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Apontamentos sem fronteiras. Ora vamos lá ao trabalho DIREITO DO TRABALHO. Universidade Autónoma de Lisboa Ano lectivo 2004/2005

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DIREITO DO TRABALHO

Universidade Autónoma de Lisboa

Ano lectivo 2004/2005

Aulas teóricas: ………Doutor Fernando Ribeiro Lopes

Aulas práticas:………... Dr. Carlos Proença

Bibliografia :

"Direito do Trabalho” Dr. António Monteiro Fernandes

“Código do Trabalho” anotado de P. Martinez, Luís Monteiro, Joana Vasconcelos, Pedro de Brito, Guilherme Dray, Luís Gonçalves da Silva

Apontamentos e resumos do curso, não isentos de eventuais erros ("errare

humanum est") "destilados" por António Filipe Garcez José, aluno n° 20021078,

2° SEMESTRE

Ora vamos lá ao trabalho

(2)

FÉRIAS

Artigo 211.º

Direito a férias

1 - O trabalhador tem direito a um período de férias retribuídas em cada ano civil.

2 - O direito a férias deve efectivar-se de modo a possibilitar a recuperação física e psíquica do trabalhador e assegurar-lhe condições mínimas de disponibilidade pessoal, de integração na vida familiar e de participação social e cultural.

3 - O direito a férias é irrenunciável ...

e, fora dos casos previstos neste Código, ...

- o seu gozo efectivo não pode ser substituído, ...

ainda que com o acordo do trabalhador, por qualquer compensação económica ou outra.

4 - O direito a férias reporta-se, em regra, ...

- ao trabalho prestado no ano civil anterior e...

- não está condicionado à assiduidade ou efectividade de serviço, sem prejuízo do disposto no n° 3 do artigo 213° (corrigido o lapso dos autores) e do n.º 2 do artigo 232.º

• O preceituado na 1a

parte do n° 4 é apresentado como regra geral.

São excepções a esta regra geral, as seguintes situações: - direito a férias no ano da contratação (art. 212°/2)

- direito a férias nos contratos de duração inferior a 6

meses (art. 214°)

- direito a férias no ano da cessação do impedimento

(3)

ser substituído por compensação económica ou de outra natureza encontram-se nos artigos:

- 213°/5

- 232°/2

- 220°/1

- 221°/1/2

Artigo 212.º

Aquisição do direito a férias

1 - O direito a férias...

adquire-se com a celebração do contrato de trabalho e ...

vence-se no dia 1 de Janeiro de cada ano civil, ...

salvo o disposto nos números seguintes.

2 - No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após seis meses completos de execução do contrato, a gozar 2 dias úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até ao máximo de 20 dias úteis.

3 - No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de

decorrido o prazo referido no número anterior ou antes de

gozado o direito a férias, pode o trabalhador usufrui-lo até 30 de Junho do ano civil subsequente.

4 - Da aplicação do disposto nos nºs 2 e 3 não pode resultar para o trabalhador o direito ao gozo de um período de férias, no

mesmo ano civil, superior a 30 dias úteis, sem prejuízo do

disposto em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho.

Férias remuneradas

As férias são interrupções da prestação de trabalho, por vários dias, concedidos ao trabalhador com o objectivo de lhe proporcionar um repouso anual, sem perda de retribuição.

(4)

Comentários ao art. 212°

• Os seis meses completos de execução contratual constituem

condição do vencimento do direito a férias, mas não da duração destas, pelo que podem ser cumpridos no ano civil

seguinte (n°3) sem que, por isso, o trabalhador tenha direito a período de férias superior ao correspondente aos meses de duração do contrato no ano de celebração.

Exemplo:

o trabalhador contratado em 1 de Outubro tem direito a seis dias úteis de férias, que pode gozar só após 31 de Março do ano seguinte.

• Este “período de espera” de seis meses também condiciona o vencimento do direito a férias no ano subsequente ao da contratação.

Exemplo:

O trabalhador contratado em 1 de Outubro tem direito a seis dias úteis de férias em virtude do trabalho prestado nesse ano, a que acresce o período de vinte e dois dias úteis vencidos no ano seguinte, não em 1 de Janeiro como é regra, mas logo que perfaça seis meses completos de execução contratual. O que significa que é coincidente o momento do vencimento de ambos os direitos a férias.

Se o contrato de trabalho tiver uma duração inferior a seis

meses completos, o trabalhador terá, no que respeita à

duração do contrato no ano da contratação, o direito a férias que lhe é reconhecido pelo art. 214°.

• Quando ocorra a hipótese prevista no n° 3, a soma dos dois períodos de férias não pode ultrapassar 30 dias úteis, excepto quando a cumulação das férias tenha resultado da não marcação destas, imputável ao empregador, no período referido no n° 3 do art. 217°

(5)

Artigo 213.º

Duração do período de férias

1 - O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis.

2 - Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de

segunda-feira a sexta-feira, com excepção dos feriados, não

podendo as férias ter início em dia de descanso semanal do trabalhador.

3 - A duração do período de férias é aumentada no caso de o trabalhador não ter faltado ou na eventualidade de ter apenas

faltas justificadas, no ano a que as férias se reportam, nos seguintes termos:

a) Três dias de férias até ao máximo de uma falta ou dois meios dias;

b) Dois dias de férias até ao máximo de duas faltas ou quatro meios dias;

c) Um dia de férias até ao máximo de três faltas ou seis meios dias.

4 - Para efeitos do número anterior são equiparadas às faltas os dias de suspensão do contrato de trabalho por facto respeitante ao trabalhador.

5 - O trabalhador pode renunciar parcialmente ao direito a férias, recebendo a retribuição e o subsídio respectivos, sem

prejuízo de ser assegurado o gozo efectivo de 20 dias úteis de

férias.

Comentários ao art. 213°

• A ponderação da assiduidade do trabalhador para efeitos de aumento dos dias de férias exige um ano completo de trabalho, pelo que também o período de férias a gozar no segundo ano de execução do contrato não pode beneficiar do aumento induzido pela assiduidade, a menos que o

(6)

trabalhador tenha sido contratado logo no início do ano anterior.

• Entende-se que as licenças, dispensas e ausências ao serviço, ainda que consideradas como prestação efectiva de serviço, devem ser tratadas como faltas justificadas para efeitos de aplicação do n°3

• O aumento da duração do período de férias, previsto no n° 3 do artigo 213° do CT, não tem consequências no montante do subsídio de férias (art. 493°Lei n° 35/2004)

Artigo 214°

Direito a férias nos contratos de duração inferior a seis meses

1 - O trabalhador admitido com contrato cuja duração total não atinja seis meses tem direito a gozar dois dias úteis de férias por

cada mês completo de duração do contrato.

2 - Para efeitos da determinação do mês completo devem contar-se todos os dias, contar-seguidos ou interpolados, em que foi prestado trabalho.

3 - Nos contratos cuja duração total não atinja seis meses, o gozo das férias tem lugar no momento imediatamente anterior ao da cessação, salvo acordo das partes.

Comentário ao art. 214°

• O período de férias, nos casos até seis meses de vigência contratual, pode ser cumprido em qualquer momento do ano civil ou até em dois anos civis seguidos. Neste caso entende-se que o período de férias deve entende-ser determinado por aplicação do n° 1 do art. 221°, para o qual relevará todo o tempo de duração do contrato e não apenas o decorrido no ano da cessação.

• O n° 3 só é aplicável quando seja previsível a cessação do contrato antes de decorridos seis meses.

(7)

Artigo 215.º

Cumulação de férias

1 - As férias devem ser gozadas no decurso do ano civil em

que se vencem, não sendo permitido acumular no mesmo ano

férias de dois ou mais anos.

2 - As férias podem, porém, ser gozadas no primeiro trimestre do ano civil seguinte, em acumulação ou não com as férias vencidas no início deste, por acordo entre empregador e trabalhador ou sempre que este pretenda gozar as férias com familiares residentes no estrangeiro.

3 - Empregador e trabalhador podem ainda acordar na acumulação, no mesmo ano, de metade do período de férias vencido no ano anterior com o vencido no início desse ano.

Artigo 217.º

Marcação do período de férias

1 - O período de férias é marcado por acordo entre empregador e trabalhador.

2 - Na falta de acordo, ...

cabe ao empregador marcar as férias e elaborar o respectivo mapa, ouvindo para o efeito a comissão de trabalhadores.

3 - Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, ...

- o empregador só pode marcar o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro,

salvo ...

parecer favorável em contrário da entidade referida no número anterior ou disposição diversa de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho.

4 - Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre que possível, beneficiando, alternadamente,

Regra geral

(8)

os trabalhadores em função dos períodos gozados nos dois anos anteriores.

(Continua) (Continuação)

5 - Salvo se houver prejuízo grave para o empregador, devem

gozar férias em idêntico período os cônjuges que trabalhem na

mesma empresa ou estabelecimento, bem como as pessoas que vivam em união de facto ou economia comum nos termos previstos em legislação especial.

6 - O gozo do período de férias pode ser interpolado, por acordo

entre empregador e trabalhador e desde que sejam gozados, no mínimo, 10 dias úteis consecutivos.

7 - O mapa de férias, com indicação do início e termo dos

períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elaborado até 15 de Abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho entre esta data e 31 de Outubro.

8 - O disposto no n.º 3 não se aplica às microempresas.

Artigo 219.º (Arts. 191° a 201° Lei 35/2004) Doença no período de férias

1 - No caso de o trabalhador adoecer durante o período de

férias, são as mesmas ...

- suspensas desde que o empregador seja do facto informado...

prosseguindo, logo após a alta, ...

- o gozo dos dias de férias compreendidos ainda naquele período, ..

- cabendo ao empregador, na falta de acordo, a marcação dos dias de férias não gozados, sem sujeição ao disposto no n.º 3 do artigo 217.º

(9)

de férias não gozados, que podem decorrer em qualquer período, aplicando-se neste caso o n.º 3 do artigo seguinte.

3 - A prova da doença prevista no n.º 1 é feita por estabelecimento hospitalar, por declaração do centro de saúde ou por atestado médico.

4 - A doença referida no número anterior pode ser fiscalizada por médico designado pela segurança social, mediante requerimento do empregador.

5 - No caso de a segurança social não indicar o médico a que se refere o número anterior no prazo de vinte e quatro horas, o empregador designa o médico para efectuar a fiscalização, não podendo este ter qualquer vínculo contratual anterior ao empregador.

6 - Em caso de desacordo entre os pareceres médicos referidos nos números anteriores, pode ser requerida por qualquer das partes a intervenção de junta médica.

7 - Em caso de incumprimento das obrigações previstas no artigo anterior e nos nºs 1 e 2, bem como de oposição, sem motivo atendível, à fiscalização referida nos nºs 4, 5 e 6, os dias de alegada doença são considerados dias de férias.

8 - A apresentação ao empregador de declaração médica com intuito fraudulento constitui falsa declaração para efeitos de justa causa

de despedimento.

9 - O disposto neste artigo é objecto de regulamentação em legislação especial.

Comentários ao art. 219°

• Em conjunto com o disposto no art. 229°, o sistema de fiscalização de faltas previsto neste preceito e desenvolvido

(10)

nos artigos 191° a 201° da Lei 35/2004, constitui uma das

medidas directas de combate ao absentismo laboral.

O incumprimento (art. 219°/8 e art. 396°/3/f) ) pelo trabalhador das obrigações pressupostas ou impostas por este preceito, pode ter...

... duas consequências, alternativas ou cumulativas :

- Constitui um dos comportamentos susceptível de

integrar a justa causa de despedimento e...

- descaracteriza a situação como facto suspensivo do

gozo de férias , pelo que os dias da alegada doença são considerados dias de férias (n°7).

Artigo 220.º

Efeitos da suspensão do contrato de trabalho por impedimento prolongado

1 - No ano da suspensão do contrato de trabalho por

impedimento prolongado, respeitante ao trabalhador, ...

- se se verificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito a férias já vencido, ...

o trabalhador tem direito à retribuição correspondente ao período de férias não gozado e respectivo subsídio.

2 - No ano da cessação do impedimento prolongado o

trabalhador tem direito às férias nos termos previstos no n.º 2 do artigo 212.º

3 - No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decorrido

o prazo referido no número anterior ou antes de gozado o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-lo até 30 de Abril do ano civil subsequente.

4 - Cessando o contrato após impedimento prolongado

respeitante ao trabalhador, este tem direito à retribuição e ao subsídio de férias correspondentes ao tempo de serviço prestado no ano de início da suspensão.

Referências

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