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LINDIANE DARC MORAIS DE FREITAS

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Academic year: 2021

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Cuiabá 2018

LINDIANE DARC MORAIS DE FREITAS

A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO NO

PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA

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Cuiabá 2018

A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO NO

PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (Universidade de Cuiabá / UNIC), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em (Fisioterapia)

Orientador: ( )

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LINDIANE DARC MORAIS DE FREITAS

A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO NO

PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (Universidade de Cuiabá / UNIC), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em (Fisioterapia).

BANCA EXAMINADORA

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Cidade, diade mês de ano (Fonte Arial 12) Substitua as palavras em vermelho conforme o

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FREITAS, Lindiane Darc de Morais. A atuação fisioterapêutica na fase de cicatrização no pós-operatório de abdominoplastia. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Fisioterapia – Universidade de Cuiabá / UNIC, Cuiabá, 2018.

RESUMO

A busca pelo corpo perfeito tem levado cada vez mais pessoas a passarem por intervenções cirúrgicas para melhorar a aparência do corpo. A abdominoplastia consiste numa correção estética que visa corrigir alterações da parede abdominal seja por uma patologia ou excesso de pele por conta de um excesso de emagrecimento, gravidez múltipla entre outros motivos. A fisioterapia dermato-funcional atua no pós-operatório imediato da abdominoplastia utilizando recursos como Ultrassom, técnicas de massagem clássica que aceleram o andamento da cicatrização, melhora a aparência da cicatriz, evita e trata complicações como cicatrizes com deiscência. O processo de cicatrização é dividido em três fases: inflamatória, proliferativa e remodelamento e a fisioterapia atua de acordo com cada fase. Objetivo: Compreender que a fisioterapia tem importante papel no pós-operatório de abdominoplastia, utilizando vários recursos que promovem um resultado satisfatório e preveni complicações na fase cicatricial. Metodologia: Esta será uma pesquisa qualitativa onde serão feitas buscas em artigos científicos nas bases de dados: Lilacs, Bireme, Scielo, Mediline. Serão selecionados artigos de 2003 à 2013 com idioma em português, sendo incluídos os artigos através de sua leitura na integra e excluídos artigos com ano inferior à 2003. Também serão feitas pesquisas em livros de 2004 a 2010. Conclusão: A fisioterapia através dos recursos utilizados é fundamental para uma melhor cicatrização e possibilita um retorno mais rápido as atividades de vida diária.

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FREITAS, Lindiane Darc de Morais. The physiotherapeutic performance in the healing phase in the postoperative period of abdominoplasty. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Fisioterapia – Universidade de Cuiabá / UNIC, Cuiabá, 2018.

ABSTRACT

The search for the perfect body has led more and more people are going crazy for surgical procedures to improve the appearance of the body. Abdominoplasty is a cosmetic correction that aims to correct changes in the abdominal wall is by a pathology or excess skin due to excess weight, multiple pregnancy among other reasons. Dermato-functional physical therapy works in the immediate postoperative period of Abdominoplasty using features such as ultrasound, classical massage techniques that accelerate the healing process, improves the appearance of the scar, prevents and treats complications such as scars with dehiscence. The healing process is divided into three phases: proliferative, inflammatory and remodeling and physical therapy operates according to each phase. Objective: understand that physiotherapy has an important role in postoperative Abdominoplasty, using multiple resources that promote a satisfactory result and prevent complications in the healing phase. Methodology: This is a qualitative research where they will be made in scientific articles in databases: Lilacs, Scielo, Bireme, Mediline. Will be selected articles from 2003 to 2013 with Portuguese language, being included in articles through your reading in full and deleted articles with less than the year 2003. Research will also be made in 2004 to 2010 books. Conclusion: physical therapy through the resources used is critical to a better healing process and enables a faster return of daily life activities.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...08 1 FASES DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO... 10 1.1 FASE DE COAGULAÇÃO...11 1.1.1 Fase inflamatória...12 1.1.1.1 Fase proliferativa...13 1.1.1.1.1 Contração da ferida...14 1.1.1.1.1.1 Fase remodelamento...14

2 ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO DO PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA...15

3 RECURSOS FISIOTERAPEUTICOS MAIS UTILIZADOS NA FASE DE CICATRIZAÇÃO DO PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA...19 3.1 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL...19 3.1.1Laser...20 3.1.1.1 Ultrassom...22 3.1.1.1.1 Crioterapia...23 CONSIDERAÇÕES FINAIS...25 REFERÊNCIAS...26

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INTRODUÇÃO

A abdominoplastia é uma intervenção cirúrgica procurada por homens e mulheres que buscam corrigir e melhorar a forma estética do corpo. É procurada por indivíduos que apresentam flacidez por conta de emagrecimento, gravidez múltiplas, gordura abdominal localizada, flacidez aponeurótica entre outros motivos. A cirurgia é realizada através de várias técnicas, porém a mais comum é realizada por meio de uma “incisão suprapúbica com transposição de umbigo e com plicatura dos músculos reto abdominais”. (BORGES, 2010, p. 458). Após o procedimento cirúrgico podem ocorrer efeitos indesejados como formação de fibrose, edema, formato irregular da cicatriz, trombose venosa, depressões, necrose tecidual, que podem ser evitadas e tratadas através da fisioterapia e os recursos utilizados principalmente nas fases da cicatrização. O curso da cicatrização acontece imediatamente após a incisão e possui função de reparar o tecido que foi lesionado, esse processo é dividido em três fases: fase inflamatória, fase proliferativa e fase de remodelamento, cada fase tem uma função para promover o reparo tecidual, porém esse reparo pode não acontecer adequadamente levando então às complicações citadas acima.

Alguns recursos utilizados pela fisioterapia como a drenagem linfática manual, técnicas da massagem clássica, crioterapia, ultrassom e a utilização da cinta compressiva aceleram a cicatrização, promove o reparo tecidual, melhora o aspecto da cicatriz, alivio da dor, reduz o edema, e evita possíveis complicações, promovendo uma fase de pós-operatório de maior rapidez, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Esta pesquisa tem como justificativa, que a abdominoplastia, assim como outras cirurgias plásticas, pode oferecer complicações ao paciente e um resultado inesperado da aparência da cicatriz no pós-operatório. A fisioterapia no pós-operatório pode atuar prevenindo e tratando complicações como a formação de aderências, que dificulta o fluxo normal de sangue e linfa, levando a demora do processo de cicatrização, e terá um papel importante na prevenção e recuperação de futuras complicações no pós operatório de abdominoplastia. A fisioterapia utiliza recursos, como a eletroterapia e a terapia manual, que visam acelerar o processo de cicatrização e prevenir complicações que possam dificultar esse processo, melhorando a circulação venolinfática.

Baseado no que foi descrito anteriormente formulou-se a seguinte problema de pesquisa: qual a importância da fisioterapia na fase de cicatrização do pós-operatório

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de abdominoplastia? Este questionamento surgiu após ter sido observado grande procura do tratamento fisioterapêutico no pós-operatório de abdominoplastia.

Essa pesquisa tem como objetivos: Compreender que a fisioterapia tem importante papel no pós-operatório de abdominoplastia. Enfatizar que a atuação da fisioterapia no pós-operatório de abdominoplastia é fundamental para evitar complicações e melhorar a aparência da cicatriz. Identificar os recursos e técnicas utilizadas pelo fisioterapeuta na fase cicatricial no pós-operatório da abdominoplastia. Analisar os recursos fisioterapêuticos que são fundamentais para acelerar a cicatrização e prevenir complicações decorrentes da cirurgia.

Metodologia: Este trabalho se trata de uma pesquisa qualitativa onde foram feitas buscas em artigos científicos nas bases de dados: Lilacs, Bireme, Scielo, Mediline. Foram selecionados artigos de 2003 à 2013 com idioma em português, sendo incluídos os artigos através de sua leitura na integra e excluídos artigos com ano inferior à 2003. Também foram feitas pesquisas em livros de 2004 a 2010. Sendo utilizadas as palavras-chave: abdominoplastia, cicatrização, pós-operatório, fisioterapia.

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10 1 FASES DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

O processo de cicatrização é onde ocorrem eventos celulares e moleculares onde envolvem processos bioquímicos e fisiológicos para que haja uma reorganização tecidual. A cicatrização acontece quando ocorre perda tecidual, onde a derme pode ser completamente ou parcialmente atingida, podendo atingir o órgão e chegar ao tecido subcutâneo e o organismo terá como resposta o reparo tecidual. (MANDELBAUM et al., 2003, p. 393).

O processo cicatricial ocorre em todos os tipos de feridas, independente do que possa ter causado uma lesão ao tecido. Esse é um encadeamento sistêmico e dinâmico que está diretamente ligado as condições gerais do organismo. A cicatrização consiste em uma série de eventos celulares, moleculares e bioquímicos que ocorre de maneira coordenada e irão de comunicar para que haja a reconstituição tecidual. (CAMPOS et al., 2017, p.51).

O reparo do tecido pode ocorrer de duas formas: através da regeneração que ocorrerá por conta da recomposição da atividade funcional do tecido ou através da cicatrização através do restabelecimento da homeostasia formando uma cicatriz fibrótica. Após um dano tissular ocorre vários eventos simplistas que é o calor, rubor, tumor e dor, isso acontece por conta da “ativação de células nervosas, vasculares e circulatórias por estímulos físicos ou por sinalização química”. (BALBINO et al., 2005). As feridas podem ser classificadas como ferida de espessidão parcial ou de espessidão total, essas classificações determinam a característica da ferida e o aspecto visual que a cicatriz terá após a cicatrização. A cicatriz de espessura parcial (derme incompleta) acontece quando a reparação se faz “pela reepitelização dos anexos epiteliais ou epitélio derivado da pele adjacente não acometida” (MANDELBAUM et al., 2003, p. 393) o que fará com que a cicatriz seja quase imperceptível. Já a de ferida de espessura total atinge toda a derme e/ou o tecido subcutâneo completamente; esse tipo de ferida depende de um novo tecido de granulação para que haja a cicatrização, porém a epitelização acontece somente nas margens da ferida (ao contrário da espessura parcial) o que fará com que a cicatriz seja totalmente perceptível. Este mesmo autor ainda diz que a cicatrização “depende

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11 de vários fatores locais e gerais como: localização anatômica, tipo da pele, raça, técnica de cirurgia utilizada”. (MANDELBAUM et al., 2003, p. 394).

Alguns autores classificam o processo de cicatrização em três fases: fase inflamatória, fase proliferativa, e fase de remodelamento; e outros em até 5 fases: coagulação, inflamação, proliferação, contração da ferida e remodelamento. Vamos falar de todas elas.

1.1 FASE DE COAGULAÇÃO

O início é imediato após o surgimento da ferida.

Essa fase depende da atividade plaquetária e da cascata de coagulação. Para Mandelbaum, et al (2003, p. 394-395), durante a fase de coagulação [...] Ocorre uma complexa liberação de produtos. Substâncias vasoativas, proteínas adesivas, fatores do crescimento e proteases são liberada e ditam o desencadeamento de outras fases. A formação do coágulo serve não apenas para coaptar as bordas das feridas, mas também para cruzar a fibronectina, oferecendo uma matriz provisória, em que os fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos possam ingressar na ferida.

Quando ocorre o coagulo e a lesão tecidual, começam a surgir fatores quimiotáticos e vasoativos que irão promover a exsudação de líquidos do sangue para as margens da lesão. Aproximadamente 6 horas após, é possível observar a presença de fagócitos nas margens do ferimento, por volta de 24 horas o coágulo apresenta uma grande invasão de fagócitos principalmente os polimorfonucleares (PMN). Após as primeiras 48 horas há uma diminuição nos números de polimorfonucleares, então o exsudado passa a ter uma quantidade maior de macrófagos. Durante esse processo, células da camada basal da epiderme “entram em mitose e migram sobre a superfície do coágulo, recompondo o epitélio”. (ROCHA, 2003, p. 45).

Segundo Cortês (2013, p. 59), “[...] o coágulo ajunta as bordas da ferida e cria uma ponte na qual os demais elementos transitam para iniciar o processo de cicatrização. Por isso, dita o desencadeamento de outras fases”.

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12 1.1.1 Fase inflamatória

Após ocorrência do ferimento, inicia-se o extravasamento sanguíneo que preenche a área lesada com plasma e elementos celulares, principalmente plaquetas. A agregação plaquetária e a coagulação sanguíneo geram um tampão, rico em fibrina, que além de restabelecer a hemostasia e formar uma barreia contra a invasão de microorganismos, organiza matriz provisória necessária para migração celular. Essa matriz servirá também, como reservatório de citosinas e fatores de crescimento que serão liberados durante as fases seguintes do processo cicatricial. (MENDONÇA; NETTO, 2009, p. 258).

As plaquetas ainda secretam fatores do crescimento na área lesada como derivado de plaquetas (PDGF), crescimento transformante-β (TGF-β), crescimento epidérmico (EGF) e o crescimento transformante-α (TGF-α) e glicoproteínas, além disso produz mediadores vasoativos que recrutam células inflamatórias. Macrófagos e neutrófilos migram pra local onde está a ferida fazendo fagocitose, e secretam fatores do crescimento. Os macrófagos ainda atraem células inflamatórias para a região lesada que produzirão prostaglandina que é um potente vasodilatador, preparando o tecido para a fase proliferativa. (MENDONÇA; NETTO, 2009, p. 258).

Segundo Borges, esta fase começa desde o termino da cirurgia até 48 a 72 horas após, tendo características de inflamação aguda, após isso ela permanece como uma inflamação crônica, mas esse processo é individual e pode variar de uma pessoa para outra. (BORGES, 2010, p 451).

Segundo Mandelbaum (2003) essa fase está interligada com a fase de coagulação, e a fase de inflamação depende das células inflamatória como linfótcitos, leocócitos polimorfonucleares e macrófagos. Os linfócitos polimorfonucleares fazem a fagocitose das bactérias e agem entre o terceiro e quinto dia a partir da lesão tecidual. Os macrófagos “permanece do terceiro ao décimo dia. Fagocita bactéria, desbrida corpos estranhos e direciona o desenvolvimento de tecido de granulação”. (MANDELBAUM, 2003, p 495).

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13 1.1.1.1 Contração da ferida

A proliferação é a fase responsável pelo fechamento da lesão propriamente dito. Compreende: reepitelização, que se inicia horas após a lesão, com a movimentação das células epiteliais oriundas tanto da margem como de apêndices epidérmicos localizados no centro da lesão; fibroplasia e angiogenese, que compõem o chamado tecido de granulação responsável pela ocupação do tecido lecionado cerca de quatro dias após a lesão. (MENDONÇA; NETTO, 2009, p. 259).

O fibrinogênio transforma-se em fibroblasto em forma de rede onde há deposito de fibroblastos que irão secretar componentes do tecido cicatricial. A proliferação de células endoteliais, angiogênese e infiltração de macrófagos formarão o tecido de granulação. Os glicosaminoglicanos auxiliam na construção da matriz extra celular. (BORGES, 2010, p 451).

Mandelbaum também divide essa fase em três subfases: reepitelização, fibroplasia e angiogênese. Quando a ferida é de espessidão parcial os queratinócitos migram das margens da ferida e dos anexos epiteliais. Se for de uma espessura total ocorre migração de queratinócitos apenas das margens da ferida. Esse estágio é a fase de reepitelização. “Fatores de crescimento são liberados e aumentam as mitoses e a hiperplasia do epitélio”. (CORTÊS, 2013, p. 60). Entende-se que a movimentação de queratinocitos migrantes é estabelecido pelo conteúdo de água na lesão. Lesões superficiais abertas e secas reepitelizam pouco a pouco. A fibroplasia é o segundo estágio da fase proliferativa e tem importante papel na formação de tecido de granulação, esse tecido é dependente do fibroblasto e é composto por um conjunto de elementos celulares, células inflamatórias, fibronectina, glicosaminoglicanas e o colágeno. O fibroblasto tem importante papel para a construção da matriz além de produzir colágeno, elastina, fibronectina e proteases que são responsáveis pela retirada de tecido desvitalizado e remodelamento fisiológico. (MANDELBAUM, 2003, p.495).

A angiogênese faz o suprimento de oxigênio e de nutrientes para que haja a cicatrização e células endoteliais deslocam-se para o local da ferida fazendo a formação de novos vasos. (CORTÊS, 2013, p.60).

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1.1.1.1.1 Contração da ferida

É o movimento centrípeto das bordas da ferida (espessura total). As feridas de espessura parcial não contam com essa fase. Uma ferida de espessura total tem contração mesmo quando há enxertos, que diminuem em 20% o tamanho da ferida. Em cicatrizes por segunda intenção a contração pode reduzir 62% da área de superfície do defeito cutâneo. (MANDELBAUM, 2003, p. 495).

1.1.1.1.1.1 Fase remodelamento Essa é a última fase.

“Ocorre no colágeno e na matriz; dura meses e é responsável pelo aumento da força de tensão e pela diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema”. (MANDELBAUM, et al., 2003, p. 396).

Ocorre uma contração do tecido lesionado que é estimulada pelo fibroblasto, podendo ser observada por volta de três semanas após a lesão. A fase de remodelamento surge aproximadamente no 11° dia e dura até 40° dia; mas o curso da cicatrização continua após os quarenta dias esse tempo varia de acordo com o tipo de cirurgia e o organismo da pessoa. (BORGES, 2010, p. 455).

Este estágio pode durar meses e causará um aumento de tensão e redução do comprimento da cicatriz e do eritema. Sem contar que essa fase promove melhoria no componente das fibra colágenas, e reabsorve a água; o que fará com que a cicatriz tenha uma espessura diminuída e acrescenta mais força a cicatriz. “Uma cicatrização normal tem aproximadamente 80% da força de tensão da pele normal, não é volumosa e é plana”. (MANDELBAUM, 2003, p. 396).

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15 2 ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO DO

PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA

A abdominoplastia é uma das intervenções cirúrgicas mais realizadas nos últimos anos. Essa intervenção é procurada por homens e mulheres que buscam melhorar a aparência e formato do abdome dando um melhor aspecto para o corpo como um todo. A abdominoplastia é realizada através de uma incisão suprapúbica juntamente com transposição de umbigo, onde é realizada a retirada de tecido subcutâneo; e para quem apresenta diástase abdominal realiza-se também uma plicatura dos músculos reto - abdominais. Esta técnica é bastante utilizada e indicada para pacientes que apresentam flacidez abdominal em decorrência de emagrecimento em grande quantidade, gravidez múltiplas, hérnias e abaulamentos. A abdominoplastia ainda pode ser realizada na sua forma clássica que através de incisão suprapúbica onde é retirada o tecido subcutâneo ou pode ser realizada associada a uma lipoaspiração, além de outras técnicas como a miniabdominoplastia (SANTOS; CANDIDO; SILVA, 2013). Na figura 1 apresenta um exemplo da abdominoplastia completa, ou seja, através de uma incisão suprapúbica com transposição de umbigo.

Figura 1- Pré e Pós-operatório de abdominoplastia com transposição de umbigo. A e C: Pré-operatório de abdominoplastia completa. B e D: Pós-operatório de 6 meses.

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16 Vidal, Berner e Will (2017) dizem que a abdominoplastia é uma das intervenções cirúrgicas mais realizadas no mundo e que cerca de 800.000 pessoas se submetem a esse procedimento por ano. Eles ainda relatam que o procedimento é procurado por pessoas que desejam remodelar o contorno do corpo e a aparência do abdome, sendo retirada todo a superabundância de pele e tecido adiposo com o intuito de melhor a anatomia da parede abdominal.

A abdominoplatia é uma técnica cirúrgica que atua no tegumento, através da dermolipectomia abdominal, fazendo-se, através da dermolipectomia abdominal, fazendo-se ressecção de excesso de pele e tecido subcutâneo da região inferior. Atua, também, na topografia musculo aponeurótica, tendo, como objetivo, o reparo das aponeuroses dos músculos reto abdominais. (BARCELOS et al., 2017, p.273)

Silva et al (2012) definem a abdominoplastia como sendo uma retirada de grande parte de excesso de pele e tecido adiposo da parede abdominal, para baixo da parede do abdome inferior, “sendo dissecada no mesmo plano para cima até a borda costal e o umbigo é circunscrito e permanece na mesma posição”.

A abdominoplastia assim como todas as intervenções cirúrgicas oferece ao paciente riscos de complicações no pós-operatório, a pesar de que algumas técnicas utilizadas na abdominoplastia, virem diminuindo os índices de complicações; porém ainda assim ocorrem complicações como “infecção da cicatriz, alterações cicatricial, seroma, deiscência” , além dessas, o indivíduo que se submete a esta forma de procedimento também está sujeito a ter um resultado estético indesejado como, assimetrias, elevações dos pelos pubianos, desvios do umbigo, retrações, entre outras alterações indesejadas. Porém essas complicações podem ser evitadas e corrigidas através de procedimentos fisioterapêuticos e os recursos utilizados; a fisioterapia dermato-funcional é fundamental para auxiliar o paciente a se recuperar, melhorar o aspecto da cicatriz e a funcionalidade do paciente. (SANTOS; CANDIDO; SILVA, 2013, p. 47).

Silva et al (2012), relatam que alguns cirurgiões encaminham seus pacientes para a fisioterapia no 15° dia de pós-operatório, ou seja na fase proliferativa da cicatrização, porém cada vez mais tem surgido cirurgiões que encaminham os pacientes já no 1° dia de pós-operatório, pois se entende que o tratamento precoce

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17 pode levar a uma resolução mais rápida das complicações. A fisioterapia dispõe de vários recursos que podem acelerar e melhorar o curso da cicatrização, sempre respeitando o quadro clínico do paciente e a fase do processo de cicatrização que o mesmo se encontra.

A fisioterapia pode atuar no pré e pós-operatório, sendo que a atuação fisioterapêutica no pré-operatório consiste na “manutenção da musculatura que está envolvida”, e ainda em uma avaliação completa do paciente levando em consideração as condições musculares e de pele do paciente. No pós-operatório a forma e o momento de intervenção fisioterapêutica varia conforme o procedimento cirúrgico realizado. (MILANI et al, 2006, p. 40).

Segundo Silva et al (2012) a atuação da fisioterapia dermato-funcional tem importante papel para a prevenção e tratamento de possíveis complicações no pós-operatório de cirurgias plásticas, podendo proporcionar ao paciente uma melhor recuperação e possibilitando o retorno as atividades de vida diária mais rápida, pois minimiza o tempo de pós-operatório, e proporciona melhora dos resultados do procedimento.

Uma das complicações que mais acometem pacientes em pós-operatório de abdominoplastia, está a má formação da cicatriz, podendo surgir então as chamadas cicatriz queloideana e hipertrófica. As cicatrizes hipertróficas e os quelóides são caracterizadas por uma síntese de colágeno com fibras, essas cicatrizes criam um formato em espiral ao invés de se orientarem ao longo da fenda. As cicatrizes queloideanas podem surgir por conta de um tensionamento do tecido infecção ou tração em excesso durante a incisão cirúrgica. Esses tipos de cicatrizes promovem um aspecto indesejado na aparência da cicatriz, então a fisioterapia busca promover uma correção dessa cicatriz, utilizando de recursos variados como crioterapia, massagem manual ou com auxilio mecânico, ultrassom associado a iontoforese, além de orientar o paciente quanto ao uso de cintas compressivas por um período prolongado com o intuito de promover melhor aparência cicatricial. (MILANI et al, 2006, p. 40).

Outra complicação que acomete pacientes nos estágios da cicatrização de pós operatório de abdominoplastia, é a chamada deiscência, que é quando a cicatriz se

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18 abre, e pode acontecer por causa de interferência na cicatrizes ou por alguns outros motivos como infecção ou até mesmo por conta de excesso de ressecção e isquemia. (PORCHAT et al, 2004, p. 370). Taciani et al (2014) dizem que a deiscência cicatricial é uma das mais graves complicações que acomete um paciente de pós-operatório de abdominoplastia, já que esta complicação aumenta o risco de infecção no local da intervenção cirúrgica, e a infecção é uma das complicações mais temidas porque pode colocar em risco não só o resultado das cirurgias como vida dos pacientes, quando ocorre a deiscência o processo de cicatrização é alterado, passando de uma cicatrização de primeira intenção para segunda intenção, o que resulta em uma ferida aberta acompanhada de infecção e inflamação, porém existem algumas formas de tratar e reverter essa complicação, como alguns recursos bioelétricos utilizados na fisioterapia para estimular o andamento da cicatrização como exemplo a utilização de Laser, TENS e Ultrassom.

Santos, Candido e Silva (2013) dizem que se deve observar as características clinicas de cada paciente ao invés de datas especificas, já que cada paciente apresenta evoluções diferentes em pós-operatório.

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19 3 RECURSOS FISIOTERAPEUTICOS MAIS UTILIZADOS NA FASE DE

CICATRIZAÇÃO DO PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA

A atuação fisioterapêutica tem importante papel no pós-operatório de cirurgias plásticas, incluindo a abdominoplastia. A fisioterapia utiliza recursos para prevenir algumas consequências advindas de cirurgia plásticas como as aderências cicatriciais, fraqueza muscular, dor e entre outros. Entre os recursos mais utilizados para evitar complicações na fase cicatricial, incluem a crioterapia e a eletroterapia com a utilização de ultrassom e laser. (MILANI et al, 2006, p. 40).

Santos, Candido e Silva (2013) dizem que o tratamento fisioterapêutico pode contribuir para melhorar significativamente a textura da pele, redução de edema, melhora a circulação venosa e linfática, reduz os riscos de complicações e ainda auxilia o processo cicatricial.

Flores, Brum e Carvalho (2011) dizem que a aplicação dos recursos fisioterapêuticos pode diminuir o tempo de repouso do paciente acelerando o tempo de recuperação e ainda restaurar a funcionalidade possibilitando uma reintegração do paciente em suas atividades de vida social mais rapidamente. Observa-se a seguir alguns dos recursos mais utilizados.

3.1 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL

A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica que não utiliza o deslizamento, e que é feita na direção do fluxo linfático sendo realizada com movimentos rítmicos e curtos com pouca e suave pressão. Há uma grande necessidade de se realizar a DLM após um procedimento cirúrgico, seja ele estético ou reparador, pois durante a intervenção cirúrgica há uma perda de vasos e nervos, isso leva a dor e formação de edemas e algumas outras complicações. Este recurso é muito importante pois melhora a defesa e ação anti-inflamatória, estimula a circulação linfática, elimina toxinas e nutri tecidos e ainda tem grande ação sobre as cicatrizes aderentes. A drenagem linfática promove o equilíbrio da pressão hidrostática e tissular e pode ser realizada 48 horas após o término da cirurgia, porém a diminuição do edema só ocorrerá após a formação do tecido cicatricial que ocorre por volta de 20 a 42 dias após a cirurgia. (SANTOS; CANDIDO; SILVA, 2013, p. 49).

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20 Para Borges (2010, p. 383-384) as cirurgias plásticas em sua maioria

[...] têm grande necessidade de DLM, em razão da destruição de vasos nervosos causados por estes procedimentos, provocando edema, dor e diminuição de sensibilidade cutânea, gerando grande desconforto para o paciente. A drenagem linfática manual quando realizada no pós operatório imediato, promove uma grande melhora do desconforto e do quadro álgico, por melhorar a congestão tecidual. Contribui também para o retorno precoce da normalização da sensibilidade cutânea local.

Um dos recursos mais utilizados pelo fisioterapeuta na área da dermato-funcional é a DLM, que tem como objetivo a diminuição de edema, entende-se que a formação de edema possibilita o surgimento de aderências cicatriciais, então a DLM também promove um alivio da dor; além de contribuir para a neoformação vascular e nervosa levando a prevenção do aparecimento de cicatrizes hipertróficas e queloideanas. (FLORES; BRUM; CARVALHO, 2011, p. 413).

Santos, Santos e Santos (2005) dizem que os sintomas do pós-operatório de cirurgia plástica pode ser diminuída por conta da DLM realizada pela fisioterapia, eles dizem que esse recurso pode levar a diminuição de edema e hematomas e ainda favorecem a formação de novos vasos sanguíneos e nervosos e diminuem os riscos de formar cicatrizes hipertróficas, retrações e queloides.

3.1.1 Laser

Rocha (2004, p. 44) define o laser como sendo “uma luz amplificada produzida por radiação eletromagnética que se manifesta como luz monocromática”; a luz branca é emitida por lâmpadas comuns tendo suas ondas com mesmo comprimento e com as mesmas fases de ondulação, assim somam energia.

Para Andrade, Clarck e Ferreira (2014) o laser é “uma fonte de luz monocromática, intensa, coerente e colimada, cuja emissão de radiação se faz pelo estímulo de campo externo”. Eles ainda dizem que o laser pode ser classificado em alta e baixa potência, sendo que os lasers de baixa potência são os mais indicados no tratamento de reparo tecidual como os traumatismos ósseos, musculares, e cutâneos, já os de alta potência são mais indicados para remoção e coagulação dos

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21 tecidos. Os lasers de baixa potência tem como efeitos a ativação e proliferação de linfócitos, e ação sobre os macrófagos facilitando assim a fagocitose, e a secreção de fatores do crescimento do fibroblasto e reabsorção de colágeno e fibrina e ainda aumento a quantia de tecido de granulação e diminuem os mediadores inflamatórios. A laserterapia pode promover efeitos fisiológicos como neoangiogênese, anti-inflamatório, revascularização e contração da ferida, sendo assim auxilia a cicatrização.

Segundo Mordon e Trelles (2011, p. 388), “[...] Estudos clínicos recentes mostram que a aplicação de luz laser, durante o processo cicatricial, além de melhorar a aparência final do tecido, evita as complicações da cicatrização.”

Fernandes et al (2014, p. 184) dizem que

[...] Vários tipos de laser já foram empregados no tratamento de queloides, sendo o laser de luz pulsada um dos que demonstraram bons resultados. Estudos demonstram que o laser pode melhorar vários aspectos na cicatriz, atuando na diminuição do eritema, textura, altura e sintomas associados, apresentando baixo nível de recorrência e baixos níveis de efeitos adversos.

Lins et al (2011), dizem o uso do laser de baixa potência tem resultados satisfatórios para a aceleração do processo cicatricial nos primeiros dias após a cirurgia plástica, este recurso pode promover ação anti-inflamatória, aumentar a proliferação do colágeno e fibroblastos, esses efeitos contribuem para uma boa cicatrização após a intervenção cirúrgica de abdominoplastia, sendo utilizado também na correção de algumas complicações causadas pelo procedimento cirúrgico melhorando o padrão e a qualidade da cicatriz.

Junior et al (2006, p. 54) diz a respeito do laser que [...]” estudos vêm mostrando a contribuição no processo de reparo tecidual, particularmente a respeito da influência na modulação de certos tipos celulares no processo de cicatrização.”

(22)

22 3.1.1.1 Ultrassom

O ultrassom é um recurso terapêutico que produz vibrações mecânicas, o ultrassom possui uma frequência superior a 20.000Hz e que o ultrassom terapêutico tem uma frequência que pode variar de 0,7 a 3 MHz. O ultrassom é um dos recursos mais utilizados no pós-operatório de abdominoplastia, por que promove uma aceleração no reparo tecidual e por conta de sua radiação ultrassônica possibilita uma cicatrização mais rápida e melhora a qualidade do tecido, pois este recurso aumenta a síntese de colágeno e aumenta a circulação sanguínea, com isso há um aumento no metabolismo da célula aumentando a síntese proteica, isso promove uma regeneração do tecido mais rapidamente. Borges ainda diz que utilização do ultrassom em intensidade baixa e no modo pulsado, apresenta como benefícios orientação da matriz cicatricial e dos fibroblastos, principalmente durante o remodelamento. O tempo de aplicação desse recurso pode variar de autor para autor. (BORGES, 2010, p. 36, 454).

Farcic et al (2012) dizem que o tempo utilizado pelo ultrassom varia de 2 a 20 minutos de aplicação para se obter um resultado satisfatório, sendo que no modo continuo é mais utilizado de 4 a 6 minutos e no modo pulsado é aplicado de 2 a 20 minutos, porém eles relatam que o tempo mais utilizado é de 5 minutos podendo onde se obtém bons resultados.

A terapia ultrassônica possibilita mudanças duradoras no organismo, pois a energia ultrassônica produz aquecimento, porém também ultimamente vem sendo bastante utilizada no modo atérmico, esses efeitos podem favorecer a cicatrização muscular, epitelial e a diminuição do processo inflamatório. A terapia ultrassônica utilizada na fisioterapia é realizada através de ondas oscilatórias mecânicas ou cinéticas que é produzida através do transdutor vibratório, essas vibrações atravessam a pele e atingem diversas profundidades, mas isso dependerá do valor de frequência que será aplicado, essa frequência varia de 0,75 a 3 MHz promovendo uma aceleração da evolução da cicatriz. Os benefícios do ultrassom dependerá dos parâmetros utilizados, modo de intensidade e duração da aplicação, frequência e até mesmo o tipo de cabeçote que será utilizado e área de tratamento e principalmente o tipo de calibragem do aparelho. (FREITAS; FREITAS; STRECK, 2011, p. 90).

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23 Segundo Matos et al (2008) o uso do ultrassom 3MHz assim como o laser (As-Ga) possuem importante papel para solucionar os problemas de falha na cicatriz no pós-operatório de abdominoplastia, esses recursos terão como efeito a aceleração da cicatrização e possibilitando a melhora do aspecto da cicatriz e reduzindo seu tamanho. Isso é possível porque esses recursos favorecem o aumento da circulação sanguínea, aumento da formação de colágeno e do tecido de granulação.

O ultrassom é um dos recursos mais utilizados nos casos de cicatrizes com deiscência, quando ocorre as deiscências o processo de cicatrização passa a ser de segunda intenção, e elas podem ser associadas a infecções e inflamações pois fica uma ferida aberta apresentando sérios riscos ao paciente. A utilização desse recurso nesse tipo de complicação é indicado porque apresenta ação anti-inflamatória e bactericida, além de estimular a produção de colágeno incentivando a reparação do tecido. (TACIANI, 2014, p. 33).

3.1.1.1.1 Crioterapia

A crioterapia é um recurso que utiliza baixas temperaturas para promover o resfriamento levando a algumas alterações metabólicas e que causa variados efeitos biológicos como diminuição da inflamação e dor, diminui o metabolismo da célula e libera endorfinas. (FERNANDES; FERREIRA, 2014, p. 184).

Este recurso é bastante utilizado no pós-operatório de cirurgias plásticas, principalmente na fase inflamatória, pois ela promove vasoconstrição, com isso há um controle da hemorragia e do trauma tecidual, e ainda reduz a dor do paciente pois possui efeito analgésico e anestésico, e ainda diminui a transmissão de impulsos nervosos sensitivo, podendo ser realizada pelo paciente em domicílio. (SANTOS; CANDIDO; SILVA, 2013, p. 52).

Para Matos (2008, p. 53)

[...] a crioterapia como forma isolada de tratamento de cicatrizes queloideanas apresenta uma resposta positiva em 55% a 70% dos casos. O princípio desta técnica é a destruição de camadas celulares por anóxia decorrentes de distúrbios na microvasculatura desencadeados pelo contato como o frio.

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24 A crioterapia possui diversas formas de aplicação, podendo ser realizada com pacote de gelo, imersão em agua resfriada, bolsa de gel e até mesmo fazendo massagem com o gelo sobre o local da cicatriz, é importante enfatizar que o tempo de aplicação e de duração dos efeitos pode variar dependendo do tipo e tempo de aplicação, que pode variar de 20 a 30 minutos de aplicação para que se obtenha um resultado satisfatório. (LIMA; DUARTE; BORGES, 2015, p. 340).

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25 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cicatrização é dividida em 5 fases: coagulação, fase inflamatória, fase proliferativa, contração da ferida e remodelamento. Conhecer essas fases e o tempo de duração de cada uma delas é fundamental para que se possa estabelecer um tratamento adequado ao paciente de pós-operatório de cirurgia plástica.

A atuação fisioterapêutica tem como objetivos prevenir e tratar complicações advindas de intervenções cirúrgicas como a abdominolastia. Utiliza-se vários recursos para promover aceleração cicatricial, melhorar a aparência da cicatriz, reduzir a dor e proporcionar ao paciente um retorno mais rápido a suas atividades de vida diária.

Os recursos citados são os mais utilizados no tratamento fisioterapêutico, são eles: Drenagem Linfática Manual, Laser, Ultrassom e a Crioterapia. Observou-se que esses recursos são fundamentais no decorrer da cicatrização de cirurgias plásticas, dentre elas a abdominoplastia, e proporcionam uma recuperação mais rápida.

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