• Nenhum resultado encontrado

Pº RP 239/2008 SJC-CT- Cancelamento de hipoteca prazo da obrigação de registar incumprimento responsabilidade pelo pagamento do agravamento

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Pº RP 239/2008 SJC-CT- Cancelamento de hipoteca prazo da obrigação de registar incumprimento responsabilidade pelo pagamento do agravamento"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Pº RP 239/2008 SJC-CT- Cancelamento de hipoteca – prazo da obrigação de registar – incumprimento – responsabilidade pelo pagamento do agravamento emolumentar

DELIBERAÇÃO Relatório

1. Em 26/9/2008, mediante as aps. 61 a 63, com base em três documentos de autorização (cfr. CRP, art. 56.º) emitidos pelo oficial de títulos da entidade credora em 4 e 5 de Agosto, requereu a notária M… na conservatória do registo predial de … o cancelamento das inscrições hipotecárias C-1, C-2 e C-3 que incidiam sobre o prédio descrito na ficha 721 da freguesia de …, juntando, para pagamento do custo dos registos, cheque no montante de €300,00.

Elaboradas as contas (identificadas pelos nºs 21771, 21772 e 21773), em cada uma se apurou um crédito de €100,00.

Em 6/10/2008 a sra. notária foi notificada do “emolumento em falta de 300,00 €”, sem que todavia para o suplemento de cobrança se avançasse com qualquer fundamento (de direito ou outro).

Em 13/10/2008, datada de 9/10/2008, chegou à conservatória comunicação da sra. notária informando que não tencionava proceder ao pagamento dos €300,00 para que fora solicitada, uma vez que “o interessado…, S.A., não concorda com o pagamento da coima…”. Mais solicitou à conservatória que esta se dignasse proceder a nova notificação do valor a pagar com base em “despacho fundamentado”.

Pedido a que por ofício dessa mesma data (13/10) a sra. conservadora acedeu.

Nele refere que, por força do disposto no art. 66.º/ 1, al. e, do CRP, as apresentações dos cancelamentos deveriam ter sido rejeitadas, visto que com o pedido não foram entregues as quantias devidas pelo facto de a sua promoção se fazer fora do prazo estabelecido no art. 8.º-C; como as apresentações em vez disso ganharam lugar no livro diário, o processo de registo teve “o seu seguimento normal, isto é, foram qualificados e efectuados de acordo com o requerido pelo apresentante.”

2. Em 04/11/2008 a sra. notária interpôs o presente recurso hierárquico contra a liquidação efectuada.

(2)

C-2 e C-3 juntando a quantia de €300,00, o fez no convencimento de que o pedido seria rejeitado, “face às informações telefónicas da Conservatória, em consonância, aliás, com o disposto no artigo 66.º, n.º 1, al. e) do Código do Registo Predial.”

Que, como quer que seja, é em sua opinião muito discutível que o disposto no art. 8.º-C seja aplicável aos títulos para cancelamento de hipoteca, atendendo ao facto de a entidade credora por norma não proceder à sua entrega senão quando é reembolsada do montante do empréstimo em dívida. Com a consequência de que, no momento da submissão do pedido de cancelamento, quase sempre terão já decorrido mais de 10 dias sobre a data da passagem do título – pelo que a promoção do averbamento de cancelamento só não estará fora do prazo na medida em que se possa considerar acto conexo com o pedido de registo da hipoteca.

Manifesta por outro lado a sra. notária o entendimento, subjacente à sua confessada expectativa, de que a falta do pagamento do emolumento em dobro por incumprimento do prazo de registo, caso a ele haja lugar, deveras impõe a rejeição da apresentação. Na verdade, sendo certo que nessa hipótese o pedido não se vê satisfeito, o interessado fica contudo livre de optar seja por renovar o pedido suportando o emolumento em dobro, seja por abdicar pura e simplesmente do pedido, seja até por diligenciar junto do credor no sentido de este proceder à emissão de novo documento para cancelamento e, com base nele, requerer o registo dentro do novo prazo assim aberto, agora com pagamento do emolumento em singelo.

Para o fim deixa a recorrente nota do seu desacordo com o procedimento de a si se ter exigido o pagamento do emolumento em dobro, “uma vez que segundo o artigo 8.º-D… a responsabilidade pelo pagamento recai sobre o sujeito activo dos factos, nos termos do artigo 151º n.º 2, já que a obrigatoriedade de promover o registo para a recorrente só entrará em vigor a 01/01/2009.”

Termina com o pedido de que se anule a conta efectuada e de que se substitua por outra no valor global de €300,00, já pagos.

3. No despacho que elaborou em cumprimento do preceituado no art. 142.º-A/1, a recorrida, a pretexto da questão prévia da tempestividade da impugnação, aproveita para reflectir sobre os termos a que deverá obedecer a contagem do prazo para recurso.

Em sua opinião, sendo dos tribunais administrativos a competência para apreciar o recurso judicial interposto contra a liquidação plasmada na conta, e mandando o art. 147.º-B aplicar subsidiariamente ao recurso hierárquico o disposto no código do procedimento administrativo, não fará sentido aplicar regras

(3)

diferenciadas à contagem do prazo para recurso hierárquico e à do prazo para impugnação judicial, propugnando por que um e outro se subordinem às regras do procedimento administrativo – ou seja, nos termos do disposto na al. b) do n.º 1 do art. 72.º do CPA, com suspensão aos sábados, domingos e feriados. Advogando, em suma, para a contagem do prazo de impugnação da conta, um regime diverso do que se tem entendido reger em matéria de impugnação da qualificação, e que é o da regra da continuidade constante do art. 144.º/1 do CPC.

Independentemente da posição que sobre o ponto se adopte, conclui, sempre o recurso terá sido apresentado em tempo, atendendo a que a notificação da liquidação se realizou em 6/10/2008.

Quanto ao fundo, diz que, não tendo os cancelamentos de hipoteca sido pedidos “…no momento em que o foram as hipotecas, esgotou-se a possibilidade de se defender a conexão para efeitos emolumentares – art. 21, n.º 1 do RERN”.

Concorda em que, ante a falta de €300,00 devidos pelo cumprimento tardio da obrigação de registar, deveriam as apresentações correspondentes ter sido rejeitadas, conforme o disposto no art. 66.º/1, e) do CRP, desfecho que só não foi o que se verificou porque o funcionário incumbido da tarefa na ocasião se não deu conta da insuficiência do valor remetido, o que fez com que o processo de registo seguisse o seu curso normal: apresentação, julgamento favorável da viabilidade e execução.

Em contrapartida, discorda de que a circunstância de a entidade tituladora, e o notário em particular, só ser sujeito da obrigação de registar a partir de 1/1/2009 lhe possa aproveitar como causa válida de desresponsabilização pelo pagamento.

Certo que a responsabilidade pelo pagamento do agravamento do emolumento recai sobre a entidade que está obrigada a promover o registo, e que essa entidade será no caso a instituição de crédito, dado que no cancelamento de hipoteca ela intervirá como sujeito activo do facto (art. 8.º-B/1, c)). Não menos certo, porém, é que, segundo o prescrito no n.º 3 do art. 151.º, quem apresenta o registo ou pede o acto deve proceder ao pagamento das importâncias devidas. Assim, se era obrigação da entidade credora que promovesse o registo no prazo de 10 dias (art. 8.º-C/6), e que sobre ela recai a responsabilidade pelo pagamento do agravamento emolumentar decorrente do incumprimento do prazo (art. 8.º-D/3), isso nada retira à obrigação que sempre impende sobre quem apresenta o registo de prover ao pagamento das quantias devidas.

A liquidação das contas 21771, 21772 e 21773 terá pois sido correctamente calculada e pelo seu integral pagamento é a sra. notária apresentante responsável.

(4)

***** Questões prévias

1. Questiona-se a forma de contagem do prazo para interposição de recurso hierárquico de conta.

1.1. A recorrida opina no sentido de que se devem aplicar as regras que valham para a dedução de impugnação judicial, por forma a que os 30 dias fixados no n.º 1 do art. 141.º indistintamente se traduzam numa mesma duração efectiva. E uma vez que é aos tribunais administrativos que caberá a apreciação da correcção da liquidação, defende que na impugnação de conta, diferentemente do que ocorre em matéria de recurso hierárquico das decisões de qualificação, o prazo, por força da aplicação subsidiária determinada no art. 147.º-B, se deve contar conforme o regime do procedimento administrativo, não correndo portanto nos sábados, domingos e feriados, exactamente à semelhança do que presume sucederá com o prazo para contenciosamente contestar a liquidação junto da jurisdição administrativa.

Julgamos porém haver algum equívoco na contextualização elaborada pela sra. conservadora.

É que, por um lado, à contagem dos prazos para impugnação nos tribunais administrativos é aplicável o disposto no n.º 4 do art. 144.º do CPC, por expressa determinação do disposto no n.º 3 do art. 58.º do CPTA. Regem portanto as regras dos n.ºs 1, 2 e 3 daquele art. 144.º, onde se consagra a regra da continuidade.

Acresce que, por outro lado, em bom rigor não serão os tribunais administrativos mas sim os tribunais tributários os órgãos jurisdicionais competentes para a impugnação judicial da conta (CPPT, art. 97.º; ETAF, 49.º). E o que no n.º 1 do art. 20.º do CPPT se dispõe é que os prazos de impugnação judicial se contam nos termos do art. 279.º do CC – e também aí é a regra da continuidade que impera.

Por conseguinte, se a preocupação é a de que não só nominalmente mas também efectivamente haja coincidência no prazo da impugnação hierárquica e da impugnação judicial (30 dias que, contados da mesma data, se escoam na mesma data), pois bem, daí haverá de decorrer um princípio de uniformização no sentido de que em ambos se conte nos termos prescritos no art. 279.º CC.

No fim de contas, e muito sumariamente, julgamos não haver diferença, nem razão para havê-la, na contagem dos prazos para impugnação judicial e hierárquica quer da decisão de qualificação, quer da liquidação de conta – todos se

(5)

contam continuamente.1

1.2. Questão inseparável da anterior é a que se prende com a da determinação do termo inicial da contagem.

Segundo a sra. conservadora, a notificação da quantia em falta foi efectuada no dia 6/10/2008, com o que com certeza pretenderá referir-se à comunicação realizada através do ofício datado de 03/10/2008 (of. N.º 7733).

Tal ofício limita-se porém, notámo-lo, a informar da quantia que se apurou em dívida nas ditas contas.

Ora não parece que um tal laconismo cumpra o mínimo de fundamentação legalmente exigível. No mínimo dos mínimos, parece-nos, a comunicação, para poder valer como regular notificação, há-de conter a indicação das disposições legais ao abrigo das quais se louva a exigência de pagamento apresentada (cfr. LGT, art. 77.º/2 e 6; CPPT, art. 36.º). Somos assim de opinião que só com a recepção do ofício redigido em 13/10/2008 a impetrante se pode considerar regularmente notificada (cfr. art. 37.º/1 e 2 do CPPT) – isto sem embargo de resultar flagrante do conteúdo da comunicação que dirigiu à conservatória com data de 9/10/2008 que já então estava plenamente esclarecida quanto ao fundamento legal do pagamento adicional com que foi confrontada.2

******

Expostas as posições em confronto e não se suscitando adicionais questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito, é chegado o momento de sobre ele tomar posição.

O que se faz adoptando a seguinte

Deliberação

1 Sobre a temática, genericamente, cfr. parecer emitido no Processo R.Co. 32/2006

DSJ-CT. A doutrina aí defendida em sede da impugnação das decisões de qualificação do conservador do registo comercial é inteiramente transponível para o quadro da impugnação das decisões do conservador do registo predial; cfr., entre outros, o parecer proferido no Processo RP 164/2008 SJC-CT.

2 O recurso é tempestivo, como claramente se extrai do confronto das datas da

notificação e da apresentação da petição. Mas ainda que não o fosse, cremos que dele sempre resultaria a obrigação para os serviços de procederem à reponderação da regularidade da conta, ex vi do disposto no art. 128.º/2 do Decreto Regulamentar n.º 55/80, de 8-10, rectificando-a quando seja caso disso.

(6)

I. Pressuposto de que o averbamento de cancelamento de hipoteca se possa considerar acto conexo para efeitos do disposto no n.º 1 do art. 21.º do RERN é o de que o respectivo pedido surja formulado no contexto sincrónico de um processo registal mais amplo que tenha por objecto imediato a feitura de pelo menos um outro acto de registo que se possa qualificar de “principal” e em relação ao qual o referido cancelamento, na economia do processo, se possa qualificar de “acessório” (ou “conexo”).3

II. Não se verificando o condicionalismo descrito na conclusão precedente, não poderão considerar-se “actos conexos” – desde logo por faltar o concomitante acto “principal” a que pudessem ser “conexionados” – os averbamentos de cancelamento de inscrições hipotecárias isoladamente requeridos, do que resulta que por tais actos se cobrará o valor obtido da multiplicação do seu n.º pelo valor fixado no art 21.º/3 do RERN.4

III. Antes da entrada em vigor da al. b) do n.º 1 do art. 8.º-B do CRP (que a al. a) do n.º 3 do art. 36.º do DL n.º 116/2008, de 4-7, diferiu para o dia 1/1/2009), é de entender que era sujeito da obrigação de promover o registo isolado do cancelamento de hipoteca o sujeito activo do facto, como tal devendo considerar-se, neste contexto, a pessoa ou entidade cuja esfera jurídica primacialmente beneficia da extinção do facto – vale por dizer, o titular do direito inscrito (propriedade ou outro direito hipotecado – cfr. CC, art. 688.º/1) consequencialmente desagravado.5

3 Sobre o que deva entender-se por acto conexo, cfr. ponto I. do Despacho n.º

74/2008 do Presidente do IRN, alterado pelo Despacho n.º 80/2008. Segundo a orientação aí perfilhada, um dos requisitos básicos para que o acto se possa incluir na categoria (de conexo) é o de que o respectivo pedido se formule no mesmo momento em que se exterioriza a vontade de registar o facto principal (v. al. c) do n.º 1 do ponto I do referido Despacho). A descodificação do conceito de “acto conexo” é também objecto da deliberação adoptada no processo RP 186/2008 SJC-CT.

4 No n.º 1 do ponto VII do mesmo Despacho n.º 74/2008 (na versão que lhe deu o

D. n.º 80/2008) estatui-se expressamente que “os averbamentos às inscrições, requeridos

isoladamente, isto é, independentemente de qualquer outro acto de registo, devem ser tributados por aplicação da verba 3 do art. 21.º…”.

5 É o entendimento consignado nas als. b) a e) do ponto II do Despacho n.º

134/2008 do Presidente do IRN (que aliás viria a ser legalmente acolhido, na designação do sujeito obrigado – sem contudo se lhe chamar “sujeito activo” – no n.º 7 do art. 8.º-B do CRP, aditado pelo DL n.º 122/2009, de 21-5).Verdade que na letra do despacho (como, mais

(7)

IV. Era portanto de 30 dias, contados da data da titulação dos documentos de cancelamento, o prazo de que esse sujeito dispunha para cuidar de tempestivamente pedir o registo em apreço (cfr. CRP, art. 8.º-C/1).6

V. O decurso do referido prazo legal não faz extinguir a obrigação, mas o custo do acto sofre o agravamento cominado no n.º 1 do art. 8.º-D, que se concretiza no pagamento em dobro do emolumento abstractamente devido e pelo qual o n.º 3 do art. 8.º-D responsabiliza o sujeito obrigado remisso. VI. Independentemente da responsabilidade que onera o sujeito da obrigação,

porém, todo aquele que apresente pedido de registo (por si, directamente, ou por conta e em representação de legítimo interessado no acto) está obrigado, antes ou simultaneamente com o pedido de registo – e, logo, também depois desse momento, em caso de eventual liquidação inicial deficiente – a entregar o montante global de que se faz a conta (compreendendo tanto a parte do emolumento “em singelo” como a eventual parte do emolumento “em dobro”).7

VII. A falta ou insuficiência de pagamento do total das importâncias devidas, aquando da submissão do pedido de registo, constitui motivo imperativo de rejeição da correspondente apresentação.8

VIII. Em caso de apresentação indevida do pedido, em razão de não terem sido entregues as quantias que se mostrassem devidas, o registo apresentado,

tarde, na da lei) a obrigação se impõe ao “titular do direito de propriedade”, mas parece-nos

evidente que não foi bem isso o que teleologicamente se quis dizer. Se, por ex., era o usufruto o direito que se achava onerado pela hipoteca extinta, outro que o usufrutuário não pode ser o sujeito obrigado a cuidar do registo da vicissitude extintiva.

6 É indiscutível que os cancelamentos cujas contas se discutem se encontram sujeitos

ao regime da obrigatoriedade. A titulação é posterior a 21/7/2008 (cfr. art. 33.º/1 do DL n.º 116/2008, de 4-7), e os factos extintivos de situações jurídicas registadas (CRP, art. 2.º/1, x)) não figuram excepcionados na al. a) do n.º 1 do art. 8.º-A.

7 Cfr. ponto VI do despacho n.º 74/2008.

8 Cfr. declaração de voto anexa à deliberação adoptada no processo RP 186/2008

SJC-CT, a cuja doutrina o Exmo. Presidente do IRN expressamente aderiu no seu despacho homologatório. Nas quantias devidas cujo não pagamento por ocasião da formulação do pedido conduz à rejeição da apresentação não há portanto que distinguir entre emolumento simples e emolumento dobrado, já que a conta é uma só.

(8)

caso se frustrem as diligências que logo cumpre adoptar com vista ao pronto percebimento dos montantes em falta, não deverá ser efectuado.9

IX. Tendo o registo não obstante sido efectuado, e permanecendo a quantia correspondente à sanção pela promoção tardia do registo (como aliás quaisquer outras) por pagar, é junto do apresentante – precisamente porque foi ele o sujeito que directamente interagiu com a conservatória, desse modo assumindo a responsabilidade pela entrega de quanto fosse liquidado e, consequentemente, devido – que em primeira linha os serviços devem procurar realizar a satisfação do crédito.

Termos em que ao recurso se não deve conceder provimento.

Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 30 de Julho de 2009.

António Manuel Fernandes Lopes, relator.

Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em 03.08.2009.

9 Como se sustentou no Processo R.Co. 39/2007 DSJ-CT em matéria de registo

comercial, onde o problema recebe tratamento normativo idêntico (cfr. art. 46.º/1, b)), entendemos que, na falta de pagamento das quantias devidas, o pedido de registo, não tendo sido, como devia, rejeitado, nem por isso deverá fazer-se. Como noutro lugar escrevemos, “se o pedido, por qualquer motivo mais ou menos anómalo, mais ou menos

evitável, consegue vencer as defesas da admissibilidade da apresentação, isso não parece que seja bastante para justificar que o sistema ignore que o pedido se fez com ‘preterição’ das regras de admissão e se sinta obrigado a qualificá-lo como se tivesse sido submetido sem mácula.” É verdade que o não pagamento não figura entre as causas de recusa

enumeradas no art. 69.º, mas, como naquela mesma ocasião tivemos ensejo de acentuar, “não figura nem tem de figurar, porquanto na arquitectura do sistema, um pedido não

acompanhado do pagamento das importâncias a que está sujeito é um pedido que nele não deve sequer ingressar, e, logo, um pedido em relação ao qual a questão da qualificação não pode sequer pôr-se.” Antes de avançar para a recusa do acto indevidamente apresentado,

porém, deve a conservatória notificar o apresentante no sentido de prover ao pagamento em falta, com expressa advertência para a consequência de da recusa de pagamento decorrer a recusa de registo.

Referências

Documentos relacionados

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

 A AES ELETROPAULO será responsável pela elaboração do Projeto Civil quando da necessidade de obras civis na via pública, para interligação do INTERESSADO ao

Nestes dois episódios reconhece-se uma diversidade de ações por parte da professora em momentos de discussão coletiva em que passa em revista o trabalho realizado pelos

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

A análise empírica não experimental realizada neste estudo, que usa grupos de tratamento e controle, indica efeitos positivos e não significativos do programa

2 a 2 com bola, um de cada lado da rede, o aluna com bola coloca-se na linha dos três metros e lança a boa para cima da rede, o outro faz bloco,

2 Carteira composta pelos produtos: consignado (privado e público), financiamento de placas solares, crédito pessoal (com e sem garantia), home equity e crédito estudantil...