boa-vontade do autor (e coincidentemente o dono da patente do piruvato) para afirmar que tal suplemento seja bom.
QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES
• Alvará de funcionamento,
• AFE (Autorização de Funcionamento de Empresa) • AE (Autorização Especial p/ Portaria 344/98).
• Avaliação de chegadas
Insumos alimentícios ... Especificação
INSUMOS ATIVOS/INERTES
Avaliação de laudos de análise (Umidade x água de hidratação; teor; fitoterápicos; Fator de equivalência) Controle de peso bruto/líquido de matérias-primas Água purificada
NC (correção x prevenção x registros)
Armazenamento
REGISTROS DE LOTES - Rastreabilidade
• Matérias primas • Diluídos
• Controlados • Embalagens
• Produtos acabados
• Atenção nos fracionados e no suprimento do
Recursos Humanos
• Seleção• Treinamento
• Monitoramento do cumprimento das responsabilidades descritas
• Avaliação periódica para assegurar a
qualificação para o desempenho das tarefas inerentes.
Desvios da Qualidade/Registros
• Produtos acabados • Embalagens
• Matérias primas • Atendimento
• Relatórios de Auditorias Internas • Registros de Ações de Melhorias
EQUIPAMENTOS/AMBIENTE
Calibração de equipamentosVerificação de equipamentos Picnômetros
Verificação de balança (tipo de peso e local de avaliação)
Registros
Temperatura do refrigerador Controle de umidade
Referências
• ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L.V. Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 8 ed. São Paulo, S.P.: Editorial Premier, 2007.
• AULTON, M.E.. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2005.
• BATISTUZZO, J.A.O.; ITAYA, M.; ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico. 3ª.ed. São Paulo, SP:Pharmabooks, 2006. • FERREIRA, A.O. Guia Prático da Farmácia Magistral. Vol. 1.
3ª.ed. São Paulo, SP: Pharmabooks, 2008.
• Martindale – The Extra Pharmacopoeia- The complete drug reference- 33th. Ed. London –Pharmaceutical Press
Referências
• MORETON, R.C. Handbook of Pharmaceutical Excipients. Second Edition. London: Pharmaceutical Press, 1994.
• MORETON, R.C. Handbook of Pharmaceutical Excipients. 3. ed. Washington : American Pharmaceutical Association and Pharmaceutical Press, 2000.
• PRISTA, L.N.; ALVES, A.C.; MORGADO, R. Tecnologia
farmacêutica. 5.ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1995. v.1.
• PRISTA, L. Nogueira; Alves, A. Correia; Morgado, Rui.
Tecnologia farmacêutica. 2 vol., 4 ed., Lisboa: Fundação
Referências
• PRISTA, L. Nogueira; Alves, A. Correia; Morgado, Rui. Tecnologia farmacêutica. 3 vol., 4 ed., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
• REMINGTON‘S the science and practice of pharmacy. 20.ed. Easton: Mack, 2000. p.1455.
• THOMPSON, J.E. A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos.. Proto Alegre, RS: Artmed, 2006.
• USP Pharmacists. Pharmacopeia. 1st Ed. Rockville: The United Pharmacopeial Convention, Inc.,2005.