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Sustentabilidade, criatividade e inovação. LOGÍSTICA REVERSA NA EMPRESA ECODESCARTE

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Academic year: 2021

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Sustentabilidade, criatividade e inovação.

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Resumo

Neste artigo foi apresentado um estudo de caso, feito na empresa Ecodescarte que atua no ramo de tratamento e destinação de resíduos industriais líquidos e sólidos. O objetivo geral deste estudo foi identificar quais produtos são coletados, para onde são descartados e se estas ações são feitas de forma gerenciada. Como objetivos específicos, destacam-se: o fluxograma de cada produto descartado pela empresa e apresentação da legislação sobre a Logística Reversa em Mato Grosso. Trata-se de uma pesquisa aplicada em abordagem qualitativa e bibliográfica. Ao término desta pesquisa concluiu-se que a logística reversa é uma ação recente na qual encontra-se dificuldades no deencontra-sempenho de sua organização devido a questões de políticas públicas que não exigem da cadeia produtiva a responsabilidade por seus produtos pós-consumo, e a legislação que também falha em apenas estimular os geradores e consumidores em geral a praticar o ato.

Palavras Chaves: Logística reversa, Legislação, Gerenciamento.

Abstract

In this article a case study was presented, made in Ecodescarte company that operates in the field of treatment and disposal of liquid and solid industrial waste. The aim of this study was to identify which collected products, which are discarded and are made in a managed way. The specific objectives stand out : the flowchart of each waste product by the company ; and presentation of the legislation on Reverse Logistics in Mato Grosso. It is an applied research in qualitative and bibliographic approach. At the end of this research it was concluded that reverse logistics is a recent theme in which hinders the performance of the organization due to public policy issues that do not require the production chain responsibility for their post-consumer products , and legislation also fails to only encourage generators and consumers in general to carry out the act .

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1. Introdução

A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo, também em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Em agosto de 2010, foi aprovada a Lei n.12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável.

A principal estratégia da logística reversa é atuar na área de planejamento, implementação e controle de materiais desde o início de sua fabricação até o destino final, responsabilizando por todo este processo as empresas que produzem, além de poupar recursos da natureza, é uma alternativa de conseguir bons resultados na economia de empresas para obter matéria-prima com um custo mais baixo.

Partindo deste cenário, o presente estudo é orientado pelo seguinte questionamento: qual a situação do gerenciamento da empresa Ecodescarte, quais produtos coletados e qual a destinação final destes tais produtos?

2. Revisão teórica

2.1 Logística Reversa

O consumo em excesso e a troca de aparelhos eletrônicos feitos constantemente em razão do avanço tecnológico e exigências dos consumidores, traz competitividade e lucro às grandes organizações que produzem em grande escala. De acordo com Leite (2009, p.1), “À medida que novas tecnologias são disponibilizadas no mercado e aparelhos são substituídos com uma freqüência cada vez maior, o volume de “lixo eletrônico” cresce rapidamente”.

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Para que seja amenizado o desperdício de matéria-prima e o descarte indevido de eletrônicos que contém metais pesados, responsáveis pela contaminação do lençol freático é necessário recorrer a esta prática.

A logística reversa envolve todas as operações relacionadas à reutilização de produtos e materiais, na busca de uma recuperação sustentável. Como procedimento logístico, trata-se também do fluxo de materiais que retornam por algum motivo– devoluções de clientes, retorno de embalagens, retorno de produtos e/ou materiais para atender à legislação etc. A logística reversa não trata apenas do fluxo físico de produtos, mas também de todas as informações envolvidas nesse processo. (SOUZA;FONSECA,2009,p.30)

Com uma visão voltada para um mundo sustentável a logística reversa acredita e exerce o papel em não somente dar importância ao produto até o seu ponto de consumo, e sim dar atenção ao produto pós-consumo. Também é levado em consideração a competividade e lucratividade nas organizações em aderir este processo.

2.1.1 Gerenciamento na logística reversa

As empresas fabricantes de eletroeletrônicos ao desenvolver um produto tem como preocupação o gerenciamento da matéria-prima utilizada, tentando evitar ao máximo a geração de refugos em seu processo de produção, conforme Lei 12.305 (Legislação sobre Resíduos Sólidos), que enfatiza o fabricante a destinar os materiais de forma correta.

“De todas estas atividades, fazem parte diretamente da logística reversa o reaproveitamento e remoção de refugo e a administração de devoluções”.

Reaproveitamento e remoção de refugo estuda e gerencia o modo como os subprodutos do processo produtivo serão descartados ou reincorporados ao processo. (DAHER et al,2006,p.60)”.

Todos os detalhes mencionados por Daher (2006) fazem parte do gerenciamento de logística reversa, que resultará positivamente na econômica das empresas,

porém ainda existe resistência das organizações, no ato de implementação de gerenciamento, pela falta de sistemas eficientes de informação que interaja com a logística comum.

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2.2 Legislação

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece princípios, objetivos, diretrizes, metas e ações, objetiva o estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços, adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais, a redução do volume e da periculosidade dos resíduos.

Na Figura 1, esclarece a diferença entre a regulamentação do pós-consumo e da logística reversa.

Figura 1 - Art. 33 da Lei nº 12.305 de 02 de Agosto de 2010. Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar

sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

§ 1o Na forma do disposto em regulamento ou em

acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas previstos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.

§ 2o A definição dos produtos e embalagens a que se

refere o § 1o considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.

§ 3o Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em

lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS, ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos II, III, V e VI ou dos produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do o § 1o tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, consoante o estabelecido neste artigo,

podendo, entre outras medidas:

I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados;

II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis;

III - atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos de que trata o § 1o.

§ 4o Os consumidores deverão efetuar a devolução após

o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logística reversa, na forma do § 1o.

§ 5o Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a

devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3o e 4o.

§ 6o Os fabricantes e os importadores darão destinação

ambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos ou devolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.

§ 7o Se o titular do serviço público de limpeza urbana e

de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes.

§ 8o Com exceção dos consumidores, todos os

participantes dos sistemas de logística reversa manterão atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente e a outras autoridades informações completas sobre a realização das ações sob sua responsabilidade.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá-MT, com adaptações.

Nos termos da PNRS, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos

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fabricantes, e demais envolvidos” para minimizar o aumento de resíduos sólidos e impactos causados ao meio ambiente e a saúde humana.

2.3 Canais de distribuição Reversos

Canais de distribuição são constituídos pelas diversas etapas através das quais os bens produzidos são comercializados até chegarem ao consumidor final. LEITE (2009)

Produtos com pouco uso após a venda, com ciclo de vida ampliado ou com a extinção total de seu uso, retornam ao ciclo produtivo ou de negócios readquirindo valor de diversas naturezas no mesmo mercado original e em mercados secundários, por meio de reaproveitamento de seus componentes.

O valor relativo dos materiais ou bens que retornam, é muito baixo comparado com bens originais. O retorno desses produtos ainda é considerado um problema a ser solucionado, enquanto em outros casos pode transformar-se em oportunidades por meio de novos centros de lucratividade e de acréscimo de valor empresarial.

2.3.1 Canais de distribuição reversos pós-consumo

Existem duas linhas para onde um produto se encaminha até o final de sua vida útil, pode ser tanto a reciclagem, reuso e remanufatura (LEITE, 2009).

Reuso – acontece em sua maioria com produtos que não chegaram ao fim de sua vida útil sendo esses principalmente veículos, eletrodomésticos, produtos de informática e vestuário.

Remanufatura – é o canal onde os produtos podem ser reaproveitados em suas partes essenciais, mediante a substituição de alguns componentes, construindo um produto com a mesma finalidade e natureza do original - Denomina-se remanufatura industrial.

Reciclagem – é o canal reverso de revalorização em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos de maneira industrial, transformando-se em matérias primas secundárias ou recicladas que são reincorporadas à fabricação de novos produtos.

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2.4. Custo Logístico

Segundo Faria et al (2010 p,69), custos são gastos relacionados aos sacrifícios dos recursos ocorridos no processo produtivo.

Podemos considerar custos, tudo que faz parte do processo operacional, como depreciação de empilhadeiras, assim como mão-de-obra do pessoal envolvido na armazenagem de matéria-prima.

De acordo com o Instituto de Contadores Gerenciais – IMA (1992) apud Faria et al (2010 p,69), em um documento sobre seu gerenciamento expressa:

“Os custos logísticos são os custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada (in bound), em processo de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo”.

3. Procedimentos metodológicos

O estudo utilizou a abordagem de pesquisa qualitativa. O procedimento metodológico utilizado como citado por Marconi e Lakatos (2010) foi o levantamento de dados, realizado por meio de pesquisas bibliográficas, contatos diretos e pesquisa documental da empresa, para identificar quais os produtos coletados na Ecodescarte.

Os dados da pesquisa realizada foram coletados por sites e questionário aberto aplicado ao sócio da empresa, em forma de perguntas no mês de novembro no ano de 2015.

4. Resultados Obtidos

Através da metodologia realizada em aplicação de questionário qualitativo, obtiveram-se as seguintes respostas referentes as questões levantadas ao gestor da organização. Figura (2)

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Figura 2 - Questionário Aplicado.

A figura apresentada abaixo está relacionado aos valores pagos aos clientes, referente à compra de produtos eletrônicos e sucatas.

Fonte: banco de dados da empresa Ecodescarte com adaptações.

Alcançado o objetivo de conhecer o procedimento em relação gerenciamento dos produtos e dos itens recebidos, demonstrado na figura (4).

Questionário Aplicado Perguntas Respostas

1- Quais os principais itens coletados

Placa, vidro, plástico, ferro, bateria, alumínio e cobre 2 - Existe parceria com

outras empresas? Quais são elas?

Sim, Mrv, CityLar, Icec, Ginco, Correios e outros, (disponível no site).

3 - Qual a destinação de cada item?

Placa (Reciclo metais e Lorene), vidro (Ecoview), plástico - não localizado, ferro (Sucatão Paraná), bateria (Reciclo Metais), alumínio (Lorene – Minas Gerais), cobre- Resimetal São Paulo

4- Como ocorre a separação dos itens coletados?

O material é desmanchado, separado, embalado e classificado, depois encaminhado ou coletado pela empresa responsável pelo descarte final.

No desmanche de um eletrônico, os materiais são avaliados se estão em condições de reuso ou descarte, no caso de reuso o componente é enviado a Loja Usadão Da Informática, que revende peças para quem deseja consertar seu eletrônico, geralmente são técnicos de informática. Já os materiais obsoletos, possuem as seguintes classificações: Ferro, Alumínio, Baterias, Plástico, Vidro, e Placas.

5 - Qual lei regulamenta o trabalho do Ecodescarte?

Lei Federal de Resíduos Sólidos 12.305

6 - Qual o custo para recolhimento dos itens e o seu lucro em destinação final?

Recebemos a maioria dos itens na própria empresa, o maior lucro que obtemos é na coleta de placas eletrônicas e cobre que são vendidas a R$12,00 kg, os demais não geram receita significativa para a empresa, ferro R$ 0,10 kg, vidro R$ 0,10 kg, plástico R$0,20 kg, alumínio R$ 0,50 kg, bateria R$ 2,50 kg.

Figura 3 - Preço de compra de sucatas e produtos.

Material Valor (R$)

Placas Eletrônicas 5,00 (kg) Fontes, Drives, alumínio, etc. 0,10 (kg)

Nobreak 3,50 (Unidade)

Televisores 10,00(Unidade) Pilhas e baterias 2,00 (Kg)

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Figura 4 - Ciclo de resíduos na empresa Ecodescarte.

4.1 - Destinação Final

Identificado ciclo final dos eletrônicos e procedimentos aplicados aos itens.

Figura 5 – Destinação final.

Produtos Empresas responsáveis pela destinação final .

Processo de descaracterização Placas Lorene e Reciclo Metais. A sucata passa por um gerenciador

de resíduos que separa materiais precioso como ouro, prata e níquel dos equipamentos de informática. Desmontagem, trituração destruição, desmagnetização ou metodologia adequada.

Baterias Reciclo Metais

Alumínio Lorene

Fonte: Site empresa Lorene e Reciclo Metais com adaptação.

De acordo com a figura 2 torna-se esclarecido que a empresa atende parceiros e clientes no recebimento de eletrônicos e sucatas, com valores de compra para cada produto elencando somente placas, alumínio e bateria, as placas são compradas por R$ 5,00 kg e revendidas por R$ 12,00 kg, as baterias são compradas por R$ 2,00 e revendidas por R$ 2,50 kg e o alumínio que é proveniente do desmanche das sucatas é vendido a R$ 0,50 kg.

Como analisado na figura 3, os itens comprados tem valor simbólico incentivando os consumidores finais a dar a destinação correta, trazendo competitividade à organização através de parcerias, em seguida ocorre o recebimento de resíduos sólidos inicia-se o gerenciamento dos itens recebidos, representado na figura 4 ocorrendo da seguinte forma:

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Avaliação pelo critério de estado de sua utilidade, caso não tenha, ocorre o desmanche, em seguida separação dos componentes, e finalizando a destinação final que é a revenda para técnicos de informática ou o envio para o ciclo final da logística reversa detalhada na figura 5.

Nota-se a existência de pontos que favorecem e desfavorecem a organização em aspectos gerais como: sociedade, meio- ambiente e políticas públicas, custos em breve comentário de acordo com a figura (6).

Figura 6 - Análise de resultados.

Análise de Resultados Pontos Positivos Pontos Negativos 1 - Organização nos processos.

2 - Comprometimento com causas ambientais. 3- Parcerias com grandes empresas.

4- Não existe acepção de clientes. 5-Trabalha com amor

1 - Fatores externos impedem maior desempenho da organização, no caso falta a criação de políticas especificas, para subsidiar e intervir sobre a destinação de lixo e sucata em geral.

2- Os clientes na verdade recebem por enviar os eletrônicos, o valor simbólico pago ao cliente minimiza a receita obtida na venda dos componentes que geram maior receita como a placa.

3- Falta divulgar os pontos de coletas através de panfletagem, e a participação da sociedade civil.

Nota-se a dificuldade da empresa em relação a fatores externos que favorecem os geradores de lixo eletrônico, sem dar incentivo e subsídios aos recicladores e receptores de sucatas, em geral, há certa deficiência na implementação de políticas públicas que traz instabilidade ao setor. Sugere-se que o gestor procure autoridade local (vereador), mostrando a importância de sua empresa para a cidade de Cuiabá, propondo que o mesmo faça projeto de lei que implique em empresas e consumidores a facilitar o envio de sucatas eletrônicas a destinação ambientalmente correta.

A venda da sucata não devia ocorrer por parte dos clientes, pois a destinação correta também é responsabilidade deles, a empresa só faz esse acordo com os clientes em forma de incentivo para evitar a destinação incorreta. Sugere- se a parceria de organizações como ONGs que auxiliem a população em relação a consciência ambiental, e recebimento dos produtos.

Percebe-se a falta de conhecimento das pessoas em relação aos pontos de coletas distribuídos na cidade. Sugere-se divulgação dos pontos de coleta, panfletagem nos bairros que estão localizados e incentivar a participação da sociedade civil (movimentos sociais, ONGs, associações de moradores e

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filantrópicas, sindicatos e todas as formas de associativismos), na cobrança de alterações das políticas públicas no estado, em relação aos resíduos sólidos e desenvolvimento sustentável.

5 - Conclusões

Ao término desta pesquisa concluiu-se que a logística reversa trata-se de um tema recente no qual dificulta o desempenho da organização devido a questões de políticas públicas que não exigem da cadeia produtiva a responsabilidade por seus produtos pós-consumo, e legislação que também falha em apenas estimular os geradores e consumidores em geral a praticar o ato. Foi considerado que o principal obstáculo está nas empresas geradoras, em se adaptar ao gerenciamento e envio de sucatas, materiais perigosos ao ciclo final, empresários alegam ter custos altos em relação ao procedimento sem ter uma visão de longo prazo entendendo que o investimento pode ser restituído com a reutilização de matéria-prima para a fabricação de novos eletrônicos e assim evitar a extração de recursos naturais e impactos ao meio ambiente.

Quanto a empresa Ecodescarte a mesma esta inserida no mercado trabalhando de forma certificada pelos órgãos competentes recebendo materiais como baterias, alumínio e placas, após procedimentos de desmanche e classificação destina a Lorene e Reciclo Metais, seus parceiros no ciclo final da logística reversa, esses parceiros compram os materiais e enviam para empresas recicladoras, no entanto mesmo com a venda dos itens aos parceiros, percebe-se a dificuldade do gestor em receber os produtos gratuitamente da população, como forma de incentivo a organização paga um valor simbólico em cada produto recebido de seus clientes. Este incentivo interfere no valor final da receita obtida deixando a empresa com um percentual muito pequeno em relação ao lucro obtido.

O presente trabalho contribuiu, em esclarecer sobre o papel da logística reversa em relação à sustentabilidade, mostrando a responsabilidade que deve ser atribuída aos fabricantes, distribuidores, revendedores e consumidores finais. Traz também à sociedade a importância do cumprimento da destinação inadequada de resíduos sólidos que comprometem o meio ambiente, conforme estabelecido pela legislação 12.305.

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REFERÊNCIAS

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FARIA, A. C. et al. Gestão de Curso Logísticos: Custeio e atividades (ABC), Balanced Scorecard (BSC), Valor Econômico Agregado (EVA).São Paulo, Atlas 2010. p. 69-71.

LEITE, P. R. Logística Reversa: Meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice hal, 2009. P 2-13

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MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia Científica. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. P.83-85.

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RECICLO METAIS - <http://www.reciclometais.com.br/>. Acesso em 01/11/2015.

SOUZA, FONSECA. 2009. LOGÍSTICA REVERSA: oportunidades para redução de custos em decorrência da evolução do fator ecológico. P. 30.

Referências

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