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ADRIANA MARIA MACÊDO DE ALMEIDA TÓFOL I JONATHAN ELIAS TEIXEIRA LUCENA ROSÂNGELA GUIMARÃES DE OLIVEIRA

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ADRIANA MARIA MACÊDO DE ALMEIDA TÓFOL I

JONATHAN ELIAS TEIXEIRA LUCENA

ROSÂNGELA GUIMARÃES DE OLIVEIRA

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS RUMO AO PLANO DE

DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DO CENTRO FORMADOR DE

RECURSOS HUMANOS – CEFOR-RH/SES-PB

CENTRO FORMADOR DE RECURSOS HUMANOS – CEFOR-RH/SES-PB

Projeto de Intervenção apresentado como requisito parcial e obrigatório para obtenção do grau de Especialista em Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação na Educação em Saúde Coletiva.

Orientadores: Leandro Roque da Silva Sandra Arôca

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3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 1 2 Problema……… 6 3 Justificativa………. 7 4 OBJETIVOS... 8 4.1 Objetivo Geral... 8 4.2 Objetivos Específicos... 8 5 METODOLOGIA... 9 6 CRONOGRAMA... 12 7 RECURSOS NECESSÁRIOS... 12 8 REFERÊNCIAS... 13

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1. INTRODUÇÃO

Este Projeto de Intervenção (PI) é parte da produção exigida pelo Curso de Especialização em Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação na Educação em Saúde Coletiva e está vinculado ao Centro Formador de Recursos Humanos da Paraíba – CEFOR-RH/PB, onde será desenvolvido com a intenção de estabelecer as possibilidades para a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional desta escola.

O CEFOR-RH/PB surgiu como Núcleo de Capacitação Técnica da Secretaria de Estado da Saúde, voltado para a qualificação de profissionais atuantes no Sistema Único de Saúde – SUS. À época de sua criação, a proposta pautava-se no movimento de reestruturação da rede de assistência à saúde no Brasil, nos anos 1980, e na qualificação da força de trabalho em consonância com as ideias da Reforma Sanitária Brasileira, a qual propunha a democratização do sistema de saúde, bem como mudanças na prática profissional dos trabalhadores da saúde no âmbito do Projeto Larga Escala1 (PLE). Esse projeto foi idealizado pela enfermeira Isabel dos

Santos, no início da década de 1980, e sistematizado pelas estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde, com a elaboração de um currículo integrado que possibilitasse a formação em serviço e que não afastasse o trabalhador de suas atividades (RODRIGUES, 2016).

O CEFOR-RH/PB foi institucionalizado por meio da Lei n° 5.871, de 11 de abril de 1994 (PARAÍBA, 1994), ampliando, a partir de então, sua atuação dentro do estado da Paraíba. Entre 1994 e 1996, além da qualificação de enfermeiros nas áreas técnicas de saúde materno infantil e doenças transmissíveis, também realizou, nos serviços de saúde do SUS, no estado da Paraíba, o levantamento dos profissionais de saúde de nível elementar e médio, nas categorias de atendente e auxiliar de enfermagem, os quais eram considerados o público-alvo do SUS para formação (PARAÍBA, 2001).

A nomenclatura “Centro Formador de Recursos Humanos”, atribuída pelos precursores da escola, foi utilizada para dar nome, à época, ao setor de formação e

1 O PLE surgiu ”[...] como estratégia de formação, experiência pedagógica, movimento ou ideia visando qualificar uma força de trabalho empregada no setor saúde, em consonância com os ideais da Reforma Sanitária Brasileira, que propunha a democratização do sistema de saúde, bem como mudanças na prática profissional dos trabalhadores deste setor” (BASSINELLO; BAGNATO, 2009, p. 621).

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treinamento, ações as quais não se fazia distinção. Elas garantiam sua relação de similaridade com a palavra “formação” e com o espaço formador legitimado e autorizado pelo sistema de ensino. Fazia-se presente também um debate ideológico contra-hegemônico, acerca do nome a ser dado a essas instituições, pois sustentava-se a necessidade de diferenciá-las das escolas da educação geral, levando em consideração que sua missão seria para além do atendimento à demanda do mercado de trabalho. Ao tempo em que se deu uma identidade a essas instituições, atribuindo-lhes a formação dos profissionais de nível médio do SUS, situando-as como escolas para qualificação profissional para trabalhadores do SUS e mantidas pelo SUS para atender às suas necessidades, as novas escolas passaram a se chamar Escolas Técnicas do SUS – ETSUS. Segundo Galvão (2009, p. 61), as ETSUS são:

[...] instâncias formadoras criadas para dar respostas às necessidades de preparação de pessoal, um grande contingente de nível técnico e básico para o setor de saúde; espaços político-pedagógicos, formalmente instituídos, onde são desenvolvidos, de forma ordenada e sistemática, processos formativos do profissional-cidadão e do cidadão-profissional-trabalhador. ‘Eu tenho que pensar em uma escola para o cidadão, o profissional, o trabalhador; mais do que instrumentalizar’.

A partir de 1997, foram oferecidos os primeiros cursos de nível profissionalizante e técnico em todo o território do estado da Paraíba. Com recursos do Projeto Nordeste2, foram executados os cursos de Auxiliar de Enfermagem,

Auxiliar de Consultório Dentário e Auxiliar de Nutrição e Dietética. Também foi oferecida a Formação Inicial para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que, posteriormente, seria complementada com a primeira etapa da formação técnica para os ACS (PARAÍBA, 2001).

Desde então, foram realizadas formações técnicas em enfermagem, vigilância em saúde, hemoterapia, saúde bucal, radiologia, formação para agentes comunitários de saúde indígenas, qualificações em diversas áreas como saúde mental, gestão em saúde, HIV/DST’s e curso de complementação técnica de enfermagem para auxiliares.

No ano de 2009, com a criação e aprovação do Regimento Interno da Escola, no qual pela primeira vez faz-se menção às ETSUS, o CEFOR-RH/PB passa a ter as finalidades de: oferecer novos cursos para atender os órgãos que integram o SUS;

2 Projeto implementado “[...] com o objetivo de melhorar as condições de saúde da população nordestina e do Norte de Minas Gerais” (BRASIL, 1996).

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desenvolver estratégias, métodos e técnicas adequadas à capacitação; levantar necessidades; organizar, executar e certificar cursos; assessorar as demais instituições de saúde no que concerne à educação em saúde e interagir com as demais Escolas Técnicas do SUS que compõem a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RODRIGUES, 2016).

A partir da Portaria n° 620/GS/SES/2009 (PARAÍBA, 2009), que normatiza a gestão estadual da política de educação permanente em saúde, o CEFOR-RH/PB, até então atuando prioritariamente na qualificação dos trabalhadores do SUS da Paraíba e responsável pela educação profissional de nível técnico, assumiu também a responsabilidade de gerir, articular e executar a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no estado, colaborando com as Comissões Intergestores Regionais (CIR) e a Comissão Intergestores Bipartite (CIB). O objetivo era conformar as Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço (CIES), construir os Planos de Educação Permanente em Saúde e implantar a estratégia de organização dos cenários de prática, instituindo os fluxos de estágio entre as Instituições de Ensino e os serviços de saúde, denominadas de Rede Escola.

Para atender às novas demandas que vieram atreladas à portaria anterior, foram realizadas, na ocasião, várias reuniões com a comunidade escolar do CEFOR- RH/PB, com o intuito de se discutir e reconstruir o Regimento Interno. Como produto, um novo organograma foi pensado e instituído para organizar o CEFOR-RH como um centro de gestão e execução dos cursos técnicos e da Educação Permanente em saúde no estado, bem como para colocar em exercício uma gestão mais horizontalizada e democrática.

Diante das transformações pelas quais o centro passou na direção da expansão de sua missão institucional, uma análise sobre o documento pedagógico atual da escola faz-se pertinente, diante da necessidade de um documento de gestão que possa abranger de fato todas as atividades desenvolvidas hoje na realidade do CEFOR-RH/SES-PB.

Atualmente, o documento de gestão educacional vigente no Centro Formador é o Projeto Político-Pedagógico (PPP), construído em 2001 a partir de discussões realizadas entre os atores do centro sobre a sua proposta político-pedagógica, além da organização do trabalho pedagógico em todo seu contexto. O processo partiu da ação-reflexão do cotidiano vivenciado pelo coletivo da instituição.

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Observa-se que o PPP faz, inicialmente, uma descrição geral da Instituição, referindo que o documento só foi criado sete anos após sua fundação, mesmo assumindo, segundo os idealizadores, desde então, o papel na “qualificação” dos trabalhadores da saúde no estado da Paraíba. Revela-se nesse PPP que sua construção foi pautada em uma política de recursos humanos, com base nas políticas de saúde, comungando com os preceitos da Reforma Sanitária, possibilitando e robustecendo o Sistema Único de Saúde (PARAÍBA, 2001).

Segundo análise realizada por Rodrigues (2016), apesar do PPP ter conseguido agregar as discussões do coletivo da escola sobre suas propostas político-pedagógicas, o texto do PPP apresenta incongruências com a proposta descrita para uma escola formadora do SUS e para o SUS. Rodrigues (2016) denuncia a existência de desencontros entre o que está escrito nos documentos oficiais e o que acontece de fato na instituição, bem como a rapidez de acontecimentos provocadores das divergências e das discussões em busca da sua identidade.

Assim, a partir das discussões em nossas Diretorias, Coordenações e no Colegiado, sentimos a urgência de uma análise do PPP à luz do que o CEFOR- RH/SES-PB realiza hoje, visando à necessidade de construção de um novo documento que nos norteie nos resgates e nas possíveis redefinições da sua identidade institucional, bem como garanta a institucionalização de suas ações para que haja solução de continuidade dos processos de trabalho, independentemente de quem esteja à frente da gestão. Esse documento vem sendo pensado enquanto proposta do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

O PDI consiste em um documento no qual se definem a missão da Instituição de Educação e as estratégias para atingir suas metas e objetivos, bem como se tem o delineamento fidedigno da identidade da escola e a fotografia elaborada do seu futuro. É um documento denso e substancioso capaz de agregar todas as informações que a instituição tem para seu planejamento, em um período de cinco anos, e assim sucessivamente.

Segundo Segenreich (2005), as políticas públicas e os debates acadêmicos sobre avaliação na educação têm-se concentrado em torno, principalmente, das diferentes concepções de avaliação. O autor afirma que a possibilidade do desenvolvimento participativo do PDI, a partir de uma construção coletiva, permite que ele próprio seja o fio condutor para qualquer processo de avaliação, seja interna ou externa. Assim, o percurso de construção de cada PDI mostra-se indispensável no

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processo de avaliação institucional, tendo em vista que nem sempre se verifica ter sido o PDI fruto da referida construção.

O PDI tem sua origem em duas atribuições definidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), as quais são de competência do MEC (BRASIL,1996): credenciamento e avaliação institucional. A LDB anunciou essas atribuições, deixando seu detalhamento operacional para regulamentação posterior.

Vale aqui ressaltar que a construção do PDI se apresenta em dois níveis: institucional e de políticas públicas. O nível institucional traz a proposta de um modelo participativo de construção. Em relação ao nível das políticas públicas, alertava-se para o surgimento de mais um pacote de controle governamental, ferramenta disciplinar e de poder, que impõe indicadores externos à instituição e contrários à sua concepção. Esse sentido, porém, enfraqueceu-se na medida em que o PDI foi ganhando credibilidade enquanto um documento de organização e de desenvolvimento das ações e decisões planejadas no contexto de uma instituição (SEGENREICH, 2005).

Veiga (2004) define PDI como sendo um documento que deve explicitar seu posicionamento a respeito de sociedade, de educação e de ser humano, além de assegurar o cumprimento das políticas e das ações institucionais. Muito mais que um documento técnico-burocrático, deve ser considerado um instrumento de ação política e pedagógica que garanta uma formação global e crítica para os envolvidos no processo, como forma de prepará-los para o exercício da cidadania, a formação profissional e o pleno desenvolvimento pessoal.

O documento deve contemplar cronograma e metodologia de implementação de objetivos, metas e ações do Plano da Escola, valorizando não só a coerência, como também a articulação entre as várias ações, a sustentação de padrões de qualidade e, quando conexo, o orçamento. O PDI deve conter ainda um quadro-resumo com a relação dos principais indicadores de desempenho, que permita comparar, para cada um, a situação atual e futura, isto é, passado seu período de vigência (BRASIL, 2002).

Vale ressaltar que a elaboração do PDI se constitui em um momento importante da trajetória de uma instituição. É o momento e a ocasião que levam à reflexão sobre as propostas, os objetivos e as metas preexistentes. Portanto momento de aferi-los, a fim de verificar se os resultados foram alcançados em relação ao período anterior, e para que as políticas, estratégias e compromissos estabelecidos sejam reavaliados.

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Segundo o decreto 5.773, de 09 de maio de 2006 (BRASIL, 2006), o PDI deverá conter os seguintes elementos: missão, objetivos e metas da instituição em sua área de atuação, bem como seu histórico de implantação e desenvolvimento, se for o caso; projeto pedagógico da instituição; cronograma de implantação e desenvolvimento da instituição e de cada um de seus cursos; organização didático-pedagógica da instituição; perfil do corpo docente; organização administrativa da instituição; infraestrutura física e instalações acadêmicas. O documento contém dispositivos legais de orientação para sua elaboração e configuração3.

2. PROBLEMA

Ainda que o CEFOR tenha expandido, desde sua criação, o alcance de suas responsabilidades e de suas ações no estado da Paraíba, exercendo o inegável papel formador para os profissionais atuantes no SUS, é fato que a escola não possui ainda o seu PDI, o que provoca uma posição desfavorável quanto à solução de continuidade de suas atividades administrativas, proposta pedagógica, dentre outros elementos constituintes de um Centro Formador.

A ausência de um PDI revela-se um ponto importante de fragilidade para que a escola garanta, no seu dia a dia, uma identidade institucional fiadora de seus objetivos, metodologias e práticas, contribuindo para que ela fique ao sabor das mudanças de gestão, o que gera incongruências e descontinuidades nos seus fazeres cotidianos. A construção do PDI poderá incidir sobre as práticas realizadas na escola, para que essas de fato aconteçam em congruência com o PPP, assim como afiançar soluções de continuidade na instituição.

Diante do exposto, partindo da análise do seu PPP, com ênfase nas questões supracitadas, afirma-se a necessidade de construção do PDI do CEFOR-RH/SES-PB, dando sentido à reestruturação dos processos de trabalho e à afirmação da nossa identidade enquanto escola formadora do SUS e para o SUS. Assim, as questões que nos norteiam são: a construção do PDI do CEFOR-RH/SES-PB

3Para saber sobre os dispositivos legais de orientação na elaboração de um PDI, sugerimos as leituras dos seguintes documentos: Lei Nº 9.394/1996 (LDB), Decreto n. 5.773/2006, Lei Nº 10.861/2004, Decreto Nº 9.057/2017, Decreto Nº 5.224/2004; Portaria MEC Nº 1.466/2001, Portaria MEC Nº 2.253/2001, Portaria MEC Nº 3.284/2003, Portaria MEC Nº 7/2004, Portaria MEC Nº 2.051/2004, Portaria MEC nº 4.361/2004, Portaria Normativa n, 2/2007, Resolução CES/CNE No 2/1998, Resolução CNE/CP No 1/1999, Resolução CES/CNE Nº 1/2001, Resolução CP/CNE Nº 1/2002 (art.7º), Parecer CES/CNE Nº 1.070/1999.

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contribuirá para a definição da sua identidade institucional, afirmando seus objetivos, metodologias e práticas, evitando as incongruências nos seus fazeres cotidianos, inclusive nas mudanças de gestão?

3. JUSTIFICATIVA

O presente projeto de intervenção vem ao encontro da necessidade de contribuir com a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional da CEFOR- RH/SES-PB, a fim de que, dentro do atual contexto em que está inserida a escola, sejam avaliados seus processos organizacionais e metodológicos, assim definindo e redefinindo o desenvolvimento de suas atividades administrativas e pedagógicas, organograma, atribuições, processos e práticas pedagógicas, método de avaliação, missão institucional e demais elementos componentes de seu PPP.

Sendo o CEFOR a escola que reúne a responsabilidade de formação dos recursos humanos do SUS do estado, pensamos que, partindo de processos transformadores, disparados juntos à construção do nosso projeto, estaremos em pleno movimento para o desenvolvimento da instituição. A necessidade imprescindível de construção de seu PDI ajudará o centro no enfrentamento e nas soluções de problemas sentidos por nós e por nossos pares, solidificando sua identidade institucional e alicerçando a escola sobre um documento que garanta a continuidade das construções efetivadas pelas equipes e pelos trabalhadores, sempre na essência do cuidado e da prática da Educação Permanente, tão atropelados e atingidos nas mudanças de gestão.

Importante aqui ressaltar que por ser a proposta de elaboração do referido PDI uma construção coletiva, representará um processo transformador para a instituição na medida em que serão reflexo das próprias práticas e processos de trabalho.

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4. OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral

 Construir coletivamente o Plano de Desenvolvimento Institucional do CEFOR- RH/SES-PB.

4.2 Objetivos Específicos

 Avaliar o PPP oficial e vigente atualmente na Escola.

 Identificar o processo metodológico utilizado pelo Centro Formador na execução das suas atividades.

 Analisar o processo organizacional do CEFOR-RH/SES-PB, com foco nas atividades administrativas e pedagógicas desenvolvidas e desenhadas em seu contexto de inserção.

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5. METODOLOGIA

Este projeto de intervenção realizará uma pesquisa qualitativa, a qual pode ser compreendida, como diz Minayo (2010, p. 57), como “investigações de grupos e segmentos delimitados e focalizados, de histórias sociais sob a ótica dos atores, de relações e para análises de discursos e de documentos”.

O projeto será composto por duas etapas metodológicas: estudo e análise do PPP e de outros documentos relativos ao CEFOR-RH/SES-PB; e realização e análise de rodas de conversa. Uma vez que se objetiva buscar coletivamente os subsídios necessários para elaborar seu produto final – o PDI –, a metodologia inclui também, além da análise do PPP e de pesquisa documental, a realização de rodas de conversa que constituirão, juntos, a base para a concepção do plano, sendo esses materiais para análise dos conteúdos recolhidos durante a sua execução.

O projeto terá início a partir da análise do PPP vigente do Centro Formador. A pesquisa qualitativa que aqui será adotada permitirá uma perspectiva ampla de compreensão dos mais diversos significados presentes no corpo do PPP da escola, e que se fazem fundamentais à estruturação do PDI. Desse modo, o PPP do CEFOR- RH/SES-PB servirá como principal material para avaliação do processo organizacional do Centro Formador e suporte para a elaboração de um instrumento norteador para o desenvolvimento do PDI.

Será realizada também uma pesquisa documental que, segundo Minayo (2010), é uma técnica decisiva para pesquisas que envolvem objetos das ciências sociais e humanas. Esta pesquisa será feita a partir de documentos contemporâneos ou retrospectivos relacionados ao CEFOR, considerados cientificamente autênticos e que se mostrem relevantes para a construção do PDI, como por exemplo, o Regimento Interno, portarias e resoluções inerentes ao CEFOR desde a sua fundação, bem como os atualmente em vigência em relação a Educação Permanente, Educação Profissional, dentre outros.

Sobre os materiais acima referidos, será realizado um estudo descritivo, a fim de conhecer e de levantar características, valores e problemas relacionados aos objetos estudados. Isto é, sobre os aspectos organizacionais, pedagógicos e metodológicos presentes no PPP e nos demais materiais sobre a escola, a fim de se

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elaborar questões a serem problematizadas dentro de coletivos de rodas de conversa que serão realizadas em etapa seguinte.

Visando identificar os aspectos teóricos e pedagógicos relevantes para a construção coletiva e considerando a importância de se discutir o PDI com a instituição, serão elaboradas, com base no estudo dos materiais do PPP e demais documentos, questões disparadoras relacionadas às dimensões constitutivas do PDI e às necessidades atuais do CEFOR-RH/SES-PB, que serão dialogadas a partir de duas (02) rodas de conversa. Importante ressaltar que para cada dimensão constitutiva do plano será disparada uma ou mais questões a ela pertinentes.

As rodas de conversa promovem um espaço de participação coletiva que busca motivar a construção da autonomia dos sujeitos, por meio da problematização, da socialização dos saberes e da reflexão voltada para a ação (NASCIMENTO; SILVA, 2009). As rodas permitem que as falas possam, garantidas pela mediação de um coordenador, fluir o mais livres possível de rigores conceituais e de compromissos com consensos, assim constituindo uma estratégia metodológica muitas vezes utilizada por possibilitar à pesquisa e/ou ao projeto observar e interagir com universos multifacetados de pontos-de-vista e de realidades. Essa metodologia, portanto, corrobora para uma melhor compreensão e valorização da cultura e dos saberes dos atores envolvidos.

As duas (02) rodas de conversa serão compostas a partir da população de funcionários, colaboradores e estudantes do Centro Formador, sendo selecionados de forma aleatória, por sorteio. Cada roda será composta por uma média de 20 participantes e por todas as três representações da comunidade da escola, acontecendo em horários pré-estabelecidos e no ambiente da instituição.

Finalizadas as rodas de conversa, serão feitas as transcrições das falas para aplicação da análise de conteúdo, segundo a metodologia de Bardin (2011), que trabalha com a categorização das potencialidades e fragilidades contidas nas falas, sendo uma análise que parte de uma técnica de investigação que tem por finalidade a descrição sistemática do conteúdo manifesto da comunicação, e se dá partindo de uma análise lexical e de procedimentos (BARDIN, 2011).

Após a execução das etapas acima descritas, será realizada uma avaliação final do projeto, levando-se em consideração as análises sobre os materiais pesquisados (PPP e outros documentos) e o produto recolhido por meio das rodas de conversa. Com base nas informações elaboradas, a partir das referidas análises, será,

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então, desenvolvida uma proposta de PDI para a escola a ser apresentada à instituição.

Ao longo da execução do projeto, serão realizadas leituras de aprofundamento conceitual e metodológico que contribuirão para o seu bom desenvolvimento.

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4 CRONOGRAMA

2017

Atividades/meses JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Apresentação do PI para a Escola x

Estudo e Análise do PPP x x x

Pesquisa e análise documental x x x

Elaboração das perguntas disparadoras para as rodas de conversa

x x

Realização da primeira roda de conversa x

Análise e avaliação da primeira roda de conversa

x x

2018

Atividades/meses FEV MAR ABR MAI JUN JUL

Realização da segunda roda de conversa x

Análise e avaliação da segunda roda de conversa

x x

Análise e discussão dos resultados da análise do PPP e demais documentos

x x

Análise e discussão dos resultados das rodas de conversa

x x

Avaliação final do projeto x

Desenvolvimento do PDI x x x

Apresentação do PDI à escola x

7. RECURSOS NECESSÁRIOS

O Projeto de Intervenção não terá custos, pois será realizado com os próprios profissionais em seu horário de trabalho, de acordo com o exposto na metodologia, e com os recursos da própria escola.

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8. REFERÊNCIAS

AFONSO, A. J. Avaliação educacional: regulação e emancipação. São Paulo: Cortez, 2000.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BASSINELLO, G. A. H.; BAGNATO, M. H. S. Os primórdios do projeto larga escala: tempo de rememorar. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 62, n. 4, p.620-626, 2009.

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Referências

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