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VANDINARA FRANCO LOPES DIREITO EMPRESARIAL:

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Academic year: 2021

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Resumo e Questões

VUNESP comentadas -

ISS GUARULHOS.

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3. EMPRESÁRIO (ART. 966 A 980 DO CC) ... 5

4. RESUMOS ... 46

5. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ... 54

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1. APRESENTAÇÃO

Olá futuros Inspetores Fiscais de Rendas do Municípios de Guarulhos, meu nome é Vandinara Lopes, sou Economista formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e graduanda em Direito. Sou Auditora Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul desde março de 2010. No Fisco Gaúcho atuei no Trânsito de Mercadorias; na Divisão de Estudos Econômicos, onde chefiei a Seção de análise e monitoramento de benefícios fiscais; na Auditoria Fiscal e, atualmente, sou Julgadora de primeira instância do Contencioso Administrativo do Estado do Rio Grande do Sul, cujo grau recursal cabe ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais - TARF.

Em 2018, após quase 10 anos longe dos concursos públicos, desafiei-me a buscar uma vaga no mais desejado e disputado concurso fiscal dos últimos anos. Foram 5 meses de intensa dedicação que me permitiram obter êxito em mais essa empreitada no mundo dos concursos fiscais, obtendo a aprovação, em 22º lugar, para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina.

Dúvidas acerca do Curso Direito Empresarial: Resumos e Questões VUNESP Comentadas - ISS Guarulhos, ou mesmo sobre a Carreira Fiscal, podem ser direcionadas para meu e-mail: vandinara@gmail.com ou, se preferirem, podem me contatar nas redes sociais:

Instagram: @vandinara

Facebook: https://www.facebook.com/vandinara.lopes

YouTube: Coach Vandinara Lopes (http://bit.ly/VandinaraLopes)

O objetivo desse curso é ir direto ao ponto, apresentar a você os principais aspectos que a banca VUNESP aborda nas suas questões de prova. Você perceberá que a banca é bastante literal e objetiva nas suas questões e, portanto, nesse sentido será nosso trabalho aqui no curso também: trazer os principais pontos cobrados, por meio da análise das questões, resumos e literalidades que você deve memorizar. Não estamos, portanto, em um curso regular de Direito Empresarial, mas sim em uma revisão por meio de questões e resumos que tem por objetivo otimizar seu tempo de estudo nesse pós edital.

Como funcionará o curso? Apresentaremos as questões (100% focadas na VUNESP) e, para responde-las, faremos uma breve revisão do assunto,

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indicando a literalidade pertinente e todos os aspectos que você deve compreender/estudar para acertar as questões de prova. E, ao final da aula, um resumo com os pontos que estudamos por meio das questões apresentadas.

Sem mais “delongas”, vamos direto ao que interessa?

Vamos juntos!? Bons estudos e muito sucesso nessa reta final rumo ao Fisco Municipal de Guarulhos!

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2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Nosso curso cobrirá o conteúdo do edital por meio de questões comentadas da VUNESP e resumos explicativos dos assuntos abordados em cada questão.

Para atingirmos esse objetivo de abordar questões sobre todo o edital, dividimos o curso nas seguintes aulas:

AULA TEMA DATA

0 Empresário. Empresa individual. 21.02.2019 1 Estabelecimento. Registro. Nome Empresarial.

Escrituração.

04.03.2019 2 Sociedades. Sociedades não personificadas.

Sociedades Personificadas. Sociedades Civis e Empresárias.

14.03.2019

3 Sociedade Anônima. 24.03.2019

4 Responsabilidade dos sócios, diretores e administradores. Falência.

04.04.2019

5 Lei das S/A. 14.04.2019

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3. EMPRESÁRIO (ART. 966 A 980 DO CC)

Conforme já comentei com vocês, a banca do nosso certame é bastante literal, então não adianta querer fugir, comece o estudo lendo a letra da lei pertinente ao assunto. É isso que vai ser cobrado na sua prova!!!

Eu poderia simplesmente indicar os artigos e a leitura, mas como sei o quanto os alunos resistem à leitura da lei seca, aqui está ela, bem na sua frente, no início da aula que é para você não fugir!!!

CÓDIGO CIVIL LIVRO II Do Direito de Empresa TÍTULO I Do Empresário CAPÍTULO I Da Caracterização e da Inscrição

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:

I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;

II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

III - o capital;

IV - o objeto e a sede da empresa.

§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.

§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.

§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.

§ 4o O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei.

§ 5o Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM.

Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.

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estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.

Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.

CAPÍTULO II Da Capacidade

Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.

Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;

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II – o capital social deve ser totalmente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.

§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente.

§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.

Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.

Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.

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ele é cobrado em prova? Vamos às questões da nossa querida VUNESP, a banca a ser batida para garantir a sua vaga no Fisco de Guarulhos.

1. (VUNESP/ATF/Pref SBC/2018) O Código Civil dispõe sobre a atividade empresarial. Em relação ao empresário, assinale a alternativa correta.

a) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.

b) O empresário rural e o pequeno empresário não gozam de tratamento diferenciado ou favorecido quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. c) Caso o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, poderá exercer a função de gerente em caráter excepcional.

d) É opcional a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

e) O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, independentemente do capital social estar totalmente integralizado.

E se você ainda tinha dúvidas sobre a literalidade das questões da VUNESP, aí está. Cada alternativa da questão é um artigo do Código Civil que você precisava conhecer para resolvê-la. Vamos analisar cada uma das alternativas.

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Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. b) errado. Esse é um ponto que você necessita conhecer: é garantido ao

empresário rural e ao pequeno empresário tratamento favorecido, diferenciado e simplificado. É mais uma literalidade:

Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.

Tratamento Especial do empresário rural

O código civil conferiu tratamento diferenciado às pessoas que exercem atividade econômica rural, excluindo-as da obrigatoriedade de registro na Junta Comercial prevista no art. 967.

A regra geral é que todo empresário, antes de iniciar o exercício da atividade empresarial, tem que se registrar na Junta Comercial. Para aqueles que exercem atividade econômica rural, no entanto, o Código Civil ofereceu a faculdade de registro na Junta Comercial.

Portanto, as pessoas que exercem atividade econômica rural, ao não se registrarem na Junta Comercial, não serão considerados empresários para os efeitos legais. O contrário ocorre se optarem pelo registro: serão considerados empresários para todos os fins.

Veja a literalidade sobre o assunto: (Sim, vamos ver muita literalidade, lembre-se que é isso que cairá na sua prova)

Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. c) errado. Nesse caso deverá ser nomeado um ou mais gerentes. Alternativa que explora o artigo 975, acerca da do empresário individual incapaz:

Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Empresário Individual Incapaz

A regra geral é que o incapaz não pode ser empresário individual. No entanto o artigo 974 abre duas exceções nas quais é permitido o exercício de empresa por incapaz:

Incapacidade superveniente;

Herde a atividade empresarial de alguém.

Observe que em nenhum dos casos o incapaz inicia a atividade de empresa, as exceções são situações nas quais se admite que o incapaz continue a exercer uma empresa já existente.

A continuidade do exercício da empresa pelo incapaz depende de autorização judicial, oportunidade na qual o juiz deve observar a conveniência de o incapaz exercer a atividade. Uma vez autorizado, a continuação do exercício da empresa pelo incapaz se dará por meio de representante ou assistente, a depender do grau da sua incapacidade.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade. II – o capital social deve ser totalmente integralizado.

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

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podem optar por registrarem-se ou não, para os demais, o registro na Junta Comercial antes de iniciar a atividade é obrigação legal, sob pena de caracterizar

exercício irregular da atividade empresarial.

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

e) errado. O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, conjuntamente, os seguintes requisitos:

O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; O capital social deve estar totalmente integralizado;

O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

Atenção: Note que aqui estamos falando do incapaz como sócio e não como empresário individual, que era o caso da alternativa C.

Gabarito: Letra a.

2. (VUNESP/Notário e Registrador-TJ-SP/Remoção/2018) Para o Código Civil, o empresário é

a) equiparado à pessoa jurídica que pratica a atividade econômica organizada para a produção de bens e serviços.

b) um indivíduo a quem a lei atribui responsabilidade limitada se tiver integralizado o capital social empregado na produção.

c) o sócio de qualquer sociedade empresária, desde que exerça o cargo de administrador.

d) o agente que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens e serviços.

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Se você tivesse que escolher apenas um conceito para levar para essa prova, eu indicaria esse abordado na questão em análise: Conceito de empresário. Ele é muito cobrado em provas pela VUNESP.

Conceito de Empresa e de Empresário

Resumidamente, podemos afirmar que empresa é uma atividade e empresário é quem exerce essa atividade de modo profissional.

Empresa é a atividade econômica (deve visar o lucro, mesmo que não

seja distribuído), organizada (desenvolvida com a utilização dos fatores de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia), voltada para a produção

ou a circulação de bens ou serviços.

O empresário, é quem exerce a atividade econômica organizada

voltada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Na letra da lei:

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Gabarito Letra d.

3. (VUNESP/Juiz Estadual/TJ-RS/2018) O artigo 966 do Código Civil define como empresário aquele que exerce

a) atividade profissional organizada com a finalidade de produção ou circulação de bens ou de serviços.

b) atividade profissional econômica organizada com a finalidade de produção ou circulação de bens ou de serviços.

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d) atividade eventual econômica não organizada com a finalidade de produção e circulação de bens ou de serviços.

e) atividade profissional econômica organizada com a finalidade de produção e circulação de bens ou de serviços.

Questão para Juiz do Estado do Rio Grande do Sul e o que o candidato precisava saber para responder à questão? L-i-t-e-r-a-l-i-d-a-d-e.

O examinador até tentou fazer um jogo de palavras com as características da atividade (profissional, organizada e econômica), mas essa eu tenho certeza que se aparecer na sua prova você não erra.

Note que, apesar de fácil, a banca foi maldosa e na alternativa e apenas trocou o OU pelo E. Com certeza muitos desatentos podem ter errado a questão. Cuide para que isso não aconteça com você!!

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4. (VUNESP/Juiz Estadual/TJ-MT/2018) Em relação ao empresário e à sociedade empresária, dispõe o Código Civil:

a) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária, sendo que, em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

b) Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança, devendo o Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, independentemente do capital social estar totalmente integralizado.

c) Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, independentemente do regime de casamento, podendo o empresário casado, mediante outorga conjugal, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, caso o seja no regime da comunhão universal de bens.

d) Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por quotas de responsabilidade limitada, e simples a sociedade em conta de participação, sendo que a atividade desta última ficará restrita à realização de um único negócio determinado.

e) É vedada à sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural, ser constituída ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, ficando impedida de requerer sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis.

Mais uma questão de Magistratura Professora? Sim. Primeiro porque entendo que o aluno precisa treinar com questões de todos os níveis e segundo para você observar que, independente do cargo para o qual é

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aplicada a prova, a VUNESP não abandona seu estilo de cobrança na disciplina: literalidade.

a) certo. Literalidade, Ctrl+C e CTrl+V do artigo 969 do Código Civil.

Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.

Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

b) errada. Já tratamos desse assunto em questão anterior. São três os requisitos para que possa ser efetivado o registro de contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz:

O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; O capital social deve estar totalmente integralizado;

O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

c) errada. A alternativa aborda um tema que ainda não tratamos: a sociedade entre cônjuges. O assunto é tratado nos artigos 977 e 978 do Código Civil.

Sociedade entre Cônjuges.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

O artigo 977 possibilita aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória.

Mas por que o legislador se preocupou com essa questão? O objetivo é

impedir que cônjuges casados sob tais regimes de bens (comunhão

universal ou separação obrigatória) façam parte de uma mesma

sociedade. No entanto, não há impedimento que alguém casado sob esses regimes, sozinho, contrate sociedade com terceiros, a restrição é em relação aos cônjuges casados nesses regimes contratarem a sociedade entre si.

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

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d) errada. Mais uma questão literal, dessa vez tratando do parágrafo único do artigo 982, que versa sobre sociedade empresária e sociedade simples. Agora trago apenas literalidade, trataremos um pouco mais sobre o assunto na aula específica sobre sociedades.

Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

e) errada. Mais uma alternativa que versa sobre sociedades, assunto que veremos em aula específica. Trata-se do artigo 984:

Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.

Conforme já observamos, o código civil conferiu tratamento diferenciado às pessoas que exercem atividade econômica rural, excluindo-as da obrigatoriedade de registro na Junta Comercial prevista no art. 967, mas o empresário rural e a sociedade empresária rural, uma vez inscritos no registro público de empresas mercantis, estão sujeitos à falência e podem requerer concordata, por exemplo. Isso porque o registro do empresário ou sociedade rural na Junta Comercial é facultativo e de natureza constitutiva (para os demais é apenas declarativa), sujeitando-o ao regime jurídico empresarial.

Gabarito: Letra a.

5. (VUNESP/Agente de Tesouraria/Pref SBC/2018) Em relação ao empresário, é correto afirmar que

a) o empresário casado não pode, sem a outorga conjugal, salvo se no regime da separação total de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da

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b) o sócio incapaz poderá exercer a administração da sociedade, desde que obedecidas as formalidades legais.

c) se faculta aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, independentemente do regime de bens no casamento adotado.

d) caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, desde que transcorridos dois anos do início de suas atividades.

e) poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

Questão interessante que aborda vários artigos! Vamos aprender um pouco mais com a análise das alternativas:

a) errado. Questão aborda o tema da alienação de bens imóveis por parte do empresário casado e a necessidade da outorga conjugal, assunto tratado no artigo 978 do código civil.

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

Empresário Individual casado

O primeiro ponto que merece atenção é o fato de que o artigo 978, refere-se apenas ao empresário individual casado e não ao sócio de empresa casado.

Com relação a autorização do artigo 978 para que o empresário individual casado possa alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa, é interessante conhecer o teor do enunciado 58 das Jornadas de Direito Comercial: “o empresário individual casado é o destinatário da norma do art. 978 do Código Civil Brasileiro e não depende de outorga conjugal para

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alienar ou gravar de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia averbação de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.

Portanto, a alienação do imóvel independe de autorização do cônjuge, mas para tanto o cônjuge já deve ter autorizado que o referido bem fosse destinado ao patrimônio empresarial. Uma vez que já exista essa autorização, devidamente registrada e averbada, a alienação por parte do empresário casado não necessita de mais nenhuma participação/autorização do cônjuge.

Além dessa observação quanto à alienação de bens imóveis, o código trata ainda, nos artigos 979 e 980, sobre a necessidade de serem arquivadas/averbadas as demais alterações referentes ao estado civil do empresário:

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.

b) errado. A alternativa erra ao afirmar que o sócio incapaz poderá exercer a administração, já estudamos anteriormente que o sócio incapaz não exercer a administração da sociedade é um dos requisitos para que Registro Público de Empresas Mercantis registre o contrato de sociedade que envolva sócio incapaz. Lembra? É a regra estabelecida no art. 974, §3º:

“O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, conjuntamente, os seguintes requisitos:

O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; O capital social deve estar totalmente integralizado;

O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.”

c) errado. Essa vocês já não errariam, não é mesmo? Trata-se da restrição para que cônjuges contratem sociedade entre si.

(21)

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Sociedade entre Cônjuges.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

O artigo 977 possibilita aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória.

Mas por que o legislador se preocupou com essa questão? O objetivo é

impedir que cônjuges casados sob tais regimes de bens (comunhão

universal ou separação obrigatória) façam parte de uma mesma

sociedade. No entanto, não há impedimento que alguém casado sob esses regimes, sozinho, contrate sociedade com terceiros, a restrição é em relação aos cônjuges casados nesses regimes contratarem a sociedade entre si.

d) errada. A alternativa trata de assunto que ainda não abordamos: a transformação do empresário individual em sociedade empresária, regrada no artigo 968, §3º, que remete aos artigos 1.113 a 1.115 do CCB.

§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.

Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.

Transformação do empresário individual em sociedade empresária.

O empresário individual que venha a admitir sócios poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, desde que observe, no que couber, o seguinte:

(22)

21 Este conteúdo pertence ao Portal Silvio Sande. É vedada a cópia ou a reprodução não

autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

o ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no artigo 1031. (Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado).

A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

Ou seja, não há maiores impedimentos para que o empresário individual que resolva admitir sócios para o seu negócio transforme-se em sociedade empresária, desde que obedeça aos regramentos estabelecidos para a constituição daquele tipo societário que escolheu transformar-se e que, obviamente, isso não prejudique o direito dos credores com quem já contratou enquanto empresário individual.

Falar em consentimento dos sócios não faz muito sentido, uma vez que é o empresário individual que está se transformando em sociedade empresária, mas está na lei, então, na questão literal, não tenha dúvidas em marcar correta a alternativa que traga o consentimento dos sócios como requisito para transformação do empresário individual em sociedade empresária.

Na verdade, o §3º do artigo 968 utiliza a expressão “no que couber” e remete aos artigos que tratam da transformação, por isso não houve o filtro quanto ao artigo 1.114 que aborda a necessidade de consentimento dos sócios.

e) Correto. Eis o nosso gabarito! Já tratamos do assunto, empresário individual incapaz.

Empresário Individual Incapaz

A regra geral é que o incapaz não pode ser empresário individual. No entanto o artigo 974 abre duas exceções nas quais é permitido o exercício de empresa por incapaz:

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Herde a atividade empresarial de alguém.

Observe que em nenhum dos casos o incapaz inicia a atividade de empresa, as exceções são situações nas quais se admite que o incapaz continue a exercer uma empresa já existente.

A continuidade do exercício da empresa pelo incapaz depende de autorização judicial, oportunidade na qual o juiz deve observar a conveniência de o incapaz exercer a atividade. Uma vez autorizado, a continuação do exercício da empresa pelo incapaz se dará por meio de representante ou assistente, a depender do grau da sua incapacidade.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade. II – o capital social deve ser totalmente integralizado.

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

Gabarito: Letra e.

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. individual, assinale a alternativa correta.

a) É a pessoa jurídica com um só sócio que exerce atividade econômica para produção ou circulação de bens ou serviços, de maneira habitual e com intuito de lucro.

b) É a pessoa física que exerce o comércio ou a indústria em seu próprio nome, em caráter habitual e com intuito de lucro.

c) A figura de empresário individual foi extinta com a Lei no 12.441/11, que instituiu a EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada).

d) É a pessoa física que exerce atividade econômica, para produção ou circulação de bens ou serviços, de maneira habitual e com intuito de lucro.

A questão cobra o conceito de empresário individual, a qual encontramos no artigo 966 do código civil:

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

O conceito apresentado no referido artigo aplica-se para empresário individual e para sociedade empresária.

Conceito de Empresa e de Empresário

Resumidamente, podemos afirmar que empresa é uma atividade e empresário é quem exerce essa atividade de modo profissional.

Empresa é a atividade econômica (deve visar o lucro, mesmo que não

seja distribuído), organizada (desenvolvida com a utilização dos fatores de produção capital, mão de obra, insumos e tecnologia), voltada para a produção

ou a circulação de bens ou serviços.

O empresário, é quem exerce a atividade econômica organizada

voltada para a produção ou a circulação de bens ou serviços.

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em 2011, muitos confundem o empresário individual com a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI, não cometa esse erro. A EIRELI está prevista no artigo 980-A:

Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País

§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.

§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração

§ 4º ( VETADO).

§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.

§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

A partir da inclusão do artigo 980-A no código Civil, passa a ser possível constituir uma pessoa jurídica sem a necessidade de ter sócios e, desse modo, responder apenas subsidiariamente e de modo limitado pelas obrigações empresariais contraídas.

Antes do surgimento da EIRELI, a única opção para aquele que queria exercer atividade econômica profissional e organizada, sem ter a figura de um sócio, era tornando-se empresário individual e, nesse caso, assumindo responsabilidade direta e ilimitada pelas obrigações contraídas.

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obrigações contraídas, como há na empresa individual, que a lei exige um capital social mínimo equivalente a cem salários mínimos para a constituição da EIRELI, valor esse que é exigido apenas no ato de constituição da EIRELI, podendo ser livremente alterado após a subscrição do capital e constituição da EIRELI.

Como podemos perceber, a principal diferença entre o empresário individual e a sociedade empresária está na forma de responsabilização patrimonial. Na sociedade empresária a Pessoa Jurídica possuirá patrimônio próprio e, em decorrência disso, responderá pelas obrigações contraídas (sendo os sócios demandados a responder após a execução dos bens sociais), já o empresário individual irá responder com todos os seus bens, inclusive os pessoais, pelo risco do negócio.

b) errado. Não há essa restrição ao comércio e à indústria, a lei refere-se à atividade econômica, termo mais amplo que inclui também os serviços.

c) errado. Embora, na prática, muitos empresários acabem optando pela EIRELI em detrimento de se tornarem empresários individuais, em função da forma da responsabilização, a EIRELI e o empresário individual existem concomitantemente na legislação, não houve uma substituição do empresário individual pela EIRELI.

d) certo. Exatamente o que prevê o art. 966 e, no caso do empresário individual, exercido por pessoa física:

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

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7. (VUNESP/Notário e Registrador/TJ-SP/2014) Assinale a alternativa correta.

a) O empresário individual necessita mencionar no seu contrato social os administradores da empresa, que devem ser ao menos dois, e o prazo de seu mandato.

b) O empresário individual tem sua responsabilidade limitada ao total do capital social.

c) Os sócios de sociedades empresariais são sempre considerados empresários para os efeitos legais.

d) O empresário individual não é considerado pessoa jurídica mesmo após o registro de comércio competente.

a) errada. Não há essa exigência na lei. Inclusive, empresário individual sequer possui contrato social.

Empresário individual é pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção dou a circulação de bens ou serviços. Os requisitos para sua inscrição estão estabelecidos no artigo 968.

Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:

I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;

II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;

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substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

III - o capital;

IV - o objeto e a sede da empresa.

b) errada. O empresário individual responde de forma direta e ilimitada, com todos os seus bens, pelas obrigações contraídas.

c) errada. Sócio e empresário são figuras diferentes. Sócio, no caso da sociedade empresarial, não se confunde com o empresário (Sociedade - Pessoa Jurídica) que exerce a empresa (atividade).

d) correta. Exatamente, o empresário individual segue sendo considerado pessoa física, mesmo após o registro.

Gabarito: Letra d.

8. (VUNESP/Notário e Registrador/TJ-SP/2011) Leia as afirmações e assinale a alternativa incorreta.

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pode alienar bens imóveis que integram o patrimônio da empresa sem autorização do cônjuge.

b) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis.

c) É possível ao empresário individual solicitar a transformação do seu registro para registro de sociedade empresária, caso venha a admitir sócios.

d) Pode ser considerado empresário aquele que exerce profissão artística, conquanto o exercício da profissão constitua elemento de empresa.

A questão pede a alternativa incorreta.

a) errada. Eis o gabarito da questão. A alternativa erra ao afirmar que o empresário casado não pode alienar bens imóveis que integram o patrimônio da empresa sem autorização do cônjuge. Já vimos esse assunto, lembra?

Empresário Individual casado

O primeiro ponto que merece atenção é o fato de que o artigo 978, refere-se apenas ao empresário individual casado e não ao sócio de empresa casado.

Com relação a autorização do artigo 978 para que o empresário individual casado possa alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa, é interessante conhecer o teor do enunciado 58 das Jornadas de Direito Comercial: “o empresário individual casado é o destinatário da norma do art. 978 do Código Civil Brasileiro e não depende de outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia averbação de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.

Portanto, a alienação do imóvel independe de autorização do cônjuge, mas para tanto o cônjuge já deve ter autorizado que o referido bem fosse destinado

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ao patrimônio empresarial. Uma vez que já exista essa autorização, devidamente registrada e averbada, a alienação por parte do empresário casado não necessita de mais nenhuma participação/autorização do cônjuge.

Além dessa observação quanto à alienação de bens imóveis, o código trata ainda, nos artigos 979 e 980, sobre a necessidade de serem arquivadas/averbadas as demais alterações referentes ao estado civil do empresário:

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.

b) correta. Exatamente, é obrigatória, conforme disposto no artigo 967 do código civil:

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

c) correta. Correto, também já vimos esse assunto: Transformação do empresário individual em sociedade empresária.

Transformação do empresário individual em sociedade empresária.

O empresário individual que venha a admitir sócios poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, desde que observe, no que couber, o seguinte:

o ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no artigo 1031. (Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante

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efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado).

A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

Ou seja, não há maiores impedimentos para que o empresário individual que resolva admitir sócios para o seu negócio transforme-se em sociedade empresária, desde que obedeça aos regramentos estabelecidos para a constituição daquele tipo societário que escolheu transformar-se e que, obviamente, isso não prejudique o direito dos credores com quem já contratou enquanto empresário individual.

Falar em consentimento dos sócios não faz muito sentido, uma vez que é o empresário individual que está se transformando em sociedade empresária, mas está na lei, então, na questão literal, não tenha dúvidas em marcar correta a alternativa que traga o consentimento dos sócios como requisito para transformação do empresário individual em sociedade empresária.

Na verdade, o §3º do artigo 968 utiliza a expressão “no que couber” e remete aos artigos que tratam da transformação, por isso não houve o filtro quanto ao artigo 1.114 que aborda a necessidade de consentimento de os sócios.

d) correta. Correto. Vamos aproveitar essa alternativa para ver o tratamento conferido aos profissionais intelectuais e o elemento de empresa.

Atividades intelectuais e o elemento de empresa.

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Por força do parágrafo único do artigo 966, não são considerados empresários os exercentes de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que contratem empregados para auxiliá-los em seus trabalhos.

No entanto há uma exceção, situação na qual esses profissionais serão sim considerados empresários: trata-se da hipótese em que o exercício da

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profissão constitua elemento de empresa. O que significa esse elemento de empresa? O elemento de empresa surge quando a individualidade do profissional citado no caput já se perdeu na organização empresarial. A doutrina costuma citar o exemplo do médico que começa a clinicar, forma uma clientela que o procura por saber da qualidade do seu serviço médico, mas com o passar do tempo, o consultório cresce e torna-se um renomado hospital, não mais sendo procurado pela qualidade do serviço prestado por aquele médico específico, mas por todo o conjunto de serviços ofertado pela grande empresa que se tornou o hospital. O médico, nesse novo cenário, mesmo que continue a clinicar, terá como sua maior contribuição para a prestação de serviços no hospital a tarefa de organizar os fatores de produção, fugindo assim da condição geral dos profissionais intelectuais e, portanto, devendo ser considerado, juridicamente, empresário.

Gabarito: Letra a.

9. (VUNESP/Notário e Registrador/TJ-SP/2016) Segundo o Código Civil, a) os bens empregados na atividade empresarial do empresário individual representam garantia dos credores, portanto não podem ser alienados sem anuência destes.

b) o empresário individual casado só precisa de anuência do cônjuge para alienar bens imóveis empregados na atividade empresarial se o regime for de comunhão universal.

c) o empresário individual casado pode alienar bens imóveis que integrem o patrimônio da empresa sem outorga conjugal.

d) o empresário individual casado precisa de anuência do cônjuge para alienar bens imóveis empregados na atividade empresarial.

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a) errada. Embora não haja separação entre o patrimônio pessoal e o da empresa, também não há nenhuma previsão legal vedando que o empresário individual aliene os bens empregados na atividade empresarial sem a anuência dos credores.

b) errada. Independente do regime não há essa necessidade. Empresário Individual casado

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

O primeiro ponto que merece atenção é o fato de que o artigo 978, refere-se apenas ao empresário individual casado e não ao sócio de empresa casado.

Com relação a autorização do artigo 978 para que o empresário individual casado possa alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa, é interessante conhecer o teor do enunciado 58 das Jornadas de Direito Comercial: “o empresário individual casado é o destinatário da norma do art. 978 do Código Civil Brasileiro e não depende de outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia averbação de autorização conjugal à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.

Portanto, a alienação do imóvel independe de autorização do cônjuge, mas para tanto o cônjuge já deve ter autorizado que o referido bem fosse destinado ao patrimônio empresarial. Uma vez que já exista essa autorização, devidamente registrada e averbada, a alienação por parte do empresário casado não necessita de mais nenhuma participação/autorização do cônjuge.

c) correta. É exatamente o que comentamos na questão anterior.

d) errada. Pela mesma razão das anteriores: art. 978 – não há necessidade outorga conjugal.

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10. (VUNESP/Juiz Estadual/TJ-SP/2014) A incapacidade superveniente do empresário

a) não impede a continuidade do exercício da empresa pelo agora incapaz, mediante autorização judicial com a nomeação de um representante.

b) exime de responsabilidades o representante ou o assistente do empresário incapaz, se estes nomearem um gerente para substitui-lo quando não puder exercer a atividade empresarial.

c) acarreta a extinção imediata da sociedade empresarial.

d) não impede a continuidade do exercício da empresa podendo ele exercer a administração da sociedade.

Questão aborda a incapacidade superveniente do empresário. Quando estudamos o empresário individual incapaz, aprendemos que ele não está autorizado a iniciar a empresa, no entanto, há situações em que a ele é permitido continuar o exercício de uma empresa já existente.

Empresário Individual Incapaz

A regra geral é que o incapaz não pode ser empresário individual. No entanto o artigo 974 abre duas exceções nas quais é permitido o exercício de empresa por incapaz:

Incapacidade superveniente;

Herde a atividade empresarial de alguém.

Observe que em nenhum dos casos o incapaz inicia a atividade de empresa, as exceções são situações nas quais se admite que o incapaz continue a exercer uma empresa já existente.

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autorização judicial, oportunidade na qual o juiz deve observar a conveniência de o incapaz exercer a atividade. Uma vez autorizado, a continuação do exercício da empresa pelo incapaz se dará por meio de representante ou assistente, a depender do grau da sua incapacidade.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade. II – o capital social deve ser totalmente integralizado.

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.

a) correta. É exatamente o que acabamos de ver: a incapacidade superveniente não impede a continuidade do exercício da empresa pelo agora incapaz, mediante autorização judicial com nomeação de um representante/assistente.

b) errada. Para responder a alternativa precisamos conhecer o §2º do artigo 975.

Esse artigo trata da representação ou assistência do incapaz no exercício da empresa. Conforme vimos anteriormente, entendendo o juiz conveniente a continuação do exercício da empresa pelo incapaz, concederá um alvará autorizando-o, por meio de representante ou assistente, a fazê-lo. Se esse representante ou assistente for impedido, haverá a nomeação de um ou mais gerentes, com a aprovação do juiz. O gerente também será nomeado em todos os casos que o juiz entender ser conveniente, no entanto a aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do incapaz da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.

§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente.

§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.

c) errada. Está incorreta a alternativa, a incapacidade superveniente do empresário não acarreta a extinção da sociedade empresarial.

d) errada. Alternativa errada, inclusive porque no caso da sociedade empresária a incapacidade em comento seria a do sócio administrador que, nesse caso, não poderia exercer a administração da sociedade. É a regra estabelecida no art. 974, §3º:

“O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, conjuntamente, os seguintes requisitos:

O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; O capital social deve estar totalmente integralizado;

O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.”

Gabarito: Letra a.

11. (VUNESP/Juiz Estadual/TJ-SP/2013) O Juiz que autorizar o incapaz, por meio de seu representante, continuar a empresa antes exercida por seus pais poderá

a) limitar a responsabilidade do incapaz pelas dívidas da empresa autorizada. b) eximir o representante do incapaz pelos atos do gerente nomeado.

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autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. sujeitos ao resultado da empresa.

d) ordenar e aprovar a nomeação de gerente em todos os casos em que entender conveniente.

Vamos aproveitar a questão para vermos um pouquinho mais sobre os impedimentos legais ao exercício da empresa.

Impedimentos legais ao exercício da empresa.

Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.

Conforme os o dispositivo em análise, são dois os requisitos para aquele que queira exercer atividade de empresário: capacidade civil e ausência de impedimento legal.

Já tratamos do empresário individual incapaz, então agora vamos analisar um pouco melhor quais seriam esses impedimentos legais. Via de regra, os impedimentos legais ao exercício da empresa encontram-se em normas diversas na legislação, podemos citar a Lei 8.112/90, relativa aos servidores públicos federais e a LC 35/79, relativa aos magistrados, dentre tantas outras. São impedimentos ao exercício individual da empresa, não sendo vedado que essas pessoas possam ser sócias de sociedades empresárias, pois nesses casos quem exerce a empresa é a própria pessoa jurídica, nesses casos o impedido não pode, porém, possuir responsabilidade ilimitada e não pode ser sócio administrador.

O artigo 973, ainda tratando do impedido, dispõe que as obrigações contraídas pelo impedido, no exercício indevido de atividade de empresário, não são nulas, protegendo assim o terceiro de boa-fé que possa ter contratado/negociado com o legalmente impedido que exerceu irregularmente a atividade de empresário.

Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.

Vamos às alternativas:

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