A proposição de emendas e o trabalho parlamentar no Congresso Nacional são algumas
das ações do Sindifisco Nacional contra as mudanças que a PEC 6/19 pretende introduzir no
sistema previdenciário.
Págs. 3 e 4
O retrOcessO da “NOva PrevidêNcia”
D i r e i tos so ciai s
Informativo da Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões
ano vii - edição nº 148 - Maio de 2019 sindifisconacional.org.br
tr x iPca
Pág. 5
Pedido de vista adia
decisão sobre correção de
precatórios
Gat
Pág. 6
aGU obtém suspensão do
pagamento de precatórios
TAMBÉM NESTA EDIÇÃO
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JurídicO28,86% e GDAT: Jurídico divulga lista dos inscritos em precatórios
07
iNteraçãODiretoria de Aposentadoria e Pensões envia cartas às Delegacias Sindicais
08
auditOr aPOseNtadOFadel Hollo, o estreante que inovou
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IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019 SINDIFISCO NACIONALJUríDico
EXPEDIENTE
CONTATO
IDAAP é uma publicação da Diretoria Executiva Nacional do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).
diretoria do sindifisco Nacional
Presidente: Kleber Cabral; 1º Vice-Presidente: Ayrton Eduardo De Castro Bastos; 2º Vice-Presidente: Jesus Luiz Brandão; Secretária-Geral: Mariana Ribeiro De Araújo; Diretor-Secretário: Paulo Roberto Pereira Ferreira; Diretor de Comunicação Social: Marchezan Albuquerque Taveira; Diretor-Adjunto de Comunicação: Júlio Cesar Carvalho De Araújo; Diretor de Assuntos de Aposentadoria e Pensões: Ildebrando Zoldan; Diretora-Adjunta de Assuntos de Aposentadoria e Pensões: Marcia Regina Rangel Barbosa.
departamento de Jornalismo
Gerente e editor: Tarciano Ricarto; Jornalistas: Cristina Fausta, Danielle Santos, Patrícia Portales, Ricardo Cassiano, Aline Matheus; Projeto Gráfico: Núcleo Cinco Marketing e Comunicação Ltda.; Diagramação: Núcleo Cinco Marketing e Comunicação Ltda.; Tiragem: 22.500 Exemplares; Impressão: Interagir Artes Gráficas LKB Ltda ME.
sede do sindifisco Nacional
SDS, Conjunto Baracat, 1º andar, salas 1 a 11, Asa Sul, Brasília/DF – Cep: 70.392-900
contato da diretoria de assuntos de aposentadoria e Pensões
Fone: (61) 3218-5262 - Fax: (61) 3218-5286 site: www.sindifisconacional.org.br e-mail: daap@sindifisconacional.org.br
28,86% e GDAT: JuríDico DivulGA
lisTA Dos inscriTos em precATórios
A Diretoria de Assuntos Jurídicos do Sindifisco Na-cional disponibilizou, no site do sindicato, a lista com os nomes dos filiados do Ex-Unafisco (Ação 28,86% e GDAT) e do Ex-Sindifisp/RS (Ação 28,86%) que tiveram seus nomes inscritos em precatórios a serem pagos em 2019. Ao identificar seu nome na lista, acesse o cálculo do seu precatório na área restrita do site do Sindifisco Nacional.
Para isso, é necessário entrar na página do sindicato com login e senha e clicar na seção “O Sindifisco Na-cional”, no menu principal no alto da página. Depois, clicar em “Diretorias” – “Assuntos Jurídicos”. Ao chegar na área do Jurídico, é só clicar na ação que está descri-ta no menu à direidescri-ta.
Importante ressaltar que em matéria anterior, a dire-toria fez o anúncio do pagamento e detalhou alguns dados sobre as ações, informando, entre outras coi-sas, as datas para o levantamento dos valores. Além das informações via site, os filiados contemplados receberam um comunicado em suas residências por meio de correspondência.
AcompAnhAmento
A diretoria reitera que os filiados deverão acessar os
si-tes dos respectivos tribunais para acompanhar a mo-vimentação do processo, bem como, para saber em qual instituição bancária (Caixa Econômica ou Banco do Brasil) seus valores foram depositados. Para isso, deverão seguir as orientações abaixo:
28,86% - Acesse o site www.trf5.jus.br. Em busca processual, clique em “nome da parte” ou “advoga-do” ou em número do CPF/CNPJ e preencha o campo com a informação solicitada. Clique no número do processo em azul que estiver vinculado PRC – AL ou RPV – AL.
GDAt- Acesse o site www.trf1.jus.br. Em consulta processual, escolha a opção “nome da parte” ou “CPF/ CNPJ da parte” e preencha o campo com a informa-ção solicitada. Clique em “ok” e posteriormente no nome. Em azul, clique em PRC ou RPV.
28,86% ex-previDênciArios – Acessar o site www.trf4.jus.br. Em consulta processual, escolha “CPF da parte”, preencha o campo com a informação solici-tada e clique em pesquisar. Posteriormente aparecerá um espaço para preenchimento de letras (captcha). Clique em continuar e, em seguida, em precatório.
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SINDIFISCO NACIONAL IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019
Direitos sociais
o reTrocesso DA “novA previDênciA”
Herança do governo anterior, a Reforma da Previdência foi uma promessa de campanha que ca-minha para ser cumprida nesta gestão. No dia 22 de fevereiro, a PEC (Proposta de Emenda à Cons-tituição) nº 06/2019 chegou à CCJ (Comissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados, onde tramita sob a relatoria do deputado delegado Marcelo de Freitas (PSL-MG). Os diretores de Assuntos de Apo-sentadoria e Pensões, Ildebrando Zoldan e Márcia Barbosa, acom-panham a tramitação da matéria e participam das atividades do Sindifisco Nacional, seja na propo-sição de melhorias ao texto ou na elucidação de itens nocivos à clas-se e à sociedade.
O Sindifisco Nacional entende que a proposta da “Nova Previdência”, como convencionou-se chamá-la, trata o tema com amplitude e suas alterações viabilizarão um enorme retrocesso social e insegurança ju-rídica. A Nota Técnica nº 39,
publi-cada em março pela Diretoria de Estudos Técnicos, em parceria com a Diretoria de Assuntos Parlamen-tares, esmiúça, especialmente, os pontos tocantes ao serviço públi-co. O compilado também serviu de subsídio para a elaboração de material para as atividades do tra-balho parlamentar nas bases. Entre os pontos nocivos, a NT 39 destaca da PEC falhas identifica-das na regra geral, nas regras de transição, para pensão por morte, e à contribuição previdenciária. Além disso, critica a adoção de alí-quotas progressivas por faixa de remuneração, atingindo até 22% para benefício que superar R$ 39 mil. Hoje, o índice único é defi-nido em 11%. Com a alteração, a maioria das alíquotas ultrapassa-rão esse percentual. Com a pro-gressividade na alíquota aplicada à contribuição dos aposentados e pensionistas, aos proventos que superem o teto do RGPS (Regime Geral de Previdência Social), de R$ 5.839,45, já incidiria alíquota de
14,5% — “3,5 pontos percentuais a mais que atualmente”.
Contrariando o previsto no art. 40 da Constituição Federal, a partir da vigência da Nova Previdência, para receber o valor integral, esti-ma-se que o servidor deva perma-necer em atividade por 40 anos, atingindo assim, a pontuação de-terminada para isso, de 100%. Em geral, isso representa de 5 a 7 anos a mais de contribuição. Pela regra atual, o direito é garantido com 5 anos de contribuição a mais. Con-forme a PEC 6, apenas ingressos até dezembro de 2003 terão di-reito à paridade e à integralidade, com idade mínima de 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher. Para a transição no RPPS (Regime Próprio de Previdência Social), a proposta prevê uma regra mais severa, fixada na soma simultâ-nea de idade mínima, tempo de contribuição, tempo de efetivo exercício, tempo no cargo de apo-sentadoria, para somente então se alcançar a pontuação progressiva.
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IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019 SINDIFISCO NACIONALAlém das propostas apresentadas em conjunto com o
Fo-nacate, o Sindifisco, com a iniciativa da Diretoria de
Apo-sentadoria e Pensões, apresentará duas emendas que
vi-sam extinguir, de forma gradual, à razão de 10% ao ano,
a partir de 65 anos, cessando aos 75 anos, a contribuição
previdenciária dos aposentados e pensionistas. A outra
pretende criar uma regra de transição para a
aposentado-ria por incapacidade permanente (conhecida por
aposen-tadoria por invalidez).
Considerando ainda os prejuízos de reformas anteriores, a alteração proposta na PEC 6 eleva, despro-porcionalmente, o período adicio-nal em serviço em até 1.000%. A redução de direitos parece não ter fim. Não bastasse as perdas de-correntes de alterações anteriores, como a EC 41/2003, que impôs limite ao valor da retribuição pe-cuniária referente à pensão por morte, a PEC 6 deve reduzir mais os valores desse benefício. Isso porque a proposta prevê a aplica-ção de um fator (cota familiar) de 50% do valor dos proventos ou da remuneração. A esse, será acresci-do 10 pontos percentuais por de-pendente até alcançar 100%. Além disso, a pensão ficaria limi-tada a, no caso de único depen-dente, ao mínimo de 60% dos proventos de aposentadoria. As-sim, a partir de 2 a 5 dependentes, incide o acréscimo de uma cota ou 10 pontos percentuais. Não há previsão de cota para famílias a partir do 6º dependente.
Ações conjuntAs
Além das ações mencionadas, o Sindifisco Nacional atua junto ao Instituto Mosap (Movimento Na-cional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas). O sindicato se prepara ainda para apresentar propostas de emenda à PEC 06 elaboradas em conjunto com as entidades que compõem o Fonacate (Fórum Nacional Per-manente das Carreiras Típicas de Estado). Representantes do Sindi-fisco têm participado de reuniões do Fórum, com vistas à construção dessas sugestões de alteração. Por meio de campanha de mídia, o Fonacate trabalha ainda no escla-recimento sobre os prejuízos do modelo de capitalização, já adota-do por outros países.
Em março, a Diretoria Executiva Nacional esteve presente ao audi-tório Nereu Ramos, durante o lan-çamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, coordenada pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Ante as críticas à PEC 6, muitas proferidas por par-lamentares à tribuna, o presidente do Sindifisco, Kleber Cabral, reca-pitulou a importância de um con-traponto à proposta do governo. “Até o momento, o governo não buscou observar o equilíbrio das contas da Previdência pelo lado das receitas. O Sindifisco pretende colaborar com essas discussões”, afirmou Kleber à reportagem. O trabalho de esclarecimento tem sido desempenhado com afinco pelos diretores de Assun-tos Parlamentares, George Alex de Souza e Marcos Assunção. Ambos têm participado de audi-ências nas Casas legislativas para discutir estratégias de combate à Reforma da Previdência, e tam-bém têm visitado a deputados e senadores, para apresentar o po-sicionamento da classe.
A Reforma da Previdência ainda foi tema de seminário, realizado no dia 23 de abril, em Brasília, com a presença de especialistas e autoridades.
rito LeGisLAtivo
A PEC 6 deve tramitar em dois
tur-nos, na Câmara e no Senado, com intervalo de 5 sessões entre elas. Na Câmara, após designado o re-lator, a CCJ tem um prazo de até 5 sessões para debater o tema e decidir sobre emendas de redação apresentadas — estas não podem interferir no mérito da proposta. Após, o deputado federal Delega-do Marcelo (PSL-MG) deve apre-sentar seu Parecer sobre o texto. Nesta etapa, é aberto espaço para pedido de vista e, vencidos os ar-gumentos, os deputados seguem para a votação do Parecer.
No caso de a CCJ aprovar a consti-tucionalidade e legalidade da PEC, o texto segue para a análise de uma Comissão Especial da Casa, designada pelo presidente Rodri-go Maia (DEM-RJ) para apreciação do mérito da matéria. A Comissão Especial terá 40 sessões para apre-ciar a proposta, sendo que as dez primeiras são destinadas à propo-sição de emendas — nesta fase, as emendas já podem tratar do mérito —, sendo que cada emen-da requer a subscrição de 1/3 de deputados (171).
Aprovada na Comissão Especial, a PEC segue para votação em Plená-rio, onde ainda cabem emendas aglutinativas e, apenas com uma aprovação de 3/5 dos deputados (308), a matéria é encaminhada para seguir o rito no Senado Federal.
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SINDIFISCO NACIONAL IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019
JUríDico
Tr x ipcA: peDiDo De visTA ADiA Decisão
sobre correção De precATórios
Em julgamento realizado em mar-ço, o Plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria a favor da utilização, também para o período de 2009 a 2015, do IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) como índice de correção monetária a ser aplica-do sobre os precatórios oriunaplica-dos de condenações contra a Fazenda Pública. O julgamento dos em-bargos de declaração, sobre o RE (Recurso Extraordinário) 870.947, foi suspenso após pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, mas outros seis ministros registraram seus votos pela aplicação do IPCA -E, e não da TR (Taxa de Referên-cia), no período de março de 2009 a março de 2015 – janela em que o relator do processo, ministro Luiz Fux, entendia ser adequada a uti-lização da TR, que tem índice con-sideravelmente menor que o da inflação. Uma nova audiência foi marcada para o dia 8 de maio. Embora não tenha havido uma decisão definitiva, o voto já decla-rado da maioria dos ministros foi visto com bons olhos pela Direto-ria de Assuntos Jurídicos do Sindi-fisco Nacional porque a provável confirmação destes votos impac-tará, positivamente, nas milhares
de execuções conduzidas pelo sindicato, sobre as ações dos 28,86%, da GAT (Gratificação de Atividade Tributária), da Gifa (Gratificação de Incremento à Fiscalização e Arrecadação) e da Licença-prêmio.
entenDA o cAso
O Plenário do STF já havia deci-dido, anteriormente, pela incons-titucionalidade da EC (Emenda Constitucional) 62/2009 e, por arrastamento, do artigo 1º (alínea “f”) da Lei 9.494/1997, com reda-ção dada pela Lei 11.960/2009, que previa aplicação do índice ofi-cial da caderneta de poupança TR (Taxa de Referência) nas condena-ções impostas à Fazenda Pública. Dessa forma, o Supremo adotou o IPCA-E como índice de correção. No julgamento mais recente, que analisou o Recurso Extraordinário 870.947, o relator Luiz Fux man-teve o entendimento do STF, mas entidades e estados da federação apresentaram embargos de decla-ração – instrumento jurídico usa-do para sanar dúvidas ou omis-sões do acórdão – pedindo que houvesse a chamada “modulação dos efeitos” da decisão plenária, para determinar a partir de quan-do valeria a mudança no índice. Diante disso, em dezembro de 2018, o ministro Fux propôs que os efeitos da decisão valessem a partir de 25 de março de 2015 para os processos que ainda não tran-sitaram em julgado. Ou seja, nos processos protocolados de 2009 a 2015 ainda seria aplicada a Taxa de
Referência. Como, na sequência, o ministro Alexandre de Moraes pe-diu vista, o julgamento foi suspen-so e retomado dia 20 de março. Em seu voto, Alexandre de Moraes abriu divergência do relator e se posicionou a favor da aplicação do IPCA-E também para o período de 2009 a 2015. O ministro destacou ser “abissal” a disparidade entre a TR e a inflação e afirmou que che-ga a 60% a diferença no cálculo dos dois índices para o período. O voto foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski, Marco Au-rélio, Celso de Mello, Edson Fachin e Rosa Weber.
impLicAções
O posicionamento dos seis mi-nistros já seria, do ponto de vista numérico, suficiente para encerrar a discussão, mas, até que o julga-mento seja finalizado, não é possí-vel assegurar a aplicação do índi-ce inflacionário (IPCA-E). A decisão definitiva resultará na expedição de precatórios complementares – a cerca de 10 mil Auditores-Fiscais – referentes à parcela controversa (correção e juros) da execução da ação dos 28,86%.
As demais execuções (GAT, Gifa e licença-prêmio) ainda não transi-taram em julgado e foram sobres-tadas pelos juízes até que haja um posicionamento definitivo do STF quanto ao índice de correção. Quando o Plenário encerrar o jul-gamento dos embargos, estas execuções voltarão a tramitar nor-malmente, possibilitando a expe-dição dos precatórios.
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IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019 SINDIFISCO NACIONALGat
AGu obTém suspensão Do pAGAmenTo
De precATórios
O ministro do STJ (Superior Tribu-nal de Justiça), Francisco Falcão, em decisão monocrática, conce-deu liminar favorável à União na ação rescisória 6.436/DF, para sus-pender o pagamento de precató-rios que eventualmente já tives-sem sido expedidos em quaisquer processos de execução da GAT (Gratificação de Atividade Tributá-ria), até a apreciação colegiada da tutela provisória pela 1ª Seção. O Sindifisco Nacional ainda não foi intimado da decisão.
O objeto da ação proposta pela AGU é rescindir o título judi-cial formado na ação coletiva n. 2007.34.00000424-0, que teve trânsito em julgado no STJ em 14/06/2017, com o REsp (Recur-so Especial) nº 1.585.353/DF, nos termos da decisão monocrática do ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Portanto, o efeito imediato da tute-la provisória é a suspensão do
pa-gamento de todos os precatórios, não se restringindo aos processos de execução ou cumprimento de sentença conduzidos por inter-médio do Sindifisco Nacional, mas abarcando todas as ações ajuiza-das com base no mesmo título, mesmo as de iniciativa particular. Ressalta-se que, na atual fase em que se encontram os processos de execução/cumprimento de senten-ça promovidas por intermédio do Sindifisco Nacional, ocorreram ins-crições de precatório para apenas 33 Auditores-Fiscais, dos quais ape-nas um grupo de cinco exequentes poderiam receber em 2019.
A concessão da liminar não impe-de que as impe-demais ações continuem tramitando em todo o país. Mas, se não houver a reversão da liminar, há risco de as execuções serem parali-sadas nas Varas Federais país afora.
proviDênciAs
A Diretoria de Assuntos Jurídicos
está em fase de negociações para contratação de advogado reno-mado para atuar junto à 1ª Seção do STJ, que é o colegiado que jul-gará as questões jurídicas objeto dessa ação rescisória 6.436/DF. A mesma 1ª Seção já estava incum-bida de julgar o agravo da União relativo à Reclamação 36.691/DF, ajuizada pelo Sindifisco Nacional, com objetivo de afastar decisão do TRF5 que impediu o efeito re-flexo da incorporação da GAT ao vencimento básico. A Reclamação teve decisão favorável do próprio Ministro Napoleão Nunes, tam-bém relator do REsp nº 1.585.353/ DF, que originou o título ora ques-tionado pela AGU, mas está pen-dente o recurso da União.
A Direção Nacional está buscando junto aos principais juristas do País os melhores meios para a defesa dos interesses dos nossos filiados em todos os questionamentos le-vantados pela AGU.
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SINDIFISCO NACIONAL IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019
cUr tas
DiretoriA De AposentADoriA e pensões enviA
cArtAs às DeLeGAciAs sinDicAis
receitA suspenDe emissão De cArteirAs
funcionAis pArA AposentADos
Com objetivo de atender cada vez melhor os filia-dos, a Diretoria de Aposentadoria e Pensões encami-nhou carta aos presidentes da Delegacias Sindicais e a seus respectivos diretores de Assuntos de Apo-sentadoria e Pensões informando que manterá con-tato direto com os diretores e/ou responsáveis pela pasta. Aos diretores, como primeira medida, solici-tou que o setor providencie depuração do cadastro dos aposentados e pensionistas para a retransmis-são de informações que, oportunamente, serão en-caminhadas. “Pretendemos que cada aposentado/ pensionista de sua região seja um participante ati-vo, que afinal de contas é de seu próprio interesse”, sinaliza uma das cartas.
A Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões re-cebeu a informação da Diape (Divisão de Administração de Pessoas) que foram suspensos os lotes de emissão das carteiras funcionais dos Auditores Fiscais aposentados. A medida se fez necessária, uma vez que, com a extin-ção do Ministério da Fazenda, bem como a alteraextin-ção da nomenclatura da Receita Federal do Brasil para Secre-taria Especial da Receita Federal do Brasil, o modelo de documento está divergente da nova estrutura do órgão. Na edição anterior, foi divulgado o cronograma de 2019 para entrega de três lotes de confecção do documento, com datas em março, julho e outubro.
Porém, com a suspensão temporária, apenas o 1º lote, referente ao período de março, será concluído.
A Diretoria acompanhará de perto os desdobramentos para que a retomada da produção do documento se dê o quanto antes.
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IDAAP - EDIÇÃO 148 - 2019 SINDIFISCO NACIONALaUDitor aPosentaDo
Fadel Hollo, o
estreante que inovou
“Foi um mandato produtivo, ondepude reafirmar a convicção de que quando se está entre amigos as coisas crescem”, afirmou o Au-ditor-Fiscal Fadel Hollo, 79 anos, a respeito do período que esteve à frente da Diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões da DS (Delegacia Sindical) São Paulo. Foi a primeira vez que Fadel assumiu cargo em direção. O convite partiu da colega Tânia Regina. Juntos, coordenaram os trabalhos de uma das maiores Delegacias Sindicais do Sindi-fisco Nacional, à qual estão vin-culados 1.039 aposentados, 395 pensionistas e 936 ativos.
Pensando na melhoria do atendi-mento aos filiados, Fadel imple-mentou o Conselho Consultivo —composto por 20 aposentados, cujo objetivo era o de investigar as principais demandas e elaborar estratégias de ação para a pasta. “Dos vinte participantes iniciais, doze foram de fato protagonistas nesse processo”, explicou.
iDentiDADe e informAção
A partir do Conselho Consultivo, foram traçados quatro proje-tos. O primeiro, “alinhado com a proposta de trabalho da Direção Nacional”, foi o das carteiras de Identificação Funcional. Sobre essa iniciativa, Fadel tece elo-gios aos ex-diretores de Assun-tos de Aposentadoria e Pensões Nélia Cruvinel e Castelo Bessa,
que “se comprometeram a rea-lizar esse trabalho”. Ao todo, fo-ram entregues mais de três mil documentos.
O segundo foi o jornal impres-so “Aposentado Sempre Ativo”. Também disponibilizado no site da DS/São Paulo, o informativo visa atualizar os filiados a respeito das mais recentes ações da Dire-toria, e conta também com uma sessão de dicas de bem-estar. Foi elaborada ainda uma cartilha a ser acrescida ao “Guia de Orien-tação aos Familiares dos Audi-tores Fiscais da Receita Federal da Receita Federal do Brasil”, de iniciativa da Direção Nacional, “dando o passo-a-passo do que a família deve fazer quando o Audi-tor-Fiscal falece”, disse.
No âmbito do Jurídico, o foco foi, juntamente à DEN, alcançar maior facilidade para que o filia-do acompanhe aos processos. Na página de “Acompanhamento Processual” do site do Sindifisco, o filiado obtém as atualizações do andamento de ações como a dos 28,86%, GAT, entre outras.
oLhAr pArA Dentro
Mas a “menina dos olhos” de Fa-del foi o projeto de meditação da atenção plena, o Mindfulness. Seguido do Coaching em Resili-ência. “O primeiro exercício pro-porciona serenidade e equilíbrio. O outro, melhoria do desempe-nho pessoal”, esclareceu. “É
im-portante ter em mente que não somos só Auditores. E que para sermos melhores cidadãos, é pre-ciso que sejamos pessoas melhor resolvidas”, enfatizou.
A psicóloga escolhida como facili-tadora do curso, Cristina Monteiro, é filha do Auditor-Fiscal que ficou conhecido por esclarecer dúvidas de contribuintes com relação ao Imposto de Renda, Luiz Monteiro. Foram realizadas dez sessões, to-das na sede da DS/São Paulo, com a adesão de 20 filiados. Também foi permitida a participação de fa-miliares, o que “deu outra conota-ção à reunião”.
Fadel Hollo se prepara para assu-mir pasta similar na Unafisco Asso-ciação, “mas sigo atuante e aber-to às parcerias com o Sindifisco Nacional”, garantiu. “Se tem uma questão que saímos vitoriosos ao longo desses três anos é que a classe demonstrou uma resiliência fantástica. Soubemos nos condu-zir sem perder o rumo”, concluiu em uma análise sobre o momento político pelo qual o País passa.