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sociais O protagonismo da voz nas redes

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Academic year: 2021

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Fortaleza - Ceará,Sábado, 20 de Fevereiro de 2021

www.opovo.com.br/vidaearte vidaearte@opovo.com.br | 3255 61 37

Durante a maior parte do dia, as notificações do celu-lar são estímulos frequen-tes. É a foto mais recente do Instagram, o último retweet do Twitter, o novo contato do LinkedIn, outra mensa-gem no Whatsapp… e, mais recentemente, a notificação de novas salas no Clubhouse. Criada em 2020, a rede social de áudio ganhou popularida-de no Brasil em fevereiro popularida-de 2021, após uma conversa en-tre o fundador da Tesla, Elon Musk, e o CEO da Robinhood, Vlad Tenev, também trans-mitida ao vivo pelo Youtube no primeiro dia do mês.

No novo espaço online, os usuários intercalam entre os papéis de moderadores e ouvin-tes, em salas de conversa simul-tâneas que podem abordar des-de o recordes-de des-de rejeição em uma eliminação do Big Brother Brasil até as últimas estratégias para impulsionar sua carreira. Com a participação de Elon, outros fa-mosos começaram a fazer parte da ferramenta e as pesquisas do aplicativo alavancaram em 525% em uma semana no Goo-gle, segundo dados da própria plataforma. O crescimento im-pressiona ao levar em conta a exclusividade da ferramenta. Novos integrantes só são per-mitidos mediante convites en-viados por usuários, e apenas para quem possui o sistema iOS.

Uma das entusiastas do Clubhouse é a publicitária, con-sultora de imagem e cool hunter - termo traduzido livremente para o português como “caça-dora de tendências” - Sarah Veloso. Ela já tem familiaridade com a dinâmica do áudio por já fazer parte do podcast “Contra-fluxo”, fruto do seu trabalho de conclusão de curso.

Uma tendência, de acordo com a cool hunter, surge no “micro”, ao ser vivida por um grupo de pessoas para, futu-ramente, poder conquistar o “macro” e atingir um público maior. Há cerca de quatro anos, Sarah já apostava no podcast como “o futuro”. O Clubhou-se pega carona no sucesso do formato de áudio com o bônus de possibilitar a criação de co-nexões. Ou seja, o participante conhece novas pessoas e troca informações sem precisar sair de casa ou se dedicar exclusi-vamente a conversa, como um podcast interativo.

Ao mesmo tempo em que to-dos descobrem como funciona - e onde pode ser aplicada - a nova plataforma, a rede social permite que pessoas já famo-sas e os demais usuários este-jam no mesmo nível de diálogo. “Todo dia é uma loucura, eu sigo

O prOtagOnismO

da vOz nas redes

sociais

| COMUNICAÇÃO |

Novo fenômeno na web, o aplicativo

Clubhouse prioriza o áudio e levanta debates sobre novas

necessidades na criação de relações virtuais

iS

a

C BerNardo

GuStavo Freitas é um dos

moderadores da sala ‘acorda, Menina!’

SaRah veloso usa as principais tendências

da internet no processo de criação arquivo peSSoal

LARA MONTEZUMA

laramontezuma@opovo.com.br

eSpeCial para o povo

Acho que por

essa rede

primar pela

conversa, pelo

ao vivo, ela

pode colaborar

com a nossa

capacidade

humana de nos

comunicarmos

sem o viés tão

tecnológico, só

com a voz”

GuStavo FReItaS

Jornalista e doutorando em Ciências da Comunicação

surpresa porque pessoas que eu admiro muito, que eu sigo o tra-balho, me seguem e começam a conversar comigo”, conta Sarah. Para continuar o propósito do seu podcast, a publicitá-ria criou a sala “Indo no Con-trafluxo”, às terças e quintas, a partir das 20 horas. Além disso, também é moderadora do primeiro “club” oficial de entretenimento no Brasil no aplicativo, o “Arroz, Feijão e Fofoca”, em parceria com Kai-que Brasileiro, Kai-que acontece às terças e quintas, às 15h30.

Enquanto Sarah se conec-ta em Forconec-taleza, o jornalisconec-ta e doutorando em Ciências da Comunicação pela Universida-de Universida-de Coimbra, Gustavo Freitas também testa a ferramenta em Portugal. Gustavo aproveitou para explorar o aplicativo ao conseguir um tempo livre entre os estudos e entrou como mo-derador na sala “Acorda, Meni-na!”, em referência ao bordão da apresentadora Ana Maria Bra-ga. O espaço virtual é definido como um “terminal de ônibus”, sempre tem alguém para con-versar, seja sobre trivialidades, seja sobre temáticas mais sé-rias. A proposta da sala é per-manecer ativa, nem que conte com apenas cinco pessoas.

“Eu tenho gostado muito da plataforma porque se eu quiser um assunto sério, todo dia tem. Ao mesmo tempo que tenho o “Acorda, Menina!”, se eu quiser dar uma relaxada e conversar com pessoas para criar uma proximidade virtual”. Dentre os assuntos de interesse de Gustavo, estão a comunicação, os direitos humanos e as ques-tões pós-coloniais. Ao citar o

Gustavo pontua que a platafor-ma pode beneficiar a oratória dos participantes. “Acho que por essa rede primar pela conversa, pelo ao vivo, ela pode colaborar com a nossa capacidade huma-na de nos comunicarmos sem o viés tão tecnológico, só com a voz. Eu vou ser visto pela forma como eu digo e escuto as coisas”, comenta. Em tempos de isola-mento social, onde o Brasil en-frenta um aumento no número de casos, e Portugal, atual casa de Gustavo, passa por mais um lockdown, o jornalista afirma que a ferramenta é uma boa al-ternativa para criar conexões e contornar solidões.

A empreitada tecnológica ainda precisa ajustar alguns pontos de melhoria, como a acessibilidade para surdos, a disponibilidade da platafor-ma em outros sisteplatafor-mas, como o Android, e o filtro de con-teúdos nas salas, que podem acabar sendo ofensivos. O fato é que outras redes já es-tão de olho na proposta, como o Twitter, que vem testando novas ferramentas no Twitter Spaces, recurso de mensagens em grupos por voz.

A nova rede social não ne-cessariamente implica o fim das outras, mas agrega nas formas de entrega de conteúdo e na construção de novas relações. O que irá resultar das interações criadas a partir do Clubhouse ainda é uma incógnita, afirma Gustavo. Mas a dinâmica pode sinalizar o momento de prota-gonismo da fala. “O Clubhouse traz a voz, o pensamento, e isso conecta”, completa Sarah.

Continua na página 5

lado positivo do aplicativo, o jornalista evidencia o protago-nismo da fala. “O que eu gosto muito da plataforma é que ela traz uma coisa nova que é: a gente não trabalha mais com a imagem, apesar das pessoas ainda quererem se promover, a ideia não é essa”, destaca. A dinâmica pode ser difícil em plataformas que lidam priori-tariamente com o visual, como o Instagram, aplicativo onde pessoas com grandes números de seguidores também conse-guem maior engajamento.

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO DE 2021

􀣥

ANA MIRANDA*

amliteratura@hotmail.com

*ESCREVE AOS SÁBADOS

C O N F I R A E STA E O U T R A S C O LU N A S E M W W W. O P O V O . C O M . B R / C O LU N A S

O verbo Zuilar

Eu zuilo, tu zuilas, ele Zuila, nós zuilamos... Esse verbo foi inventado por Dodora, a nossa esmeral-da. Significa viver com entusiasmo, ímpeto, paixão. Inspirou-se numa senhora chamada Zuila, que Do-dora conheceu pessoalmente e soube de suas his-tórias contadas pelas filhas e amigos.

Zuila foi uma sertaneja linda, uma beleza que não compreendiam na pequena Icó, a beleza cabo-cla: olhos grandes, lábios grossos, naqueles tempos as moças bonitas eram as de lábios finos, cabelos louros. E as tias diziam que Zuila nunca ia casar, porque era feia. Mas um dia um doutor foi cons-truir um posto agrícola em Lima Campos, viu a mocinha vaidosa caminhando numa estrada poei-renta, de sombrinha, colar de contas e vestido de chita florida que ela mesma costurava, e se apaixo-nou para toda a eternidade. Antes de casar, enviou a amada para se refinar na Escola Doméstica de Natal. Ali começou uma história de Cinderela.

Bailes no Ideal Clube, partidas de tênis, carro conversível, vila de bangalôs, palazzo pijama, lista das dez mais elegantes... Doutor Raul, engenheiro agrícola, passava o dia trabalhando, e a casa de Zuila era feminina: três filhas, babás maravilho-sas, cozinheiras, costureiras, bordadeiras, exímias

O

MELHOR

DA A G E N DA C U LT U R A L

Q U E R D I V U L GA R S E U E V E N T O ?

A G E N DA O P O V O @ G M A I L . C O M

INFORMAÇÕES SOBRE ATRAÇÕES, DATAS E HORÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS ORGANIZADORES DOS EVENTOS

STAR

TELEVISÃO

A partir de segunda, dia 22 de fevereiro, o canal o FOX Channel passará a chamar-se STAR Channel. Mesmo com essa novidade, o conteúdo da programação seguirá o mesmo, continuando a contar com séries de sucesso mundial como “Os Simpsons” e “The Walking Dead”, além do catálogo de filmes. O canal terá nova identidade visual e estará ainda mais integrado com a The Walt Disney Company Latin America.

DISNEY CHANNEL

MARATONA

De canções memoráveis a personagens que já fazem parte da família dos fãs, o Disney Channel exibe produções para reviver os sucessos do canal com uma semana destinada aos filmes originais, de segunda-feira, 22, a sexta-feira, 26, às 21 horas. O canal também exibe um especial de 24 horas a partir do sábado, 27, às 20 horas. Mostra tem de High School Musical a Teen Beach 2.

FALANDO DA VIDA

SHOW

Com elenco formado por oito cantores e mais 12 artistas entre músicos, bailarinas, atores e atrizes, o show Falando da Vida, idealizado e produzido pelo Porto Dragão, estreia no domingo, 20, às 18 horas. A apresentação tem oito cenas e dez interpretações de músicas cearenses sob direção musical do multi-instrumentista Cláudio Mendes e direção artística da atriz e bailarina Andreia Pires.

Quando: domingo, 20, às 18 horas Onde: Canal do YouTube do Porto Dragão

LUIZ AL VES/DIVULG A ÇÃO

PLAYLIST

MOSTRA Retomando ampla

programação cultural realizada em 2020, o Sesc realiza retrospectiva com shows, espetáculos de teatro e dança e atividades para as crianças, a partir de conexões e eixos temáticos encontrados entre as mais de 400 apresentações, que registram mais de 13,5 milhões de visualizações. As playlists com as atrações podem ser acessadas no YouTube do Sesc São Paulo.

rendeiras, engomadeira só para as camisas de li-nho do doutor; cantorias, risadas, Clair de Lune na Praia de Iracema. Um sobrinho de Zuila diz que ali era onde as crianças gostavam mais de passar o dia, pois se sentiam livres. O verbo zuilar tam-bém significa amar a liberdade. E amor ao outro. Ela criou filhos de retirantes, acolheu meninos de rua, pessoas abandonadas, vítimas de preconceito, suas histórias dariam romances de Jorge Amado, sensuais, alegres e combativos.

Zuila viveu 103 anos com entusiasmo, ímpe-to, paixão pela vida. Morou em diversos luga-res sempre revolucionando costumes e ideias, cercada de admiradores, aprendizes, seguido-res. Passou por sofrimentos, mas viveu sempre em busca da felicidade para si e para o mundo. Na sua festa de cem anos ela passou a noite a dançar valsa e a receber flores, frutas da in-fância, brisas de anjos, abraços de centenas de pessoas. Há uns dias ela saiu do casulo, tornou-se borboleta, voou para o céu, virou a estrela que sempre foi, a lua enamorada, a lembrança adorável. Tivemos todos de zuilar, ou seja, não chorar, ela preferia os sorrisos às lágrimas, a música ao choro, a dança à tristeza.

E domingo foi dia de zuilar. Calçamos luvas azuis, compramos sacos reforçados, prendemos os cabelos e descemos até a praia. Moças nati-vas lindas, pescadores, crianças, nos juntamos a moradores da areia. Fomos tirar o lixo que seres humanos jogam no paraíso, em gestos de insa-nidade e estupidez. Foram dúzias de sacos com detritos recolhidos. Só três crianças e eu, numa equipe, enchemos seis sacos com garrafas, pe-daços de isopor, plásticos, embalagens chine-sas, chinelas, escovas de dentes, condons... Zuila amava as belas praias cearenses. E com voz de borboleta ela dizia: Filha, não sinta raiva, somos todos irmãos. Fomos zuilar com as crianças, um sorvete para cada um, celebrar o amor pela na-tureza, dar risadas nas dunas.

ZUILA VIVEU 􀛨􀩚􀢝 ANOS

COM ENTUSIASMO,

ÍMPETO, PAIXÃO PELA

VIDA. MOROU EM

DIVERSOS LUGARES...

FESTIVAL

VIRADA SP

A ViradaSP Online realiza neste sábado, 20, uma mostra virtual para todo o País com atrações que vão de show de reggae a espetáculos teatrais. Na programação, destaque para a peça “Frida Kahlo”,

interpretada pela artista Christiane Tricerri, e o show do J*Z Sound System Roots

Phavella. Tem também show do grupo Cordel Do Fogo Encantado com a apresentação do disco “Viagem Ao Coração Do Sol”, e apresentação do cantor e compositor Carlos Dafé com participação da cantora Quelynah. Acompanhe gratuitamente pelo site

culturaemcasa.com.br.

CONVOCATÓRIA

PERFORMANCE

Depois de 10 edições, o Festival “Durante” abre convocatória para artistas de todo o Brasil. O evento mineiro de performance abre inscrições de 22 de fevereiro a 7 de março para mostra que acontecerá em formato totalmente online, reunindo  mesas de debate, lançamentos de livro e de álbum sonoro, entrevistas com artistas e programas em formato de podcasts. Inscrição pelo site festivaldurante.com.br 

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FORTALEZA - CE, SábAdO, 20 dE FEvEREiRO dE 2021

3

&

Literatura

música e poesia

José Carlos Capinan costuma se deitar na rede, pegar seu celu-lar e fazer o trabalho que já domi-na há seis décadas: compor. Aos 80 anos, completados nesta sex-ta, 19, pretende contribuir para a cultura brasileira até quando for possível. Continua tão ativo que na terça, um dia antes da entre-vista ao O POVO, havia realizado uma composição inédita: “Ainda me lembro o pijama mijado do filósofo/ Jean Paul Sartre/ Que passou pela Bahia/ E vendia jor-nais escritos em Pequim/ Pelas ruas de Paris/ O homem é um projeto que se faz/ Assim ele di-zia e falava de utopias/ que hoje já não se falam mais/ Em Salvador lembrou-se do seu amor Simone/ E pedia quente o seu acarajé/ Era um branco Gege/ Se pode haver/ E via o mundo de forma bem di-ferente/ Podes crer”.

“Começo a escrever o que vem no espírito, na minha alma”, ex-plica. O texto acima, por exem-plo, coloca em evidência um dos mais importantes filósofos do século passado e contrasta seus sentimentos utópicos com a de-sesperança que a sociedade atual enfrenta. “Acho que estamos es-quecendo o amanhã, a luz, por causa dessa coisa louca que é o obscurantismo, a pandemia e a dificuldade do fazer cultural”, afirma. Em meio à conjuntura social e política que os brasilei-ros vivem, o artista também co-meçou a se perguntar com fre-quência sobre o amor em suas canções. “O amor é político. Hoje, amar faz parte de uma sociedade nova, utópica. O amor tem um peso muito grande. Ele é revolu-cionário”, defende.

Mas o setor musical não é a única área em que Capinan tra-balha. Ele também é coordena-dor do Museu Nacional da Cultu-ra Afro-BCultu-rasileiCultu-ra (Muncab), no centro histórico de Salvador. A instituição busca dar visibilidade à influência da matriz africana no Brasil. “O negro trouxe uma con-tribuição fantástica para nossa civilização, no fazer, no sentir, na culinária, na medicina, na reli-giosidade, na música… Eles trou-xeram uma contribuição inesti-mável, que não tem visibilidade, uma vez que o preconceito e o ra-cismo impedem que mostremos essa importância”, explicita.

Com décadas de funciona-mento, o espaço enfrentou di-ficuldades durante o segundo semestre de 2020 por causa do atraso da liberação de recursos do Ministério do Turismo. “Eu acho que a extinção do Ministério da Cultura foi um atraso, um re-trocesso, que prejudica as ações culturais e que nos atingiu”, afir-ma. Por causa da situação, o lu-gar se sustentou por meses com o auxílio dos próprios funcionários

e do público em geral. Agora, a terceira parcela do convênio que mantém com o órgão público foi liberada, o que garante mais um ano de atividades.

O cotidiano do artista é um esforço contínuo para a ma-nutenção da memória cultural do País nas diversas áreas. Ele define sua trajetória citando o poema de Carlos Drummond de Andrade: “No meio do caminho havia uma pedra… E por aí vai. Essa pedra cresce, a gente a ul-trapassa, e ela continua a nos oferecer outro obstáculo. Mas a marcha não para, ela sempre vai funcionando um pouco, confor-me vai dando, em cada situação que o País passa politicamente”. Para o letrista, o importante é perseverar. “Vou tentar sobre-viver o máximo possível a toda essa loucura, a essas dificulda-des, trabalhando”, completa.

| Homenagem |

Aos 80 anos, José Carlos Capinan escreve letras de música e poemas

diariamente. Sem cansar, ele pretende contribuir para a cultura do País o máximo que puder

A pAlAvrA

permAnente

de CApinAn

clara menezes

clara.menezes@opovo.com.br

capinan celebrou 80 anos com live nas redes sociais do

Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (Muncab) divuLgAçãO

influência na música brasileira

tropicalista

Nascido no interior da bahia, em Esplanada, Capinan se mudou para Salvador após ingressar na faculdade. No local, conheceu vários músicos e passou a contribuir ativamente para o cenário artístico da época. Começou escrevendo peças teatrais e estreou no universo da música com “Ladainha” (1966), composta em parceria com gilberto gil e gravada por Nara Leão. Neste mesmo ano, compôs “Canção para Maria” em parceria com Paulinho da viola, que ficou em terceiro lugar 2° Festival de Música Popular brasileira, promovido pela Tv Record. Mas foi em 1967 que obteve maior destaque quando a canção “Ponteio”, interpretada por Edu

Lobo e Marília Medalha, ganhou a 3ª edição do evento.

Suas parcerias continuam. Produziu a música “Soy Loco Por Ti, América” também ao lado de gil. Colaborou com a letra “Miserere Nobis”, outra interpretada pelo músico baiano no disco “Tropicália: ou Panis et Circensis” (1968) e, com isso, se tornou um dos tropicalistas. O movimento, que surgiu durante a ditadura Militar (1964-1985), se propunha a incorporar várias linguagens e estéticas com o objetivo de repensar o brasil. Trabalhou com Jards Macalé, Fagner, Elizeth Cardoso, Elis Regina, Maria bethânia, João bosco, Moraes Moreira, Tom Zé e outros. “Minha história foi

construída com muitos parceiros. Essa parceria foi um diferencial imenso no meu trabalho. Talvez eu seja um dos autores que tem mais parceiros na música brasileira em gêneros diversos”, comenta. Além de ser responsável pelas letras de várias canções, ainda escreve poemas. Tem, em seu repertório, os livros “Confissões de Narciso” (1989), “balança mas Hai Kai (1989) e “uma Canção de Amor às árvores desesperadas” (1996). “Eu não vejo diferença entre letra de música e poema. Estão apenas em suportes diferentes. Não penso como se houvesse diferencial. A palavra tem uma relação direta com a música. A palavra poética, sobretudo, tem muita ligação com a música”, diz.

capinan em

documentário

Capinan participa do documentário “O Silêncio que Canta por Liberdade”, dirigido por Úrsula Corona e idealizado por Omar Marzagão. Na obra, o letrista explica um pouco sobre o surgimento do samba nos navios negreiros. As gravações foram feitas dentro do Museu Nacional da Cultura-Afro-brasileira, em Salvador.

A série de oito episódios, que tem previsão de lançamento para o segundo semestre desse ano, busca resgatar os impactos que a ditadura militar causou na música nordestina. Com documentos originais, imagens de arquivo e depoimentos de artistas, traz a memória de um brasil pouco abordado na História. Além de Capinan, outros nomes estarão presentes, como gilberto gil (foto), gal Costa, Fausto Nilo, Ednardo, entre outros. O conteúdo é original da Sete Artes Produções e terá primeira exibição no canal Music box brazil.

Vou tentar

sobreviver o

máximo possível

a toda essa

loucura, a essas

dificuldades,

trabalhando”

capinan Poeta

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO DE 2021

􀏄

O que é e como jogar

1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados. 2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.

4. Nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

SUDOKU

PALAVRAS CRUZADAS

23 DE SETEMBRO A 22 DE OUTUBRO 23 DE OUTUBRO A 21 DE NOVEMBRO 22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO 21 DE JUNHO A 22 DE JULHO 23 DE JULHO A 22 DE AGOSTO 23 DE AGOSTO A 22 DE SETEMBRO

22 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO 21 DE JANEIRO A 19 DE FEVEREIRO 20 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO 21 DE MARÇO A 20 DE ABRIL 21 DE ABRIL A 20 DE MAIO 21 DE MAIO A 20 DE JUNHO

Brincar

Os mundos de Liz.

DANIEL BRANDÃO

www.estudiodanielbrandao.com

Cabeça de passarinho.

ROND MENDONÇA

@cabecadepassarinho

Finho Doguinho.

GABO

@gaboseiras

HORÓSCOPO PERSONARE

www.personare.com.br | a.martins@personare.com.br

PEIXES

AQUÁRIO

CAPRICÓRNIO

SAGITÁRIO

ESCORPIÃO

LIBRA

VIRGEM

LEÃO

CÂNCER

GÊMEOS

TOURO

ÁRIES

Já pensou em encarar os acontecimentos com leveza? Ouça os conselhos de pessoas experientes e confi áveis, como sugere a Lua harmonizada a Mercúrio, Júpiter e Saturno. Altos e baixos emocionais tendem a afl orar agora. Seu rendimento pode lhe deixar vulnerável ao desgaste emocional e físico.

Interagir socialmente não é recomendado pela quadratura Sol-Lua. Busque zelar pelo equilíbrio das suas fi nanças. As posições astrológicas indicam que esta é uma fase favorável para vivenciar a intimidade e cuidar das necessidades da família, já que a Lua se harmoniza com Mercúrio, Júpiter e Saturno.

Não se deixe desestabilizar por problemas da família ou de outras pessoas queridas, como alerta a tensão Sol-Lua. Envolva-se, mas tenha bom senso. A Lua harmonizada a Mercúrio, Júpiter e Saturno exige não só sobriedade no trato interpessoal como também uma postura diplomática e aberta a acordos.

Encare os fatos de modo imparcial e procure planejar bem suas ações. A autoconfi ança é testada com a quadratura Sol-Lua entre os setores espiritual e de crise. Contudo, se você souber gerenciar as difi culdades será bem sucedido, conforme indica a harmonia lunar com Mercúrio, Júpiter e Saturno.

Nessa fase, as suas relações poderão se fortalecer, como sugerem os trígonos que a Lua realiza com Mercúrio, Júpiter e Saturno. Devido à tensão Sol-Lua, entretanto, defi na limites entre o individual e o coletivo, especial quando for apoiar amigos que estejam passando por problemas.

Não deixe faltar afeto em seus relacionamentos, dada a tensão Sol-Lua. Você se deixa levar por forte senso de responsabilidade, dedicando-se a administrar as demandas do dia a dia, conforme apontam os trígonos que a Lua forma com Mercúrio, Júpiter e Saturno no circuito do trabalho.

O trato interpessoal poderá apresentar instabilidade frente à tensão Sol-Lua, exigindo diplomacia. Seu senso de responsabilidade se eleva por conta dos trígonos que a Lua forma com Mercúrio, Júpiter e Saturno. A gestão do cotidiano e a saúde será benefi ciada, pois os hábitos serão bem administrados.

Busque ter controle dos gastos com o lazer, como alerta a tensão Sol-Lua. A Lua em trânsito no setor social se harmoniza com Mercúrio, Júpiter e Saturno em seu signo, deixando-lhe mais racional ao expor o que pensa e na interação com as pessoas, aproveitando o lado bom das redes sociais online.

Esteja bem para conseguir cuidar quem ama. Como sugere a harmonia lunar com Mercúrio, Júpiter e Saturno, avalie as situações de forma imparcial. A Lua no setor familiar quadra com Sol em seu signo, apontando que problemas ligados a pessoas próximas poderão afetar suas energias.

Não deixe as

responsabilidades abalem sua autoconfi ança, como indica a quadratura entre o Sol e a Lua. Amigos próximos poderão lhe oferecer conselhos valiosos. Sendo assim, seja receptivo ao apoio do seu vínculo de confi ança, conforme sinaliza a Lua harmonizada a Mercúrio, Júpiter e Saturno.

Administre as fi nanças com rigor e fuja de empréstimos, conforme sugere a tensão Sol-Lua. Sua postura na gestão das demandas do dia a dia estará dotada de praticidade e competência, conforme indica a Lua harmonizada a Mercúrio, Júpiter e Saturno no eixo material-profi ssional.

Não concentre as demandas em apenas em você, pois a tensão Sol-Lua sugere que sobrecargas possam abalar o bem-estar e a saúde. A Lua em seu signo se harmoniza com Mercúrio, Júpiter e Saturno, apontando maturidade e senso

estratégico para lidar com os acontecimentos.

O SANTO

Santo Euquério

O ANJO

Ariel

Euquério nasceu em Órleans, na França, e recebeu educação cristã. Mais tarde, entrou para o mosteiro de Lumièges. Seus anos no local foram marcados pela autopenitência. Esse período fez dele candidato a bispo na cidade natal. Tentou recusar, mas foram tantos pedidos que acabou aceitando. Seu bispado respeitou tradições e disciplinas. Euquério enfrentou o rei Carlos

Martel, que queria se apossar dos bens da Igreja. O rei deixou sua intenção de lado, mas tramou a transferência do bispo para Colônia, na Alemanha, onde também conquistou respeito e carinho. Então Carlos Martel conseguiu que fosse mandado para mais longe, em Liège. O bispo viveu anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. Morreu em 738. Este Anjo auxilia a agradecer a Deus os bens que envia. Facilita na descoberta de tesouros ocultos. Nos sonhos, revela os segredos da natureza e faz encontrar objetos que desaparecem. Quem nasce sob sua influência terá ideias geniais e espírito forte. Será discreto, agindo na hora certa. Ocupará lugar de destaque na sociedade. “Conversando que a gente se entende” será seu lema.

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO DE 2021

􀎑

CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS

CLÓVIS

HOLANDA

MUNDO

EQUESTRE

ENQUANTO

HOUVER SOL...

AINDA PELAS PRAIAS...

Recém-estreado no Netflix, o drama western “Relatos do Mundo”, traz o veterano Tom Hanks ao lado da atriz revelação Helena Zengel. No papel de Johanna, orfã criada por indígenas, ela emociona se utilizando apenas das expressões faciais, já que não

compreende outro idioma além do de sua tribo. Aos 12 anos, a atriz Helena foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante pela interpretação, que insere a alemã em grande estilo no disputado mundo hollywoodiano. De quebra, uma fotografia irretocável das paisagens desérticas do Texas e a atuação, sempre brilhante, do protagonista. Vale ver!

REVELAÇÃO

OUVIR MAIS E FALAR MENOS

| CLUBHOUSE |

Fernando Graziani, do O POVO, narra experiência no app

De repente estou ouvin-do Marcelo Adnet e Otaviano Costa imitando controladores de voo com outras dez pes-soas. Além de mim, há cerca de mil pessoas na sala, que fica engraçada por no máximo cinco minutos. Agora já estou acompanhando o apresenta-dor Celso Portiolli e o cantor César Menotti batendo um agradável papo com 200 fãs, mas logo vou embora para participar de uma conversa sobre jornalismo com profis-sionais do Brasil todo.

Além dessas, dezenas de salas estão abertas no Clubhouse enquanto escrevo essa crônica: uma leitura rá-pida de Tarot, dicas de como manter a saúde mental em dia, paquera liberada,

Reinal-do AzeveReinal-do fazenReinal-do comen-tários políticos, como agir em caso de um exame HIV posi-tivo, a crise técnica do fute-bol brasileiro, melhore seu inglês aqui com conversação ou como impulsionar seu Ins-tagram em 30 dias.

A variedade de temas mos-tra bem o tamanho da salada que a nova rede social ofere-ce. Fica fácil entender porque muita gente se sente perdida quando entra no aplicativo. Por ser uma rede direta, ex-clusivamente de áudio e ao vivo - nada de fotos, vídeos, textos ou material gravado - e num ambiente em que vc não conhece basicamente nin-guém, a sensação é parecida com a de ser penetra numa festa. Você está lá por

von-tade própria, mas tem que se adaptar diante do estranha-mento, o que não é algo ne-cessariamente ruim. Dá para interagir ou simplesmente fi-car numa boa ouvindo, até se cansar e ir embora.

É inevitável também pensar no rádio de notícias quando se está no Clubhouse. Cada sala é uma emissora temporária e você pode gostar ou não dos assuntos, tendo a chance de trocar de estação (para usar um termo saudosista) a hora que bem entender. É aí que entra o comportamento dos moderadores - qualquer um pode ser, desde que abra a sala ou ganhe autorização de quem abriu. Alguns são de-mocráticos e dinâmicos, dão espaço para todos e controlam

os tempos das falas, enquanto outros transformam as salas em palestras insuportáveis, capazes de corar até a Lume-na, participante do BBB 21.

Nas dezenas de salas que en-trei - além da ótima qualidade técnica dos áudios - não notei o ambiente tóxico das mais tradicionais redes sociais, com ofensas, xingamentos e acusações. Vi gente tentando se adaptar, entender e apren-der sobre a nova opção. Fiquei até surpreso, mas pensando com meus botões, talvez seja realmente mais difícil manter o anonimato raivoso por áu-dio e ao vivo. De toda forma é algo que vale observar porque o ser humano tem a capaci-dade ímpar de estragar tudo.

(Fernando Graziani)

ILUSTRAÇÃO ISAC BERNARDO

RENA TO TINOCO / DIVULG A ÇÃO BRUCE W . T ALAMON / UNIVERS AL PIC TURES / DIVULG A ÇÃO D ANIEL LEAL -OLIV AS / AFP B ÁRB ARA MOIRA Secretário do Turismo

Alexandre Pereira empenhado na articulação para a

abertura da Casa do Turista. Equipamento, que funcionará na avenida Beira Mar, imediações do Clube Náutico, vai reunir série de serviços e entidades relacionadas ao setor. A ideia de Alexandre é integrar, no posto de informação, a presença da Abrasel, ABIH, Convention Bureau, Abav, Associação dos Guias, dentre outras associações. Bacana!

BOM SABER

O Hotel Thermas Mossoró, que

após 40 anos de atividades havia anunciado seu fechamento logo que iniciada a pandemia, voltou a funcionar em janeiro. É um refúgio para as famílias, especialmente com crianças.

Muito bem editado o belo

catálogo do 71º Salão de Abril, promoção do Instituto Iracema e Prefeitura de Fortaleza. Uma publicação compatível com a grandeza dos artistas locais. Lembrando que o Ceará é terra de muita produção e consumo das artes plásticas. Temos grandes colecionadores.

Franqueados da Homem do

Sapato de Recife, Salvador, João Pessoa, São Luís, Teresina e Manaus se reúnem em Show Room virtual em março. No comando, Jhonatan Rêgo e Renata Braga, os cabeças da marca premium de calçados cearense, que faz sucesso em todo o BR.

Noronha

Marília Queiroz, referência de lifestyle, em registro solar direto de Fernando de Noronha. Com Did Machado e os filhos do casal, passa temporada relax na ilha. A foto é na Cacimba do Padre, um dos pontos turísticos do paraíso, e o blusão pink, bem despojado, é da Noronha Roots, marca que faz sucesso nas areias. Este fim de semana, também lá, Idézio Rolim e Maryana com os filhos.

Rosângela Dias recebe amigos

na casa do Fortim, que foi toda reformada e ganhou nova ambientação. Gustavo Serpa, Davi Moura do Carmo e Johan Olsson.

Cláudio Nelson, que deu

break temporário na sua atuação pública, divulgando as belezas da Casa de Pedra, mansão rústico-chic de Marcelo Quinderé em Icaraí de Amontada.

Advogado Sávio Brito,

odontólogo Lucas Bill, famoso pela harmonização facial, e Rafa Maia nos agitos de Caraívas (BA).

Curtindo as belezas do

Rio, diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, com esposa cearense, Rebecca, e os filhos. Casal teve encontro com Wesley Safadão e Thyane, que também estão pelo litoral carioca.

MERCADO

Ana Carolina de Mendonça de olho no mercado da Capital. Com sua Donieda Biscoiteria, em Juazeiro do Norte, já faz sucesso por todo o Cariri. Feirinha Charme do Shopping Jardins Open Mall foi seu termômetro. Numa única ação de vendas, comercializou 3.300 unidades de seus biscoitos finos. Em breve, novidades.

Cláudia Quental num momento de hobby: cavalgar. Em chácara de amigos no Cariri, aproveitou para retomar a prática que nutre desde criança. A empresária voltou à região do Padre Cícero para visitar parentes, amigos e se reenergizar para 2021.

PARCERIA

OAB Ceará firmou convênio com a Essence, do renomado Haim Erel, clínica de estética referência para tratamentos dermatológicos e corporais. A partir da parceria,

associados passam a contar com descontos exclusivos bastando apenas apresentar a sua carteira da entidade. Na foto, Erinaldo Dantas, presidente da OAB Ceará; Haim Erel, cirurgião plástico; e Vládia Feitosa, vice-presidente da OAB Ceará. 

ADEUS, REALEZA!

O príncipe Harry e sua esposa Meghan perderam, nesta sexta-feira, seus últimos títulos oficiais da monarquia do Reino Unido, após a confirmação de sua retirada definitiva da família real. Agora se dedicam aos trabalhos com Netflix e Spotify. Um novo conto de fadas...

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO DE 2021

􀠾

Cinema

&

séries

A trilogia audiovisual “Para Todos os Garotos”, inspira-da na série de livros de Jenny Han, chegou à Netflix em 2018 com “Para Todos os Garotos Que Já Amei”, longa que trouxe consigo ares de novidade - não exatamente por inovações de trama e gênero, mas especial-mente por lidar com clichês da comédia romântica ado-lescente de forma inspirada e bem-humorada. A parte final, “Agora e Para Sempre”, chegou à plataforma na semana pas-sada e encerra a trama de ma-neira redonda, mas rendida aos clichês com os quais a sé-rie fazia graça anteriormente.

No filme de estreia da saga, conhecemos Lara Jean (Lana Condor), adolescente que nunca namorou e encontra em tramas literárias as refe-rências de amor. Da infância à juventude, acumula pai-xonites secretas e platônicas que elabora em cartas - que nunca quis de fato enviar - escritas a cinco meninos por quem já se apaixonou. Quan-do os destinatários recebem, sem seu consentimento, as correspondências, a trama se desenrola como uma comé-dia de erros que brinca com clichês do gênero, aposta na metalinguagem e traz frescor à conhecida fórmula.

A previsibilidade dos cami-nhos de roteiro nunca foi um problema em si justamente pela forma com que o primei-ro filme operava um tema e uma forma “batidos”. O tanto que ele soava fresco e inova-dor é o tanto que a trilogia veio perdendo, a cada filme, tal caráter diferenciador. “Agora e Para Sempre” entre-ga conclusões redondas, mas sem a graça inicial.

Nele, Lara Jean está no ano final da escola e precisa lidar com o futuro. Firme com Peter (Noah Centineo) após desafios no relacionamento - a segun-da parte, “P.S. Ainsegun-da Te Amo” é focada nesses problemas -, ela antevê a possibilidade de uma separação no horizonte. Isso porque o casal combina de tentar uma vaga na mesma universidade, mas Lara preci-sa enfrentar a insegurança de não ser aceita na instituição e

| NETFLIX |

Parte final da trilogia de sucesso “Para Todos os Garotos”, “Agora e Para Sempre”

aposta em resolução redonda da relação de Lara Jean e Peter, mas sem o brilho do filme inicial

RENDIDA

AO CLICHÊ

KATIE YU / DIVULGAÇÃO

Para Todos os Garotos:

Agora e Para Sempre

Já disponível na Netfl ix

Por

JOÃO GABRIEL TRÉZ

Jornalista e crítico de cinema do O POVO e membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine)

séries

Por

JOÃO GABRIEL TRÉZ

Jornalista e crítico de cinema do

Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine)

Canal FDR estreia série animada

SÉRIE “O menino que engoliu o

sol” estreia no Canal FDR DIVULGAÇÃO

| TV |

Obra tem narração de Ney Matogrosso e inspiração em Manoel de Barros

Neste sábado, 20, a série infantil “O Menino que En-goliu o Sol” chega à progra-mação do Canal FDR. Com direção de Patrícia Alves Dias, a animação é narrada pelo cantor Ney Matogrosso e inspirada na obra do poe-ta Manoel de Barros. A série, que tem 12 episódios, entra na grade da TV cearense com exibição aos sábados, sem-pre às 15 horas.

O foco da narrativa é apre-sentar experiências sensó-rias do diálogo da criança com a natureza. Na trama, quando o dia amanhece, o Menino Manoel e os bichos

saem para brincar no quin-tal, onde tem Rio de Cobras, Árvores Pássaros e Peixe-Cachorro, num “quintal que é maior que o mundo”.

Acontece que quando o dia dorme, Manuel tem tanto medo do escuro, que ele não quer dormir e, nem comer – sua barriga está cheia de medo. Donanna, sua avó, que passa os dias lavando, cozi-nhando e passando, acredita que Manuel tem doença ali-mentar e diz que a gente é o que come. Para apagar seu medo, ele resolve comer Luz, percebe que a mais brilhan-te é o Sol. Decide comer um

pedaço do Sol que seu telhado costuma tocar. Porém, não foi apenas um pedacinho que ele comeu, foi o Sol inteiro. E Mundo todo fica no escuro.

Unindo técnicas de ani-mação e live-action, a série traz imagens da fauna e flo-ra típicas do Pantanal e ilus-trações baseadas na arte de Martha Barros, filha de Ma-noel de Barros. A série conta com uma técnica diferente dos desenhos convencionais: em aquarela, os pigmentos se dissolvem e formam cada um dos personagens.

Realizado pela produ-tora Pólofilme, o conteúdo

exibido no Canal FDR é ba-seado no livro homônimo redigido por Ricardo Pieretti Câmara, que assina o roteiro ao lado da diretora. A obra é a primeira série de anima-ção do Mato Grosso do Sul. um desejo latente de arriscar

outros caminhos.

Muito pelo caráter de con-clusão de trama, “Agora e Para Sempre” se desenrola avolu-mando problemas e resolu-ções para as personagens de forma seguida. Qualquer tro-peço que aparece no filme será facilmente contornado, supe-rado ou resolvido porque, en-fim, não haverá continuidade e o filme não deixa lugar para finais abertos.

O contexto geral da trama

da parte final da trilogia é in-teressante por apontar qutões mais amadurecidas, es-pelhando o crescimento do próprio público-alvo. Não só as temidas decisões profissio-nais são tema, mas também os receios acerca da primeira vez e o vislumbre do final da adolescência e do começo da vida adulta. Mesmo que os de-senvolvimentos destes pontos tenham aspectos de interesse e diferenciação, “Agora e Para Sempre”, no todo, acaba se

tornando refém dos clichês do gênero, ao invés de retorcê-los como fazia anteriormente de modo inspirado.

Um exemplo frontal dis-so é o papel da obviedade na trama. Desde o primeiro fil-me, não havia muitos segre-dos ou surpresas em relação ao desenrolar da história de amor de Lara Jean e Peter. Era tudo óbvio, sim, mas de uma forma que agregava à obra por estabelecer comentários discursivos e visuais sobre a

construção do amor român-tico em obras de ficção, numa bem-vinda jogo de referências e autorreferências - o filme tanto brincava com cenas e dramaturgias icônicas de ro-mances conhecidos do público como, especialmente, brincava consigo mesmo e suas pró-prias escolhas.

No longa final, porém, os caminhos da história são ób-vios de forma menos interes-sante e esperta. Uma conver-sa entre Lara Jean e Peter no

primeiro quarto do filme já indica, por exemplo, a traje-tória que um problema cen-tral da obra irá percorrer no decorrer das quase duas ho-ras de duração. A obviedade vira previsibilidade.

Momentos mais inspira-dos, que acabam lembrando o primeiro segmento, até apa-recem em “Agora e Para Sem-pre, como a sequência em que Lara Jean e Peter con-versam diretamente sobre filmes de comédia romântica e sua estrutura. São, porém, menções pontuais ao que o primeiro longa da trilogia fazia de melhor: comentar clichês do gênero apostando justamente na utilização de-les. A trama termina bem, de forma redonda, satisfazendo os fãs. É tudo correto, como manda o figurino - e talvez esse seja o problema.

Série animada

Quando: sábados, às 15 horas Onde: Canal FDR em sinal

digital aberto, no canal 48.1; em sinal fechado, canal 23 (Multiplay), 24 (NET) e 138 (Brisanet)

Referências

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